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UFPE
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________________________
Prof. Dr. JOSÉ CARLOS CHARAMBA DUTRA (UFPE)
________________________________________________________________
Prof. Dr. JORGE RECARTE HENRÍQUEZ GUERRERO (UFPE)
_________________________________________________________________
Prof. Dr. FABIO SANTANA MAGNANI (UFPE)
_________________________________________________________________
Profª Drª RITA DE CÁSSIA FERNANDES DE LIMA (UFPE)
_________________________________________________________________
Prof. Dr. CARLOS ANTONIO CABRAL DOS SANTOS (UFPB)
_________________________________________________________________
Prof. Dr. ALBERTO CORONAS SALCEDO (URV)
DEDICÁTORIA
Em memória de minha avó Aminta, minhas tias Ruth e Gladys, pelo seu eterno apoio, que apesar
de estarem na eternidade com Deus, continuam iluminando minha vida com amor e luz nesses
momentos difíceis da vida, obrigado pela formação espiritual e emocional, foi de primeira, as
amo muito.
Em memória de meu primo Johan Gutierrez Villa, por todo o que você fez para atingir suas
metas, mas infelizmente você partiu antes de completar a última ,de ser advogado, este trabalho é
para você também, Deus lhe abençoe sempre.
“As much as I may have pretended otherwise, for so long all I wanted was to be like other
people. To feel what they felt. But now that I do, I just want it to stop.” (Dexter Morgan)
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus todo poderoso, pelo seu imenso amor para continuar a realizar um
sonho a mais na minha vida pessoal e profissional.
Ao Professor José Carlos Charamba Dutra pela paciência, dedicação, orientação e os
conselhos para a culminação deste novo trabalho.
Aos professores Fabio Magnani, Jorge Guerrero, Rita Lima, Ana Rosa Primo, pela
valiosa ajuda na minha formação acadêmica, apoio, conselhos e pela amizade de todos.
A minha esposa querida Leda Rosa C. Leite Ochoa pelo amor, paciência, carinho,
compreensão, e estímulo demonstrados durante todo este tempo que estamos juntos. Dize-se que
detrás de Alvaro há uma grande Ledinha, Te amo muito Ledinha!!!!.
Aos meus preciosos filhos Lucas e Victoria Ochoa, pelos dias e noites longes de vocês,
pelas brincadeiras e todas as atividades que vocês tiveram que adiar pelos meus estudos, vocês
são as pessoas mais importantes da minha vida, todo meu sucesso é dedicado a vocês, os amo
muito.
A meus sogros Leone e Leila Leite, que têm sidos meus segundos pais, por tudo o apoio
moral e emocional durante esta etapa da minha vida.
A tia Luluca Luiza Maria, pela apoio durante todos este anos.
A toda a família em Maceió, tia Wolia, Lena, João, Matheus, Renata, Popó, Lays, e outros,
pelo grande amor e carinho.
A meus Pais Ali e Ana Ochoa, pelo amor, carinho, e incentivo, que apesar de morar em
Maracaíbo, Venezuela, continuam acreditando em mim. Vocês sempre foram minha grande
inspiração para continuar e lutar por um futuro melhor, obrigado os amo demais!!!!!!.
A toda minha família e amigos na Venezuela pelo amor e carinho, e, sobretudo por
continuarem me amando como sempre.
A todos meus amigos do Departamento de Engenharia Mecânica, pelo apoio, ajuda,
brincadeiras, suporte, e ajuda no idioma, especialmente a Andrezza, Thiago Novaes, Heber,
Andres, Maria, Renato, Jacek, Gutenberg, Marcus, Raphael, Luciete, Ladjane, Ângelo, e
Jose Duarte.
À ARCLIMA pela doação de material para realizar parte da experimentação do trabalho.
Ao professor Lavor, colega e amigo, obrigado pelo apoio e ajuda.
A Carlos Eduardo, por toda a ajuda e colaboração direta na montagem do experimento e
levantamento de dados, obrigado amigo.
A Luana e Jorge pela orientação, documentos, e pelo apoio na secretaria.
Ao professor Carlos Antonio Cabral dos Santos pela colaboração, ajuda e participação da
realização neste trabalho.
Ao professor Coronas pela colaboração, ajuda e participação nesta pesquisa.
A La Universidad Del Zulia, pela educação e formação como engenheiro mecânico,
muchas gracias.
À UFPE, pela educação e a oportunidade de continuar meus estudos de engenharia
mecânica.
Ao IFPE pela oportunidade de exercer minha profissão.
Ao Brasil, minha segunda pátria, que simplesmente me recebeu como um brasileiro a mais,
e me permitiu continuar minha vida pessoal e profissional.
À Capes pelo financiamento deste trabalho de doutorado.
RESUMO
This study aims to analyze the dynamics and experimental of an single effect absorption chiller
lithium bromide - water (LiBr - H2O). This analysis involves the study of the internal and
external parameters of the chiller as a function of the fluctuations introduced by energy source. A
mathematical model based on conservation of mass, energy, and species has been developed
considering the correlation convective coefficients of the refrigeration absorption process for the
determination of the overall heat transfer coefficient of the heat exchangers of the chiller. The
implementation of this mathematical model was built in Matlab 2012 platform, by solving the
system of nonlinear equations by finite differences in the explicitly form. The system has a
number of functions that allow the determination of the thermodynamic properties of LiBr - H2O.
This analysis involves the validation of the model from measure data at absorption chiller,
collected in the microgeneration laboratory at the UFPE, and they were treated statistically. The
model has the capability to simulate and predict the behavior of internal and external parameters
such as temperature, concentrations and pressures when exposed to disturbances of the power
supply and thermal load. The main differences found in the water circuits were 1.0°C, 0.2 °C and
0.7 °C for the hot, chilled and cold water, respectively. In terms of relative error , these
differences represent a maximum of 8 % and a minimum of 0.3%.
The model showed good results when put to the load disturbances and energy source,
reproducing the behavior of the parameters of temperature and coefficient of performance (COP)
according to comparisons with the data provided by the manufacturer, being the COP around 0,7
for nominal operation conditions. The response time of the model was adequate for these
disturbances showing the actual behavior of internal parameters in terms of the operation for the
temperatures, pressures and concentrations of the chiller.
This model was built for the chiller YAZAKI WFC - SC10, but it could be adapted for different
single effect absorption chiller, wherever the data from the chiller is provided and some
adjustments to be made in terms of design .
Keywords: Absorption Chiller, Dynamics Analysis, Lithium Bromide and COP.
LISTA DE FIGURAS
Letras Gregas
Coeficiente convectivo de transferência de
calor
[kW/m2-K]
Temperatura media logarítmica [-]
Vazão por unidade de comprimento
Γ [kg/s-m]
molhado
δ Camada térmica [-]
Temperatura dos circuitos de água fria,
θ [°C]
quente e gelada
ρ Densidade [kg/m3]
Efetividade dos trocadores de calor [%]
Eficiência energética [%]
Sobrescritos
∞ Estado ideal do soluto
E Excesso
l Liquido
Subscritos
abs, a Absorvedor
amb Ambiente
BrLi Brometo de Lítio
con, c Condensador
d dinâmica
D Diâmetro
en entra
eva, e Evaporador
ext Externo
f Fluido, fator de atrito
f Fluido
fg Liquido - gás
fo Forte
fr Fraca
fria Fria
gel gelada
ger, g Gerador
H Hidráulico
H2O Água
int Interno
l liquido
min Mínimo
o inicial
que Quente
sai sai
sat Saturação
sol Solução
tcs Trocador de calor da solução
v vapor
vr Válvula do refrigerante
vs Válvula da solução
Abreviações
EES Engineering Equation Solver
American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning
ASHRAE
Engineers
ISO International Organization for Standardization
URV Universitat Roviri i Virgili
SUMÁRIO
Pág.
DEDICATORIA
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
NOMENCLATURA
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 21
1.1. Motivação - Justificativa 25
1.2. Objetivo geral 26
1.3. Objetivos específicos 26
1.4. Metodologia 26
1.4.1. Metodologia numérica 27
1.4.2. Metodologia experimental 27
1.5. Estrutura do trabalho 28
2. ESTADO DA ARTE 29
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 38
3.1. Sistema de refrigeração por absorção 38
3.2. Componentes básicos de um sistema de absorção 38
3.2.1. Funcionamento do sistema de refrigeração por absorção 38
3.3. Sistemas de absorção de simples efeito 40
3.4. Chiller de absorção de simples efeito de BrLi - H2O 40
3.5. Chiller de absorção de duplo efeito de BrLi - H2O 41
3.6. Chiller de absorção de triplo efeito de BrLi - H2O 43
3.7. Vantagens e desvantagens dos ciclos de absorção 44
3.8. Problemas de cristalização da solução (BrLi) 44
3.9. Corrosão e compatibilidade de materiais 46
3.10. Tipos de Aplicações usando chiller de absorção BrLi – H2O 46
3.10.1. Cogeração 46
3.10.1.1 Turbina a gás 46
3.10.1.1 Grupo geradores (motores de combustão interna) 47
3.10. 2. Resfriamento utilizando energia solar 47
4. MODELAGEM TERMODINÂMICA DO SISTEMA DE ABSORÇÃO
49
DE SIMPLES EFEITO
4.1 Propriedades dos fluidos de trabalho 49
4.1.1. Solução BrLi – H2O 49
4.1.2. Água pura 51
4.2. Sistema de simples efeito 51
4.3. Considerações das hipóteses simplificadoras 53
4.3.1. Diferença média logarítmica de temperaturas dos trocadores de calor 54
4.4. Modelagem matemática do chiller de absorção de simples efeito 55
4.4.1. Equações de gerais de balanço do modelo 55
4.4.1.1. Equações de Balanço aplicadas ao gerador (ger) 56
4.4.1.2. Equações de balanço aplicadas ao condensador (con) 58
4.4.1.3. Equações de balanço aplicadas ao evaporador (eva) 59
4.4.1.4. Equações de balanço aplicadas ao absorvedor (abs) 60
4.4.1.5. Equações de balanço aplicadas ao trocador de calor da solução (tcs) 62
4.4.2. Pressão de chiller de absorção (Pressão de Saturação) 63
4.4.3. Cristalização da solução BrLi - H2O 64
4.4.4. Balanço geral da massa do circuito interno do chiller de absorção 65
4.4.5. Condições iniciais do modelo 65
4.5. Equações constitutivas 67
4.5.1. Correlações dos coeficientes convectivos do gerador 68
4.5.2. Correlações dos coeficientes convectivos do condensador 72
4.5.3. Correlações dos coeficientes convectivos do absorvedor 73
4.5.4. Correlações dos coeficientes convectivos do evaporador 75
4.5.5. Correlações dos coeficientes convectivos do trocador da solução 77
4.6. Coeficientes globais de transmissão de calor 78
5. METODOLOGIA DE SOLUÇÃO 79
5.1. Processo de modelagem do chiller de absorção 81
5.2. Programa computacional 84
5.2.1. Funcionamento do programa 85
5.2.2. Atributos do modelo desenvolvido 87
5.3. Escolha do passo temporal. (estabilidade da malha) 88
6. ANÁLISE DAS EQUAÇÕES CONSTITUTIVAS 90
6.1. Análise das diferentes correlações para a determinação dos coeficientes
90
convectivos internos e externos do chiller de absorção
6.1.1. Parte interna dos tubos dos trocadores de calor 90
6.1.2. Parte externa dos tubos do condensador 94
6.1.3. Parte externa dos tubos do evaporador 97
6.1.4. Parte externa dos tubos do absorvedor 99
6.1.5. Parte externa dos tubos do gerador 102
6.2. Estudo dos coeficientes globais modelados para os componentes do chiller
105
de absorção WFC-SC10
6.2.1. Coeficiente global de transferência de calor do gerador 106
6.2.2. Coeficiente global de transferência de calor do evaporador 107
6.2.3. Coeficiente global de transferência de calor do condensador 108
6.2.4. Coeficiente global de transferência de calor do absorvedor 108
6.2.5. Coeficiente global de transferência de calor do trocador de solução 110
6.3. Comparação dos coeficientes globais numérico e experimental para as
112
condições de operação do chiller
6.4. Comportamento dos fluxos de calor e do COP em regime permanente 113
6.6. Conclusões da análise das equações constitutivas 115
7. COMPARAÇÃO DE DADOS EXPERIMENTAIS E NUMÉRICOS 117
7.1. Análise experimental 117
7.1.1. Descrição do experimento 120
7.2. Validação do modelo 121
7.2.1. Validação do modelo matemático do chiller em regime permanente 122
7.2.2. Validação do modelo em regime transitório 123
7.2.2.1. Validação do modelo considerando os coeficientes globais constantes.
124
Dia 1
7.2.2.2. Validação do modelo considerando os coeficientes globais variáveis.
126
Dia 1
7.2.2.3. Validação do modelo considerando os coeficientes globais variáveis
128
Dia 2
7.2.2.4. Comparação dos dados nominais e simulados considerando os 130
coeficientes globais variáveis
7.2.2.5. Análise dos resultados da validação dinâmica do modelo 132
7.3. Conclusões da validação do modelo matemático do chiller de absorção 133
8. ESTUDOS DE CASOS: SIMULAÇÕES DO CHILLER DE
135
ABSORÇÃO
8.1. Caso 1. Aumento da temperatura de água quente (70 a 80°C) 137
8.2. Caso 2. Aumento da temperatura de água quente (85 a 95°C) 144
8.3. Caso 3. Diminuição da temperatura de água gelada (15 a 12°C) 149
8.4. Caso 4. Simulação de partida do chiller de absorção 155
8.5. Análise e discussão das simulações (Casos 1, 2, 3 e 4) 160
8.6.Conclusões dos casos simulados 161
9. CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 163
9.1. Conclusões 163
9.2. Sugestões de trabalhos futuros 165
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 167
APÊNDICE 1 175
APÊNDICE 2 190
APÊNDICE 3 197
ANEXO 203
21
1. INTRODUÇÃO
equipamentos de refrigeração por compressão. Este consumo pode ser diminuído mediante o
uso de sistemas de refrigeração por absorção usando o par brometo de lítio – água (BrLi-H2O)
e/ou amônia- água (NH3- H2O), que aproveitam o calor rejeitado por processos externos, por
queima direta de combustível, e/ou por energia solar. A ideia de usar a energia solar em
sistemas de refrigeração por absorção tem sido uma inovação que tem trazido bons resultados,
já que as temperaturas necessárias para acionar estes sistemas de absorção de simples efeito,
são relativamente pequenas. Elas variam entre 75 e 95 ºC, e podem ser atingidas, quase em
totalidade, com a irradiação solar mediante o uso de coletores e reservatório de água quente.
Desta forma é possível diminuir o consumo de energia elétrica em, aproximadamente, 70% ao
ano (PONGTORNKULPSNICH et al., 2008).
No âmbito mundial estes sistemas têm sido bem sucedidos para diferentes aplicações de
pequeno e grande porte. Na Tailândia é usado um sistema de refrigeração por absorção para a
climatização de um prédio da Universidade de Nareasuan. Este sistema é usado como
laboratório experimental, assim como para resfriar a instalação, ou seja: o sistema é capaz de
resfriar o laboratório usando o sistema de cogeração a energia solar, através de coletores
solares, uma unidade de calor, um tanque de armazenamento de água quente e um chiller de
absorção de 10TR. Nesta instalação, a principal vantagem é a diminuição do consumo de
energia elétrica para produzir a climatização, assim como a diminuição da quantidade de
poluentes rejeitados ao meio ambiente, devido à utilização da energia solar, integrada ao
combustível GLP, além de utilizar o BrLi-H2O os quais não contaminam a camada de ozônio
(PONGTORNKULPSNICH et al., 2008)
Na Espanha, este tipo de pesquisa vem sendo desenvolvida pela Universidade Pública
de Tarragona (Universitat Rovira i Virgili), que orientada pelo professor Alberto Coronas,
vem desenvolvendo vários avanços nos chillers de absorção de simples e duplo efeito.
(FIGUEREDO et al., 2008; PUIG et al., 2010; HUICOCHEA et al., 2011; MOYA et al.,
2011; RODRIGUEZ, 2013), visando o estudo em sistemas de absorção com a utilização do
par BrLi-H2O, e aproveitando energia solar como fonte primária do sistema. Diferentes
protótipos de máquinas de absorção que utilizam outras misturas de trabalho também são
utilizados. A Figura 1.1 mostra um banco de ensaios de chiller de absorção e bombas de calor,
localizado em Tarragona, Espanha.
Figura 1.1. Banco de ensaios multifuncional para caracterizar bombas de calor, chiller de absorção e motores
térmicos de pequeno porte.
Figura 1.3. Vista lateral do protótipo 01 do sistema de refrigeração por absorção de simples efeito do IES -
UFPB.
Figura 1.4. Banco de ensaios multifuncional para caracterizar bombas de calor, chiller de absorção e motores
térmicos de pequeno porte.
1.4. Metodologia
O trabalho foi apresentado em nove capítulos onde são mostradas as diferentes etapas de
desenvolvimento do estudo de sistemas de refrigeração por absorção usando o par BrLi-H2O.
No Capitulo 1 é mostrada uma pequena introdução do trabalho, onde são definidos os
objetivos específicos e a estrutura da tese.
O Capitulo 2 é dedicado ao estado da arte (revisão bibliográfica) dos últimos trabalhos e
pesquisas (últimos 8 anos) relacionados a sistemas de refrigeração por absorção.
No Capitulo 3 apresenta-se a fundamentação teórica, ou seja, conceitos e definições
sobre os sistemas de refrigeração por chiller de absorção.
No Capitulo 4 é apresentada a modelagem termodinâmica do chiller de absorção, ou
seja, as equações governantes e constitutivas, as condições iniciais e as considerações do
modelo matemático.
No Capitulo 5 é apresentada a metodologia de implementação e a solução do modelo
matemático do sistema de absorção em regime dinâmico. Este capítulo apresenta a forma de
desenvolvimento do modelo.
O Capítulo 6 é dedicado à análise das equações constitutivas (correlações e outros),
utilizadas no modelo matemático, apresentando uma comparação entre os valores
determinados pelas correlações e aqueles fornecidos pelo fabricante.
O Capitulo 7 é dedicado à análise experimental e à validação do modelo matemático do
chiller de absorção com os dados do fabricante e medidos com equipamento comercial,
instalado no Laboratório de Microgeração.
O Capitulo 8 é dedicado às simulações de quatro estudos de casos para verificar a
consistência do modelo numérico, através da introdução de perturbações na fonte de energia e
na carga térmica. Além da verificação de um caso inicial para visualizar o comportamento
total do chiller de absorção.
O Capitulo 9 é dedicado às conclusões e sugestões para trabalhos futuros relacionados a
sistemas de refrigeração por absorção usando o par BrLi-H2O.
Por ultimo é apresentada a bibliografia utilizada para o estudo, além dos apêndices e
anexos da tese.
29
2. ESTADO DA ARTE
Da mesma forma, porém utilizando um par de fluido diferente aos anteriores (NH3 –
H2O), OZGOREN et al. (2012) realizaram um estudo do desempenho de um sistema de
refrigeração por absorção utilizando energia solar de tubos evacuados como fonte de energia.
Foi feita uma análise transitória do sistema para se levar em conta o efeito da radiação solar
considerando os dados climáticos da província de Adana, hemisfério Norte, Turquia. O estudo
foi dividido em duas partes. A primeira esta relacionada à variação de parâmetros como
eficiência de absorção do sistema, capacidade de condensação e taxa de calor transferido ao
gerador do chiller, em função da capacidade de resfriamento e temperatura de entrada do
gerador. A outra é dedicada à determinação da área mínima de coletores solares necessárias
para a climatização de ambientes (escritórios) que funcionam durante o período das 9:00 às
16:00 horas do dia. Os resultados mostraram que os COP de resfriamento e de aquecimento,
diminuem com a redução da temperatura do gerador do chiller, sendo seu melhor
comportamento para valores de temperaturas acima de 110ºC.
É perceptível visualizar a grande quantidade de estudos direcionados aos equipamentos
de refrigeração por absorção de simples, duplo e até triplo efeito, sendo estas análises
limitadas às condições de estabilidade do processo. Porém nos equipamentos comerciais, a
operação é governada por processos contínuos de transição, como por exemplo, a partida da
máquina, as flutuações de carga térmica e de variação da fonte de energia. Para verificar este
comportamento, é necessário a verificação do regime transitório do processo de refrigeração
por absorção. Esta análise procura o entendimento da performance real de operação dos
chiller de absorção, utilizando qualquer par de fluidos. Neste contexto, KIM e PARK (2007)
desenvolveram um modelo dinâmico de parâmetros operacionais de um chiller de absorção
que utiliza o par de NH3 - H2O. Equações diferenciais ordinárias foram obtidas a partir de
balanços de massa, dinâmico e energético para cada componente. O sistema de equações
algébricas foi resolvido em paralelo por integração numérica, usando o método de Runge -
Kutta e Merson. O modelo foi aplicado para um chiller comercial 10,5 kW simulando
condições dinâmicas em função do período de partida do chiller. Os parâmetros considerados
foram a concentração e a massa da solução amônia – água, o volume de cada componente, e a
estratégia de controle para as variações do fluxo de gás durante a primária fase do período de
arranque, sendo encontrado que existem níveis ótimos do volume do gerador, teor
concentração da solução, e massa da solução para obter uma máxima capacidade de
resfriamento. Em referência a equipamentos que utilizam o par BrLi - H2O, existem vários
trabalhos publicados. KOHLENBACH e ZIEGLER (2008a e 2008b) realizaram um estudo
teórico e experimental dinâmico para um chiller de absorção de simples efeito de BrLi – H2O.
A modelagem foi baseada em balanços energéticos com regime transitório para cada
componente. O modelo foi desenvolvido para verificar o funcionamento do chiller de
absorção de 10 kW fabricados pela Phoenix Sonnenwaerme AG, e encontrar uma estratégia
de controle adequada para uma planta que opera com energia solar como fonte primaria. Os
coeficientes globais de transferência de calor foram considerados constantes e sobre-
estimados (10-20% acima do fornecido pelo fabricante), devido à convergência do sistema. O
objeto do trabalho era o desenvolvimento de uma estratégia de controle adequada para simular
o sistema real de refrigeração solar. A comparação do resultados numéricos e experimentais
foi boa, apresentado erros menores 12%, sendo este modelo dinâmico uma possível
31
que serve como fonte de energia primaria. SUN (2008a) realizou um estudo experimental de
um sistema de refrigeração integrado (chiller de Absorção, chiller de compressão e motor a
gás natural) com o propósito de comparar seu funcionamento com um sistema de refrigeração
convencional e absorção de duplo efeito. A proposta do sistema de refrigeração integrado, foi
projetado e montado para a experimentação e comparação do estudo. O protótipo
dimensionado atigiu uma capacidade de refrigeração de 596,2 kW quando a velocidade de
rotação do motor chegou em 1.800 RPM, e consumo energetico do combustivel de 323,3 kW
e um PER de 1,8 maior ao ciclo convencional de absorção de duplo efeito. No seu segundo
trabalho, SUN (2008b) apresentou a avaliação técnica e financeira de um sistema de
cogeração (grupo gerador - chiller de absorção), que utiliza os gases de combustão e a água de
arrefecimento da camisa do motor como fonte de energia acionadora do chiller. Neste
trabalho, foram escolhidos vários parâmetros de sensibilidade do desempenho para comparar
o sistema convencional de compressão e o sistema de cogeração de energia. Na análise
econômica foram avaliados: o custo de capital (CC) e o Payback (PP) em função dos custos
de operação, custo de manutenção, preços de compra e venda da energia. Os cálculos
determinaram uma economia de 36% para o verão e de 37,8% para as outras temporadas do
ano, quando utilizado o sistema de cogeração em vez do sistema convencional de produção de
energia elétrica, frio e calor, e foi considerado um bom investimento já que o PayBack foi
menor a 5 anos, influenciado pelos preços do gás natural e a energia elétrica do pais. Outra
avaliação de desempenho em sistemas de cogeração e refrigeração por absorção em operação
real de grande porte, foi o analisado em TORRELLA et al. (2008). Neste trabalho, foi criado
um procedimento baseado em balanços energéticos e de massa para o cálculo do COP e as
taxas de transmissão de calor de um sistema de refrigeração situado na Espanha, baseado em
medições em tempo real de temperatura. O sistema composto por um grupo de três chillers de
absorção de duplo efeito (BrLi - H2O) com fluxo reverso em paralelo operando a gás natural.
