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Diarreias parasitárias

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Todos as aulas da Mentoria possuem relevância moderada, alta ou muito alta,
baseado na incidência nas provas de residência médica dos últimos 5 anos.
Diarreias parasitárias

Parasitas
Diarreias Protozoários
parasitárias
Diarreias parasitárias

Diarreias Entamoeba histolytica


Protozoários
parasitárias Giardíase
Diarreias parasitárias

Maioria dos pacientes assintomáticos

Diarreias Infecção
Protozoários
parasitárias Quadro clínico
Diagnóstico
Entamoeba histolytica
Diarreias parasitárias

Diarreias Protozoários
Entamoeba
Ingestão de cistos Virará trofozoíto no intestino
Infecção
parasitárias histolytica
Diarreias parasitárias

Quadro intestinal
Diarreias Protozoários
Entamoeba
Quadro clínico Quadro extrainstestinal mais comum
parasitárias histolytica é o abscesso hepático
Condições de pior evolução
Diarreias parasitárias

Diarreias
parasitárias

Protozoários Megacólon tóxico

Entamoeba Perfuração intestinal Peritonite


histolytica Quadro clínico Quadro intestinal
Dor abdominal Diarreia Pode ser sanguinolenta
Febre e perda de peso podem ocorrer
Diarreias parasitárias

Diarreias
parasitárias 7 a 10x mais em homens
Febre e dor emhipocôndrio direito Hepatomegalia e palpação dolorosa
Protozoários são vistos em 50% dos casos
Pode romper e causar peritonite
Entamoeba
histolytica Geralmente é único

Quadro extrainstestinal USG


Quadro
clínico mais comum é o Diagnóstico TC de abdome
abscesso hepático
RNM de abdome
O abscesso pode ser drenado por aspiração guiada
por USG ou TC caso tenha mais que 10 cm de diâmetro,
principalmente, pelo seu risco de ruptura.
Tratamento
Metronidazol ou tinidazol
Etofamida
Descontaminação intraluminal
Teclosan
Diarreias parasitárias

Pacientes jovens
Gestantes

Diarreias Entamoeba Condições de Usuários de corticoides


Protozoários Quadro clínico
parasitárias histolytica pior evolução Malignidade
Desnutrição
Alcoolismo
Diarreias parasitárias

Microscopia das fezes

Diarreias Entamoeba Detecção de antígenos nas fezes


Protozoários Diagnóstico
parasitárias histolytica PCR (polymerase chain reaction) nas fezes
Colonoscopia com exame histológico
Diarreias parasitárias
Causado pela Giardia duodenalis, conhecida também como G. lamblia ou G. intestinalis
A ingestão dos cistos faz com que eles eclodam no intestino, gerando
trofozoítos. O trofozoíto que não se aderir à parede intestinal, voltará
a forma de cisto no cólon, sendo eliminado nas fezes.
Ciclo
Diarreias Fecal-oral
Transmissão
parasitárias Água e/ou alimentos
contaminados
Protozoários
35 a 45% dos pacientes sintomáticos
Giardíase Infecção Diarreia, mal-estar, esteatorreia,
aguda dores abdominais e flatulência Os trofozoítos formam um tapete
Quadro no intestino delgado, impedindo
clínico a absorção dos nutrientes
Quadro crônico Síndrome disabsortiva
Esteatorreia e perda de peso

Intolerância 40% dos pacientes


CCQ
secundária à lactose Semelhante à causada pelo rotavírus

Diagnóstico Encontro de trofozoítos, cistos ou antígenos de G. lamblia


em qualquer amostra de fezes ou fluido intestinal
Tratamento Tinidazol, nitazoxanida ou metronidazol
Diarreias parasitárias

Esquistossomose
Tenia solium

Diarreias Enterobius vermicularis ou oxiuríase


Parasitas
parasitárias Strongyloides stercoralis
Ancylostoma duodenalis e Necator americanus
Ascaris lumbricoides
Diarreias parasitárias

Causada pelo S. mansoni


Ciclo de vida e infecção
Diarreias Parasitas Esquistossomose Quadro clínico
parasitárias
Diagnóstico
Tratamento
Diarreias parasitárias

Diarreias Parasitas Esquistossomose Causada pelo S. mansoni


Fixa-se nos vasos sanguíneos
parasitárias por meio de suas duas ventosas
Diarreias parasitárias

Diarreias Ciclo de vida Paciente conhece lagoa de coceira??


