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CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO

RESIDENCIAL QUEBEC

Laudo de ancoragem para


manutenção predial
(RESIDENCIAL QUEBEC)

VIGÊNCIA: NOVEMBRO DE 2021 À NOVEMBRO DE 2022

RESPONSÁVEL TÉCNICO:
Demétrio Barbosa Souza
Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho
CREA-PB 161780436-3

João Pessoa – PB

WD Serviços e Treinamentos Ltda – ME


Rua Manoel Medeiros Guedes, 12 Sala 205 CXP 55 – Manaíra – JOÃO PESSOA - PB,
83-3578-0516 / 98899-1440 / 99650-9442 – contato@wdengenharias.com.br
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CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO
RESIDENCIAL QUEBEC

Laudo de ancoragem para

manutenção predial

VIGÊNCIA: NOVEMBRO DE 2021 À NOVEMBRO DE 2022

RESPONSÁVEL TÉCNICO:
Demétrio Barbosa Souza
Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho
CREA/PB 161780436-3

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Resumo

Trata-se de um laudo que retrata as condições de instalações e uso dos pontos


de ancoragem para manutenção predial.

Introdução
O presente laudo é parte integrante do trabalho de consultoria para apresentar de
forma estruturada o sistema de ancoragem aplicado conforme as normas
regulamentadoras: NR 18, NR 35, NBR 16325-1 - Proteção contra quedas de altura -
Parte 1: Dispositivos de ancoragem tipos A, B e D e NBR 16325-2 - Proteção contra
quedas de altura - Parte 2: Dispositivos de ancoragem tipo C.
O trabalho foi executado através de testes de carga e aderência à tração para
avaliar cada ponto de ancoragem instalado. Em adição a isso, encontram-se diretrizes
básicas no tocante a disposições gerais para execução do serviço, com funcionários da
empresa executante, bem como disposições gerais no tocante à segurança do trabalho.

Considerações gerais do ponto de ancoragem

O olhal de ancoragem ou espera de ancoragem foram fixados a uma estrutura


de concreto, compondo uma conexão para um sistema de proteção contra quedas, além
de ancorar equipamentos para manutenção predial. O olhal de ancoragem, foi fixado
com chumbamento químico, instalado em pontos estruturais de edificações, lajes de
concreto, colunas, vigas em geral e outros componentes estruturais. Pode ser utilizada
para uso ancoragem de resgate, sistemas de linha de vida flexível horizontal ou vertical,
manutenção predial através de cadeira suspensa e içamento de cargas em conformidade
com projeto de instalação.
Descrição:
– Espera de ancoragem do tipo A1/C;
– Fabricada em aço INOX certificado 304 para assegurar resistência mecânica e
química em ambientes normais, hostis ou extremos;
– Os dispositivos de ancoragem são desenvolvidos para sustentar uma força de retenção
máxima (dinâmica) de 6,0 kN;
– Grande abertura facilita e assegura a conexão de diversos equipamentos compatíveis;
Assinado de forma digital por
DEMETRIO BARBOSA DEMETRIO BARBOSA
SOUZA:00758486430 SOUZA:00758486430
Dados: 2021.11.18 21:31:52 -03'00' WD Serviços e Treinamentos Ltda – ME
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– Força Máxima de aplicação: 15kN (1530kgf);


– Peso: 0,218 kg;
– Fixação M12 (1/2″) ou M16 (5/8″).
A peça de ancoragem deve apresentar na sua estrutura, em caracteres indeléveis
e bem visíveis (Inserido pela Portaria SIT n.º 318, de 8 de maio de 2012):
• Razão social do fabricante e o seu CNPJ;
• Indicação da carga de 1.500 Kgf;
• Material da qual é constituído;
• Número de fabricação/série.

Foto 01 Foto 02

Fundamentação Teórica

A Secretaria de Inspeção do Trabalho e o Departamento de Segurança e Saúde


no Trabalho ambos subordinados ao Ministério do Trabalho e Emprego publicaram em
10 de abril de 2006 a Portaria SIT n.º 157 que altera a redação da Norma
Regulamentadora nº 18, que dispõe sobre as Condições e Meio Ambiente de Trabalho
na Indústria da Construção, tendo em vista que a Norma Regulamentadora especifica
para o trabalho em altura (NR 35) somente seria publicada em março de 2012. Esta
alteração que tem por objetivo prevenir e evitar os acidentes em altura com
trabalhadores que executam suas atividades pendurados nas fachadas dos prédios
(escaladores, alpinistas ou trabalhador em andaimes suspensos).
A Portaria SIT n.º 157 incluiu o Art. 5º na NR-18 com o item 18.15.6 -
Ancoragem, com a seguinte redação:

