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Índice

1.Introdução..........................................................................................................................................2

1.1.Objectivo geral..............................................................................................................................2

1.1.1.Objectivo específico..................................................................................................................2

1.2.Metodologia...................................................................................................................................2

2.Vida e obra de John Rawls e pensamentos políticos....................................................................3

2.1.A Vida e Obras de Jonh Rawls....................................................................................................3

2.1.1.Principais Obras de John Rawls...............................................................................................3

2.2.O Pensamento Politico de Rawls.................................................................................................4

2.2.1.CONCEITO DE JUSTIÇA.......................................................................................................4

2.2.2.Características da teoria de justiça...........................................................................................5

2.2.3. Bússola moral............................................................................................................................7

2.2.4.Véu de ignorância de Rawls.....................................................................................................7

2.2.5.Liberalismo Político...................................................................................................................8

3.Conclusão..........................................................................................................................................9

Bibliografia.........................................................................................................................................10

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1.Introdução

O presente trabalho vem falar sobre o tema Vida e obra de John Rawls e pensamentos
políticos, tendo como objectivos seguintes:

1.1.Objectivo geral

 Compreender a Vida e Obras de Jonh Rawls.

1.1.1.Objectivo específico

 Descrever as Principais Obras de John Rawls;


 Analisar o Pensamento Politico de Rawls
 Identificar as principais Características da teoria de justiça e Rawls.

1.2.Metodologia

Para se materializar o trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica, com este tipo de


metodologia focou-se na leitura da documentação primária referente ao assunto em destaque.

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2.Vida e obra de John Rawls e pensamentos políticos

2.1.A Vida e Obras de Jonh Rawls

Nasceu na cidade de Baltimore Maryland, nos Estados Unidos da América (1921). Doutorou-
se em Filosofia e Letras na Universidade de Princeton (1950), na qual iniciou sua carreira
académica. Foi professor da Universidade de Cornell e da Universidade de Harvard (1962).

Mas, foi nesta última que foi nomeado University Professor. Título das mais altas
congratulações académicas. Alcançadas por muito poucos professores. Em Harvard, ocupou a
cadeira de Filosofia Moral, disciplina que compreende as temáticas de Ética, Politica e Direito
nos países de língua inglesa.

Conferencista dos mais distintos em Universidades dos Estados Unidos e outros países,
especialmente Europa, elaborou suas obras a partir de suas conferências e de seus artigos
publicados em revistas de Filosofia, Politica e Direito.

Devido ao seu contexto histórico-cultural, Rawls esta incluído dentro do liberalismo clássico e
do utilitarismo. Mas, também se encontra nas suas obras, influências do existencialismo,
Marxismo e da filosofia analítica. Rawls não se preocupava em discutir as posições
filosóficas, morais e religiosas, quer fosse próximas ou distantes da sua tradição cultural. Para
ele o que interessava era se havia o consenso entre os membros da sociedade. Tendo por base
a liberdade e a igualdade das pessoas
(objectivo fundamental de seus trabalhos).

Por tudo isso, Rawls e um dos autores mais importantes para o estudo da Filosofia (especial
mente a Filosofia Politica) no Direito e na Politica. As obras de Rawls são tão completas e
elaboradas, ricas em matizes e distinções, que se constituem em uma nova suma de
conhecimentos morais, económicos, sociais, psicológicos, filosóficos e epistemológicos; tudo
balizado em um enfoque liberal social. Rawls morreu aos 24 de Novembro de 2002.

2.1.1.Principais Obras de John Rawls

Os principais livros publicados por Rawls, são: Uma Teoria da Justiça, A Justiça como
Equidade, A Justiça como imparcialidade, Sobre a Liberdade, Liberalismo Politico, o direito
dos Povos (1993). Alguns artigos de Rawls, que orientaram seus livros, são: Plano para um

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procedimento de decisão ética (1951), Dos Conceitos de Regras (1951 primeiro esboço de sua
teoria ética), Justiça como Imparcialidade (versões e modificações 1957, 1958, 1961 e 1962),
Liberdade Constitucional e o Conceito de Justiça (1963), A obrigação Legal e o Jogo
Honrado (1963), Justiça Distributiva (1967 e 1968), A Justificativa da Desobediência
Civil (1969).

