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1. INTRODUÇÃO
O peneiramento é realizado para separar uma amostra com base no tamanho de suas
partículas, submetendo-a à força mecânica. O método de peneiramento escolhido determina a
intensidade, direção e tipo de força. A amostra é movida na direção horizontal. Ambos os
movimentos são sobrepostos em agitadores utilizando peneiras com diferentes malhas.
O peneiramento é o método de análise granulométrica mais utilizado, nas indústrias o
peneiramento é feito a fim de evitar a entrada de partículas menores no equipamento a jusante e
evitar sobre tamanho ao passar a estágios subsequentes.
Para o peneiramento laboratorial as peneiras são padronizadas para encaixarem umas nas
outras, formando uma coluna de peneiração. Na base encaixa-se uma peneira “cega”, denominada
“panela”, destinada a receber as partículas menores que atravessam toda a coluna sem serem retidos
em nenhuma das peneiras. A tamisação faz-se por meio de tamises (peneiras granulométricas),
agitados manual ou mecanicamente, sem compressão. As partículas retidas em cada peneira são
removidas e pesadas e assim permitindo que seja realizada a análise granulométrica. A umidade da
amostra se deve manter constante para que não haja interferência nos resultados da análise.
Portanto, a análise proposta foi realizada com o uso de peneiras padronizadas, de aberturas
quadradas com diâmetro de 2 a 0,125 mm distribuídas em 7 peneiras. É utilizado um agitador e
após o peneiramento é aferida a massa das peneiras com a amostra retida. Fatores como umidade da
amostra e erros de manuseio do equipamento podem influenciar o resultado obtido.
1
Relatório apresentado como requisito parcial de avaliação da Disciplina de Laboratório de
Fenômeno de Transporte e Operações Unitárias A – Professora Heveline Enzweiler – Curso de
Engenharia Química
2. METODOLOGIA
2.2 Procedimento
Primeiramente pesou-se a amostra e cada peneira com seu respectivo mesh (115, 60, 42, 35,
28, 16 e 9), após foi colocado em uma sequência de peneiras, definindo-as em ordem crescente com
as de maior Mesh em baixo, tendo como base, uma última bandeja contendo o fundo fechado que
vai armazenar as menores partícula e na parte superior a tampa para fechar o topo da coluna de
peneiras. Em seguida foi adicionada a amostra na primeira peneira (Mesh 9) e fechado. Após isso,
agitou-se mecanicamente em sentido horizontal e sem movimentos bruscos durante 10 minutos.
Com o processo de agitação finalizado cada peneira foi retirada lentamente para retirada das
partículas indesejáveis e cada acúmulo contido nelas pesado juntamente com a peneira. Este
procedimento foi feito em triplicata.
Com os resultados obtidos pode-se calcular o diâmetro de Sauter (𝑑𝑝𝑠 ) a partir dos dados de
fração média (xi) e diâmetro médio da abertura de malha (Di):
1
𝑑𝑝𝑠 = 𝑥𝑖
∑𝑛
𝑖=1 ( )
𝐷𝑖
2. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Utilizando os resultados de análises e cálculos, foi obtido uma média entre os ensaios do
procedimento realizado em triplicata. Estes procedimentos foram realizados em planilhas
eletrônicas de cálculos para um fácil manuseio.
Definidas as peneiras a Tabela 1 mostra os resultados dos pesos em porcentagem e o desvio
padrão das três análises realizadas.
Tabela 1: Fração das partículas na amostra em porcentagem e desvio padrão das análises.
A abertura das peneiras corresponde a cada massa retida na peneira, que são seus desvios
padrões.
Com as medidas feitas de cada amostra pode-se observar que as distribuições de cada
intervalo variam bastante, tendo tamanhos diferenciados em cada intervalo de determinadas
peneiras, mostrando ser uma amostra não uniforme, devido sua diferença considerável de partículas
em relação ao tamanho. Também apresentou diferenças nos pesos das amostras em cada
procedimento, isso pode resultar de erros manuais na elaboração do procedimento como, o
manuseio da agitação, retirada da peneira de uma forma grosseira fazendo com que caia amostras na
próxima etapa do peneiramento, além de uma má limpeza nas peneiras antes de uma possível
duplicada do procedimento.
