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Frequência prática de Fundamentos de Enfermagem I

Higienização das mãos

 Lavagem com sabão – 40 a 60 segundos


 Fricção com SABA – 20 a 30 segundos

5 momentos da higienização das mãos (2 antes; 3 após)

 Antes do contacto com o utente;


 Antes de contactos assépticos ou limpos;
 Após risco de exposição de fluídos orgânicos
 Após contacto com o utente;
 Após contacto com o ambiente do utente;

PBCI e PBVT

PBCI

Aplicam-se a todos os utentes, independentemente do seu diagnostico ou estado


infecioso.

Componentes das precauções básicas:

 Higienização das mãos;


 Colocação/isolamento dos doentes;
 Utilização de EPI;
 Etiqueta respiratória;
 Tratamento do equipamento clínico;
 Controlo ambiental;
 Manuseamento seguro da roupa;
 Recolha segura de resíduos;
 Práticas seguras de injetáveis, incluindo transfusões;
 Exposição de risco no local de trabalho/saúde ocupacional;

PBVT

A aplicar ao cliente, quando se sabe, ou se presume, que seja infetado ou colonizado


com microrganismos que não podem ser contidos, usando apenas as PBCI.

Tipos de Isolamento:

 Preventivo - Prevê a separação de pacientes que apresentem critérios que


possam indicar um risco de infeção acrescido para os outros pacientes ou para
si próprios. O isolamento é retirado caso as bacteriologias se revelem
negativas e mantido no caso de confirmação da suspeita.

 Contacto preventivo – Sempre que existe suspeita de que o paciente, no


momento da admissão hospitalar, apresente um ou mais critérios de risco de
colonização/infeção por um microrganismo transmissível por contacto direto
ou indireto.
- Luvas não esterilizadas;
- Batas descartáveis e impermeáveis, com manga comprida.

 Gotículas e aerossóis preventivo – Isolamentos Preventivos de Gotículas e


Respiratório por Aerossóis, as medidas são exatamente iguais às aplicadas nos
isolamentos efetivos, variando apenas no conceito de que o isolamento pode
ser temporário até confirmação de resultados.

 Contacto - Direto (pele com pele) ou indireto (objeto intermediário – modo


mais frequente de transmissão). Resíduos grupo III (branco)

- Luvas não esterilizadas;


- Batas descartáveis e impermeáveis, com manga comprida.

 Contacto Clostridium difficille – Resíduos grupo III (branco)

- Luvas não esterilizadas;


- Batas descartáveis e impermeáveis, com manga comprida;
- Higienização das mãos com água e sabão.

 Gotículas - Partículas geradas pela fala, tosse, espirro, aspiração, broncoscopia


com alcance de 1 metro. Resíduos grupo III (branco)

- Máscara cirúrgica;
- Luvas não esterilizadas;
- Batas descartáveis e impermeáveis, com manga comprida.

 Respiratório por Aerossóis - Núcleo de gotículas ressequidas, suspensas no ar,


podendo circular até longas distâncias e permanecer por horas no ar. Porta
fechada. Resíduos grupo III (branco)

- Máscara FP2 OU FP3;

 Proteção - Sempre que o paciente esteja imunodeprimido, nomeadamente nas


seguintes situações: Imunossupressão medicamentosa; Neutropenia
acentuada.

- Máscara cirúrgica;
- Avental;
- Luvas não esterilizadas;
- Porta fechada;
Triagem de resíduos

Grupo I: resíduos equiparados a urbanos. Aqueles que não apresentam exigências especiais
no seu tratamento. Integram-se neste grupo:

 Resíduos provenientes de serviços gerais (gabinetes, salas de reunião, salas de


convívio, instalações sanitárias, vestiários, etc.)
 Resíduos provenientes de serviços de apoio (oficinas, jardins, armazéns e
outros)
 Embalagens e invólucros comuns (papel, cartão, mangas mistas e outros de
natureza idêntica);
 Resíduos provenientes da hotelaria resultantes da confeção e restos de
alimentos servidos a doentes não incluídos no Grupo III.

Grupo II: resíduos hospitalares não perigosos. Aqueles que não estão sujeitos a tratamentos
específicos, podendo ser equiparados a urbanos. Incluem-se neste grupo:

 Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas não contaminados e


sem vestígios de sangue;
 Fraldas e resguardos descartáveis não contaminados e sem vestígios de
sangue;
 Material de proteção individual utilizado nos serviços gerais e de apoio, com
exceção do utilizado na recolha de resíduos;
 Embalagens vazias de medicamentos ou de outros produtos de uso
clínico/comum, com exceção dos incluídos nos Grupos III e IV;
 Frascos de soros não contaminados, com exceção dos do Grupo IV.