A independência da Teoria Moral (1975). A Estrutura Básica do Sujeito 1977), 0


Construtivismo Kantiano na Teoria Moral (1980), As Liberdades Básicas e suas Prior idades
(1952 e 1957), justiça Distributiva (1980), Prioridade do Direito e a ideia do Bom (1988). E
importante frisar que, em 1950, Raw1s realizou uma revisão de sua obra fundamental.

Uma Teoria da Justiça para melhor precisar seus conceitos sobre bens primários,
racionalidade. Razoabilidade, o bem e o justo, as diferença entre o modelo liberal radical e o
liberal social. Sendo que, em 1965, novamente realizou outra revisão nesta obra, com a
finalidade de deixar bem evidente o carácter político de justiça, afastando por completo toda e
qualquer ideia de transparecesse sobre elementos metafísicos na obra. A produção científica
de Rawls for toda escrita em inglês. Mas, grande pane dessa produção for traduzida para o
português, espanhol, francês, Alemão, Italiano, Russo e Holandês.

2.2.O Pensamento Politico de Rawls

2.2.1.CONCEITO DE JUSTIÇA

O conceito apresentado pelo filósofo John Rawls a respeito de justiça é uma concepção de
justiça como equidade e com leve teor do contratualismo do século XVII, para Rawls o
conceito de justiça como equidade trata-se de uma posição original de igualdade que
corresponde ao estado de natureza na teoria tradicional do contrato social. Esses são os
princípios que pessoas livres e racionais preocupadas em promover seus próprios
interesses, aceitariam uma posição inicial de igualdade como definidores dos termos
fundamentais de sua associação.

No entanto estes princípios devem regular todos os acordos subsequentes, especificando o


tipo de cooperação social que se pode assumir. São as formas de governo que se podem
estabelecer, aqueles que se comprometem na cooperação social escolhem juntos.

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Então, após ocorrer o contrato inicial e as escolhas dos princípios a serem regidos, os
pactuantes, devem escolher uma constituição a ser seguida. A constituição constituir um
governo de legalidade, do qual as normas dos princípios a serem seguidos, devem estabelecer
a igualdade e a publicidade, como nas palavras de Bittar:

É dever natural de justiça que propulsiona, diz Rawls, o cidadão à obediência da


constituição e das leis. É a lei a garantia de que situações iguais serão igualmente tratadas. E a
lei aqui não é sinónimo de constrição, mas de liberdade. Consciente das dificuldades que
engentram a discussão do tema da justiça nessa base, e dos comprometimentos
de seus postulados teóricos, é que Rawls está preocupado em demonstrar
materialmente a realizabilidade dos dois princípios (menciona a formação da constituição,
dos processos legislativos, as formas de execução da lei etc.) nas instituições deve
medrar o que se chama de justiça material

Enfim, todo este sistema leva a ideia de estabilidade, a justiça se aplicada desde o princípio
como forma de equidade, igualdade, e liberdade, torna-se algo estável a sociedade. Essa
estabilidade nada mais, nada menos seria a pura consequência da justiça institucional, e a
forma de actuação das pessoas nas instituições públicas. Cadaindivíduo com o seu
elo de ligação através do contrato inicial, respeitando os seus direitos deveres de todos,
dando-lhes benefícios ou ónus, conforme as situações de cada associação. Significa uma
sociedade bem organizada caminhando naturalmente e sem lapso para a estabilidade de suas
instituições.

2.2.2.Características da teoria de justiça

Rawls na sua concepção de justiça analisa a justiça como equidade, e que através de um
contrato inicial ou de um pacto social inicial, busca a igualdade, liberdade, e, no momento do
pacto são escolhidas as premissas de operação da sociedade. São esses os princípios
regularizadores de toda actividade institucional que vise distribuir direitos e deveres, enquanto
o primeiro princípio determina as liberdades, o segundo princípio regula a aplicabilidade do
primeiro, corrigindo assim as desigualdades que possam ocorrer, após a escolha destes
princípios, as partes contratantes vinculam-se a ponto de escolherem uma Constituição, uma
forma de governo de legalidade, fazendo as leis e normas a serem seguidas dando-lhe
publicidade a tudo. Isso leva as instituições à ideia de estabilidade, de algo estável a
sociedade.

