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SUMÁRIO
1 Conteúdo da NR10 02
2 Principais mudanças e destaques da NR10 ........ ......... .02
2.1 Prazos para implementação ................................... .......... .03
3 Introdução a Segurança do Trabalho ... ........... ......... ..05
3.1 Documentos legais de segurança e saúde
ocupacional 06
3. 2 A Participação do Estado e da Sociedade ........ ........ ....06
3. 3 Competência dos Órgãos do governo e Entidades Publicas
Privadas 06
3,4 Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional Princípios da
OIT– Elementos Importantes da OHSAS 18,001 07
3. 5 O Papel dos Supervisores ORES 07
4 INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE. ...............07
4.1 Conceitos Básicos 08
4. 2 Abragência 08
5 Riscos em Instalações e Serviços com
letricidade................................................................... .................... 28
6 Regulamentações do Ministério do Trabalho (MTE) 28
7 Normas Brasileiras Técnicas ..................... . ..29
8 Medidas de Contrrole de Riscos ................. .......................42
9 Rotinas de Trabalho – Procedimentos .. .......................54
9,1 Requisitos Básicos ara elaboração de um procedimento de 57
segurança em eletricidade
9,2 Inspeções de segurança 59
10 Acidentes de Origem Elétrica ........ ...................................60
10.1 Estatísticas de acidentes 60
11 Responsabilidades ............................. ....................................62
12 Proteção e Combate a Incêndios ... ..................................77
13 Primeiros Socorros ............................. .................................97
1 CONTEÚDO DA NR 10
10.13 Responsabilidades
p) Exige prontuário das instalações, para melhor gestão das instalações, com
destaque para registros técnicos
06 meses
09 meses
2. 1 PRAZOS
06 meses
09 meses
Um ano
Um ano e meio
Dois anos
• Alemanha: 1884
• Inglaterra em 1897
A alta administração da empresa por sua vez, deve determinar as diretrizes, através de
sua política de segurança, saúde e meio ambiente. As pessoas estão muito mais
disponíveis a cumprir as normas e procedimentos quanto possuem o exemplo dos
líderes da organização em todos os seus níveis.
Resistência Elétrica:
Desta forma, deduzimos que, corrente e tensão são diretamente proporcionais. Quanto
maior a fonte de tensão de alimentação existente em um circuito, maior será a corrente
que circula neste circuito.
4. 2 Abrangência
Introdução
• a pele apresenta uma resistência elétrica mais alta, enquanto os tecidos internos
apresentam resistência baixa.
Quanto maior a densidade de corrente e mais longo o tempo pelo qual a corrente
permanece, mais graves são as queimaduras produzidas. Nas altas tensões, em que
há o predomínio dos efeitos térmicos da corrente, o calor produz a destruição de
tecidos superficiais e profundos, bem como o rompimento de artérias com
conseqüente hemorragia e destruição dos centros nervosos. Observe que as
queimaduras produzidas por correntes elétricas são internas, profundas e de difícil
cura. O fenômeno Da fibrilação ventricular é o mais grave.
Se à atividade elétrica fisiológica normal acrescenta-se uma corrente elétrica de
origem externa e muitas vezes maior que a corrente biológica, é fácil imaginar o que
sucede com o equilíbrio elétrico do corpo. É a fibrilação ventricular, responsável por
tantas mortes decorrentes de acidentes elétricos.
O fenômeno a fibrilação ventricular é irreversível. No entanto, sabe-se hoje que uma
carga elétrica violenta pode, desde que adequadamente aplicada, reverter o processo
de fibrilação, isso é feito com um desfibrilador elétrico.
Choque Elétrico
Conceitos
Corrente de Fuga
É a soma dos valores instantâneos das correntes que percorrem todos os condutores
vivos do circuito em um dado ponto.
I1
Tensão de Contato
Tensão de Toque
Tensão de Passo
a) Superfícies Energizadas
• Carcaça de motores.
• Aparelhos eletrodomésticos.
• Torneiras e chuveiros.
• Postes energizados
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 13
• Luminárias energizadas.
• Painéis e conduintes.
• Umidade em instalações/equipamentos
• Podas de árvores.
• Residual capacitivo.
• Gerador
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 14
f) Outros
Arco Elétrico(Voltaico)
Define-se como sendo uma descarga elétrica produzida pela condução de corrente elétrica
por meio do ar(ionizado), ou outro gás, entre dois condutores separados. A foto abaixo
ilustra a formação de uma arco elétrico formado a partir da abertura de ema chave
seccionadora sob carga.
O simples ato de abrir e fechar uma chave seccionadora com carga ou um disjuntor que
esteja em um circuito com curto ou com fuga de corrente, pode causar acidentes graves.
Sendo a duração do arco maior que 100 mseg, as pessoas estarão sujeitas à queimaduras
graves e os equipamentos poderão ser danificados.
Estatística E.U.A:
• De
918 Incidentes Elétricos na Indústria, de 1992 a 2002; 117 foram situações de choque
elétrico:
Campos Eletromagnéticos
São considerados como uma espécie de linhas de força invisíveis concêntricas, geradas à
partir da passagem de corrente elétrica CA nos meios condutores.
Entre duas placas condutoras, devidamente conectadas a uma fonte, é gerado um campo
elétrico(V/m), perpendicular a estas, em decorrência da DDP(diferença de Potencial) entre
elas.
Uma corrente elétrica que passa pelos condutores de um circuito, alimentado por uma
fonte, movimenta um motor. Em volta desse condutores cria-se um campo magnético cujas
linhas de campo são simbolizadas por círculos concêntricos em volta do condutor através
do qual a corrente está fluindo. Sua intensidade é medida em (A/m).
DENSIDADE EFEITOS
CORRENTE (mA/m2)
Porém outros estudiosos afirmam que não há comprovação científica, somente indícios,
de que a referida exposição possa provocar câncer ou tumores.
Estes mesmos cientistas afirmam que a exposição produz nocividade térmica endógena,
ou seja, no interior do corpo humano e endócrina no organismo.
Eletricidade Estática
Nas situações onde há atrito entre dois ou mais materiais, podem ocorrer formação de
eletricidade estática, devido a transferência e/ou acumulo de cargas nesses corpos. Não
havendo uma forma de dissipação destas, pode-se caracterizar uma situação de risco, tais
como: explosão, incêndios ou choques elétricos.
Desta forma, torna-se necessário criar mecanismos de controle desse risco. Uma forma de
dissipar este tipo de energia é utilizar de aterramento da superfície onde haja concentração
deste tipo de eletricidade.
Descargas Atmosféricas(D.A)
O nível de potencial eletrostático vai depender do grau de geração e dissipação das cargas
e da capacitância do corpo eletrizado.
A eletrização, devido à tendência de certos tipos de material em receber ou doar elétrons,
pode ocorrer, em síntese, quando são atritados dois corpos.
Propôs, então, um experimento: colocar uma haste metálica abaixo de uma nuvem de
tempestade e aproximar dela um corpo aterrado, que esteja em contato com o solo para
descarregar a eletricidade que vai ser passada pela haste, realizado pelo cientista francês
Thomas-François. Verificou que faíscas saltavam do mastro para o fio.
Benjamin Franklin (1706-1790), fez em 1752 uma experiência que quase lhe custou a vida:
usou um fio de metal num papagaio (pipa) que empinou numa tempestade, preso a uma
chave, que por sua vez era manobrada através de um fio de seda. Sua sorte foi que
apenas algumas cargas elétricas leves desceram por esse dispositivo, pois se tivesse
realmente atraído um raio, teria morrido eletrocutado, como aconteceu com o físico russo
Georg Richmann, que tentou repetir a experiência.
