Você está na página 1de 15

AS CONSEQUÊNCIAS DA

EXPOSIÇÃO À PORNOGRAFIA
NA VIDA INFANTOJUVENIL
AS CONSEQUÊNCIAS DA
EXPOSIÇÃO À PORNOGRAFIA
NA VIDA INFANTOJUVENIL

ÍNDICE

Mudanças comportamentais
...................................................... Página 1

Mudanças cerebrais
Página 6 ..................................................

Facilitação de crimes
.................................................... Página 7

Dicas auxiliadoras
Página 8 ...........................................
AS CONSEQUÊNCIAS DA
EXPOSIÇÃO À PORNOGRAFIA
NA VIDA INFANTOJUVENIL

Mudanças Comportamentais

ATITUDES VIOLENTAS CONTRA A MULHER

O consumo de conteúdo pornográfico sem nenhum outro tipo de


educação sexual, acaba por normalizar para os jovens a noção de
que as mulheres são objetos e devem ser tratadas com brutalidade.

A maior parte dos materiais pornográficos distribuídos


nas redes apresenta em seu conteúdo as mulheres em
locais de submissão e em condições objetificantes.

Esse tipo de conteúdo poderá vir a influenciar a compreensão da


criança e/ou jovem em formação sobre dos papéis de gênero e
comportamentos sexuais esperados dentro de um relacionamento,
fazendo-os partir da premissa de subordinação das mulheres,
normatizando situações nas quais elas são colocadas em condições
objetais e de submissão, assim, estimulando a violência, ou ainda
contribuindo com situações de desrespeito no relacionamento, nas
quais um dos parceiros pode ser forçado a fazer algo que não
deseja.

1
AS CONSEQUÊNCIAS DA
EXPOSIÇÃO À PORNOGRAFIA
NA VIDA INFANTOJUVENIL

DESENVOLVIMENTO DE UM VÍCIO

Segundo Gail Dines, socióloga e presidente da organização Culture


Reframed, o vício em pornografia tem como característica a
evolução gradual para conteúdos cada vez mais violentos.

Pesquisas mostram que acesso contínuo a materiais pornográficos


causam desde mudanças neuroanatômicas no cérebro com
diminuição de competências específicas, além de agir no Sistema
de Recompensa e no Sistema Límbico, o que a torna
extremamente viciante.

Principalmente pela atuação do neurotransmissor chamado


dopamina. Existem estudos no sentido de que o consumo regular
de pornografia cria um espiral negativo em que mais imagens
extremas são necessárias para alcançar os mesmos resultados de
prazer obtidos no início do consumo.

Então é comum que com o passar do tempo os usuários de


conteúdo pornográfico recorram até mesmo a coisas que
anteriormente consideravam repulsivas, como zoofilia, pedofilia,
estupro. Isso porque o que consumiam antes se tornou
insuficiente os fazendo buscar por mais estímulos.

2
AS CONSEQUÊNCIAS DA
EXPOSIÇÃO À PORNOGRAFIA
NA VIDA INFANTOJUVENIL

IDEALIZAÇÃO DO SETTING PORNOGRÁFICO

Em casos nos quais a pornografia é o único meio de “educação


sexual” para as crianças e jovens, ocorre o fenômeno da
idealização do setting pornográfico. Os jovens passam a
enxergar aquilo que acontece na frente das câmeras como a
única realidade e a busca pela igualdade se torna uma
realidade.

Esse fator gera pressão social nesses jovens, abalando suas


autoestima e gerando prejuízos aos relacionamentos amorosos
e em geral, por meio de cobranças e comparações. Diversas
pesquisas indicam o aumento do número de jovens que vivem
essa comparação com o irreal, portanto, tudo isso resulta na
percepção negativa de si e trazendo inseguranças.

Todavia, a internalização desses modelos idealizados não é


exlusiva da pornografia. O assunto é decorrido em toda a
internet se tornou o meio mais propício para influenciar os
jovens no atual século.

