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GESTÃO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS

Aula 3
CARACTERIZAÇÃO
E CLASSIFICAÇÃO
DE RESÍDUOS
SÓLIDOS

°
INTRODUÇÃO

ORIGEM DE ALGUMAS PALAVRAS IMPORTANTES

➢ LIXO: origina-se do latim lix, que significa cinzas ou lixívia.

➢ RESÍDUO SÓLIDO: resíduo vem do latim residuu, significa


o que sobra de determinadas substâncias, e a palavra sólido
é incorporada para diferenciá-los de, gases e líquidos.
➢ Em outras línguas:
➢ Inglês: refuse, garbage ou solid waste;
➢ Espanhol: basura.
INTRODUÇÃO
NORMAS ABNT PARA CLASSIFICAÇÃO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS

➢ NBR 10.004:2004 Resíduos Sólidos –Classificação


➢ NBR 10.005:2004 Procedimento para obtenção de
extrato lixiviado de resíduos sólidos
➢ NBR 10.006:2004 Procedimento para obtenção de
extrato solubilizado de resíduos sólidos
➢ NBR 10.007:2004 Amostragem de resíduos sólidos

• Substituem as normas de 1987.


• Publicadas em 31-05-2004.
• Validade a partir de 30-11-2004.
• Nota técnica publicada em 30-09-2006.
INTRODUÇÃO
PRINCIPAIS ASPECTOS DA NORMA

QUANTO À APLICAÇÃO

➢ Os resíduos radioativos não são objeto da norma, pois


são de competência exclusiva da Comissão Nacional de
Energia Nuclear –CNEN (item 1).
➢ Os resíduos de serviços de saúde deverão ser
classificados conforme ABNT NBR 12.808 (item
4.2.1.5.2).
➢ Os resíduos gerados nas ETE domésticos e os
resíduos sólidos domiciliares, excetuando-se os
originados na assistência à saúde da pessoa ou animal,
não serão classificados segundo os critérios de
patogenicidade (item 4.2.1.5.2).
INTRODUÇÃO
PRINCIPAIS ASPECTOS DA NORMA

QUANTO À CLASSIFICAÇÃO

➢ Desvinculação do processo de classificação em relação apenas à


disposição final de resíduos sólidos (item 0.2)
➢ A classificação de resíduos sólidos envolve a identificação do
processo ou atividade que lhes deu origem, de seus constituintes e
características, e a comparação estes constituintes com listagens
de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é
conhecido (item 4).
➢ A identificação dos constituintes a serem avaliados na
caracterização do resíduo deve ser estabelecida de acordo com as
matérias primas, os insumos e o processo que lhe deu origem (item
4).
➢ O gerador de resíduos listados nos anexos A e B pode demonstrar
por meio de laudo de classificação o que seu resíduo em particular
não apresenta nenhuma das características de periculosidade
especificadas nesta norma (item 4.2.1).
INTRODUÇÃO
PRINCIPAIS ASPECTOS DA NORMA

QUANTO AOS MÉTODOS DE ENSAIO

• Para análises químicas deverão ser usados os métodos USEPA


-SW 846, última edição, e, quando disponíveis, os métodos
nacionais equivalentes elaborados pela ABNT (item 5).
• Outros métodos analíticos, consagrados em nível internacional,
podem ser exigidos pelo Órgão de Controle Ambiental,
dependendo do tipo e complexidade do resíduo, com a
finalidade de estabelecer seu potencial de risco à saúde
humana e ao meio ambiente (item 4).
• Há possibilidade de se classificar os resíduos apenas em função
de sua origem (corrente de geração) e características, sem
realizar análises laboratoriais.
INTRODUÇÃO

PRINCIPAIS ASPECTOS DA NORMA


Figura 1 da norma, apresentada de forma rearranjada
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÕES (item 3)
• 3.1 Resíduos sólidos
Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades
de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de
serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em
equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam
para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à
melhor tecnologia disponível.

• 3.2 Periculosidade de um resíduo


Característica apresentada por um resíduo que, em função de suas
propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, pode apresentar:
a) risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de
doenças ou acentuando seus índices; b) riscos ao meio ambiente,
quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada.
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÕES (item 3).