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As características da teoria de justiça de Rawls são elas: O contrato inicial, (primeira principal
característica, surge como base/pilar de toda teoria) a visão de justiça como equidade
(segunda principal característica, uma equidade de forma de igualdade, direito de cada um),
os princípios (esses fortaleceram o contrato e buscam concretizar os direitos e deveres de
cada um, e reparar as desigualdades que possam ocorrer), a Constituição (surge como
forma de impor as leis e uma forma de escolha de governo, assegurando o cumprimento
do contrato e seus princípios com base na equidade, igualdade e liberdade).

Nessa obra, ele declara que a justiça é a “primeira virtude das instituições sociais” e procura
identificar os princípios de organização social que irão criar uma “utopia realista”. Nela, os
indivíduos são livres para perseguir os seus objetivos como quiserem, sujeitos apenas a
restrições concordadas por todos.

De acordo com John Rawls, o objeto de Uma Teoria da Justiça é a “estrutura básica” de uma
sociedade. Ela seria o sistema de instituições que atribui aos cidadãos seus direitos e deveres e
determina os termos da cooperação social.

A concepção de justiça de Rawls, que ele apelidou de “justiça como equidade”, consiste em
dois princípios de justiça relacionados. O “primeiro princípio”, que estabelece limites
constitucionais ao governo democrático, é essencialmente uma reafirmação de princípios de
John Stuart Mill e Herbert Spencer.

Ele afirma que: “cada pessoa tem direito igual às mais amplas liberdades compatíveis com
liberdades semelhantes para tudo.” Crucialmente, no entanto, as liberdades que Rawls tem em
mente não incluem aquelas relacionadas à propriedade e ao contrato.

O “segundo princípio”, que visa garantir o “valor” das liberdades básicas que ele postula, diz
respeito à distribuição de oportunidades: riqueza, “bases sociais do respeito próprio” e outras
vantagens sociais.

De acordo com Rawls, o primeiro princípio é “lexicamente anterior” ao segundo, em que as


desigualdades de oportunidade e resultado não podem ser tratadas antes que um sistema
máximo extenso de liberdades iguais tenha sido estabelecido e que o “rearranjo” dessas
desigualdades deve ocorrer dentro das limitações do sistema de liberdade.

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2.2.3. Bússola moral

John Rawls tenta justificar sua visão de “justiça como equidade” e descartar alternativas
concorrentes, recorrendo a uma espécie de experimento de pensamento de “contrato social”
na tradição de Hobbes, Locke e Rousseau.

No entanto, ao contrário dos modelos neo-hobbesianos de agência racional incorporados em


modelos econômicos padrão, Rawls, fortemente influenciado pela filosofia moral de
Immanuel Kant, descreve as pessoas como agentes morais distintos possuindo um “senso de
justiça” ou “capacidade moral” que fornece ambos os julgamentos sobre questões morais e a
motivação para agir de acordo com as regras morais, mesmo quando isso acarreta o sacrifício
de estreitos interesses próprios.

As pessoas são entendidas como racionais, no sentido econômico, mas também como
“razoáveis”. O experimento mental de Rawls tem como objetivo modelar a forma como nosso
senso de justiça modera a maximização racional.

Em uma posição original, os agentes são concebidos como maximizadores de “bens


primários” — bens necessários para a realização de quase todos os fins.

2.2.4.Véu de ignorância de Rawls

Mas os agentes também são concebidos como escolhendo seus termos de associação por trás
de um “véu de ignorância” em relação a seus talentos, oportunidades, classe econômica,
conexões sociais e assim por diante, que visa modelar a imparcialidade e a justiça de seres
morais razoáveis.

Rawls argumenta que seus dois princípios de justiça são o que os agentes — tão idealizados
— escolheriam na posição original. No entanto, dentro do argumento mais amplo de John
Rawls, isso permanece apenas como uma justificativa preliminar de sua noção de “justiça
como equidade”.

