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cutanea
Conceito: Doença crônica e sistêmica, que, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90%
dos casos, a Leishmania é uma antropozoonose tropical transmitida por artrópode. É um parasito que tem
obrigatoriamente intracelular que ataca o sistema mononuclear fagocitário e escapa dos potentes
mecanismos oxidativos dessas células destinadas a destruir os microrganismos. Na forma mais clássica
da forma visceral, chama a atenção à tríade de hepatoesplenomegalia febril, pancitopenia e
hipergamaglobulinemia.
Epidemiologia:
Ciclo de vida:
Os reservatórios da LTA são animais silvestres, como roedores e marsupiais, e animais domésticos, como
canídeos, felídeos e equídeos, com parasitas predominando em mucosas das vias aerodigestivas
superiores, sendo potenciais fontes de infecção. O homem é considerado hospedeiro acidental.
Resposta imune:
Patologia:
Assintomático:
Evidenciado pela alta taxa de sorologia positiva com ausência de sintomas em áreas endêmicas
Subclínicas ou oligossintomáticas:
Forma aguda:
Ocorre após tratamento do calazar, com hipopigmentação, pápulas, máculas, nódulos, mais comum no
velho mundo e sem acometimento visceral.
Pode afetar tanto o tecido cutâneo como o tecido mucoso (nasobucofaríngeo). O padrão de acometimento
vai depende da espécie de leishmania e da resposta imunológica do hospedeiro.
A forma cutânea costuma ser ulcerosa em 95% dos casos, mas também pode ser eczematóide,
impetigóide, verrucosa, infiltrativa, nodular, tuberosa, lupóide, etc.
A história clinica típica da lesão é uma mácula, localizada no local da picada do
mosquito e dura 1 a 2 dias após a picada. Após evolui pra pápula e por último há
ulceração. Nos pacientes em que há ulceração (falha do sistema imune) é
comum haver linfonodomegalia próxima à lesão, que ocorre antes, durante ou
depois da mesma. A úlcera é indolor e costuma aparecer em áreas expostas de
2 semanas a 3 meses após picada.
Figura 1 Lesão com ulceração
precoce – è uma mácula que Como mostrado na figura à esquerda, a lesão
está começando a ulcerar a inicial se parece muito com uma foliculite, porém
partir do centro
não há presença de pus.
Subtipos Clínicos
Principais da LTA
Caso suspeito: Indivíduo com presença de úlcera cutânea com fundo granuloso e bordas infiltradas em
moldura. Ou também: Indivíduo com presença de úlcera na mucosa nasal, perfuração ou perda do
septo nasal, podendo atingir lábios e boca.
Caso confirmado: Residência, procedência ou deslocamento em área endêmica associada à (no
mínimo um dos critérios):
Encontro do parasita nos exames parasitológicos diretos ou Intradermo Reação de Montenegro
(IRM) positiva.
Sem associação a outro critério, quando não há laboratório disponível.
Nas formas mucosas, considerar a presença de cicatrizes cutâneas como critério complementar
para confirmação de diagnóstico (através de anamnese e exame físico).
Diagnóstico da visceral:
1. Teste de Montenegro: Alta sensibilidade, facilidade de aplicação e baixo custo. A IDRM se torna
positiva em torno de 2 meses após o início da lesão cutânea, indicando o aparecimento de uma
resposta imune celular. Porém, é difícil de encontrar na rede de saúde e também não confirma a
doença, já que a positividade significa que o indivíduo já foi sensibilizado, não que seja portador.
Falsos negativos: Fase inicial da doença (primeiros 30 dias); imunodeprimidos; forma anérgica;
quadros disseminados; Leishmania visceral.
Antígeno: 0,1ml de suspensão obtida de formas promastigotas mortas, clonadas de L. Leishmania
amazonensis. Local: Face anterior do antebraço – via intravenosa. Leitura: Após 48h.
Interpretação: Medida pelo > diâmetro do nódulo palpável. 0-4 mm: negativo. >=5 mm: positivo.
2. Raspado da lesão: Observação direta em microscópio ou “in-print”.
3. Biópsia da lesão: Anatomopatológico.
Prognóstico da visceral:
Letalidade no primeiro episódio de 10 a 19%, com taxas de cura clínica de 83% e parasitológica de
75%.
As causas de óbito mais frequentemente observadas no calazar são broncopneumonia,
septicemias (em geral por infecção bacteriana nosocomial), hemorragias agudas, gastroenterites,
insuficiência cardíaca em razão da anemia grave, caquexia e coagulopatias pós-transfusionais.
Coinfecção com HIV: Recidiva de 90% após 12 meses do tratamento e sobrevida de apenas 60%
após 12 meses.
Tratamento
Novas drogas, descobertas na década de 90, que demonstraram superioridade e maior segurança, porém
são caras.
Miltefosina (oral)
Anfotericina B em complexos lipídeos ou em lipossomas (o Amphocil® e o AmBisome®)
Aminoglicosídeo paramomicina (Aminosidina®)
Profilaxia: