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INDICE

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 2

2. OBJECTIVOS ......................................................................................................................... 3

2.1. Objectivo Geral .................................................................................................................... 3

2.2. Objectivos Especificos ............................................................................................................. 3

3. PROJECTO PARA IMPLEMENTAÇÃO DE UMA PLANTA DE MINAS ........................ 4

4. ESTUDOS PRELIMINARES .................................................................................................... 7

5. AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DE ESTUDO DA VIABILIDADE DE UM PROJECTO DE


LAVRA DE MINA SÃO:............................................................................................................... 8

6. FASES DE MINERAÇÃO ...................................................................................................... 9

6.1. 1ª FASE: PROSPECÇÃO E PESQUISA MINERAL ............................................................. 9

6.1.1. Métodos de avaliação de jazidas para avaliação das jazidas os métodos são classificados
em dois grupos .............................................................................................................................. 13

6.2. 2ª FASE: EXPLORAÇÃO ..................................................................................................... 14

6.3. 3ª FASE: DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 16

7. FASES SUBSEQUENTES ....................................................................................................... 17

7.1. EXPLORAÇÃO ..................................................................................................................... 17

8. CRITERIOS PARA IMPALNTAÇÃO DE UM PROJECTO MINEIRO ............................ 18

9. LEGENDA DOS SECTORES DE UMA MINA .................................................................. 20

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 21

11. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 22

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1. INTRODUÇÃO

Minerar é arte de extrair economicamente bens minerais da crosta terrestre, utilizando técnicas
adequadas a cada situação. Estas técnicas visam minimizar os impactos ao meio ambiente, dentro
dos princípios da conservação mineral, e têm como compromisso a recuperação das áreas
mineradas durante a extracção e após a desativação, dando a estas áreas um outro uso
apropriado. Assim como a agricultura, a mineração é uma das primeiras indústrias básicas da
civilização, sendo a agricultura a primeira e a mineração a segunda actividade da espécie
humana. A importância da mineração para a humanidade remonta de milhares de anos atrás,
quando os recursos minerais eram utilizados para a confecção de ferramentas (sílex) para a caça
e pesca, armas para a guerra (bronze e ferro); ornamentos (pedras e metais preciosos), construção
civil (areia, argilas, pedras, etc...), bem como moeda (ouro, prata e cobre) destinada às diversas
transacções comerciais. A partir da Revolução Industrial, outros minérios ganharam importância
tais como aqueles utilizados pela indústria do aço (minérios de ferro e manganês, carvão mineral,
etc...), geração de energia térmica e eléctrica (carvão mineral e petróleo), combustíveis para
veículos diversos (carvão mineral e petróleo), indústria electroeletrónica (cobre, alumínio, silício,
etc...)

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2. OBJECTIVOS

2.1. Objectivo Geral:


 Conhecer as etapas para implementação de um projecto, de mineração que leva a cabo
a instalação de uma planta de mina.

 Conhecer a importancia dessa actividade

2.2. Objectivos Especificos:

 Descrever as etapas de implementação do projecto;


 Elaborar uma planta de processamento com base nos conhecimentos adquiridos no
Software AutoCAD.

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3. PROJECTO PARA IMPLEMENTAÇÃO DE UMA PLANTA DE MINAS

Minerar é arte de extrair economicamente bens minerais da crosta terrestre, utilizando técnicas
adequadas a cada situação. Estas técnicas visam minimizar os impactos ao meio ambiente, dentro
dos princípios da conservação mineral, e têm como compromisso a recuperação das áreas
mineradas durante a extracção e após a desativação, dando a estas áreas um outro uso
apropriado. Extrair economicamente significa que todos os bens minerais implicam na existência
de procedimentos e aproveitamento com lucro das riquezas minerais existentes na natureza. A
utilização de técnicas adequadas ao meio ambiente implica na manutenção da qualidade
ambiental do local e em menos dispêndio de recursos a serem gastos na recuperação das áreas
mineradas no futuro. Para tomada a cabo, implementação de uma planta de mina, como uma
qualquer
actividade mineira seguem-se certas etapas, a destacar:

Artigo 1

(Lei nr 14/2002)

1.A Lei regula os termos do exercicio dos direitos e deveres relativos ao uso e aproveitamento de
recursos minerais com respeito pelo o meio ambiente, com vista a sua utilização racional e em
beneficio da economia nacional.

