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IV CONGRESSO BRASILEIRO SOBRE GESTÃO PELO

CICLO DE VIDA
9 a 12 de novembro de 2014
São Bernardo do Campo – SP – Brasil

A Aplicação da Avaliação do Ciclo de Vida no Brasil na Última Década

G. M. ZANGHELINI1,2; E. CHERUBINI1,2; B. M. GALINDRO2; R. A. F. ALVARENGA1,2 e S. R.


SOARES1
1
CICLOG, Grupo de Pesquisa em Avaliação do Ciclo de Vida - PPGEA - Universidade Federal de Santa
Catarina
Universidade Federal de Santa Catarina - Campus Universitário – Centro Tecnológico – Trindade –
Florianópolis. Tel.: +55 48 3721-6319
2
EnCiclo Soluções Sustentáveis
Avenida das Águias - Corporate Center - CEP 88.137-280. Palhoça/SC (Grande Florianópolis). Tel.: +55
48 3283-0015

A Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) é uma metodologia relativamente recente no Brasil. Sua normatização
traduzida tem apenas 7 anos de idade, e talvez por tal motivo, sua aplicação também é representada por estudos
recentes. O principal objetivo deste artigo é descrever as características bibliométricas da aplicação da ACV a
sistemas de produto brasileiros, e desta forma, compreender suas tendências comportamentais e estatísticas. A
metodologia aplicada, de cunho exploratório e descritivo, tem como base um grupo de artigos selecionados por meio
de palavras-chave específicas. Este grupo compreende publicações do ano de 2003 a 2013 encontrados nas bases
SCIELO, SCOPUS e WEB OF KNOWLEDGE. Foram selecionados 2 artigos da base SCIELO, 41 da base SCOPUS,
e ainda, retirando-se aqueles já selecionados da base SCOPUS, 8 da WEB OF KNOWLEDGE, perfazendo ao todo
51 publicações. Por meio de análises foi possível constatar uma importante evolução nas publicações desta área a
partir de 2009 com um relativo equilíbrio entre pesquisas realizadas por instituições e pesquisadores nacionais e
pesquisas por instituições e autores internacionais. Das instituições nacionais destacam-se a Universidade de São
Paulo, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade de Brasília, enquanto que dos sistemas de produto
analisados, destacam-se estudos de ACV de Biocombustíveis (35% dos artigos), Sistemas Agropecuários (30%) e de
Produção Energética (15%).

1. Introdução
A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é uma metodologia de avaliação de potenciais impactos ambientais
relacionados a um sistema de produto específico (sendo produto e/ou serviço), no decorrer de todo o seu
ciclo de vida, desde etapas mais iniciais como a aquisição de matérias-primas até o seu descarte final
(ABNT, 2009). Embora nascida entre as décadas de 60 e 70, o seu desenvolvimento e conseqüentemente
aplicação ganhou força somente nos últimos 15 anos, principalmente após a sua normatização pela
International Organization for Standarlization (ISO) no ano de 1997, dentro da série ISO 14000 de
normas do Sistema de Gestão Ambiental (CHEHEBE, 2002).
Reflexo dessa consolidação é a crescente exigência por parte das políticas públicas externas e internas
com relação a ACVs de produtos e serviços, desde programas de produção e consumos sustentáveis
(EUROPEAN UNION, 2008), barreiras alfandegárias na exigência de mercado representada por selos e
rótulos ambientais tipo I e tipo III (EUROPEAN COMISSION, 2013) e por aspectos legais como a
Política Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, LEI Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010), e European
Union Directive 2002/96/EC (2003). Esta realidade também pode ser identificada na evolução acadêmica
da publicação de artigos pesquisada na base de dados SCOPUS, onde a ACV como palavra-chave
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apresentou um aumento de 64% nos últimos 5 anos no mundo e de 84% no Brasil durante o mesmo
período.
Neste universo de publicações, podem-se destacar dois principais campos: estudos de caso onde a ACV é
aplicada a produtos e/ou serviços específicos, e, trabalhos que evoluem e discutem a própria metodologia
da avaliação. Outras áreas que merecem descrição são aquelas que envolvem o conceito de ACV em
Sistemas Ambientais e ainda, pesquisas bibliográficas e bibliométricas.
A aplicação da ACV para estudos de casos brasileiros com publicação em revistas internacionais
especializadas na área ainda é bastante tímida se comparada à quantidade de estudos apresentados em
congressos nacionais que abordam a ACV (i.e. Congresso Brasileiro em Gestão do Ciclo de Vida de
Produtos e Serviços). Além disso, verifica-se a ocorrência de publicações de estudos de caso aplicados à
realidade brasileira, seja para comparação ou mesmo inclusão em um sistema de produto mais complexo,
por pesquisadores ou centros de pesquisa estrangeiros. Apesar de dois estudos recentes demonstrarem um
interessante panorama da produção científica relacionada à ACV no Brasil sob o ponto de vista da
Engenharia de Produção (WILLERS et al., 2013; WILLERS e RODRIGUES, 2013), até o momento
nenhum estudo foi encontrado sob a perspectiva específica dos estudos de caso (aplicação)relacionados à
Engenharia Ambiental.
Diante disso, este artigo tem como principal objetivo realizar um levantamento bibliográfico e análise
Bibliométrica de artigos publicados na última década, em três bases de dados, SCOPUS, WEB OF
KNOWLEDGEe SCIELO, sob a temática da aplicação da ACV para a realidade brasileira em estudos de
caso.

