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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

ENGENHARIA CIVIL

GILVANA CRUZ DA COSTA

RELATÓRIO REFERENTE AO ENSAIO DENSIDADE REAL DOS


GRÃOS

AULAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS

CURITIBA
2021
Sumário
1. INTRODUÇÃO 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 1
3. METODOLOGIA DE ENSAIO 1

3.1 Materiais Utilizados 1

3.2 Procedimentos do Ensaio 2

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS 3

4.1 Cálculos 3

4.2 Resultados 4

5. CONCLUSÕES 6
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS 7
1. INTRODUÇÃO

A definição de solo varia de acordo com o setor que o utiliza, por exemplo, no
setor de construção civil o solo é definido como um aglomerado de partículas provenientes
de decomposição de rochas, e que são utilizados como material de construção ou de
suporte para estruturas.
Como um material essencial na construção civil e que está sujeito a esforços
que tendem a comprimi-lo e a cisalha-lo, provocando deformações e podendo,
eventualmente, levá-lo a ruptura, o conhecimento das propriedades do solo tornou-se
extremamente importante para o engenheiro civil, des antes mesmo da concepção de
projeto.
Classificar o solo permite a identificação de possíveis limitações, analisar as
necessidades do local e a viabilidade do projeto. Para tais determinações, são realizados
diversos ensaios, um deles é o ensaio de densidade real dos grãos.
A densidade real dos grãos trata-se da densidade relativa das partículas do solo
em relação à densidade de água. O valor da densidade relativa dos grãos varia pouco de
solo para solo, sendo função dos minerais constituintes e da porcentagem de cada um deles
no solo. Para o estudo da densidade real dos grãos é realizado o ensaio do picnômetro, que
caracteriza a densidade real dos grãos.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

ABNT NBR 6458-2016


DNER- DPT- M 93-64
AASHTO- T- 100-54
ASTM D - 854-58

3. METODOLOGIA DE ENSAIO

3.1 Materiais Utilizados

a) Balança com capacidade de 200 gramas, sensibilidade de 0,01 grama;


b) Bico de gás ou outra fonte de calor, ou ainda, Bomba de vácuo;
c) Cápsula de porcelana com 5 cm de diâmetro;
d) Dessecador;
e) Estufa para secagem, capaz de manter a temperatura entre 105oC e 110oC;
f) Funil de vidro com 5 cm de diâmetro;
g) Pegador de madeira;
h) Peneira de 2,0 mm (no 10) de acordo com NBR – 5734 (ABNT – EB – 22);
i) Picnômetro com capacidade de 50 mL;
j) Repartidor de amostras de 1,3 cm de abertura;
k) Termômetro graduado em 0,5oC, de 0oC a 60oC.

3.2 Procedimentos do ensaio

Foram separados 8 picnômetros e identificados como n°1, n°2, n°3, n°6, n°7,
n°8, n°9, n°13. Os processos descritos no ensaio foram repetidos nos oito, respectivamente,
tomando os menos cuidado para diminuição de erros, porém no picnômetro n°13 houve um
acréscimo de água acima do limite do picnômetro.
Prosseguindo, pesou-se o picnômetro seco e limpo, e anotou- se M1 ( Ppicnômetro
vazio). Em seguida, com o auxílio do funil depositou-se uma pequena quantidade da amostra
do solo (em torno de 10g), posteriormente foi realizada uma segunda pesagem e anotou-se
como M2 (Ppicnômetro vazio +Pamostra).
Logo após, tomou-se o picnômetro com a amostra de solo e adicionou-se água
destilada até que a amostra ficasse submersa.
Seguidamente, aqueceu-se o picnômetro até a fervura da água, para retirar todo
o ar existente entre a partícula do solo, a fervura da água levou o tempo de
aproximadamente 15 minutos, durante o procedimento agitou-se, levemente, o picnômetro
para que não ocorresse o superaquecimento.
Após o resfriamento, em temperatura ambiente, preencheu-se o volume do
picnômetro com água destilada e levou ao “banho maria”. Após o “banho”, foi enxugada a
parte externa do frasco, e determinou-se a temperatura. Novamente o conjunto foi pesado e
anotou-se M3 (Ppicnômetro+amostra+água ).
Esvaziou-se todo o recipiente, lavou e encheu com água destilada até a marca
de referência no gargalo. Novamente, foi levado ao “banho maria”, por 15 minutos, e
anotou-se a temperatura. Pesou-se o conjunto, novamente, e anotou M4 (P picnômetro + água).
A temperatura do ensaio foi de 25°C, será utilizada para correção da densidade
real dos grãos.
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

