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Montes Claros, MG
25 de Fevereiro de 2022
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO 2
3 - REVISÃO DE LITERATURA COM FORMULAÇÃO MATEMÁTICA 4
4 - MATERIAIS 7
5 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 7
6 - RESULTADOS 8
7 - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 24
8 - CONCLUSÃO 25
9 - REFERÊNCIAS 26
10 - ANEXO 1 - Respostas ao questionário 26
1
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
1 - INTRODUÇÃO
2
Figura 1. Série de Tyler.
As peneiras que compõem a série de Tyler possuem malhas, que são basicamente
arames entrelaçados, de forma que a quantidade de aberturas por polegadas se denomina por
“mesh” ou sinonimamente, malha. A peneira mais fina utilizada é a de malha 200, embora
existam outras peneiras que chegam a malha 400, que muitas das vezes são inviáveis para a
maioria dos processos, devido a sua fragilidade, custo e fácil entupimento das aberturas.
Além disso, os seus furos são facilmente deslocados, formando aberturas grandes e
pequenas e por consequência, perdendo seu caráter. (FOUST, 2008).
2 - OBJETIVOS
● Caracterizar as partículas através da análise granulométrica utilizando a técnica de
peneiramento na separação;
3
continuamente separando o material em classes. A primeira escala granulométrica foi
proposta por Rittinger na Alemanha, e obedeceu à seguinte equação:
an = a * r
(1)
Onde:
an = abertura de ordem
4
Quadro 1 – Escalas Granulométricas (Tyler e Richards)
(2)
5
Onde:
P = passantes;
A = alimentação;
(3)
Onde:
x = Fração das partículas com diâmetro menor que di;
di = Diâmetro médio entre as malhas (di < k);
k = Parâmetro (k = d100 , diâmetro da partícula para x = 1);
m = Admensional (m=1 para casos uniformes e m≠1 para casos usuais).
(4)
Onde:
x = Fração das partículas com diâmetro menor que di;
di = Diâmetro médio entre as malhas (di < k);
6
d’ = Parâmetro (d’=d63,2, diâmetro da partícula para x= 0,632);
n = Admensional (n >0).
É de suma importância mencionar também o cálculo de densidade do material
sedimentar utilizado, uma vez que este é feito apenas com o uso das massas disponíveis ao
longo do experimento.
Como torna-se fixo o valor de volume (25mL), torna-se válido utilizar um método
para cálculo de densidade, relacionando diferenças de massas para este mesmo volume,
como mostrado na Equação 5.
4 - MATERIAIS
5 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
7
Os procedimentos foram reiterados para 200g e 300g de carvão ativado.
6 - RESULTADOS
As peneiras utilizadas possuem uma determinada abertura, para cada tipo e para cada
quantidade de mesh que possuem. A tabela abaixo apresenta a relação peneira e abertura de
cada mesh.
4 4,77
6 3,36
10 1,68
14 1,19
20 0,84
25 0,71
35 0,42
60 0,25
Faz-se necessário dispor o sistema Tyler e o diâmetro médio das partículas naquele
determinado intervalo de peneiras.
8
Sistema Tyler Abertura
média da
peneira (mm)
+4 4,77
-4+6 4,07
-6+10 2,52
-10+14 1,43
-14+20 1,02
-20+25 0,77
-25+35 0,57
-25+60 0,33
-60 0,25
9
-6+10 397,42 414,53 17,11
TOTAL - - 100,07
10
306,44 323,46 17,01
-35+60
TOTAL - - 200,27
TOTAL - - 300,1
11
Também pode-se expressar a relação das peneiras com a fração mássica retida em
cada uma delas, bem como a distribuição dessas frações em função do diâmetro médio das
partículas.
TOTAL 1 1 1
12
Fig. 2 - Distribuição de frações em função do diâmetro para uma massa de 100 g
13
Fig. 4 - Distribuição de frações em função do diâmetro para uma massa de 300 g
14
Fig. 6 - Histograma para a massa de 200 g
15
Sistema Tyler Massa de 100 g Massa de 200 g Massa de 300 g
-60 1 1 1
TOTAL - - -
16
-6+10 0,78 0,72 0,69
-60 0 0 0
TOTAL - - -
17
Fig. 10 - Distribuição de frações acumuladas a massa de 300 g
18
Fig. 11 - Modelo RRB para a amostra de 100 g
19
Para o modelo GGS a adaptação dos dados pode ser identificada nos seguintes
gráficos.
20
Fig. 16 - Modelo GGS para a amostra de 300 g
21
Fig. 18 - Modelo Sigmóide para a amostra de 200 g
22
Além da adaptação dos modelos foi possível encontrar alguns parâmetros de
caracterização das partículas. O primeiro deles é a esfericidade da partícula. Segundo Foust
(2011), a esfericidade de um carvão é de 0,73; logo, para fins de cálculos posteriores,
consideramos esse valor como referência. Ademais, conforme descrito no item 5 desse
relatório, determina-se a densidade da partícula a partir da análise feita, em comparação com
um líquido de referência, que neste caso, utilizou-se a água destilada. A densidade da
partícula, conforme o método descrito é de 0,00093 g/cm3.