O sistema analisado constitui uma central de ar condicionado no Museu de ciência Príncipe
Felipe localizado em Valencia, com capacidade de resfriamento de 5,2 MW, do tipo Thermal
modelo GL8500E. Os valores do COP instantâneos obtidos apresentaram uma pequena
variação com respeito aos dados do fabricante devido a certas condições de operação que não
foram reproduzidas no museu, tal como a água da torre de resfriamento. De forma parecida,
mas utilizando um sistema de cogeração de energia de pequeno porte (microturbina de 30
kW), recuperador de calor e chiller de absorção de duplo efeito, HUICOCHEA et al. (2011)
realizaram a análise do comportamento termodinâmico de um sistema de trigeração de
energia. A ideia principal era prever o comportamento do sistema para diferentes condições
de operação, como variação da massa de combustível, temperatura ambiente e quente do
gerador do chiller, visando o COP e a eficiência global de cogeração do sistema. Os
resultados obtidos permitiram comprovar que esta tecnologia de trigeração, pode representar
uma alternativa técnica e economicamente viável para a produção simultânea de energia
elétrica e térmica utilizando um único combustível como fonte geradora. No trabalho
apresentado por POPLI et al. (2013) o chiller de absorção de simples efeito foi utilizado para
baixar a temperatura de entrada do ar na microturbina, com o objetivo de aumentar a
eficiência do sistema. O estudo visou o aprimoramento termodinâmico e econômico de uma
planta de petróleo e gás comparando a utilização de um chiller de absorção de simples efeito
34
(2007) de uma estratégia de controle sobre a cristalização em chiller de absorção resfriado por
ar. Aplicando esta estratégia para evitar a cristalização e fazendo o acoplamento do chiller de
absorção a um sistema integral de cogeração (produção energia elétrica e térmica). Para a
simulação do funcionamento do procedimento, foi usado o programa computacional EES,
sobre um chiller de 63 kW de capacidade usando BrLi – H2O com resfriamento por ar. A
estratégia de controle proposta foi de aumentar a temperatura do chiller para evitar problemas
de cristalização quando a temperatura do ambiente seja muito elevada, e, diminuir a
temperatura de entrada de escape, assumindo que a taxa de fluxo constante, para evitar a
cristalização, mas a capacidade de resfriamento e o COP do chiller serão comprometidos
consequentemente. Na mesma temática, SEO et al. (2012) realizaram um estudo sobre o
controle do nível da solução no gerador para sistemas de absorção, com o objetivo de manter
constante a temperatura do gerador. O trabalho analisa os principais fatores que influenciam
na variação da massa de solução que entra no gerador. A pesquisa envolveu aspectos
relacionados ao inversor da bomba da solução. Este trabalho propus um algoritmo de controle
que permitiu obter um alto desempenho no chiller de absorção. A proposta foi vinculada à
modificação dos valores máximos e mínimos do controle proposto por Sanyo, para assim
diminuir os desligamentos e ligamentos da bomba. Esta melhoria foi baseada na substituição
no nível normal, por dois que representaram um nível normal máximo e outro normal
mínimo, sendo obtido através da incorporação de um ganho no sistema de controle, por meio
do erro verificado. A melhoria proposta permitiu manter constante o nível de solução no
gerador para assim atingir um melhor desempenho do equipamento.
Para o análise destes equipamentos comerciais, são necessários conhecimentos
específicos como, dados de operação e comportamento, surge a metodologia de analisar este
tipo de equipamentos comerciais, por meio da equação característica. PUIG et al. (2010)
realizaram um estudo sobre métodos de aproximação do comportamento de chiller de simples
e duplo efeito mediante regressões multilineares utilizando dados experimentais e/ou do
fabricante. Foram realizadas comparações entre duas aproximações analisadas, a primeira por
(HELLMANN et al., 1998), fundamentada em balanços de energia, correlações de
transmissão de calor e massa, e uma segunda por (KUNH & ZIEGLER, 2005), fundamentada
em métodos de equações características, nas quais, os autores definem funções arbitrários de
temperatura para desenvolver a regressões multilineares dos dados. Os resultados mostraram
que na primeira aproximação e resolvendo o sistema de equações segundo (HELLMANN et
al., 1998), forneceram valores com desvios entre 15 a 20%. Para a segunda aproximação,
pode-se perceber que os resultados foram favoráveis, já que não foi necessário da seleção de
pontos para a resolução das equações, fornecendo erros ao 10%. Com isto, determino-se que a
segunda aproximação adapta-se melhor aos comportamentos de chiller de absorção. No
mesmo contexto, GUTIERREZ-URUETA et al. (2011) realizaram uma extensão da
metodologia proposta por HELLMANN et al. (1998), para prever o comportamento de
chillers de simples efeitos e bombas de calor através de equações algébricas simples. Esta
extensão foi baseada na característica da diferença de temperatura. O resultado mais
ressaltante desta extensão foi a melhoria do ajuste da curva de desempenho para sistemas de
absorção de simples efeito, através da inclusão do efeito de sub-resfriamento, assim como o
efeito da massa não evaporada no sistema.
38
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
(3.1)
No sistema de refrigeração por absorção de BrLi - H2O o calor entra no sistema através
do gerador (energia subministrada ao chiller) e no evaporador (onde é removido calor para o
resfriamento da água gelada do chiller, processo 5-6), como é mostrado na Figura 3.3.
Figura 3.3. Sistema de refrigeração por absorção de simples efeito BrLi – H2O com queima direita de gás
natural.
O sistema de refrigeração de duplo efeito possui duas etapas de geração para separar o
refrigerante da solução absorvente. A temperatura de entrada da fonte de calor ocorre com um
valor mais elevado que o sistema de simples efeito, assim como um maior valor do COP,
devido a que este sistema é capaz de utilizar a maior disponibilidade exergética oferecida pela
troca de calor a uma maior temperatura. Segundo a literatura consultada (BEJAN et al., 1995;
HEROLD et al., 1996; BERECHE, 2007), o COP para estes sistemas varia entre 1,0 e 1,2,
esta é a razão de ser mais competitivos que os sistemas de simples estagio.
Sistemas de refrigeração por absorção de duplo efeito no Brasil estão disponíveis
comercialmente pelas empresas THERMAX e BROAD através de seus representantes:
Thermax do Brasil e TUMA/BROAD (TUMA/BROAD, 2006). Outros fabricantes
42
internacionais que oferecem sistemas de duplo efeito são a YAZAKI e a YORK. A YAZAKI
apresenta valores do COP entre 0,5 – 1,2 e a York um valor de 1,02 para equipamentos de
queima direita (ENERGY TECH PRO, 2004; YAZAKI, 2003)
Os sistemas de duplo efeito apresentam duas opções básicas referentes à instalação do
circuito da solução, fluxo em paralelo e em série, dependendo do fabricante do equipamento.
A Figura 3.4 é um exemplo de uma possível configuração para o sistema de duplo efeito com
queima direita de gás natural e com fluxo em paralelo. Nestes sistemas o calor entra no
gerador de alta (energia fornecida ao sistema) e no evaporador onde é removido calor para o
resfriamento da água gelada do chiller (Processo 27-28).
No condensador e no absorvedor o calor e retirado pela circulação do fluxo de água
fornecido pela torre de resfriamento. No condensador, o refrigerante entra em forma de vapor
procedente do gerador de baixa e condensador de alta (Estado 19 e 7), então é condensado,
liberando calor que será transferido para a água de resfriamento (Estado 25). O refrigerante
sai em forma de liquido saturado (Estado 8) e é expandido no próprio dispositivo. O
refrigerante a baixa pressão (Estado 9) entra no evaporador, onde absorve calor do meio a
resfriar (neste caso a água gelada a qual é usada para o acondicionamento do ar).
Seguidamente o refrigerante, a baixas pressão e temperatura (Estado 10), dirige-se ao
absorvedor, onde é absorvido pela solução concentrada de BrLi (Estado 6). O refrigerante que
foi absorvido, condensa liberando calor devido à mudança de fase e do processo de absorção.
O calor liberado no processo de absorção, é regulado pelo fluxo de água de resfriamento que
circula na seção do absorvedor (Estado 23).
Figura 3.4. Sistema de refrigeração por absorção de duplo efeito BrLi – H2O.
(Estado 3) e a outra fração da solução (Estado 11) é bombeada até o gerador de alta (Estado
13), passando antes pelo segundo trocador de calor da solução.
No gerador de alta é adicionado energia (calor de entrada fornecido pela combustão do
gás natural). O calor evapora o refrigerante da solução BrLi - H2O até alcançar a temperatura
e concentração de saturação (Estado 14) à pressão de alta (gerador de alta). O refrigerante em
forma de vapor a altas pressão e temperatura (Estado 17) escoa para o gerador de baixa e o
condensador de alta, onde cede calor. Posteriormente, o refrigerante sai como liquido saturado
do gerador de baixa e o condensador de alta (Estado 18), expandindo-se e entra no
condensador (Estado 19) em forma de mistura de fases, fechando o ciclo do refrigerante que
foi ao gerador de alta.
O calor entregue no gerador de baixa e o condensador de alta evapora o refrigerante da
solução do BrLi que entrou no trocador da solução 1 (Estado 3), até alcançar a temperatura e a
concentração de saturação (Estado 4) à pressão media (gerador de baixa). Este refrigerante
que foi evaporado (à pressão e temperatura média) segue para o condensador (Estado 7),
fechando o ciclo do refrigerante que entrou no gerador de baixa. Na saída do gerador de alta
(Estado 14), a solução concentrada (uma vez que parte do refrigerante foi evaporada) passa
pelo segundo trocador de calor de solução, e é pré-resfriada. Na saída do segundo trocador
(Estado 15), a solução concentrada se expande, e sua pressão é reduzida (Estado 16). Nesse
processo uma fração do refrigerante na solução se transforma em vapor. Esta solução se
mistura com a solução concentrada que sai do gerador de baixa (Estado 4), passando pelo
primeiro trocador de calor de solução, e é pré-resfriada novamente. Na saída do trocador de
calor da solução (Estado 5), a solução concentrada é expandida novamente e reduzida (Estado
6). Finalmente a solução entra no absorvedor, fechando o ciclo da solução.
O ciclo de triplo efeito implica de modo inerente temperaturas mais altas. (KIM e
INFANTE-FERREIRA, 2006). A temperatura no gerador de alta pressão excede os 200°C.
Temperaturas elevadas causam significativos aumentos na taxa de corrosão dos materiais de
construção tradicionais. Portanto, o desenvolvimento deste sistema é focalizado na solução e
prevenção de problemas de corrosão. Esta tecnologia está sendo desenvolvida atualmente por
vários fabricantes. A Figura 3.5 mostra-se um sistema de triplo efeito de BrLi - H2O. Pode-se
considerar este sistema como uma expansão do sistema de duplo efeito, ou seja, um
dispositivo de quatros níveis de pressão.
O ciclo mostrado na Figura 3.5 compreende dois processos internos de troca de calor
entre um condensador e um gerador. Neste sistema o calor é usado em três diferentes
unidades geradoras para gerar vapor, também conhecido como sistema de três estágios. A
variação deste sistema é que requer um gerador e um trocador de calor da solução adicional
para o maior nível de temperatura, além da integração do condensador de alta temperatura ao
gerador de maior temperatura do ciclo. Os valores do COP para este tipo de sistema variam
entre 1,4 a 1,5 com valores de temperatura de entrada do fluído quente entre 200 e 230 ºC.
44
Figura 3.5. Sistema de refrigeração por absorção de triplo efeito BrLi – H2O.
Vantagens:
• Reduzem o consumo de eletricidade;
• Utilizam calor rejeito de outros processos, ou seja, permite o uso de cogeração;
• Funcionamento livre de vibração;
• Têm alta confiabilidade;
• Eliminam o uso de refrigerante dos tipo CFC e HCFC.
Desvantagens:
• O COP é relativamente baixo comparado com os ciclos de refrigeração por
compressão de vapor;
• Os chillers de absorção são maiores e mais pesados que os chillers de compressão
a vapor da mesma capacidade (BERECHE, 2007);
• Os chillers de absorção precisam torres de resfriamento com capacidades maiores
(aproximadamente 1/3 maior) que as utilizadas nos sistemas de compressão
(BERECHE, 2007);
• O custo inicial do equipamento é relativamente caro;
• A utilização de água como refrigerante em sistemas de BrLi - H2O limita a
temperatura do refrigerante que é entregue no absorvedor a temperaturas maiores
do que 0°C (ponto de congelamento da água). Para temperaturas menores ao ponto
de congelamento da água, deve-se usar o ciclo de refrigeração por absorção NH3 -
água, (BERECHE, 2007).
Uns dos principais problemas no uso de sistemas de refrigeração por absorção quando
se utiliza a solução de BrLi – H2O é a cristalização da solução para concentrações altas. O
45
Figura 3.6. Diagrama da solução de brometo de lítio para diferentes temperaturas e concentrações.
Os sistemas de absorção podem operar anos sem ter problemas de cristalização, já que
foram projetados para evitá-la ao máximo. A lama formada pelo processo de cristalização é
úmida, e com certa viscosidade. Por este motivo, o principal procedimento para solucionar a
cristalização é aumentar a temperatura na mesma proporção a qual cristaliza, até o nível no
qual a viscosidade é reduzida ao máximo e o sistema de bombeamento possa circular a
solução, e portanto, ser facilmente diluída usando água no evaporador (HEROLD et al.,
1996). Além disto, LIAO e RADERMACHER (2007) desenvolveram uma estratégia de
procedimentos para evitar e solucionar a cristalização.
46
3.10.1. Cogeração
Figura 3.7. Sistema de absorção usando cogeração através de uma turbina a gás.
Os sistemas de absorção de BrLi - H2O têm sido viáveis para produzir frio, mediante a
obtenção de calor gerado em sistemas de coletores solares. O sistema de absorção solar é
conformado basicamente pelos coletores solares, um tanque de armazenamento de água,
bombas de circulação, o chiller de absorção e a torre de resfriamento. Em alguns casos
trocadores de calor são usados para o melhor aproveitamento da energia solar.
A eficiência destes sistemas é função principalmente da temperatura dos coletores
solares. O sistema funciona através do aquecimento da água que circula através dos coletores
sendo esta bombeada ou recirculada (processo de termosifão) do chiller de absorção para o
acionamento do chiller. Este sistema pode trabalhar usando diretamente a energia que recebe
dos coletores (ciclo aberto) ou através do armazenamento de energia no termoacumulador de
água quente (ciclo fechado). É importante lembrar que estes processos de recuperação de
energia podem fornecer ate 100% de energia, dependendo das condições climáticas e dos
48
componentes utilizados. Um dos sistemas mais utilizados é do tipo de alimentação direta com
reservatório, que são processos industriais que utilizam água quente ao invés de vapor e que
também são bastante adequados para o aquecimento via energia solar. Dependendo da faixa
de temperatura, o sistema solar pode suprir a maior parte da demanda energética para o
aquecimento. Nesses casos o sistema solar é utilizado para alimentar diretamente o processo
como mostrado na Figura 3.9. O reservatório térmico tem a função de assegurar o suprimento
de água quente durante os períodos de variação de demanda e de baixos índices de radiação.
A vantagem principal do uso de BrLi é a sua capacidade não volátil, eliminando o uso de
retificadores nos ciclos de resfriamento. A vantagem do uso da água como refrigerante evita o
problema da cristalização para uma faixa de temperatura. A mistura de duas soluções em fases
diferentes (BrLi; como sólido em seu estado natural, e a água; em fase liquida), dificulta o estudo
da solução como uma substância simples. Por este motivo, estes componentes são tratados como
uma mistura de duas substâncias, à mesma pressão e temperatura, e diferentes concentrações. As
propriedades termodinâmicas das misturas são calculadas a partir das sustâncias simples e das
50
leis de misturas, além de equações de estado as quais levam em consideração a concentração dos
componentes das soluções. A consistência com os resultados experimentais fornecerá a
metodologia mais adequada à mistura. A relação das propriedades termodinâmicas das misturas é
bem conhecida na termodinâmica química há muito tempo por Gibbs (HEROLD et al., 1996).
Vários estudos termodinâmicos foram feitos tentando descrever as propriedades da solução
de brometo de lítio, e sua mistura com a água. O trabalho mais importante entre os estudos é
possivelmente o apresentado por MACNELLY (1979) (apud: KIM e INFANTE-FERREIRA,
2006). Aquele autor desenvolveu correlações numéricas para o cálculo da entalpia da solução
para uma ampla faixa de concentrações e temperaturas. KOHELER et al. (1988) (apud: KIM e
INFANTE-FERREIRA, 2006), apresentaram correlações numéricas para o cálculo da entropia da
solução BrLi - H2O. O estado de referência usado para a entropia de 0 kJ/kg para água liquida a
0°C, com valores de temperatura entre 0 – 100 ºC e de concentrações entre 0 – 70 %.
APHORNRATANA e EAMES (1995) apresentaram um método para o cálculo da entropia da
solução de BrLi – H2O, modificando os métodos de apresentados por KOHELER et al. (1988).
CHUA et al. (2000), aqueles autores realizaram um estudo, desenvolvendo correlações para o
cálculo da entalpia, entropia e calor especifico da solução BrLi - H2O. Os resultados foram
validados com dados experimentais e numéricos encontrados na literatura. O estudo foi realizado
para valores de temperatura entre 0 – 190 ºC e valores de concentração entre 40 – 65 %.
KAITA (2001) desenvolveu correlações numéricas devido à ausência de equações que
permitiam os cálculos das propriedades da solução de BrLi – H2O para valores elevados de
temperatura, para o estudo da modelagem e para a simulação de um sistema de resfriamento por
absorção de triplo efeito. As faixas de temperatura e concentração foram estabelecidas entre 40 –
210 ºC e 40 - 65%, respectivamente. Essas correlações facilitaram o projeto de equipamentos de
absorção de triplo efeito.
Um dos trabalhos mais importantes nesta década foi o realizado por KIM e INFANTE-
FERREIRA (2006), baseado no estudo da energia livre de Gibbs para soluções aquosas de
brometo de lítio, dentro de um intervalo de temperatura de 0 – 210 ºC, e concentração da solução
de brometo de lítio entre 0 – 70%, com um intervalo de pressão de equilíbrio entre 74 – 1 MPa.
Eles desenvolveram correlações numéricas completas que permitiram determinar as entalpias,
entropias, calores específicos para misturas de BrLi - H2O, com uma boa precisão quando
comparadas com resultados apresentados na literatura. Para a determinação do coeficiente
osmótico foram usados mais de 405 dados experimentais para a densidade e 487 dados de pressão
de vapor. Além disto, foi desenvolvida uma correlação para o cálculo da atividade da solução de
brometo de lítio e da água, fator primordial no cálculo da parcela de exergia química de qualquer
processo de absorção quando é usada esta solução. As equações para o cálculo do coeficiente
osmótico e de pressões de equilíbrio apresentaram variações padrões de 0,29 e 2,9 %
respectivamente com os dados encontrados na literatura, especificamente por MACNELLY
(1979) e KOHELER et al. (1988).
Neste modelo de refrigeração por absorção, foram consideradas as correlações apresentadas
por KIM e INFANTE-FERREIRA (2006), na determinação das propriedades da solução de BrLi
51
- H2O, por serem mais completas e apresentarem uma maior faixa de operação. O Apêndice 1
mostra, de forma completa, a implementação e comparação das propriedades desta solução.
A equação que determina o fluxo de calor devido entre o fluido frio e quente, definida pela
equação característica , é determinada em função da área de troca de calor, do
coeficiente global de transmissão de calor e da diferença média logarítmica da temperatura, a
qual é utilizada para o estudo do desempenho de trocadores de calor.
Em trocadores de calor as temperaturas dos fluidos quente e frio a diferença de temperatura
entre o fluido quente e frio ( ), varia com a posição do comprimento do
trocador, sendo maior para os escoamento em paralelo que para o escoamento contracorrente,
(INCROPERA et al., 2007; ÇENGEL, 2009). Por este motivo a diferença média logarítmica de
temperatura é comumente utilizada para as entradas e saídas dos fluidos frios e quentes do
trocador. Porém, segundo a literatura consultada para análise de trocadores de calor em sistemas
de refrigeração por absorção (MYAT et al., 2011; KOHLENBACH e ZIEGLER, 2008), o termo
( ) da equação característica pode ser substituída por uma diferença de temperatura médias
entre os fluidos quente e frio ( ).
É importante lembrar que a dedução da equação característica de um trocador de calor
considera certas simplificações, como calores específicos e coeficientes convectivos constantes
ao longo do processo, os quais, podem variar em função da temperatura, e das mudanças das
propriedades dos fluidos. Desta forma, decidiu-se selecionar, através das considerações dos
trabalhos mencionados (MYAT et al., 2011; KOHLENBACH e ZIEGLER, 2008), a diferença
média de temperatura, como a diferença entre os valores médios de temperatura do fluido frio e
quente. Esta simplificação pode ser considerada válida, já que a modelagem deste sistema de
refrigeração por absorção, de forma transiente concentrada, considera que a troca de calor entre
os circuitos de água (fria, quente e gelada) e a solução e /ou refrigerante, como uma função das
55
médias das temperaturas dos fluidos quentes e frios, coeficientes convectivos internos e externos,
e a área de troca de calor de cada componente do chiller de absorção, expresso como:
(4.1)
Para efeito da modelagem, esta parcela de calor da equação de energia foi definida como:
(4.2)
Balanço de Massa
Este balanço aplicado a todos componentes do chiller de absorção, foi objeto de estudo a
variação da massa acumulada ao longo do processo de absorção.
(4.3)
(4.4)
Balanço de Energia
(4.5)
56
Para o processo específico de refrigeração por absorção, considera-se que a energia gerada
( ) é igual a zero, e as energias que entram e saem em função dos fluxos energéticos
expressos como:
(4.6)
Neste equipamento, mostrado na Figura 4.3, ocorre fornecimento de calor que pode ser de
maneira direta ou indireta (uso de cogeração). Este calor é transferido à solução de BrLi - H2O,
fazendo com que parte da água desta solução se torne vapor, fluindo pela tubulação. A outra parte
da solução com alta concentração de brometo de lítio (solução forte) escoa para o absorvedor.
Balanço de Massa
(4.7)
No início do processo, a vazão de vapor é zero, já que a temperatura da solução deve atingir
a condição de saturação para a formação das primeiras bolhas de vapor no gerador.