Grupo III: resíduos hospitalares de risco biológico. Resíduos contaminados ou suspeitos de


contaminação, suscetíveis de incineração ou de outro pré-tratamento eficaz permitindo
posterior eliminação como resíduo urbano. Inserem-se neste grupo:

 Todos os resíduos provenientes de quartos ou enfermarias de doentes


infeciosos ou suspeitos, de unidades de hemodiálise, de blocos operatórios, de
salas de tratamento, de salas de autópsia e de anatomia patológica, de
patologia clínica e de laboratórios de investigação, com exceção dos do Grupo
IV;
 Todo o material utilizado em diálise;
 Peças anatómicas não identificáveis;
 Resíduos que resultam da administração de sangue e derivados;
 Sistemas utilizados na administração de soros e medicamentos, com exceção
dos do Grupo IV;
 Sacos coletores de fluidos orgânicos e respetivos sistemas;
 Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas contaminados ou com
vestígios de sangue; material de prótese retirado a doentes;
 Fraldas e resguardos descartáveis contaminados ou com vestígios de sangue;
 Material de proteção individual utilizado em cuidados de saúde e serviços de
apoio geral em que haja contacto com produtos contaminados (luvas,
máscaras, aventais e outros).
Grupo IV: resíduos hospitalares específicos. Resíduos de vários tipos, de incineração
obrigatória. Integram-se neste grupo:
 Peças anatómicas identificáveis, fetos e placentas, até publicação de legislação
específica;
 Cadáveres de animais de experiência laboratorial;
 Materiais cortantes e perfurantes: agulhas, cateteres e todo o material
invasivo;
 Produtos químicos e fármacos rejeitados, quando não sujeitos a legislação
específica;
 Citostáticos e todo o material utilizado na sua manipulação e administração.

Operações de eliminação
Grupo I e II: aterro, inceneração
Grupo III: autoclavagem, desinfeção, química, micro-ondas, incineração
Grupo IV: inceneração

Acondicionamento dos resíduos hospitalares


Saco preto: resíduos do grupo I e II
Saco branco: resíduos do grupo III
Saco vermelho: resíduos do grupo IV
Contentor anti perfurante: agulhas, frascos de vacinas fora de prazo, etc.
Recolha seletiva: produtos radiológicos, etc.

Higiene e Conforto

A higiene corporal consiste então em alguns pontos:

1- Banho
2- Manutenção das unhas
3- Cuidados com o cabelo
4- Lavagem dos dentes
5- Objetos pessoais

Devemos manter a privacidade de todos os utentes, mas em especial aqueles cujas culturas
possam diferir da nossa como por exemplo:

1- Manter a privacidade, especialmente das mulheres de culturas que valorizam o recato


feminino (asiáticas, muçulmanas, hispânicas, nigerianas, etc.)
2- Evitar descobrir a parte inferior do tronco e expor os braços de mulheres e homens
asiáticos.
3- Permitir aos familiares participarem dos cuidados, se assim desejado adaptando o
cronograma das atividades de higiene.
4- Escolher cuidadores do mesmo sexo do utente, se necessário ou solicitado.
5- Reconhecer que algumas culturas proíbem ou restringem o toque.
6- Não cortar ou rapar cabelos sem conversar primeiro com o paciente ou familiar por
motivos de crenças culturais ou religiosas, exemplo: muçulmanos.
7- Estar ciente de que as práticas do vaso sanitário variam de acordo com a cultura do
utente.
8- Reconhecer que em diferentes culturas têm preferências acerca da temperatura da
água e seus efeitos sobre cura e doenças.
Assim sendo, a higiene corporal baseia-se na manutenção e restabelecimento das qualidades
de saúde do sistema tegumentar, ela é essencial para manter a integridade cutânea e
importante para promover uma hidratação e circulação adequada.

Com esta prática permite-se a reabilitação do esquema corporal, assegurar a prevenção das
degradações corporais (posições de retração articular, feridas, obstipação, etc.). trabalha-se a
imagem do utente, a beleza e o vestuário. Tranquiliza-se, conforta-se e acompanha-se o fim da
vida.

Têm por objetivo, oferecer a maior comodidade/conforto e melhorar o estado psicológico do


utente. Estimula-se as funções circulatórias, respiratórias e de mobilidade do utente. Mantêm
a integridade cutânea, reduz o potencial de infeção, limpa a sujidade da pele (suor, secreções,
urina e fezes) e promove a autoimagem e autocuidado do utente.

É esta prestação direta de cuidados de higiene que proporciona ao enfermeiro a oportunidade


ideal de fazer uma avaliação diária do estado físico e emocional do utente.

O banho diário, a higiene oral, o tratamento do cabelo e das unhas, as massagens são praticas
que constituem uma parte vital da interação entre cuidador e utente.

É durante este ato que a comunicação com o utente pode fornecer todas as informações de
que necessitamos.

Para que os cuidados de higiene decorram de forma eficaz deve-se reunir todo o material
necessário antes de se dar início aos mesmos.

BANHO TOTAL:

Consiste em lavar todas as partes do corpo, pode ser dado na cama ou no chuveiro. É um
momento essencial na prestação de cuidados, é uma orientação para os cuidados de
enfermagem e para dar resposta aos problemas encontrados.

BANHO PARCIAL:

Consiste na lavagem de algumas partes do corpo que podem causar mais desconforto ou odor,
geralmente a face, mãos, axilas, períneo e pés.

O banho total nem sempre é necessário principalmente nos idosos que estão mais propensos a
pele mais seca devido a diminuição da gordura da pele.

Ver norma 02 do Manual Volume II – 27

Sinais Vitais

Existem 5 sinais vitais:

 Frequência Respiratória;
 Frequência cardíaca ou Pulso;
 Pressão arterial;
 Temperatura;
 Dor;

Momentos indicados para avaliação de sinais vitais:

Respiração:
Frequência cardíaca ou Pulso:
Pressão Arterial:

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