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5.1 Introdução
Exemplo: Dado o solo residual das Minas de calcáreo – Caçapava do Sul, apresentado como
exemplo na Unidade 3, o qual apresentou as seguintes percentagens correspondentes a cada fração,
segundo a escala da ABNT.
A fração predominante é a areia, vindo a seguir a fração silte. Da observação dos valores,
nota-se que o solo possui ainda pequena quantidades de argila, e pedregulhos. A subdivisão da
fração arenosa mostrou uma predominância da parte fina sobre as demais. Em face dos valores
obtidos e da escala adotada o solo será classificado como: areia fina siltosa.
onde:
a = porcentagem do solo que passa na peneira nº 200 menos 35%. Se o valor de “a” for negativo
adota-se zero, e se for superior 40, adota-se este valor como limite máximo.
a = Pp,200 - 35% (0 - 40).
b = porcentagem do solo que passa na peneira nº 200 menos 15%. %. Se o valor de “b” for
negativo adota-se zero, e se for superior 40, adota-se este valor como limite máximo.
b = Pp,200 - 15% (0 - 40)
c = valor do limite de liquidez menos 40%. Se o valor de “c” for negativo adota-se zero, e se for
superior a 20, adota-se este valor como limite máximo.
c = LL - 40% (0 - 20)
d = valor do índice de plasticidade menos 10%. Se o valor de “d” for negativo adota-se zero, e se
for superior a 20, adota-se este valor como limite máximo.
d = IP - 10% (0 - 20)
Os solos são classificados em sete grupos, de acordo com a granulometria (peneiras de nº 10,
40, 200) e de conformidade com os intervalos de variação dos limites de consistência e índice de
grupo.
De acordo com a Tabela 5.1 os solos se dividem em dois grupos: solos grossos (quando a %
passante na peneira nº 200 é inferior a 35%) e solos finos (quando a % passante na peneira nº 200 é
superior a 35%). A classificação é feita da esquerda para a direita do quadro apresentado.
SOLOS GRANULARES SOLOS SILTE - ARGILA
% QUE PASSAM NA PENEIRA Nº 200 < 35% % QUE PASSAM NA PENEIRA Nº 200 > 35%
GRUPO A1 A2 A4 A5 A6 A7
A3
% QUE PASSAM A1a A1b A2 - 4 A2 - 5 A2 - 6 A2 - 7 A7 - 5 A7 - 6
NAS PENEIRAS
Nº 10 50 máx.
Nº 40 30 máx. 50 máx. 51 mín.
Nº 200 15 máx. 25 máx. 10 máx. 35 máx. 35 máx. 35 máx. 35 máx. 36 mín. 36 mín. 36 mín. 36 mín. 36 mín.
A FRAÇÃO QUE
PASSA NA PENEIRA
Nº 40 DEVE TER: 41 mín. 41 mín.
LL 6 máx. NP 40 máx. 41 mín. 40 máx. 41 mín. 40 máx. 41 mín. 40 máx. (LL - 30) (LL - 30)
Notas de Aula - Mecânica dos Solos
Em geral os solos granulares tem índice de grupo compreendidos entre 0 e 4, os siltosos entre
1 e 12 e os argilosos entre 1 e 20.
Este sistema é oriundo do Airfield Classification System idealizado por Arthur Casagrande, e
inicialmente utilizado para classificação de solos para construção de aeroportos, e depois expandido
para outras aplicações, e normalizado pela American Society for Testing and Materials (ASTM).
Os solos neste sistema são classificados em solos grossos, solos finos e altamente orgânicos.
Para a fração grossa, foram mantidas as características granulométricas como parâmetros mais
representativos para a sua classificação, enquanto que para fração fina, Casagrande optou por usar
os limites de consistência, por serem parâmetros mais importantes do que o tamanho das partículas.
Cada tipo de solo terá um símbolo e um nome. Os nomes dos grupos serão simbolizados por
um par de letras. Onde o prefixo é uma das subdivisões ligada ao tipo de solo, e o sufixo, às
características granulométricas e à plasticidade.