Artigo 2

OBJECTIVOS

O direito de uso e aproveitamento dos recursos minerais será exercido de harmonia com as
melhores e mais seguras práticas mineiras, com observância dos padrões de qualidade ambiental
legalmente estabelecidos e com vista a um desenvolvimento sustentável de longo prazo, visando
a realização dos seguintes objectivos:

a) Reconhecimento

b) Prospecção e pesquisa

c) Mineração
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Artigo 5

OBTENÇÃO DOS DIREITOS

1. O direito de reconhecimento, prospecção, pesquisa e exploração dos recursos minerais


obtém-se através de um dos seguintes títulos mineiros e autorizações:

a) Licença de reconhecimento;

b) Licença de prospecção e pesquisa;

c) Concessão mineira;

d) Certificado mineiro;

e) Senha mineira.

2. Os títulos mineiros e autorizações serão atribuídos por ordem de prioridade de data de


entrada do respectivo pedido junto da autoridade competente, nos termos do que estiver
regulamentado.

3. O exercício dos direitos atribuídos nos termos do artigo 20 e nº 2 do artigo 40 da presente


Lei não carece de título mineiro.

4. Não carece igualmente de título mineiro, a investigação geológica realizada nos termos do
artigo 39 da presente Lei.

Artigo 6

REQUISITOS PARA OBTENÇÃO DE TÍTULO MINEIRO OU AUTORIZAÇÃO

1. Pode ser titular de licença de reconhecimento ou de prospecção e pesquisa, qualquer


pessoa singular ou colectiva, nacional ou estrangeira, com capacidade jurídica, que
pretenda levar a cabo as operações permitidas por esses títulos.

2. Pode ser titular de concessão mineira qualquer pessoa colectiva ou sociedade criada e
registada em Moçambique.

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3. Pode ser titular de certificado mineiro qualquer pessoa singular, colectiva ou sociedade
com domicílio no País, nacional ou estrangeira, com capacidade jurídica, e qualquer
cooperativa ou família capaz de realizar as operações autorizadas por este título mineiro.

Artigo 7

CONDIÇÕES E PRAZO DE ATRIBUIÇÃO

1. A licença de reconhecimento será atribuída a favor de pessoa que reúna os requisitos


necessários e pague a respectiva taxa.

2. A licença de reconhecimento não será atribuída em área que seja considerada por lei como
vedada à actividade mineira, ou em área que seja objecto de outros títulos ou autorizações
mineiras.

3. A licença de reconhecimento poderá, excepcionalmente, ser atribuída nas áreas mencionadas


no número anterior, ponderado o interesse económico nacional.

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4. ESTUDOS PRELIMINARES

Os estudos preliminares apresentam um nível intermediário de detalhamento e seus resultados


não são, ainda, definitivos para a tomada de decisão de investimento. Seu principal objectivo é
determinar se o projecto conceitual justifica uma análise mais aprofundada, por meio de estudos
de viabilidade técnica e económica. Os estudos preliminares são considerados como
intermediários entre o estudo conceitual de baixo custo relativo, e os estudos de viabilidade de
alto custo relativo.
Geralmente, são executados por pequenos grupos de trabalhadores compostos por duas ou três
pessoas da empresa, com apoio de especialistas de campos de conhecimentos específicos. Taylor
(1977), citado por Hustrulid e Kuchta (1995), sugere que os seguintes aspectos sejam abordados
em um relatório intermediário de avaliação:
 Objectivo do relatório;
 Conceitos técnicos;
 Conhecimento inicial da reserva mineral;
 Cálculos da quantidade de matéria mineral e estéril;
 Programação de lavra e produção prevista na lavra;
 Estimação de custo de investimento;
 Estimação de custos operacionais;
 Estimação da receita;
 Impostos e aspectos financeiros;
 Fluxo de caixa simplificado.

Nesse estágio de previabilidade devem ser realizados os estudos iniciais de viabilidade


económica, além da comparação com outras opções ou outros investimentos minerais (selecção
de projectos), distando aquelas com maior reteno e menor investimento.
Estudos de viabilidade Se os resultados de estudos preliminares forem satisfatórias passa se a
preparação de estudo detalhada de viabilidade de lavra. Tal estudo considera os aspectos
económicos, legais, tecnológicos, geológicos, ambientais e sócio-políticos. Os estudos de
viabilidade se baseiam em um processo interactivo, visando a optimização dos elementos críticos
do projecto. O objectivo final do estudo de viabilidade é recomendar ou não o projecto de mia.
Até esse estágio de estudo, certa quantidade de capital já foi investida; porem, isso, por si só, não

