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Departamento de Engenharia-Civil
Laboratório de Geotecnia - GEO 36
Sumário
1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3 Materiais e Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.1 Preparação inicial da amostra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2 Ensaio de compactação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2.1 Determinação do teor de umidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2.2 Determinação da massa específica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.3 Expansão e penetração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3.4 Permeabilidade de solos granulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4 Resultados e Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4.1 Ensaio de compactação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4.1.1 Determinação da umidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4.1.2 Determinação da massa específica aparente seca . . . . . . . . . . . . . . 9
4.2 Expansão e penetração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4.3 Ensaio de permeabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
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1. Introdução
2. Objetivo
Este estudo tem por finalidade a determinação das características gerais de uma certa
amostra de solo retirada de um terreno do DCTA, em São José dos Campos, São Paulo. Também
é escopo do trabalho demonstrar a aplicação dos ensaios atribuídos à caracterização de solos,
com a devida exposição das normas técnicas envolvidas.
4
3. Materiais e Métodos
Uma amostra foi coletada de um terreno em sacas contendo cerca de dez quilogramas de
solo em dois pontos afastados cerca de 5 metros.
Figura 1 – Imagem do terreno do qual foi retirada a amostra utilizada nos ensaios.
Essa amostra foi levada ao laboratório, onde foi realizado o quarteamento de pouco mais
de 1 quilograma, o qual consiste na divisão em quatro partes iguais, utilizando-se um separador
de amostras.
Metade da amostra quarteada foi então levada a um almofariz para que os torrões fossem
fragmentados com o intuito de tornar essa parte da amostra mais homogênea no que se refere
ao tamanho das partículas (NOGUEIRA, 2005).
O objetivo desta etapa é determinar o grau de umidade ótimo tal que o solo possa ser
compactado ao máximo, isto é, situação com maior densidade de solo.
Capítulo 3. Materiais e Métodos 5
Além disso, o teor de umidade gravimétrico w também pode ser calculado como sendo:
m1 − m2
w= × 100 (3.1)
m2 − m3
em que m1 é a massa do solo natural mais recipiente, m2 a massa do solo seco mais
recipiente e m3 a massa do recipiente. Esse procedimento para o cálculo da umidade foi feito
Capítulo 3. Materiais e Métodos 6
para as duas porções da amostra excedente, e calculado para as outras 4 amostras nas quais
foram adicionadas água aos poucos (valores para as outras execuções anotados na seção de
resultados).
A curva de saturação (relação entre a massa específica aparente seca e o teor de umidade
quando Sw = 100%), por sua vez, é obtida com a seguinte expressão:
Sw
ρd = w (3.2)
ρw
+ Sρws
A massa específica do solo seco, por sua vez, pode ser calculada por meio da expressão:
Mu × 100
ρd = (3.3)
V (100 + w)
A etapa seguinte consistiu em imergir o corpo de prova em tanque com água, permitindo
a medição da expansão volumétrica do solo em virtude da saturação. A diferença de volume foi
anotada ao fim de 4 dias consecutivos para as 5 amostras.
O corpo de prova foi, então, direcionado ao molde cilíndrico padronizado para se prosse-
guir com a penetração (aplicação de carga de 45N controlada pelo deslocamento por meio de
deflectômetro), permitindo avaliar a capacidade suporte do solo por meio do Índice de Suporte
Califórnia, ISC ou CBR (California Bearing Ratio) (NBR 9895, 2016).
Foi utilizada energia de compactação intermediária (26 golpes). Com esses dados, é pos-
sível obter o ISC do solo analisado. A partir de:
D2
S=π = 186, 25cm2 (3.5)
4
Os dados para a massa do béquer mais água coletada, massa de água coletada, tempo
de coleta e altura da coluna de água foram sintetizados em tabela, assumindo correção da
viscosidade com a temperatura e utilizando das relações a seguir:
VT
ν20◦ C = ν , viscosidade corrigida; (3.6)
V20◦ C
Q
ν= , viscosidade; (3.7)
S∆t
∆m
Q= , vazão; (3.8)
ρ
H
i= , gradiente hidráulico. (3.10)
L
9
4. Resultados e Discussão
Inicialmente, um recipiente foi pesado resultando em 1138 g vazio e 7139 g com a inserção
do solo, reservando, portanto, cerca de 6 kg de solo natural que passou pela peneira de 19 mm.
O aspecto ”plástico” do solo em função da adição de água foi alcançado com cerca de
700 mL, volume presumido a representar um ponto 5 % abaixo da umidade ótima. Os outros 4
pontos foram determinados adicionando-se 820 mL (westim. = 7%), 940 mL (westim. = 9%), 1060
mL (westim. = 11%) e 1180 mL (westim. = 13%).
O cilindro vazio pesou 5681 g e, cheio desse solo, pesou 9610 g.
O teor de umidade gravimétrico foi calculado a partir das massas obtidas com as pesagens.
Exemplificando para a amostra 2 (amostra de estudo da equipe deste trabalho), ma1 = 32, 07 g,
ma2 = 29, 94 g e ma3 = 15, 4 g, mb1 = 34, 9 g, mb2 = 32, 7 g e mb3 = 17, 99 g, sendo o índice a
referente a uma porção e o índice b à outra:
32, 07 − 29, 94
wI = × 100 ≈ 14, 65 %
29, 94 − 15, 4
34, 9 − 32, 7
wII = × 100 ≈ 14, 95 %
32, 7 − 17, 99
wI + wII
∴ wmed = ≈ 14, 8 %
2
Para a determinação da massa específica aparente seca, de acordo com a expressão 3.3.