Na Tabela 5.2, nas duas últimas colunas, estão indicados os símbolos de cada grupo e seus
respectivos nomes, bem como uma série de observações necessárias a classificação do solo.
Solos grossos
Os solos grossos ou granulares são os que possuem partículas menores que 75mm e que
tenham mais do que 50% de partículas com tamanhos maiores do que 0,075mm (# 200). Uma
subdivisão separa os solos grossos em pedregulhos, quando mais do que 50% da fração grossa tem
partículas com tamanho maior do que 4,8mm (retido na # 4), e areias, quando uma porcentagem
maior ou igual, destas partículas, tem tamanho menor que 4,8mm (passa na # 4). Sempre que as
porcentagens de finos estiver entre 5 e 12%, o solo deverá ser representado por um símbolo duplo,
sendo o primeiro o do solo grosso (GW, GP, SW, SP), enquanto que o segundo símbolo dependerá
da região onde se localizar o ponto representativo dos finos desse solo.
Notas de Aula - Mecânica dos Solos 61
Para porcentagens de finos, maior do que 12%, e classificados como CL-ML resultará em um
símbolo duplo para o solo grosso, GC-GM se for pedregulho ou SC-SM se for areia.
As Tabelas 5.3 e 5.4, mostram os fluxogramas necessários à classificação dos solos grossos.
Solos finos
Nesta divisão, foram colocados os solos que tem uma porcentagem maior ou igual a 50%, de
partículas com tamanho menor do que 0,075mm (passando na # 200). Estes solos, siltes e argilas,
foram inicialmente separados em função do limite de liquidez: menor que 50% e maior ou igual a
50%. Cada uma destas subdivisões leva em conta a origem inorgânica ou orgânica do solo. Para a
definição de origem orgânica deverão ser realizados dois ensaios de limite de liquidez: um com o
solo secado em estufa, (LL)s, e o outro nas condições naturais, (LL)n. Se a relação (LL)s/(LL)n <
0,75 o solo deverá ser considerado orgânico.
Quando da proposição inicial do sistema de classificação por Casagrande, foi introduzido o
gráfico de plasticidade, montado a partir dos limites de consistência dos solos finos. Com a revisão
do sistema foram introduzidas algumas modificações, resultando o gráfico mostrado na Figura 5.1.
Nele, os grupos estão distribuídos em cinco regiões, sendo a linha “A” separadora dos solos
argilosos inorgânicos (CL, CH) dos siltosos inorgânicos (ML, MH). A linha vertical LL = 50%
separa os solos de alta plasticidade (MH, CH) dos de baixa plasticidade (ML, CL). Os solos
orgânicos podem se situar, tanto acima quanto abaixo da linha “A”; as argilas orgânicas serão
representadas por pontos situados sobre ou acima dessa linha, enquanto, os siltes orgânicos estarão
abaixo. A quinta região é a hachurada, onde o solo deverá ter o símbolo duplo, CL-ML,
representando solos LL < 50% e 4 ≤ IP ≤ 7. O gráfico de plasticidade deverá ser usado na
classificação, tanto dos solos finos quanto da fração fina dos solos grossos.
Na última revisão do SUCS foi introduzida, a linha “U” para ajudar na avaliação dos
resultados dos ensaios de limites de consistência, visto que ela deve representar um limite superior
empírico para os solos naturais. Qualquer ponto que venha se situar acima dessa linha deve ter os
resultados dos ensaios verificados. A linha “U”, tanto quanto a linha “A”, é quebrada, iniciando-se
na vertical para LL = 16% até IP = 7% e a partir desse ponto tem a equação: IP = 0,9 . (LL - 8).
70
LL = 50
LINHA “U”
PARA CLASSIFICAR O VERTICAL PARA
SOLOS FINOS E A LL = 16 ATÉ IP = 7
60 FRAÇÃO FINA DOS IP = 0,9 (LL – 8)
SOLOS GROSSOS
ÍNDICE DE PLASTICIDADE - IP %
CH
50
ou
OH LINHA “A”
40 HORIZONTAL PARA
IP = 4 ATÉ LL = 25,5
IP = 0,73 (LL – 20)
30
CL
MH ou OH
ou
20
OL
10
CL - ML ML ou OL
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
LIMITE DE LIQUIDEZ - LL %
As Tabelas 5.5 e 5.6, mostram os fluxogramas necessários a classificação dos solos finos.