3
AS CONSEQUÊNCIAS DA
EXPOSIÇÃO À PORNOGRAFIA
NA VIDA INFANTOJUVENIL

PREJUÍZOS NO DESENVOLVIMENTO

Muitos meninos relatam que comparam o seu desempenho ao


desempenho do que eles assistem e se frustram, levando a uma
baixa autoestima nesse sentido e preso as fantasias.

Existe no entanto, uma ligação com distúrbios sexuais que esses


seres na fase de desenvolvimento podem adquirir em
detrimento do vício de pornografia, é prejudicial principalmente
na fase da puberdade ou fase das descobertas, que é
justamente quando os adolescentes tem seus primeiros
contatos com o sexo.

Conclusão, as cenas apresentadas na pornografia impactam


diretamente na forma como o infanto-juvenil verá o mundo. A
partir de relatos é possível perceber que adolescentes e
crianças que possuem uma maior facilidade para acessar esse
tipo de conteúdo, a facilidade de virar um vício é maior e com o
passar dos anos e reprodução dessas imagens vistas por eles,
eles passam a ver os seus relacionamentos interpessoais,
afazeres e forma de olhar para o outro sempre com um enredo
sexual, ainda que não exista contexto para isso.

4
AS CONSEQUÊNCIAS DA
EXPOSIÇÃO À PORNOGRAFIA
NA VIDA INFANTOJUVENIL

CONSEQUÊNCIAS CEREBRAIS

O estímulo sexual causado pelas cenas dos filmes pornôs


libera doses anormais de dopamina - neurotransmissor que
atua no sistema de recompensa do cérebro - causando a
desregulação desse sistema e o dessensibilizando para
estímulos naturais de prazer.

A exposição da pornografia para um público muito jovem


pode ser muito mais nocivo porque o cérebro ainda está em
desenvolvimento, o que dificulta a distinção do real e virtual.

Crianças e adolescentes tendem a ter comportamentos


parecidos com pessoas que são viciadas em algumas
substâncias, pois eles sempre vão procurar outros tipos de
estímulos para ter a sensação inicial de prazer.

Ter acesso a esse tipo de conteúdo de forma tão precoce


deixa o indivíduo vulnerável a abusos sexuais, além de
construir um problema a longo prazo, pois terão
dificuldades em relações futuras.

5
AS CONSEQUÊNCIAS DA
EXPOSIÇÃO À PORNOGRAFIA
NA VIDA INFANTOJUVENIL

FACILITAÇÃO DE CRIMES

O estímulo sexual causado pelas cenas dos filmes pornôs libera


doses anormais de dopamina - neurotransmissor que atua no
sistema de recompensa do cérebro - causando a desregulação
desse sistema e o dessensibilizando para estímulos naturais de
prazer. O acesso a esses estímulos precocemente pode deixar
o indivíduo vulnerável tanto a sofrer como a cometer abusos
sexuais e a ter dificuldades em relações futuras.

Existem pesquisas norte-americanas onde indicam que 70%


dos criminosos que cometem estupros e abusos sexuais são
viciados em pornografia, e utilizam a pornografia antes de seus
atos ou durantes os crimes. E outras pesquisas também
mostram que a pornografia pode facilitar diversos outros tipos
de crimes, onde a movimentação em dinheiro desses sites
serve para dentre outras coisas a contribuir com a corrupção
do país.

6
AS CONSEQUÊNCIAS DA
EXPOSIÇÃO À PORNOGRAFIA
NA VIDA INFANTOJUVENIL

DICAS AUXILIADORAS
Segundo Costa (2018) e Safernet (2010), a segurança das
crianças e adolescentes na internet depende principalmente do
diálogo entre elas e os pais, pois é através da conversa que os
responsáveis orientam sobre os perigos e ajudam em
momentos de ameaças.

A melhor forma de proteger as crianças e os adolescentes, seja


na rede ou fora dela, é proporcionando espaços de diálogo,
pois é através da confiança e da conversa que as orientações
realmente são eficazes. Desta forma, as ferramentas de
segurança como o controle parental e a proteção legislativa,
funcionam como auxílio para a proteção dos jovens.

A chave não está no controle que é implementado, mas no


diálogo e em acompanhá-los no mundo digital, assim como
seria feito no mundo físico.

