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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI (UFCA)

CENTRO DE CIÊNCIA DE TECNOLOGIA ENGENHARIA DE MATERIAIS


DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS CERÂMICOS
PROFESSORA: DRA.ANA CÂNDIDA DE ALMEIDA PRADO

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE DETERMINAÇÃO DA


DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA

FELIPE HEZAEL ALVES BENINI


LUZIA JAMILE MARQUES DE
SOUZA
JOÃO VICTOR SIPRIANO DOS SANTOS
PETHUS LEVI CASSIANO DE LIMA
SABRINA DUARTE LEITE

JUAZEIRO DO NORTE
2022
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE DETERMINAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO
GRANULOMÉTRICA

Relatório de aula prática de determinação da


distribuição granulométrica solicitado pela
professora Ana Cândida de Almedina Prado da
disciplina de introdução aos materiais cerâmicos
na Universidade Federal do Cariri.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4

2. OBJETIVO 4

3. MATERIAIS 4

4. COMPONENTES QUÍMICOS 5

5. MÉTODOS 5

5.1 Umidade higroscópica 5

5.2 Granulométrica por sedimentação 6

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES 8

6.1 Umidade 8

6.2 Ensaio Peneiramento 9

6.3 Ensaio granulométrica por sedimentação 9

7. CONCLUSÃO 10
1. INTRODUÇÃO

O solo, são partículas (minerais e orgânicas) que vão sendo depositadas em


camadas (horizontes) devido à ação da chuva, do vento, do calor, do frio e de
organismos (fungos, bactérias, minhocas, formigas e cupins) que vão desgastando
as rochas de forma lenta no relevo da terra (EMBRAPA). Sabemos que no Brasil,
existem uma grande e vasta área territorial, no qual pode-se variar conforme o
bioma predominante, com isso, é fato que existe uma enorme variação de solo
existente no nosso país. Por isso, existem métodos que buscam caracterizar o solo,
como por exemplo: limite de plasticidade, limite de liquidez e granulometria. Esses
métodos são utilizados para facilitar e assegurar trabalhos que nele poderão ser
feitos.
O ensaio mais comum é a determinação da distribuição granulométrica, que
possibilita a criação de uma curva de distribuição, que visa estudar dimensões de
grãos que nele existem, em outras palavras, é a determinação da textura do solo.
Esse ensaio é muito utilizado para solos que possuem uma característica mais
argilosa (finos).

2. OBJETIVO

Determinar as dimensões das partículas é muito utilizada para estabelecer a


textura do solo. Com isso, nosso ensaio foi realizado através de peneiras,
separando conforme suas espessuras e utilizando sua massa para determinar a
quantidade existente.

3. MATERIAIS

Para a realização do ensaio foi necessário utilizar uma série de materiais,


estes foram relevantes desde a etapa inicial até a etapa final.
● Balança;
● Béquer com capacidade de 250cm3;
● Espátula;
● Pisseta;
● Estufa;
● Dessecador;
● Termômetro;
● Cronômetro;
● Aparelho dispersor;
● Proveta de vidro com capacidade de 100cm3;
● Densímetro de bulbo simétrico, graduado de 0,995 a 1,050 e calibrado;
● Proveta com capacidade de 500cm3;
● Peneira de 0,075 mm;
● Peneiras de 1,2; 0,6, 0,42; 0,25; 0,15 e 0,075 mm;
● Agitador mecânico;
● Escova para peneiras.

4. COMPONENTES QUÍMICOS

Além dos materiais citados, os reagentes abaixo foram primordiais para a


realização da prática.
● Argila;
● Água destilada;
● Hexametafosfato de sódio (defloculante).

5. MÉTODOS

5.1 Umidade higroscópica

Para calcular o teor de umidade, inicialmente, medimos a massa das


amostras (úmida e seca). É importante destacar que desconsideramos o valor do
recipiente para calcular o teor de umidade das massas. O cálculo é realizado
utilizando a expressão abaixo:
𝑀𝑖−𝑀 𝑠
(1) h= 100
𝑀
𝑠

Onde:

h - umidade higroscópica do material;

Ms - massa da amostra seca;

Mi - massa inicial da amostra úmida;


Imagem 1: Amostra

Fonte: autoria própria

Inicialmente tomamos cerca de 20g da amostra e colocamos em um


recipiente cerâmico para que fosse medido a massa do conjunto. Esse material foi
secado em estufa por 24h.

Após esse período, o material foi retirado da estufa e levado ao dissecador


por alguns minutos para nova medição de massa.

5.2 Granulométrica por sedimentação

No ensaio de análise granulométrica por sedimentação foi utilizada uma


mistura de hexametafosfato de sódio (defloculante).

Inicialmente peneiramos o material (peneira de 2,0 mm) e massa de 70 g,


para logo após utilizar esse material nas etapas de sedimentação e peneiramento
fino.