Este balanço está relacionado com os fluxos mássicos de solução de BrLi, visando as
concentrações de baixa e alta (Soluções fraca e forte) do processo.
(4.8)
57
Balanço de Energia
Como foi mencionado, os balanços de energia nos trocadores de calor são divididos em
duas partes: o circuito interno da solução e/ou refrigerante; e a água quente do circuito externo
que aciona o chiller de absorção.
O circuito de água quente foi modelado tomando a temperatura da água quente ( ),
sendo esta a média entre a entrada e saída da água quente.
(4.9)
sendo:
: Densidade da água [kg/m3];
: Calor específico da água [kJ/kg-K];
: Volume de controle do gerador, água quente [m3];
: Taxa de variação da temperatura média da água quente [°C/s];
: Vazão mássica do circuito de água quente [kg/s];
: Entalpia da água quente que entra do gerador [kJ/kg];
: Entalpia da água quente que sai do gerador [kJ/kg];
: Coeficiente global de transferência de calor do gerador por unidade de área [kW/K];
: Temperatura média da água quente no gerador [°C];
: Temperatura média da solução no gerador [°C];
Tomando a solução dentro do gerador como volume de controle, pode-se considerar que a
temperatura do gerador ( ), determinada pela média entre a solução fraca e forte, representa a
temperatura do processo transitório do gerador, e sendo considerada como a temperatura na saída
do gerador, ou seja, do vapor formado neste equipamento.
(4.10)
sendo:
: Massa da solução contida no gerador [kg];
: Calor específico da solução [kJ/kg-K];
: Taxa de variação da temperatura média da solução no gerador [°C/s];
: Vazão mássica da solução fraca [kg/s];
: Vazão mássica da solução forte [kg/s];
: Vazão mássica do vapor refrigerante [kg/s];
58
Balanço de massa
(4.11)
Balanço de energia
O circuito de água fria foi modelado tomando a temperatura da água fria ( ), sendo esta
a média entre a entrada e saída da água fria.
(4.12)
sendo:
: Densidade da água [kg/m3];
: Calor específico da água [kJ/kg-K];
: Volume de controle do condensador, água fria [m3];
: Taxa de variação da temperatura média da água fria no condensador [°C/s];
: Vazão mássica do circuito de água fria [kg/s];
: Entalpia da água fria que entra do condensador [kJ/kg];
59
(4.13)
sendo:
: Massa do refrigerante no condensador [kg];
: Calor específico do refrigerante [kJ/kg-K];
: Taxa de variação da temperatura média do refrigerante no condensador [°C/s];
: Entalpia do refrigerante condensado [kJ/kg];
Balanço de massa.
(4.14)
Balanço de energia
(4.15)
sendo:
: Densidade da água [kg/m3];
: Calor específico da água [kJ/kg-K];
: Volume de controle do evaporador, água gelada [m3];
: Taxa de variação da temperatura média da água fria no evaporador [°C/s];
: Vazão mássica do circuito de água gelada [kg/s];
: Entalpia da água gelada que entra do evaporador [kJ/kg];
: Entalpia da água gelada que sai do evaporador [kJ/kg];
: Coeficiente global de transferência de calor do evaporador por unidade de área
[kW/K];
: Temperatura média da água fria no evaporador [°C];
: Temperatura média do refrigerante no evaporador [°C];
(4.16)
sendo:
: Massa do refrigerante no evaporador [kg];
: Calor específico do refrigerante [kJ/kg-K];
: Taxa de variação da temperatura média do refrigerante no evaporador [°C/s];
: Entalpia do refrigerante expandido na válvula [kJ/kg];
: Entalpia do vapor refrigerante saturado que sai no evaporador [kJ/kg];
O absorvedor tem como função principal reduzir a concentração de BrLi - H2O proveniente
do gerador, diluindo-a no vapor de refrigerante originado no evaporador. Neste equipamento
ocorrem dois processos simultâneos, a transferência de calor no trocador e a transferência de
massa para a solução a alta concentração de BrLi.
61
Balanço de Massa
(4.17)
Este balanço está relacionado com os fluxos mássicos de solução de brometo de lítio,
visando as concentrações de baixa e alta (Soluções fraca e forte) do processo.
(4.18)
Balanço de Energia
O circuito de água fria foi modelado tomando a temperatura da água fria ( ), como
sendo a média entre a entrada e saída da água fria.
(4.19)
sendo:
: Densidade da água [kg/m3];
: Calor específico da água [kJ/kg-K];
: Volume de controle do absorvedor, água fria [m3];
: Taxa de variação da temperatura média da água fria no absorvedor [°C/s];
62
Tomando como volume de controle a solução dentro do absorvedor, pode-se considerar que
a temperatura do gerador ( ), determinada pela média entre as soluções fraca e forte,
representa a temperatura do processo transitório do absorvedor.
(4.20)
sendo:
: Massa do refrigerante no absorvedor [kg];
: Calor específico da solução [kJ/kg-K];
: Taxa de variação da temperatura média da solução no absorvedor [°C/s];
: Entalpia do refrigerante condensado [kJ/kg];
: Entalpia da solução fraca no absorvedor [kJ/kg];
: Entalpia da solução forte no absorvedor [kJ/kg];
O recuperador de calor da solução BrLi – H2O, mostrado na Figura 4.7 num desenho
esquemático, tem como finalidade o aproveitamento da energia térmica de fluxo da solução forte,
para aquecer o fluxo de solução fraca que retorna ao gerador, deixando-a numa temperatura
próxima da temperatura média da solução do gerador. Por outro lado, é necessário que a solução
forte entre no absorvedor mais fria, porque a absorção do refrigerante aumenta com a diminuição
da temperatura média.
Como parte simplificadora deste modelo, nas linhas das soluções forte e fraca, não há
acumulo de massa interna. Deste modo as vazões dos fluxos mássicos das soluções forte e fraca
são as mesmas, já que a única função é o aumento da temperatura de saída da solução fraca ( .
Solução Forte
(4.21)
sendo:
: Taxa de variação da temperatura da saída do trocador da solução linha forte [°C/s];
: Coeficiente global de transferência de calor do trocador da solução por unidade de área
[kW/K];
: Temperatura do trocador da solução da linha forte [°C];
: Temperatura do trocador da solução da linha fraca [°C];
: Entalpia da solução forte do gerador [kJ/kg];
: Entalpia da solução forte do absorvedor [kJ/kg];
Solução Fraca
(4.22)
sendo:
: Taxa de variação da temperatura da saída do trocador da solução linha fraca [°C/s];
: Entalpia da solução fraca do gerador [kJ/kg];
: Entalpia da solução fraca do absorvedor [kJ/kg];
No sistema de absorção de simples efeito são consideradas duas pressões, linha de alta
(gerador - condensador) e linha de baixa (absorvedor - evaporador). Para determinar as pressões
destas linhas, é utilizada a equação de Clausius – Clapeyron.
(4.23)
sendo:
: Entalpia de vaporização da água [kJ/kg];
: Constante universal dos gases [kJ/kmol-K];
64
A determinação das pressões no processo de absorção pode ser para a linha de alta pressão
como:
Gerador – Condensador
(4.24)
Absorvedor – Evaporador
(4.25)
(4.26)
65
A condição abaixo deve ser levada em consideração na hora do modelar o chiller para
evitar a cristalização da solução ao longo do processo:
(4.27)
A quantidade de massa de fluido dentro do chiller é um valor fixo composto por água pura
e solução de brometo de lítio. A quantidade de água que escoa pelo sistema durante a operação
depende na produção de vapor no gerador, sendo esta taxa, o parâmetro que inicia a variação das
massas dos vasos do chiller, ou seja, absorvedor, gerador, condensador e evaporador. Estas
massas funcionam como amortecedores ao longo do processo de absorção, e, portanto de geração
de água gelada no regime transitório.
(4.28)
(4.29)
(4.30)
(4.31)
(4.32)
(4.33)
66
(4.34)
(4.35)
(4.36)
(4.37)
(4.38)
Nos circuitos externos do chiller (água quente, fria e gelada), as temperaturas em função do
tempo ( , determinam as propriedades termodinâmicas como entalpias,
densidade, condutividade e viscosidade dinâmica utilizadas na solução do sistema de equações.
Todas estas propriedades são dependentes da temperatura e do titulo do fluido, neste caso
considerado líquido saturado, ou seja titulo 0, expressas como:
(4.39)
(4.40)
(4.41)
Uns dos fatores que influenciam o comportamento dos sistemas de absorção são os
coeficientes de transmissão de calor, já que neles, encontra-se a forma transferência de calor entre
os fluidos, neste caso, água e solução BrLi. Deve-se lembrar que os sistemas de absorção
possuem basicamente, quatro circuitos de fluidos, três externos: água quente, fria e gelada; e um
interno: refrigerante – solução.
O funcionamento do chiller de absorção depende fundamentalmente da troca de calor em
cada componente do chiller. No gerador por exemplo, o calor trocado vem da energia que entra
no componente através da queima direta ou indireta (água quente obtida de rejeitos térmicos) de
um combustível, que é transferida para a solução no interior do gerador, possibilitando a
vaporização da água existente na mistura da solução BrLi – H2O, para iniciar o ciclo de
refrigeração. Esta energia é transferida por convecção entre o fluido quente e a parede interna dos
tubos do trocador, e pelo mesmo mecanismo é transferida para a solução através da parede
externa. Portanto, para analisar cada componente do chiller de absorção é necessária a
determinação do coeficiente global de transmissão de calor, que é função dos coeficientes
convectivos internos e externos.
O coeficiente global é o parâmetro mais importante da equação do trocador de calor, pois
essa equação permite predizer se a troca de calor esperada entre dois fluidos é possível.
Desta maneira, buscaram-se na literatura as equações para o cálculo dos números de
Nusselt, tanto para os escoamentos no interior dos tubos, quanto para o exterior onde aparecem
fenômenos de ebulição ou condensação. Como já foi identificado, os circuitos de água (quente,
fria e gelada), escoam pela parte interna das tubulações dos trocadores de calor (gerador,
condensador, absorvedor e evaporador), e o refrigerante (água pura) escoa pelas superfícies
externas das tubulações dos trocadores de calor, neste caso, condensador e evaporador, e a
solução BrLi – H2O, pela superfície externa das tubulações do gerador e absorvedor, ou seja, o
compressor térmico.
A seguir apresenta-se uma série de correlações empíricas, encontradas na literatura, que
possibilitará a escolha dos coeficientes convectivos mais apropriados para completar o modelo,
e, por conseguinte, para obter os coeficientes globais de transmissão de calor.
As correlações para obtenção dos números de Nusselt são equações constitutivas, porque
são obtidas experimentalmente, e compõem o modelo matemático, juntamente com as equações
de balanço e com as condições de contorno e iniciais.
68
Escoamento interno
Para o lado interno do tubo do gerador, pode-se utilizar a correlação de Petukhov – Popov
(KREITH, 1997), que representa uma modificação da equação proposta por Gnielinski, que
permite determinar o número de Nusselt. É importante considerar, que esta correlação considera
o fator de atrito ao longo da tubulação. Esta correlação (PETUKHOV - POPOV) apresentou
concordância com os resultados experimentais para um intervalo específico com erros menores
aos 5%, (FLORIDES et al., 2003)
Para determinar o número de Nusselt ( ) no interior dos tubos do gerador.
(4.42)
sendo:
: Número de Reynolds;
: Número de Prandtl;
Onde:
(4.43)
(4.44)
(4.45)
69
Esta equação é valida para Reynolds > 10000, com número de Prandtl (0,7 ≤ Pr ≤ 160), e
. Sendo (n) o coeficiente de aquecimento ou resfriamento: n = 0,4 para aquecimento; n
= 0,3 para resfriamento.
Escoamento externo
(4.46)
Estes parâmetros podem ser utilizados na solução BrLi - H2O, já que nesta solução só ocorre
uma reação de mistura (processo de absorção) devido à afinidade dos componentes. Desta forma,
a água, será o único elemento a sofrer as alterações de ebulição (processo de dessorção).
Poder ser utilizada a correlação apresentada por Churchill e Chu, (INCROPERA et al.,
2007), dada pela seguinte equação:
(4.47)
(4.48)
sendo:
: Coeficiente de expansão térmica [1/K];
: viscosidade cinemática [m2/s];
: Parâmetro característico, neste caso o diâmetro da tubulação [m];
Ebulição Nucleada
Existem varias correlações conservativas, que podem estimar o valor médio do coeficiente
convectivo de transferência de calor. Para a esta região pode ser utilizada a correlação
desenvolvida por Rohsenow (INCROPERA et al., 2007), dada pela equação:
(4.49)
71
sendo:
: viscosidade dinâmica líquida [N-s/m2];
: tensão superficial [N-m]
: densidade líquida do fluido [kg/m3];
: densidade gasoso do fluido [kg/m3];
onde, as constantes Csf e n são iguais a 0,0132 e 0,33 respectivamente. (MYAT et al., 2011).
De modo a obter uma correlação para predizer o coeficiente convectivo da solução BrLi –
H2O em geradores utilizados em chillers de absorção com tubos horizontais, BAKHTIARI
(2011) utilizou dados experimentais de WANG et al. (1996). A Equação 4.50, desenvolvida
nesse trabalho, correlaciona implicitamente o coeficiente de convecção com parâmetros
termofísicos, e explicitamente com a vazão de massa. A correlação de WANG et al. (1996) (apud
BAKHTIARI et al., 2011), também pode ser utilizada para a determinação do coeficiente
convectivo da solução BrLi – água.
(4.50)
sendo, , a vazão mássica de fluido (este caso, solução de BrLi) por unidade de tubo molhado.
Ebulição em transição
Esta região considera o fluxo de calor mínimo e máximo da transição para o excesso de
temperatura exposta na Tabela 4.1.
(4.51)
(4.52)
(4.53)
sendo (4.54)
Escoamento interno
Escoamento externo
(4.55)
sendo:
: condutividade térmica liquida [kW/m-K];
: temperatura do vapor [°C];
: temperatura da parede [°C];
Nesta Equação (4.55), todas as propriedades devem será avaliadas para a temperatura
média entre a temperatura da superfície da parede e a temperatura de saturação do vapor, com
número de Prandtl maior que 0,5.
A equação proposta por HOLMAN (2002), para filme laminar, considerando convecção
natural, e tubulações horizontais, também pode ser utilizada para avaliar o coeficiente convectivo
na parte externa do condensador.
(4.56)
sendo: ;
73
(5.57)
Esta última equação representa o calor latente modificado por Rohsenow, adicionando o
efeito de advecção térmica, (HOLMAN, 2002; INCROPERA et al., 2007).
Na equação proposta por Holman (2002), as propriedades também, devem será avaliadas
para a temperatura média entre a temperatura da superfície da parede e a temperatura de
saturação do vapor, com número de Prandtl maior que 0,5.
Outra forma de determinar o coeficiente convectivo na parte externa do condensador,
considerando filme laminar, é a utilizada por ADAMS e MARTO (1997).
Convecção Livre
(4.58)
Convecção forçada
(4.59)
onde,
(4.60)
Escoamento interno
Escoamento externo
(4.61)
74
(4.62)
(4.63)
(4.64)
onde:
: a rugosidade relativa;
Segundo o apresentado em ALBERS et al. (2010), outra uma forma simples de determinar
o coeficiente convectivo na parte externa dos tubos do absorvedor, é por meio da teoria de
Nusselt de filme descendente, desenvolvida a partir do balanço de forças viscosas e
gravitacionais, desde que esta espessura seja pequena se comparada com o diâmetro do tubo, esta
equação também válida para filmes em placas planas. Esta correlação é função das propriedades
termofísicas, da concentração e da vazão da solução. A Equação 4.65 expressa esta teoria de
filme descendente para tubos horizontais e verticais (HOFFMANN et al., 1996).
75
(4.65)
Escoamento interno
Escoamento externo
(4.66)
sendo:
(4.67)
(4.68)
(4.69)
(4.70)
Parâmetro de Martenelli ( )
76
(4.71)
(4.72)
(4.73)
(4.74)
(4.75)
(4.76)
(4.77)
Os valores das constantes C e m da Equação (4.77), são mostradas na Tabela 4.2. Esta
equação é válida para temperatura média do filme, e número de Prandtl (Pr ≥ 0,7).
77
Outra equação utilizada para determinar o coeficiente convectivo na parte externa do tubo
do evaporador, é a equação de modificada de Rohsenow, apresentada por NG et al. (2006).
(4.78)
sendo:
: Área da base da superfície envolvida [m2];
: Área molhada pelo filme do fluido [m2];
Esta equação é valida para processos de transformação de fase, com valores de pressão até
10 kPa. As constantes , , , , equivalem a 0,0132; 0,293; 1 e 0,0984 respectivamente. Esta
modificação leva em consideração a razão de pressão entre a atmosférica e a atual, e a razão de
áreas do componente. Esta correlação foi verificada experimentalmente no trabalho desenvolvido
por MCGILLIS et al. (1990).
Escoamento interno
(4.79)
(4.80)
Escoamento externo
(4.81)
(4.82)
(4.83)
(4.84)
(5.1)
O inteiro (p) foi incluído para considerar um espaço temporal finito, expresso como:
(5.2)
(5.3)
onde:
Portanto:
80
(5.4)
Este critério deve ser mantido em todas as equações que integram os sistema de equações
do processo, tomando como referência o menor ( ), para garantir a estabilidade da solução do
sistema de equações.
As Figuras 5.1 e 5.2 mostram os esquemas dos volumes de controles aplicados ao todos os
trocadores de calor, componentes dinâmicos do chiller, seja no circuito interno (solução e
refrigerante) e nos circuitos externos (água fria, quente e gelada). Estes volumes de controles
foram esquematizados exclusivamente para o gerador, como forma de simplificação da tese. A
ideia foi tomar como volume de controle a solução e/ou refrigerante contido nos componentes
principais (gerador, absorvedor, evaporado e condensador), e nas serpentinas dos circuitos de
água fria, quente e gelada.
Figura 5.1. Volume de controle interno aplicados aos trocadores de calor do chiller de absorção,
esquematizando o circuito de solução e vapor no gerador.
Figura 5.2. Volume de controle Externo dos circuitos de água fria, quente e gelada aplicados aos trocadores
de calor do chiller de absorção, esquematizando o circuito de água quente no gerador.
81
(5.5)
onde:
Como foi dito no começo, o processo é iniciado com o fornecimento de energia (neste caso
água quente) ao gerador do chiller de absorção.
A Equação 4.10 do capítulo 4, representa o processo dinâmico de dessorção no gerador de
vapor. A formação de vapor na mistura BrLi – H2O, é contabilizada a partir do estado de
saturação da água contida na solução, levando a vaporizá-la.
82
(5.6)
(5.7)
Como parte simplificadora desta modelagem do sistema de refrigeração por absorção, foi
considerada que toda a massa de vapor proveniente do gerador será condensada neste
equipamento. A temperatura deste equipamento é responsável pela atualização da pressão de alta.
Como o chiller considerado é do tipo fluxo em série, ou seja, a temperatura de saída da água fria
do absorvedor ( ), representa a entrada da temperatura fria do condensador ( ),
expressa como:
(5.8)
(5.9)
(5.10)
83
sendo:
Finalmente a massa de vapor que deixa o evaporador é igual à massa de vapor do gerador.
(5.11)
Neste equipamento será considerando que existe uma mudança de fase do refrigerante a
partir das cargas térmicas fornecidas ao chiller. A temperatura do evaporador é responsável pela
atualização da pressão de baixa.
(5.12)
sendo:
Este componente tem como função o aquecimento na solução fraca para assim, aumentar o
COP do chiller. As Equações 5.14 e 5.15 permitem determinar os valores das temperaturas de
saída da solução fraca ( ) e da solução forte ( ), para cada instante de tempo, sendo:
(5.14)
84
(5.15)
(5. 16)
Como na válvula do refrigerante, foi considerado que este atua em regime permanente. A
temperatura de entrada da solução forte no absorvedor ( ), foi determinada como uma
função da entalpia e da concentração forte do sistema, expressa como:
(5.17)
sendo:
(5.18)
critério de estabilidade. O programa necessário quando se usa, foi estruturado por varias
subrotinas externas, que determinam parâmetros como propriedades termodinâmicas, cálculos
iterativos, coeficientes convectivos e outros procedimentos, para a simulação do sistema de
absorção de simples efeito. O programa consta com a visualização de gráficos e reprodução de
arquivos de armazenamento em Excel. A seção seguinte, mostra o fluxograma do código (na
Figura 5.3), e descreve o funcionamento do programa.
Como foi dito anteriormente, o código computacional foi criado na plataforma Matlab
2011a, usando os balanços de energia, de massa e de espécie, e as correlações dos coeficientes
convectivos, com o objetivo de simular sistemas de refrigeração por absorção de simples efeito
usando o para BrLi- H2O. O modelo foi desenvolvido considerando um sistema de acoplamento
da fonte impulsionadora do chiller (gerador) com o sistema de absorção (absorvedor) e do
refrigerante (condensador e evaporador). Este acoplamento é iniciado através da produção de
vapor no gerador, quando a condição de saturação da água é atingida, através da temperatura da
solução. Durante o tempo de aquecimento da solução no gerador, este componente opera como
um reservatório térmico, e todos os parâmetros do chiller ficam invariáveis.
O programa inicia com a introdução dos parâmetros constantes, o arquivo com os vetores
de temperaturas de entrada dos circuitos de água quente, fria e gelada, assim como as condições
iniciais de temperaturas, pressão, massa, vazão e concentração da solução. Imediatamente, são
aplicadas as correlações de propriedades termodinâmicas para a determinação das entalpias,
densidades, calores específicos e outras, necessários para a simulação inicial do modelo. Em
seguida, são determinados os coeficientes convectivos internos e externos (água, solução e/ou
refrigerante), para a determinação do coeficiente global de transferência de calor dos diferentes
trocadores de calor do chiller. Este procedimento é realizado através das funções implementadas
externas ao programa principal. Finalmente são calculados os fluxos de calor do gerador (água
quente ( ), solução do gerador ( ) e a taxa de calor, calculada pela equação
característica dos trocadores (Equação 4.1), em função do coeficiente global do mesmo ( ). O
critério de estabilidade é verificado para as equações envolvidas, e se escolhe um passo temporal.
O processo de aquecimento é iniciado no gerador, e verifica-se a cada instante de tempo a
temperatura da solução do gerador. Quando esta atinge a condição de saturação ( ),
inicia-se o acoplamento do chiller com o gerador, através da determinação da vazão de vapor
gerada, em função da Equação 5.6. O fluxograma de todo o processo esta apresentado na Figura
5.3.
86
Figura 5.3. Fluxograma do código desenvolvido para o chiller de absorção de simples efeito.
87
A Tabela 5.1 mostra a comparação para cinco diferentes passos temporais simulados. O
erro relativo foi calculado entre os diferentes passos temporais.
89
Pode-se perceber na Tabela 5.1, que para qualquer passo temporal o erro relativo foi
inferior de 0,1 %. Para facilitar a simulação e garantir uma tolerância nos parâmetros
determinados através da simulação do modelo, foi selecionado o passo temporal de 1 seg, no
qual, os erros máximos são menores de 0,001%.
90
6.1. Análise das diferentes correlações para a determinação dos coeficientes convectivos
internos e externos do chiller de absorção
Na avaliação das melhores correlações para obtenção do número de Nusselt dos trocadores
de calor existentes no chiller, mostrou-se o tipo do escoamento nesses componentes, e os valores
dos comprimentos retificados dos tubos e dos comprimentos de mistura hidrodinâmico e térmico,
de modo a escolher correlações que pudessem ser comparadas.