Parasitas Esquistossomose
parasitárias e infecção Paciente conhece o caramujo?
Diarreias parasitárias

Dermatite cercariana Prurido importante onde houve penetração de 12 a 24 horas


ou prurido do nadador cercárias associado a erupção maculopapular após nadar

Diarreias Consta de febre alta (com síndrome febril que pode durar 4 semanas),
calafrios, mialgia, poliartralgia, cefaleia,tosse seca, diarreia associada
parasitárias à dor abdominal e náuseas
Febre de Apresenta hepatoesplenomegalia, rash cutâneo
Parasitas Katayama Exame físico do tipo urticária e poliadenopatia generalizada
Esquistossomose O laboratório apresenta um aumento Costuma ser autolimitada com
expressivo de eosinófilos (podendo resolução da febre em oito semanas
Quadro clínico simular uma reação leucemoide) e da hepatoesplenomegalia em dois
a três anos
Esplenomegalia associada à hipertensão portal
Forma Sinais de hipertensão portal, como
varizes de esôfago e esplenomegalia Não tem ascite
hepatoesplênica
Quadro Paciente busca o hospital por
clínico hematêmese ou esplenomegalia
Aumento do lobo esquerdo do fígado + esplenomegalia
Diarreias parasitárias

Diarreias
parasitárias Exame de fezes: preparados pelos
Após 40 dias de infecção
métodos de Lutz e Kato-Katz
Parasitas Quadro crônico e controle de cura
Biópsia retal
Esquistossomose Diagnóstico Sensibilidade de 80%
Utilizadas na fase crônica da doença, sendo positivas
a partir do 25º dia, porém sendo ainda mais precoce do
Provas que os métodos acima. São utilizados: intradermorreação,
imunológicas reações de fixação do complemento, ELISA e ELISA
de captura, entre outros
A biópsia do tecido hepático apresenta um padrão de fibrose
periportal em haste de cachimbo, conhecida como fibrose de Symmers
Diarreias parasitárias

Diarreias Parasitas Esquistossomose Tratamento Praziquantel


parasitárias
Diarreias parasitárias

Teníase
Diarreias Parasitas Tenia solium Cisticercose
parasitárias
Trichuris trichiura
Diarreias parasitárias

Diarreias Ocorre ao ser ingerida carne crua


parasitárias Boa parte dos pacientes são assintomáticos
Os pacientes podem se queixar de ter
Parasitas Náuseas, dor e distensão abdominal, visto algo se mexendo nas suas fezes ou
fraqueza, tontura, vômitos, irritabilidade na roupa de cama, que seriam as proglotes
Tenia solium Teníase e fezes com muco recém-eliminadas
T. solium o melhor método é a peneiração das fezes em
busca de proglotes, o que é chamado de tamização fecal
Também causada e de forma mais sintomática na Taenia saginata (do boi)
Tratamento Praziquantel
Diarreias parasitárias

Diarreias Ocorre ao serem ingeridas as proglotes da T solium ou os ovos


parasitárias
Heteroinfestação Água ou alimento com fezes de outra pessoa
Parasitas Ainda é vista como uma teoria, na qual os ovos da Tenia do
Três formas Autoinfestação indivíduo são regurgitados até o estômago, convertendo-se
Tenia solium de infecção interna em oncosferas que descem novamente para o intestino e
são absorvidas, voltando ao ciclo supracitado