Um raio, durante a tempestade, além de ter até um bilhão de volts, começa a descer com
100 mil ampères e, ao atingir as proximidades do solo, mesmo com a dissipação na
atmosfera, ainda registra uns 6 mil ampères. Entretanto, a energia que o raio transfere
para a terra é de em média 1.012 watts, algo como o consumo de uma lâmpada elétrica
comum acesa durante uma noite.
Estima-se que as tensões nas descargas entre nuvens sejam da ordem de 5000 Volt por
centímetro (Volt é a unidade de medida da tensão elétrica), enquanto nas descargas entre
nuvens e a terra a ordem de grandeza se eleva para 10 000 Volt por centímetro.
Estes valores significam que, por exemplo, se uma nuvem se encontrasse apenas a 500
metros do solo, a tensão elétrica entre a nuvem e a terra seria de 5 000 000 Volt
(5 milhões de Volt).
Nas ocasiões mais propícias à ocorrência de descargas atmosféricas, devem ser tomadas
as seguintes precauções:
• conservar-se longe das árvores isoladas, torres, pequenos edifícios, cercas de arame
e objetos salientes;
• ao andar de bicicleta ou outro engenho de metal;
• deitar-se no chão ou abrigar-se sob um rochedo ou numa depressão do solo;
• caso seja possível, abrigar-se dentro de um automóvel com teto de metal ou de um
edifício dotado de pára-raios.
As pessoas que se encontram nas cidades estão relativamente mais protegidas devido ao
conglomerado de pára-raios dos prédios e menor número de árvores. Entretanto, as que
se encontram no meio rural estão mais expostas a essas descargas atmosféricas.
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 21
Harmônicas
Definição:
Introdução
As harmônicas devem ser impedidas de circular pelos componentes da instalação ou,
caso isso não seja possível, sua presença deve ser considerada na seleção e
dimensionamento dos equipamentos e dispositivos que serão submetidos aos seus efeitos.
RISCOS ADICIONAIS
Riscos Ambientais
Introdução:
A higiene do trabalho, é uma ciência que tem o objetivo de reconhecer, avaliar e controlar
todos as componentes do ambiente de trabalho que podem causar doenças ocupacionais.
• Riscos Químicos
• Riscos Físicos;
• Riscos Biológicos
A . Riscos Químicos
B. Riscos Físicos
São representados pelos seguintes fatores: calor, ruído, radiações, trabalhos com
pressões anormais, vibrações e iluminação e que poderão acarretar problemas se
estiverem fora dos índices normais.
C. Riscos Biológicos
Nem todo agente, presente no ambiente, irá causar, obrigatoriamente, um dano à saúde.
Para que isso ocorra, é necessário que haja uma inter-relação entre os fatores que serão
expostos a seguir:
O tempo de exposição.
Isto é, se em forma de gás, vapor, líquido, névoa, neblina, poeira ou fumo. Isto em relação
com a forma de entrada do tóxico no organismo, como será visto adiante.
- Por inalação
Pode-se absorver uma substância nociva por inalação, isto é, pela respiração.
- Por contato com a pele ou via cutânea
A pele pode absorver certas substâncias se houver contato, mesmo que por poucos
instantes. Dessa forma, o tóxico pode atingir o sangue e causar danos à saúde.
- Por ingestão
No caso de se engolir, acidentalmente, materiais tóxicos, tal fato pode ocorrer quando não
são tomadas devidas precauções higiênicas ao se alimentar, fumar, etc.
Riscos Químicos
As substâncias químicas podem estar na forma de gases, vapores, líquidos, fumo, poeira e
névoa ou neblinas.
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Engenheiro em Segurança do Trabalho 24
C. Líquidos: podem ser corrosivos, como os ácidos e a soda cáustica ou irritantes como os
que causam problemas na pele. Muitos líquidos também podem ser absorvidos pela pele.
D. Névoa ou neblina: forma dos ácidos de galvanoplastia, fosfatização e outros processos,
névoas formadas dos solventes na pintura a revólver.
F. Poeiras ou pós: pó de serragem, poeira de rebarba ou limpeza com jato de areia, poeira
do polimento abrasivo de pedras e fechadas.
A . Irritação: dos olhos, nariz, garganta, pulmões, da pele. Geralmente as substâncias que
causam irritação se encontram na forma de gás ou vapor mas podem também estar no
estado líquido ou sólido. Exemplos: vapores de ácidos, da amônia (amoníaco).
B. A irritação da pele é causada pelo contato direto com líquido ou poeira sendo exemplo
os solventes, “thinner” e a poeira da caviúna.
Riscos Físicos
A . Ruído: o ruído excessivo tem vários efeitos no ser humano variando de pessoa para
pessoa, como irritabilidade entre outros. Entretanto seu efeito principal comprovado
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Engenheiro em Segurança do Trabalho 25
quando as pessoas são expostas a altos níveis de ruídos por tempos longos, é o dano a
audição, que leva a vários graus de surdez.
H. Iluminação: a iluminação inadequada nos locais de trabalho pode levar além da baixa
eficiência e qualidade do serviço, a uma maior probabilidade de ocorrência de certos tipos
de acidentes e a uma redução da capacidade visual das pessoas que é um efeito
negativo muito importante e, alguns tipos de trabalho que exigem atenção e boa visão.
Exemplos:
Áreas Classificadas
São áreas onde há presença de atmosfera explosiva, ou seja, área onde a concentração
de gases, vapores, ou poeiras e/ou associação destes, podem ter o comportamento de
material combustível, e na presença de algum tipo de centelhamento, como curto circuito
ou mesmo aquecimento de componentes, etc, possam causar explosão ou incêndio.
Portanto os equipamentos elétricos a serem utilizados nestas áreas devem ser
devidamente dimensionados e especificados, conforme Sistema Brasileiro de
Certificação(SBC).
Os principais locais onde podem formar atmosfera explosiva são: Indústrias Químicas,
plataformas de produção de petróleo, Refinarias, Siderúrgias, etc.
A Normas NBR que se referem ao tema são: 5418, 8370, 9518, 5420, 5363, IEC 60079,
etc.
1. Objetivo
c) a toda fiação e a toda linha elétrica que não sejam cobertas pelas normas
relativas aos equipamentos de utilização; e
d) às linhas elétricas fixas de sinal (com exceção dos circuitos internos dos
equipamentos).
h) instalações de minas;
3 Definições
3.1.1 componente (de uma instalação elétrica): Termo empregado para designar
itens da instalação que, dependendo do contexto, podem ser materiais,
acessórios, dispositivos, instrumentos, equipamentos (de geração, de
conversão, transformação, transmissão, armazenamento, distribuição ou
utilização de eletricidade), máquinas, conjuntos ou mesmo segmentos ou
partes de instalação (por exemplo, linhas elétricas).
3.2.2 proteção básica: Meio destinado a impedir contato com partes vivas perigosas
em condições normais.
Eqüipotencialização:
As pessoas e os animais devem ser protegidos contra choques elétricos, seja o risco
associado a contato acidental com parte viva perigosa, seja a falhas que possam
colocar uma massa acidental sob tensão.