A Tabela 6.1 mostra os valores das áreas internas e externas, do chiller de absorção WFC-
10 – YAZAKI extraída de ALBERS et al. (2010) e de ASDRUBALI et al. (2006). Nestes
trabalhos os autores trabalharam com um chiller de absorção YAZAKI WFC - 10, que possui a
mesma capacidade ao estudado neste trabalho. A única diferença, é que este chiller, não possui
bomba de circulação mecânica da solução, operando através de um gerador de termossifão.
A Tabela 6.2 mostra os valores retificados dos tubos dos trocadores do chiller, calculados a
partir dos diâmetros das tubulações dos circuitos de água e as áreas internas fornecidos pelo
fabricante (YAZAKI, 2003).
91
Tabela 6.1. Áreas internas e externas do trocadores de calor do chiller WFC- SC10.
Áreas (m2) Gerador Absorvedor Evaporador Condensador TCS
Interna 5,4 3,6 2,8 3,1 0,4
Externa 4,7 4,3 3,4 3,6 0,5
(Fonte: ALBERS et al., 2010 e ASDRUBALI et al., 2006)
Tabela 6.2. Comprimento retificado dos tubos dos trocadores de calor do chiller WFC- SC10
Equipamento Gerador Absorvedor Evaporador Condensador TCS
L (m) 42,9 22,9 22,3 19,7 12,7
A tabela 6.3 mostra dados intervalares dos principais parâmetros utilizados para o cálculo
do número de Nusselt, geométrico e de operação, do chiller de absorção WFC-SC10, que
juntamente com o comprimento dos tubos permitirá a definição de correlações compatíveis, que
possam ser comparadas. Os intervalos de validade de cada correlação (Re e Pr), foram
apresentadas no Capítulo 5.
Tabela 6.3. Valores selecionados para efetuar a avaliação e comparação das correlações utilizadas para determinar os
coeficientes convectivos dentro das tubulações.
Parâmetros Intervalos
Diâmetro (mm) 4 - 50
Vazão (kg/s) 0,5 - 7
Temperatura de mistura (°C) 30 - 95
Tabela 6.4. Números de Reynolds, Prandtl e comprimentos hidrodinâmicos e térmicos determinados para os
coeficientes convectivos da parte interna dos tubos dos trocadores em função do diâmetro da tubulação,
considerando a temperatura de mistura de 50°C, e vazão de 4 kg/s.
Valores
Diâmetro [m]
Re Pr Xhd Xtr
0,004 2339479 3,55 0,04 0,04
0,032 292435 3,55 0,32 0,32
0,05 189049 3,55 0,50 0,50
92
Tabela 6.5. Números de Reynolds, Prandtl e comprimentos hidrodinâmicos e térmicos determinados para os
coeficientes convectivos da parte interna dos tubos dos trocadores em função da temperatura de mistura do fluido,
considerando um diâmetro de 5 cm e vazão de 4 kg/s.
Valores
Temperatura [°C]
Re Pr Xhd Xtr
30 127820 5,40 0,5 0,5
70 254645 2,54 0,5 0,5
95 346123 1,83 0,5 0,5
Tabela 6.6. Números de Reynolds, Prandtl e comprimentos hidrodinâmicos e térmicos determinados para os
coeficientes convectivos da parte interna dos tubos dos trocadores em função da vazão do fluido, considerando um
diâmetro de 5 cm e temperatura de mistura de 50°C.
Valores
Vazão [kg/s]
Re Pr Xhd Xtr
0,5 23395 3,55 0,5 0,5
4,5 210553 3,55 0,5 0,5
7 327527 3,55 0,5 0,5
Figura 6.1. Comparações dos coeficientes convectivos da parte interna dos tubos dos trocadores em função do
diâmetro da tubulação, considerando a temperatura de mistura de 50°C, e vazão de 4 kg/s.
1200
1000
[kW/m2-K]
Em relação à variação com o diâmetro, mostrada na Figura 6.1, os valores das três
correlações praticamente coincidiram, para valores mais próximos aos diâmetros internos
utilizados nos trocadores.
Figura 6.2. Comparações dos coeficientes convectivos da parte interna dos tubos dos trocadores em função da
temperatura de mistura do fluido, diâmetro de 5 cm, e vazão de 4 kg/s.
12
10
[kW/m2-K]
8
6
Dittus _ Boelter
4 Petukhov - Popov
2 Gnielinski
0
0 20 40 60 80 100
Temperatura de mistura do fluido [°C]
Figura 6.3. Comparações dos coeficientes convectivos parte interna dos tubos internos dos trocadores em função da
vazão, considerando a temperatura de mistura do fluido de 50°C, e diâmetro de 5 cm.
18
16 Dittus _ Boelter
14
Petukhov - Popov
[kW/m2-K]
12
Gnielinski
10
8
6
4
2
0
0 1 2 3 vazão4[kg/s] 5 6 7 8
Pode-se observar que a ordem de grandezas dos resultados obtidos encontra-se dentro de
uma faixa comum, apresentando pequenas divergências em valores absolutos para vazões acima
de 2 kg/s.
A diferença entre os valores gerados pelas correlações PETUKHOV - POPOV e
GNIELINSKI e a equação de DITTUS - BOELTER, esta no fato que as duas primeiras foram
obtidas para dados de uma maior faixa do números de Reynolds, inclusive para a região de
transição. Acrescente-se a isto, a inclusão do fator de atrito na parede dos tubos que é levado em
94
Uma segunda etapa, e a análise das correlações que determinam os coeficientes convectivos
pela parte externa dos tubos dos trocadores (onde escoa refrigerante e/ou solução de BrLi - H2O).
O fluido de trabalho deste componente é água (vapor - líquido). A Tabela 6.7 mostra os valores
selecionados para realizar o estudo com as correlações para a serpentina do condensador. As
faixas escolhidas foram selecionadas dentro dos valores utilizáveis pelo chiller de absorção WFC
SC10 - YAZAKI.
Tabela 6.7. Valores selecionados para efetuar a avaliação e comparação das correlações utilizadas para determinar os
coeficientes convectivos na parte externa dos tubos do condensador.
Parâmetros Intervalos
Diâmetro (mm) 1 - 50
Vazão (kg/s) 0,01 - 0,31
Pressão de operação (kPa) 5 - 15
Temperatura do fluido (°C) 5 - 35
95
Figura 6.4. Comparações dos coeficientes convectivos da parte externa dos tubos do condensador em função do
diâmetro, considerando uma temperatura do fluido de 30°C, pressão de 8 kPa, e vazão de 0,6 kg/s.
8
7,8 Oziski
7,6 Holman
[kW/m2-K]
7,4 Adams
7,2
7
6,8
6,6
6,4
6,2
6
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
D [m]
Figura 6.5. Comparações dos coeficientes convectivos da parte externa dos tubos do condensador em função da
vazão, considerando uma temperatura do fluido de 30°C, pressão de 8 kPa, e diâmetro de 5 cm.
8
7,8
7,6 Oziski
[kW/m2-K]
7,4 Holman
7,2 Adams
7
6,8
6,6
6,4
6,2
6
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35
vazão [kg/s]
Para variações do diâmetro e vazão os valores encontrados são constantes, já que estas
correlações, analisadas no Capítulo 4, não dependem destes parâmetros, e que estas correlações
foram modeladas para a mudança de fase do fluido (vapor - líquido). Entretanto, observa-se que a
correlação de Holman apresenta uma leve diferença entre as outras duas tanto na Figura 6.4
quanto na Figura 6.5.
As Figuras 6.6 e 6.7 mostram os gráficos dessas correlações submetidas à variações da
pressão e da temperatura.
96
Figura 6.6. Comparações dos coeficientes convectivos da parte externa dos tubos do condensador em função da
pressão, considerando uma temperatura do fluido de 30°C, diâmetro de 5 cm, e vazão de 0,6 kg/s.
8
7,8 Oziski
7,6 Holman
7,4
[kW/m2-K]
Adams
7,2
7
6,8
6,6
6,4
6,2
6
0 5 10 15 20
P [kPa]
Nesta Figura 6.6 observa-se que os coeficientes de convecção variam inversamente com o
aumento da pressão.
Deve-se chamar a atenção que em grande parte das aplicações em engenharia, os
coeficientes de convecção na condensação são normalmente muito maiores que os coeficientes
onde não tem mudanças de fase. Isto não acontece nesse caso quando se comparam os valores
obtidos pelas correlações de OZISIK, HOLMAN e ADAMS, com os coeficientes obtidos para os
escoamentos internos, onde não tem mudança de fase. A explicação para esse fenômeno está
vinculado a que este fenômeno ocorre em baixas pressões (vácuo entre 0,5 a 10 kPa).
A baixa pressão existente no exterior do condensador, implica numa temperatura de
saturação mais baixa, já que a diferença entre a temperatura da superfície de contato e a
temperatura de saturação diminui ocasionando um decréscimo do valor médio final do
coeficiente, e aumento na temperatura da superfície aumenta a diferença entre a temperatura de
saturação incrementando o valor médio do coeficiente convectivo.
É importante ter noção desse comportamento, porque sendo o coeficiente de convecção da
condensação menor que o interno, ele passa a constituir a maior resistência térmica à
transferência de calor, assumindo um papel de maior importância, no cálculo do coeficiente
global. Comparativamente as correlações de OZISIK e ADAMS coincidiram e a de HOLMAN
apresentou uma pequena diferença entre as duas, não significativas, aumentando com o
acréscimo da pressão. As pequenas diferenças encontradas entre as correlações de OZISIK,
ADAMS com a correlação de HOLMAN, é devido à inclusão do efeito de advecção térmica
(HOLMAN, 2002; INCROPERA et al., 2007).
97
Figura 6.7. Comparações dos coeficientes convectivos da parte externa dos tubos do condensador em função da
temperatura do fluido, considerando uma pressão de 8 kPa, diâmetro de 5 cm, e vazão de 0,6 kg/s.
10
Oziski
9,5
9 Holman
[kW/m2-K] 8,5 Adams
8
7,5
7
6,5
6
5,5
5
4,5
4
0 10 20 30 40
T [°C]
Esta seção analisa os coeficientes convectivos da parte externa dos tubos do evaporador.
Para modelar a troca de calor por convecção com ebulição entre as paredes dos tubos do
evaporador e o refrigerante à baixa pressão, foram avaliadas as correlações de ROHSENOW e o
modelo de CHEN (1966), por serem as mais usadas em modelagens de escoamento interno e
externo para cálculo do coeficiente de convecção com ebulição em evaporadores (BAKHTIARI
98
et al., 2011; FLORIDES et al., 2003). Esta última correlação, é baseada no princípio da
superposição dos efeitos da convecção forçada e da ebulição nucleada.
No fenômeno de ebulição no evaporador, os parâmetros mais importantes são a temperatura
média do refrigerante, a temperatura média das paredes dos tubos, e a pressão. Como não aparece
a temperatura das paredes dos tubos nas duas correlações, nem aparece explicitamente a pressão
na correlação de CHEN, optou-se por compará-las com a temperatura média do refrigerante, uma
vez que os principais parâmetros que modelam o fenômeno da ebulição, como força de empuxo,
número de Prandtl, e as propriedades termofísicas, dependem dela. O efeito da pressão de baixa
do chiller e suas variações em operação, aparecem na temperatura de saturação que está contida
nos termos da correlação (∆Te). Não foi considerada também a temperatura da parede, porque
esta depende da temperatura média do fluido quente, neste caso água gelada. A Tabela 6.8 mostra
a faixa dos valores de temperatura média do fluido, neste caso o refrigerante do chiller (água),
que foi utilizado para realizar o estudo com as correlações para a parte externa da serpentina do
evaporador. Esta faixa de temperatura é utilizada pelo chiller de absorção WFC SC10 - YAZAKI.
Tabela 6.8. Valores da temperatura média do fluido para efetuar a avaliação e comparação das correlações utilizadas
para determinar os coeficientes convectivos na parte externa dos tubos do evaporador.
Parâmetros Intervalos
Temperatura do fluido (°C) 4 - 10
Na Figura 6.8 pode-se observar no comportamento das duas correlações, que há uma
diferença considerável entre os coeficientes gerados pelas duas correlações, que atinge um valor
máximo para a menor temperatura média do refrigerante, e vai diminuindo até atingir a diferença
mínima para a maior temperatura do referido fluido. Apesar da resistência de convecção externa
ser muito pequena em ambos os casos, e sendo o coeficiente global de transferência de calor
praticamente governado pela resistência interna, o fluxo de calor será aproximadamente igual
com os coeficientes externos das duas correlações.
Figura 6.8. Comparações dos coeficientes convectivos da parte externa dos tubos do evaporador em função da
temperatura.
800
700
[kW/m2-K]
600
500
400 Chen
300 Rohsenow
200
2 4 6 8 10 12
T [°C]
99
Tabela 6.9. Valores selecionados para efetuar a avaliação e comparação das correlações utilizadas para determinar os
coeficientes convectivos na parte da serpentina do absorvedor.
Parâmetros Intervalos
Vazão da solução (kg/s) 0,1 - 0,3
Concentração da solução (%) 50 - 60
Temperatura da solução (°C) 25 - 45
Comprimento (m) 1,0 – 2,3
Todas as equações são válidas para o mesmo intervalo de Reynolds. Existe uma diferença
entre elas que pode explicar essa diferença de comportamento. Nos seus experimentos, que está
citado no Capítulo 4, PARK et al. (2003) desconsideram o número de Prandtl, alegando que este
tinha pouca influência no Nusselt. Essa correlação apresentou erros de aproximadamente ± 25%
entre os resultados numéricos e os experimentais.
As Figuras 6.9 a 6.12 mostram estas variações dos resultados dos coeficientes convectivos
calculados na parte externa dos tubos do absorvedor. Nesses gráficos observam-se uma diferença
acentuada no comportamento das duas correlações, de Filme e Wilke, em referencia à de Park,
para cada um dos parâmetros dos intervalos testados.
Figura 6.9. Comparações dos coeficientes convectivos da parte externa dos tubos do absorvedor em função do
comprimento, considerando concentração de 60%, vazão de 0,22 kg/s, e temperatura da solução de 40°C.
6
5 Wilke
Park
[kW/m2-K]
4
Filme
3
0
0 0,5 1 L [m] 1,5 2 2,5
Como se pode observar na Figura 6.9, a Equação de Wilke tem um comportamento mais
apropriado do que a de Park, em relação à variação do comprimento.
Mantidos constantes os demais parâmetros, tubos maiores terão camadas limites térmicas
de maior espessura em x=L, acarretando um gradiente de temperatura menor na parede,
consequentemente uma menor troca de calor por condução, o que corresponde a um menor
coeficiente de convecção.
101
Figura 6.10. Comparações dos coeficientes convectivos da parte externa dos tubos do absorvedor em função da
temperatura, considerando concentração de 60%, vazão de 0,22 kg/s, e comprimento de 1 m.
6
5 Wilke
Park
[kW/m2-K]
4 Filme
0
20 25 30 35 40 45 50
T [°C]
Como se pode observar na Figura 6.10, as Equações de Park e de Filme (teoria de Nusselt)
não variam significativamente com a temperatura da solução, e a de Wilke mostra um
comportamento mais apropriado para descrever o que acontece com o coeficiente de convecção.
Figura 6.11. Comparações dos coeficientes convectivos da parte externa dos tubos do absorvedor em função da
vazão, considerando concentração de 60%, comprimento de 1 m, e temperatura da solução de 40°C.
6
Wilke
5 Park
[kW/m2-K]
4 Filme
3
2
1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4
vazão [kg/s]
Figura 6.12. Comparações dos coeficientes convectivos da parte externa dos tubos do absorvedor em função da
concentração, considerando comprimento de 1 m, vazão de 0,22 kg/s, e temperatura da solução de 40°C.
7
Wilke
6
Park
5 filme
[kW/m2-K]
0
48 50 52 54 56 58 60 62
Concentração [%]
Observando-se a Figura 6.12, nota-se que, mantidos constantes a vazão, o comprimento dos
tubos e a temperatura da solução, a equação de Park conseguiu capturar o efeito do aumento da
concentração no coeficiente de convecção, gerando coeficientes menores para concentrações
maiores. Entretanto há uma discrepância entre os resultados de Park e os fornecidos pela
correlação de Wilke e de Filme relativamente grande para concentrações baixas (50 - 55%), que
tende a diminuir com o aumento da concentração, que é função do numero de Reynolds.
Concentrações menores implicam numa absorção maior, o que se traduz numa geração de calor
maior que por sua vez tem uma curva de variação da temperatura na camada limite com um
gradiente maior, implicando em um coeficiente de transferência de calor maior. Portanto a
variação crescente da concentração implica num coeficiente convectivo decrescente.
Pela argumentação apresentada até aqui, optou-se pela utilização da correlação de Wilke
para compor o modelo de simulação do chiller de absorção, quando se considera a troca de calor
do lado externo dos tubos no absorvedor.
especificamente na Tabela 4.1, onde se mostra como se dá a ebulição para diversos valores
intervalares de ΔTe. O intervalo de maior interesse nesse trabalho é 5°C ≤ ΔTe ≤ 30°C, que é a
faixa para a qual muitos dispositivos de engenharia são projetados para operarem, no regime de
ebulição nucleada.
Trabalhos que apresentam correlações para a o coeficiente de transferência de calor na
superfície dos tubos do gerador são escassos na literatura. Diversos autores têm se referido a esse
fato, ao longo dos anos. (FLORIDES et al., 2002; BAKHTIARI et al., 2011). FLORIDES et al.
(2002), mostraram num trabalho de projeto e construção de uma unidade de refrigeração de
absorção, afirmaram que devido a inexistência de expressões disponíveis na literatura para o
processo de ebulição num gerador, a correlação apropriada para o coeficiente de transferência de
calor necessita ser obtida experimentalmente.
De modo a escolher uma correlação para compor o modelo de simulação do chiller na
predição do coeficiente convectivo da solução BrLi – H2O, e devido à carência de correlações na
literatura escolheu-se duas correlações. A Correlação de desenvolvida por Rohsenow (apud
INCROPERA et al., 2007) que é definida para ebulição nucleada de um fluido qualquer. Porém,
apesar da solução do sistema de absorção possuir uma mistura de BrLi - H2O, o único fluido que
sofre mudança de fase (ebulição), é água, devido às condições de temperatura (inferiores a 80°C)
e pressão de vácuo no gerador do chiller de absorção. A outra correlação escolhida foi a de
BAKHTIARI et al., 2011, desenvolvida para geradores de calor casco e tubos utilizados em
chillers de absorção com tubos horizontais. Para tal, utilizou dados experimentais de WANG
(1996), (apud: BAKHTIARI et al., 2011).
A Tabela 6.10 mostra os valores selecionados para realizar o estudo com as correlações
para parte da serpentina do gerador. As faixas escolhidas foram selecionadas dentro dos valores
utilizáveis pelo chiller de absorção WFC-SC10 - YAZAKI.
Analisando-se as equações acima mencionadas se percebem que por elas terem sido
desenvolvidas, uma para ebulição em piscina, solução parada, e a outra por ebulição com
escoamento vertical, e transversal sobre o banco de tubos não se tem parâmetros comuns para
compará-las, sendo examinado o comportamento físico de cada correlação.
Tabela 6.10. Valores selecionados para efetuar a avaliação e comparação das correlações utilizadas para determinar
os coeficientes convectivos na parte externa dos tubos do gerador.
Parâmetros Intervalos
Vazão da solução fraca (kg/s) 0,01 - 0,5
Temperatura da superfície (°C) 50 - 70
Figura 6.13. Variação do coeficiente convectivo da parte externa dos tubos do gerador em função da vazão para a
correlação apresentada por BAKHTIARI.
3500
3000
2500
[kW/m2-K]
2000
1500
1000
500
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
vazão [kg/s]
A Figura 6.13 mostra que o coeficiente de convecção cresce com a vazão, conforme a
correlação de BAKHTIARI, e tem uma maior taxa de variação entre 0 e 0,1 e que essa taxa de
crescimento é mais suave entre 0,1 e 0,6 Kg/s.
Figura 6.14. Variação do coeficiente convectivo da parte externa dos tubos do gerador em função da temperatura da
superfície de contato para a correlação de Rhosenow (INCROPERA et al., 2007)
3500
3000
[kW/m2-K]
2500
2000
1500
1000
500
0
48 50 52 54 56 58 60
Ts [°C]
No gráfico da Figura 6.14 pode-se ver que o aumento da temperatura da superfície (Ts), que
corresponde a um aumento de ΔTe, que por sua vez, provoca um aumento quase linear do
coeficiente de convecção. Nesse caso pode-se não vai haver uma escolha entre as duas
correlações baseadas numa comparação entre elas. A implementação da equação de
BAKHTIARI, é mais simples, e não envolve parâmetros como a tensão superficial da solução, e
propriedades termofísica na parede e afastada da parede. Portanto escolheu-se a correlação de
BAKHTIARI.
A Tabela 6.11 mostra as escolhas dos coeficientes convectivos internos e externos do
processo de absorção a partir da análise individual das correlações encontradas na literatura.
105
Tabela 6.11. Correlações dos coeficientes convectivos internos e externos selecionados para a determinação dos
coeficientes globais de transferência de calor do chiller de absorção.
Correlação Componente Razões
GNIELINSKI Parte interna das tubulações • Equação mais completa;
• Maior faixa de Re;
• Erros percentuais menores;
OZISIK Parte externa dos tubos do condensador • Mais conservadora;
CHEN Parte externa dos tubos do evaporador • Levar todo o efeito de
(modelo de transferência de calor;
Superposição)
WILKE Parte externa dos tubos do absorvedor • Fortemente utilizada na
literatura;
• Comportamento mais
uniforme;
WANG Parte externa dos tubos do gerador • Determinada
experimentalmente para a
solução BrLi – H2O;
• Mais simples na
implementação
6.2. Estudo dos coeficientes globais modelados para os componentes do chiller de absorção
WFC-SC10
Tabela 6.12. Dados utilizados na determinação dos coeficientes globais por unidade de área do chiller de absorção
WFS - SC10.
Parâmetros Valores
Fluxo de Calor do gerador [kW] 50,2
Fluxo de Calor do evaporador [kW] 35,2
Fluxo de Calor do condensador [kW] 39,1
Fluxo de Calor do Absorvedor [kW] 46,3
Temperatura da água quente de entrada [°C] 88,0
Temperatura da água quente de saída [°C] 83,0
Temperatura da solução forte do gerador [°C] 82,0
Temperatura da solução fraca do gerador [°C] 80,0
Temperatura da água fria de entrada do absorvedor [°C] 31,0
Temperatura da água fria de saída do absorvedor [°C] 33,0
Temperatura da solução forte do absorvedor [°C] 46,0
Temperatura da solução fraca do absorvedor [°C] 34,5
Temperatura da água gelada de entrada [°C] 7,0
Temperatura da água gelada de saída [°C] 12,5
Temperatura interna do evaporador [°C] 3,9
Temperatura interna do condensador [°C] 36
Temperatura da água fria de saída do condensador [°C] 35
Fonte: Yazaki, 2003.