Também relativo à amostra de estudo atribuída à equipe deste trabalho, sendo Mu = 3929 g e
V = 916, 36 cm3 , temos:
3929 × 100
ρd = ≈ 3, 74 g/cm3
916, 36(100 + 14, 8)
Capítulo 4. Resultados e Discussão 10
A tabela abaixo contém as profundidades perfuradas e a carga utilizada para essa pene-
tração (bitola da haste perfurante igual a 4, 98cm):
πD2
Asoquete = ≈ 0, 0019 m2 (4.1)
4
Divide-se a carga executada, multiplicada pela gravidade (9, 81 m/s2 ), pela área do so-
quete obtém-se as pressões correspondentes. Logo é possível definir a relação entre a pressão
encontrada e a penetração (calculada e corrigida) para as penetrações com 2, 54 mm e 5, 08 mm:
Uma vez que uma das amostras apresentou um valor muito distoante para a pressão
corrigida, de acordo com a norma podemos desconsiderar a correção para esta medida. Os
valores dos índices suporte california (ISC) para cada amostra estão exibidos abaixo:
Capítulo 4. Resultados e Discussão 11
A partir desses valores, escolhe-se o maior obtido para se definir o índice ISC característico,
resultando em:
Capítulo 4. Resultados e Discussão 12
Uma vez seguidas as especificações sobre os materiais contidas na norma (NBR 13292,
1995), busca-se determinar o coeficiente de permeabilidade das amostras. Duas situações foram
consideradas, cada qual com uma carga hidráulica correspondente. Para tanto, as grandezas
pertinentes medidas estão sintetizadas na tabela a seguir. Considerando a temperatura de 23◦ C
para a água, a massa específica da água como 0,9975 g/cm3 e a altura do corpo de prova medida
igual a 15, 87cm. O cálculo da viscosidade a 20◦ C foi feito por meio da equação (3.6), como se
segue:
ν20◦ C = 0, 93 ∗ ν (4.2)
Situação 1 Situação 2
Medida 1 382,4 293,7
Massa de água coletada (g) Medida 2 442,1 418,3
Medida 3 401,0 272,7
Medida 1 20,03 17,2
Tempo de coleta (s) Medida 2 24,31 24,47
Medida 3 21,88 15,88
htopo 19 15,5
Altura (cm)
hbase 10,8 10,4
Situação 1 Situação 2
Medida 1 383,35 294,43
Volume de água percolado (cm3 ) Medida 2 443,2 419,34
Medida 3 402 273,38
Medida 1 19,14 17,11
Fluxo (cm3 /s) Medida 2 18,23 17,14
Medida 3 18,37 17,21
Medida 1 17,8 15,91
Fluxo a 20◦ C (cm3 /s) Medida 2 16,95 15,94
Medida 3 17,08 16
Carga hidráulica (cm) 8,2 5,1
Por fim, a velocidade de fluxo resultante, a 20◦ C, e o respectivo gradiente hidráulico foram
encontrados (o primeiro dividindo-se a média dos valores medidos pela área do corpo de prova
e o segundo pela carga dividida pela altura do corpo de prova):
Capítulo 4. Resultados e Discussão 13
Situação 1 Situação 2
◦
Velocidade de fluxo a 20 C (cm/s) 0,092 0,085
Gradiente hidráulico 0,51 0,32
sendo a tangente da curva que correlaciona esses dois valores (velocidade e gradiente
hidráulico) o próprio coeficiente de interesse. Assim, avaliando-se a média das razões para as
duas situações consideradas, temos como resultado:
k = 0, 22 cm/s (4.3)
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5. Conclusão
Os resultados encontrados revelam uma umidade ótima em torno de 14,3 %, para a qual
foi alcançada a maior compactação do solo em estudo (correspondente ao estado do solo com
maior densidade).
O índice suporte califórnia foi mais acentuado para a amostra 2, a qual continha o valor
mais próximo da umidade ótima esperada. Isso é coerente uma vez que um valor maior do ISC
indica maior capacidade resistiva do solo para essa configuração.
A permeabilidade calculada (k ≈ 0, 2cm/s) é, por sua vez, condizente com as previsões
adotadas inicialmente para o solo, isto é, característico de solo arenoso.
Este estudo, portanto, apresentou de forma sintetizada a aplicação da norma sobre os
ensaios de caracterização, bem como alcançou os objetivos inicias na medida em que demonstrou
uma excelente via para a determinação de parâmetros convenientes voltados para garantir a
segurança em obras sobre solo.
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Referências
NBR 13292. ABNT NBR 13292 - Solo - Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos
granulares à carga constante. 1995. Citado 3 vezes nas páginas 7, 8 e 12.
NBR 7182. ABNT NBR 7182 - Solo - Ensaio de compactação. 2016. Citado 2 vezes nas páginas
5 e 6.
NBR 9895. ABNT NBR 9895 - Solo - índice de suporte califórnia. 2016. Citado na página 7.