Assinado de forma digital por


DEMETRIO BARBOSA DEMETRIO BARBOSA
SOUZA:00758486430
SOUZA:00758486430 Dados: 2021.11.18 21:33:12
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18.15.56 – ANCORAGEM

18.15.56.1 As edificações com no mínimo quatro pavimentos ou altura de 12m (doze


metros), a partir do nível do térreo, devem possuir previsão para a instalação de
dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de
cabos de segurança para o uso de proteção individual, a serem utilizados nos serviços de
limpeza, manutenção e restauração de fachadas.
18.15.56.2 Os pontos de ancoragem devem:
a) estar dispostos de modo a atender todo o perímetro da edificação;
b) suportar uma carga pontual de 1.500 Kgf (mil e quinhentos quilogramas-força);
c) constar do projeto estrutural da edificação;
d) ser constituídos de material resistente às intempéries, como aço inoxidável ou
material de características equivalentes.
18.15.56.3 Os pontos de ancoragem de equipamentos e dos cabos de segurança devem
ser independentes.
18.15.56.4 O item 18.15.56.1 desta norma regulamentadora não se aplica às edificações
que possuírem projetos específicos para instalação de equipamentos definitivos para
limpeza, manutenção e restauração de fachadas (MINISTÉRIO DO TRABALHO
2006).

Norma Regulamentadora N° 35

A NR 35 estabelece os parâmetros para a segurança e proteção do trabalho em


altura. Segundo a norma, considera-se trabalho em altura toda atividade executada
acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda (BRASIL, 2012).
No item 35.2, a NR 35 estabelece as responsabilidades para o empregador e o
empregado. O item 35.2.1 cita as responsabilidades do empregador, são elas:
a) Garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;
b) Assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da
Permissão de Trabalho - PT;
c) Desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em
altura;

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digital por DEMETRIO
BARBOSA BARBOSA
SOUZA:007584 SOUZA:00758486430
Dados: 2021.11.18
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d) Assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em


altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas
complementares de segurança aplicáveis;
e) Adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de
proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
f) Garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de
controle;
g) Garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas
de proteção definidas nesta Norma;
h) Assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição
de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
i) Estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;
j) Assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será
definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
k) Assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma
(MINISTÉRIO DE TRABALHO E EMPREGO BRASIL, 2017).

Observando-se que, segundo MTE (2017), todo trabalho em altura deve ser
precedido de uma análise de risco. O item 35.2.2 define a responsabilidade dos
trabalhadores, que são elas:
a) Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os
procedimentos expedidos pelo empregador;
b) Colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta
Norma;
c) Interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem
evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras
pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará
as medidas cabíveis;
d) Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por
suas ações ou omissões no trabalho.
O direito de recusa na anilha “c” do item 35.2.2 assegura ao trabalhador a
interrupção da atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente

DEMETRIO Assinado de forma digital


BARBOSA por DEMETRIO BARBOSA
SOUZA:00758486430
SOUZA:00758486 Dados: 2021.11.18
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risco, para sua segurança e saúde ou de outras pessoas (MINISTÉRIO DE TRABALHO


E EMPREGO BRASIL, 2017).
O item 35.3 refere-se a capacitação e treinamento dos trabalhadores envolvidos
com as atividades em altura, a saber:
35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à
realização de trabalho em altura.
35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi
submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de
oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:
a) Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
b) Análise de risco e condições impeditivas;
c) Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;
d) Sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
e) Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção,
conservação e limitação de uso;
f) Acidentes típicos em trabalhos em altura;
g) Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de
primeiros socorros (MINISTÉRIO DE TRABALHO E EMPREGO BRASIL, 2017).

Em situações de trabalho em planos inclinados, a aplicação do ANEXO I deve


ser estabelecida por Análise de Risco. Para a qualificação em acesso por corda o
trabalhador precisa fazer um curso especifico em uma instituição reconhecida pele
Ministério do Trabalho e Emprego, a saber:
1) IRATA Brasil - Industrial Rope Access Trade Association do Brasil;
2) ABENDI - Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção;
3) ANEAC - Associação Nacional das Empresas de Acesso por Corda.