A partir desses dados apresentados na Tabela 6.12, pode ser analisado o comportamento
dos coeficientes globais de transferência de calor dos trocadores do chiller, a partir das
correlações escolhidas para a determinação dos coeficientes convectivos externos e internos, que
posteriormente serão utilizados na comparação dos dados gerados pelo modelo, com os dados
experimentais obtidos do chiller em estudo.
Da análise previa deste componente, verificou-se que o coeficiente que governa o processo
de transferência de calor no gerador é o coeficiente convectivo interno (água quente), por este
motivo optou-se por verificar o comportamento do coeficiente global de transferência de calor do
gerador quando submetido à variação na temperatura média da água quente dentre os valores
reais de operação. A Figura 6.15 mostra a variação do coeficiente global de transferência de calor
do gerador em função da temperatura média da água quente, considerando uma vazão de 2,4 kg/s,
diâmetro de 4 cm, e uma temperatura da solução de 60°C e vazão de solução de 0,20 kg/s.
Pode-se perceber que há uma tendência de crescimento linear positiva do Coeficiente
Global com o aumento da temperatura média do fluido interno (água quente). O aumento na
temperatura provoca uma variação nas propriedades termofísicas do fluido, que altera o número
de Reynolds e de Prandtl, aumentando o número de Nusselt, e portanto, incrementado o
coeficiente convectivo interno. Deve-se observar que uma variação de 25ºC na temperatura,
provoca um aumento em torno de 5% no valor do U.
107
Figura 6.15. Coeficiente global de transferência de calor do gerador em função da temperatura média da água quente,
considerando uma vazão da água de 2,40 kg/s, e diâmetro de 4 cm.
3,5
3
U [kW/m2-K]
2,5
2
1,5
1
0,5
0
60 70 80 90 100
T [°C]
Figura 6.16. Coeficiente global de transferência de calor do evaporador em função da temperatura média da água
gelada, considerando uma vazão da água de 1,52 kg/s, e diâmetro de 4 cm.
3,5
3
U [kW/m2-K]
2,5
2
1,5
1
0,5
0
4 9 14 19 24
T [°C]
108
Figura 6.17. Coeficiente global de transferência de calor do condensador em função da temperatura média da água
fria, considerando uma vazão da água de 5,08 kg/s, e diâmetro de 5 cm.
4
3,5
U [kW/m2-K]
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
18 23 28 33 38
T [°C]
Para a simulação deste coeficiente, foram variados dois parâmetros importantes no processo
de absorção, a temperatura média da solução e a concentração dentre os valores reais de
operação, já que estas duas propriedades, modificam de forma diferente, o comportamento do
coeficiente global ao longo do transiente do processo de absorção.
A Figura 6.18 mostra a variação do coeficiente global de transferência de calor do
absorvedor em função da concentração da solução, considerando uma vazão de solução de 0,20
kg/s, diâmetro de 5 cm, e uma temperatura média da água fria de 31°C e da solução de 40°C.
Figura 6.18. Coeficiente global de transferência de calor do absorvedor em função da concentração da solução,
considerando uma vazão da solução de 0,22 kg/s, diâmetro de 5 cm e temperatura média da solução de 40°C.
2
1,8
1,6
1,4
U [kW/m2-K]
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
48 50 52 54 56 58 60 62
X [%]
Figura 6.19. Coeficiente global de transferência de calor do absorvedor em função da temperatura média da solução,
considerando uma vazão da solução de 0,22 kg/s, diâmetro de 5 cm e concentração de 55%.
2
1,8
1,6
U [kW/m2-K]
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
28 30 32 34 36 38 40 42
T [°C]
Figura 6.20. Coeficiente global de transferência de calor do trocador de solução em função da concentração forte da
solução, considerando uma vazão da solução forte e fraca de 0,20 e 0,22 kg/s, e concentração fraca de 55 % e
temperatura de 60°C.
1
0,8
U [kW/m2-K]
0,6
0,4
0,2
0
54 56 58 60 62 64 66
Concentração Forte [%]
111
Como as vazões são fixas a temperatura e a solução baixa também, verifica-se que a
variação da concentração forte altera pouco o coeficiente global.
Figura 6.21. Coeficiente global de transferência de calor do trocador de solução em função da concentração fraca da
solução, considerando uma vazão da solução forte e fraca de 0,20 e 0,22 kg/s, e concentração forte de 60 % e
temperatura de 60°C.
1
0,8
U [kW/m2-K]
0,6
0,4
0,2
0
48 50 52 54 56 58 60 62
Concentração Fraca [%]
Por outro lado, como as vazões também fixas, a temperatura também, e desta vez a solução
forte mantida constante, verifica-se que a variação da concentração fraca provocou uma variação
no coeficiente global em torno de 50%, e que o coeficiente convectivo da solução fraca é muito
maior para valores em torno de 50%, porém, o coeficiente de convecção da solução forte governa
a troca de calor convectiva, e que essa influência vai diminuindo na medida que a solução fraca
vai assumindo teores mais altos de concentração, fazendo com que a curva do coeficiente global
seja decrescente.
Figura 6.22. Coeficiente global de transferência de calor do trocador de solução em função da temperatura média da
solução, considerando uma vazão da solução forte e fraca de 0,20 e 0,22 kg/s, e concentração fraca e forte de 55 e
60%, respectivamente.
1
0,8
U [kW/m2-K]
0,6
0,4
0,2
0
38 43 48 T [°C] 53 58
Como as vazões são fixas e as soluções fracas e fortes também são mantidas constantes,
condições essas que representadas num ponto da Figura 6.21, mostra que valores de temperatura
mais baixo do que aquela condição fazem o coeficiente global decrescer, pela influência da
temperatura nos parâmetros termo físicos da solução.
112
(6.1)
onde;
Toda a análise feita até aqui teve o intuito de mostrar que em operação, em função de
variação nos principais parâmetros de entrada, o coeficiente global de transferência de calor varia
linearmente e tenta demonstrar a importância da variação destes coeficientes ao longo do ciclo de
refrigeração por absorção, e consequentemente, na capacidade de refrigeração.
Para a determinação dos coeficientes globais de transferência de calor do fabricante, foram
utilizados os dados apresentados na Tabela 6.12, ou seja, temperaturas e fluxos de calor, e com
estes, através da utilização da equação características dos trocadores, Equação 6.1, foram
determinados os coeficientes globais de transferência de calor por unidade de área (UA).
Na Tabela 6.13 apresenta-se a comparação entre os valores dos coeficientes globais de
transferência de calor calculados pelas correlações dos coeficientes convectivos selecionados, e
os calculados com os dados fornecidos pelo fabricante, para a condição específica, descrita na
Tabela 6.12.
Tabela 6.13. Comparação dos coeficientes globais fornecidos pelo fabricante e simulados pelas correlações.
Fabricante [kW/ K] Simulados [kW/ K] Erro
Componentes
(YAZAKI, 2003) (Correlações) Relativo (%)
Evaporador 6,517 7,0616 -8,3601
Condensador 10,500 10,8153 -3,0024
Gerador 13,79 15,2731 -10,7550
Absorvedor 7,879 7,5202 4,5539
Trocador da Solução 0,4221 0,3827 9,3322
113
Pode-se perceber, segundo a Tabela 6.13, que os valores obtidos através das correlações
dos coeficientes convectivos, apresentam erro máxima de 10,75 % quando comparados com os
fornecidos pelo fabricante. Esta ampla faixa, de 9,33% a - 10,75% é devido a diversos fatores
tais como, erros implícitos das correlações empíricas específicas para o chiller em estudo, na
aproximação do coeficiente de incrustação (FLORIDES et al., 2003), erros aleatórios nas
medições do fabricante, não especificados, e dados operacionais internos da solução e o
refrigerante. Porém, esta faixa de erro é pequena, quando se sabe que algumas correlações têm
uma imprecisão muito maior. As correlações escolhidas, permitem simular os coeficientes
globais do chiller de absorção, sendo os mesmos capazes de serem atualizados ao longo do
processo transitório, já que na realidade a área de cada componente é fixa, e o coeficiente global
(U) é variável para o processo, ajustando-se, segundo às condições que lhe forem impostas.
6.4. Comportamento dos fluxos de calor e do COP do chiller WFC- SC10 em regime
permanente, segundo os dados do fabricante
Figura 6.23. Variação dos fluxos de calor e COP do chiller de absorção em função da temperatura fria de entrada,
segundo procedimento do Fabricante, considerando a temperatura da água quente de entrada de 88°C e temperatura
da água gelada de saída de 7°C, vazões de água fria, quente e gelada de 5,08 kg/s, 2,42 kg/s e 1,52 kg/s,
respectivamente.
120 0,715
100 0,71
80
COP [-]
Q [kW]
0,705
60
0,7
40
20 0,695
0 0,69
26 27 28 29 30 31 32
Temperatura fria de entrada [°C]
Na Figura 6.24 mostra-se a variação dos fluxos de calor e COP em função da variação da
temperatura quente de entrada.
Figura 6.24. Variação dos fluxos de calor e COP do chiller de absorção em função da temperatura quente de entrada,
segundo procedimento do Fabricante, considerando a temperatura da água fria de entrada de 27°C e temperatura da
água gelada de saída de 7°C, vazões de água fria, quente e gelada de 5,08 kg/s, 2,42 kg/s e 1,52 kg/s,
respectivamente.
140 0,76
120
0,74
100
COP [-]
Q [kW]
80 0,72
60 0,7
40
0,68
20
0 0,66
75 80 85 90 95 100
Temperatura quente de entrada [°C]
Gerador [kW] Evaporador [kW] Torre [kW] COP
Nesta seção será apresentada uma breve descrição dos ensaios realizados para a coleta de
dados com equipamento comercial (ensaios experimentais), com o objetivo de compará-los com
os dados calculados pelo modelo de simulação de chiller de absorção de simples efeito em
regime transitório.
Esta coleta de dados experimentais, foi realiada no laboratório de microgeração da UFPE.
Neste laboratório encontra-se o sistema de geração de energia elétrica e térmica, além de constar
com um sistema central de aquisição, monitoramento e armazenamento de dados. O sistema
supervisório foi criado no software comercial Elipse Scada.
Os equipamentos principais utilizados nos ensaios experimentais foram; uma microturbina
Capstone de 30 kW, um recuperador de calor, de tecnologia regional, um termoacumulador de
118
água quente e outro de água gelada, um chiller de absorção de 10TR, do tipo WFC-SC10 da
Yazaki, uma torre de resfriamento, e um sistema de bombeamento para os circuitos de água.
Como instrumentos de medição, tem-se os termopares, responsáveis pelas medições de
temperatura do sistema, os quais são do tipo J, (liga de ferro – constatam), com faixa de
temperatura (entre -270 a 760 ºC). Os termopares foram instalados estrategicamente, nas entradas
e saídas dos circuitos de água fria, quente e gelada, como pode ser visualizado na Figura 7.1, para
as medições reais do sistema. Há outros termopares instalados no laboratório, mas não foram
interesse deste trabalho experimental.
Figura 7.1. Ponto de medição de temperatura dos circuitos de água externa, utilizados no laboratório de
microgeração (Cogencasa). a) Água fria. b) água quente. c) Água gelada.
Figura 7.1. a) Água Fria.
Também foi utilizado um medidor de vazão, mostrado na Figura 7.2a, fornecido pelo
fabricante do chiller, que permite medir e configurar as vazões dos circuitos de água fria, quente
119
e gelada do sistema, dentro dos limites estabelecidos (especificações nominais) para seu
funcionamento. Cada entrada e saída dos circuitos de água quente, gelada e fria, ha uma válvula
de teste de pressão, mostrada na Figura 7.2b, para a realizar a leitura de diferença de pressão, por
meio do manômetro.
Figura 7.2. a) Manômetro de diferença de pressão usado para a determinação da vazão real nos circuitos de
água do chiller. b). Tomada de leitura de pressão usada para medir a vazão e diferença de pressão dos circuitos de
água do chiller.
Para simular o transiente do chiller de absorção, com o objetivo de preparar os dados para a
validação do modelo do chiller de absorção, foi introduzida uma perturbação térmica na água
gelada, através do aquecimento da água contida no tanque de termoacumulação (água gelada),
por meio de um grupo de resistências elétricas, como é mostrado na Figura 7.3, para simular a
carga térmica, a ser refrigerada, pelo sistema de refrigeração por absorção.
Figura 7.3. Reservatório de armazenamento de água gelada, e resistências elétricas instaladas para a
simulação da carga térmica do chiller de absorção, usado no laboratório Cogencasa.
quente. A Figura 7.4 mostra o conjunto de equipamentos de geração de energia elétrica e térmica,
que representa a fonte de energia para o acionamento do chiller.
Figura 7.4. Esquema dos componentes que geram a energia de acionamento do chiller instalado no laboratório.
O ensaio era iniciado com o fornecimento de água quente ao gerador do chiller de absorção
através do circuito de água quente. Esta água quente era produzida pelo conjunto de geração de
energia elétrica e térmica, mostrado na Figura 7.4. A energia elétrica gerada é repassada à rede
universitária, e a energia dos gases quente de combustão transformada em água quente, através
121
do recuperado de calor (circuito de água e gases). Para colocar o chiller em funcionamento era
necessário atingir uma temperatura mínima de água quente. No laboratório esta temperatura esta
configurada num valor de 80 °C, aproximadamente. Esta valor se encontrava acima do valor
estabelecido pelo fabricante devido ao margem de tolerância estipulado para a partida do sistema
de refrigeração por absorção.
Inicialmente, o sistema funcionava em vazio, ou seja, retirando a carga térmica da água do
termoacumulador de água gelada, e se esperava até atingir regime permanente. Quando este
estado era atingido, de aproximadamente 2 horas, era introduzida a carga térmica constante por
meio das resistências colocadas no termoacumulador, mostradas na Figura 7.3, para simular o
processo real transiente do sistema de absorção. O objetivo era simular a perturbação no sistema,
que mostra o comportamento dinâmico do chiller. Esta perturbação foi percebida pelos circuitos
de água quente, fria e gelada, e portanto, pelo circuito interno de solução e refrigerante. É
importante lembrar que não foi possível medir parâmetros internos de temperatura e pressão neste
circuito, devido às limitações do equipamento comercial instalado no laboratório. A Figura 7.5
mostra o esquema representativo do procedimento utilizado para avaliar, experimentalmente, o
comportamento dinâmico do chiller quando submetido a uma carga térmica.
Figura 7.5. Esquema representativo do procedimento de carga térmica utilizado para avaliar o comportamento
dinâmico do chiller de absorção instalado no laboratório de microcogeração Cogencasa.
O segundo método de validação foi feito com o chiller operando em regime transitório.
Nesta maneira, se comparou os dados medidos no chiller de absorção em operação, com os
resultados preditos pelo modelo. Essa parte de medição foi realizada através de ensaios com o
equipamento comercial, ou seja, o chiller YAZAKI modelo WFC-SC10, executados no
Laboratório de Cogeração do Departamento de Engenharia Mecânica da UFPE.
Uma terceira maneira, foi a comparação de dados padrões nominais em regime transitório,
considerando as condições normais de operação do chiller, mostradas na Tabela 7.12 e 7.13. A
ideia desta parte, foi fornecer resultados segundo as condições padrões do chiller em operação,
para as quais, o equipamento tem uma melhor performance (YAZAKI, 2003; LABUS et al.,
2012; MONNÉ et al., 2011), a partir dos dados experimentais de entrada coletados no
laboratório. Foram consideradas as diferenças de temperaturas dos circuitos de água fria, quente e
gelada de acordo com os valores normais (padrões) de operação fornecidos pelo fabricante. Estas
diferenças entre as entradas e saídas do circuitos de água foram de 5, 4 e 5,5 °C, para a água
quente, fria e gelada, respectivamente. Esta forma de validação permite avaliar o comportamento
do modelo desenvolvido em prever as condições padrões de operação do chiller comercial para as
quais o equipamento fornece uma melhor performance em termos energéticos de operação.
Tabela 7.2. Comparação entre os valores fornecidos pelo fabricante e os simulados para o chiller WFC-SC10.
Parâmetros Modelo Fabricante Erro (%)
COP (-) 0,725 0,735 1,36
Temperatura de saída da água quente (°C) 83,69 83,000 0,83
Temperatura de saída da água gelada (°C) 7,66 7,000 9,45
Temperatura de saída da água fria (°C) 33,96 34,000 0,12
Esta comparação foi realizada com os dados coletados no dia 22 de maio de 2013. As
vazões medidas nos circuitos de água gelada, fria e quente, foram 1,80; 5,10 e 2,42 kg/s,
respectivamente, foram obtidas seguindo o procedimento recomendado no manual do fabricante,
que está apresentado no Apêndice 3. Entretanto, observa-se que a vazão da água gelada é
diferente das condições padrões de funcionamento, especificadas no referido Apêndice. A
comparação dos resultados simulados e os dados experimentais foi analisada através dos dados
coletados no experimento no Laboratório de Cogeração, por meio da perturbação introduzida ao
termo acumulador de água gelada, como foi explanado anteriormente. Estes resultados
confrontam a capacidade do modelo de reproduzir o comportamento do chiller em regime
transitório considerando os coeficientes globais constantes, mostrados na Tabela 6.12, ao longo
do processo. Este tipo de procedimento foi utilizados em diferentes trabalhos da literatura
(KOHLENBACH e ZIEGLER, 2008; MYAT et al., 2011; EVOLA et al., 2013; KIM e PARK,
2007)
Nos gráficos mostrados nas seguintes figuras, as em curvas azul e verde são obtidas com os
dados medidos de temperaturas nas saídas e entradas do chiller, nos três circuitos externos, e as
curvas em vermelho foram traçadas com os dados gerados pelo modelo de simulação do chiller.
Figura 7.6. Comparação das temperaturas do circuito de água quente considerando os coeficientes globais constantes,
mostrados na tabela 6.12, ao longo do processo, considerando as vazões medidas dos circuitos de água gelada, fria e
quente, de 1,80; 5,10 e 2,42 kg/s respectivamente, e as condições mostradas na tabela 7.1.
95
90
85
80
T [°C]
75
70 θ_quente_en [°C]
65 θ_quente_sai [°C]
60 θ_quente_sai_exp [°C]
55
50
0 5000 10000 15000 20000
tempo [seg]
Figura 7.7. Comparação das temperaturas do circuito de água gelada considerando os coeficientes globais constantes,
mostrados na tabela 6.12, ao longo do processo, considerando as vazões medidas dos circuitos de água gelada, fria e
quente, de 1,80; 5,10 e 2,42 kg/s respectivamente, e as condições mostradas na tabela 7.1.
20
18
16
14
12
T [°C]
10
8
θ_gelada_en [°C]
6
θ_gelada_sai [°C]
4
2 θ_gelada_sai_exp [°C]
0
0 5000 10000 15000 20000
tempo [seg]
A Figura 7.7 mostra que as flutuações dos resultados simulados e experimentais da água
gelada tem o comportamento similar, com um pequeno desvio no início do processo, devido ao
fato do processo numérico de ajuste no inicio da simulação. Nesta figura ocorre a variação de
carga térmica do chiller. Inicialmente, a temperatura da água gelada encontra-se a uma
temperatura ambiente, e o chiller começa a diminuir a temperatura ate um ponto de estabilidade,
de aproximadamente 14°C. Neste momento, foi introduzida a carga térmica, ocasionando um
aumento na temperatura da água gelada e a medida que o processo transcorre, o chiller vai
retirando esta carga térmica constante, até atingir novamente o novo estado de estabilidade, em
aproximadamente 16°C e 12°C das temperaturas de entrada e saída medidas, respectivamente.
Pode-se perceber que há um acompanhamento do fenômeno dinâmico a medida ao longo de todo
o processo para as temperaturas medidas e simuladas pelo modelo do chiller de absorção.
A Figura 7.8 mostra o comportamento das temperaturas da água fria do chiller.
Figura 7.8. Comparação das temperaturas do circuito de água fria considerando os coeficientes globais constantes,
mostrados na tabela 6.12, ao longo do processo, considerando as vazões medidas dos circuitos de água gelada, fria e
quente, de 1,80; 5,10 e 2,42 kg/s respectivamente, e as condições mostradas na tabela 7.1.
40
35
30
25
T [°C]
20
θ_fria_en [°C]
15
θ_fria_sai [°C]
10 θ_fria_sai_exp [°C]
5
0
0 5000 10000 15000 20000
tempo [seg]
126
As Figuras 7.6, 7.7 e 7.8 também mostram variações de temperatura nos três circuitos de
água, sendo maior no inicio do processo, e estabilizando-se à medida que o sistema se ajusta ao
regime de trabalho ou permanente.
Para o circuito de água quente a maior diferença foi de 1,8 °C aproximadamente. Para o
circuito de água gelada a maior diferença foi menor de 1,7 °C aproximadamente, e para o circuito
de água fria a maior diferença foi de 0,8 °C, sendo este circuito o que apresenta a menor
diferença ao longo do processo de absorção.
Estas diferenças entre os valores experimentais e simulados das temperaturas dos diferentes
circuitos de água do chiller se deve provavelmente à consideração de coeficientes globais de
transferência de calor constantes ao longo do processo, e as incertezas das medições dos ensaios
executados no Laboratório.
As maiores diferenças ocorrem nos circuitos da água quente e da água gelada, onde tem
mudança de fase, e de certa forma tem maior influência na transferência de calor. Porém, estas
diferenças são mínimas se considerado a complexidade do sistema de refrigeração por absorção.
Em termos de erro relativo, estas divergências representam um máximo de 15% e mínimo de 2%,
resultados bons para o modelo numérico de um chiller de absorção.
Esta comparação foi realizada com os dados coletados no dia 22 de maio de 2013. Foram
colocadas as mesmas vazões do item anterior, ou seja, vazões dos circuitos de água gelada, fria e
quente, de 1,80; 5,10 e 2,42 kg/s respectivamente. O valor da vazão da água gelada foi mantido
no mesmo valor do item anterior e, introduzida como condição de contorno do modelo. Com a
diferença que o coeficiente U, nessa comparação foi mantido constante. A comparação dos
resultados simulados e os dados experimentais foi analisada da mesma forma ao item 7.2.2.1. Os
resultados da simulação utilizando os dados experimentais como entrada do modelo são
apresentados nas figuras 7.9, 7.10 e 7.11.
Figura 7.9. Comparação das temperaturas do circuito de água quente considerando os coeficientes globais variáveis
ao longo do processo, considerando as vazões medidas dos circuitos de água gelada, fria e quente, de 1,80; 5,10 e
2,42 kg/s respectivamente, e as condições mostradas na tabela 7.1.
95
90
85
80
T [°C]
75
70 θ_quente_en [°C]
65 θ_quente_sai [°C]
60 θ_quente_sai_exp [°C]
55
50
0 5000 10000 15000 20000
tempo [seg]
127
Figura 7.10. Comparação das temperaturas do circuito de água gelada considerando os coeficientes globais variáveis
ao longo do processo, considerando as vazões medidas dos circuitos de água gelada, fria e quente, de 1,80; 5,10 e
2,42 kg/s respectivamente, e as condições mostradas na tabela 7.1.
20
18
16
14
12
T [°C]
10
8
θ_gelada_en [°C]
6
θ_gelada_sai [°C]
4
2 θ_gelada_sai_exp [°C]
0
0 5000 10000 15000 20000
tempo [seg]
As Figuras 7.9, 7.10 e 7.11 mostram variações de temperatura nos três circuitos de água,
sendo maior no inicio do processo, e estabilizando-se à medida que o sistema se ajusta ao regime
de trabalho ou permanente.