Notas de Aula - Mecânica dos Solos 62
Cu ≥ 4 ; 1 ≤ Cc ≤ 3
Finos CL, CH % Areia < 15% → Pedregulho bem graduado com argila (ou argila siltosa)
GW – GC
ou (CL – ML) % Areia ≥ 15% → Pedregulho bem graduado com argila e areia (ou argila siltosa)
Pedregulho
5 < Pp,200 < 12
% Ped. >
% Areia % Areia < 15% → Pedregulho mal graduado com silte
Finos GP – GH
ML ou MH % Areia ≥ 15% → Pedregulho mal graduado com silte e areia
Cu < 4 , e/ou 1 > Cc > 3
% Areia < 15% → Pedregulho mal graduado com argila (ou argila siltosa)
Finos CL, CH GP – GC
ou (CL – ML) % Areia ≥ 15% → Pedregulho mal graduado com argila e areia (ou argila siltosa) e areia
Cu ≥ 6 ; 1 ≤ Cc ≤ 3
Finos CL, CH % Pedregulho < 15% → Areia bem graduada com argila (ou argilo-siltosa)
SW – SC
ou (CL – ML) % Pedregulho ≥ 15% → Areia bem graduada com argila e Pedregulho (ou argilo-siltosa)
Areia
5 < Pp,200 < 12
% Areia >
% Ped % Pedregulho < 15% → Areia mal graduada com Silte
Finos SP – SH
ML ou MH % Pedregulho ≥ 15% → Areia mal graduada com Silte e Pedregulho
Cu < 6 , e/ou 1 > Cc > 3
% Pedregulho < 15% → Areia mal graduada com argila (ou argila siltosa)
Finos CL, CH SP – SC
ou (CL – ML) % Pedregulho ≥ 15% → Areia mal graduada com argila e Pedregulho (ou argilo-siltosa)
Tabela 5.5 - Fluxograma para classificação dos solos finos de baixa plasticidade.
Pr, 200 < 15 → Argila muito plástica
Pr, 200 < 30 % Areia > % Ped. → Argila muito plástica com areia
15 ≤ Pr, 200 ≤ 29
Acima da % Areia < % Ped. → Argila muito plástica com pedregulho
CH
linha A % Ped. < 15 % → Argila muito plástica arenosa
% Areia > % Ped
% Ped. ≥ 15 % → Argila muito plástica arenosa com pedregulho
Pr, 200 ≥ 30
% Areia < 15 % → Argila muito plástica pedregulhosa
% Areia < % Ped.
Inorgânicos % Areia ≥ 15 % → Argila muito plástica pedregulhosa com areia
Pr, 200 < 15 → Silte elástico
Pr, 200 < 30 % Areia > % Ped. → Silte elástico com areia
Notas de Aula - Mecânica dos Solos
15 ≤ Pr, 200 ≤ 29
Abaixo da % Areia < % Ped. → Silte elástico com pedregulho
MH
linha A % Ped. < 15 % → Silte elástico arenoso
% Areia > % Ped
% Ped. ≥ 15 % → Silte elástico arenoso com pedregulho
Pr, 200 ≥ 30
% Areia < 15 % → Silte elástico pedregulhoso
% Areia < % Ped.
LL ≥ 50 % Areia ≥ 15 % → Silte elástico pedregulhoso com areia
Pr, 200 < 15 → Argila orgânica
Pr, 200 < 30 % Areia > % Ped. → Argila orgânica com areia
15 ≤ Pr, 200 ≤ 29
Acima ou % Areia < % Ped. → Argila orgânica com pedregulho
sobre a
linha A % Ped. < 15 % → Argila orgânica arenosa
% Areia > % Ped
% Ped. ≥ 15 % → Argila orgânica arenosa com pedregulho
Pr, 200 ≥ 30
Orgânicos % Areia < 15 % → Argila orgânica pedregulhosa
% Areia < % Ped.
