Anexo 02 Modelo de Projeto de Extensao 10

Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
Pró-Reitoria de Extensão - PROEX

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PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE EXTENSÃO

PIBEX 2013-‐2014
ANEXO 02

MODELO DE PROJETO DE EXTENSÃO

Título: Capacitação dos pequenos apicultores na região de Casa Nova-‐BA, no Vale do São
Francisco.

Colegiado/Setor Proponente: Zootecnia

Coordenador: Eva Monica Sarmento da Silva

Equipe
Função no
Nome Unidade Categoria Profissional
Projeto
Eva Monica Sarmento da UNIVASF/CZOO Professora Coordenadora
Silva
Herbert Coelho Correia EMBRAPA/Semiárido Pesquisador Colaborador
Márcia de Fátima Ribeiro EMBRAPA/Semiárido Pesquisadora Colaboradora
Emerson José Alves Matos UNIVASF/CZOO Discente Bolsista

Área temática:
Ciências Agrárias
Linha de Extensão: Apicultura

Fundamentação Teórica
Apresentação: A apicultura é uma atividade agropecuária que vem despertando grande
interesse na região Nordeste nos últimos anos. As condições climáticas, as riquezas
florísticas e a existência de floradas variadas ao longo do ano, fazem dessa região um pólo
potencial para a exploração apícola racional (QUEIROZ et al, 2001). Esta é uma atividade de
grande importância, pois apresenta uma alternativa de ocupação e renda para o homem do
campo. Além disso, é de fácil manutenção e de baixo custo inicial em relação às demais
atividades agropecuárias. Trata-‐se de uma atividade com interesse em diversos segmentos
da sociedade por corresponder ao tripé da sustentabilidade: o social, o econômico e o
ambiental (ALMEDA & CARVALHO, 2009). No aspecto social, a apicultura gera ocupação e
emprego no campo. Em relação ao ambiente, as abelhas atuam como polinizadoras naturais
de espécies nativas e cultivadas, preservando-‐as e consequentemente contribuindo para o
equilíbrio do ecossistema e manutenção da biodiversidade. Quanto ao fator econômico,
além da possibilidade de obtenção de bons lucros, constitui uma boa fonte de renda gerada
a partir dos seus produtos, principalmente o mel (Freitas, 2004).
A criação de abelhas melíferas tem crescido no Nordeste brasileiro e está se tornando
um agronegócio lucrativo em diversas regiões do semiárido. Segundo dados do SEBRAE,
2012 considerando-‐se a produção de mel no Brasil em 2010 (cerca de 338,017 mil
toneladas), a região Nordeste contribuiu com quase 11 toneladas. Alguns estados, como o
Piauí, Ceará e Bahia, vêm aumentando expressivamente a sua produção de mel. Entretanto,
no pólo de Pernambuco e Bahia, cerca de 80% dos apicultores são pequenos produtores
oriundos da agricultura familiar (Vilela e Alcoforado Filho, 2000) e não possuem condições
financeiras para avaliar verdadeiras condições apícolas da região. Como consequência,
verifica-‐se que as associações de apicultores perdem muitos enxames na época de seca, por
falta de informações suficientes para manter essas colônias, através da reserva de alimento
na caixa. Uma forma de contornar esse problema seria orientar os apicultores através de
cursos de capacitação e assistência técnica fortalecendo assim o agronegócio apícola no
semiárido nordestino.