Anexo II – Sistemas De Ancoragem

O Anexo trata do sistema de ancoragem, definido como um conjunto de


componentes que incorpora um ou mais pontos de ancoragem, aos quais podem ser
conectados Equipamentos de Proteção Individual (EPI) contra quedas, diretamente ou

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digital por DEMETRIO
BARBOSA BARBOSA
SOUZA:00758 SOUZA:00758486430
Dados: 2021.11.18
486430 21:34:27 -03'00'
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por meio de outro componente. Abaixo listamos os principais pontos para sua análise, e
para que você busque se adequar o mais rapidamente possível.

Os sistemas de ancoragem podem existir para:

- Retenção de queda;
- Restrição de movimentação;
- Posicionamento no trabalho;
- Acesso por corda.

O sistema de ancoragem pode ter o ponto de ancoragem:

- Diretamente na estrutura;
- Na ancoragem estrutural;
- No dispositivo de ancoragem.

Atenção com a estrutura do sistema de ancoragem: ela deve ser capaz de resistir à força
máxima aplicável.

A ancoragem estrutural e os elementos de fixação devem:

- Ser projetados e construídos sob responsabilidade de profissional legalmente


habilitado;
- Atender às normas técnicas nacionais ou, caso não houver, às normas internacionais
aplicáveis.

O dispositivo de ancoragem deve atender a um dos seguintes requisitos:

- Ser certificado;
- Ser fabricado segundo as normas técnicas nacionais, sob responsabilidade de
profissional legalmente habilitado;
- Ser projetado por profissional legalmente habilitado.

O sistema de ancoragem deve:


- Ser instalado por trabalhadores capacitados;
- Ser submetido a uma inspeção inicial e inspeções periódicas.
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BARBOSA por DEMETRIO BARBOSA
SOUZA:00758486430
SOUZA:0075848643 Dados: 2021.11.18
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A inspeção inicial deve ser realizada após a instalação, alteração ou mudança de local.

As inspeções periódicas devem ser realizadas de acordo com o procedimento


operacional e recomendações do fabricante, mas o período de inspeção não deve ser
superior a 12 meses.

O sistema de ancoragem temporário deve:

- Atender os requisitos de cada local de instalação conforme procedimento operacional;


- Ter os pontos de fixação sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

O sistema de ancoragem permanente deve possuir projeto e a instalação deve estar sob
responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

O projeto e as especificações técnicas do sistema de ancoragem devem:

- Estar sob responsabilidade de um profissional legalmente habilitado;


- Ser elaborados considerando os procedimentos operacionais do sistema de ancoragem;
- Conter indicação das estruturas que serão utilizadas no sistema de ancoragem;
- Conter detalhamento e/ou especificação dos dispositivos de ancoragem, ancoragens
estruturais e elementos de fixação que serão utilizados.

O projeto e as especificações técnicas devem conter dimensionamento que determine:

- A força de impacto de retenção da queda do trabalhador, levando em conta o efeito de


impactos simultâneos ou sequenciais;
- Os esforços em cada parte do sistema de ancoragem decorrentes da força de impacto;
- A zona livre de queda necessária.

O sistema de ancoragem deve ter procedimento operacional de montagem e utilização.

O procedimento operacional de montagem deve:

- Contemplar a montagem, manutenção, alteração, mudança de local e desmontagem;


- Ser elaborado por profissional qualificado em segurança do trabalho.

DEMETRIO Assinado de forma


digital por DEMETRIO
BARBOSA BARBOSA
SOUZA:0075 SOUZA:00758486430
Dados: 2021.11.18
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Norma Brasileira NBR 16325

A Associação Brasileira de Normas Técnicas publicou em 3 de dezembro de


2014 a NBR 16325 - Proteção contra quedas de altura, que foi dividida em duas partes,
a saber:
• NBR-16325-1 – Parte 1: Dispositivos de ancoragem tipos A, B e D.
• NBR-16325-2 – Parte 2: Dispositivos de ancoragem tipos C.
A NBR 16325 apresenta os parâmetros mínimos de ensaio e desempenho dos
dispositivos de ancoragem e os requisitos mínimos nas instruções de instalação,
marcação e outras informações que devem ser fornecidas pelo fabricante.

Dispositivo de ancoragem tipo A.