OH % Areia ≥ 15 % → Argila orgânica pedregulhosa com areia
(LL)S/(LL)N < 0,75
Pr, 200 < 15 → Silte orgânico
Pr, 200 < 30 % Areia > % Ped. → Silte orgânico com areia
15 ≤ Pr, 200 ≤ 29
Abaixo da % Areia < % Ped. → Silte orgânico com pedregulho
linha A % Ped. < 15 % → Silte orgânico arenoso
% Areia > % Ped
% Ped. ≥ 15 % → Silte orgânico arenoso com pedregulho
Pr, 200 ≥ 30
% Areia < 15 % → Silte orgânico pedregulhoso
% Areia < % Ped.
% Areia ≥ 15 % → Silte orgânico pedregulhoso com areia
Tabela 5.6 - Fluxograma para classificação dos solos finos de alta plasticidade.
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Notas de Aula - Mecânica dos Solos 67
São solos que apresentam características muito diferentes dos solos inorgânicos; são
compostos de matéria vegetal em vários estágios de decomposição, geralmente com odor orgânico,
cor marrom escura a preta, textura variando de fibrosa a amorfa, aparência esponjosa e saturada.
São solos com alto índice de vazios, muito compressíveis e baixa resistência ao cisalhamento. Em
condições normais, não são utilizados como fundação nem como material de empréstimo.
Os solos altamente orgânicos são, normalmente, designados por turfosos e simbolizados por
Pt.
A Tabela 5.7 apresenta algumas características dos solos a partir do Sistema de Classificação
relativa às fundações de pavimentos.
O Sistema Unificado de Classificação dos Solos não se tem mostrado satisfatório, quando
usado em projeto de pavimentos para solos tropicais, em face do seu comportamento diferenciado,
conforme tem mostrado diversos autores.
Uma classificação mais apropriada aos solos tropicais, com ênfase em projetos de estradas, foi
proposta por Nogami e Villilbor (1981), separando-se os solos em dois grupos, um de
comportamento laterítico e outro não laterítico. O resultado desse trabalho foi reunido no gráfico,
mostrado na Figura 5.2, subdividido em sete regiões, onde os solos de comportamento não laterítico
ocupam a parte superior e os de comportamento laterítico estão situados na parte inferior do gráfico.
A cada uma das regiões foi associado um símbolo, duas letras, onde a primeira letra “N” ou “L”
indica o comportamento não laterítico ou laterítico do solo e a segunda A, A’, G’, S’ completam a
classificação conforme mostrado na figura. Há também referência ao tipo de mineral encontrado no
solo. Neste gráfico os solos coesivos estão localizados à direita e os não coesivos à esquerda.
O gráfico foi montado utilizando-se de variáveis extraídas dos resultados do ensaio de Mini-
MCV (Mini - Moisture Condition Value) de forma que todas as regiões tivessem a mesma área. A
primeira variável usada como abscissa e simbolizada por C’ representa a inclinação do trecho reto
da curva Mini - MCV para 10 golpes e em ordenadas estão colocadas os valores e’, calculados pela
equação:
onde d’ é a inclinação do ramo seco da curva de compactação para uma energia correspondente a 12
golpes (aproximadamente igual à do Proctor Normal - 6 kg/cm3 ) e Pi é a porcentagem de perda de
material por imersão. A equação anterior é empírica, tendo-se chegado a ela através da imposição
de áreas iguais para as diversas regiões do gráfico.
O procedimento utilizado, com a descrição dos ensaios necessários a classificação dos solos
tropicais está descrito em Nogami e Villibor (1985).
Esta classificação é feita de tal forma que a maioria dos solos possam se enquadrar em três
grupos (granulação grossa, granulação fina e altamente orgânica), através de um exame visual e
alguns ensaios simples de campo.
Para a fração grossa, pedregulhos e areias, informações quanto à composição granulométrica,
forma das partículas, existência ou não de finos são sempre necessárias; estas partículas são ásperas
ao tato, visíveis ao olho nú e se separam quando secas.