Justificativa: A criação raciona das abelhas Apis mellifera tem respondido economicamente
ao desafio em obter lucros em atividade rural. A cada dia tem aumentado o consumo diário
de mel, na busca por alternativas naturais de alimentação. Avanços em produtividade,
qualidade e rentabilidade já têm sido apresentados, principalmente na produção de mel
(Aquino et al., 1998). As experiências, no setor da apicultura, principalmente, nas últimas
décadas, têm comprovado a sua perspectiva de sustentabilidade, não só econômica, mas
também social e ambiental (MOCHIUTTI et al, 2010). Constata-‐se, assim, que esta atividade
desperta, a cada ano, maiores interesses, sobretudo de pequenos agricultores, considerando
que: não exige muito tempo com manejo, não requer muita sofisticação em termos
tecnológicos; aumenta a produção agrícola, através da polinização; envolve pequenas áreas
para a sua instalação; apresenta mercado promissor; serve de alimento importante para a
dieta da família rurícola; absorve pouca mão-‐de-‐obra e possibilita a obtenção de vários
produtos com valor comercial. Portanto estes estudos certamente contribuirão para o
aumento na renda familiar um desenvolvimento da cadeia produtiva de mel na região de
Casa Nova-‐BA e sua viabilização como atividade sustentável.

Objetivos Geral:
Transferência de tecnologia para os apicultores sobre técnicas e conhecimentos
contextualizados nas demandas dos sistemas de produção, visto que o manejo das colmeias
ainda é inadequado e não padronizado.
Específicos
1-‐ Montar apiários de forma adequada, no município de Casa Nova-‐BA, para coleta e
extração do mel.
2-‐ Avaliar a produção de mel das abelhas melíferas nos apiários estudados.
3-‐ Identificar as floradas apícolas das plantas.
4-‐ Capacitar os apicultores envolvidos no processo para o desenvolvimento de uma
apicultura sustentável.

Metas:
-‐ Visita e escolha dos locais/famílias para apicultura
-‐ Elaborar, ao final do projeto, uma lista com as espécies nativas com seus respectivos
períodos de floração e recursos florais disponíveis ao longo do ano;
-‐ Produzir, ao final do projeto, uma cartinha com todas as informações necessária para o
manejo das colônias;
-‐ Elaborar fichas com todas as informações necessárias dos apiários acompanhados, e as
datas de manejos com troca de quadros, rainha, cera e etc.

Resultados Esperados: O projeto estará contribuindo para a redução dos custos de

produção e aumento da lucratividade apícola, e no fornecimento de informações sobre as
plantas apícolas, através de um calendário, onde vai conter todas as informações sobre o
florescimento das plantas durante os meses do ano, através do qual o apicultor identificará
os meses necessários para fornecer uma alimentação artificial às abelhas Apis mellifera.
Aumento da produção de mel, e qualidade do mel produzido.
Cartilha didática para orientação dos produtores, e livro técnico sobre manejo necessário.

Metodologia:
O presente projeto será desenvolvido no município de Casa Nova-‐ BA no período de
março de 2013 a fevereiro de 2014. Para este sistema, serão escolhidas áreas próximas a
plantas apícolas, isto é, que forneçam recursos alimentares para as abelhas.
Escolha e capacitação dos apicultores
Serão aplicados questionários e entrevistas entre os integrantes da comunidade para
definição do conhecimento dos mesmos sobre a apicultura, e as espécies vegetais tidas
como principais fontes de recursos alimentares para as abelhas. Em seguida serão escolhidos
15 apicultores e oferecidos cursos de capacitação e assistência.
Levantamento da flora apícola
As coletas serão realizadas, mensalmente, durante um período de 12 meses, por meio
de caminhadas em transeptos de 1.000 metros de comprimento. Nesses transeptos, serão
amostradas todas as espécies de plantas em floração durante toda a execução do projeto. As
plantas coletadas serão montadas em exsicatas e identificadas pela equipe do laboratório de
botânica da EMBRAPA Semiárido.
Manejo das colmeias e análises físico-‐química e microbiológica
As colmeias de abelhas melíferas serão inspecionadas periodicamente, com o manejo
adequado para produção de mel. Para avaliação da produção de mel as melgueiras serão
retiradas e os quadros pesados, após a safra.
Serão coletadas amostras de mel para avalição da qualidade, essas amostras serão
encaminhadas para o Laboratório de Química da UNIVASF, onde serão analisados os

parâmetros: análise sensorial (cor, odor, sabor e consistência); físico-‐química (umidade,
sacarose aparente, sólidos insolúveis em água, minerais, acidez, açúcares redutores,
atividade diastásica e hidroximetilfurfural); análise microbiológica; coliformes totais,
termotolerantes e Salmonella.
Será realizado um dia de campo, com a presença de todos os apicultores, como mel
produzido durante a execução do projeto.

Referência Bibliográfica:

ALMEIDA, M. A.D. de; CARVALHO, C. M. S. Apicultura: uma oportunidade de negócio
sustentável. Salvador: Sebrae Bahia, 2009. 52 p.

AQUINO, I.S; ABRAMSON, C.I; PAYTON, M.E. Bio-‐ensaio alternativo para se detectar cera de
abelha (Apis mellifera L.) adulterada. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE APICULTURA, 12, 1998.
Salvador. Anais... Salvador: Confederação Brasileira de Apicultura. p. 208-‐209.

FREITAS, B. M. Pollen identification of pollen and nectar loads collected by Africanized honey
bees in the state of Ceara, Brazil.. In: International Conference on Apiculture in Tropical
Climates, 1994, Port of Spain. Proceedings of the V International Conference on Apiculture in
Tropical Climates. Cardiff, UK : IBRA, 1994. p. 73-‐79.

MOCHIUTTI, F. G.; ROSINA, C. D.; FERREIRA, E. T. D. Fatores relacionados à criação de abelhas.
In.: IV Encontro de Engenharia de Produção Agroindustrial, Campos Mourão – PR, 2010.

QUEIROZ, M. L.; BARBOSA, S. B. P.; AZEVEDO, M. Produção de geleia real e desenvolvimento de
abelhas Apis mellifera, na região semiárida de Pernambuco. Revista Brasileira de Zootecnia, v.
30, n. 2, p. 449-‐453, 2001.

SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Exportações, 2012.
Disponívelem:<http://www.sebrae.com.br/setor/apicultura/sobreapicultura/mercado/exporta
coes>. Acesso em: 13 de outubro de 2012.

VILELA, S.L.O e ALCOFORADO FILHO, F.G. (org.) Cadeia produtiva do mel no estado do Piauí.
Teresina: Embrapa Meio-‐Norte, 2000, 121p. il.


Público-‐Alvo: pequenos apicultores Nº de Pessoas Beneficiadas 15

Cronograma de Execução
Evento Período Observações
Levantamento dos apicultores e manejo Marco/2013
aplicados pelos mesmos
Levantamento da flora apícola Março/2013 a Será feito o
janeiro/2014 levantamento da flora
apícola durante todo o
período do projeto
Capacitação dos apicultores Abril/2013
Assistência técnica para os apicultores Março/2013 a
fevereiro/2014
Estudo da produção de mel e análise do mel Janeiro/2013

Acompanhamento e Avaliação
Indicadores: Após o levantamento dos apicultores será feito um questionário sobre o que eles
esperam do projeto e da assistência técnica, o mesmo será feito após os cursos de capacitação.
Sistemática: No primeiro instante serão realizadas visitas semanais, após a organização dos
apicultores e apiários, essas visitas serão quinzenais.

Proposta Orçamentária
Rubrica Justificativas Valor (R$)
Custeio
A bolsa será para o discente acompanhar todo o
Bolsa de Extensão trabalho no campo, junto com o coordenador e 4800,00
os colaboradores.
Será usado para auxiliar na capacitação dos
Material de Consumo 300,00
apicultores
Outros Serviços de Terceiros Será utilizado para confecção do material de
500,00
– Pessoa Jurídica divulgação, folders, cartilhas e certificados
Total

Co-‐Financiamento
(Informe se o Projeto terá outro financiamento além do PIBEX – 2013/2014)
Agências de Fomento Quais:
Outros Sim Quais: Chesf

Eva Monica Sarmento da Silva
Coordenador do Projeto
(assinar e datar)

______________________________________
Coordenador do Colegiado/Setor
(assinar e datar)

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Resultados Esperados: O projeto estará contribuindo para a redução dos custos de

encaminhadas para o Laboratório de Química da UNIVASF, onde serão analisados os

Outros Sim Quais: Chesf

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