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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI -

UFVJM
Graduação em Engenharia Química | ICT

PENEIRAMENTO – CONJUNTO DE PENEIRAS

Grupo A - Turma EQ: Adelaine Camargos Batista; Amaury Bento Junqueira Villela; Camila
Eduarda Oliveira; Eduarda Eloá Lucas Ferreira.

RESUMO

A operação unitária de peneiramento apresenta uma grande importância no meio


industrial por ser aplicada em processos em que envolva materiais em pó, que precise de
separação ou determinação de dimensões granulométricas. O experimento realizado visou a
realização do procedimento de peneiramento em um conjunto de peneiras da série Tyler onde
foi determinada a distribuição de partículas de amostras moídas de feijão e serragem.

Palavras Chave: Peneiramento, granulometria, moída

1. Introdução

A operação de peneiramento tem como objetivo a separação de um material em duas


ou até mais classes com partículas de tamanhos distintos. A separação das partículas pode ser
feita com base em suas características geométricas: largura, comprimento e formato. Este
processo de separação é executado por peneiras vibratórias. Para aprimorar a separação, o
conjunto de peneiras com diferentes valores de mesh, realiza o movimento horizontal, com o
objetivo de que as partículas passem através delas caso tenham dimensões inferiores às suas
aberturas (AMORIM, 2007).
O processo de peneiramento pode ser realizado de duas formas: a seco e úmido. No
peneiramento a seco, as partículas rolam sobre a superfície da tela e são expostas as aberturas
das mesmas por diversas vezes, numa verdadeira disputa probabilística na tentativa de
encontrar a abertura da tela (SAMPAIO; SILVA, 2007) No processo úmido ocorre a adição de
água ao material a ser peneirado, esta adição tem por objetivo facilitar a passagem das
partículas finas através da peneira (CARISSO; CORREIA, 2004). Para o processo a seco é
utilizado uma peneira que as telas são mais longas em relação às usadas no processo úmido
(SAMPAIO; SILVA, 2007).
A aplicação do processo de peneiramento pode ser encontrada em diferentes indústrias.
Como na indústria química, pode ser empregado na mineração, na produção de fertilizantes,
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cosméticos e farmacêuticos. Já na alimentícia que é aplicado na produção de produtos moídos
como as farinhas, na produção de ração animal e todos os processos que necessitam de
promover separação (CARISSO; CORREIA, 2004).

2. Objetivo

O objetivo do referido trabalho é determinar a distribuição de tamanho de partículas em


diferentes amostras já moídas (feijão e serragem) utilizando a técnica de peneiramento.

3. Materiais e Métodos
3.1 Materiais

● Peneiras granulométricas
● Balança analítica
● Placas de Petri
● Potes de plástico
● Cronômetro
● Amostra já moídas (feijão e serragem)
● Escova para limpeza das peneiras

3.2 Métodos

Realizou-se primeiro a determinação da quantidade de amostra que seria usado no


experimento e na balança analítica foi pesado a quantidade determinada, sendo a amostra de
feijão com peso de 180 g, e a de serragem 90 g. Cada amostra foi dividida em 3 porções (1, 2,
3) as de feijão foram divididas em placas de petri com aproximadamente 50 g cada e a de
serragem foi dividida em potes de plástico com 30 g cada. Em seguida organizou o conjunto
de peneiras em ordem crescente de mesh, posicionando-as verticalmente uma sobre a outra e a
última sobre o fundo, onde o material mais fino seria recolhido. Ajustou-se o equipamento para
que operasse a uma rotação de 9 rpm em 1 min e 30 seg, este tempo foi cronometrado. Todas
as amostras (1,2,3) de feijão e de serragem passaram por este processo uma de cada vez. Ao
final de cada procedimento era pesado o material retido em cada peneira do conjunto.
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Figura 1. Peneirador de bancada

Fonte: Dos autores, 2023.

4. Resultados e discussão

Após a realização do experimento determinou-se a quantidade em massa retira em cada


uma das peneiras e suas respectivas porcentagens para cada uma das duas amostras solicitadas.
Para o peneiramento, foram utilizadas peneiras com o mesh 10, 24, 32, 48, 65, 100 empilhadas,
a partir da base em ordem decrescente para o número de mesh.

Tabela 1. Amostra feijão moído.


AMOSTRA 1- Feijão

Peneira Mesh Abertura (mm) Massa Retida (g) Massa Retida (%)

1 10 1.700 46,12 92,24


2 24 710 3,55 7,1
3 32 500 0,143 0,286
4 48 300 0,108 0,216
5 65 212 0,027 0,054
6 100 150 0,016 0,032
Fonte: Dos autores, 2023.
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De acordo com a tabela 1 é possível observar que as peneiras com menor mesh (10, 24)
apresentaram maior retenção de sólidos. O que era esperado, visto que por observação visual
as partículas apresentavam maior diâmetro, e assim ficaram retidas nas peneiras de maior
abertura, com maior diâmetro.

Tabela 2. Amostra serragem.


AMOSTRA 1- Serragem

Peneira Mesh Abertura (mm) Massa Retida (g) Massa Retida (%)

1 10 1.700 25,62 51,24


2 24 710 2,98 5,96
3 32 500 0,46 0,92
4 48 300 0,47 0,94
5 65 212 0,18 0,36
6 100 150 0,13 0,26
Fonte: Dos autores, 2023.

Como apresentado na tabela 2, as peneiras com menor mesh (10,24) apresentaram maior
retenção de massa. O que era esperado, uma vez que por observação visual as partículas
apresentavam maior diâmetro e ficaram retidas na peneira maior.
A partir dos resultados obtidos foi possível criar os gráficos que representam a
porcentagem das amostras retidas nas peneiras, conforme mostrados abaixo.

Gráfico 1. Porcentagem de massa retida por peneira.

% Massa Retida
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6
Feijão Serralha

Fonte: Dos autores, 2023.


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Assim, concluímos através dos dados, e da visualização do gráfico, que houve uma
maior concentração nas peneiras de mesh menor (1 e 2). Isso deve-se a maior parte das amostras
possuírem partículas de maior granulometria, ficando retidas nas etapas iniciais, enquanto uma
menor porcentagem atinge as peneiras finais.

Referências Bibliográficas

AMORIM, M.V. F. S. Desenvolvimento de um novo processo de limpeza e


condicionamento de grãos. Fortaleza 2007.

Carrisso, R.C.C. e Correia, J.C.G. Classificação e peneiramento. In: Luz, A. B., Sampaio, J. A.
e Almeida, S. L. M. (Ed.). Tratamento de minérios. 4a ed. Rio de Janeiro: CETEM/MCT,
2004., p.197-240.

Sampaio, João Alves, and Fernanda Arruda Nogueira Gomes da Silva. "Análise
granulométrica por peneiramento." CETEM/MCTI, 2007.

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