Cisticercose Autoinfestação Pessoa consome os ovos provenientes da própria T. solium,


externa através de suas mãos
Surgimento de quadro epiléptico na vida adulta
Lesões múltiplas com calcificação, lesões com
TC de crânio reforço local e lesões com reforço anelar ou não
ou RNM
de crânio O diagnóstico de neurocisticercose, além da clínica
e dos exames de imagem pode ser fortalecida pela
Neurocisticercose presença de anticorpos específicos contra o cisticerco
Ppraziquantel ou albendazol
Tratamento + dexametasona 6 mg diários
Diarreias parasitárias

Diarreias Parasitas Tenia solium Trichuris trichiura Prolapso retal


parasitárias
Diarreias parasitárias

Transmissão em locais fechados com


aglomeração e em famílias inteiras
Mais comum entre crianças de 5 a 10 anos
Prurido anal, principalmente à noite
Enterobius
Diarreias Parasitas vermicularis
parasitárias ou oxiuríase Método de Graham Fita gomada
Diagnóstico Método de Hall Swab anal
Inspeção anal

Tratamento Albendazol, mebendazol ou pamoato de pirantel


Diarreias parasitárias

Transmissão
Ciclo de vida

Diarreias Quadro clínico


Parasitas
parasitárias Hiperinfestação ou estrongiloidíase disseminada
Exames laboratoriais e diagnóstico
Strongyloides stercoralis
Tratamento
Diarreias parasitárias

Diarreias Strongyloides Contato da pele com solo contaminado


Parasitas Transmissão
parasitárias stercoralis Fecal-oral e pessoa-a-pessoa são mais raros
Diarreias parasitárias

Diarreias
parasitárias

Parasitas Strongyloides stercoralis

Ciclo de vida
Diarreias parasitárias

Diarreias
parasitárias

Parasitas

Strongyloides stercoralis Diarreia, constipação, dor


Pode permanecer assintomático por mais de 40 anos abdominal ou anorexia
Quadro
clínico Na terceira semana Dor epigástrica é o
Após a entrada na Uma semana após após a transmissão, sintoma mais comum
pele, pode haver a entrada, pode surgem manifestações
urticária autolimitada ocorrer tosse seca gastrointestinais

Após autoinfecção, pode


surgir alteração dermatológica
como a larva currens
Diarreias parasitárias

Diarreias Pacientes que serão submetidos à pulsoterapia Podemos fazer o tratamento


com corticoides, quimioterapia, com neoplasias
parasitárias hematológicas ou infecção pelo HTLV
empírico com ivermectina

Parasitas Carreia bactérias gram-negativas entéricas Pode gerar sepse, pneumonia e meningite
As larvas se depositam em locais fora do ciclo comum do verme,
Strongyloides como cérebro, fígado, vesícula biliar, pâncreas, rins, ovários, linfonodos
stercoralis mesentéricos, diafragma, coração e músculo esquelético
Quadro clínico Pode causar sangramento gastrointestinal, inflamação, distúrbios
Hiperinfestação
ou estrongiloidíase hidroeletrolíticos, ulceração e obstrução de intestino delgado
disseminada Na parte respiratória, pode causar febre, dispneia, tosse, sibilos, asfixia,
rouquidão, dor torácica, hemoptise e palpitações. Pode causar SDRA
(síndrome da angústia respiratória do adulto/síndrome do desconforto
respiratório do adulto) ou hemorragia alveolar, sendo vista como infiltrado
intersticial focal ou bilateral à radiografia de tórax
Ivermectina 200 mcg/Kg associada a
antibioticoterapia com cobertura para Duração do tratamento é avaliado
Tratamento caso a caso
gram-negativos
Diarreias parasitárias

Na infecção crônica, pode-se verificar eosinofilia


Diarreias no hemograma do sangue periférico
parasitárias
Endoscopia pode ajudar a realizar o diagnóstico
Strongyloides Exames laboratoriais com a análise do aspirado duodenal
Parasitas
stercoralis e diagnóstico
Exame microscópico das fezes com preparação
pelo método Baermann-Moraes
Exame sorológico (dentre eles, ELISA e Immunoblot)
Diarreias parasitárias

Realizado com ivermectina 200 mcg/Kg por


Diarreias Parasitas Strongyloides Tratamento
um ou dois dias em pacientes imunocompetentes.
parasitárias stercoralis Para imunocomprometidos, 200 mcg/Kg por
dois dias com repetição em 15 dias
Diarreias parasitárias