VALOR COMO PESO
L VALOR COMO
DIVISÕES FUNDAÇÃO ESPECÍ-
E BASE DIRETA- AÇÃO COMPRES- CARACTE- MÓDULO
QUANDO CBR DE
T NOME MENTE SOB A POTENCIAL SIBILIDADE RÍSTICAS DE EQUIPAMENTO DE COMPACTAÇÃO FICO DO SUB-
NÃO SUJEITO CAM-PO
PRINCIPAIS R SUPERFÍCIE DO GELO E EXPANSÃO DRENAGEM SECO LEITO
A AÇÃO DO
A EM USO (γs)
GELO
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (10) (11) (12) (13)
Pedregulho ou pedregulho Nenhuma a Quase Trator de esteira, equipamento de roda de
GW Excelente Bom Excelente 125 - 140 60 - 80 500 ou mais
arenoso bem graduado muito escassa inexistente borracha, rolo com roda de aço
Pedregulho ou pedregulho Insatisfatório a
GP Bom a excelente - - - - 120 - 130 35 - 60 300 ou mais
arenoso mal graduado moderado
Pedregu-
lhos e GU Pedregulho ou pedregulho are- Trator de esteira, equipamento de roda de
Bom Insatisfatório - - - 115 - 125 25 - 50 300 ou mais
solos noso, uniformemente graduado borracha
pedregu-
Notas de Aula - Mecânica dos Solos
0,27 0,45
A = AREIA
2,0 A' = ARENOSO
G' = ARGILOSO
1,75 NA NS'
S' = SILTOSO
ÍNDICE e'
1,5 NG'
1,40
NA'
1,15
LA
1,0
LG'
LA'
0,5
0,70 1,70
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
COEFICIENTE C'
ARGILAS ARENOSAS
ARGILAS ARENOSAS
AREIAS ARGILOSAS
GRANULOMETRIAS TÍPICAS
ARGILAS SILTOSAS
ARGILAS SILTOSAS
SILTES ARGILOSOS
SILTES ARGILOSOS
SILTES ARENOSOS
AREIAS SILTOSAS
AREIAS SILTOSAS
DESIGNAÇÕES DO MISSISSIPI
SILTES (k, m)
SILTES (q, s)
ARGILAS
AREIAS
q = QUARTZOSO m = MICÁCEO
s = SERSÍTICO k = CAULINÍTICO
COMPORTAMENTO N = NÃO LATERÍTICO L = LATERÍTICO
GRUPO MCT NA N A’ N S’ N G’ LA L A’ L G’
MINI
SEM IMERSÃO M, E E M, E E E E , EE E
CBR
PERDA POR IMERSÃO B, M B E E B B B
(%)
PROPRIEDADES
EXPANSÃO B B E M, E B B B
CONTRAÇÃO B B, M M M, E B B, M M, E
COEF. PERMEABILIDADE (K) M, E B B, M B, M B, M B B
COEF. SORÇÃO (S) E B, M E M, E B B B
CORPOS DE PROVA COMPACTADOS NA EE = MUITO VIDE QUADRO ABAIXO
M = MÉDIO (A)
MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA ELEVADO PARA
MÁXIMA DA ENERGIA NORMAL B = BAIXO (A)
E = ELEVADO EQUIVALÊNCIANUMÉRICA
EE – Muito elevado > 30
PERDA DE SUPORTE E – Elevada > 70
E – Elevado 12 a 30
MINI-CBR (%) MINI-CBR – POR M – Média 40 a 70
M – Médio 4 a 12
IMERSÃO (%) B – Baixa < 40
B – Baixo <4
E – Elevada >3 E – Elevada >3
EXPANSÃO (%) M – Média 0,5 a 3 CONTRAÇÃO (%) M – Média 0,5 a 3
B – Baixa < 0,5 B – Baixa < 0,5
Figura 5.2 - Gráfico de classificação MCT e principais propriedades dos grupos dessa classificação.