4.1.8 Seccionamento
5.1.2.2.1 A precondição de proteção básica deve ser assegurada por isolação das
partes vivas e/ou pelo uso de barreiras ou invólucros, conforme anexo B.
5.1.2.2.2 A proteção supletiva deve ser assegurada, conjuntamente, por
eqüipotencialização, conforme 5.1.2.2.3, e pelo seccionamento automático
da alimentação, conforme 5.1.2.2.4.
5.1.2.2.3 Eqüipotencialização
5.1.2.3.1 Generalidades
5.1.2.3.1.1 A isolação dupla ou reforçada é uma medida em que:
5.1.2.3.4.1 Admite-se que linhas elétricas que atendam às prescrições de 6.2 sejam
realizadas segundo o conceito de isolação dupla ou reforçada, se elas
forem:
5.1.2.4.4.1 Partes vivas do circuito separado não devem ser conectadas em nenhum
ponto a um outro circuito à terra ou a um condutor de proteção.
Nova Os circuitos SELV não têm qualquer ponto aterrado nem massas aterradas.
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 34
a) limitação da tensão; ou
5.1.3.2.1 Generalidades
5.1.3.2.1.1 O uso de dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual com
corrente diferencial-residual nominal /n igual ou inferior a 30mA é
reconhecido como proteção adicional contra choques elétricos.
Uso de obstáculos
Situação Distância
1. Distância entre obstáculos, entre manípulos de dispositivos elétricos (punhos,
volantes, alavancas etc.), entre obstáculos e parede ou entre manípulos e parede.
Situação Distância
1. Apenas um dos lados da passagem apresenta partes
vivas não protegidas (ver figura 8)
NOTA As distâncias indicadas são válidas considerando-se todas as partes dos painéis devidamente
montadas e fechadas.
5.1.5.4 Colocação fora de alcance
NOTAS
5.2.1 Generalidades
6.4.1 Aterramento
• 65 anos de existência
Princípio fundamental
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 38
As medidas de proteção contra choques prescritas na NBR 5410, observam dois
preceitos:
Prescrição fundamental
a) proteção básica e
b) proteção supletiva.
Os conceitos de “proteção básica” e de “proteção supletiva” correspondem,
respectivamente, aos conceitos de “proteção contra contatos diretos” e de “proteção
contra contatos indiretos” vigentes até a edição anterior desta norma.
• Limitação da tensão.
1. OBJETIVO
Fornecer informações sobre a instalação e manutenção de sistema de proteção
contra descargas atmosféricas e os requisitos das normas para o bom
funcionamento e conservação dos mesmos.
2. NORMAS APLICÁVEIS
3. INSPEÇÕES
- Periodicamente, a cada cinco anos para áreas não classificadas, tais como
residenciais, agrícolas ou indústrias.
10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas
ou em suas proximidades.
Não é objetivo deste programa passar aos treinados metodologias /técnicas para
Análise de riscos, considerando que as empresas /profissionais às desenvolvem de
acordo com os
Critérios adotados nas suas empresa. É nosso objetivo despertá-los para a
importância desta ferramenta que poderá ser valiosa para prevenir acidentes e quando
da elaboração do procedimentos de trabalho, bastante enfatizados nesta NR.
Para maior eficácia da Análise de Riscos, fazemos algumas recomendações
importantes:
Desenergização elétrica
NOTA:
O termo usado para bloqueio mecânico dos elementos a serem seccionados é Tagout
e Lockout para plaquetas de aviso.
Tensão de Segurança
Tensões até 50 Vca e 120 Vcc entre fases ou entre fases e terra, são definidas como
Extra Baixa Tensão(SELV – Separated Extra Low Voltage) ou, simplesmente Tensões
de Segurança. As devidas definições são descritas na NBR 5410/2005, ítem 5.1.2.5.
Obstáculos e anteparos
Destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas não o contato que
pode resultar de uma ação deliberada de ignorar ou contornar o obstáculo.
Conforme a NBR 5410 este item diz respeito à proteção contra contatos diretos com as
partes vivas(energizadas) dos circuitos existentes nas instalações elétricas.
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 47
Barreiras e invólucros
Para que não haja nenhuma possibilidade de contato com partes vivas das instalações
elétricas, deve-se instalar barreiras isolantes ou invólucros, conforme NBR 5410 e
NBR 6146, referente ao grau de proteção dos invólucros.
Aterramentos
b) Funcional:
c) De Segurança:
d) Combinado(Funcional + Segurança)
Cargas estáticas
Equipotencialização
Equipotencialização Principal
Sinalização
Proteção supletiva
Constituem num dos meios mais eficazes de proteção das pessoas e animais contra
choques elétricos, sendo usado em quase todos os países mundo.
• São o único meio ativo de proteção básica e na grande maioria dos casos, o
meio mais adequado para proteção supletiva.
Curva de atuação do DR de 30 mA
Separação elétrica:
Epi Danificado
• Instalações Desenergizadas
• Liberação para Serviços
• Sinalização
• Inspeções das áreas, serviços, ferramental e equipamentos
A) Instalações Desenergizadas
a) Seccionamento
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Engenheiro em Segurança do Trabalho 54
b) impedimento de reenergização
C) Sinalização
D) Inspeções de Segurança
Na definição dos prazos, considerar a execução de acordo com a classe dos riscos.
Imediato: Perigo Classe A
Até 01 semana: perigo Classe B;
De acordo com a disponibilidade, perigo Classe C;
A rotina das inspeções assegura que as ações corretivas sejam efetuadas para
eliminar os perigos identificados e prevenir a recorrência dos problemas; são definidas
as:
- responsabilidades específicas;
- O resultado da observação
1. Riscos/impactos
o Choque Elétrico
o Queimadura
o Curto-Circuito
2. Medidas de segurança/controle
b) Formulário especifico
c) Definição de participantes
d) Critérios da inspeção
e) Registros documentais
f) Follow – Up
1) ATO INSEGURO
Condição do meio que causou o acidente ou que contribui para a sua ocorrência.
a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser
afetadas por suas ações ou omissões no trabalho;
Responsabilidades:
São direitos dos trabalhadores, urbanos e rurais, além de outros que visam a melhoria
da sua condição social:
Seguro contra acidentes do trabalho a cargo do empregador , sem excluir a
indenização a que está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
Dolo e Culpa
Dolo e Culpa
Culposos: o agente não possui a vontade de causar o dano, mas age ou se omite com
Negligência, Imprudência ou Imperícia.
Não há a vontade da ocorrência do resultado, mas o agente não toma as devidas
precauções para que o dano não venha a ocorrer.
Exemplos de negligência:
1) Supervisor não exigir ou fazer “vista grossa” com eletricistas que não usam os
EPIs obrigatórios (luvas de eletricistas e vaqueta, capacete, bonita, óculos,
roupa Nomex contra arco);
Exemplos de imprudência:
Exemplos de imperícia:
RESPONSABILIDADE PENAL
Pena:
Detenção de 3 meses a 1 ano, se o fato não constitui crime mais grave.
• As pessoas jurídicas são responsáveis por atos de seus agentes que
nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvo direito regressivo
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Engenheiro em Segurança do Trabalho 64
• Homicídio simples
– É a morte do homem, por ação ou omissão, voluntária, de outro homem.