Os dispositivos de ancoragem do tipo A estão divididos em duas classes


distintas, os do tipo A1 e os do tipo A2. Os do tipo A1 são dispositivos de ancoragem
projetados para serem fixados a uma estrutura, por meio de uma ancoragem estrutural
ou de um elemento de fixação químico ou mecânico. Os do tipo A2 são aqueles
dispositivos desenvolvidos para serem instalados em telhados inclinados, sendo fixados
geralmente a estrutura da cobertura.

Figura 03: Peça de ancoragem do tipo A1 (Neste caso o que foi instalado).
Arte: Alexandre Barquete (2014).
DEMETRIO Assinado de forma digital
BARBOSA por DEMETRIO BARBOSA
SOUZA:00758486430
SOUZA:00758486 Dados: 2021.11.18
430 21:35:30 -03'00'
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DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ANCORAGEM

Ao se projetar um sistema de ancoragem deve-se calcular o distanciamento entre


um ponto de ancoragem do outro e levar em consideração o posicionamento do ponto
de backup, esta distância influencia o fator de queda e a carga de esforços no sistema. O
ideal é que os pontos de ancoragem fiquem equalizados entre si, e que não criem em
ângulo superior a 90º (noventa graus). Considerando uma situação extrema em que um
trabalhador que pesa 80kg, somando-se ao equipamento de 20kg (total de 100kg) que é
equivalente à 1000N está conectado em 2 pontos de ancoragem, ponto principal (A) e
ponto de backup (B) e que a distância entre A e B equivale a um ângulo de 90º, portanto
temos abaixo o cálculo de resistência do gancho e da tensão no ponto de ancoragem.

Cálculo da Resistência do Gancho


1.0 Aço Inox 304 A1 = 5955kgf/cm²
Nd=Fyd x AS1
N = (5955 kgf/ 1,00 cm²) x 0,50 cm² x 1/1,15

Resistência a tração do Aço Inox 304 A1


N = 2589 kgf

2.0 Conclusão da Resistência do Gancho


Peso do Equipamento + 01 Homem =
20kg + 80kg = 100kg → 1000 N
Peso Total = 100*3 (Fator de Segurança) = 300kgf

3.0 Cálculo da tensão no ponto de ancoragem


T = P / 2 x cos (Ø/2)
Onde:
T = é a tensão (força) em uma das cordas ou cabos.
P = carga aplicada (peso do trabalhador).
Ø = é o ângulo entre os pontos de ancoragem A e B.
T = 1000 / 2 x cos (90 / 2 )
T = 354 N →0,354 KN
Assinado de forma digital por
DEMETRIO BARBOSA DEMETRIO BARBOSA
SOUZA:00758486430 SOUZA:00758486430
Dados: 2021.11.18 21:36:08 -03'00' WD Serviços e Treinamentos Ltda – ME
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4.0 Conclusão da tensão nos pontos de ancoragem

Sendo considerados os pontos A e B, na pior situação usando um ângulo de 90º


observasse que 70,5% (354 N ou 35,4 kg) da carga é suportada por cada ponto de
ancoragem, ou seja cada ponto de ancoragem sozinho suporta 35,4 kg (354 N),
multiplicasse esse valor pelos 2 pontos e temos uma carga total de 70,8 kg (708 N) no
sistema. Então o trabalhador que pesa juntamente com a cadeira pesa 100 kg está na
realidade exercendo uma força relativa de 70,8 kg, recomendasse portanto o uso de
ângulos entre 60 a 90 graus, ângulos superiores a 91º são extremamente perigosos.

Com a diminuição do ângulo entre os pontos de ancoragem também diminuísse


a força relativa que cada ponto sofrera. Quanto menor o ângulo de equalização mais
seguro será o sistema de ancoragem, recomendasse ângulos entre 60 a 90 graus, ângulos
superiores a 91º são extremamente perigosos. Tabela simples de equalização de pontos
de ancoragem com ângulos de 8º a 120º.
Trabalhador com 80kg e carregando 20kg de equipamentos e materiais = 100kg
Ângulo Ponto A Ponto B Situação
8º 50kg 50kg BOA
60º 58kg 58kg BOA
90º 71kg 71kg LIMITE
120º 100kg 100kg PERIGOS

Observação: Os pontos de ancoragens instalados, estão aptos para utilização


na manutenção predial, com uso de cadeira suspensa conforme normativa e INAPTA
para uso de andaimes suspensos (Jaú).