Diarreias
parasitárias

Parasitas

São os causadores da ancilostomíase


A penetração da larva pode causar uma erupção
maculopapular pruriginosa no local. Posteriormente,
Dermatológica pode surgir um caminho serpinginoso subcutâneo
(como o da larva migrans). Autolimitado e resolve
Ancylostoma duodenale Necator americanus
em alguns dias
Ancylostoma duodenale Quadro
e Necator americanus clínico Pulmonar Raro e semelhante ao Ascaris
Náusea, diarreia, dor epigástrica,
Gastrointestinais vômitos e aumento da flatulência
Desnutrição crônica Consumo de sangue no intestino delgado
Exame das fezes preparadas por Kato-Katz
(com a visualização de ovos desse parasita)
Diagnóstico
PCR nas fezes
Diarreias parasitárias

Diarreias Transmissão
Parasitas Ascaris lumbricoides
parasitárias Quadro clínico
Diarreias parasitárias

Diarreias Parasitas Ascaris lumbricoides Transmissão


Ingestão de água ou alimentos
parasitárias contaminados com ovos
Diarreias parasitárias

Maioria dos pacientes são assintomáticos


Diarreias Parasitas Ascaris lumbricoides Quadro clínico Fase precoce
parasitárias
Fase tardia
Diarreias parasitárias

Diarreias
parasitárias

Parasitas

Ascaris
lumbricoides Larvas Maioria no jejuno
Tosse seca, dispneia, febre, sibilos, desconforto subesternal e escarro sanguinolento
Quadro clínico Mnemônico
ANTAS
Para você gravar fácil:
Fase precoce “aqueles caras são uns vermes, são umas ANTAS!”
Quem Ascaris lumbricoides.
causa Necator americanus.
Ciclo de Loss Toxocara canis.

Infiltrados migratórios, podendo confluir


Ancyloostoma duodenale.
Strongyloides stercoralis.

Causa em áreas perihilares e sumindo em algumas


síndrome Rx de tórax semanas
de Loeffler
Hemograma Eosinofilia
Exames O exame de fezes não ajuda nessa fase da doença, uma vez
complementares que só fica positivo 40 dias após os sintomas pulmonares
Visualização direta de Ascaris
nas secreções gástricas ou pulmonares
Diarreias parasitárias

Diarreias
parasitárias

Parasitas
Quadro clínico
Ascaris lumbricoides Quadro clínico Fase tardia Manifestações intestinais Diagnóstico
Complicação mais comum
Diarreias parasitárias

Diarreias
parasitárias

Parasitas

Ascaris
lumbricoides

Quadro clínico
Manifestações Os sintomas são inespecíficos,
Fase tardia intestinais Quadro clínico como anorexia, desconforto abdominal,
náuseas, vômitos e diarreia
Diarreias parasitárias

Diarreias
parasitárias

Parasitas

Ascaris
lumbricoides

Quadro clínico
Manifestações Meio de microscopia das fezes
Fase tardia intestinais Diagnóstico à procura de ovos e/ou larvas Kato-katz
Diarreias parasitárias
Crianças de um a cinco anos
Diarreias
parasitárias Ponto mais acometido é a valva ileocecal
Dor abdominal em cólicas, vômitos e constipação
Parasitas
Passagem de cateter nasogástrico Para descompressão
Ascaris
lumbricoides Reposição de fluidos e eletrólitos
Referências Piperazina 15 a 30 mL a cada duas horas
Quadro clínico nacionais
Obstrução completa sem
descompressão adequada
Fase tardia
Falta de resposta clínica ao tratamento
Manifestações conservador por 24 a 48 horas
intestinais
Indicações para Volvo
abordagem
Complicação cirúrgica Intussuscepção
mais comum
Tratamento Apendicite
Obstrução intestinal
Perfuração

Terapia Albendazol ou mebendazol


anti-helmíntica Se gestante Palmoato de pirantel
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