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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL
DISCIPLINA DE MECÂNICA DOS SOLOS I
SEMESTRE 2020.1
Fortaleza – CE
2020
ÍNDICE:
1. INTRODUÇÃO 1
2. OBJETIVOS 3
3. MATERIAIS UTILIZADOS 3
4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 4
4.1. MÉTODO DA ESTUFA 4
4.2. MÉTODO DO ÁLCOOL 4
4.3. MÉTODO DO SPEEDY 5
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 6
6. ANEXOS 8
7. BIBLIOGRAFIA 9
INTRODUÇÃO:
No início do estudo sobre Mecânica dos Solos, uma das partes fundamentais é
a de índices físicos e, juntamente com ela, o teor de umidade. Pinto (2006) afirma que
o volume de um solo é apenas parcialmente constituído por partículas sólidas e o resto
seria formado por vazios, que podem conter ar e água. Das (2014) diz que essa
quantidade de água determina a característica de umidade de um solo. No anexo 1
deste relatório, Pinto (2006) mostra como seria uma representação trifásica do solo.
Para realizar uma boa caracterização dos solos, Das (2014) comenta que há
uma necessidade de estabelecer relações entre peso e volume das amostras de solo
que são coletadas para realização de pesquisas em Engenharia Geotécnica. As
relações de peso e volume são utilizadas para a determinação dos índices físicos e,
para Caputo (2015), são essenciais para o estudo das propriedades dos solos, pois
estas são dependentes das proporções relativas e interações entre as fases sólida,
líquida e gasosa.
Existem diversas relações de peso-volume entre as fases do solo e, para
desenvolvê-las, Das (2014) mostra que é necessário separar os pesos e os volumes
de cada componente. Dessa forma, torna-se possível determinar os índices físicos
utilizando proporções entre os dados das fases relacionadas. Um índice determinado
dessa forma, por exemplo, é o teor de umidade.
Pinto (2006) conceitua a umidade, basicamente, como uma razão entre o peso
da água e o peso dos sólidos. Levando esse conceito para a Mecânica dos Solos,
Caputo (2015) especifica que ambos os pesos estão dentro de um mesmo volume
amostral e determina que o teor de umidade segue a expressão abaixo:
𝑃𝑎
h (%) = × 100
𝑃𝑠
Sendo Pa, o peso da água presente, e Ps, o peso de todas as partículas sólidas
presentes no mesmo volume. Nota-se que o valor do teor de umidade é expresso por
porcentagem, pois a proporção está multiplicada por 100. É necessário esclarecer
que, dentro da literatura existente sobre o tema, as notações utilizadas variam de
acordo com o autor. Das (2014), por exemplo, utiliza as notações da língua inglesa
em todos os dados da expressão.
Para a coleta dos dados necessários, existem diversos métodos experimentais,
normatizados ou não pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Caputo
(2015) descreve dois métodos distintos: o método da estufa, segundo a NBR
6457:2016 e o método do Speedy, segundo a DNER-ME 052/94.
Pelo método da estufa: Sua determinação é muito simples: basta determinar o
peso da amostra no seu estado natural (razão pela qual a amostra a examinar não
deve perder umidade) e o peso após completa secagem em uma estufa a 105°C ou
110°C. (CAPUTO, 2015).
Para determinar o teor de umidade a partir desse método, é utilizada uma
relação entre diferenças de pesos de tara (P), de amostra úmida (P1) e de amostra
seca (P2), como expressa abaixo:
𝑃1 − 𝑃2
h=
𝑃2 −𝑃
Já pelo método do Speedy: Ele é constituído por um reservatório metálico
fechado que se comunica com um manômetro destinado a medir a pressão interna.
Dentro desse reservatório são colocadas em contato uma certa quantidade de solo
úmido e uma determinada porção de carbureto de cálcio (CaC2). (CAPUTO, 2015).
Ainda de acordo com Caputo (2015), a água presente no solo reage com o
carbureto de cálcio, produzindo acetileno e, consequentemente, uma variação de
pressão dentro do instrumento. A partir disso, determina-se o teor de umidade.
Além desses métodos, existem outros procedimentos utilizados, como o
método do Álcool, o método da Frigideira e o método da balança infravermelha. Todos
os métodos apresentam diversas limitações, que podem influenciar na precisão de
seus resultados.
OBJETIVOS:
MATERIAIS UTILIZADOS:
• MÉTODO DA ESTUFA:
- Balança sensível a 0,1 g com capacidade de 500 g;
- Estufa capaz de manter a temperatura entre 105 e 110oC;
- Dessecador;
- Espátula de aço;
- Cápsulas metálicas no 8, no 9 e no 38;
• MÉTODO DO ÁLCOOL:
- Balança sensível a 0,1 g com capacidade de 500 g;
- Álcool etílico;
- Espátula de aço;
- Cápsula metálica no 7G;
• MÉTODO DO SPEEDY:
- Balança sensível a 0,1 g com capacidade de 500 g;
- Aparelho “Speedy”;
- Ampola de cerca de 6,5 g com carbureto de cálcio;
- Esferas de aço;
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS:
MÉTODO DA ESTUFA:
MÉTODO DO ÁLCOOL:
MÉTODO DO SPEEDY:
• Foi retirada, da mesma amostra de solo inicial de 2 kg, 6 g de solo úmido e foi
colocada dentro da câmara do aparelho “speedy”.
• Em seguida, colocou-se uma ampola de 6,5 g de carbureto de cálcio intacta
dentro do aparelho, juntamente com 2 esferas de aço.
• Logo após isso, o aparelho foi sacudido com força, para que as esferas de aço
quebrassem a ampola de carbureto.
• Assim que a ampola quebrou, o carbureto de cálcio, em contato com o solo
úmido, reagiu quimicamente com a água, produzindo gás acetileno.
• A pressão do gás acetileno indicou a quantidade da quantidade de água e, por
consequência, o teor de umidade daquela amostra.
RESULTADOS E DISCUSSÕES:
𝑀1 −𝑀2 69,70−67,61
w= = = 3,8%
𝑀2 −𝑀3 67,61−13,30
𝑀1 −𝑀2 63,70−61,81
w= = = 3,9%
𝑀2 −𝑀3 61,81−13,90
𝑀1 −𝑀2 86,10−83,58
w= = = 4,3%
𝑀2 −𝑀3 83,58−25,20
O teor de umidade médio das amostras do método da estufa foi de 4,0%. Deve-
se considerar que todos os resultados foram expressos com aproximação de 0,1%,
de acordo com a norma.
Pelo método do álcool descrito pela DNER-ME 088/94, o teor de umidade é
determinado pela equação:
𝑃ℎ −𝑃𝑠
w= × 100
𝑃𝑠
Sendo o peso da amostra úmida Ph = P2 – P1 e o peso da amostra seca Ps = P3
– P1, tem-se que o teor de umidade da amostra é:
𝑃ℎ −𝑃𝑠 (128,1−73,2)− (126,0−73,2)
w= × 100 = × 100 = 3,98%
𝑃𝑠 (126,0−73,2)