Apesar do chiller está funcionando com a vazão da água gelada diferente da condição de
operação padrão, observou-se uma melhora substancial entre os dados numéricos e
experimentais.
128
Figura 7.11. Comparação das temperaturas do circuito de água fria considerando os coeficientes globais variáveis ao
longo do processo, considerando as vazões medidas dos circuitos de água gelada, fria e quente, de 1,80; 5,10 e 2,42
kg/s respectivamente, e as condições mostradas na tabela 7.1.
40
35
30
25
T [°C]
20
θ_fria_en [°C]
15 θ_fria_sai [°C]
10 θ_fria_sai_exp [°C]
5
0
0 5000 10000 15000 20000
tempo [seg]
Para o circuito de água quente a maior diferença foi de 1,0 °C aproximadamente. Para o
circuito de água gelada a maior diferença foi de 0,9 °C aproximadamente, e para o circuito de
água fria a maior diferença foi de 0,2 °C, sendo novamente, este circuito, o que apresenta a
menor diferença ao longo do processo de absorção.
Em termos de erro relativo, estas divergências representam um máximo de 9% e mínimo de
0,2%, resultados bons para o modelo numérico de um chiller de absorção. Houve uma
diminuição sensível no erro entre os valores experimentais e simulados. Desta forma, percebe que
o modelo pode reproduzir de forma eficiente o comportamento do chiller de absorção desde o
inicio do transiente até o processo de regime permanente.
A atualização dos coeficientes globais de transferência de calor ao longo do processo,
forneceu resultados mais próximos dos experimentais, diminuindo o erro relativo máximo em 6%
e o mínimo em 0,8%, o que equivale a dizer que as diferenças absolutas entre os resultados
calculados pelo modelo e coletados nos ensaios experimentais, de menores a 0,9 °C, 0,8 °C, e 0,6
°C para os circuitos de água gelada, quente e fria, respectivamente. É importante enfatizar, que a
atualização dos coeficientes globais de transferência de calor ao longo do processo de absorção, é
necessária para estimar valores mais próximos da realidade do sistema. Além de permitir
estabelecer limites mais amplos de operação do chiller através do sistema de controle do
equipamento. Esta ferramenta também pode ser utilizada de forma mais adequada na otimização
de parâmetros de operação que permitam encontrar os pontos máximos e mínimos do chiller de
absorção em função da capacidade de refrigeração.
Esta comparação foi realizada com os dados coletados no dia 23 de maio de 2013. Neste
experimento foram utilizados os dados da condição de operação padrão onde a capacidade de
129
Figura 7.12. Comparação das temperaturas do circuito de água quente considerando os coeficientes globais variáveis
ao longo do processo, considerando as vazões medidas dos circuitos de água gelada, fria e quente, de 1,52; 5,10 e
2,42 kg/s respectivamente, e as condições mostradas na tabela 7.1.
95
90
85
80
T [°C]
75
70 θ_quente_en [°C]
65
θ_quente_sai [°C]
60
55 θ_quente_sai_exp [°C]
50
0 5000 10000 15000 20000
tempo [seg]
Pode-se visualizar uma melhora ainda maior em relação à simulação feita nas condições
padrão de operação considerando o U constante, com o mesmo experimento. O sincronismo dos
resultados é evidente para os três circuitos de água, apresentados um leve desvio, mas sendo
menor a medida que o processo estabiliza.
A Figura 7.13 mostra o comportamento dos perfis de temperaturas de entrada e saída da
água gelada ao longo do processo dinâmico do chiller.
Figura 7.13. Comparação das temperaturas do circuito de água gelada considerando os coeficientes globais variáveis
ao longo do processo, mostrados na tabela , considerando as vazões medidas dos circuitos de água gelada, fria e
quente, de 1,52; 5,10 e 2,42 kg/s respectivamente, e as condições mostradas na tabela 7.1.
25
20
15
T [°C]
10
θ_gelada_en [°C]
5 θ_gelada_sai [°C]
θ_gelada_sai_exp [°C]
0
0 5000 10000 15000 20000
tempo [seg]
130
Esta figura tem um comportamento similar às Figuras 7.7 e 7.10, a única diferença é a
introdução dos coeficientes globais de transferência de calor variáveis no modelo e a variação da
vazão da água gelada para um valor próximo do ponto recomendado pelo fabricante. Estas
variações proporcionam uma melhor aproximação entre os resultados medidos e simulados.
As Figuras 7.12, 7.13 e 7.14 mostram variações de temperatura nos três circuitos de água,
sendo maior no início do processo, e estabilizando-se à medida que o sistema se ajusta ao regime
de trabalho ou permanente. As maiores diferenças encontradas forem no circuito de água quente
com valores em torno de 3,5 °C e a menor de 0,2 °C para a água fria. Para o circuito de água
gelada a maior diferença é de 1,2 °C e a menor de 0,68 °C aproximadamente.
Figura 7.14. Comparação das temperaturas do circuito de água fria considerando os coeficientes globais variáveis ao
longo do processo, considerando as vazões medidas dos circuitos de água gelada, fria e quente, de 1,52; 5,10 e 2,42
kg/s respectivamente, e as condições mostradas na tabela 7.1.
40
35
30
25
T [°C]
20
θ_fria_en [°C]
15 θ_fria_sai [°C]
10 θ_fria_sai_exp [°C]
5
0
0 5000 10000 15000 20000
tempo [seg]
Figura 7.15. Comparação das temperaturas do circuito de água quente considerando os coeficientes globais variáveis
ao longo do processo, considerando as vazões medidas dos circuitos de água gelada, fria e quente, de 1,52; 5,10 e
2,42 kg/s respectivamente, e as condições mostradas na tabela 7.1.
95
90
85
80
T [°C]
75
70
65
θ_quente_en [°C]
60
θ_quente_sai [°C]
55
θ_quente_sai_exp [°C]
50
0 5000 10000 15000 20000
tempo [seg]
Para o caso nominal transiente do chiller de absorção, pode se perceber uma excelente
melhoria com as utilização dos dados médios de diferenças de temperaturas dos trocadores de
calor. O sincronismo dos resultados foi similar aos anteriores para os três circuitos de água, mas
as diferenças entre as temperaturas simuladas e experimentais nominais foram mínimas ao longo
do processo de operação, como mostrado nas Figuras 7.15, 7.16 e 7.17.
A Figura 7.16 mostra o comportamento dos perfis de temperaturas de entrada e saída da
água gelada ao longo do processo dinâmico do chiller para o caso de valores nominais.
Figura 7.16. Comparação das temperaturas do circuito de água gelada considerando os coeficientes globais variáveis
ao longo do processo, considerando as vazões medidas dos circuitos de água gelada, fria e quente, de 1,52; 5,10 e
2,42 kg/s respectivamente, e as condições mostradas na tabela 7.1.
20
18
16
14
12
T [°C]
10
8
6 θ_gelada_en [°C]
4 θ_gelada_sai [°C]
2 θ_gelada_sai_exp [°C]
0
0 5000 10000 15000 20000
tempo [seg]
132
Esta figura tem um comportamento similar às Figuras 7.7, 7.10 e 7.13. A maior diferença
foi encontrada na água quente com um valor médio de 0,7 °C e a menor para o circuito de água
fria com um valor médio de 0,2 °C.
A Figura 7.17 mostra o comportamento dos perfis de temperaturas de entrada e saída da
água fria ao longo do processo dinâmico do chiller, para o caso de valores nominais.
Figura 7.17. Comparação das temperaturas do circuito de água fria considerando os coeficientes globais variáveis ao
longo do processo, considerando as vazões medidas dos circuitos de água gelada, fria e quente, de 1,52; 5,10 e 2,42
kg/s respectivamente, e as condições mostradas na tabela 7.1.
40
35
30
25
T [°C]
20
θ_fria_en [°C]
15 θ_fria_sai [°C]
10 θ_fria_sai_exp [°C]
5
0
0 5000 10000 15000 20000
tempo [seg]
Com esta última simulação pode-se finalizar que o modelo implementado para o estudo
dinâmico do chiller de absorção de 10TR, é apropriado e coerente, já que permite simular de
forma consistente o comportamento real do sistema de absorção.
Em todos os gráficos das temperaturas de saída geradas pelo modelo, mostram-se um leve
desvio no inicio do processo. Esta variação, deve-se ao processo de ajuste numérico inicial dos
parâmetros simulados no processo dinâmico de absorção. O modelo inicialmente, através das
condições iniciais selecionadas, tende variar levemente até atingir as condições de ajuste do
processo, adaptando-se conforme as temperaturas e concentrações forem calculadas. A pesar
disto, o modelo é capaz de ajustar-se às condições de perturbação impostas. É bom lembrar, que
este desvio, pode ser ocasionado pela inércia térmica do processo, porém, não influência
diretamente nos resultados, já que o modelo tende a minimizar este efeito de forma quase
imediata, e que as diferenças entre os valores medidos e simulados foram mínimas para
praticamente a totalidade da simulação.
Em referência aos resultados validados com os dados padrões do equipamento comercial
(chiller de Absorção WFC-SC10), apresentaram um melhor comportamento, ou seja, uma menor
diferença entre os resultados fornecidos pelo modelo, já que o comportamento levantado pelo
fabricante, foi realizado considerando condições de controle de temperatura e umidade
133
especificas. Porém, mesmo com estes dados padrões, foram visualizadas diferenças entre os
resultados calculados e padrões, devido aos erros das correlações dos coeficientes convectivos,
fatores de incustração, simplificações do modelo, e ajustes numéricos no processo de simulação.
Ressaltar que foi comprovada uma maior diferença para os casos com valores medidos em
operação do chiller de absorção, é necessário para o entendimento do modelo dinâmico
desenvolvido para os processos de refrigeração por absorção. Pode-se perceber que as
temperaturas calculadas pelo modelo sempre foram maiores às temperaturas medidas no chiller
de absorção. Esta diferença pode ser vinculada às incrustações nos circuitos de água gelada e
quente, que devido à qualidade da água, foram acumulando sujeiras, aumentando a resistência
térmica e diminuindo a capacidade de troca de calor. O modelo não tem como perceber este
efeito, já que para levá-lo em consideração deveríamos medir exatamente o valor deste parâmetro
em operação. Porém, apesar deste efeito, o modelo se comporta de forma eficiente e com uma
precisão boa, principalmente, quando foram variados os coeficientes convectivos dos trocadores
de calor do chiller.
Sintetizando, pode-se dizer que vários fatores influenciaram nos resultados, tais como a
qualidade da água que circula nos circuitos de água quente, gelada e fria, e incertezas e erros de
medição nos dados coletados no laboratório.
Tabela 8.1. Condições iniciais selecionadas para o estudo dos casos simulados do chiller de absorção.
Caso 1 Caso 2 Caso 3 Caso 4
Concentrações (%) Concentrações (%) Concentrações (%) Concentrações (%)
Forte 61 Forte 61 Forte 61 Forte 55
Fraca 54 Fraca 54 Fraca 54 Fraca 55
Vazões (kg/s) Vazões (kg/s) Vazões (kg/s) Vazões (kg/s)
Forte 0,24 Forte 0,24 Forte 0,24 Forte 0,24
Fraca 0,22 Fraca 0,19 Fraca 0,19 Fraca 0,24
Vapor 0,02 Vapor 0,05 Vapor 0,05 Vapor 0,00
Massas (kg) Massas (kg) Massas (kg) Massas (kg)
Ger. 10 Ger. 10 Ger. 10 Ger. 10
Abs. 10 Abs. 10 Abs. 10 Abs. 10
Con. 5 Con. 5 Con. 5 Con. 5
Eva. 5 Eva. 5 Eva. 5 Eva. 5
Temp. Iniciais (°C) Temp. Iniciais (°C) Temp. Iniciais (°C) Temp. Iniciais (°C)
θquente,sai 70 θquente,sai 80 θquente,sai 90 θquente,sai 30
θfri\,sai 35 θfri\,sai 35 θfri\,sai 35 θfri\,sai 31
θgelada,sai 7,0 θgelada,sai 7,0 θgelada,sai 9,5 θgelada,sai 14
Tg 64 Tg 74 Tg 84 Tg 31
Te 5,0 Te 5,0 Te 7,5 Te 14
Tc 44 Tc 44 Tc 44 Tc 31
Ta 48 Ta 48 Ta 48 Ta 31
Tabela 8.2. Descrição das variáveis das simulações dos casos (1 - 4).
Variáveis Descrição
θ_quente_en,
Temperatura de entrada e saída da água quente (gerador)
θ_quente_sai
θ_fria_en, θ_fria_sai Temperatura de entrada e saída da água fria (absorvedor)
θ_fria_c_en, θ_fria_c_sai Temperatura de entrada e saída da água fria (condensador)
θ_gelada_en,
Temperatura de entrada e saída da água gelada (evaporador)
θ_gelada_sai
Temperaturas médias dos circuitos de água do gerador,
θg, θa, θc, θe
absorvedor, condensador e evaporador
Temperaturas internas médias do gerador, absorvedor,
Tg, Ta, Tc, Te
condensador e evaporador
Q_θg Fluxo de calor da água quente do gerador
Q_θa Fluxo de calor da água fria do absorvedor
Q_θc Fluxo de calor da água fria do condensador
Q_θe Fluxo de calor da água gelada do evaporador
Fluxo de calor do gerador devido à equação característica do
Q_ug
trocador
Fluxo de calor do absorvedor devido à equação característica
Q_ua
do trocador
Fluxo de calor do condensador devido à equação característica
Q_uc
do trocador
Fluxo de calor do evaporador devido à equação característica
Q_ue
do trocador
Q_sol_g Fluxo de calor do lado da solução do gerador
Q_sol_a Fluxo de calor do lado da solução do absorvedor
Q_ref_c Fluxo de calor do lado do refrigerante do condensador
Q_ref_e Fluxo de calor do lado do refrigerante do evaporador
Mg Massa de solução do gerador
Ma Massa de solução do absorvedor
X_fo Concentração da solução forte
X_fr Concentração da solução fraca
m_fo Vazão da solução forte
m_fr Vazão da solução fraca
m_v_g Vazão de vapor refrigerante
P_alta Pressão de alta
P_baixa Pressão de baixa
variável, modificando os perfis das temperaturas dos circuitos de água, solução e refrigerante
do sistema. Esta flutuação introduzida, leva ao aumento do calor fornecido pelo gerador
(Figura 8.6), fazendo que a produção de vapor seja maior em aproximadamente 0,004 kg/s
(Figura 8.11), e, portanto aumentando a troca de calor do evaporador (Figura 8.8).
Figura 8.1. Perfis de temperaturas internas e externas do gerador considerando a rampa positiva de 10°C na
temperatura de entrada da água quente (70 a 80°C).
90
85
80
T [°C]
75
θ_quente_en [ºC]
70 θ_g [ºC]
θ_quente_sai [ºC]
65 T_g [ºC]
60
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
tempo [seg]
Esta variação também afeita à quantidade de calor que deve ser dissipada do sistema de
resfriamento do chiller (Figuras 8.7 e 8.9), este fato, pode ser visualizado através do
incremento na temperatura do absorvedor e condensador, em 2,5 °C aproximadamente
(Figuras 8.2 e 8.3), originando um aumento significativo na temperatura da água fria do
sistema, elevando-se em 5°C (Figura 8.3). O aumento das temperaturas do condensador e
absorvedor, é relacionado ao aumento da temperatura da solução dentro do compressor
térmico, devido à maior produção de valor, e portanto, uma modificação significativa nas
concentrações e pressões do chiller, fazendo com que o sistema deva liberar uma parcela
maior de calor para condensar mais vapor para o processo de evaporação e também liberar
mais calor para o processo de absorção de vapor refrigerante na solução BrLi - H2O no
absorvedor. O chiller estudado leva os componentes de liberação de calor dispostos em serie,
ou seja, a temperatura da água fria de entrada (saída da torre de resfriamento) entra no
absorvedor para retirar a primeira parcela de calor, devido ao processo de absorção. A saída
da água fria do absorvedor é direcionada para o condensador, ou seja, a saída desta água fria é
a entrada da água fria no condensador. A água fria, com temperatura maior à de entrada no
absorvedor, retira a segunda parcela de calor do sistema, com o objetivo de condensar o vapor
refrigerante, e seguidamente, esta água é enviada novamente para a torre de resfriamento. Por
este motivo, este tipo de chiller de absorção é considerado em serie, já que a água fria do
sistema passa pelo absorvedor e condensador antes de ser encaminhado à torre de
resfriamento para dissipar o calor ganho no processo, e assim, diminuir a temperatura da água
fria.
Neste trabalho não foi considerado o modelo da torre de resfriamento para a análise, já
que não formava parte da análise.
139
Figura 8.2. Perfis de temperaturas internas e externas do condensador considerando a rampa positiva de 10°C na
temperatura de entrada da água quente (70 a 80°C).
40
38
36
34
32
T [°C]
30
θ_fria_c_en [ºC]
28
θ_c [ºC]
26 θ_fria_c_sai [ºC]
24 T_c [ºC]
22
20
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
tempo [seg]
Figura 8.3. Perfis de temperaturas internas e externas do absorvedor considerando a rampa positiva de 10 °C na
temperatura de entrada da água quente (70 a 80°C).
55
50 θ_fria_en [ºC]
θ_a [ºC]
45 θ_fria_sai [ºC]
T_a [ºC]
T [°C]
40
35
30
25
20
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
tempo [seg]
Figura 8.4. Perfis de temperaturas internas e externas do evaporador considerando a rampa positiva de 10 °C na
temperatura de entrada da água quente (70 a 80°C).
14
12
10
T [°C]
8
6 θ_gelada_en [ºC]
4 θ_e [ºC]
θ_gelada_sai [ºC]
2 T_e [ºC]
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
tempo [seg]
140
Figura 8.5. Perfis de pressões do chiller de absorção considerando a rampa positiva de 10 °C na temperatura de
entrada da água quente (70 a 80°C).
14
12 P_alta [kPa]
10 P_baixa [kPa]
P [kPa]
0
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Figura 6. Fluxos de calor no gerador considerando a rampa positiva de 10 °C na temperatura de entrada da água
quente (70 a 80°C).
80
60
40 Q_sol_g [kW]
Q [kW]
20 Q_ug [kW]
Q_θg [kW]
0
0 2000 4000 6000 8000
-20
-40
-60
tempo [seg]
141
Este fluxos mostrados nas Figuras 8.6 a 8.9, representam os circuitos de água fria,
gelada e quente, considerados estes, externos ao chiller, e os fluxos de calor da solução e
refrigerante considerados fluxos internos do chiller, e os fluxos de interface, ou seja, os fluxos
característicos dos trocadores de calor representados pelos coeficientes globais, as áreas, e das
diferenças entre as temperaturas medias externas e internas.
Figura 8.7. Fluxos do calor no condensador considerando a rampa positiva de 10 °C na temperatura de entrada
da água quente (70 a 80°C).
50
40
30
Q_ref_c [kW]
20 Q_uc [kW]
10 Q_θc [kW]
Q [kW]
0
-10 0 2000 4000 6000 8000
-20
-30
-40
-50
tempo [seg]
Figura 8.8. Fluxos de calor no evaporador considerando a rampa positiva de 10 °C na temperatura de entrada da
água quente (70 a 80°C).
40
30
20
10
Q [kW]
0
0 2000 4000 6000 8000
-10
Q_ref_e [kW]
-20 Q_ue [kW]
-30 Q_θe [kW]
-40
tempo [seg]
Figura 8.9. Fluxos de calor no absorvedor considerando a rampa positiva de 10 °C na temperatura de entrada da
água quente (70 a 80°C).
60
40
Q_sol_a [kW]
20 Q_ua [kW]
Q [kW]
Q_θa [kW]
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
-20
-40
-60
tempo [seg]
142
Do mesmo modo que nas temperaturas dos trocadores de calor, os fluxos de calor
aumentam devido á maior energia fornecida ao chiller, maior energia retirada na água gelada,
e a maior energia dissipada no circuito de resfriamento do sistema, torre de resfriamento.
As Figuras 8.10 e 8.11 mostram os resultados encontrados nos balanços mássicos das
vazões e massas acumuladas nos vasos de chiller. É importante lembrar, que foi considerado
como hipótese inicial, que não há variação de massa no condensador e evaporador, e que só
haverá variação das massas no compressor térmico, ou seja, gerador e absorvedor do chiller.
Esta simplificação foi idealizada, em termos da função dos componentes envolvidos, já que o
compressor térmico governa o sistema de acionamento do chiller, e é o gerador que decide o
acoplamento do sistema e estabilidade do mesmo, determinando a parcela de vapor de
refrigerante que o sistema precisa para produzir água gelada.
Figura 8.10. Variação das massas do gerador e absorvedor considerando a rampa positiva de 10 °C na
temperatura de entrada da água quente (70 a 80°C).
10,8
10,6
10,4
10,2
M [kg]
M_g [kg]
10 M_a [kg]
9,8
9,6
9,4
9,2
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Figura 8.11. Variação das vazões da solução forte, fraca e de vapor do chiller de absorção considerando a rampa
positiva de 10 °C na temperatura de entrada da água quente (70 a 80°C).
0,3
0,25
0,2
m [kg/s]
m_fr [kg/s]
0,15
m_fo [kg/s]
0,1 m_vapor [kg/s]
0,05
0
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
143
Figura 8.12. Variação das concentrações da solução forte e fraca do chiller de absorção considerando a rampa
positiva de 10 °C na temperatura de entrada da água quente (70 a 80°C).
60
59,5
59
58,5
58 X_fo [%]
X [%]
Figura 8.13. Variação do COP considerando a rampa positiva de 10 °C na temperatura de entrada da água quente
(70 a 80°C).
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
COP
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Figura 8.14. Perfis de temperaturas internas e externas do gerador considerando a rampa positiva de 10 °C na
temperatura de entrada da água quente (85 a 95°C).
100
95
90
85
T [°C]
80 θ_quente_en [ºC]
75 θ_g [ºC]
θ_quente_sai [ºC]
70 T_g [ºC]
65
60
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Esta flutuação introduzida, leva ao aumento do calor fornecido pelo gerador (Figura
8.19), fazendo que a produção de vapor seja maior (Figura 8.24), e, portanto aumentando a
troca de calor do evaporador (Figura 8.21), diminuindo a temperatura do evaporador, levando
a um decréscimo da temperatura da água gelada do chiller (Figura 8.17). Esta variação
também afeita à quantidade de calor que deve ser dissipada do sistema de resfriamento do
chiller (Figuras 8.20 e 8.22), visualizada através do incremento na temperatura do absorvedor
e condensador, (Figuras 8.15 e 8.16), originando um aumento significativo na temperatura da
água fria do sistema, (Figura 8.16). A água fria é responsável pelo rejeição do todo o calor
dentro do chiller ao ambiente através da torre de resfriamento.
145
Figura 8.15. Perfis de temperaturas internas e externas do condensador considerando a rampa positiva de 10 °C
na temperatura de entrada da água quente (85 a 95°C).
45
40
35
T [°C]
30 θ_fria_c_en [ºC]
θ_c [ºC]
θ_fria_c_sai [ºC]
25
T_c [ºC]
20
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Como foi especificado no cenário anterior (caso 1), aumentando a energia fornecida ao
chiller, o sistema precisara liberar mais calor para o ambiente para manter o equilíbrio
termodinâmico do sistema de absorção.
Figura 8.16. Perfis de temperaturas internas e externas do absorvedor considerando a rampa positiva de 10 °C na
temperatura de entrada da água quente (85 a 95°C).
