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São Carlos – SP
2013
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
São Carlos – SP
2013
DEDICO a conclusão deste curso de graduação a meus pais, que
sempre priorizaram minha educação em detrimento deles
próprios. A eles, que com muito amor e afinco passaram todas as
tardes do ano letivo de 1999 na porta do Colégio Lúdico para que
eu pudesse assistir às aulas da 2ª série do Ensino Fundamental,
todo o meu respeito e gratidão.
i
.
ii
DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!
Mário Quintana
iii
RESUMO
iv
ABSTRACT
v
LISTA DE TABELAS
vi
LISTA DE FIGURAS
vii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
viii
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS................................................................................................................................. VI
SUMÁRIO ..............................................................................................................................................IX
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 1
ix
1. INTRODUÇÃO
Visa-se apresentar aqui, inicialmente, o contexto que motivou o
desenvolvimento desta pesquisa, e na sequência, explanar detalhadamente
seus objetivos, método e justificativa.
1
que considere um gerenciamento, no presente, de questões ambientais, sociais
e econômicas, é chamada de Desenvolvimento Sustentável, termo esse
surgido em 1987, com a publicação, pela Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) da Organização das Nações Unidas
(ONU), do Relatório Brundtland, também intitulado “Nosso futuro comum” (Our
Common Future).
2
Assim, é implementada a responsabilidade compartilhada, entre o poder
público, a coletividade e também o setor empresarial, pelo ciclo de vida dos
produtos, ou seja, a responsabilidade se dá de forma individualizada e
encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores,
comerciantes, consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza
urbana e de manejo de resíduos sólidos.
3
para a compreensão e avaliação de aspectos tecnológicos e
ambientais, fornecendo informações relevantes que nortearão os
processos de tomada de decisão.
4
impactos causados fora desse escopo. Já a Gestão de Produtos se preocupa
com todas as etapas de desenvolvimento e produção até sua utilização e
descarte final. Em outras palavras, consiste em uma abordagem holística que
considera todos os aspectos ambientais durante todo o ciclo de vida do
produto.
5
Uma metodologia muito comum para esse tipo de análise é a
multicriterial, que visa considerar diferentes fatores relevantes, de modo a
possibilitar uma análise mais detalhada dos pontos positivos e negativos das
alternativas de ação para um dado sistema, sendo que aos fatores cabe
destacar os interesses e critérios próprios de cada grupo envolvido no processo
decisório (LUCENA, 1996).
6
Assim, o problema de pesquisa foi elaborado a partir da pergunta
geradora abaixo, e suas ramificações:
7
aprimoramento contínuo de técnicas capazes de auxiliar a avaliação de
impacto ambiental dos produtos.
8
novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática
prevista, envolvendo verdades e interesses universais.
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema
(Quantitativa ou Qualitativa), o trabalho pode ser considerado
Qualitativo, uma vez que considera a interpretação dos
fenômenos e a atribuição de significados, não requerendo o uso
de métodos e técnicas estatísticas. Justifica-se também por ser
descritivo, onde o processo e seu significado são os focos
principais de abordagem.
Do ponto de vista de seus objetivos (Exploratória, Descritiva ou
Explicativa), a pesquisa pode ser classificada como
Exploratória, visto que visa proporcionar maior familiaridade
com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir
hipóteses, envolvendo levantamento bibliográfico, e não
buscando descrever as características de determinado
fenômeno, e tampouco identificar e explicar os fatores que
determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos.
Por fim, quanto aos procedimentos técnicos (Pesquisa
Bibliográfica, Pesquisa Documental, Pesquisa Experimental,
Levantamento, Estudo de Caso, Pesquisa Expost-Facto,
Pesquisa-Ação ou Pesquisa Participante), o trabalho é
classificado como Bibliográfico, visto que é elaborado a partir de
material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos
de periódicos e materiais disponibilizados na Internet.
9
a) Conexão entre metodologias eficientes de análise de impactos
ambientais e o estímulo a práticas sustentáveis.
Escolha do Tema
Levantamento Bibliográfico
Fichamento
Redação
10
disponíveis no catálogo da biblioteca virtual da Universidade de São Paulo,
buscando-se pelas mesmas palavras chave mencionadas.
11
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Busca-se aqui trazer as informações mais relevantes que foram
levantadas a partir da bibliografia consultada, a fim de dar suporte ao que o
trabalho pretende desenvolver.
Para tanto, este tópico foi dividido em três etapas, que são as
componentes principais da estrutura teórica da pesquisa, a saber: Avaliação do
Ciclo de Vida, onde se buscará explanar a metodologia como um todo, mas
dando enfoque especial às etapas onde se utiliza ponderação de critérios ou
escolha de alternativas; Análise Multicritério, neste caso, com ênfase ao
Método da Análise Hierárquica, que é a metodologia multicriterial a qual foi
proposta de ser discutida; e por fim, a Análise Multicritério aplicada à Avaliação
do Ciclo de Vida.
1
Para a norma em questão, o termo “Produto” usado isoladamente não inclui apenas sistemas
de produto, mas pode também incluir sistemas de serviço.
12
Segundo Ometto (2005), a ACV se apresenta como uma importante
ferramenta para subsidiar o desenvolvimento de produto, a gestão da
produção, o pós-uso, a logística, entre outros processos, a partir de avaliações
técnicas e compilação de informações.
Como explanado por Valt (2004) a ACV é composta por quatro fases,
que constituem sua estrutura de aplicação, sendo elas:
13
Como ressalta Valt (2004), vale observar que as quatro fases são inter-
relacionadas, de modo que o correto desenvolvimento de cada fase é essencial
para o correto desenvolvimento do estudo.
Vigon e Jensen2 (1995 apud VALT, 2004, p. 10) trazem que a qualidade
da ACV vai depender da confiabilidade dos dados levantados, sendo que os
dados provenientes de consumos na manufatura são os de mais fácil obtenção
e os mais confiáveis. Mais que isso, eles afirmam também que os dados de
resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas são normalmente
mais difíceis de serem obtidos por causa principalmente da dificuldade de
determinação de sua exata composição e da confiabilidade do resultado.
2
VIGON, B. W.; JENSEN, A. A. (1995). Life cycle assessment: data quality and databases
practitioner severy. Journal Cleaner Production, Great Britain, v. 3, n. 3, p. 135-141, 1995.
14
inventário por categorias de impacto (classificação); modelagem de dados de
inventário dentro das categorias de impacto (caracterização) e a possível
agregação dos resultados em casos muito específicos e significativos
(ponderação). (ISO 14040:2006).
15
Figura 3: Avaliação de Impacto do Ciclo de Vida. Fonte: Adaptado de: ISO 14040:2006.
16
modelos para as categorias de impacto estão em diferentes estágios de
desenvolvimento, não existindo uma metodologia aceita comumente para
associar de modo consistente e correto os dados de inventário com potenciais
impactos ambientais específicos.
17
Tabela 1: Fatores de Equivalência dos Poluentes do Método Eco-Indicador 95. Fonte: Brentrup et al
(2000).
18
categorias de impactos consideradas no método Eco Indicador
95, considerando 5% de prejuízo ao ecossistema.
19
2.2. Análise Multicritério
A análise multicritério teve seu início nos anos 60 como instrumento de
apoio à decisão, e é aplicada na análise comparativa de alternativas para
decisão utilizando de medidas heterogêneas. A técnica permite levar em conta
diversos critérios em simultâneo na análise de uma situação complexa. Assim,
destina-se a ajudar os tomadores de decisão a integrar diferentes opções nas
suas ações, refletindo sobre diferentes pontos de vista e considerações
pertinentes. A participação dos tomadores de decisão no processo é um dos
elementos centrais da abordagem (MANUAL TÉCNICO, 2013).