Trata-se de ensinar as crianças, através do diálogo e com o


apoio de ferramentas digitais, quais são os perigos e riscos na
Internet, quais são suas responsabilidades, o que deve e o que
não deve ser feito e quais são as formas de se proteger.

O objetivo deve ser que a criança entre na adolescência


compreendendo os riscos existentes na Internet e como se
proteger e, acima de tudo, com confiança e tranquilidade para
falar com os pais sobre qualquer tipo de inconveniente ou
preocupação que possa causar desconforto. Para conseguir
isso, o diálogo e o acompanhamento devem iniciar bem antes
dessa idade, no momento em que a criança começa a entrar no
mundo digital.
7
AS CONSEQUÊNCIAS DA
EXPOSIÇÃO À PORNOGRAFIA
NA VIDA INFANTOJUVENIL

É importante estabelecer regras básicas para o consumo digital


e quais são as responsabilidades da criança, explicando que o
aplicativo de controle parental é uma maneira dos pais
cuidarem dela no mundo digital e que o instalarão juntos.

Por fim, vale ressaltar que embora os recursos oferecidos


atendam a grande parte das necessidades, o diálogo entre pais
e filhos é muito importante e até o presente momento,
insubstituível, pois é por meio da conversa que ocorre a
orientação sobre os perigos e o apoio em momentos de
ameaças.

Como opções de aplicativos de controle parental trazemos


três sugestões:

O app Google Family Link tem como principal objetivo


ajudar as famílias na criação de hábitos digitais saudáveis.
Em todo seu formato é permitido a criação de regras
digitais para os jovens, sendo assim, acontece uma
orientação durante o uso para o aprendizado ou jogos. O
aplicativo tem um recurso de estímulos para a curiosidade
da criança, jogos com intuído de um crescimento além são
recomendados. Esse jogos são classificados por
professores e conhecedores da área infantil e virtual.

O aplicativo fornece o tempo de uso do aparelho para os


pais e uma opção de bloqueio durante um período do dia.
Além disso, o Family Link consegue localizar a criança,
desde que ela esteja com o dispositivo. Todos esses
recursos são disponibilizados pelo aplicativo e tem a
intenção de cuidar do uso de crianças e jovens nesse
gigante mundo digital.
Controle parental de tempo de tela é um aplicativo que
ajuda os pais a gerenciar e controlar o uso dos aparelhos
tecnológicos de seus filhos. Através do seu próprio celular
o responsável pode limitar o uso diário, bloquear
aplicativos específicos, aprovar novos aplicativos, bloquear
horários do dia e premiar com tempo extra por algum bom
comportamento. O aplicativo ajuda as crianças e jovens a
desenvolver um limite saudável e reduz brigas em relação
ao tempo de uso dos aparelhos.

Controle parental Qustodio o aplicativo fornece limites


de uso diário, monitoramento dos aplicativos, bloqueio de
aplicativos e pornografia, rastreamento de crianças e claro,
o modo família. Esse aplicativo é composto por um que fica
no seu celular e um outro, no celular da criança ou jovem.
Juntos, é permitido gerenciar o tempo de uso diário e
assim, o bloqueio do uso é permitido no aplicativo do
responsável. Além disso, o aplicativo é bloqueado para
desinstalação sem a liberação do responsável.
COMPONENTES
ALANE GRAZIELLY DIAS BATISTA MIQUELINE

ARIELA QUEIROZ DE CERQUEIRA SANTANA NETO

BÁRBARA VITÓRIA BARROS PIRES

BIANCA CORREIA DE CASTRO

BRUNA FERREIRA GARCIA LEAL

ISMAEL SANTOS DA SILVA

JADE CALDAS CERQUEIRA

KAYLLA ARAUJO PIRES DE OLIVEIRA

NATHALIE COSTA FERNANDES DOS SANTOS


“A saúde da criança durante toda a vida vai depender de como

nos portamos em sua proximidade. As tendências que a criança

desenvolve dependem de como nos comportamos perto dela.”