55
θ_fria_en [ºC]
50 θ_a [ºC]
θ_fria_sai [ºC]
45
T_a [ºC]
T [°C]
40
35
30
25
20
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Figura 8.17. Perfis de temperaturas internas e externas do evaporador considerando a rampa positiva de 10 °C na
temperatura de entrada da água quente (85 a 95°C).
14
12
10
T [°C]
8
6
θ_gelada_en [ºC]
4 θ_e [ºC]
θ_gelada_sai [ºC]
2 T_e [ºC]
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
tempo [seg]
146
Figura 8.18. Perfis de pressões do chiller de absorção considerando a rampa positiva de 10 °C na temperatura de
entrada da água quente (85 a 95°C).
12
10 P_alta [kPa]
8 P_baixa [kPa]
P [kPa]
6
4
2
0
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Nas Figuras 8.19 a 8.22, são mostrados os fluxos de calor envolvidos nos trocadores do
chiller ao longo do processo dinâmico introduzido pela perturbação de 10 °C ate atingir a
nova condição estacionaria.
Figura 8.19. Fluxos de calor no gerador considerando a rampa positiva de 10 °C na temperatura de entrada da
água quente (85 a 95°C).
100
80
60
Q_sol_g [kW]
40
Q_ug [kW]
Q [kW]
20 Q_θg [kW]
0
-20 0 2000 4000 6000 8000
-40
-60
-80
tempo [seg]
Figura 8.20. Fluxos do calor no condensador considerando a rampa positiva de 10 °C na temperatura de entrada
da água quente (85 a 95°C).
60
40
Q_ref_c [kW]
20 Q_uc [kW]
Q [kW]
0 Q_θc [kW]
0 2000 4000 6000 8000
-20
-40
-60
tempo [seg]
147
Do mesmo modo que nas temperaturas, os fluxos de calor aumentam devido á maior
energia fornecida ao chiller, maior energia retirada na água gelada, e a maior energia
dissipada no circuito de resfriamento do sistema.
Figura 8.21. Fluxos de calor no evaporador considerando a rampa positiva de 10 °C na temperatura de entrada da
água quente (85 a 95°C).
50
40
30
Q_ref_e [kW]
20
Q_ue [kW]
10
Q [kW]
Q_θe [kW]
0
-10 0 2000 4000 6000 8000
-20
-30
-40
-50
tempo [seg]
Figura 8.22. Fluxos de calor no absorvedor considerando a rampa positiva de 10 °C na temperatura de entrada da
água quente (85 a 95°C).
80
60
Q_sol_a [kW]
40
Q_ua [kW]
20 Q_θa [kW]
Q [kW]
0
0 2000 4000 6000 8000
-20
-40
-60
-80
tempo [seg]
As Figuras 8.23 e 8.24 mostram os resultados encontrados nos balanços mássicos das
vazões e massas acumuladas nos vasos de chiller.
Figura 8.23. Variação das massas do gerador e absorvedor considerando a rampa positiva de 10 °C na
temperatura de entrada da água quente (85 a 95°C).
10,6
10,4
10,2
M_g [kg]
M [kg]
10
M_a [kg]
9,8
9,6
9,4
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
148
Figura 8.24. Variação das vazões da solução forte, fraca e de vapor do chiller de absorção considerando a rampa
positiva de 10 °C na temperatura de entrada da água quente (85 a 95°C).
0,3
0,25
0,2
m [kg/s]
A Figura 8.25 mostra a variação das concentrações das soluções forte e fraca do
sistema. Esta variação das concentrações esta vinculada também ao fornecimento de calor no
gerador, e diretamente, à formação de vapor, e à diminuição de massa de solução, alterando a
solução forte para um valor maior (menor água dentro do sistema gerador), e diminuição da
solução fraca (aumento da quantidade de água no sistema absorvedor).
Figura 8.25. Variação das concentrações da solução forte e fraca do chiller de absorção considerando a rampa
positiva de 10 °C na temperatura de entrada da água quente (85 a 95°C).
61
60
59
X [%]
58 X_fo [%]
57 X_fr [%]
56
55
54
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Figura 8.26. Variação do COP considerando a rampa positiva de 10 °C na temperatura de entrada da água quente
(85 a 95°C).
0,9
0,8
0,7
COP0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Figura 8.27. Perfis de temperaturas internas e externas do gerador considerando a rampa negativa de 3 °C na
temperatura de entrada da água gelada (15 a 12°C).
100
95
90
85
T [°C]
80 θ_quente_en [ºC]
θ_g [ºC]
75 θ_quente_sai [ºC]
70 T_g [ºC]
65
60
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
150
Figura 8.28. Perfis de temperaturas internas e externas do condensador considerando a rampa negativa de 3 °C
na temperatura de entrada da água gelada (15 a 12°C).
40
35
T [°C]
30 θ_fria_c_en [ºC]
θ_c [ºC]
θ_fria_c_sai [ºC]
25 T_c [ºC]
20
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Figura 8.29. Perfis de temperaturas internas e externas do absorvedor considerando a rampa negativa de 3 °C na
temperatura de entrada da água gelada (15 a 12°C).
55
θ_fria_en [ºC]
50 θ_a [ºC]
θ_fria_sai [ºC]
45 T_a [ºC]
T [°C]
40
35
30
25
20
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Figura 8.30. Perfis de temperaturas internas e externas do evaporador considerando a rampa negativa de 3 °C na
temperatura de entrada da água gelada (15 a 12°C).
18
16
14
12
T [°C]
10
8
6 θ_gelada_en [ºC]
4 θ_e [ºC]
2 θ_gelada_sai [ºC]
T_e [ºC]
0
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
151
Para estas condições de operação, e devido à forma como foi modelado o sistema,
levando em consideração a produção e acoplamento do chiller em função do compressor
térmico, ou seja, este compressor comanda as ações de produção de água gelada do sistema,
as variações de fluxos de calor do condensador e evaporador são mínimas. Esta modificação
na temperatura da água gelada não é traduzida numa modificação significativa do
comportamento do gerador, já que com a quantidade de energia fornecida na água quente, o
gerador produz suficiente quantidade de vapor refrigerante para atingir as condições de
temperatura da água gelada.
A Figura 8.31 mostra a variação das pressões de alta e baixa do chiller de absorção.
Percebe-se uma leve diminuição da pressão de baixa, devido à diminuição na temperatura do
evaporador, mas na pressão de alta, não é significativa, já que para as condições solicitadas a
energia e massa de vapor for suficiente, deixado esta pressão estável.
Figura 8.31. Perfis de pressões do chiller de absorção considerando a rampa negativa de 3 °C na temperatura de
entrada da água gelada (15 a 12°C).
8
7
6
5
p [kPa]
P_alta [kPa]
4
P_baixa [kPa]
3
2
1
0
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Nas Figuras 8.32 a 8.35, são mostrados os fluxos de calor envolvidos nos trocadores do
chiller, visualizando o comportamento dos fluxos internos e externos, respeitando o balanço
de energia ao longo do processo dinâmico introduzido pela perturbação de 3 °C ate atingir a
nova condição estacionaria.
Figura 8.32. Fluxos de calor no gerador considerando a rampa negativa de 3 °C na temperatura de entrada da
água gelada (15 a 12°C).
80
60
40 Q_sol_g [kW]
Q_ug [kW]
20
Q [kW]
Q_θg [kW]
0
0 2000 4000 6000 8000
-20
-40
-60
-80
tempo [seg]
152
Figura 8.33. Fluxos do calor no condensador considerando a rampa negativa de 3 °C na temperatura de entrada
da água gelada (15 a 12°C).
50
40
30 Q_ref_c [kW]
Q_uc [kW]
20
Q_θc [kW]
10
Q [kW]
0
-10 0 2000 4000 6000 8000
-20
-30
-40
-50
tempo [seg]
Figura 8.34. Fluxos de calor no evaporador considerando a rampa negativa de 3 °C na temperatura de entrada da
água gelada (15 a 12°C).
50
40
30 Q_ref_e [kW]
20 Q_ue [kW]
10
Q [kW]
Q_θe [kW]
0
-10 0 2000 4000 6000 8000
-20
-30
-40
-50
tempo [seg]
Figura 8.35. Fluxos de calor no absorvedor considerando a rampa negativa de 3 °C na temperatura de entrada da
água gelada (15 a 12°C).
80
60
40 Q_sol_a [kW]
Q_ua [kW]
20 Q_θa [kW]
Q [kW]
0
0 2000 4000 6000 8000
-20
-40
-60
-80
tempo [seg]
As Figuras 8.36 e 8.37 mostram os resultados encontrados nos balanços mássicos das
vazões e massas acumuladas nos vasos de chiller.
153
Figura 8.36. Variação das massas do gerador e absorvedor considerando a rampa negativa de 3 °C na
temperatura de entrada da água gelada (15 a 12°C).
10,5
10,4
10,3
10,2
M_g [kg]
10,1
M [kg]
10 M_a [kg]
9,9
9,8
9,7
9,6
9,5
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Figura 8.37. Variação das vazões da solução forte, fraca e de vapor do chiller de absorção considerando a rampa
negativa de 3 °C na temperatura de entrada da água gelada (15 a 12°C).
0,3
0,25
0,2
m [kg/s]
m_fr [kg/s]
0,15
m_fo [kg/s]
0,1 m_vapor [kg/s]
0,05
0
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
Figura 8.38. Variação das concentrações da solução forte e fraca do chiller de absorção considerando a rampa
negativa de 3 °C na temperatura de entrada da água gelada (15 a 12°C).
60
59,5
59
58,5
58 X_fo [%]
X [%]
Não há variação nas massas de solução, e nas vazões, já que para as condições de calor
fornecido o chiller produz a quantidade de vapor para baixar a temperatura de água gelada no
evaporador. Este efeito também é percebido nas vazões e concentrações da solução do chiller,
como mostrado na Figura 8.38.
Com a variação da temperatura do evaporador, a quantidade de calor removido aumenta
(Figura 8.34), e a quantidade de calor fornecido ao chiller pela água quente (Figura 8.32),
permanece constante, para as condições estabelecidas de operação, resultados numa
diminuição do COP do chiller (Figura 8.39), de 0,7 para 0,62 segundo os valores simulados.
Este tipo de estudo não foi realizado nos trabalhos citados nos outros casos. Primeiramente,
pode-se dizer que é necessária a construção de um modelo dinâmico de controle que permita
regular as condições de operação como no sistema real. A pesar disto, o modelo possui as
ferramentas necessárias para a integração de um modelo em paralelo, que possa simular os
controles dos componentes do chiller como válvulas de acionamento, verificadores da
concentração da solução e pressão do vácuo. Porém, não se pode interpretar este modelo
dinâmico como simplificado, e se como um modelo que permite verificar as condições
transientes de um sistema de refrigeração por absorção, conhecidos os parâmetros de
operação, a partir do compressor térmico, que em geral governa o sistema de dessorção e
absorção do chiller, parte fundamental no projeto de qualquer equipamento de refrigeração
por absorção, seja utilizando o para BrLi – H2O e o par NH3 – H2O.
Finalmente, a Figura 39, mostra o comportamento do COP ao longo do processo de
transição do chiller. Pode-se perceber que a introdução da rampa de temperatura, ocasiona
uma diminuição súbita do COP, no período transiente o COP, porém, voltando a um valor
estável menor. O chiller procura a adaptação da flutuação da rampa de diminuição de
temperatura, para valores que forneçam um coeficiente de performance adequado, que se
encontra aproximado segundo os valores fornecidos pelo fabricante. Este COP gira em torno
de 0,7 a 0,62 para os valores simulados pelo modelo, e os fornecidos pelo fabricante em torno
de 0,72, a 0,63 sendo esta comparação adequada em termos de funcionamento operacional em
regime permanente.
Figura 8.39. Variação do COP considerando a rampa negativa de 3 °C na temperatura de entrada da água gelada
(15 a 12°C).
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
COP
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 2000 4000 6000 8000
tempo [seg]
155
O caso 4, representa a ultima simulação do chiller de absorção. Esta caso tenta mostrar
a capacidade do modelo de determinar o comportamento do chiller na partida do mesmo. Esta
simulação foi realizada a partir da curva gradual de aumento da temperatura da água quente
que entra ao chiller, considerando uma variação na água gelada que entra de ± 2°C. A
temperatura da água fria que entra foi considerada constante ao longo de processo com valor
de 31°C. Este caso foi colocado para visualizar o processo transiente de inicio de operação do
chiller, considerando o procedimento mostrado em MYAT et al. (2011).
As Figuras 8.40 a 8.43 mostram os perfis de temperaturas internas e externas dos
componentes do chiller em função do tempo.
Figura 8.40. Perfis de temperaturas internas e externas do gerador considerando o aumento gradual da
temperatura da água quente que entra no chiller (30 a 80°C).
90
80
70
T [°C]
60 θ_quente_en [ºC]
50 θ_g [ºC]
θ_quente_sai [ºC]
40 T_g [ºC]
30
20
0 500 1000 1500 2000
tempo [seg]
O processo é comandado pela água quente que entra do chiller, a qual inicia em torno
de 30°C, sendo aumentada através da recuperação de calor. Esta temperatura (Figura 8.40),
aumenta atingindo um valor de 80°C. Pode-se perceber que o processo começa gerar vapor
em torno dos 300 segundos (Figura 8.52), ou seja, acoplamento do gerador com o chiller. A
temperatura atingida encontram-se ao redor de 60°C.
156
Figura 8.41. Perfis de temperaturas internas e externas do condensador considerando o aumento gradual da
temperatura da água quente que entra no chiller (30 a 80°C).
40
35
30
θ_fria_c_en [ºC]
25
T [°C] θ_c [ºC]
20 θ_fria_c_sai [ºC]
15 T_c [ºC]
10
5
0
0 500 1000 1500 2000
tempo [seg]
Figura 8.42. Perfis de temperaturas internas e externas do absorvedor considerando o aumento gradual da
temperatura da água quente que entra no chiller (30 a 80°C).
45
40
35
30
T [°C]
25
θ_fria_en [ºC]
20
θ_a [ºC]
15 θ_fria_sai [ºC]
10 T_a [ºC]
5
0
0 500 1000 1500 2000
tempo [seg]
Figura 8.43. Perfis de temperaturas internas e externas do evaporador considerando o aumento gradual da
temperatura da água quente que entra no chiller (30 a 80°C).
20
θ_gelada_en [ºC]
θ_e [ºC]
15
θ_gelada_sai [ºC]
T_e [ºC]
T [°C]
10
0
0 500 1000 1500 2000
tempo [seg]
Paralelamente, esta variação de temperaturas, ocasiona uma variação nos fluxos de calor
do chiller, determinado pela carga térmica da água gelada (Figura 8.48) e a fonte de energia
fornecida pela água quente (Figura 8.45), e portanto, um aumento da dissipação de calor ao
ambiente através do circuito de água fria (Figuras 8.46 e 8.49).
157
A Figura 8.44 mostra a variações da pressões do chiller, que gira em torno de 3 kPa e
0,5 kPa, respectivamente.
Figura 8.44. Perfis de pressões do chiller de absorção considerando o aumento gradual da temperatura da água
quente que entra no chiller (30 a 80°C).
7
6
5
P [kPa]
4 P_alta [kPa]
3 P_baixa [kPa]
2
1
0
0 500 1000 1500 2000
tempo [seg]
As Figuras 8.45 a 8.48 mostram a variação dos fluxos de calor dos trocadores do chiller
de absorção.
Figura 8.45. Fluxos de calor no gerador considerando o aumento gradual da temperatura da água quente que
entra no chiller (30 a 80°C).
60
40
Q_sol_g [kW]
20 Q_ug [kW]
Q [kW]
Q_θg [kW]
0
0 500 1000 1500 2000
-20
-40
-60
tempo [seg]
Figura 8.46. Fluxos do calor no condensador considerando o aumento gradual da temperatura da água quente que
entra no chiller (30 a 80°C).
50
40
30 Q_ref_c [kW]
20 Q_uc [kW]
10 Q_θc [kW]
Q [kW]
0
-10 0 500 1000 1500 2000
-20
-30
-40
-50
tempo [seg]
158
Figura 8.48. Fluxos de calor no evaporador considerando o aumento gradual da temperatura da água quente que
entra no chiller (30 a 80°C).
40
30
20 Q_ref_e [kW]
Q_ue [kW]
10
Q_θe [kW]
Q [kW]
0
0 500 1000 1500 2000
-10
-20
-30
-40
tempo [seg]
Figura 8.49. Fluxos de calor no absorvedor considerando o aumento gradual da temperatura da água quente que
entra no chiller (30 a 80°C).
60
40
Q_sol_a [kW]
20 Q_ua [kW]
Q [kW]
Q_θa [kW]
0
0 500 1000 1500 2000
-20
-40
Devido à formação de vapor, a vazão de solução forte varia em 0,015 kg/s, e, por
conseguinte, as massas de solução do vaso do gerador e absorvedor (Figura 8.50). A variação
da massa do gerador aumenta aproximadamente em 0,6 kg e a do absorvedor diminuí
aproximadamente em 0,5, e estas variações devem ser percebidas nas concentrações forte e
fraca do processo (Figura 8.52).
Figura 8.50. Variação das massas do gerador e absorvedor considerando o aumento gradual da temperatura da
água quente que entra no chiller (30 a 80°C).
10,8
10,6
10,4
10,2
M [kg]
10 M_g [kg]
9,8 M_a [kg]
9,6
9,4
9,2
0 500 1000 1500 2000
tempo [seg]
159
Figura 8.51. Variação das vazões da solução forte, fraca e de vapor do chiller de absorção considerando o
aumento gradual da temperatura da água quente que entra no chiller (30 a 80°C).
0,3
0,25
0,2
m [kg/s]
0,15 m_fr [kg/s]
m_fo [kg/s]
0,1
m_v_g [kg/s]
0,05
0
0 500 1000 1500 2000
tempo [seg]
A solução forte tende aumentar com o transiente criado pela formação de vapor (menos
água na solução), e a solução forte aumenta devido ao efeito contrario da solução forte. As
variações das soluções forte e fraca variam em torno de ±2 %.
Figura 8.52. Variação das concentrações da solução forte e fraca do chiller de absorção considerando o aumento
gradual da temperatura da água quente que entra no chiller (30 a 80°C).
57
56,5
56
55,5
X [%]
55 X_fo [%]
54,5 X_fr [%]
54
53,5
53
0 500 1000 1500 2000
tempo [seg]
Figura 8.53. Variação do COP considerando o aumento gradual da temperatura da água quente que entra no
chiller (30 a 80°C).
0,8
0,7
0,6
0,5
COP
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 500 1000 1500 2000
tempo [seg]
160
Estes resultados encontrados na simulação, que variam de 0,6 a 0,7 em COP para
valores de temperaturas de 70 - 80 °C da água quente, são similares aos fornecidos pelo
fabricante os quais giram 0,62 a 0,72.
Estas simulações demonstram a boa consistência com os valores reais nominais do
fabricante, levando à conclusão que o modelo representa uma ferramenta de simulação,
dimensionamento e implementação do sistema de controle do chiller de absorção.
foi capaz de reproduzir de forma coerente o COP do sistema para os dois primeiros
casos 1 e 2;
Em referência à diminuição da água gelada em 3°C, o modelo desenvolvido permitiu
verificar o aumento do calor retirado pelo evaporador, diminuindo o COP do chiller,
sempre que seja utilizada a mesma quantidade de calor no gerador, devido à
capacidade limite do evaporador de transferir calor entre o refrigerante e o circuito de
água gelada. Este comportamento foi verificado experimentalmente com os dados
medidos no Laboratório de Microcogeração, como apresentado no Capítulo 7;
Em referência ao caso 4, verificou-se a capacidade de o modelo de reproduzir o estado
inicial do chiller, partindo com o aquecimento da água quente de forma gradual (30 -
80°C), verificando-se as temperaturas e fluxos de calor dos quatro trocadores de calor
(gerador, condensador, evaporador e absorvedor). Neste mesmo contexto, o modelo
mostrou a capacidade de reproduzir o COP do sistema em função da temperatura de
água quente e gelada;
Apesar das hipóteses simplificadoras selecionadas, o modelo responde bem às
situações de flutuações, respeitando a conservação da massa e energia ao longo do
processo, e sempre convergindo para a estabilidade do sistema;
163
9.1. Conclusões
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175
APÊNDICE 1
PROPRIEDADES DOS FLUIDOS DE TRABALHO.
Uns dos aspectos relevantes nos cálculos das propriedades termodinâmicas é o estado
de referência dos componentes da solução, no caso da entalpia e entropia (não relevante para
propriedades volumétricas). As propriedades energéticas são baseadas em diferenças segundo
a primeira Lei da termodinâmica, devido a que valores absolutos de energia não têm nenhum
significado intrínseco. Daqui a importância da seleção de um estado de referência, já que as
misturas (BrLi – H2O), esta composta por dois componentes puros que contribuem com seu
próprio estado de referência. Para uma mistura binária (BrLi – H2O) os estados de referência
dos valores de entalpias são afeitados, já que cada componente da solução contribui com uma
parcela parcial de massa da entalpia na mistura, o que implica que para comparar valores de
entalpias dos diferentes estados de referência, é necessário realizar uma correção linear da
fração mássica dos valores de entalpias para obter outro estado de referência compatível aos
dois estudados. (HEROLD et al., 1996).
Na mistura de BrLi – H2O, o BrLi puro é encontrado na natureza em fase solida a
temperatura e pressão do ambiente, porém, quando é misturado com água tende formar uma
solução aquosa, o qual complica o estudo da mistura, já que se encontra numa fase de
transição solida – liquida. Para evitar este problema e poder analisar a solução como uma
mistura, é comumente selecionado o estado de referência do BrLi puro, com concentração de
50% e temperatura de 0ºC para a determinação das propriedades termodinâmicas. (HEROLD
et al., 1996).
Segundo (HEROLD et al., 1996; CHUA et al., 2000; KIM e INFANTE-FERREIRA,
2006; e BERECHE 2007; OCHOA, 2010), o estado de referência recomendado para a
determinação das propriedades termodinâmicas é de água pura e solução BrLi com uma
concentração de 50 % a 0ºC, para a entalpia, e para a entropia foi tomada água pura com zero
de entropia e a solução de BrLi novamente a 50 % em base mássica a 0 ºC de temperatura.
Esses valores de referência serão adotados neste estudo para a determinação das propriedades
de entalpia e entropia. A Tabela A1.1 mostra os valores de referência usados neste estudo
recomendados pelos diferentes autores mencionados anteriormente.
Tabela A1.1. Valores de referência usados para a determinação das propriedades termodinâmicas.
(A1.1)
(A1.2)
(A1.3)
Em termos de [kg/m3]
(A1.4)
(A1.5)
(A1.6)
(A1.7)
(A1.8)
177
(A1.9)
(A1.10)
(A1.11)
(A1.12)
(A1.13)
(A1.14)
(A1.15)
Sendo a massa da solução função das frações molares do brometo de lítio e da água,
expressa como:
(A1.16)
Tabela A1.3. Faixas de operação para a determinação da temperatura da solução de brometo de lítio – água.
Variáveis Intervalos
Concentração de Brometo de Lítio – água, X (%) 45 - 70
Temperatura da solução, Tsol (ºC) 5 - 175
Temperatura do refrigerante, Trefri (ºC) 15 - 110
Tabela A1.4. Constantes da equação para a determinação da temperatura da solução BrLi –água.