Pergunta
Exemplos
• Regulamentos de Tráfego
• Normas do INSS
a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser
afetadas por suas ações ou omissões no trabalho;
Responsabilidades:
São direitos dos trabalhadores, urbanos e rurais, além de outros que visam a melhoria
da sua condição social:
Seguro contra acidentes do trabalho a cargo do empregador , sem excluir a
indenização a que está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
Dolo e Culpa
Dolo e Culpa
Culposos: o agente não possui a vontade de causar o dano, mas age ou se omite com
Negligência, Imprudência ou Imperícia.
3) Supervisor não exigir ou fazer “vista grossa” com eletricistas que não usam os
EPIs obrigatórios (luvas de eletricistas e vaqueta, capacete, bonita, óculos,
roupa Nomex contra arco);
Exemplos de imprudência:
Exemplos de imperícia:
RESPONSABILIDADE PENAL
• As pessoas jurídicas são responsáveis por atos de seus agentes que
nessa
• Homicídio simples
– É a morte do homem, por ação ou omissão, voluntária, de outro homem.
• Perigo para a vida de outrem
– Expor a vida de outrem a perigo direto e iminente.
Pergunta
Exemplos
• Regulamentos de Tráfego
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 70
• Normas do INSS
GLOSSÁRIO
1. Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou
1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.
12. Instalação Elétrica: conjunto das partes elétricas e não elétricas associadas
e com características coordenadas entre si, que são necessárias ao
funcionamento de uma parte determinada de um sistema elétrico.
17. Obstáculo: elemento que impede o contato acidental, mas não impede o
contato direto por ação deliberada.
22. Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou
danos à saúde das pessoas.
23. Riscos Adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos
elétricos, específicos de cada ambiente ou processos de Trabalho que,
direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho.
.........
Maio/2006
Mensagem
Autor Desconhecido
Autor da Apostila:
Formatação e Arte:
Maurício Zwith
Email: mauriciocaeta@yahoo.com.br
Bibliografia:
SITES:
www.cemig.com.br www.ritzbrasil.com.br
www.diascampos.com.br , www.gulin.com.br
www.ogrish.com.br , www.seton.com.br
www.procobrebrasil.org.br , www.dupont.com.br
www.inss.org.br www.qualitextil.com.br ;
www.copel.com.br www.coastal.com.br ;www.siemens.com.br
Brigada de Emergência
Alem dessas características o brigadista deve ser uma pessoa de reações rápidas, com grande
senso de improvisação, responsável e acima de tudo consciente de sua importância para o
sucesso do grupo e segurança das demais pessoas.
Organização da brigada
Para dar inicio aos procedimentos básicos de emergência, devem ser utilizados os recursos
disponíveis, seguindo-se os passos descritos a seguir:
1. Acionar o alarme de incêndio: identificada uma situação de emergência, qualquer pode
alertar, através dos meios de comunicação disponíveis, os ocupantes, os brigadistas e apoio
externo, seguindo se os passos descritos a seguir.
2. Análise da situação: após o alerta, a brigada deve analisar a situação, desde o inicio ate o
final da emergência,de acordo com o numero de brigadistas e os recursos disponíveis no local.
3. Primeiros socorros: prestar primeiros socorros as possíveis vitimas, mantendo suas funções
vitais ate que se obtenha socorro especializado.
4. Corte de energia: cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica dos equipamentos
da área ou geral.
5. Abandono de área: proceder ao abandono da área parcial ou total, quando necessário
conforme a comunicação preestabelecida, removendo para local seguro, a uma distancia mínima
de 100 m do local sinistrado, onde devera permanecer ate a definição final.
6. Confinamento do sinistro: evitar a propagação do sinistro e suas conseqüências, procurando
conter a emergência, apenas, no local já atingido.
7. Isolamento da área: isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de
emergência e evitar que pessoas não autorizadas entre no local.
8. Extinção: eliminar a emergência, restabelecendo a normalidade.
9. Investigação: levantar as possíveis causas do sinistro e suas conseqüências, emitindo
relatório para analise posterior como objetivo de propor medidas corretivas e preventivas que
evitem a repetição da ocorrência.
Observação: com a chegada do órgão oficial a brigada devera ficar à sua disposição.
Procedimentos complementares
A brigada de emergência devera ter uma identificação especial para cada brigadista (botom,
crachá, camiseta, etc). é de grande importância informar a todas as pessoas a existência da
brigada e quem são os seus membros o que facilita os trabalhos e auxilia na prevenção de
emergência.
É necessário que seja estabelecido um, ou mais, pontos de encontro para os membros da brigada
de onde serão distribuídas as tarefas de controle da situação.
Deve existir em todas as edificações um sistema preestabelecido de comunicação com o apoio
externo, para ser executado em casos de emergência. Compõe este sistema, entre outras coisas, a
rede interna de comunicação (telefone, radio, beepe, sirenes, etc), o sistema de alarme de
emergência e códigos específicos.
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 81
Para pedir socorro externo deverão ser fornecidas as seguintes informações:
· Rua, numero e nome do estabelecimento;
· Ponto de referencia próximos;
· Qual a emergência e onde se localiza;
· Provável extensão situação de emergência;
· Nome de quem pede o socorro e o numero de telefone de onde fala.
Normalmente, é feita uma confirmação do pedido de socorro, por isso, não se afaste do telefone.
A descoberta do fogo e seu domínio pelo homem pré-histórico, marcaram a mudança dos
hábitos humanos e a transformação da historia. Assim, o fogo passou a ser o principal aliado do
homem para desenvolvimento de tudo o que conhecemos hoje.
Porem, da mesma forma que constrói, o fogo arrasa civilizações inteiras, provoca morte, dor e
destruição. Entretanto o fogo pode ser uma ferramenta ou uma arma dependendo da forma que o
tratamos.
Para a brigada de emergência o fogo é o principal inimigo, prevenir e combater incêndio é uma
das principais tarefas da brigada. Assim, para os brigadistas, é de grande importância conhecer e
divulgar, para as demais pessoas, dois aspectos fundamentais da proteção contra incêndio:
1°. Evitar que ocorra incêndio utilizando certas medidas básicas de prevenção, as quais
envolvem a necessidade de se conhecer, entre outros itens:
· As características do fogo;
· As propriedades de risco dos materiais;
· As causas de incêndios;
· O estudo dos combustíveis;
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 82
· Os métodos de extinção.
2°. Conhecer a forma adequada e eficiente de combater o principio de incêndio, minimizando as
conseqüências do mesmo. É importante lembrar que o incêndio só ocorre quando a prevenção
falha. Para que esse combate seja eficiente deve-se:
· Conhecer os agentes extintores;
· Saber utilizar os equipamentos de combate a incêndio;
· Saber avaliar as características do incêndio e determinar a atitude a ser tomada.
Para que possamos prevenir e combater incêndios, é necessário que saibamos alguns conceitos
básicos. É o conhecimento, ou não, desses conceitos que vai determinar o sucesso ou fracasso no
momento em que ocorrer um principio de incêndio.
Classes de incêndio
Os incêndios são classificados de acordo com os materiais que se incendeiam, ou seja, conforme
o combustível que esta queimando. Assim temos:
Classe “A”: são materiais de fácil combustão com propriedade de queimarem em sua superfície
e profundidade, deixando resíduos.
Exemplos: madeiras, borracha, couro, algodão, papel, estopas, tecidos, etc.
Classe “B”: são os líquidos e combustíveis inflamáveis: possuem a propriedade de queimarem
em sua superfície, não deixando resíduos.
Exemplos: óleo, agarras, tintas, solventes, graxas, cera, gasolina, etc.