O material peneirado e medido foi transferido com o auxílio de uma proveta


menor, acrescentando 125cm3 de água destilada, a mistura foi agitada ocorrendo a
imersão do material posteriormente deixado em repouso por 12h.
A mistura foi colocada no copo dispersor utilizando uma pisseta e água
destilada para a remoção do material aderido ao béquer que foi submetido a
dispersão por 15 min.

Imagem 2: Copo dispersor (Lab-UFCA)

Fonte: autoria própria

O material foi transferido para uma proveta de 1000cm3 novamente utilizando


a pisseta para a limpeza das bordas do copo, completando a mistura com água
destilada até a marca de referência. A proveta foi agitada com movimentos de
rotação durante 1 min.
Após os movimentos de agitação da proveta, posicionamos ela sobre a
bancada e o cronômetro foi ligado e marcado a hora de início da sedimentação
(15:35hr) assim como mergulhamos o densímetro na dispersão para efetuar as
leituras nos tempos pré-estabelecidos, retirando o densímetro da dispersão e
verificando a temperatura da mistura em cada um deles.
Após a última leitura, retiramos o material da proveta para a peneira de
0,075mm. Em seguida o material foi lavado e com a pisseta transferido para uma
cápsula e levado até a estufa para secagem.

Imagem 3: Agitador mecânico(Lab-UFCA)


Fonte: autoria própria

Ainda como prática no ensaio executamos a determinação dos tamanhos de


partículas maiores que 0,075mm por peneiramento. Utilizando o agitador mecânico
a massa que foi seca na estufa foi peneirada nas peneiras de 0,075; 0,15; 0,25;
0,42; 0,6; e 1,2 mm. Anotando a quantidade de massa retida em cada uma delas.

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

6.1 Umidade

Com os dados obtidos a partir dos cálculos de umidade higroscópica, foi montada a
seguinte tabela:

Tabela 1: Umidade higroscópica

Demonstrando certa aproximação nas umidades das amostras A2 e A3. á em


A1 o valor de umidade é um pouco distante das outras duas amostras,
evidenciando um provável erro experimental.
6.2 Ensaio Peneiramento

Os resultados obtidos após o peneiramento indicaram que a maior parte das


partículas se encontram no intervalo de tamanho entre 75μm e 150μm.

Tabela 2: Valores referentes a peneira

6.3 Ensaio granulométrica por sedimentação

Os valores obtidos pelo densímetro mostraram que a densidade do líquido


diminuiu no decorrer do experimento, corroborando com os valores da temperatura
que aumentaram ao longo do tempo, influenciando na diminuição da densidade.

Tabela 3: Dados densidade/temperatura


Com os dados obtidos no experimento, foi gerado uma curva granulométrica, a qual
permite relacionar densidade com tamanho de partícula:
*obs: para construção da curva foi utilizado como base a seguinte equação:

𝑄 = 𝑀 *100 − 𝑀 (100+ℎ)
ℎ 𝑖
𝑓
N
𝑀 *100

Onde:
Qf = porcentagem do material passado para cada peneira;
Mh= massa do material úmido tomado para a sedimentação;
Mi= massa do material retido acumulado em cada peneira;
h= umidade higroscópica da amostra;
N= porcentagem do material que passa na peneira de 2,0mm.
Observando o gráfico, percebeu-se que 90% das partículas têm tamanho
inferior a 75μm e 50% de tamanho inferior a 2,9μm, evidenciando que a
amostra trata-se de uma argila fina.

7. CONCLUSÃO

Mediante os resultados obtidos foram identificados grãos de diversos


tamanhos, tanto finos como grossos, neste sentido dizemos que se trata de um
material heterogêneo. Porém, dois intervalos se sobressaíram (>150um e <250um;
>75um e <150um), que representam 31,33879% e 44,9275% respectivamente. As
demais granulometrias ficaram bem divididas entre si, ocupando o restante da
porcentagem. Pela ABNT NBR 6502 podemos dizer que a maior parte da massa é
composta apenas de argila, pois sua granulometria se encontra abaixo de 0,002mm
na escala Atterberg. Logo conclui-se que é uma massa de 100% argila.

No experimento de densidade, como citado acima, observa-se que a


densidade diminuiu de acordo com que a temperatura e o tempo aumentaram, isso
acontece por conta do efeito de decantação, onde as partículas sólidas vão se
movendo com sentido ao fundo da vidraria. Desta maneira relacionamos a
velocidade de decantação, temperatura e tempo no ensaio de densidade com o
tamanho médio de grão para a produção do gráfico.

REFERÊNCIAS

MELO, Francisco. Como se forma o solo? EMBRAPA. Disponível em


<https://www.embrapa.br/contando-ciencia/solos/-/asset_publisher/1ZCT5VQ5Hj1S/
content/o-que-e-e-como-se-forma-o-solo-/1355746?inheritRedirect=false> Acesso
em: 06 de Dez de 2022

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