4.1 Cálculos

Para determinar a densidade real dos grãos utilizou a equação 1:

(𝑀2−𝑀1)
𝐺𝑠 = (𝑀4−𝑀1)−(𝑀3−𝑀2)
Eq.(01)

Onde:
Gs= densidade real do solo à temperatura do ensaio;
M1 = Peso do picnômetro vazio;
M2 = Peso do picnômetro vazio + peso da amostra;
M3 = Peso do picnômetro vazio + peso da amostra + peso da água;
M4 = Peso do picnômetro vazio + peso da água

O resultado final é adimensional e com aproximação de centésimos, ou seja,


duas casas após a vírgula.
Conforme a bibliografia estudada, o resultado do ensaio é considerado
satisfatório quando obtido pela média de no mínimo duas amostras e que não diferem mais
de 0,009.
O valor da densidade deve ser corrigido, tendo como referência a temperatura
de 20°C, calculado a partir do valor referido à água à temperatura (t), determinada no
ensaio, de acordo com a equação 2:

Gs (20) = Gs(t) x K20 Eq. (02)

Em que:
Gs(20) = Densidade real do solo à temperatura de 20°C;
K20 = Razão entre a densidade relativa da água à temperatura (t) do ensaio e a densidade
relativa à água a 20°C (Tabela 1);
Gs (t) = Densidade real do solo à temperatura de ensaio (t).
Tabela 1: Valores de K20 (fator de correção) em função da temperatura.

Fonte: DNR - ME - 093/ 94.

4.2 Resultados

A partir dos dados fornecidos, tabela 2, foi calculada a densidade real dos grãos,
a correção foi feita considerando a temperatura de 25,5°C, para adotar o fator de correção,
tabela 1, foi feito a média aritmética dos fatores de 25°C e 26°C, sendo 0,9989 e 0,9986
respectivamente. Portanto, o fator de correção adotado foi 0,9988, como está apresentado
na tabela 2:
Tabela 2: Determinação da Densidade Real.

Fonte: Acervo Pessoal.


Para calcular a densidade média, foi considerado duas determinações que a
diferença entre elas não diferiram entre si mais que 0,009. Portanto, os picnômetros
considerados foram o 2 e o 6.
É possível comparar o resultado encontrado com a densidade de alguns
minerais que compõem o solo, Tabela 3:

Tabela 3: Relação densidade relativa dos grãos e minerais.

Fonte: Fundamentos de Engenharia Geotécnica - Braja M. Das


A Haloisita, um mineral de argila, por exemplo, tem densidade variando entre
2,0 g/cm³ e 2,55 g/cm³, valor próximo ao encontrado no ensaio.
5. CONCLUSÕES

Nos solos, a densidade de partículas varia, em média, entre os limites de 2,6 e


2,9 g/cm³. Para efeito de cálculos pode-se considerar como sendo 2,65 g/cm³.
Pois, como a densidade das partículas é a relação entre massa de uma amostra
de solo e o volume ocupado por esta fração, e na composição dos solos os minerais
predominante são os, quartzo, feldspatos, e os silicatos de alumínio coloidais, cujas
densidades variam entre 2,65 g/cm³.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DNER ME - 093/94 - Solos - Determinação da densidade real


NBR 6502, Rochas e Solos, Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1995

NBR 7181, Solo - Análise Granulométrica, Associação Brasileira de Normas


Técnicas, 1984.

NBR 6458, Grãos de pedregulho retidos na peneira de abertura 4,8 mm -


Determinação da massa específica, da massa específica aparente e da
absorção de água, Associação Brasileira de Normas Técnicas. 2017.

BRAJA M. Das. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. Edição 6. Editora


Cengage Learning, 2011.

COOPER, Miguel. Densidade do Solo e densidade de partículas. Slides Física do


Solos.

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