Classe “C”: equipamentos elétricos energizados.
Exemplos: motores, transformadores, cabos condutores, controle, etc.
Classe “D”: elementos pirofóricos (que podem se inflamar em contato com o ar).
Exemplos: magnésio, zircônio, titânio, alumínio em pó, sódio, etc.
Explosão
Chamamos de explosão o resultado de uma reação físico-quimica na qual a velocidade de
combustão é extremamente alta, provocando violenta dilatação dos gases o que desencadeia o
aumento brusco de pressão. Caracterizada, também, por grande elevação da temperatura.
Para que ocorra uma explosão é necessária a mistura ideal, ou seja, a quantidade de ar e de gases
ou vapores combustíveis deve estar misturados em proporções ideais para que possibilitem a
explosão.
Todo material (sólido, liquido ou gasoso), alem dos limites de inflamabilidade possuem dois
outros limites para a sua explosividade:
· Limite inferior de explosividade (lie): quantidade mínima necessária de gases ou vapores
combustíveis, em mistura com o ar (contida dentro do lii e lsi), para que ocorra sua explosão.
· Limite superior de explosão (lse): quantidade máxima de gases ou vapores combustíveis,
em mistura com o ar (contida dentro do lii e lsi), para que ocorra sua explosão.
Prevenção de incêndio
A maneira mais fácil de combater um incêndio é evitar que ele ocorra. A prevenção contra
incêndios começa nas medidas tomadas para evitar o aparecimento do fogo. A experiência das
pessoas que combatem o fogo já demonstrou uma verdade, que deve ser aceita por todos: A
GRANDE MAIORIA DOS INCÊNDIOS PODE SER EVITADA.
A prevenção de incêndios poderá ser feita evitando-se que a pirâmide do fogo se forme, ou seja,
retirando um dos três elementos básicos do fogo e não permitindo que ocorra a reação em
cadeia. Dessa forma podemos tomar algumas ações para prevenirmos a ocorrência de um
incêndio:
Identificação de riscos
A inspeção do ambiente de forma cuidadosa e eficiente é o meio de prevenção mais adequado.
Cabe ao brigadista determinar cada possível fonte de risco, criar as medidas de prevenção e
manter o cumprimento dessas medidas para minimizarmos a possibilidade de ocorrência de um
incêndio.
É importante lembrar que cada fonte de risco por mais insignificante que seja poderá causar um
grande incêndio, portanto devera ser eliminada. Assim, com o objetivo de minimizar os riscos
de incêndio as inspeções deverão ser criticas e seus resultados servirão como orientação para
adoção de medidas corretivas.
Estatísticas da national fire protection association (nfpa - órgão norte americano de prevenção e
proteção contra incêndios) nos informam que cerca de 90% dos incêndios em industrias são
causados pelas seguintes formas de ignição:
19% eletricidade 6% partículas incandescentes
14% atrito 5% chama aberta
12% centelhas 4% solda e corte
8% cigarros e fósforos 3% materiais aquecidos
8% ignição espontânea 2% eletricidade estática
7% superfície aquecidas
Estratégias de prevenção
A extinção de incêndios baseia-se em evitar que a pirâmide do fogo se forme, portanto ao
identificarmos uma fonte de risco deveremos seguir uma das estratégias descritas abaixo:
Atuação sobre o combustível: o objetivo é eliminar o combustível, ou seu excesso que possa
entrar em ignição na presença das fontes de calor existentes no ambiente, ou entrar na formação
de misturas inflamáveis.
Atuação sobre a fonte de calor: cada combustível para que entre em ignição, deve ser aquecido
ate liberar vapores inflamáveis. A medida aplicável em situações de risco é eliminar a fonte de
calor que tenham a capacidade de fornecer a energia necessária para o inicio da combustão.
Mantendo-se o combustível com a temperatura abaixo de seu ponto de fulgor não ocorrera a
liberação dos vapores. Outras medidas como a proibição do fumo em áreas perigosas, também
poderão ser adotadas evitando-se a existência da fonte de calor próximo a materiais
combustíveis.
Atuações sobre o comburente: retirar o comburente da atmosfera onde o combustível esta sendo
manipulado ou armazenado pode ser uma técnica de prevenção, porem sua aplicação é limitada
a poucos casos pelas dificuldades e altos custos de implantação.
Atuação sobre a mistura combustível / comburente: a proteção é obtida atreves da instalação de
ventilação ou aspiração e de insuflação de gases inertes.
Ordem e limpeza
O bom serviço de conservação, ou “ordem de limpeza”, constitui importante parte de um
programa de prevenção de incêndios. Um local limpo, onde não encontramos materiais jogados
pelo chão, possui uma pequena probabilidade de incêndios. A manutenção de uma boa
organização e limpeza é uma forma efetiva de prevenção. Devem-se considerar os seguintes
aspectos:
· Áreas onde existam papeis e estopas sujas de óleo e graxa espalhados pelo chão são locais
onde o fogo pode começar e se propagar rapidamente, tornando difícil a sua extinção. As
conseqüências poderão ser mais graves caso isso ocorra em escadas e corredores.
· Recipientes e tubulações, contendo líquidos ou gases inflamáveis, não devem apresentar
vazamentos. E quaisquer respingos devem ser limpos imediatamente.
· Os locais de passagem e as saídas devem ser mantidos, livres e desobstruídos. O acumulo
de poeira e resíduo deverá ser evitado, principalmente próximo a equipamentos elétricos.
Armazenamento
No uso e na movimentação de material inflamável algumas providencias simples e praticas
podem evitar a ocorrência do fogo:
· Os materiais de combustão rápida e inflamáveis devem ser armazenados em depósitos
especiais (separados), bem arejado e afastado das construções, se possível.
· Deve-se retirar dos depósitos de combustíveis, apenas a quantidade necessária e, caso haja
a sobra de material, este deverá voltar para o deposito.
· Manter sempre, se possível, a substancia inflamável longe de fonte de calor e de
comburente;
· Proibir fumar nas áreas onde existem combustíveis ou inflamáveis estocados. Não se deve
esquecer que todo fumante é um incendiário em potencial, uma ponta de cigarro acesa poderá
causar um incêndio de graves proporções.
Manutenção adequada
Instalações elétricas em condições precárias: fios expostos ou descascados podem ocasionar
curtos-circuitos, que serão origem de focos de incêndio, se encontrarem situações favoráveis à
formação de chamas.
Instalações elétricas mal projetadas: poderão provocar aquecimento nos fios e originar incêndio.
A casos em que as instalações foram projetadas para determinada carga, porem são utilizados
artifícios para ligar vários aparelhos em um mesmo ponto o que, também, provocará sobrecarga
no circuito.
Instalação mecânica: falta de lubrificação e manutenção em equipamentos mecânicos pode
ocasionar aquecimento, por atrito, em partes moveis, criando perigosa ponte de calor.
Improvisações: poderão causar sérios acidentes que possivelmente acarretarão princípios de
incêndios.
Ex.: lâmpadas improvisadas, cabos sem terminais e etc.
Proteção contra descargas atmosféricas
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 86
Outras fontes de riscos de incêndio são as descargas atmosféricas. Para tanto toda edificação
deverá dispor de sistema de “pára raios”, bem projetado e mantido em condições ideais de
funcionamento.