(A1.17)
(A1.18)
179
(A1.19)
(A1.20)
(A1.21)
(A1.22)
(A1.23)
(A1.24)
(A1.25)
(A1.26)
(A1.27)
180
(A1.28)
(A1.29)
(A1.30)
(A1.31)
(A1.32)
(A1.33)
(A1.34)
181
(A1.35)
(A1.36)
(A1.37)
Tabela A1.5. Valores dos coeficientes constantes da equação A1.37 para líquido saturado.
T (ºC)
0-100 1,0x10-16 -1,44x10-14 1,2951x10-12 -7,9443x10-11 8,0757x10-9 -5,626x10-8 1,0002x10-3
100-200 0 0 1,1x10-13 -6,025x10-11 1,578x10-8 -1,056x10-6 1,0409x10-3
200-370 0 7,85x10-13 -1,058x10-10 5,659x10-8 -1,502x10-5 1,975x10-3 0,1019866
Tabela A1.6. Valores dos coeficientes constantes da equação A1.37 para vapor saturado.
T (ºC)
0-57 5,39x10-9 -1,4839x10-6 1,759x10-4 -1,199x10-2 0,5105507 -14,06111 206,24734
57-78 6,09x10-8 -2,515x10-5 4,3114x10-3 -0,3930517 20,111733 -548,27897 6241,21842
78-100 0 0 1,1265x10-6 -4,383x10-4 6,5228x10-2 -4,4594768 120,955086
100-151 0 0 5,5253x10-8 -3,3058x10-5 7,59924x10-3 0,80403517 33,6134083
151-230 0 0 3,481x10-9 -3,0966x10-6 1,05254x10-3 0,1633902 9,906851
230-261 0 0 0 -5,72x10-8 5,16707x10-5 -1,5973x10-2 1,7083269
261-370 0 0 0 -1,7607x10-8 1,8856x10-5 -6,9215x10-3 0,876442
Vapor Superaquecido
que esta permite identificar o local no diagrama fases, ou seja, fase de mistura ou
superaquecimento, segundo a equação ajustada para a temperatura de saturação. As Equações
A1.38 a A1.41 mostram os polinômios utilizados para o ajuste das curvas.
(A1.38)
(A1.39)
(A1.40)
(A1.41)
As Tabelas A1.7 às A1.13 mostram as faixas de operação das Equações A1.38 a A1.41.
Tabela A1.7. Valores dos coeficientes para a determinação do volume específico na fase de superaquecimento
para a faixa de .
1 2 3
0 2,538651925220222 0 -1,278477596555773
1 0,009313293722050 0 -0,004693910330350
2 -0,000000016530822 0 0,000000009170441
Tabela A1.8. Valores dos coeficientes para a determinação do volume específico na fase de superaquecimento
para a faixa de
1 2 3
0 0 8,807600116751326 -0,755215353180949
1 0 0,032392498540594 -0,002774891418569
2 0 -0,000000113212687 0,000000007468379
Tabela A1.9. Valores dos coeficientes para a determinação do volume específico na fase de superaquecimento
para a faixa de
1 2 3
0 5,429145929778231 -0,075700598657666 0,000336121983012
1 0,020128804408336 -0,000276265669087 0,000001229701458
2 -0,000000138188795 -0,000000001025257 0,000000000001753
Tabela A1.10. Valores dos coeficientes para a determinação do volume específico na fase de superaquecimento
para a faixa de
1 2 3
0 2,691523029235224 -0,018776433603988 0,000041588252148
1 0,010018229501147 -0,000068212397701 0,000000151308758
2 -0,000000095080515 -0,000000000151817 -0,000000000000183
183
Tabela A1.11. Valores dos coeficientes para a determinação do volume específico na fase de superaquecimento
para a faixa de
1 2 3
0 0 0,003070632464789 -0,000005914971127
1 0 0,000012481360094 -0,000000023148277
2 0 -0,000000000632789 0,000000000000647
Tabela A1.12. Valores dos coeficientes para a determinação do volume específico na fase de superaquecimento
para a faixa de
1 2 3
0 0,620253781512602 -0,001080901960784 0,000000596470588
1 0,002424878151261 -0,000003970017507 0,000000002228606
2 -0,000000069831933 0,000000000034384 -0,000000000000050
Tabela A14.13. Valores dos coeficientes para a determinação do volume específico na fase de superaquecimento
para a faixa de
1 2 3
0 0,347318598136929 -0,000352322454563 0,000000105664778
1 0,001417376833979 -0,000001267184108 0,000000000392713
2 -0,000000056039516 -0,000000000015933 -0,000000000000002
(A1.42)
Tabela A1.14. Valores dos coeficientes constantes da equação A1.42 para líquido saturado.
T (ºC)
0-300 0 -9,0x10-8 1,515x10-5 1,09141x10-3 4,170791
184
Tabela A1.15. Valores dos coeficientes constantes da equação A1.42 para vapor saturado.
T (ºC)
0-300 1,0x10-9 -3,26x10-7 6,28445x10-5 -2,7409x10-3 1,894267
(A1.43)
Tabela A1.16. Valores dos coeficientes constantes da equação A1.43 para líquido saturado.
T (ºC)
0-250 7,1x10-9 1,9314x10-6 -3,5154x10-4 4,1995338 -6,2818x10-2
250-350 0 1,11191x10-4 -8,7525x10-2 27,87134028 -2161,2539
350-370 0 1,37828x10-2 -14,7108451 5242,92913 -622221,3535
Tabela A1.17. Valores dos coeficientes constantes da equação A1.43 para vapor saturado.
T (ºC)
0-300 -2,09x10-8 -3,9641x10-6 -2,1926x10-4 1,828461 2501,162035
-5 -4
300-370 -4,1915x10 5,479838x10 -26,8833629 5861,803661 -476338,3887
Vapor Superaquecido
Para a determinação da entalpia específica na fase de superaquecimento, como foi dito
anteriormente foi utilizada um ajuste polinomial múltipla, entre valores mostrados na
literatura (ROGERS e MAYHEW, 1992) de pressão de 0,6 a 1500 kPa. O ajuste consta dos
coeficientes que variam com a pressão (k0, k1, k2) e a temperatura (T). Para definir se o estado
se encontra na fase de superaquecimento é necessário verificar novamente a temperatura de
saturação. As Equações A1.44 a A1.47 mostram os polinômios utilizados para o ajuste das
curvas.
185
(A1.44)
(A1.45)
(A1.46)
(A1.47)
As Tabelas 4.18 às 4.21 mostram as faixas de operação das Equações A1.44 a A1.47.
Tabela A1.18. Valores dos coeficientes para a determinação da entalpia específica na fase de superaquecimento
para a faixa de
1 2 3
0 2,503534379214135 -0,000328074456056 -0,000001988482640
1 1,824112508116464 0,002368030697769 -0,000041152883466
2 0,293239331890775 -0,003543387737065 0,000094703225538
Tabela A1.19. Valores dos coeficientes para a determinação da entalpia específica na fase de superaquecimento
para a faixa de
1 2 3
0 2,492541633076010 0,000179008264195 -0,000002680635121
1 1,906954390814801 -0,001936441476545 0,000020848672062
2 0,154323192563065 0,00369477309692 -0,000035351229627
Tabela A1.20. Valores dos coeficientes para a determinação da entalpia específica na fase de superaquecimento
para a faixa de
1 2 3
0 2,502692451835737 -0,000105241150851 -0,000000115404850
1 1,834591868424297 0,000313824637097 0,000000803817224
2 0,274692201633612 -0,000237898090210 -0,000001185778528
Tabela A1.21. Valores dos coeficientes para a determinação da entalpia específica na fase de superaquecimento
para a faixa de
1 2 3
0 2,505887667158251 -0,000081885047327 -0,000000024924904
1 1,806915108520806 0,000253614715174 0,000000110630450
2 0,321651042804207 -0,000221069416495 -0,000000116862382
(A1.48)
Tabela A1.22. Valores dos coeficientes para a determinação da temperatura de saturação da equação A1.48.
P (kPa)
0,6112-1,072 0 0 -9.90300145 33.82001812 -16.9450329
1,072 – 4,242 0 0.36716957 -4.0979152 20.06743316 -9.14749018
-4
4,2420-25 -1,92x10 0.013921 - 0.39798231 6.49992848 8.68507539
-8 -5
25-250 -3,63x10 2,53461x10 -6,8572x10-3 1.030748261 43.68335672
250-3600 -1,98x10-12 1,8715x10-8 - 6,7147x10-6 0.131252951 99.71070562
3600-22100 -7,72x10-16 5,17743x10-11 1,4062113x10-6 0.0229876 177.8501194
(A1.49)
Tabela A1.23. Valores dos coeficientes para a determinação da pressão de saturação da equação A1.49.
T (ºC)
0-100 -3x10-12 3,461x10-9 2,0751x10-7 2,9676x10-5 1,3761x10-3 0,044717 0,61024958255
100-370 4,3x10-11 -5,5023x10-8 2,99311x10-5 -7,7853x10-3 1,12507866 -83,5892 2513,20732
em todo o intervalo da fase de saturação. As Tabelas A1.24 e A1.25 mostram os valores dos
coeficientes constantes da Equação A1.50.
(A1.50)
Tabela A1.24. Valores dos coeficientes constantes da equação A1.50 para líquido saturado.
T (ºC)
0-300 -6x10-12 -7,347x10-9 9,361x10-6 -8,608x10-3 1,89428 568,799104
Tabela A1.25. Valores dos coeficientes constantes da equação A1.50 para vapor saturado.
T (ºC)
0-300 3,533x10-11 -1,5327x10-8 3,2846x10-6 -2,3287x10-4 0,0871842 16,249163
(A1.51)
Tabela A1.26. Valores dos coeficientes constantes da equação A1.51 para líquido saturado.
T (ºC)
0-100 2,10574x10-9 -9,2189x10-7 1,706x10-4 -1,778x10-2 1,191213 -55,4762 1751,92129
100-300 3,38x10-12 -4,808x10-9 2,867x10-6 -9,279x10-4 0,17618 -19,57893 1160,9406
Tabela A1.27. Valores dos coeficientes constantes da equação A1.51 para vapor saturado.
T (ºC)
0-300 0 0 0 0 0 0,036864 8,37330346
188
APÊNDICE 2.
Para as medições de temperatura dos circuitos de água quente, fria e gelada do sistema
foram utilizados termopares tipo J, ou seja, liga de ferro – constatam. Foram escolhidos deste
tipo devido à faixa de temperatura (entre -270 – 760 ºC) e seu baixo custo.
Os termopares utilizados foram devidamente calibrados o uso das medições, através do
sistema de aquisição de dados, Elipse Scada, instalado não laboratório, tomando como
referencia uma faixa de temperatura da ordem de funcionamento do sistema, ou seja, 0 –
100ºC. Para esta calibração foi utilizado o forno marca Ecil com faixa de temperatura do lado
frio de -50 a 140 ºC, e do lado quente com faixa de 100 a 1200 ºC.
Foi utilizado o método comparativo para calibrar os termopares através da referência do
forno, para cinco diferentes temperaturas (0, 30, 50, 75 e 100 ºC). O procedimento utilizado
foi a aquisição de 60 pontos de medição depois de estabilizado a temperatura do forno
calibrador e dos termopares em medição. Os dados foram salvos no supervisório do
laboratório (Elipse Scada), e carregados em arquivos de planilhas Excel, para análise. Estes
60 pontos foram selecionados, determinando-se a media aritmética, e seu desvio padrão.
Finalmente, os valores encontrados foram inseridos graficamente, para gerar as diferentes
curvas de calibração dos termopares utilizados neste processo. A Tabela A2.1, mostra os
valores médios para cada medição dos diferentes termopares medidos.
Tabela A2.1. Valores médios das temperaturas medias dos termopares para as diferentes temperaturas de
referência.
Nº Ref. T06 T07 T17 T08 T09 T16 T10 T11 T12 T29 T30 T31 T32 T33 T34
1 0 0,15 0,20 0,15 0,16 0,13 0,17 0,11 0,12 0,13 0,17 0,19 0,14 0,18 0,19 0,13
2 30 27,49 27,90 25,60 26,23 27,49 25,43 25,32 26,87 26,87 26,26 26,11 25,42 25,32 26,86 26,87
3 50 47,60 47,91 45,50 46,30 47,60 45,50 46,30 47,91 47,91 45,89 46,47 45,89 45,60 47,43 47,09
4 75 72,92 73,39 70,68 71,44 72,92 70,82 72,23 71,28 71,28 72,23 71,90 71,28 71,02 72,77 72,44
5 100 98,08 98,41 95,78 96,71 98,08 96,20 97,44 96,93 96,93 97,73 97,44 96,70 96,93 98,24 97,89
Figura A2.1. a) Gráfico de calibração para o Termopar T06. b) Gráfico de calibração para o Termopar T07.
Termopar 06 Termopar 07
100 100
Grandeza Padrão [°C]
y = 1,0104x + 1,4112
Figura A2.2. a) Gráfico de calibração para o Termopar T17. b) Gráfico de calibração para o Termopar T08.
Termopar 17 Termopar 08
100 100
Grandeza Padrão [°C]
40 40
20 20
0 0
0,00 50,00 100,00 0,00 50,00 100,00
Grandeza medida [°C] Grandeza medida [°C]
Figura A2.3. a) Gráfico de calibração para o Termopar T09. b) Gráfico de calibração para o Termopar T16.
Termopar 09 Termopar 16
100 100
Grandeza Padrão [°C]
0 0
0,00 50,00 100,00 0,00 50,00 100,00
Grandeza medida [°C] Grandeza medida [°C]
192
Figura A2.4. a) Gráfico de calibração para o Termopar T10. b) Gráfico de calibração para o Termopar T11.
Termopar 10 Termopar 11
100 100
y = 1,014x + 2,044
y = 1,0296x + 0,9444
80 R² = 0,9981
75 R² = 0,9993
60
50
40
25
20
0 0
0,00 50,00 100,00 0 50 100
Grandeza medida [°C] Grandeza medida [°C]
Figura A2.5. a) Gráfico de calibração para o Termopar T12. b) Gráfico de calibração para o Termopar T29.
y = 1,0296x + 0,9444
R² = 0,9993 80 R² = 0,9984
75
60
50
40
25 20
0 0
0,00 50,00 100,00 0,00 50,00 100,00
Grandeza medida [°C] Grandeza medida [°C]
Figura A2.6. a) Gráfico de calibração para o Termopar T30. b) Gráfico de calibração para o Termopar T31.
Termopar 30 Termopar 31
100 100
Grandeza Padrão [°C]
y = 1,0189x + 1,6789
Grandeza Padrão [°C]
y = 1,0248x + 1,9345
80 R² = 0,9987 80 R² = 0,9983
60 60
40 40
20 20
0 0
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00
Grandeza medida [°C] Grandeza medida [°C]
193
Figura A2.7. a) Gráfico de calibração para o Termopar T32. b) Gráfico de calibração para o Termopar T33.
Termopar 32 Termopar 33
100 100
y = 1,0232x + 2,0959 y = 1,0119x + 1,3355
Grandeza Padrão [°C]
60 60
40 40
20 20
0 0
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00
Grandeza medida [°C] Grandeza medida [°C]
Termopar 34
100
Grandeza Padrão [°C]
y = 1,0162x + 1,3316
80 R² = 0,9991
60
40
20
0
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00
Grandeza medida [°C]
(A2.1)
(A2.2)
Então o erro estimativo pode ser calculado em função da probabilidade e o erro padrão
da seguinte maneira.
(A2.3)
Finalmente pode ser determinado o valor real da grandeza medida e sua incerteza
mediante a seguinte equação.
195
(A2.4)
Para o caso onde o método estatístico não possa ser usado, devido a que a grandeza
obtida não possui vários valores medidos, portanto se usa duas formas para poder mesurar a
grandeza.
Incerteza de resolução, quando a grandeza física medida for estável ou varie muito
lentamente com o tempo, estimando-se o erro mediante a resolução do instrumento da
seguinte forma, a incerteza será calculada como a metade da menor divisão da escala.
Incerteza Relativa, esta forma pode-se representar a grandeza mediante a razão entre a
incerteza absoluta e o valor da medida realizada, da seguinte forma.
(A2.5)
(A2.6)
(A2.7)
(A2.8)
(A2.9)
sendo:
APÊNDICE 3.
A3. DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO
INSTALADO NO LABORATÓRIO COGENCASA
Figura A3.3. a) Manômetro de diferença de pressão usado para a determinação da vazão real nos circuitos de
água do chiller. b) Figura A3.4. Tomada de leitura de pressão usada para medir a vazão e diferença de pressão
dos circuitos de água do chiller.
(A3.1)
Tabela A3.1. Valores percentuais limites das vazões de água fria, quente e gelada.
Valor
Queda de Pressão
Limites da taxa de vazão Referencial
Referencial (Psi)
(GPM)
Vazão do circuito de 80 – 120 % do valor
24,2 6,83
água gelada referencial
Vazão do circuito de 100 – 120 % do valor
80,8 9,95
água fria referencial
Vazão do circuito de 80 – 120 % do valor
38 9,67
água quente referencial
(Fonte: YAZAKI, 2003).
O sistema estudado neste experimento esta composto por vários equipamentos que
interatuam para atingir um objetivo específico, produzir água gelada para a climatização de
um quarto frio. Entres os equipamentos relevantes ao sistema de refrigeração por absorção se
tem:
Bombas de circulação. (circuitos de água quente, fria e gelada): as bombas usadas nos
circuitos de água do sistema de refrigeração são do tipo centrifuga de mono estagio fabricada
pela Schneider. A Figura A3.4 mostra o tipo de bomba usada no laboratório.
Figura A3.5. Torre de resfriamento de tiragem mecânica fabricada pela Alpina, instalada no laboratório
Cogencasa para a produção de água de resfriamento para o chiller de absorção.
A ideia principal é garantir a carga térmica do gerador do chiller quando seja necessária
sua utilização. Este sistema esta isolado termicamente para diminuir a percas de calor ao
ambiente. Este sistema possui um sistema de reposição de água para garantir o processo de
alimentação de água mínima para a circulação da água quente no circuito do gerador.
O supervisório consta com três circuitos principais; circuito de água fria, quente e do
fan coil.
202
As medições da vazão dos circuitos de água fria, quente e gelada do chiller de absorção,
foram coletadas a partir de 5 valores de diferença de pressão ( ) em cada circuito, sendo
medidos em um intervalo de uma hora (a cada 15 minutos). Estes valores forem introduzidos
na Equação A3.1 para determinar as vazões pertinentes. Todos valores foram tratados
estatisticamente através da determinação da média das medições com sua respectivo desvio
padrão, em função das medições coletadas, e segundo o procedimento detalhado no Apêndice
2 deste documento.
(A3.2)
(A3.3)
(A3.4)
WFC-SC10/SH10 WFC-SC20/SH20
(44.6oF AGUA ENFRIADA) (44.6oF AGUA ENFRIADA)
1.6 1.4
Factor Capacidad de Enfriamiento
87.8oF
1.0 0.8
0.8 0.6
0.6 0.4
0.4 0.2
0.2 0
Factor Entrada Calor
1.0 1.0
0.8 0.8
0.6 0.6
Factor de Capacidad Calefacción
0.4 0.4
0.2 0.2
1.4 1.4 Temp. Salida Agua Caliente 131oF
Temp. Salida Agua Caliente 131oF
1.2 1.2
1.0 1.0
0.8 0.8
0.6 0.6
0.4 0.4
o o o
158 F 203 F o
158 F 203 F
(MIN) (MAX) (MIN) (MAX)
0.2 0.2
0 0
150 160 170 180 190 200 210 150 160 170 180 190 200 210
Temperatura Entrada Calor Medio (oF) Temperatura ENtrada Calor Medio (oF)
6
WFC-SC30/SH30 HM CORRECCION FLUJO
(44.6oF AGUA ENFRIADA) (44.6oF) AGUA ENFRIADA
1.4 1.2
Temp. entrada Agua de Ref 80oF
Factor Capacidad de Refrigeración
1.2 85oF
1.0
0.8 0.6
0.6
0.4
0.4 30%
0.2
(MIN)
0.2 0
0 20 40 60 80 100 120
0
Factor Calor de Entrada
1.0
1. • Indica punto de grado estándar.
2. Curvas de Capacidad y Entrada de Calor basadas
0.8
en medidas de flujo estandar de agua en todo circuito.
0
150 160 170 180 190 200 210
Temp. entrada Calor Medio (oF)
7
BALANCE DE CALOR DE ABSORCION DEL ENFRIADOR 2. ENTRADA CALOR (ENFRIAMIENTO):
CALOR ENTRADA = CALOR SALIDA
Factor Entrada Calor = 1.17
Qg + Qe = Qc Corrección de Flujo Calor Medio = 1.0
Donde, Qg = Calor de entrada hacia el generador Entrada Estándar Calor = 514.2 MBH
Qe = Capacidad de Enfriamiento Qg = 1.17 x 1.0 x 514.2 = 601.6 MBH
Qc = Calor rechazado hacia la torre de enfriamiento 601.6
Calor Medio T= = 10.5oF
0.5 x 114.1
CAPACIDAD DE ENFRIAMIENTO Calor Medio P = 8.8 psi (Estándar)
Factor Capacidad Corrección de Flujo Capacidad estándar
Qe = x x
de Enfriamiento de Calor Medio de Enfriamiento 3. CALOR RECHAZADO A TORRE DE ENFRIAMIENTO:
Calor Medio
0.5 x 114.1
P = 8.8 psi (Estándar)
EJEMPLO 1. EJEMPLO 2.
Referirse a curvas de Factor de Capacidad y Especificaciones para Referirse a curvas de Factor de Capacidad y Especificaciones para
modelos WFC-SC30/SH30. Desde 114.1 gpm es estándar, la corrección modelos WFC-SC30/SH30. Desde 57.0 gpm es 50% de estandar, la
de flujo de Calor Medio (HM) es 1.0. corrección de flujo de Calor Medio (HM) es 0.86.
8
2. ENTRADA CALOR (REFRIGERACION): 4. CAPACIDAD DISPONIBLE CALEFACCION:
Factor Entrada Calor = 1.35 Factor de Capacidad de Calor = 1.33
Corrección Flujo Calor Medio = 0.86 Corrección Flujo Calor Medio = 0.86
Entrada Estándar de Calor = 514.2 MBH Capacidad Estándar Calefacción = 498.9 MBH
Qg = 1.35 x 0.86 x 514.2 = 597.0 MBH Qh = 1.33 x 0.86 x 498.9 = 570.6 MBH
597.0 570.6
Calor Medio T= = 20.9oF Agua Cal. T = = 15.7oF
0.5 x 57.0 0.5 x 72.6
2
( Agua Cal. P = 10.1 psi (Estándar)
Calor Medio P = 8.8 x ( 114.1
57.0
= 2.2 psi
5. ENTRADA DE CALOR (CALEFACCION):
3. CALOR RECHAZADO A TORRE DE ENFRIAMIENTO:
Qh 570.6
Qg = = = 588.2 MBH
Qc = Qg + Qe = 597.0 + 377.7 = 974.7 MBH 0.97 0.97
974.7 588.2
Agua de Refri. T = = 8.0oF Calor Medio T= = 20.6oF
0.5 x 242.5 0.5 x 57.0
Agua de Refri. P = 6.7 psi (Estándar) 2
(
Calor Medio P = 8.8 x ( 114.1
57.0
= 2.2 psi