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recomenda a lavra, sendo necessária, logicamente, a confirmação da viabilidade do projecto em
todos os seus aspectos, assim recomenda-se que os estudos de viabilidade de empreendimento de
lavra de mina contenham no mínimo os seguintes itens:
 Localização, planta de situação, clima, topografia, história local, propriedade e condições
de transporte;
 Considerações ambientais: condições actuais, padrões, medidas de protecção, recuperação
de áreas, estudos especiais;
 Considerações geológicas: origem, estrutura, morfologia dos depósitos;
 Avaliação das reservas minerais, compreendendo procedimentos de avaliação, cálculo de
tonelagem e teor;
 Metodologia proposta para o desenvolvimento e planeamento da lavra;
 Metodologia proposta para o tratamento dos minérios presentes;
 Localização das instalações de superfícies;
 Descriminação das operações auxiliar: energia, suprimento de água, acessos, áreas de
disposição de estéril e barragens de rejeito.

5. AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DE ESTUDO DA VIABILIDADE DE UM


PROJECTO DE LAVRA DE MINA SÃO :

 Prover informações detalhadas e comprovadas dos elementos fundamentais concernentes ao


projecto de lavra de mina;
 Representar a lavra de mina por meio de esquema apropriados, incluindo desenhos, figuras,
fotos, relação de equipamentos com detalhamento, inclusivo dos custos previstos e
resultados esperados;
 Avaliar a lucratividade do projecto;
 Recomendar ou não o projecto de mina
Nesse estágio é realizado o estudo económico-financeiro detalhado, com a necessidade de capital
e custo de mineração ao longo da vida útil do projecto, além da análise de sensibilidade
económica sobre vários cenários.

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6. FASES DE MINERAÇÃO

A mineração envolve procedimentos que vão desde a procura e descoberta de ocorrências


minerais com possível interesse económico, até o reconhecimento do seu tamanho, forma e valor
económico. A mineração engloba ainda o transporte, o processamento e a concentração dos
minérios e toda a infra-estrutura necessária a estas operações, dando lugar aos processos da
metalurgia e da indústria transformadora.
As fases da mineração como já comentados são denominadas: prospecção ou procura, pesquisa,
desenvolvimento, lavra e fechamento da mina. Entretanto a fase de lavra especificadamente pode
também ser dividida em três fases ou subfases: planeamento, implantação, produção.

6.1. 1ª FASE: PROSPECÇÃO E PESQUISA MINERAL

É a fase da procura do bem mineral, visando definir áreas com indícios de ocorrência mineral;
O conhecimento da jazida
A natureza dos depósitos minerais é muito diversa. Cada depósito mineral é uma génese única e,
portanto é único. Cada multiplicidade de fazimentos minerais impõe se o agrupamento daqueles
que aparecem semelhantes, de modo a definirem se tipos ou categorias que sejam facilmente
refincados e identificados. É esta finalidade que se procura com a classificação sistemática de
fazimentos minerais. Pretende se, portanto, definir, tanto quanto possível homogéneos, que
facilitem o estudo e permitam tirar, por analogia, de conhecimentos de uns, ensinamentos que
ajudem na prospecção, pesquisa e explotação de outros (Tadeu, 1986). Assim com o propósito de
facilitar o trabalho de prospecção necessária ao detalhamento das reservas, os Geólogos e os
Engenheiros de Minas tentam agrupar os depósitos minerais considerando suas várias
características intrínsecas. Modelos geológicos de depósitos minerais têm em princípio duas
componentes; uma empírica, fundamentada na observação e da experiência (morfologia,
contactos, espessuras, mineralogia e teores), e outra conceitual, que corresponde à interpretação
dos dados no contexto da génese do depósito. Quanto aos dados sobre o depósito, que será
classificado em termos de recursos (pois não estão em julgamento valores relacionados a
viabilidade económica), o modelo dependerá do julgamento, experiência e o conhecimento do
técnico que definirá o limite entre a faixa mineralizada e sua encaixante.