Após tais determinações, foi possível calcular a área superficial (Aw) das partículas,
conforme as equações presentes no item 10 deste relatório experimental. Para este
parâmetro, temos que para a amostra de 100 g a Aw é de 8133,78 mm2, 8463,33 mm2 para a
massa de 200 g e 8574,12 mm2 para a amostra de 300 g. A superfície total da partícula foi
calculada também para as três massas, tendo como resultado 813947,35 g. mm2,
1714978,07 g. mm2 e 2573949,89 g. mm2, para as três massas, respectivamente. Após,
pôde-se calcular o diâmetro da partícula, sendo 1,08 mm para a amostra de 100 g, 1,03 mm
para a massa de 200 g e 1,04 para a amostra de 300 g de carvão.
O volume das partículas também pôde ser estimado, sendo 0,67 mm3 para a amostra
de 100 g, 0,573 mm3 para a amostra de 200 g e 0,573 mm3 para a amostra de 300 g. Após
esses cálculos, foi possível obter o número de partículas totais de cada amostra, sendo
23
160200 partículas para a amostra 1, 374133 para a amostra 2 e 562938 para a amostra 3. Da
mesma forma, obteve-se o número de partículas por peneiras, conforme a tabela abaixo.
Após a confecção dos resultados, pode-se inferir que as partículas presentes nas
amostras para os diferentes pesos, apresentam distribuições similares, diferenciando entre si
em pequena proporção, portanto, infere-se que as partículas da amostra de carvão não
apresentaram grandes diferenças.
24
No primeiro conjunto de imagens (fig. 2, 3 e 4), percebe-se que a distribuição
granulométrica no sistema Tyler é bem similar para as três amostras (100 g, 200 g, e 300 g),
destoando somente para terceira amostra na região entre (-6+10), comparando com as
demais. Tal comportamento pode ser justificado pela não homogeneização da amostra como
um todo antes de sua coleta, pois faz-se necessário tal processo, visto que o carvão em
análise apresenta partículas heterogêneas, ou seja, que apresenta um diâmetro médio
variável. Da mesma forma, ao comparar os histogramas (fig. 5, 6 e 7) também apresentam
uma distribuição bem similar para as três amostras, reafirmando assim a inferência acima.
Ao verificarmos as distribuições de frequência presentes nas figuras 7, 8 e 9,
percebe-se também que as distribuições cumulativas também possuem um comportamento
símile, ou seja, são bem semelhantes entre si. Além disso, ao se comparar com gráficos
presentes na literatura (PEÇANHA, 2014), nota-se uma tendência coerente com o modelo
de gráfico que é esperado para essas análises de finos e grossos.
Os modelos de distribuição também tiveram comportamentos semelhantes, ao
compararmos os R2 das regressões lineares dos três modelos que adaptaram-se neste
experimento. O modelo GGS foi o que apresentou uma pior adaptação aos resultados, com
um R2 médio de 0,80 para as três amostras. O modelo RRB ficou como o segundo que
melhor se ajustou aos com um R médio de 0,92, e o modelo de melhor ajuste foi o sigmóide,
que possui um R2 médio de 0,94. Para ambos os modelos, o que melhor se ajustou foi para a
amostra 2. Isso pode se dar ao fato de que talvez essa amostra seja uma distribuição mais
uniforme, ao se comparar com a amostra 3, por exemplo.
Os diâmetros médios para cada análise estão dentro da região onde há maior
frequência naquele determinado intervalo. Ou seja, há uma coerência com os resultados que
propusemos neste relatório experimental, visto que o diâmetro médio das partículas é um
valor representativo do todo, e quanto mais aquela determinada frequência contribui para o
aumento da média, há uma maior chances desse valor se aproximar deste intervalo. Além
disso, o número de partículas por peneira também está coerente com o proposto pelo próprio
relatório, visto que quanto maior foi a massa daquela determinada amostra, maior será o
número de partículas presentes naquele determinado intervalo de massa.
8 - CONCLUSÃO
A partir do exposto acima, foi possível observar durante todo esse experimento a
aplicabilidade da análise granulométrica para a vida no cotidiano do engenheiro químico.
25
Tal prática nos faz experimentar muitos processos físicos de separação que são utilizados na
indústria, principalmente nos ramos alimentícios e de minérios.
A partir de tal experimento então foi possível caracterizar a amostra de carvão
ativado utilizando aparatos computacionais, a partir de gráficos e planilhas, além de ser
possível obter os gráficos de análises granulométricas, e os números de partículas, e os
modelos de adaptação granulométrica, além de poder determinar a densidade das partículas,
e também estimar a esfericidade das partículas, com base nas nossas referências
bibliográficas. Para essa primeira prática ainda, obtivemos comportamentos bem similares
de ambas as amostras, não destoando significamente uma da outra. Ademais, o modelo de
melhor ajuste linear foi o sigmóide, pois teve um melhor R2, em comparação com os
demais.
9 - REFERÊNCIAS
26
g/mm3), e os fatores de forma são a=2 (fator de forma de volume) e Φs = 0,571.
Para o material com tamanhos de partículas entre 4 e 200 mesh, calcular:
(6)
Tem-se que:
27
(7)
2
𝐴𝑤 = 3284, 61/(1 − 0, 0075) = 3309𝑚𝑚 /𝑔
e Nw sendo:
b) o diâmetro volumétrico Dv ;
(8)
𝐷𝑣 = 0, 4238 𝑚𝑚
(9)
𝐷𝑠 = 1207 𝑚𝑚
28
d) o diâmetro médio de massa Dm;
(10)
𝐷𝑙 𝑜𝑢 𝐷𝑚 = 1, 677 𝑚𝑚
Isso significa que mais de 50% das partículas estão concentradas nessa faixa da
malha de 150/200 mesh.
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