21
permitem concluir que o método AHP seja inferior. Pelo contrário, os resultados
obtidos pelos diferentes métodos, na maioria das vezes, foram considerados
similares e diversas vantagens da aplicação do AHP foram observadas em
todos os casos.
22
importâncias que refletem os pesos relativos de cada item analisado (SAATY,
1987).
O primeiro passo para a utilização do AHP é a determinação do
problema a ser estudado e do objetivo a ser alcançado. Em seguida, uma
estrutura hierárquica deve ser definida de modo que se coloque o objetivo no
topo, os critérios no nível intermediário e as alternativas de decisão ao final
(SAATY, 2008). Um modelo de estrutura hierárquica é ilustrado abaixo.
23
Para a avaliação par a par, os elementos avaliados nas matrizes
correspondem cada um a uma linha ou coluna respectiva. Dessa forma, a
matriz gerada a partir das comparações tem a seguinte forma (SAATY, 1991):
Onde,
Por fim, uma escala de prioridades de cada matriz pode ser determinada
e sendo as matrizes consistentes, a partir de todas as escalas, pode ser feita
uma análise global do problema (SAATY, 2008).
24
avaliem a consistência dos julgamentos, possibilitando ao usuário, no caso de
inconsistência, a revisão dos julgamentos (SAATY, 1991).
25
superior, determina um vetor de prioridades, que representa o grau de
importância respectivo de cada elemento analisado (MAGALHÃES, 2011).
26
açúcar mecanizada foi aproximadamente 50% superior ao encontrado para a
cana-de-açúcar queimada.
27
ambiental de empresas têxteis da província de Hebei, na China. A configuração
do AHP teve no primeiro nível a avaliação global de competitividade ambiental
das empresas têxteis. No segundo nível constaram os principais fatores
identificados para avaliar a competitividade ambiental das empresas têxteis, a
saber, a tecnologia ambiental, a produção ambiental e o marketing ambiental,
de modo que os demais níveis contiveram os atributos para avaliação da
competitividade ambiental.
28
b. A relevância do impacto no ambiente global (aquecimento global e
formação de foto oxidantes).
29
Basicamente foi montada uma hierarquia, onde o nível inferior
eram as alternativas consideradas, o nível intermediário eram
os critérios ambientais pelos quais os méritos das alternativas
foram julgados e o topo da hierarquia era o objetivo da análise.
As alternativas foram comparadas umas contra as outras, aos
pares, com relação aos critérios. Os critérios também foram
comparados aos pares com relação ao objetivo, utilizando-se
uma escala numérica. A partir de um procedimento algébrico, a
importância relativa das alternativas para a satisfação do
objetivo foi derivada.
a. Infraestrutura do Processo;
b. Pré-processo de fabricação;
c. O processo sob análise;
d. O pós-processo;
e. Os limites do processo;
f. Ciclo de Vida do Produto.
30
E por fim, no último nível, foram considerados os dois processos em
análise, de modo que as comparações par a par foram realizadas em cada
nível baseando-se na escala de comparação de 1 a 9.
Ong, Koh e Nee (2001), por outro lado, utilizaram o método AHP no que
chamaram de “Pré-Avaliação do Ciclo de Vida” para determinar um índice
ambiental de cada um dos produtos que se propuseram de analisar, no caso
um produto de poliestireno e um de porcelana. Para isso, eles levantaram na
literatura as emissões causadas no processo de fabricação de cada um dos
produtos, e chegaram a uma lista de trinta substâncias. Assim, essas
substâncias foram comparadas entre si com base no impacto ambiental que
proporcionam, e em seguida, os dois produtos foram analisados com base nos
dados que foram levantados, ou seja, considerando a quantidade de emissão
de cada substância. Dessa forma, foram comparados dois produtos utilizando-
se da metodologia do AHP sem precisar de uma Avaliação do Ciclo de Vida
3
Culaba, A. 1996. A methodology for the life cycle and sustainability analysis of manufacturing
processes. Ph.D. Dissertation, University of Portsmouth, England.
31
completa. No entanto, os resultados obtidos podem servir como guias iniciais
para uma ACV completa desses produtos, o que justifica o termo “Pré-
Avaliação do Ciclo de Vida” utilizado.
32
3. DISCUSSÃO DA APLICABILIDADE DO MÉTODO AHP
NA AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA
Com base no levantamento realizado na revisão bibliográfica, que
identificou uma série de trabalhos onde se faz referência à aplicação
combinada do AHP e da ACV, e considerando também a referência normativa,
é possível traçar um paralelo teórico visando relacionar as diferentes
abordagens apresentadas.
33
O AHP pode ainda ser aplicado como apoio à ACV sempre que houver
necessidade de realizar uma escolha pautada em critérios definidos. Isso se
deve à versatilidade do método AHP em possibilitar apoio na tomada de
decisão através de um procedimento matemático relativamente simples,
podendo auxiliar na escolha de parâmetros, critérios ou componentes
relacionados de modo preliminar à ACV, como por exemplo na escolha de
problemas a serem estudados e impactos a serem avaliados, ou mesmo no
decorrer do desenvolvimento da ACV, que será discutido com mais
profundidade abaixo.
Na prática da ACV vários critérios podem ser usados para esse fim,
incluindo os mais expressivos (ISO 14040:2006):
a. Massa;
b. Energia;
c. Relevância ambiental.
34
Assim, estes critérios podem ser combinados em procedimentos para a
distribuição de pesos (grau de importância) sobre os elementos do sistema, o
que abriria espaço para contribuição do AHP.
Para tanto, a norma ISO 14040:2006 traz que é conveniente que sejam
incluídos requisitos da qualidade em um parâmetro de cobertura tecnológica,
que consiste na combinação de tecnologias tais como processos existentes,
melhor tecnologia disponível ou pior unidade de operação. Consequentemente,
fatores subjetivos e também qualitativos estão envolvidos nessa análise, o que
dá margens à aplicação do AHP para a determinação de um índice de
cobertura tecnológica.
35
por fim, a reprodutibilidade avalia de modo qualitativo a extensão em que a
informação sobre a metodologia e os valores de dados permite que um
executante independente reproduza os resultados relatados. Nestes três casos,
portanto, se verificam possibilidades de aplicação do método AHP como forma
de gerar comparação de alternativas qualitativas frente aos requisitos impostos.
36
A avaliação de impacto é dividida em duas partes, uma com elementos
obrigatórios, cuja saída deve ser o conjunto de resultados dos indicadores para
as diferentes categorias de impacto, conforme explanado no parágrafo anterior;
e outra com elementos opcionais, a saber:
37
(2001) e também no de Qian, Huang e Yan (2007), que foi o exemplo prático
demonstrado no capítulo anterior.
3.5. Interpretação
Os objetivos da fase de interpretação do ciclo de vida são analisar os
resultados, chegar a conclusões, explicar limitações, e oferecer
recomendações reportando os resultados. Para tanto, a interpretação deve se
valer primeiramente da identificação de elementos significativos para análise,
ou seja, uma vez estabelecidos os resultados das fases precedentes, a
significância desses resultados devem ser então determinados.
38
4. SÍNTESE DOS PRINCIPAIS PONTOS DA APLICAÇÃO
AHP-ACV
O capítulo anterior trouxe de modo descritivo uma discussão, com base
no referencial bibliográfico e normativo, do envolvimento metodológico das
ferramentas AHP e ACV. Este capítulo, por sua vez, tem o objetivo de sintetizar
as informações que foram sendo trazidas neste trabalho, a fim de finalizar este
estudo promovendo a coesão dos assuntos tratados de modo convergente com
a pergunta geradora do problema de pesquisa.
39
Ainda sobre o levantamento bibliográfico, foram encontrados diversos
trabalhos que aplicavam, ou ao menos faziam menção à aplicação do método
AHP na ACV. Ressalta-se que não foi encontrado nenhum estudo com
descrição clara de boas práticas para aplicação do AHP em conjunto com a
ACV, ou que tivesse por objetivo o levantamento de um referencial teórico para
esse escopo metodológico, tampouco um modelo de referência com uma
proposta de aplicação passo a passo, no entanto, a revisão bibliográfica
conseguiu levantar um acervo informacional que possibilitou a discussão da
aplicabilidade do AHP na ACV, conforme já descrito.
40
Figura 5: Quadro resumo dos principais pontos de aplicação do AHP na ACV. Observação: os pontos de aplicação são os em destaque.
41
Dentro das aplicações do AHP como forma de colaborar na tomada de
decisão de forma envolvida às etapas da ACV, as questões encontradas na
revisão bibliográfica com maior destaque estão presentes nas etapas de
Declaração de Objetivo e Escopo e Avaliação de Impacto. Na etapa de Análise
de Inventário, a aplicação sugerida do AHP está no sentido de possibilitar, se
necessária, uma validação dos dados a fim de se refinar as fronteiras do
sistema, o que depende muito da configuração e objetivo particular de cada
estudo. Já na fase de interpretação, a metodologia AHP pode auxiliar na
identificação de questões significativas, considerando a classificação de dados
quantitativos e/ou qualitativos, o que, tal como na etapa de análise de
inventário, é dependente da situação particular do problema em estudo.
42
Figura 6: Quadro resumo dos pontos de aplicação do AHP na etapa de Definição de Objetivo e
Escopo da Avaliação do Ciclo de Vida.
43
Figura 7: Quadro resumo dos pontos de aplicação do AHP na etapa de Avaliação de Impacto da
Avaliação do Ciclo de Vida. À direita, destaque para a descrição das etapas descritas à esquerda.
44
5. APLICAÇÃO EXPERIMENTAL
O intuito deste capítulo é demonstrar um exemplo prático da aplicação
do método AHP na Avaliação do Ciclo de Vida. Procurou-se escolher uma
aplicação que representasse com um nível de detalhe suficiente a abordagem
metodológica que está sendo estudada, a fim de que ficasse bem elucidada.
4
Yan, Z.G., “Integrated life cycle assessment of environmental and economical performance of
chemical products”,Ph D. thesis, South China University of Technology (2005).
45
Vida; no segundo nível, ficaram os dois âmbitos determinados na análise
(econômico e ambiental); seguidos dos subcritérios que representavam cada
eixo de análise:
Figura 8: Hierarquia definida para aplicação do método AHP. Fonte: adaptado de Qian, Huang e Yan
(2007).
46
c. a função de referência é a produção de 1.000 𝑘𝑔 × ℎ −1 de NF3 e
C2F6.
Tabela 5: Custo do Ciclo de Vida para limpeza de duas câmaras (Dólares). Fonte: adaptado de
Qian, Huang e Yan (2007).
E1 E2 E3 E4
NF3 12000 6800 4800 -
C2F6 8000 3500 2900 -
Tabela 6: Potencial de Impacto Ambiental para a limpeza de duas câmaras. Fonte: adaptado de
Qian, Huang e Yan (2007).
A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7
NF3 243150 52 2984 0 8263 1472188 2383
C2F6 79157577 7349 6103 0 21803 548490 47483
47
Tabela 7: Matriz de Comparação par a par dos critérios envolvidos com o Custo do Ciclo de Vida.
Fonte: adaptado de Qian, Huang e Yan (2007).
Custo do
Ciclo de E1 E2 E3 E4 RW
Vida
E1 1 1 3 3 0,375
E2 1 1 3 3 0,375
E3 1/3 1/3 1 1 0,125
E4 1/3 1/3 1 1 0,125
Tabela 8: Matriz de Comparação par a par dos critérios envolvidos com o eixo ambiental da
análise. Fonte: adaptado de Qian, Huang e Yan (2007).
A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 RW
A1 1 1 1 3 1/3 1/3 1/2 0,086
A2 1 1 1 3 1/3 1/3 1/2 0,086
A3 1 1 1 3 1/3 1/3 1/2 0,086
A4 1/3 1/3 1/3 1 1/6 1/6 1/4 0,043
A5 3 3 3 6 1 3 2 0,269
A6 3 3 3 6 1 1 2 0,269
A7 2 2 2 4 1/2 1/2 1 0,160
48
Tabela 9: Matrizes de comparação das alternativas no âmbito do Custo do Ciclo de Vida. Fonte:
adaptado de Qian, Huang e Yan (2007).
Tabela 10: Matrizes de Comparação par a par das alternativas no âmbito das categorias de impacto
ambiental. Fonte: adaptado de Qian, Huang e Yan (2007).
Categoria
de NF3 C2F6 RW
Impacto
NF3 1 0,031 0,030
A1
C 2F6 32,25 1 0,970
NF3 1 0,007 0,007
A2
C 2F6 142,8 1 0,993
NF3 1 0,489 0,328
A3
C 2F6 2,045 1 0,672
NF4 1 1 0,500
A4
C 2F7 1 1 0,500
NF5 1 0,378 0,275
A5
C 2F8 2,646 1 0,725
NF6 1 2,684 0,729
A6
C 2F9 0,373 1 0,271
NF3 1 0,05 0,048
A7
C 2F6 19,93 1 0,952
49
Tabela 11: Resultado Final dos Índices para cada alternativa. Fonte: adaptado de Qian, Huang e
Yan (2007).
Custo do Categorias
Ciclo de de Impacto
Vida Ambiental
NF3 0,619 0,328
C2F6 0,381 0,672
𝑖 = 𝑥1 × 𝑦1 + 𝑥2 × 𝑦2
50
importância dos dois critérios considerados. No gráfico abaixo é ilustrado esse
comportamento:
Índice de Integração
0,7
0,65
Índice de Integração
0,6
0,55
0,5
0,45 NF3
0,4 C2F6
0,35
0,3
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
51
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
52
No entanto, não foram exemplificadas outras oportunidades de aplicação, como
por exemplo, em outras fases da ACV, isso porque se preferiu priorizar a
aplicação mais recorrente levantada na revisão bibliográfica, no caso, o uso do
AHP na fase de Avaliação de Impacto.
53
pesquisa foi feliz, uma vez que ambas as metodologias, conforme já explorado,
são formas legítimas de se tratar problemas de ordem ambiental.
54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
56
HUSSEIN, H. H. C. (2004). Análise do Ciclo de Vida na Fabricação de
Reservatórios de Água de Fibra de Vidro. (Dissertação de Mestrado).
Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2004.
KROZER, J.; VID, J.C. (1998). How to get LCA in the right direction? Journal
of Cleaner Production, v.6, 1998 p. 53-61.
57
realocação de produtos em armazéns. 19º Simpósio Internacional de Iniciação
Científica da USP, São Carlos, SP.
ONG, S.; KOH, T.; NEE, A. (2001). Assessing the environmental impact of
materials processing techniques using an analytical hierarchy process method.
Journal of Materials Processing Technology, 113, 424-431, 2001.
SAATY, T. L. (2008). Decision making with the Analytic Hierarchy Process. Int.
J. Services Sciences, Pittsburgh, v. 1, n. 1, p. 83-98, 2008.
58
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Justificativas para aplicação do método de análise hierárquica. In: XIX
ENEGEP - Encontro Nac. de Eng. de Produção - Rio de Janeiro, RJ, Brasil,
1999.
59
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Alumínio e de Vidro para Refrigerantes no Brasil Variando a Taxa de
Reciclagem dos Materiais. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do
Paraná, Curitiba, 2004.
60