- Rudolf Steiner
REFERÊNCIAS
Amy E. Bonomi, Julianna M. Nemeth, Lauren E. Altenburger, Melissa L.
Anderson, Anastasia Snyder, and Irma Dotto. Journal of Women's
Health. Sep 2014.720-728 .http://doi.org/10.1089/jwh.2014.4782

Baumel, Cynthia Perovano Camargo et al. Atitudes de Jovens frente à


Pornografia e suas Consequências. Psico-USF [online]. (2019), v. 24, n.
1 [Acessado 01 Setembro 2021] , pp. 131-144. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/1413-82712019240111>. Epub Jan-Mar 2019.
ISSN 2175-3563. https://doi.org/10.1590/1413-82712019240111.

CURIEL, Vanessa Braga. Crimes digitais: o crime de pornografia de


vingança e pornografia infantil na internet. Revista Jus Navigandi, ISSN
1518-4862, Teresina, ano 24, n. 5983, 18 nov. 2019. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/77892. Acesso em: 10 out. 2021.

DeKeseredy, W. (2015). Critical Criminological Understandings of Adult


Pornography and Woman Abuse: New Progressive Directions in
Research and Theory. International Journal for Crime, Justice and Social
Democracy, 4(4), 4-21. https://doi.org/10.5204/ijcjsd.v4i4.184

DRECHSEL, Denise. Exposição à pornografia deixa marcas para toda a


vida. Gazeta do Povo, [S. l.], p. 01, 3 jun. 2016. Disponível em:
https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/exposicao-a-pornografia-
deixa-marcas-para-toda-a-vida-5png4102owakft4lkgayjumvw/. Acesso
em: 30 ago. 2021.

Dias, C. (2016). Impactos da Pornografia na saúde dos adolescentes:


uma análise a partir dos direitos fundamentais. Relatório PIBIC 2016.
Disponível em:
<https://www.scribd.com/document/357856321/Relatorio-PIBIC-2016-
Impactos-da-Pornografia-na-saude-dos-adolescentes-uma-analise-a-
partir-dos-direitos-fundamentais>. Acesso em: 01 set 2021.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Lei nº 8.069, de 13 de
julho de 1990. 241-B. [S. l.], 13 jul. 1990.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Lei nº 11.829, de 25 de
novembro de 2008. 241-A, 241-B, 241-C, 241-D e 241-E. [S. l.], 25 nov.
2008.

FERREIRA, Adriano. Techtudo. In: Aplicativo para monitorar filhos: veja 5


opções grátis para o seu celular. [S. l.], 26 maio 2019. Disponível em:
https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/05/aplicativo-para-
monitorar-filhos-veja-5-opcoes-gratis-para-o-seu-celular.ghtml. Acesso
em: 1 set. 2021.

Galdino, Lucas. Como a pornografia muda seu cérebro?. (2020).


Disponível em: <https://www.brainlatam.com/blog/como-a-pornografia-
muda-seu-cerebro-1092>. Acesso em: 27 set 2021.
Hald, G.M., Malamuth, N.N. Experimental Effects of Exposure to
Pornography: The Moderating Effect of Personality and Mediating Effect
of Sexual Arousal. Arch Sex Behav 44, 99–109 (2015).
https://doi.org/10.1007/s10508-014-0291-5

Kühn S, Gallinat J. Estrutura do cérebro e conectividade funcional


associada ao consumo de pornografia: o cérebro na pornografia . JAMA
Psychiatry. 2014; 71 (7): 827–834. doi: 10.1001 /
jamapsychiatry.2014.93
Olmstead, S.B., Negash, S., Pasley, K. et al. Emerging Adults’
Expectations for Pornography Use in the Context of Future Committed
Romantic Relationships: A Qualitative Study. Arch Sex Behav 42, 625–
635 (2013). https://doi.org/10.1007/s10508-012-9986-7

POSTAL, Aline Stefane et al. Possíveis consequências da pornografia na


sexualidade humana. Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI,
[s. l.], v. 14, ed. 27, p. 66-75, 2018. Disponível em:
http://www2.reitoria.uri.br/~vivencias/Numero_027/artigos/pdf/Artigo_0
7.pdf. Acesso em: 1 set. 2021.

Você também pode gostar