Combate a incêndios
Quando a prevenção falha, os brigadistas devem estar preparados para o combate ao principio de
incêndio o mais rápido possível, pois quanto mais tempo durar o incêndio, maiores serão as
conseqüências. Para que o combate seja eficiente, é necessário que:
1. Existam equipamentos de combate a incêndio em numero suficiente e adequado ao tipo de
material em combustão.
2. O pessoal que, eventual ou permanentemente, circule na área saiba como usar esses
equipamentos e possa avaliar a capacidade de extinção.
Métodos de extinção
É preciso conhecer e identificar bem o incêndio que será combatido, para escolher o
equipamento correto. O erro na escolha de um extintor pode tornar inútil o esforço de combater
as chamas ou pode piorar a situação, aumentando-as, espalhando-as ou criando novas formas de
fogo.
A regra para combater incêndio é sempre a de romper a pirâmide do fogo, se retirarmos
qualquer um dos componentes a combustão se encerrará. Baseia-se neste principio, os meios
para extinção de incêndio.
Retirada do calor: consiste em levar a temperatura do combustível a baixo do ponto de fulgor do
material, isso é conseguido através do resfriamento.
Retirada do material: consiste na retirada, diminuição ou interrupção, com suficiente margem de
segurança, do campo de propagação do fogo, retirando-se material ainda não atingido pelo
incêndio.
Retirada do comburente (oxigênio): consiste na retirada ou limitação de comburente. O
abafamento é o método mais de combate, mas só pode ser empregado em pequenos incêndios ou
em condições especiais (sistema fixo de CO2).
Quebra da reação em cadeia: consiste na utilização de substancias que reajam com os radicais
produzidos durante a combustão, impedindo a continuação do fogo.
Agentes extintores
Água: a água é o agente mais utilizado no combate a incêndios, por existir em grande
quantidade na natureza. Atua basicamente por resfriamento (retirada do calor), porem na forma
de neblina poderá atuar por abafamento (retirada do comburente). Em alguns casos utiliza-se,
junto com água, um agente umectante.
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Engenheiro em Segurança do Trabalho 87
Espuma: a espuma para combate a incêndio é um agregado de bolhas cheias de gás, geradas por
solução aquosa. Sua densidade é menor do que a dos líquidos inflamáveis e combustíveis, o que
faz com que flutue sobre os líquidos, atingindo um abafamento.
Extingue o incêndio cobrindo e resfriando o combustível de forma a interromper a evolução dos
vapores e impedir o acesso do oxigênio.
Pode ser química (resultante de uma mistura de duas substancias. Ex.: bicabornato de sódio e
sulfato de alumínio. Ambos em solução aquosa), ou mecânica (extrato adicionado a água, com
posterior agitação para formação de espuma).
CO2 (gás carbônico): o gás carbônico é um agente que atua por abafamento, tendo as seguintes
vantagens: não conduz eletricidade, é mais pesado que o ar por isso ocupa o lugar do oxigênio,
interrompendo a combustão, não é corrosivo. Porem não é muito eficiente em locais abertos e
bem ventilados.
Pqs (pó químico seco): atua na quebra da reação em cadeias e Por abafamento. O pó mais usado
é o bicabornato de sódio e, por ser corrosivo, não é recomendado seu uso em aparelhos
eletrônicos.
Pó químico especial: é um pó químico cuja composição é feita para combater incêndio em
combustíveis específicos. Exemplo: pó especial para incêndio na classe “D”.
Outros: existem outros agentes, porem seu custo é elevado, o que inviabiliza sua utilização em
larga escala. Os principais são os compostos halogenados (gás halon).
Equipamento de combate
Existem vários tipos de equipamento de combate a incêndio que vão desde um simples balde
contendo areia ate complexos sistemas de detecção e combates automáticos. A escolha dos
equipamentos deve ser feita conforme a área deve ser protegida e os riscos existentes.
Cabe ao brigadista conhecer quais os equipamentos existentes em sua área de atuação e como
usá-los de forma eficiente. Para tanto iremos estudar os equipamentos mais comuns e seus usos
nos combates ao fogo.
Extintores portáteis
Os extintores portáteis são recipientes metálicos contendo um agente extintor (água, co2, pqs,
etc) e um gás (normalmente o próprio co2 ou nitrogênio) que funciona como expelente, ou seja,
é armazenado sob pressão e, ao ser liberado do recipiente, arrasta consigo o agente extintor.
O dimensionamento e a instalação dos extintores devem ser feitos levando-se em consideração o
tipo de risco presente, a possibilidade de propagação do fogo, a área a ser protegida e a
quantidade de combustíveis existentes. Independente da área ocupada deve haver, pelo menos
dois extintores por pavimento.
Os extintores devem ser colocados, com sua parte superior, no Maximo de 1,60 m do piso, em
locais de fácil visualização, fácil acesso e onde haja menor probabilidade de ser alcançado pelo
fogo. Esses locais devem ser sinalizados com um circulo ou reta, pintado internamente de
vermelho e na borda de amarelo. Os extintores não devem ser cobertos por pilhas de materiais e
não podem ser colocados em paredes de escadas.
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Engenheiro em Segurança do Trabalho 88
Deve-se garantir livre acesso aos extintores. Para isso deve ser pintada uma área no piso (abaixo
do extintor) que não poderá ser obstruída em nenhuma hipótese. Essa área será de, no mínimo,
1m² e pintada de vermelho (internamente) com bordas amarelas.
Todos os extintores devem ser inspecionados mensalmente, examinando seu aspecto externo, os
lacres externos, a pressão dos manômetros (quando existir), a mangueira e em especial se as
válvulas e bicos não estão entupidos. Deve-se verificar, também, se o acesso ate o extintor está
livre e se as manutenções estão dentro dos prazos determinados.
É preciso conhecer muito bem cada tipo de extintor, pois para cada classe de incêndio existe um
tipo de agente mais apropriado. Alem dos extintores portáteis existe, ainda, os extintores sobre
rodas que possuem o mesmo principio do extintor portátil, diferindo apenas na quantidade de
agente extintor contida no recipiente.
Conheça os extintores e a sua eficiência no combate ao fogo
Ainda, quando a segurança do membro da brigada, para casos especiais devem ser usados
equipamentos específicos, tais como, em ambientes com a presença de gases tóxicos, onde deve
ser usado equipamentos de proteção respiratória, sendo o mais comum o uso de sistemas de ar
autônomos (cilindros de ar respirável e mascara apropriada).
pessoas a serem retiradas (a largura mínima de 1,20m) ter boa ventilação e ser construídas de
materiais de difícil combustão.
3. Escadas e rampas: devem possuir boa ventilação, corrimão e dispositivo antiderrapante no
piso; no caso de escadas ter degraus regulares, estes deverão ter espelhos e oferecer completo
apoio dos pés.
4. Portas corta fogo: é recomendado a instalação de portas corta fogo, principalmente em
finais de corredores, e ligações com a escada de emergência: as portas deverão ser de difícil
combustão e propiciar completo isolamento entre áreas, abrir no sentido da saída e ser mantidas
em perfeito estado de funcionamento.
5. Iluminação de emergência: deve ser providenciada a instalação de iluminação de
emergência em toda extensão da rota de fuga, principalmente em corredores e escadas: a
iluminação é constituída de bateria e sistema de lâmpada que entram em funcionamento em uma
eventual falta de energia. Deve ser colocada de forma a iluminar por trás o sentido de saída,
evitando o ofuscamento da visão por contato frontal.