• 3.3 Toxicidade
Propriedade potencial que o agente tóxico possui de provo car, em
maior ou menor grau, um efeito adverso em consequência de sua interação
com o organismo.
• 3.4 Agente tóxico
Qualquer substância ou mistura cuja inalação, ingestão ou absorção
cutânea tenha sido cientificamente comprovada como tendo efeito adverso
(tóxico, carcinogênico, mutagênico, teratogênico ou ecotoxicológico).
• 3.5 Toxicidade aguda
Propriedade potencial que o agente possui de provocar um efeito
adverso grave, ou mesmo morte, em consequência de sua interação com o
organismo, após exposição a uma única dose elevada ou a repetidas doses
em curto espaço de tempo.
• 3.6 Agente teratogênico
Qualquer substância, mistura, organismo, agente físico ou estado de
deficiência que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal,
produz uma alteração na estrutura ou função do indivíduo dela resultante.
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÕES (item 3).
• 3.7 Agente mutagênico
Qualquer substância, mistura, agente físico ou biológico
cuja inalação, ingestão ou absorção cutânea possa elevar as
taxas espontâneas de danos ao material genético e ainda
provocar ou aumentar a frequência de defeitos genéticos.
• 3.8 Agente carcinogênico
Substâncias, misturas, agentes físicos ou biológicos cuja
inalação ingestão e absorção cutânea possa desenvolver câncer
ou aumentar sua frequência. O câncer é o resultado de processo
anormal, não controlado, da diferenciação e proliferação celular,
podendo ser iniciado por alteração mutacional.
• 3,9 Agente ecotóxico
Substâncias ou misturas que apresentam ou possam
apresentar riscos para um ou vários compartimentos ambientais.
INTRODUÇÃO

PRINCIPAIS ASPECTOS DA NORMA

LAUDO DE CLASSIFICAÇÃO (item 4.1)

➢ O laudo de classificação pode ser baseado exclusivamente


na identificação do processo produtivo, quando do
enquadramento do resíduo nas listagens dos anexos A ou B.
➢ Deve constar no laudo de classificação a indicação da origem
do resíduo, descrição do processo de segregação e descrição
do critério adotado na escolha de parâmetros analisados,
quando for o caso, incluindo os laudos de análises laboratoriais.
➢ Os laudos devem ser elaborados por responsáveis técnicos
habilitados.
INTRODUÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS (item 4.2)

➢ Resíduos classe I –Perigosos


Aqueles que apresentam periculosidade, conforme definido em
3.2(risco à saúde pública ou risco ao meio ambiente), ou uma das
características de : inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade,
patogenicidade ou constem nos anexos A ou B.

➢ Resíduos classe II A –Não inertes


Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos
classe I –Perigosos ou de resíduos classe II B –Inertes. Os resíduos classe
II A –Não Inertes podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água.

➢ Resíduos classe II B –Inertes


Quaisquer resíduos que não tiverem nenhum de seus
constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de
potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e
sabor, conforme anexo G.
INTRODUÇÃO

ANEXOS
➢ NORMATIVOS
• Anexo A –Resíduos perigosos de fontes não específicas
• Anexo B –Resíduos perigosos de fontes específicas
• Anexo C –Substâncias que conferem periculosidade aos resíduos
• Anexo D –Substâncias agudamente tóxicas
• Anexo E –Substâncias tóxicas
• Anexo F –Concentração –Limite máximo no extrato obtido no ensaio
de lixiviação
• Anexo G –Padrões para o ensaio de solubilização

➢ INFORMATIVO
• Anexo H –Codificação de alguns resíduos classificados como não
perigosos
INTRODUÇÃO

CODIFICAÇÃO (item 0.4.1.1)

Todos os resíduos ou substâncias listados nos anexos A, B,


D, E, F, e H são codificados por uma letra seguida de três
dígitos.

