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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ - CAMPUS QUIXADÁ

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL


DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS I

AULA 03
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE DO SOLO

Profa. Cíntia Castro


cintia.castro@ifce.edu.br

Fortaleza
2022
Água no solo
• O solo é um material constituído por um conjunto de
partículas sólidas, deixando entre si vazios que poderão estar
parcial ou totalmente preenchidos pela água.
• Sistema disperso formado por três fases: sólida, líquida e
gasosa.

• A água presente no solo se apresenta de diferentes formas,


definidas a seguir.
Classificação das Águas nos Solos
• Água de Constituição: é a que faz parte da estrutura
molecular da partícula sólida;
• Água Adesiva (Adsorvida): é uma película de água que
envolve e adere fortemente a partícula sólida por forças de
atração molecular.
Classificação das Águas nos Solos
• Água Livre: é a que se encontra em uma determinada zona do
terreno, enchendo todos os seus vazios.
• Água Higroscópica: é a que ainda se encontra em um solo
“seco” ao ar livre;
• Água Capilar: é aquela que, nos solos de grãos finos, sobe
pelos interstícios capilares deixados pelas partículas sólidas,
além da superfície livre da água.
Teor de Umidade dos Solos (h)
• É a razão entre o peso da água contida num certo
volume de solo e o peso da parte sólida existente
neste mesmo volume, expressa em porcentagem.
Pa
h = .100%
Ps
• Pode ser obtida pelo Método do Álcool, Método da
Estufa ou pelo Método do Speedy.

• As argilas do México apresentam umidade da ordem


de 400%, o que contribui para a sua baixa capacidade
de carga.
Método do Álcool
• Norma: DNER-ME 088/94.
• Aparelhagem:
• Balança com capacidade de 200 g, sensível a 0,1 g.
• Cápsula metálica.
• Álcool etílico.
• Espátula de aço.
• Pinça metálica.
• Peneira de 2 mm.

• Amostra:
• Tomam-se 50 g de solo a ser ensaiado, passando na
peneira de 2 mm.
Método do Álcool
• Ensaio:
1. Pesa-se a cápsula de suporte (P1).
2. Deposita-se a amostra na cápsula, tendo o cuidado
de espalhá-la em toda a superfície.
3. Determina-se o peso da cápsula com a amostra úmida
(P2).
4. Despeja-se uma quantidade de álcool etílico adequada na
amostra, misturando-as com a espátula e inflamando, na
sequência, o álcool.
• Repete-se esta operação 3 vezes.
5. Pesa-se a cápsula com o solo seco e o suporte (P3).
Método do Álcool
• Cálculos:
• Peso da amostra úmida P h = P 2 – P3.
• Peso da amostra seca P s = P 3 – P1.
Método da Estufa
• Normas: NBR 6457/2016 e DNER-ME 293/94.
• Aparelhagem:
• Estufa elétrica com capacidade de manter a
temperatura entre 110 oC ± 5 oC.

• Balança com precisão de 0,01 – 0,001 g.

• Recipientes de material resistente à corrosão, à


mudança de massa ou desintegração, quando
submetidos a repetidos ciclos de aquecimento e
resfriamento.
Método da Estufa
• Ensaio:
1. Pesar o recipiente, limpo e seco (massa m).

2. Colocar dentro do recipiente a amostra úmida e pesar o


conjunto (massa bruta úmida – mbu).

3. Colocar o conjunto na estufa elétrica a 110 oC ± 5 oC.

4. Retira-se o material após 15 h na estufa ou quando se


constatar que a massa do sistema para de variar (massa
bruta seca – mbs).
Método da Estufa
• Cálculos:

• Observação:
• Após os ensaios as amostras devem ser
descartadas.
Método do Speedy
• Norma: DNER-ME 052/94.
• Aparelhagem:
• Conjunto Speedy.
• Ampolas com 6,5 g de
carbureto de cálcio (CaC2).

• Amostra:
Método do Speedy
 Ensaio:
1. Pesa-se a amostra e coloca-se na câmara do aparelho Speedy.
2. Introduz-se na câmara duas esferas de aço, seguidas da
ampola de carbureto de cálcio, deixando-a deslizar com
cuidado pelas paredes da câmara, a fim de evitar que se
quebre.
3. Fecha-se o aparelho e agita-o repetidas vezes para quebrar a
ampola, o que se verifica ter ocorrido pelo surgimento da
pressão no manômetro.
4. Lê-se a pressão manométrica após esta se apresentar
constante, o que indica que toda a água existente na amostra
reagiu com o carbureto.
Método do Speedy
• Ensaio:
5. Entra-se na tabela de aferição própria do
aparelho com leitura manométrica e o peso da
amostra utilizada no ensaio; obtém-se a
percentagem de umidade em relação à amostra
total úmida.

• Cálculos: h – teor de umidade em relação ao peso


do solo seco.

h1 – teor de umidade dado pelo Speedy,


em relação à amostra úmida total.
Método
do Speedy
Método do Speedy
• Observações:
• Se a leitura manométrica for abaixo de 20 kPa
(0,2 kg/cm2), o ensaio deve ser repetido com peso
da amostra imediatamente superior.

• Se a leitura manométrica for acima de 150 kPa


(1,5 kg/cm2), o ensaio deve ser repetido com peso
da amostra imediatamente inferior.
Exercícios de aplicação
1. Uma amostra de solo úmido em cápsula de alumínio tem
uma massa de 462 g. Após a secagem em estufa se obteve
a massa seca da amostra igual a 364 g. Determinar o teor
de umidade do solo considerando a massa da cápsula de
39 g.

2. Qual a quantidade de água a ser acrescentada a uma


amostra de 1500 g com teor de umidade 17%, para que essa
amostra passe a ter 30% de umidade?
Exercícios propostos
1.Uma amostra de solo foi coletada em campo. Verificou-se que as amostras,
juntamente com seu recipiente, pesavam 120,45g. Após permanecer em estufa a
105°C, até estabilizar o peso, o conjunto pesava 110,92g. Sendo a massa do recipiente
de coleta da amostra de 28,72g, qual a umidade deste solo?

2. Considere uma amostra de solo que foi colocada junto com uma cápsula e levada à
balança, apresentando uma massa de 126,12 g. Essa amostra permaneceu em estufa
até atingir constância de peso, e então foi pesada novamente, desta vez tendo uma
massa de 106,09 g. A massa da cápsula era de 37,12 g. Qual o valor da umidade do solo?

3. Determinar o teor de umidade (w) com base nos dados laboratoriais a seguir: Peso
da cápsula + areia úmida = 258,7g; Peso da cápsula + areia seca = 241,3g; Peso da
cápsula = 73,8g; Volume da cápsula = 100cm³.

4. O teor de umidade de uma amostra é de 25% e o peso inicial da amostra é de 300 g.


Qual a quantidade de água existente na amostra?

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