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Esperança

Amebíase e Giardíase

Disciplina: Parasitologia

Professora: Dr. Alysson Kennedy Souza


Amebíase e Giardíase

Classificação taxonômica
▪ Reino: Protista/Protozoa
▪ Filo: Sarcomastigophora
• Amebíase
• Espécie: Entamoeba histolytica

• Giardíase/lamblíase
• Espécie: Giardia lamblia
Amebíase e Giardíase

Morfologia
▪ Parasita unicelular;
▪ Estágios: Trofozoíto e cisto;
▪ TROFOZOÍTOS:
▪ Entamoeba histolytica: formato irregular;
apenas 1 núcleo;
▪ Giardia lamblia: formato de pera
achatada; 2 núcleos; 8 flagelos.
Amebíase e Giardíase

Trofozoítos
Entamoeba histolytica

Giardia lamblia
Amebíase e Giardíase

Trofozoítos
Entamoeba histolytica Giardia lamblia

Locomoção através de pseudópodes Locomoção através dos flagelos


Habitam o intestino grosso Habitam o intestino delgado
Amebíase e Giardíase

Cistos
▪ Possuem parede celular resistente ao meio externo e ao estômago;
▪ Viáveis em condições ideais de temperatura e umidade;
▪ Presença de 4 núcleos.

Entamoeba histolytica Giardia lamblia


Amebíase e Giardíase

Ciclo E. histolytica
Cistos são
ingeridos via oral

Ciclo não patogênico


na luz do intestino
Amebíase e Giardíase

Ciclo E. histolytica

Cistos resistem ao
suco gástrico do
Ciclo não patogênico estômago e liberam
na luz do intestino trofozoítos jovens no
intestino delgado
(desencistamento)
Amebíase e Giardíase

Ciclo E. histolytica

Ciclo não patogênico


na luz do intestino

Trofozoítos multiplicam-
se por divisão binária e
aderem-se ao epitélio
do intestino grosso
Amebíase e Giardíase

Ciclo E. histolytica

Ciclo não patogênico


na luz do intestino

Trofozoíto pode se
desprender do intestino e
diferenciar-se em cisto,
sendo eliminado nas fezes
Amebíase e Giardíase

Ciclo E. histolytica
Por algum motivo, trofozoítos
virulentos penetram no epitélio
intestinal, caem na circulação e
invadem outros órgãos

Ciclo patogênico na parede do


intestino, fígado, pulmão, etc
Amebíase e Giardíase

Transmissão E. histolytica
▪ Ingestão de água e alimentos contaminados com cistos
do protozoário;

▪ Transmissão sexual: via oral-anal;

▪ Manipulação por portadores assintomáticos.


Amebíase e Giardíase

Patogenia E. histolytica
▪ Em geral, E. histolytica pode ser comensal (não
patogênica em 80-90% dos casos) ou invasiva
(patogênica).

Resposta inflamatória com proliferação Úlcera no intestino grosso com aspecto


de trofozoítos (ameboma). de “botão de camisa”.
Amebíase e Giardíase

Patogenia E. histolytica
▪ Amebíase diarreica:
▪ 2-4 evacuações ao dia;
▪ Fezes moles ou pastosas;
▪ Possibilidade de dor abdominal.

▪ Amebíase disentérica:
▪ 8-10 evacuações ao dia (desidratação);
Abscesso hepático
▪ Presença de muco e sangue nas fezes;
▪ Tenesmo, náuseas, vômitos, febre e calafrio.

▪ Amebíase extra intestinal:


▪ Acomete diversos órgãos (fígado, rim, pulmões, cérebro, etc.);
▪ Formação de abscessos;
▪ Geralmente há febre, dor e hepatomegalia.
Amebíase e Giardíase

Ciclo G. lamblia
Amebíase e Giardíase

Ciclo G. lamblia
Amebíase e Giardíase

Ciclo G. lamblia
Amebíase e Giardíase

Ciclo G. lamblia

Fezes pastosas: trofozoítos


Fezes formadas: cistos
Amebíase e Giardíase

Transmissão G. lamblia
▪ Água e alimentos contaminados com cistos;
▪ Moscas e baratas;
▪ Transmissão sexual: via oral-anal;
▪ Transmissão a partir de animais domésticos e
infectados com G. lamblia.
Amebíase e Giardíase

Patogenia G. lamblia
▪ 5 a 15% são assintomáticos;

▪ Não há invasão dos tecidos;

▪ Trofozoítos fixam-se e
crescem sobre as
microvilosidades do epitélio
intestino delgado e
impedem a absorção de
nutrientes.

Trofozoítos formando tapete no


intestino delgado.
Amebíase e Giardíase

Patogenia G. lamblia
▪ Diarreia aquosa explosiva de odor fétido;

▪ Gases com distensão e dores abdominais;

▪ Dificuldade de absorção de gorduras, minerais e vitaminas


lipossolúveis;

▪ Mais grave em crianças por estarem em fase de


crescimento.

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Amebíase e Giardíase

Diagnóstico
▪ CLÍNICO
▪ Amebíase: semelhante a outras doenças intestinais
(especialmente bacterianas);

▪ Giardíase: em crianças, relatos de diarreias com esteatorreia,


perda de apetite com ou sem emagrecimento.

▪ LABORATORIAL
▪ Coproscopia: pesquisa de trofozoítos e cistos nas fezes;

▪ Métodos imunológicos e moleculares.


Amebíase e Giardíase

Epidemiologia
▪ Amebíase:
▪ Estima-se que 650 milhões de pessoas estejam infectadas no
mundo!

▪ No Brasil, casos mais graves ocorrem na região Amazônica.

▪ Giardíase:
▪ Estima-se que haja no mundo 200 milhões de pessoas
infectadas!

▪ Giardia lamblia é o enteroparasita (parasita do tubo digestivo)


mais frequente em coproscopias.
Amebíase e Giardíase

Profilaxia
▪ Educação e bons hábitos de higiene;
▪ Saneamento básico;
▪ Tratamento dos doentes;
▪ Tratamento de água (fervendo, pois a cloração pode não
matar os cistos);
▪ Lavar bem frutas e verduras.
Amebíase e Giardíase

Tratamento
▪ Nitazoxanida
▪ Metronidazol
▪ Tinidazol
▪ Secnidazol
▪ Albendazol

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