6. Sinalização: todos os componentes da rota de fuga deverão ser sinalizados, em especial, as
saídas de emergência e a direção de saída. Para a sinalização deve-se utilizar símbolos
padronizados nas cores branco e verde ou branco e azul que, em ambientes cobertos com fumaça
são mais visíveis.
Na elaboração das rotas de fuga deve-se dar prioridade aos corredores que levam diretamente ao
lado externo em edificações de mais de um pavimento, dirigir-se sempre para baixo não sendo
permitido o uso de elevadores.
· Treinamento da população: toda a população da edificação, seja ela permanente ou
temporária, devera ser treinada sobre os comportamentos a serem adotados em caso de
evacuação da área, este treinamento devera incluir:
1. Informação: informação clara e objetiva sobre os comportamentos, sendo recomendada a
instalação de placas e cartazes indicando quais são estes.
2. Equipe de abandono: é recomendado que, alem dos membros da brigada, outros elementos
da população (lideres, chefes, etc)sejam treinados para coordenar e orientar os demais usuários
em casos de evacuação da área: estas pessoas deverão ser adequadamente treinadas para agir de
forma ordenada e tranqüila com uma situação real de emergência. Comumente são responsáveis
pela cabeça da fila, ou seja, iniciam a retirada do pessoal.
3. Exercícios simulados: deverão ser feitos, periodicamente com a participação de todas as
pessoas da área, com o objetivo de fixar os comportamentos de abandono e preparar os usuários
para uma situação real. Deves-se verificar e corrigir qualquer comportamento fora dos padrões
estabelecidos.
· Velocidade: uma pessoa andando normalmente levaria seis minutos para descer 10 andares
ou percorrer 15m por minuto. A medida que a velocidade diminui começa o contato entre as
pessoas, o que leva ao pânico e correria desordenada onde poderão ocorrer acidentes,
dificultando a evasão. Assim, alguns fatores são importantes na determinação da velocidade de
abandono.
1. Unidade de passagem: passagens mais amplas melhoram a velocidade de abandono.
Considera-se unidade de passagem a distancia de 0,60m (largura media dos ombros de uma
pessoa) para cada unidade.
2. Densidade: quanto menor a área a ser ocupada maior a densidade, ou seja, locais mais
largos permitem maior concentração de pessoa.
3. Comprimento de passo: a velocidade depende da constituição de cada pessoa, de uma
forma geral (em media) o comprimento do passo é de 0,80m.
4. Cadência: a cadencia ideal de conforto, ou seja, a distancia percorrida por minuto é de 76m,
quando esta cadencia baixa dos 45 m por minutos, inicia-se o choque entre as pessoas e a
disputa pelo espaço físico, causando lesões e levando ao pânico.
5. Ângulo de movimento: influi na cadencia e no fluxo de pessoas, com a velocidade de 76m
por minuto teremos um fluxo de:
Ângulo de movimento N° de possoa/minuto por unidade de passagem
Horizontal 88 pessoas
Na descida 69 pessoas
Na subida 62 pessoas
Controle emocional: é comum encontrar pessoas que mesmo tendo participado do treinamento,
em situações reais de emergência, entram em pânico. Existem algumas variantes do
comportamento humano em uma evacuação. São elas:
1. Evacuação normal: o equilíbrio emocional impera e o individuo comporta-se do momento
inicial ate o fim de forma correta. A evasão se da de forma ideal.
2. Evacuação de emergência: aparece a aglomeração de pessoas, aparece a força física para
acelerar o processo de saída. O movimento é obstruído e a força física aumenta podendo
provocar lesões aos ocupantes da rota de saída, quanto mais tempo for gasto, maiores serão os
danos.
3. Evacuação em pânico: o pânico se estende rapidamente e leva as pessoas para as diversas
áreas de perigo. Aparece a força física para se impor perante as demais pessoas. Surge a
paralisação dos movimentos, originando os contatos físicos e causando lesões.
4. Pânico: por definição é aquilo que se assusta sem movimento. É um terror infundado. Suas
características são: sentimento de terror, medo, ansiedade: reações vocais: choro, grito, pedido
de socorro, reações físicas: estremecimento, saltar no vazio, imitação, contagio e agressividade.
Conseqüências: asfixia, pisoteamentos e precipitação.
Em condições de pânico aparecem o censo de impotência ou a perda de forças perante a situação
grave. A pessoa praticamente não consegue fazer nada perante a situação.
As formas de atenuar o pânico é estabelecer um bom projeto de evasão, dando preferência a
locais mais amplos, bem iluminados, bem ventilados, bem sinalizados e com o menor trajeto
possível ate a saída, pois oferecem um sentimento de segurança maior. Treinar as pessoas nos
procedimentos de abandono de área e familiarizá-los com a edificação.
Considerações gerais quanto ao plano de abandono: a ordem de abandono de área devera ser
dada pelo responsável maximo da brigada, devendo priorizar o local sinistrado o pavimento
superior a este, locais próximo a área de maior risco.
Devera ser determinado um ou mais ponto de segurança, para onde as pessoas deverão se dirigir
em caso de evacuação. Este ponto devera ser afastado suficientemente da edificação, com uma
distancia mínima de 100m. chegando ao ponto de segurança, os usuários deverão permanecer
naquele local ate a autorização do coordenador da brigada para o retorno as instalações ou para o
abandono definitivo da área.
Não deve ser permitida a entrada de nenhuma pessoa ou veiculo, com exceção dos de
emergência na área da edificação enquanto durar a emergência. Todas as entradas devem ser
mantidas desobstruídas para passagem do socorro externo.
Dicas para evacuação de locais em caso de simulados ou incêndio
Em caso de simulados ou incêndio deve-se adotar os seguintes procedimentos:
· Mantenha a calma e ajude a acalmar o outro;
Se houver cabos eletrificados deve desligá-los ou afastá-los com cuidado (utilizando materiais
não condutores de eletricidade). Verifique ao redor se não há riscos para você ou para a vitima e
qual a necessidade de retirá-la do local:
· Só movimentar a vitima se ela correr perigo, caso necessário sinalize o local.
· Seguir os passos descritos:
1. Proteção própria:
O socorrista deve prevenir-se de contrair doenças como AIDS e outras doenças infecto
contagiosa, tomando as seguintes precauções:
· Sempre usar luvas de borracha, evitando contato direto com sangue ou fluido orgânico da
vitima;
· Evita ferir-se durante o atendimento;
· Não levar as mãos na boca e olhos sem antes lavar com água e sabão;
· Não devemos jamais deixar de atender uma vitima, mas procurar sempre ter os cuidados
necessários à proteção própria;
· Estes cuidados devem ser usados especialmente em casos de sangramento, eliminação de
outros líquidos e parada cardio-respiratoria.
2. Propriedades no atendimento:
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 97
· No caso de varias vitimas de prioridade ao atendimento de casos de parada cardio
respiratória, hemorragia abundante, inconsciência, estado de choque, e envenenamento pois
exigem socorro imediato.
· Mantenha a vitima deitada em posição confortável, ate certificar-se de que a lesão não tem
gravidade.
3. Ao se aproximar da vitima, realizar a avaliação prioritária:
Vias aéreas e coluna cervical: abrir as vias com o controle da coluna, em caso de lesão na
coluna e vitima inconsciente, vitima de trauma, e como não se conhece como ocorreu a lesão ou
acidente, devemos usar um método de abertura das vias aéreas que não agrave a possível lesão.