Os princípios de justiça também devem se mostrar estáveis, e a estabilidade requer que


pessoas reais sejam capazes de confirmá-los e cumpri-los em condições realistas.

Os princípios de justiça devem estar em “equilíbrio reflexivo” com nossos “julgamentos


morais considerados” (ou seja, a saída do senso de justiça após a deliberação) por duas razões.

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Primeiro, se os princípios de justiça propostos entram em conflito com os julgamentos morais
dos indivíduos, não estaremos inclinados a aceitá-los ou a uma teoria que os proponha.

Se não os aceitarmos, não agiremos voluntariamente sobre eles e, portanto, eles deixarão de
guiar nosso comportamento e determinar o caráter da ordem social. Os princípios de uma
sociedade justa devem ser auto-reforçadores.

Como resultado, Rawls gasta o último terço de Uma Teoria da Justiça argumentando que os
indivíduos criados em uma sociedade ordenada pela “justiça como equidade” desenvolverão
uma concepção pessoal do bem congruente com as exigências da justiça.

2.2.5.Liberalismo Político

Em seu segundo grande trabalho, o Liberalismo Político, publicado em 1993, Rawls


reconheceu que seu argumento anterior para a estabilidade da “justiça como equidade”
baseava-se na suposição de que todos nós fomos criados em uma sociedade unificada sob uma
única “concepção abrangente”, fortemente kantiana, sobre personalidade moral e sobre o bem.

Essa união, ele argumenta, pode ser mantida apenas por meio da coerção — contrariando
diretamente o princípio base do libertarianismo. Além disso, ele aponta a inconsistente com a
diversidade permanente de perspectivas morais características de uma sociedade livre.

Assim, o Liberalismo Político de Rawls tenta reformular “justiça como equidade” como uma
doutrina “política” relativamente neutra. Essa justiça não se baseia em uma única visão
metafísica ou moral, mas que pode ser construída como o conteúdo de um “consenso
sobreposto” de muitos concorrentes “razoáveis” abrangentes visões morais. Assim, pode ser
tornado consistente com “o fato do pluralismo razoável”.

Contudo, tanto Hayek quanto Buchanan endossaram a estrutura metodológica geral de Rawls.
Eles argumentaram que ela gera conclusões liberais clássicas, quando associadas a uma
compreensão adequada dos princípios da economia política.

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3.Conclusão

Com o trabalho, concluiu-se que John Rawls (1921-2002) foi um dos filósofos políticos mais
proeminentes e influentes do século XX. Ele é mais conhecido por seu trabalho de 1971, Uma
Teoria da Justiça. Nesta obra, ele argumenta a favor das instituições do estado de bem-estar
liberal e democrático moderno, contra o socialismo igualitário.

Depois de leccionar por um tempo na Cornell University e no Massachusetts Institute of


Technology, Rawls ingressou no departamento de filosofia da Harvard University em 1962.
Ele permaneceu lá pelo resto de sua longa carreira.

Durante a década de 1950, o trabalho de John Rawls evitou uma análise directa dos conceitos
morais, então popular entre os filósofos.

Ao invés disso tentou descrever um procedimento geral para a tomada de decisão moral ao
longo das linhas kantianas. Seu trabalho também foi informado por escritos contemporâneos
na teoria da escolha racional.

Do final da década de 1950 ao final da década de 1960, o filósofo político publicou uma série
de artigos influentes que se tornariam a base de seu trabalho mais famoso.

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Bibliografia

BRANDO, Marcelo Santini. A crítica da vertente económica da justiça de John Rawls.


Revista Quaestio Iuris, Rio de Janeiro, v.05, n.02, p.4-5. 2012. Disponível em:
file:///C:/Users/Iracy/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb3d8b
bwe/TempState/Downloads/9871-34205-1-SM%20(1).pdf/. Acesso em: 19 jun. 2022.

COITINHO, Denis. Justiça e coerência: ensaios sobre John Rawls. São Paulo: Edições
Loyola, 2014.

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