➢ Resíduos perigosos classificados pela sua fonte:


• fontes não específicas (anexo A) F---
• fontes específicas (anexo B) K---

➢ Resíduos perigosos classificados pelas suas características:


• Inflamabilidade D001 -resíduo inflamável
• Corrosividade D002 -resíduo corrosivo
• Reatividade D003 -resíduo reativo
• Patogenicidade D004 – resíduo patogênico
INTRODUÇÃO
CODIFICAÇÃO (item 0.4.1.1)
Todos os resíduos ou substâncias listados nos anexos A, B,
D, E, F, e H são codificados por uma letra seguida de três
dígitos.

➢ Resíduos perigosos classificados pela sua característica de


toxicidade, quando conferida pela presença de substâncias:
• agudamente tóxicas (anexo D) P----resíduos tóxicos
• tóxicas (anexo E) U----resíduos tóxicos

➢ Resíduos perigosos classificados pela sua característica de


toxicidade, quando resultante do ensaio de lixiviação(NBR-
10.005):
• conforme substância (anexo F) D005 a D052 -resíduos
tóxicos

➢ Resíduos não perigosos (anexo H) A---


INTRODUÇÃO

Segundo a NBR 10004/2004 (“Resíduos Sólidos –


Classificação”), resíduos sólidos são aqueles:

➢ Resíduos nos estados sólidos e semissólido, que resultam


de atividades da comunidade de origem:
o Industrial;
o Doméstica;
o Hospitalar;
o Comercial,
o Agrícola;
o Serviços e Varrição.
INTRODUÇÃO

Segundo a NBR 10004/2004 (“Resíduos Sólidos –


Classificação”), resíduos sólidos são aqueles:

➢ Ficam incluídos nessa classificação:


o Lodos provenientes de sistemas de tratamento de água;
o Lodos gerados em equipamentos e instalações de controle
de poluição;
o Determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável
se lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água
ou exijam para isso soluções técnicas e econômicas
inviáveis.
Aula 03: CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS

CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS


SÓLIDOS
CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFICAÇÕES: Quanto às características físicas

➢ SECOS: papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos,


vidros, madeiras, guardanapos e toalhas de papel, pontas de
cigarro, isopor, lâmpadas, parafina, cerâmicas, porcelana,
espumas, cortiças.

➢ MOLHADOS: restos de alimentos, cascas e bagaços de


frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, etc;
CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFICAÇÕES: Quanto à composição química

➢ ORGÂNICOS (ou biodegradáveis): pó de café e chá,


cabelos, restos de alimentos, cascas e bagaços de frutas e
verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, ossos,
aparas e podas de jardim.

➢ INORGÂNCIOS (ou não-biodegradáveis): produtos


manufaturados – vidros, borrachas, metais, lâmpadas, velas,
parafina, cerâmicas, porcelana, etc;
CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFICAÇÕES: Quanto à origem

➢ URBANOS (RSU);
➢ INDUSTRIAIS (RSI);
CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)

➢ DEFINIÇÃO: são originados das atividades humanas que


ocorre nos centros urbanos, caracterizados por uma pequena
geração individual, mas de uma grande geração coletiva.
o Domiciliares;
o Comerciais;
o Serviços Públicos;
o Serviços da Saúde (RSS);
o Portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários.
CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)

➢ DOMICILIARES: originados da vida diária das residências.

o Restos de alimentos o Papel higiênico;


(cascas de frutas e o Fraldas descartáveis;
verduras, etc); o Inclui ainda uma
o Produtos deteriorados; grande diversidade de
o Jornais; outros itens ;
o Revistas; o Pode conter alguns
o Garrafas; resíduos tóxicos.
o Embalagens em geral;
CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)

➢ COMERCIAIS: originados dos diversos estabelecimentos


comerciais e de serviços.

o Supermercados;
o Estabelecimentos bancários;
o Lojas;
o Bares;
o Restaurantes, etc.
CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)

➢ SERVIÇOS PÚBLICOS: originados dos serviços de limpeza


urbana.

o Resíduos de varrição das vias públicas;


o Limpeza de praias;
o Galerias;
o Córregos;
o Restos de podas de plantas;
o Restos de feiras livres: constituído por restos de vegetais
diversos, embalagens, etc;
CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)