· Se a vitima tiver vomitado, sem o perigo de ter fratura no pescoço, vire lhe a cabeça para
um lado a fim de impedir a asfixia,
· Remova com os dedos qualquer objeto que estiver na boca da vitima, dentadura, prótese,
restos de alimento, liquido e etc, que possa impedir a perfeita respiração.
Respiração: ajoelhe-se junto a vitima, aproxime a parte lateral do seu rosto na boca e nariz da
vitima para ver e ouvir se a mesma transmite algum movimento na caixa torácica e abdômen.
· Se a vitima não estiver respirando devemos passar imediatamente para os procedimentos
de parada cardio-respiratoria.
Circulação: verificar se o paciente tem pulso. Se não percebê-lo iniciar a massagem cardíaca
externa. Verifique, também a possibilidade de existência de grandes hemorragias, que deverão
ser controladas.
Consciência: verifique se a vitima esta alerta, responde as perguntas (estímulos verbais)
responde a estimulo doloroso (toque e beliscões) ou não responde.
4. Avaliação secundaria: após a avaliação primaria e sempre cuidando para manter os sinais
vitais, devemos Passar a um exame secundário:
· Afrouxar a roupa: gravata, colarinho, colete, cinto, o que facilitara a respiração e a
circulação. Se for necessário, o melhor é rasgar e cortar, evitando movimentos bruscos ou dores
ao despir a vitima;
· Faça exame físico da vitima: investigue particularmente a existência de hemorragia,
envenenamentos, ferimentos, queimaduras e fraturas.
· Verificar se a vitima esta consciente, tranqüilizando-a. pergunte se sente dor em alguma
parte do corpo em especial;
· Se estiver inconsciente, verificar a boca para determinar se a corpos estranhos, como
dentes quebrados ou a própria língua obstruindo a traquéia (mover dentaduras e outras próteses).
· Com o auxilio de uma fonte de luz (lanterna), examinar a reação das pupilas.
a) Pupilas contraídas: quando as pupilas encontram contraídas pode indicar vicio de drogas,
intoxicação, traumatismo craniano, ou problemas no sistema nervoso;
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 98
b) Pupilas dilatadas: podem indicar estado de inconsciência: envenenamento, parada cardíaca,
ou morte;
c) Pupilas desiguais: uma pupila dilatada e paralisada - indica traumatismo craniano ou
derrame cerebral.
· Observar a posição do acidentado (membro em posição anormal indica fratura), examinar
todos os seguimentos (cabeça, pescoço, braço, tórax e pernas), verificando se há ferimentos,
saliências, ou depressões.
· No CRANIO procura observar:
a) Observe se não há ferimento no couro cabeludo, se não há saliência ou depressão do seu
contorno.
b) Observar se há hemorragia do ouvido, o que indica provável fratura do crânio.
c) Observar a boca para determinar se há corpos estranhos, como dentes quebrados ou
dentadura artificial solta que, no paciente inconsciente e semiconsciente pode passar pela
traquéia ou laringe provocando asfixia. No caso de envenenamento, o exame da boca pode
demonstrar queimaduras por ácidos ou cáusticos.
· No pescoço: apalpe a região da nuca observando se existe ou não irregularidades na coluna
vertebral. O mesmo se buscara apalpando as clavículas e os ombros.
· No tórax: poucas vezes se vêem deformações, isso pode ocorrer por afundamento das
costelas. Mas esse tipo de fratura se manifesta por dor no ponto da fratura. Um dos pontos mais
importantes a serem observados no tórax é se existe a rigidez dos músculos da parede abdominal
anterior, o que indica provável hemorragia interna.
· Nos membros: superiores e interiores e quadris devem ser observados se há sinais de
fratura, luxações ou hemorragia. tais como inchaço, sangramento, deformação, etc.
· Caso a pessoa esteja consciente, verificar a sensibilidade dos membros e os reflexos com
toques e ate beliscões.
a) Falta de sensibilidade nas pernas podem indicar lesões na medula, a nível dorsal ou lombar;
b) Falta de sensibilidade nas pernas e braços podem indicar lesões na medula, a nível cervical;
c) Paralisia de um lado do corpo pode indicar um possível derrame cerebral.
d) Dormência nas extremidades (mãos e pés), mas com movimentação preservada, podem
indicar lesões na coluna;
Nestes casos, deve se ter cuidado para não agravar as lesões ao movimentar a vitima.
· Observar a cor da pele. Ela poderá indicar algumas lesões:
a) Pele arroxeada ou azulada (cianose): significa pouco oxigênio no sangue e aparece nos
problemas respiratórios e circulares;
b) Pele pálida ou acinzentada: indica circulação insuficiente e aparece nas hemorragias e crise
cardíaca.
Observações:
· Não de líquidos a uma pessoa inconsciente ou semiconsciente.
· Em caso de amputação recolha a parte amputada e envolva em um saco plástico limpo e
coloque-o dentro de um outro recipiente contendo gelo para a entrega imediata ao medico.
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 99
· Certifique se de que qualquer providencia a ser tomada não venha agravar o estado da
vitima,
· Mantenha o acidentado aquecido, usando para isso roupas, cobertor, casaco, jornal e etc.
procure evitar que o acidentado veja seus ferimentos
· Chame um medico ou transporte a vitima, se necessário, ao ambulatório medico ou a um
hospital. Procure informar quem é o acidentado, o que ele pode ter sofrido, qual procedimento
de primeiros socorros foi realizado, como a vitima foi encontrada, o que ela estava realizando
quando ocorreu o acidente.
Casos mais comuns e procedimentos
Agora passamos a descrever os casos de lesões mais comuns e os procedimentos corretos para o
atendimento do acidentado. É muito importante lembrar que um bom diagnostico possibilitara
maiores sucessos no atendimento. Procure identificar os sinais das lesões e atenda primeiro aos
casos mais graves.
Obstrução respiratória
Causas: pessoas “engasgadas”, ingestão de alimento ou objeto que se alojou na faringe ou
laringe impedindo a respiração.
Manifestações: ausência de movimentos respiratórios; impossibilidade de passagem e de ar aos
pulmões, tosse e etc.
Procedimentos: inicie imediatamente as manobras de desobstrução.
Vitima consciente
· Pergunte a vitima se ela pode falar;
· Caso não possa, se coloque atrás da vitima e pressione as mãos para manobra de hemlich.
· Faça repetidas compressões no abdômen ate a desobstrução ou chegada de socorro
adequado.
Vitimas inconscientes
· Abra as vias aéreas da vitima e verifique a respiração.
· Se não houver respiração efetue duas insuflações boca-a-boca.
· Caso o tórax não se eleve, repita a liberação das vias e as ventilações.
· Não ocorrendo a passagem do ar, faça 5 compressões no abdômen e verifique se o objeto
estranho aparece na boca da vitima e retire-o.
· Após estes procedimentos, se a vitima não respirar, reinicie as compressões e mantenha-as
ate obstrução ou chegada de socorro especializado.
Parada respiratória
Causas: pode ser causada por choque elétrico, afogamento, envenenamento, soterramento.
Parada cardíaca
A maca é o melhor meio de transporte, pode ser feito das seguintes formas:
· Um cobertor dobrado em três, em volta de tubos de ferro,
· Abotoando duas camisas ou dois paletós em duas varas resistentes,
· Uma tabua larga.
BIBLIOGRAFIA
ROGÉRIO EUSTÁQUIO COUTINHO
Engenheiro em Segurança do Trabalho 105
ELABORAÇÃO