Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I – INTRODUÇÃO..........................................................................................................2
II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................3
III – CONCLUSÃO.......................................................................................................10
IV - REFERÊNCIAS.....................................................................................................11
I – INTRODUÇÃO
O continente africano é um grande produtor e exportador de produtos oriundos da
produção agrícola, no entanto não consegue alimentar sua população. A África
apresenta um elevadíssimo número de subnutridos, isso lhe dá a condição de pior do
mundo nesse aspecto.
O continente se caracteriza pela presença da fome, realidade que aumenta a cada dia. Os
países que mais sofrem com a fome são: Etiópia, Somália, Sudão, Moçambique, Malavi,
Libéria e Angola.
Este trabalho possui como objetivo falar sobre o modo de produção capitalista à
desigual distribuição de alimentos e à fome oculta.
II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.2.1 – DESIGUALDADE ECONÔMICA
A desigualdade econômica se caracteriza pela distribuição desigual de renda em
determinada região, sendo influenciada por fatores históricos, sociais e pela falta de
investimento em políticas sociais.
2 - Segregação racial
A segregação de pessoas de acordo com sua raça e/ou etnia também caracteriza uma
causa estrutural da desigualdade econômica. Tal fato pode ser observado tanto nível
nacional quando local. A nível nacional, observamos a segregação racial em países onde
a mesma foi institucionalizada. A nível municipal, a observamos em espaços urbanos
onde existe uma segregação racial territorial, que se apresenta pelo menos de duas
formas: em aglomerados populacionais (favelas) – onde há maior concentração de
pessoas negras – e no acesso desigual à espaços públicos e serviços, já que eles são mais
facilmente acessados pela população branca concentrada nos grandes centros.
Aliado a isso, países que constroem conexões com a economia global possuem
benefícios que vão além da troca de mercadorias. Finanças, turistas, estudantes e
recursos de comunicação também atravessam fronteiras. Pesquisas mostram que países
que estão conectados com essa rede global podem acrescentar até 40% a mais no seu
Produto Interno Bruno (PIB). No entanto, para que sirva para diminuir a desigualdade
econômica, essa integração deve ser aliada a políticas públicas domésticas que
fortaleçam a distribuição de renda e o acesso a oportunidades.
4 - Acesso à educação
Produzimos alimentos demais, desperdiçamos demais. Um belo começo para que esse
problema possa ter um fim é primeiramente o conhecimento. Conhecimento da
economia, ciências e tecnologias, assim como conhecimento sobre o povo. Avaliar as
necessidades da população, o tamanho dela, se as pessoas são mais propícias a terem
doenças, se são as crianças, idosos, pois assim ajuda a identificar se o alimento é
insuficiente neste lugar. Assim como observar o clima, a produtividade e as terras, pois
há muitos fatores ambientais que implicam numa melhor produção de cultivos e logo
identificar quais são os recursos escassos, e também utilizar as terras para produtos
comestíveis.
O continente se caracteriza pela presença da fome, realidade que aumenta a cada dia. Os
países que mais sofrem com a fome são: Etiópia, Somália, Sudão, Moçambique, Malavi,
Libéria e Angola.
Enquanto um nova-iorquino gasta apenas 0,6% da sua renda média diária — de um total
de pouco mais de 200 dólares — para fazer um prato de feijão com 600 calorias, um
sul-sudanês gasta o equivalente a 155% de sua renda diária para comprar os
ingredientes da mesma refeição. Ou seja, um norte-americano em Nova Iorque, vivendo
em conjuntura semelhante ao do país africano, gastaria 321 dólares pelo prato de feijão.
Os custos com alimentação em países ricos podem parecer elevados, mas são, de fato,
uma “preocupação quase microscópica” para os consumidores quando comparados aos
preços de um prato de comida em países pobres. É o que revela um novo relatório do
Programa Mundial de Alimentos (PMA).
A pesquisa calcula como os desníveis de preço e renda levam populações inteiras a ter
que gastar bem mais do que dispõem para se alimentar. A proporção entre o preço dessa
refeição básica e o dinheiro de que as pessoas dispõem diariamente é bem mais elevada
em nações em desenvolvimento do que a taxa norte-americana calculada a partir dos
rendimentos médios de um nova-iorquino. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita do
estado de Nova Iorque foi usado como parâmetro para comparar os sistemas alimentares
dos países ricos com os de países pobres. Quando avaliadas regiões em conflito, o
índice atinge patamares insustentáveis — no nordeste da Nigéria, a taxa chega a 121%;
em Deir Ezzor, na Síria, 115%; na República Democrática do Congo, 40%. O Sudão do
Sul tem a defasagem mais alta entre poder aquisitivo e despesa com alimentação. Países
pobres, que não passam por situações de confrontos domésticos, também registram
valores preocupantemente acima de índices sustentáveis: no Malauí, a proporção é de
45%; no Haiti, 35%; em Moçambique, 30%; na Gâmbia, 26%. O diretor-executivo do
PMA, David Beasley, afirmou que, para pessoas inseridas em mercados altamente
desenvolvidos, “um prato de comida é uma preocupação quase microscópica”. Em
países pobres, alimentar-se adequadamente é uma luta diária. Em situações de guerra,
comer é uma batalha perdida, conforme atestam as lacunas documentadas pela agência
da ONU entre renda e as despesas com ingredientes básicos.
A Síria pré-2011 era um país de renda média. Em 2016, 80% da população vivia na
pobreza. Quase 75% da população — 13,5 milhões de sírios — precisou de assistência
humanitária, e 9 milhões de pessoas foram avaliadas pelo PMA como em necessidade
de assistência alimentar. O relatório lembra que os preços de alimentos em países
pobres ou em guerra estão, muitas vezes, sujeitos a flutuações causadas por problemas
externos à produção — como destruição da infraestrutura responsável por manter coesas
as cadeias de produção; fenômenos climáticos extremos; e devastação causada por
conflitos armados. Para contornar a fome, o PMA recomenda investimentos em
estruturas, produtores e empresas locais, o que pode reduzir custos com transporte, gerar
empregos entre as populações e fortalecer negócios regionais. Outra indicação é o
aproveitamento de práticas e saberes das comunidades, que conhecem melhor as
condições de cultivo e do clima
Ética Prática: “o problema não é que o mundo não seja capaz de produzir o suficiente
para alimentar e abrigar a sua população. Nos países pobres, as pessoas consomem, em
média, 180 quilos de grãos por ano, ao passo que nos estados Unidos, essa média é de
cerca de 900 quilos. A diferença resulta no fato de que, nos países ricos, alimentamos os
animais com a maior parte dos nossos grãos, transformando-os em carne, leite e ovos.
Por ser este um processo extremamente ineficaz, os habitantes dos países ricos são
responsáveis pelo consumo de muito mais alimento do que o dos países pobres, que
comem poucos produtos de origem animal. Se parássemos de alimentar os animais com
grãos e com soja, a quantidade de alimento poupado seria – caso fosse distribuído aos
que dele necessitam – mais do que o suficiente para acabar com a fome no mundo
inteiro”
Afirma ainda, que “esses fatos sobre a alimentação não significam que possamos
facilmente resolver o problema mundial da fome mediante a redução dos produtos de
origem animal, mas mostram que, essencialmente trata-se de um problema de
A insegurança alimentar é um mal que afeta uma parte da sociedade, e a zona rural não
fica imune. Estudos revelam que o homem do campo passa por situação de pobreza e
miséria, no entanto, no meio rural a produção para o autoconsumo tem a capacidade de
reduzir a fome. No entanto a redução da produção para o autoconsumo em tese,
aumenta o nível de pobreza e miséria.