➢ SERVIÇOS DE SAÚDE: descartados por hospitais, farmácias,


clínicas veterinárias.

o Algodão; o Meios de cultura;


o Seringas; o Animais utilizados em
o Restos de remédios; testes;
o Luvas; o Resina sintética;
o Curativos; o Filmes fotográficos de
o Sangue coagulado; raios X.
o Órgãos e tecidos o Devem ser incinerados
removidos; e os resíduos da queima
levados ao aterro
sanitário.
CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)

➢ SERVIÇOS DE SAÚDE: Acidente em Goiânia – Césio 137.


CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)

➢ PORTOS, AEROPORTOS, TERMINAIS RODOVIÁRIOS E


FERROVIÁRIOS:

o Resíduos sépticos, ou seja, que contêm ou


potencialmente podem conter germes patogênicos;
o Basicamente originam-se de material de higiene pessoal
e restos de alimentos;
o Esses resíduos podem hospedar doenças provenientes
de outras cidades, estados ou países.
CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS INDUSTRIAIS (RSI)

➢ DEFINIÇÃO: são originados nas atividades dos diversos


ramos da indústria: metalúrgico, químico, petroquímico,
papelaria, indústria alimentícia, etc.
➢ O lixo industrial é bastante variado, contendo cinzas, lodos,
óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel,
madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas.
➢ Subdivisão:
o Radioativos;
o Agrícolas;
o Resíduos da Construção Civil ou Resíduos de Construção e
Demolição (RCD).
CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS INDUSTRIAIS (RSI)

➢ RADIOATIVOS: resíduos provenientes da atividade nuclear

o Resíduos de atividades com urânio, césio, tório, radônio,


cobalto);
o Devem ser manuseados apenas com equipamentos e
técnicos adequados;
o De acordo com a Legislação Brasileira, o
controle/gerenciamento está sob a tutela da Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN);
CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS INDUSTRIAIS (RSI)

➢ AGRÍCOLAS: resíduos sólidos das atividades agrícola e


pecuária.

o Embalagens de adubos;
o Defensivos agrícolas;
o Ração;
o Restos de colheita, etc.
➢ O lixo proveniente de pesticidas é considerado tóxico e
necessita de tratamento especial.
CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS INDUSTRIAIS (RSI)

➢ ATERRO MANTOVANI: Acúmulo de resíduos sólidos


industriais e contaminação do solo.
CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS INDUSTRIAIS (RSI)

➢ RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL OU RESÍDUOS DE


CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇAO (RCD):

o Demolições e restos de obras;


o Solos de escavações;
o O entulho é geralmente um material inerte, passível de
reaproveitamento.
RESUMO

Figura 1: Classificação dos resíduos quanto à sua origem.


CONCLUSÃO

➢ Tabela 1: Origem, possíveis classes e responsáveis pela


geração dos diversos tipos de resíduos sólidos.
Origem Possíveis classes Responsável

Domiciliar II-A, II-B Prefeitura

Comercial II-A, IIB Prefeitura

Industrial I, IIA, II-B Gerador do resíduo

Público II-A, II-B Prefeitura

Serviços de saúde I, II-A, II-B Gerador do resíduo

Portos, aeroportos e ferrovias I, II-A, II-B Gerador do resíduo

Agrícola I, II-A, II-B Gerador do resíduo

Construção II-B Gerador do resíduo


REFERÊNCIAS

➢ RIBEIRO, D. V., MORELLI, M. R., Resíduos Sólidos:


Problema ou Oportunidade?, Ed. Interciência, Rio de Janeiro,
2009.

➢ Portal Resíduos Sólidos:


http://www.portalresiduossolidos.com/)

➢ http://www.jardimcor.com/sustentabilidade/sobras-de-
comida-viram-acessorios-para-roupa/ , acesso em julho de
2014.
➢ ABETRE (Associação Brasileira de Empresas de
Tratamento de Resíduos). Classificação de Resíduos Sólidos
-Norma ABNT NBR 10.004:2004.

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