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Doenças parasitárias 09 Doenças parasitárias 10

Ciclo biológico
Fasciolose

Infecção parasitária causada por Faciola hepatica


zoonose
Hosp. definitivo: bovinos e ovinos (pode infectar

humanos, equinos e bubalinos)


Hosp. intermediário: molusco aquático - Lymnaea viatrix

e L. columella
Local mais atingido: ductos biliares e fígado
Fase aguda: Formas jovens migram no parênquima

hepático destruindo-o
Adultos provocam espoliação nos ductos biliares e na

forma crônica da doença pode haver calcificação dos


ductos biliares.

Sinais clínicos Diagnóstico


Poucos parasitas → sem manifestações importantes.
Exame coproparasitológico (somente 3 meses após infecção inicial)
Observação dos sinais clínicos
2 formas:
Presença de caramujos na região
Aguda: menos frequente, relacionada com a ingestão das

Exames complementares como teste sorológico para avaliar os nivéis

metacercárias. Animais podem apresentar depressão, dores

plasmáticos das enzimas


abdominais, hipertermia, inapetência, diminuição do escore

Elisa: pesquisa de anticorpos contra o parasita


corporal, atonia ruminal, ascite, icterícia e mucosas pálidas. Se

houver grande perda sanguínea e falha da função hepática, o


Tratamento e controle
quadro pode levar a óbito. Uso de fármacos fasciolicidas: albendazol, closantel, rafoxanida e

Crônica: apresentam perda de peso, anorexia, mucosas pálidas e


riclabendazole. Ideal é que seja eficaz no combate das formas

icterícia, podem apresentar letargia, anemia, edema


imaturas e adultas do parasita.
submandibular e abdominal, inapetência, pelo eriçado, diarreia,
Controle: diminuição das áreas alagadas, drenagem, controle biológico

diminuição da produção de leite e atraso no crescimento. (patos e peixes), evitar presença dos animais em áreas contaminadas

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Ciclo biológico
Paranfistomose

Infecção parasitária causada por Paramphistomum cervi


Hosp. definitivo: bovinos
Hosp. intermediário: molusco aquático - Lymnaeidae e

Planorbidae
Local mais atingido: rúmem e retículo
Patogenia:
Agressão espoliativa e irritativa (pouco

patogênicos) -> forma adulta


Agressão espoliativa, irritativa, lítica e traumática

na migração -> forma jovem


Quando o animal é jovem: anemia, Desidratação,

Apatia, Perda de Peso, Infecções

Sinais clínicos Diagnóstico


→ Exame coproparasitológico →
método de sedimentação
Irritação da mucosa gastrointestinal
Anemia, abatimento, perda de peso
diarréia fétidas e escuras
Necropsia → formas imaturas no duodeno

Edema submandibular: quando o parasita ingere sangue há a

redução de proteínas na circulação. Entre elas a albumina, proteína


Tratamento e controle
importante para manter a água dentro dos vasos. Com redução na
Uso de fármacos: resorantel, oxiclozanida , clorsulon, ivermectina e a

circulação a água tende a ir para o meio externo, causando um


combinação de bithional e levamisol
excesso de líquido no interstício, sendo que esse fator é mais visível Controle: diminuição das áreas alagadas, drenagem, controle biológico

na região mandibular por ter maior afinidade. (patos e peixes), evitar presença dos animais em áreas contaminadas

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Ciclo biológico
Euritrematose

Infecção parasitária causada por Eurytrema coelomaticum


Zoonose
Hosp. definitivo: bovinos, ovinos, caprinos, suínos, homem
Hosp. intermediário:
1. Moluscos terrestres (Bradybaena similaris)
2. Gafanhotos (Conocephalus)
Local mais atingido: pâncreas e ductos pancreáticos
Patogenia: - agressão espoliativa e irritativa (pouco

patogênicos) -> forma adulta


Agressão espoliativa, irritativa, lítica e traumática

na migração -> forma jovem


Quando o animal é jovem: anemia, Desidratação,

Apatia, Perda de Peso, Infecções Tratamento e controle


Não há tratamento realmente efetivo
Sinais clínicos Controle: diminuição das áreas alagadas, drenagem, controle biológico,

Ligeira caquexia e debilidade, pois há interferência no processo de


evitar presença dos animais em áreas contaminadas
digestão e no metabolismo da glicose
Ausência de diarreia, anemia e alterações cardiorrespiratórias Patogenia
Normalmente o animal não manifesta sintomas As metacercárias se desencistam no duodeno, migram para o pâncreas

por meio dos ductos pancreáticos acessórios e se distribuem pelos

Diagnóstico
ductos pancreáticos
Exame parasitológico
A infestação dos ductos pancreáticos por esse parasito causa

Necropsia
pancreatite intersticial crônica
Pancreatite intersticial crônica: proliferação de tecido conjuntivo,

ocasionando a destruição dos ácinos glandulares com conservação das

ilhotas de Langerhans e infiltrações linfocitárias


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Ciclo biológico
Platinosomose

Infecção parasitária causada por Platynosomum fastosum


Hosp. definitivo: gatos
Hosp. intermediário: caramujo terrestre → crustáceo

→ lacertídeo (lagartixa)
Local mais atingido: fígado, vesícula biliar, ductos

biliares e pancreáticos
Podem causar obstrução biliar, hiperplasia dos ductos

biliares, fibrose constritiva do ducto biliar comum.

Sinais clínicos
Icterícia
urina e fezes amareladas Tratamento e controle
febre e prostação
O tratamento depende do grau que esteja ocorrendo no fígado, ducto

vômito
biliar e vesícula biliar, como também do diagnóstico precoce
perda de apetite e de peso
Praziquantel (20mg/kg) e nitroscanato (100mg/kg)
diarréia mucoide
Controle: Evitar que os animais cacem lagartos e exames
Diagnóstico parasitológicos de rotina

Exame parasitológico (fezes) Patogenia


PCR
Cirrose hepática, colangite (inflamação das vias biliares)
Análise de líquido pancreatico
ductos biliares distintos
Necropsia
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