2. Procedimentos Metodológicos
A metodologia aplicada neste estudo é de natureza exploratória e descritiva, com base em levantamento
bibliográfico. Conforme Gil (2008), a abordagem explanatória visa proporcionar uma visão mais ampla
de um determinado fato, do tipo aproximativo, enquanto que a descrição busca estudar as características
de determinado ‘grupo’. Neste estudo, este ‘grupo’ compreende os estudos de caso que aplicaram a ACV
para sistemas de produtos brasileiros do ano de 2003 até o ano de 2013, publicados em três das principais
bases de dados científicas, duas internacionais e uma nacional: SCOPUS e SCIENCE DIRECT e SCIELO
respectivamente.
Com relação à identificação dos estudos, aplicaram-se dois estágios de seleção. A primeira seleção
considerou dois arranjos de palavras-chave: Brazil e Life Cycle Assessment, e Brazil e LCA. Para a base
SCIELO as palavras pesquisadas foram Brasil e Avaliação do Ciclo de Vida e Brasil e ACV. O segundo
procedimento envolveu a leitura do título e resumo dos artigos, descartando aqueles que não apresentaram
estas palavras-chave (no título e resumo), e também aqueles que não aplicaram a ACV em estudos de
caso (i.e. desenvolvimento da metodologia, descrição de eventos). Em posse do grupo de estudos
selecionados, procedeu-se ao estudo bibliométrico, através de análises estatísticas e descrições
comportamentais com auxílio dos softwares Microsoft Excell 2007® para geração de gráficos e do site
Wordletm para a geração de nuvens de palavras.

3. Revisão Teórica
Os artigos selecionados foram divididos por banco de dados. Da base SCIELO foram encontrados
inicialmente oito artigos, dos quais apenas dois respeitaram as proposições metodológicas de seleção. Da
base SCOPUS, foram encontrados no primeiro nível de seleção, sessenta e oito artigos, dos quais 43
permaneceram após a aplicação do segundo procedimento de seleção. Inicialmente, da base WEB OF
KNOWLEDGE, 43 artigos foram pré-selecionados, reduzindo-se para 28 após a aplicação dos critérios.
Alguns artigos apresentaram-se em comum para mais que uma base de dados. Nestes casos, os mesmos
foram contabilizados para apenas uma base de dados: comuns ao SCIELO e SCOPUS foram
contabilizados para o SCIELO, enquanto que publicações comuns ao SCOPUS e WEB OF KNOWLEDGE
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foram atribuídos à base SCOPUS. O total de artigos selecionados para esta bibliometria somando as três
bases de dados foi de 51, dispostos conforme Tabela 1.

Tabela 1. Publicações na bases pesquisadas por ordem cronológica e alfabética.


Base Ano Autores
SCIELO 2010 Garcia e Von Sperling (2010); Santos e Tenório (2010).
2003 Silva e Kulay (2003).
2004 Lenzen e Wachsmann (2004); Mendes, Aramaki e Hanak (2004).
2007 Sim et al. (2007)
Brehmer e Sanders (2009); Da Silva e Amaral (2009); Reinhard e Zah
2009
(2009); Ometto, Hauschild e Roma (2009); Zaks et al. (2009).
Da Silva Júnior et al. (2010); Kloverpris, Baltzer e Nielsen (2010); Luz,
2010 Caldeira-Pires e Ferrão (2010); Ometto e Roma (2010); Souza et al.
(2010).
Cavallet et al. (2011); Cederberg et al. (2011); Ferreira, Ribau e Silva,
SCOPUS 2011 (2011); García et al. (2011); Mosnier et al. (2011); Rousset et al. (2011);
Seabra et al. (2011).
Alvarenga et al. (2012); Alvarenga, Silva Júnior e Soares (2012);
2012 Desjardins et al. (2012); Restrepo et al. (2012); Schmidinger e Stehfest
(2012); Souza, Ávila e Pacca (2012); Souza et al. (2012).
Alvarenga e Dewulf (2013); Bailis e Kavlak (2013); Bailis et al. (2013);
Castelo Branco, Moura e Schaeffer (2013); Cavallet et al. (2013); Dale et
2013 al. (2013); Maleche et al. (2013); Delivand e Gnansounou (2013);
Mueller, Baan e Koellner (2013); Oebels e Pacca (2013); Paulsen e
Sposto (2013); Silva et al. (2013); Webb et al. (2013).
2003 Mendes, Aramaki e Hanaki (2003).
Angarita et al. (2009); Lehuger, Gabrielle e Gagnaire (2009); Luo, Van
2009
der Voet e Huppes (2009).
WEB OF KNOWLEDGE
2010 Silva (2010).
2011 Achten e Verchot (2011).
2013 Caldeira-Pires et al. (2013); Soares et al. (2013).

4. Resultados e Discussões
A evolução das 51 publicações no decorrer dos dez anos (conforme Figura 1) demonstra um significativo
aumento do ano de 2009 em diante, com uma média de 8 publicações para 2009, 2010, 2011 e 2012. Em
2013, o número de publicações duplica desde 2009, passando para 15 artigos. Com relação à origem
destas pesquisas, observa-se uma divisão relativamente uniforme entre estudos realizados por brasileiros
(22 ao todo) e estudos realizados por estrangeiros (29 artigos). Partindo do ano de 2009 até 2013, esta
divisão apresenta ligeiramente uma predominância estrangeira, mas que, no entanto, demonstrou dois
anos de maior publicação nacional (2010 e 2012). O critério de classificação respeitou a instituição
apresentada nos artigos, pelo autor principal (primeiro autor). Existem, desta forma, publicações de
pesquisadores brasileiros aplicando a ACV à sistemas de produto brasileiros, mas que no entanto estão
vinculadas à instituições estrangeiras e, por este motivo, foram classificadas como estrangeiras (i.e.
Alvarenga e Dewulf, 2013). Encontraram-se também artigos realizados por autores estrangeiros
vinculados à instituições estrangeiras, publicados em parcerias com instituições brasileiras. Neste caso,
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embora os dados possam ter sido primários e coletados in loco relativos à realidade nacional, considerou-
se sua classificação como estrangeira.

Figura 1. Evolução das publicações e divisão por artigos nacionais e estrangeiros

Com relação aos sistemas de produto, analisados de forma agrupada, verifica-se que o sistema de produto
Etanol da cana-de-açúcar é o mais abordado, aparecendo em 9 publicações. Mesmo número de artigos
que aplicam a ACV para Bicombustíveis, neste caso encabeçado pelos biodieseis de soja e palma.
Embora separados, ambos os sistemas podem ser agrupados, uma vez que o etanol é considerado um
biocombustível também. Desta maneira, a aplicação da ACV no Brasil nos últimos 10 anos é encabeçada
pelos biocombustíveis, com 18 publicações. Na seqüência, aparecem os sistemas agropecuários com 16
publicações. Neste grupo encontram-se principalmente estudos de produção protéica (dominado pela
carne de gado e frango), insumos para ração animal (soja), e cultura da cana-de-açúcar, pelo interesse na
produção de etanol. Outros sistemas abordados neste grupo são o Leite, o Trigo e o Fertilizante.
Com relação aos autores dentro do grupo de artigos selecionados, é possível visualizar na Figura 2 a
representação em nuvem de suas produções. Destes, os principais em número de publicações no período
são: Alvarenga, RAF; e Soares, SR. Ometto, AR; Pacca, S; Da Silva Júnior, V; e Caldeira Pires, A.
Outros 146 autores podem ser identificados na nuvem os quais participaram de publicações.

Figura 2. Nuvem de autores.

Através da nuvem de palavras-chave (Figura 3) utilizadas pelos autores nas 51 publicações podemos ter
uma visão mais ampla dos assuntos abordados. Retirando-se as palavras mais recorrentes e comuns destes
artigos como Avaliação do Ciclo de Vida (Life Cycle Assessment), ACV (LCA), meio ambiente
(Environmental), Impacto (Impact) e Brasil (Brazil), pode-se identificar os sistemas de produto Etanol
(Ethanol), Energia (Energy), Cana-de-açúcar (Sugarcane), Biodiesel (Biodiesel); E, em um segundo
escalão, Agricultura (Agriculture) e Bioetanol (Bioethanol). Com relação às fases do ciclo de vida, a
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presença das palavras-chave Produção (Production) e Uso (Use) demonstram que a fase de descarte e fim
de vida dos produtos não tem sido considerada nas fronteiras dos sistemas. A presença das palavras
Carbono (Carbon), Emissões (Emissions), Gases do Efeito estufa – GEE (Green House Gases – GHG),
Energia (Energy) e Terra (Land) indicam a preferência pela avaliação dos impactos segundo as categorias
de Aquecimento Global (Global Warming ou Climate Change), Demanda Energética (Energy Demand) e
Mudança do Uso de Solo (Land-Use Change).

Figura 3. Nuvem de palavras-chave.

5. Conclusões
Este artigo realizou uma análise bibliométrica dos artigos publicados sob a temática da aplicação da
metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) para sistemas de produto brasileiros desde o ano de
2003 até 2013 nas bases de artigos SCIELO, SCOPUS e WEB OF KNOWLEDGE.
Primeiro, fica evidente a evolução desta área de estudo na última década, com aumento de publicações
desde o ano de 2009, atingindo o ápice em 2013, com 15 artigos publicados. Nesta evolução, também se
torna claro que publicações de autores vinculados às instituições nacionais estão se tornando mais
recorrentes, praticamente se igualando às publicações realizadas por autores estrangeiros.
Segundo, a grande área de aplicação da ACV no Brasil é a dos Biocombustíveis, com 35% dos artigos
encontrados (18 publicações), mais especificamente sistemas de produto que envolvam o Bioetanol e a
cana-de-açúcar. Na seqüência, sistemas agropecuários representam aproximadamente 30% dos artigos
encontrados (16 publicações). Este tema, no entanto, pode representar sistemas de produtos mais distantes
uns dos outros (i.e. sistema trigo, sistema leite e sistema carne). Esta constatação está relacionada à
vocação nacional, na produção agropecuária, independente de sua finalidade (seja a cana para o etanol, a
soja para a ração, ou a carne para consumo).
Terceiro, por meio da nuvem de palavras-chave, pode-se notar a preferência pela análise nas fases de
produção e uso dos sistemas de produto. A fase de pós-uso é notadamente de difícil estimativa e por
conseqüência da geração do inventário de ciclo de vida. Por este motivo, muitas indústrias objetivam a
análise do berço ao portão. Com relação às categorias de impacto analisadas, o Aquecimento Global, a
Demanda de Energia e Uso de Terra aparentemente despontam como mais recorrentes. A primeira
categoria realmente é a mais abordada por todos os estudos ACV por facilidade de comunicação e
interesse da sociedade perante as mudanças climáticas. A segunda e terceira são relacionadas aos próprios
sistemas de produto analisados, uma vez que ganhos energéticos são indicações de eficiência e influências
ao uso de terra estão relacionadas principalmente com culturas (soja, cana-de-açúcar, palma, trigo) e
sistemas pecuários (carne).
Para estudos futuros recomenda-se que o grupo bibliométrico seja expandido para a inclusão de outras
bases de periódicos, de modo a complementar a análise da aplicação da ACV no Brasil.
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