Sobre as principais analises que podem ser obtidas da tabela de resultados, temos a maior
fração retida na peneira no intervalo de 0.850 a 2 mm, mostrando que a maioria da nossa amostra
apresenta partículas maiores neste intervalo. Também se nota o maior valor de desvio padrão no
intervalo entre 0,425 - 0,355, que vem a demostrar esses valores pelo fato da amostra não ser
uniforme, tendo diferentes tamanhos de partícula nos intervalos apresentados, podendo ter esse
desvio padrão.
Para visualizar de forma simples, o Gráfico 1 identifica a retenção de material em
porcentagem com o intervalo de abertura de malha.
60
Fração mássica (%)
50
40
30
20
10
0
< 0,125 0,250 - 0,355 - 0,425 - 0,600 - 0,850 - 0,850 - 2 >2
0,125 0,250 0,355 0,425 0,600
Intervalo de abertura de malha (mm)
O gráfico 1 mostra que a peneira que reteve mais sólido foi para os diâmetros de 2 até 0,850
mm, nota-se também que a peneira com maior diâmetro contém uma fração retida acumulada maior
que as outras, podendo levar em conta a utilização de mais peneiras entre os intervalos de 0,850 a 2
mm em análises futuras, conseguindo maior precisão nos resultados.
120
Distribuição cumulativa (%)
100
80
60
40
20
0
< 0,125 0,250 - 0,355 - 0,425 - 0,600 - 0,850 - 0,850 - 2 >2
0,125 0,250 0,355 0,425 0,600
Intervalo de abertura de malha (mm)
Fonte: Autor, 2021.
Obtemos o diâmetro de Sauter da amostra simulada que foi de 1,277926565 mm. Este valor
se apresentou coerente com o que foi observado no gráfico 1 e na curva de distribuição de tamanho,
onde se verificou que a maioria das partículas possuem diâmetro entre os intervalos de 2 a
0,850mm.
4. CONCLUSÃO
Com este experimento foi possível identificar a granulometria de um sólido particulado por
peneiramento, com os dados fornecidos, foi possível observar aonde se localizou uma quantia
superior de partículas que foi no intervalo de 2 a 0,850 mm.
Além disso, mostrou-se o maior valor de desvio padrão no intervalo e o diâmetro médio de
Sauter que foi obtido valor de 1,277926565 mm, visualizando-se dentro da faixa obtida mediante
análise do gráfico. Através da tabela e do gráfico apresentado observa-se o maior desvio padrão nas
peneiras que retiram mais partículas, a agitação do conjunto de peneiras deve ser levada em
consideração nesta análise, pois, para evitar quebras de partículas precisa-se de uma agitação
correta.
De maneira geral é possível concluir que os resultados obtidos foram satisfatórios, uma vez
que os experimentos ofereceram gráficos esperados.
5. REFERÊNCIAS
BUENO, B. S.; VILAR, O.M. Mecânica dos solos. Vol.1. São Carlos, Universidade de São Paulo,
Escola de Engenharia de São Carlos, Departamento de Geotecnia. Reeimpressão, 1998. 131p.
COSTA, E. N. Peneiramento de partículas ultrafinas com adição de dispersantes. Monografia
apresentada ao curso de pós-graduação em Tratamento de Minérios da Universidade Federal de
Goiás –UFG. Regional Catalão, 2014.
ENZWEILER, H. Material didático da disciplina de, Centro de Ensino Superior do Oeste, UDESC,
Pinhalzinho, 2021.
CORREIA, J.C.G. Classificação e peneiramento. In: LUZ, A.B., SAMPAIO, J.A., FRANÇA,
S.C.A. (Eds.) Tratamento de Minérios, 5ª Edição. Rio de Janeiro: CETEM, 2010, p. 257-298.
6. APÊNDICES
2)
Pode influenciar desde a fabricação de diversos tipos de produtos, está relacionada não
somente ao padrão de qualidade, como ao seu potencial de atuação e funcionalidade, pois com o
aumento indesejável de suas partículas pode alterar completamente tanto o potencial de atuação,
quanto a qualidade do produto final.
As consequências operacionais para a falta do tamanho incorreto das partículas podem
provocar um rendimento menor para determinado produto, pois, se houvesse apenas um diâmetro
médio poderiam e em determinada indústria é feito a separação com um tamanho inferior a x,
podem ser excluídas muito mais partículas e não chegaria ao valor esperado/necessário ou pode
estar passando um valor muito superior ao necessário e assim podendo prejudicar os demais
processos.