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Determinação da morfologia do depósito Após a definição dos limites da região mineralizada
passa se a determinação da morfologia do depósito. Segundo Maranhão (1982), diversas
classificações são utilizadas para agrupar os depósitos minerais. Umas com base na utilidade das
substâncias, outras no tipo da rocha encaixante, algumas na forma da jazida ou na génese do
minério, etc. Teoricamente, seriam as classificações genéticas as que melhor corresponderem ao
fim em vista, uma vez que elas dariam explicar a concentração anormal, que esta na origem do
fazimentos minerais e as relações entre elas e o meio geológico ambientem.
Se estas classificações, só por si, pouco pode adiantar para o conhecimento da origem e da
formação dos jazigos minerais, por quanto se baseiam numa característica puramente extrínseca,
que se poderia dizer acidental, são, com tudo, indispensáveis para a lavra de minas.
Por essa razão e porque prestam relevantes contribuições na individualização dos fazimentos
minerais sem a pretensão de dar uma classificação morfológica completa.
Análise do relatório de pesquisa Análise criteriosa do relatório de pesquisa é a primeira
oportunidade para se conhecer a jazida em termos de quantidade e qualidade das reservas, do
método de determinação dessas qualidades e quantidades e da confiabilidade dessas
determinações. O êxito de um dado empreendimento de mineração, em sua essência, estará
sempre intimamente ligado à precisão das avaliações das reservas minerais efectuada. Avaliações
são feitas com base em dados amostrados e estão sujeitas a erros. Os valores verdadeiros das
variáveis de interesse, no processo de avaliação de reservas minerais, serão conhecidos somente
apuseram a lavra do depósito. Por conseguinte, a melhor estimativa possíveis de reserva minerais
deve ser o objectivo principal da análise do relatório de pesquisa. Esse objectivo é alcançado por
meio de uma análise crítica dos dados da pesquisa e amostragem, como também do método da
pesquisa empregado. Baseando se em tais informações pode se passar ao processo de delineação
do corpo do minério, bem como efectuar a selecção de um método adequado para o cálculo das
reservas minerais.
Avaliações do método de pesquisa e amostragem empregada. Forma, estrutura geológica e
complexidade de um fazimento condicionam o método de pesquisa a ser empregado para a
determinação de seus volumes e características. É preciso sempre se certificar de que tipos de
sondagem utilizados são o mais adequado e amostragem, confiável. Será sempre desejável que o
método de pesquisa seja rápido, objectivo, seguro e económico, de modo que, pelo menor custo
possível, determine se as características fundamentais dos fazimentos. A técnica de amostragem

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deverá ser analisada criteriosamente, com atenção, sobre tudo, a representatividade das amostras.
Tanto a avaliação das quantidades quanto a da qualidade dos recursos minerais úteis são,
tradicionalmente baseadas em métodos em que se recomenda a extensão das informações dos
pontos amostrados para áreas circunvizinhas, dentro do corpo minério. Usando os procedimentos
estatísticos, os parâmetros reais são estimados com base m amostras, cujo volume é muito
pequeno se comparado as dimensões dos depósitos. Assim sendo, tais estimativas estão sujeitas a
erros de extensão, cuja grandeza depende entre outros aspectos:
a) Da quantidade e qualidade da informação colectada nos pontos de amostragem;
b) Do grau de heterogeneidade da mineralização;
c) Do volume do material a ser estimado;
d) Do tipo de metodologia de estimativa.
Avaliação dos dados da pesquisa Na maioria das vezes a exploração mineral é realizada
obedecendo a modelos pré estabelecido, adoptando se uma densidade de informações que se
provou suficiente para reservas minerais similares. Entre tanto, é preciso estar atento ao facto de
que não existem duas reservas minerais iguais: cada jazida possui suas especificidades, e, muitas
vezes, uma característica que, a primeira vista não apresenta grande importância pode
inviabilizar um projecto de lavra de minas.
Assim, uma exploração mineral bem conduzida deve ter uma densidade de informações sobre a
substância mineral útil que seja abrangente e, ao mesmo tempo, suficiente, isto é, sem exageros.
Além da quantidade de dados, deve se estar atento a exactidão da localização dos pontos de
amostragem, a recuperação do testemunho na zona mineralizada, a densidade aparente e ao peso
específico ou factor tonelagem do material recuperado nas amostragens.
É necessário também, que, a quantificação dessas características, seja associado o erro cometido
para se avaliar se a pesquisa realizada esta adequada. Enfatiza se a necessidade de se concluir
sobre a propriedade ou não da pesquisa realizada, comparando se o número de informações
geradas, em todos os aspectos com complexidade do corpo estudado. Em suma, não basta que o
método de pesquisa seja adequado se a pesquisa for insuficiente.
Confiabilidade dos resultados é preciso enviar uma amostra para laboratórios diferentes e de
competências comprovadas, para se comparar os resultados e optar por aqueles que apresentam
resultados coerentes. A comprovação da competência dos laboratórios seleccionados pode