Cuidados Especiais

O usuário deve estar ciente de suas condições físicas e psicológicas e ter o


treinamento exigido para atender as normas e especificações de segurança do trabalho.
O trabalhador deve submeter se a exames médicos quando necessário solicitado ou em
acordo com o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional).
DEMETRIO Assinado de forma digital
BARBOSA por DEMETRIO BARBOSA
SOUZA:00758486430
SOUZA:0075848643 Dados: 2021.11.18
0 21:36:32 -03'00'
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O dispositivo de ancoragem nunca deve ser utilizado além dos limites de


esforços ou em outra aplicação não previstas no projeto. Para efeito de projeto devem-se
respeitar os sentidos dos esforços e os coeficientes de segurança estabelecidos nas
normas. A força de impacto gerada no trabalhador deve ser menor que 6kN. O
coeficiente de segurança mínimo para projetos de segurança em altura conforme a
norma NBR16325-1 é de 2:1.
Realizar sempre, antes de cada utilização, inspeção visual e táctil do
equipamento bem como de eventuais dispositivos que venham a ser conectados.
Observar à aparência externa dos componentes e atenção especial a fixação da
Ancoragem na estrutura, bem como a conexão dos EPIs a esta. Atentar para as
condições de uso e garantir o perfeito funcionamento do sistema, evitando esforços
desnecessários (torções e flexões) e situações potencialmente perigosas como fator de
queda elevado (2) ou contato do EPI com cantos vivos ou arestas da estrutura.

Conclusão

Conclui-se, que os pontos de ancoragens instalados foram inspecionado e


submetidos aos testes conforme as prescrições da NR 35, NR 18 e NBR16325-1, para
uso em resgates, içamento de matérias conforme especificação do peso e manutenção
predial com uso de cadeira suspensa, assim, não sendo permitido a ancoragem de
andaime suspenso (Jaú), estando o proprietário e/ou responsável pelo uso ciente das
responsabilidades constantes neste relatório.
Também fazem parte deste laudo, todos os documentos produzidos durante o
processo de instalação, conforme relação abaixo:
• Projeto do Sistema de Ancoragem;
• Anotação de Responsabilidade Técnica – ART;
• Laudo de Ensaio Conforme Normas Técnicas;
• Relatório fotográfico.

DEMETRIO Assinado de forma


digital por DEMETRIO
BARBOSA BARBOSA
SOUZA:007 SOUZA:00758486430
Dados: 2021.11.18
58486430 21:36:53 -03'00'
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TERMO DE ENTREGA E RECEBIMENTO DO LAUDO DE ANCORAGEM.

Pelo presente, as PARTES ao final identificadas, respectivamente, firmam a


entrega e o recebimento do Laudo de Ancoragem para manutenção predial, nos termos
ajustados pelo Contrato de Prestação de Serviços.
A abordagem prevista neste Laudo tem o papel de informar que todas as
especificações estão conforme as Normas Vigentes. Através deste documento a empresa
deverá realizar as inspeções periódicas e manutenções dos pontos de ancoragem
instalados, além de medidas de controle que devem ser providenciadas para a
verificação de sua eficácia.
O Responsável pela implementação e manutenção dos pontos de ancoragem
será o proprietário/responsável pelo empreendimento.

João Pessoa, 18 de novembro de 2021.

Demétrio Barbosa Souza


Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho
CREA/PB 161780436-3

CONDOMINIO DO EDIFICIO RESIDENCIAL QUEBEC


CNPJ 05.348.540/0001-84

DEMETRIO BARBOSA Assinado de forma digital por DEMETRIO


BARBOSA SOUZA:00758486430
SOUZA:00758486430 Dados: 2021.11.18 21:37:18 -03'00'

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ANEXO Relatório fotográfico

DEMETRIO BARBOSA Assinado de forma digital por DEMETRIO BARBOSA


SOUZA:00758486430
SOUZA:00758486430 Dados: 2021.11.18 21:37:47 -03'00'
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Ponto de Ancoragem 01 Ponto de Ancoragem 02 Ponto de Ancoragem 03

Ponto de Ancoragem 04 Ponto de Ancoragem 05 Ponto de Ancoragem 06

Ponto de Ancoragem 07

DEMETRIO BARBOSA Assinado de forma digital por DEMETRIO


BARBOSA SOUZA:00758486430
SOUZA:00758486430 Dados: 2021.11.18 21:38:09 -03'00'

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83-3578-0516 / 98899-1440 / 99650-9442 – contato@wdengenharias.com.br
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ANEXO

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ANEXO
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART

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