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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA

Proveta LADEQ

1 – Objetivo
Montar a distribuição acumulativa e verificar qual o modelo de distribuição de
tamanhos que melhor se ajusta para o material analisado utilizando o método da proveta
LADEQ.

2 – Introdução

Proveta LADEQ é uma técnica utilizada para a análise granulométrica que permite
classificar um conjunto de partículas baseado na distribuição de tamanho, utilizando o
conceito de sedimentação gravitacional.
A suspensão em estudo escoa por um tubo localizado na base da proveta, e com o
auxílio de uma bomba peristáltica, o fluxo de saída é constante. Através da coleta de amostras
de tempos variados é possível determinar a variação da massa do sólido com o tempo. Essa
técnica tem duração extensa, pois é necessário tratar as amostras antes da medição de suas
propriedades. Porém esse método com a proveta LADEQ é considerado um procedimento não
muito longo comparado a outros métodos de mesmo conceito, como a pipeta de Andreasen.
O diâmetro de Stokes (dst) pode ser obtido pela Equação 1:

 = 
(1)
 

sendo:  a viscosidade do líquido utilizado como solvente na suspensão analisada,  e  são


as densidades do solvente e da amostra do sólido particulado respectivamente,  é a
aceleração da gravidade, ℎ é a altura da suspensão e  é o tempo em que a amostra foi
coletada.
Dessa forma, a fração de partículas com o diâmetro menor que o diâmetro de Stokes
(X) é determinada pela Equação 2:


 = 
 (2)

Sendo que C(t) e C(0) são as concentrações do sólido particulado a ser estudado, num dado
tempo e no ínicio respectivamente.
Nesse experimento, o objetivo é determinar a distribuição granulométrica do caulim
e iniciar o melhor modelo que ajustam os dados experimentais.
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A distribuição de diâmetros pode ser caracterizada na forma acumulativa, definindo-


se uma função X(dst ), em que X é a fração em massa de partículas com o diâmetro menor que
dst. Essa função é crescente e ao ser ajustada a modelos existentes, pode representar a
distribuição granulométrica das partículas. Existem diversos modelos que tentam representar
de forma satisfatória uma análise granulométrica, segue abaixo os mais conhecidos e os
utilizados nesta prática.

1) Modelo GGS
A Equação 3 representa o modelo GGS.
 
 =   (3)

sendo e ! parâmetros do modelo GGS.

2) Modelo RRB
O modelo RRB pode ser representado pela Equação 4.
% '
 
 = 1−$ %& (4)
sendo (′ e * parâmetros do modelo RRB.

3) Modelo Sigmóide
Esse modelo é representado pela Equação 5.

= % . (5)
+ ,- 
%

sendo (/ e 0 os parâmetros do modelo Sigmóide.

4) Modelo Log- Normal


O modelo log-normal é representado pela Equação 6, mas isolando Z da equação 6
obtém-se a Equação 7 , sendo que a Equação 6 está depende da função erro que é
tabelada.
1+234
56
= (6)
7

⁄,-
8 = 9* : ? (7)
√7=>

sendo que δ e D são parâmetros do modelo Log-Normal.


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3 – Material
Os materiais para a realização do procedimento experimental são apresentados a
seguir e alguns desses materiais utilizados podem ser observados na Figura 1:

 Proveta: Pyrex com capacidade máxima de 1000mL e precisão de 10mL;

Figura 1 – Aparato experimental.

 Papel milimetrado (H): 1 mm de precisão;


 Banho: Unique-Ultrasonic Clear de potência de 120 W;
 Controlador de Vazão da Bomba;
 Balança analítica com precisão de 0,01 g;
 Válvula de saída;
 Bomba Peristáltica;
 Béqueres de 50 mL;
 Um balão volumétrico de 1 L;
 Um funil;
 Suporte;
 Hexametafosfato de sódio: puríssimo (NaPO3) e aproximadamente 69% de P2O5;
 Caulim.
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4 – Procedimento Experimental

Para a execução do experimento separa-se 12 béqueres de 50 mL e enumeram-se os


mesmos para a pesagem desses em seguida.
Após esse procedimento prepara-se uma solução de Calgon (hexametafosfato de
sódio) a uma concentração de 1 g/L em um balão volumétrico de 1 L e uma concentração de
calim inicial de 19 g/L.
Posteriormente, faz-se a regulagem da bomba peristáltica para o tempo de análise e a
suspensão deve ser colocada no banho ultra-sônico por um minuto, para que ocorra a quebra
das aglomerações das partículas.
Então, transfira a suspensão para a proveta agitando o balão volumétrico para que
ocorra melhor homogeneização e agita-se novamente a proveta. Em seguida, coloca-se a
proveta no suporte e liga-se a bomba peristáltica para a leitura da altura inicial do menisco na
proveta.
Nesse instante em que a bomba peristáltica foi ligada aciona-se um cronômetro ao
mesmo tempo, fazendo com que a suspensão seja bombeada para a bacia de descarte. Dessa
forma, quando o tempo atingir 50 s coloca-se um béquer (nº 1) e retira-se após 10 s. Em
seguida, faz a leitura do menisco da proveta novamente, e fazendo a anotação da respectiva
altura para cada amostra, pesando cada béquer com a respectiva amostra. Essa coleta deve ser
realizada num intervalo de tempo de 1 min para o segundo béquer e o recolhimento da
amostra dever ter duração de 10 s.
Esse procedimento anterior deve ser executado até o oitavo béquer e a partir deste
coletou-se em intervalos de 2 min, permanecendo o tempo de coleta de 20 s.
Depois da realização das coletas e pesagem dos béqueres, os mesmo devem ser
colocados em uma estufa de aproximadamente 105°C por um período de 24 h, e então,
pesados, contendo o sólido seco.
Observação: A rolha dever ser retirada ao iniciar o experimento.

5 – Resultados

1) Apresentar os resultados experimentais obtidos;


2) Ajustar a curva de distribuição granulométrica para cada modelo apresentado;
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3) Verificar qual modelo representa de forma satisfatória a distribuição granulométrica


da amostra;
4) Indicar e discutir possíveis fontes de erro experimental.

7 – Referências Bibliográficas

ALLEN, T. Powder sampling and particle size determination. São Diego: Elsevier, 2003.
AROUCA, F. O.; BARROZO, M. A. S.; DAMASCENO, J. J. R. Analysis of techniques for
measurement of the size distribution of solid particles. Brazilian Journal of Chemical
Engineeiring, v. 22 (1), p. 135-142, 2005.
FOUST, A. S.; WENZEL, L. A.; CLUMP, C. W.; MAUS, L.; ANDERSEN, L. B. Princípios
das operações unitárias. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1982. 670 p.
FRARE, L. M.; GIMENES, M. L.; PEREIRA, N. C.; MENDES, E. S. Linearização do
modelo log-normal para distribuição de tamanho de partículas. Acta Scientiarum, v. 22
(5), p. 1235-1239, 2000.

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