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também ser testada se, para uma mesma amostra rotulada com designações diferentes, forem
obtidos resultados iguais para característica a ser dosada.
Ao avaliar as análises químicas das amostras, deve se também verificar se os resultados são
precisos ou imprecisos por víeis ou pura aleatoriedade.
Inventário dos dados da pesquisa mineral recomenda que, elabore uma lista contendo as
informações relevantes, que devem ser colectadas e organizadas em um banco de dados param a
futura manipulação como a seguinte:

 Mapa de localização e situação da área de estudo;


 Informações topográficas: plantas planiartimétricas em escalas adequadas, para localização
dos pontos de dados, construção de perfis, delimitação do corpo de minério;
 Informação geológica: descrições de afloramentos com litologia e estruturas devem ser
lançadas em base topográficas para a construção de mapas geológicos e delineação do corpo
minério;
 Informações de sondagem e amostragem: coordenadas da boca do furo, cota da boca do
furo, direcção e inclinação do furo, profundidade máxima, etc.
Delineação do corpo de minério Segundo Sad e Valente (2007) a delineação dos depósitos
minerais é a principal tarefa executada pelos especialistas durante a avaliação geológica
económica destes e é efectuada no decorrer da pesquisa, tornando possível a obtenção de dados
para a valorização do corpo mineral. A análise e correcta interpretação dos dados disponíveis
permitirão a determinação da forma, dos limites e as dimensões da jazida em estudo.
Os limites primários de um depósito são estabelecidos pela litologia, acamamento, estruturas e
variações anómalas no teor, enquanto os limites secundários, de interpretação mais difícil estão
relacionados a variações gradativas dos teores, limites irregulares da mineralização ou controlo
do corpo mineralizado.
Composições das amostras Os trabalhos de pesquisa em um depósito mineral têm por meta o
conhecimento da geologia, da configuração do depósito e do valor das variáveis de interesse.
Fornece subsídios para estimar as características mineralógicas, químicas e tecnológicas do
depósito, as quais são progressivas e detalhadamente obtidas para a reconstrução do modelo de
uma parte ou da totalidade de depósito.

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As amostras individuais têm uma porção representativa de sua massa enviada para análises
laboratoriais, porções que variam de alguns centímetros ou vários metros de comprimento. Isso
se justifica perante a necessidade de reconhecer e delimitar possíveis zonas ricas dentro da
jazida.
Os principais benefícios da regularização dos dados amostrados são:
 Atenuação da influência dos valores altos ou baixos;
 Padronização do tamanho das amostras, aumentando assim, a representatividade da
população amostrar como um todo;
 Simplificação dos procedimentos de interpretação (pois, dependendo da metodologia de
composição, o numero de dados em analise pode diminuir), além da redução dos
requerimentos computacionais;
 Incorporação da diluição, a efectuar se a regularização.
Composição por zona mineralizada Esse tipo de composição permite obter valores mais
representativos das espessuras dos tipos Lito lógicos reconhecidos nos furos de sondagens ou nas
secções geológicas.

6.1.1. Métodos de avaliação de jazidas para avaliação das jazidas os métodos


são classificados em dois grupos:

1°: Métodos clássicos


Os métodos dos clássicos interpretaram a natureza aleatória das mineralizações considerando os
princípios elementares as estatísticas convencionais. Actualmente uma das primeiras tarefas que
deve ser feita ao se iniciar a avaliação de reservas é a análise estatística dos dados oriundos da
sondagem e das composições dos furos de sondagem.

2°: Métodos Geoestatísticos


A geoetatistica se diferencia de estatística clássica, em que e postulada a total independência
entre amostras. Por meio da geoestatistica, e possível avaliar erros de estimação e introduzir
distâncias de influência entre amostras.
Enquanto a estatística trabalha com variáveis aleatórias, a geoestatistica faz com variáveis
denominadas regionalizadas.

