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Classificação dos Resíduos

Sólidos
Disciplina: Controle Ambiental de
Resíduos Sólidos e Emissões
Atmosféricas
Professora: Gabriela Aragão de
Moraes
Classificação de Resíduos de acordo com a PNRS

• A PNRS no seu art. 13 classifica os resíduos sólidos


quanto a origem e quanto a periculosidade.
• Classificação PNRS art. 13

Origem Enquadramento por lei.


a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de
limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos : os englobados nas alíneas “a” e “b”;
d) resíduos de estabelecimentos os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e
comerciais e prestadores de “j”;
serviços:
e) resíduos dos serviços públicos de os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”;
saneamento básico:
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção
civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;
Origem Enquadramento por lei.

i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a


insumos utilizados nessas atividades;

j) resíduos de serviços de os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e


transportes: ferroviários e passagens de fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios;
Classificação de Resíduos de acordo com a PNRS
• Quanto a periculosidade:

II - quanto à periculosidade:

a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de


inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade,
carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam
significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com
lei, regulamento ou norma técnica;

b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”.


Classificação ABNT 10004
• Para os efeitos desta Norma, os resíduos são classificados em:

a) resíduos classe I - Perigosos;


b) resíduos classe II – Não perigosos;
– resíduos classe II A – Não inertes.
– resíduos classe II B – Inertes.

A norma tem um anexo com as substâncias classificadas como perigosas.


Classificação ABNT 10004
• Resíduos perigosos – Classe I: são aqueles que apresentam
características como inflmabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade, patogenicidade e todas as substâncias contidas no anexo
A e B da norma.

• Resíduos Não perigosos- Classe II: Os códigos para alguns resíduos


desta classe encontram-se no anexo H.
Classificação ABNT 10004
• Resíduos classe II A - Não inertes: Aqueles que não se enquadram
nas classificações de resíduos classe I - Perigosos ou de resíduos
classe II B - Inertes, nos termos desta Norma. Os resíduos classe II A –
Não inertes podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água.
• Resíduos classe II B – Inertes: Quaisquer resíduos que, quando
amostrados de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR
10007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com água
destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT
NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água,
excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.
Outras Classificações de Resíduos

• Resíduo Solido de Saúde:


- Conama nº 358/2005;
- RDC Nº 222/2018;
- ABNT NBR 12808/2016.
I - GRUPO A: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou
concentração, podem apresentar risco de infecção.

a) A1
1. culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados;
descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados;
meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios
de manipulação genética;
2. resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica
por agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de
doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido;
3. bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou
com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta;
4. sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do
processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
b) A2
1. carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de
experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de
serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos
ou não a estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica.
c) A3
1. peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500
gramas ou estatura menor que 25 cm ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou
legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiares.
d) A4
1. kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados;
2. filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico hospitalar e de
pesquisa, entre outros similares;
3. sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que
não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica
e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante
ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons;
4. resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que
gere este tipo de resíduo;
5. recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos
na forma livre;
6. peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos
anátomo-patológicos ou de confirmação diagnóstica;
7. carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de
experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações; e
8. bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
e) A5
1. órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da
atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.

II - GRUPO B: Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio
ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.

a) produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos;


imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores
de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos controlados pela Portaria
MS 344/98 e suas atualizações;
b) resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório,
inclusive os recipientes contaminados por estes;
c) efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores);
d) efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas; e
e) demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR-10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, infl
amáveis e reativos).
III - GRUPO C: Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades
superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN e para
os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.

a) enquadram-se neste grupo quaisquer materiais resultantes de laboratórios de pesquisa e ensino na área de saúde,
laboratórios de análises clínicas e serviços de medicina
nuclear e radioterapia que contenham radionuclídeos em quantidade superior aos limites
de eliminação.
IV - GRUPO D: Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente,
podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

a) papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente,
material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros similares não classificados como
A1;
b) sobras de alimentos e do preparo de alimentos;
c) resto alimentar de refeitório;
d) resíduos provenientes das áreas administrativas;
e) resíduos de varrição, fl ores, podas e jardins; e
f) resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
V - GRUPO E: Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas
de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas;
lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta
sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
Outras Classificações de Resíduos

• Construção Civil
- Conama nº 307/2002;
- Conama nº 348/2004;
- ABNT nº 15113/2004.
I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura,
inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos,
telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fio
etc.) produzidas nos canteiros de obras;

II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão,
metais, vidros, madeiras e outros;

III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do
gesso;

IV - Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes,
óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e
reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e
materiais que contenham amianto ou outros
produtos nocivos à saúde. (nova redação dada pela Resolução n° 348/04).
Outras Classificações de Resíduos

• Resíduos Radioativos
- Norma CNEN Nº 8.01
Outras Classificações de Resíduos
• Os rejeitos nucleares são classificados segundo seus níveis e natureza da
radiação, bem como suas meias-vidas.
a) Classe 0: Rejeitos Isentos (RI): rejeitos contendo radionuclídeos com valores de
atividade ou de concentração de atividade, em massa ou volume, inferiores ou
iguais aos respectivos níveis de dispensa estabelecidos na Norma CNEN-NE6.05.

b) Classe 1: Rejeitos de Meia-Vida Muito Curta (RVMC): rejeitos com meia-vida


inferior ou da ordem de 100 dias, com níveis de atividade ou de concentração em
atividade superiores aos respectivos níveis de dispensa e que podem atender, num
período de até 5 anos, aos critérios de dispensa estabelecidos na Norma CNEN-NE-
6.05.
Outras Classificações de Resíduos
c) Classe 2: Rejeitos de Baixo e Médio Níveis de Radiação (RBMN): rejeitos com
meia-vida superior a dos rejeitos da Classe 1, com níveis de atividade ou de
concentração em atividade superiores aos níveis de dispensa estabelecidos em
Norma CNEN, bem como com potência térmica inferior a 2 kW/m3. A Classe 2 é
subdividida em subclasses de acordo com determinadas características desse tipo
de rejeitos.

d) Classe 3: Rejeitos de Alto Nível de Radiação (RAN): Rejeitos com potência


térmica superior a 2kW/m3 e com concentrações de radionuclídeos de meia-vida
longa que excedam as limitações para classificação como rejeitos de meia-vida
curta.

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