Notas de Aula - Mecânica dos Solos 70
Para os solos finos, siltes e argilas, os principais ensaios de identificação no campo são:
a) ensaio de dilatância;
b) ensaio de plasticidade;
c) determinação da resistência seca do solo;
d) observações quanto à cor e cheiro (solos orgânicos).
Os itens a, b e c são feitos com material que passa na peneira nº 40 (0,42mm). No campo,
muitas vezes, separa-se o material retido na peneira nº 40 fazendo-se o possível para retirar o
material entre a peneira nº 10 e nº 40.
O ensaio de dilatância consiste em adicionar água no material, tornando-o pegajoso. A massa
formada deve ter um volume de 8 cm3 e é colocada na palma de uma das mãos em posição
horizontal. Bate-se vigorosamente uma mão de encontro com a outra, várias vezes e espreme-se a
massa entre os dedos. Segundo as reações ocorridas durante o ensaio de dilatância, os solos podem
classificar-se em:
- solos não plásticos (siltes e areias) apresentam uma reação rápida (presença de água livre quando
sacudido);
- solos altamente plásticos resultam em reação nula.
Portanto, dependendo da velocidade que a massa muda de consistência, definimos que a
reação do teste é rápida, lenta ou nula.
Ensaio de plasticidade consiste em obter um cilindro de 3mm de diâmetro sobre uma
superfície lisa ou entre as palmas da mão. À medida que o processo vai se desenvolvendo, o solo
vem se tornando mais duro (perda de umidade). Os solos situados abaixo da linha “A” do gráfico de
plasticidade formam cilindros frágeis e com exceção dos solos orgânicos. Estes solos resultam em
cilindros muito moles e pegajosos quando estão próximos do limite de plasticidade. Quanto mais
alta a posição do solo em relação à linha “A”, mais resistentes são os cilindros ao se aproximarem
ao limite de plasticidade.
O ensaio de resistência seca consiste em moldar uma amostra de solo úmido e deixar secar em
estufa ou no ar livre. Após a secagem tenta-se desagregar a amostra com pressão dos dedos. De
acordo com o esforço aplicado na amostra podemos definir como:
- os solos de pouca resistência seca (desagregam-se imediatamente com pequeno esforço -
solos siltosos);
- os solos de resistência seca razoável (desagregam-se com certo esforço - solos argilosos e
orgânicos).
A cor serve para separar os horizontes de um perfil de solo e pode indicar a existência do
nível do lençol freático. Utiliza-se em amostras de solos úmidos porque pode haver uma mudança
razoável com a secagem. Adota-se a carta de cores de MUNSEEL preparado pelo Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos.
Os solos de cor vermelha indicam a presença de óxidos de ferro e ausência do lençol freático
próximo. Os solos de cor cinza ou manchados indicam que a variação do nível d’água.
Quanto ao cheiro, os solos orgânicos apresentam, em geral, odores característico, que pode
ajudar na identificação.
Os métodos para estimar a porcentagem passante na peneira nº 200 são muitos e a escolha
depende do tempo, habilidade do técnico e equipamento disponível. Entre eles podemos citar:
- decantação - consiste em misturar solo com água num recipiente e derramar a mistura turva
de água e solo. Repete-se a operação várias vezes, até conseguir remover praticamente todos os
finos. Por comparação do resíduo com o material primitivo tem-se idéia da quantidade de finos.
- sedimentação - consiste em misturar água com o solo em uma proveta e agitar bastante. As
partículas maiores irão depositar logo (areia deposita em 20 ou 30 segundos).
Notas de Aula - Mecânica dos Solos 71
5.7 Exercícios
10 90
A
20 80
B
C
30 70
Porcentagem Passante
Porcentagem Retida
40 60
50 50
60 40
70 30
80 20
90 10
100 0
0,001 0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro dos Grãos (mm)
3) O solo de uma jazida para uso de uma obra de terra tem as seguintes características: LL =
60% e LP = 27%. O teor de umidade natural do solo é de 32%. Determine: a) o índice de
plasticidade, b) o índice de consistência, c) classifique o solo em função do valor obtido
em (b).
Pede-se: a) qual o solo de maior teor de argila? b) qual o solo de maior índice de vazios?
Respostas:
2)