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6.2. 2ª FASE: EXPLORAÇÃO

É a fase de estudo de uma ocorrência mineral descoberta; é empreendida para se conhecer o seu
tamanho, forma, teor e valor económico associado a esta ocorrência;
Parametrização de reservas minerais Segundo Sad e Valente (2007) um dos grandes problemas
no planeamento mineiro e a compreensão e a determinação do teor ou corte, apesar de este teor
ser consenso comum. A cada variação do teor quantificam-se novos valores para reservas
minerais.
Denominam-se curvas de parametrização as curvas que são construídas para quantificar reservas,
minério, estéril, metal contido e outros parâmetros de interesse por meio, principalmente, da
variação do teor de corte.
Determinação do custo de mineração Na maioria das vezes, o valor a ser fixado e o teor médio
do minério a ser lavrado, que devera atender aos pré-requisitos de ordem técnica do conjunto
mina-beneficiamento.
A minimização de custo e maximização do aproveitamento da reserva mineral corresponde a um
dos preceitos elementares da boa pratica mineira. Justifica-se, assim, a importância que e dada
para litigiosa determinação do teor médio, como uma condicionante para o atendimento desses
objectivos.
Pesquisa do mercado Apôs o conhecimento da jazida, e necessário a analisar o comportamento
do mercado em relação ao bem mineral que ela irá produzir. O espaço físico que o mercado
consumidor abrange esta intimamente relacionado as actividades económicas, ou seja, existe
uma área geográfica, na qual na reserva mineral se insere, onde o produto desta e capaz de ser
comercializado em condições por outros similares.
As pesquisas mercadologias abrangem análises de tendências e extrapolações, baseadas em
dados resultantes de análises de conjunturas económicas e até de injunções politicas, de âmbito
nacional e, muitas vezes, internacional e, por isso, podem se tornar complexas
Determinação da escala de produção E estabelecida em razão das reservas minerais, da
conjuntura tecnológica e económica, e, em particular, da pesquisa do mercado. A lavra muito
rápida com escala de produção elevada pode não fornecer tempo suficiente para a depreciação de
equipamentos, de instalações, imóveis. Inversamente a escala de produção de minutas reduzem
sobre tudo a taxa interna de retorno de investimento.

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Alguns métodos para determinação da escala de produção, entre eles o denominado modelo
estático de massa e crescimento da riqueza, que parte das seguintes hipóteses:
 O investimento inicial e proporcional a escala de produção e é totalmente despendido no
ano zero, ou seja, antes de iniciar a produção;
 O preço unitário de venda permanece constante durante a vida da mina;
 O custo de produção e também constante e é o custo anual de produção e proporcional a
escala de produção;
 A escala de produção se mantem constante durante toda vida da mina.
Pesquisa tecnológica Tem como objectivo a definição dos tipos de minérios e estéril, de processo
de tratamento de minérios e dos principais parâmetros geotécnicos. Visa também em ultima
análise enquadrar a realidade geológica dentro de conceito tecnológico, fornecendo elementos
responsáveis de decisão sobre o empreendimento, o que seria possível com a pesquisa geológica.
As diversas aberturas (galerias, poços, etc.) cuidadosamente amostradas proporcionarão a
obtenção de varias amostras individuais, que devem ser usadas:
 Definição da topologia dos minérios;
 Ensaios de tratamento de minérios, inclusive em plantas pilotam;
 Obtenção de amostras (blocos indeformados e outros) para estudos geotécnicos;
 Análise da estrutura geológica de depósito por meio de mapeamento geológico das
paredes das galerias;
 Outros estudos de interesse.

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6.3. 3ª FASE: DESENVOLVIMENTO

É a fase de preparação e traçado de uma jazida mineral já estudada e provada, tendo como a
finalidade a sua preparação para a futura lavra.
Definição do método de lavra A definição de métodos de lavra é fundamental para o projecto de
minas. Na etapa de detalhamento do projecto (projecto detalhado), o método de lavra deve ser
seleccionado. Com mais atenção, considerando a sequência de estudos ali seguida, constata-se
que os factores a ponderar na selecção do método de lavra estão relacionados, primeiramente,
com os aspectos económicos e técnicos. Entretanto, diversos outros estudos específicos são
necessários para servir de suporte para confecção e aprovação de um projecto de lavra,
incluindo:
 Topografia da área, características naturais e geológicas do corpo mineral;
 Forma de depósito, tipos de minérios e sua distribuição espacial e espessura do
capeamento;
 Avaliação económico-financeira para a determinação do valor do minério, do custo do
investimento e dos custos operacionais;
 Análise da legislação pertinente em nível local, regional e nacional e das eventuais
políticas de incentivo a mineração;
 Definição das tecnologias mais apropriadas para o tratamento dos minérios, a
estabilidade das escavações e o transporte e manuseio dos materiais;
 Avaliação dos factores sócia ambientais visando à mitigação dos impactos no ar, no solo,
nas águas e no meio ambiente no geral e na sociedade como um todo.
Acrescenta se a tudo isso como um factor complicador, o obrigatório vinculação entre elementos
tão destintos, e se terá uma ideia da importância do planeamento critérios das operações pelo
método de lavra mais adequado.
Infra-estruturas da Mina A viabilidade de um empreendimento não prendem apenas a existência
de uma reserva mineral sem condições quanto na sua localização ela irá gerar a situação dos
fornecedores de insumos necessários a geração desse bem. Não se pode dizer que existe uma
jazida se o preço de venda de seu produto não ser competitivo. Essa competitividade e
fortemente dependente das distâncias de transporte, bem como da conexão dessa rede com a rede
viária nacional e portuária.

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O porto do empreendimento mineiro irá determinar a natureza e o tamanho da infra-estrutura
necessária para suporta-lo. Quando a jazida estiver localizada em região desprovida de infra-
estrutura adequada, por ser uma parcela muitas vezes importante de investimento inicial.
Aspectos ambientais A implantação de um empreendimento mineiro têm consequências mediatas
no meio ambiente, seja dentro dos limites da própria mina, seja nas áreas circunvizinhas. Assim,
deve-se proceder a todas essas acções que causem impactos ambientais, prudentemente, e em
conformidade com a legislação ambiental pertinente. Os principais impactos ambientais de uma
mina a céu aberto são relacionados a poeiras, ruídos e vibrações e aumento de partículas sólidas
em suspensão nos cursos de água.
7. FASES SUBSEQUENTES

São fases que seguem a fases préliminares na implantação de um projecto, são fases da
verdadeira implementação.

7.1. EXPLORAÇÃO

É a fase de estudo de uma ocorrência mineral descoberta, e é empreendida para se conhecer o seu
tamanho, forma, teor e valor económico associado a tal ocorrência.

Os objectivos desta fase são:

 Explorar ocorrências conhecidas;


 Determinar elementos da formação (dimensões, inclinação, teores);
 Serviços em superfície e em subsuperficie de exploração;
 Sondagens, poços, trincheiras, Amostragem.

As fases da exploração mineral consistem nos seguintes trabalhos:

1. Topografia (alocação de marcos como a linha de base; levantamentos plano-altimétrico;


posicionamento no terreno);

2. Geologia (mapeamento geológico, descrição mineralógica e litologica da área, e


mapeamento estrutural);

3. Geoquímica (amostragem de sedimento de corrente e amostragem de solo);

4. Geofísica (sendo aérea e terrestre);

5. Sondagem (locação do equipamento, descrição e amostragem).

Geoestatística e Modelagem 3D (análise dos dados; integração dos dados, interpretação


geológica dos dados, modelo 3D e análise da consistência do modelo).

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8. CRITERIOS PARA IMPALNTAÇÃO DE UM PROJECTO MINEIRO

I. Requisito: Requerimento da área Com a suspeita ou certeza da existência de uma ou mais


substâncias minerais de interesse económico, e a pretensão de extraí-las. Em primeiro lugar
é necessário verificar se a área já fora requerida por alguém. A verificação é feita no
Sistema de Informações Geográficas da Mineração (SIGMINE), um banco de dados de
referência na busca de informações (actualizado diariamente), relativo às áreas dos
processos minerários cadastrados na ANM. O passo a passo de como requerer área pode ser
lido aqui. É importante ressaltar que não é necessário comprar a área requerida, pois o
proprietário não é dono das riquezas minerais que ocorrem em sua propriedade.

II. Requisito: O requerimento de Alvará de Autorização de Pesquisa Posteriormente, caso o


direito da área de interesse esteja disponível, o próximo passo é requerer um alvará de
pesquisa. Esse requerimento é composto por um conjunto de documentos. Primeiramente
começam com o Mapa de Delimitação, que consiste em um mapa da área de interesse,
delimitado no formato de um polígono. Sendo ainda necessário informar a extensão da área
a se requerer, que possuem limites máximos de acordo com o tipo de bem mineral que se
pretende extrair. E por fim, o Plano de Pesquisa, que consiste em um plano de trabalho que
dispõem das especificações técnicas necessárias para o aproveitamento do bem mineral em
questão. Pois, é necessário provar a ANM, a existência da substância mineral na área, por
meio da pesquisa mineral. É necessário ressaltar, que a confecção do Plano de Pesquisa,
deve ser realizada por um Engenheiro de Minas ou Geólogo.

III. Requisito: A execução da Pesquisa Mineral Com os documentos em ordem, a área disponível e
o plano de pesquisa tecnicamente correto. O requerimento é aprovado e será emitido um Alvará
de Autorização de Pesquisa. Este permite o ingresso do interessado na área a fim de iniciar a
pesquisa mineral. Que, por sua vez, consiste na execução dos trabalhos necessário para definição
da jazida, sua avaliação e a determinação da exequibilidade do seu aproveitamento económico.
Esta é executada por um Engenheiro de Mina, Geólogo ou uma Consultoria Mineral. Se a área
requerida não pertencer ao interessado pela pesquisa, é preciso que este entre em contacto com o
proprietário da terra, e que lhe seja apresentado o alvará. O proprietário não pode impedir a

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pesquisa e nem a posterior extracção. Portanto é necessário o estabelecimento de um acordo de
indemnização entre o financiador da pesquisa e o dono das terras. Caso não haja o consenso de
um acordo, a questão é submetida pela ANM a justiça local que decidirá o valor da
indemnização.
Ainda se durante o processo de pesquisa seja descoberto outra substância mineral útil, diferente a
que se pretendia buscar. É necessário informar a ANM, assim o titular do Alvará de Pesquisa
poderá requerer a ANM, a consideração deste material como objecto principal ou mesmo o único
da pesquisa.
É interessante ressaltar que é permitida em carácter excepcional, a explotação do bem mineral,
ainda durante o processo de pesquisa. Sob prévia autorização da ANM, como um modo de
custear o investimento de pesquisa. Essa concepção é denominada Guia de Utilização, e detém
um volume limite de extracção.

IV. Requisito: Autorização/Portaria de Lavra A conclusão da pesquisa pode comprovar a


existência do bem mineral economicamente viável ou não. Sendo que no primeiro caso
ocorre a aprovação do relatório e no segundo, o seu arquivamento. Com a aprovação do
relatório é necessário solicitar uma Autorização de Lavra, que necessita da apresentação de
alguns documentos. Sendo estes o Plano de Aproveitamento Económico da Jazida (com
descrição das instalações de beneficiamento) e a Prova de Disponibilidade de Recursos.

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9. LEGENDA DOS SECTORES DE UMA MINA

1 – Guarda;

2 – Estacionamento de veículos leves;

3 – Higiene e Segurança no Trabalho (HST);

4 – Sala de Instruções;

5 – Sala do Supervisor;

6 – Recursos Humanos (RH);

7 – Clinica;

8 – Refeitório;

9 – Oficina;

10 – Estacionamento de Maquinas Pesadas (EMP);

11– Bombas de Abastecimento;

12– Pilha (Pit2);

13– Baixamente de Banco;

14– Pit1;

15– Pit2;

16– Via de Acesso;

17- Tráfego de mina

18- Cancela de acesso a mina

19- Pilha de Pit2

20- Britador da Mina

21-Pilha de Bananeira

22- Pilha de Chipanga

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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANZMEC/MCA, Australian and New Zealand Minerals and Energy


Council. Minerals Council of Australia. 2000. Strategic Framework for
Mine Closure. Canberra.
Western Australia. 2011. Guidelines for Preparing Mine Closure
Plans. Department of Mines and Petroleum, Environmental Protection
Authority, sem lugar.
World Bank. 2007. Environmental, Health and Safety Guidelines for
Mining. World Bank, Washington.
Villas-Boas, R.C.; Albuquerque, G.A.S.C. (org.). 2003. Patrimonio
Geológico y MInero en el Contexto del Cierre de Minas. CNPq/Cyted,
Rio de Janeiro.

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11. CONCLUSÃO

Findo o presente trabalho concluímos que temos que Conhecer as etapa para implementação de
um projecto, da mineração que leva a cabo a instalação de uma planta de mina, a partir dos
estudos preliminares até a implantação do projecto.
As principais funções de estudo da viabilidade de um projecto de lavra de mina, que devem
Representar a lavra de mina por meio de esquema apropriados, incluindo desenhos, figuram,
fotos, relação de equipamentos com detalhamento, inclusivo dos custos previstos e resultados
esperados.
E também tende se destacado as fases da mineração, a fase prospecção e pesquisa mineral que é
a fase da procura do bem mineral, visando definirem áreas com indícios de ocorrência mineral.
A fase da exploração que é a fase de estudo de uma ocorrência mineral descoberta .

Fase de desenvolvimento que é a fase de preparação e traçado de uma jazida mineral


já estudada e provada, tendo como a finalidade a sua preparação para a futura lavra

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