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Giardíase

PROFA DRA.DÉBORA CAVALCANTE BRAZ


Introdução
Giardia lamblia Giardia
Giardíase é uma das
Giardia causas mais comuns Aves
duodenalis de diarreia em Repteis
crianças
Giardia intestinalis Anfíbios

Giardia duodenalis Isolados de Giardia:


(mamiferos, aves e répteis) Genótipos
A e B: humanos e outros mamíferos.
Giardia muris (roedores, A e D: cães
aves e répteis) E: ruminantes
Giardia agilis (anfíbios) F: gatos
G: ratos
Giardia psittaci (periquitos)
Morfologia
Cisto
• Oval ou elipsóide;
• 12 µm de comprimento por 8 µm de largura;
• 2 ou 4 núcleos;
• Membrana cística (membrana externa glicoproteica, quitina);
• Número variável de fibrilas e corpos escuros em forma de meia-lua;
• Fase latente, imóvel e resistente.
Cisto de Giardia lamblia corado pelo tricrômico.
Cistos de G. lamblia corados pelo lugol.
Notar a membrana destacada do citoplasma
e um cisto esférico e outro oval.
Morfologia
Trofozoíto
 Formato de pera
 Simetria bilateral
 Face dorsal – lisa e convexa
 Face ventral – côncava (disco
ventral, adesivo ou suctorial)
1. 2 núcleos / 4 pares de flagelos
2. Adesão do parasita a mucosa (α e
β-tubulinas, giardinas)
3. Corpos medianos – divisão celular e
formação do disco adesivo.
Cistos de G. lamblia corados pelo lugol.
Cistos de G. lamblia corados pelo lugol.
Notar a membrana destacada do citoplasma
Cistos de G. lamblia corados pelo lugol.
Transmissão

 Ingestão de cistos maduros (via fecal-oral)


CICLO BIOLÓGICO
• Parasito monoxeno de ciclo
biológico direto;
• 10 a 100 cistos - infecção;
• Desencistamento tem início no
estômago e completado no
duodeno e jejuno;
• Trofozoítos – divisão binária;
• Ceco (principal sítio de
encistamento).

https://www.cdc.gov/dpdx/nonpathogenic_flagellates/index.html
Sintomatologia

 Espectro clínico diverso (sintomáticos e assintomáticos)


 Variabilidade multifatorial
 Sintomáticos – diarreia do tipo aquosa, de odor fétido, acompanhada de
esteatorreia, acompanhada de gases com distensão e dores abdominais.
 Principais complicações: perda de peso, má absorção de gordura e
nutrientes, vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K), vitamina B12, ferro, xilose e lactose.
 Giardíase crônica – doença de Crohn, doença celíaca e síndrome do intestino
irritável.
Patogenia

 Multifatorial:
1. Os trofozoitos de Giardia aderidos ao epitélio intestinal podem
romper e distorcer as microvilosidades.
2. O parasita libera substancias citotóxicas na luz intestinal.
3. Processos inflamatórios desencadeados pelo parasito com
ativação de macrófagos, linfócitos T e prostaglandinas.
4. Diferentes cepas de Giardia.
Imunidade protetora???
1. Natureza autolimitante da infecção.
2. Detecção de anticorpos específicos anti-Giardia nos soros de indivíduos
infectados.
3. Participação de monócitos citotóxicos na modulação da resposta imune
4. Maior suscetibilidade de indivíduos imunocomprometidos à infecção.
5. Menor suscetibilidade de indivíduos de áreas endêmica a infecção,
quando comparados com os visitantes (não endêmica).
6. Ocorrência de infecção crônica em modelos animais atímicos ou tratados
com drogas que deprimem a resposta humoral.
7. Recorrência de giardíase e infecção crônica – variação antigênica do
parasito.
Diagnóstico
Clínico(8 meses 10-12 anos)

Diarreia com esteatorreia


Irritabilidade
Náuseas e vômitos
Perda de apetite (acompanhada
ou não de emagrecimento)
Dor abdominal
Diagnóstico
Laboratorial
 Identificação de cistos ou trofozoítos (sintomáticas)
Fezes formadas
1. cistos (método direto, Holfman, método de Faust e
colaboradores)
2. Cistos – corados com tricômio, lugol ou hematoxilina férrica.
3. Indivíduos parasitados não eliminam cistos continuamente.
Fezes Diarreicas
 Examinar o material imediatamente – trofozoítos
 Diluir o material em conservador próprio (MIL, SIF, formol a 10%)
Diagnóstico

Laboratorial
Imunológico
 Detecção de anticorpos anti-Giardia.
 Detecção de antígenos nas fezes (coproantígenos).
Cistos de G. lamblia corados pelo lugol. Notar a cor castanha dos cistos.
Cistos de G. lamblia corados pelo lugol.
Cistos de G. lamblia corados pelo lugol.
Trofozoíto de Giardia lamblia corado pelo tricrômico.
Trofozoíto (seta vermelha) e cistos (seta preta) de G. lamblia corados pelo tricrômico.
Trofozoíto de G. lamblia corado pela solução de lugol.
Epidemiologia

Água e alimentos
“diarreia dos
contaminados com
viajantes” Ambientes coletivos
cistos

Cisto resiste no meio


Animais exterior, em boas
condições de
Crianças umidade e
temperatura
Profilaxia

 Medidas de higiene pessoal (lavar as mãos).


 Destino correto das fezes (fossas, redes de esgoto).
 Proteção dos alimentos.
 Tratamento da água (os cistos são destruídos em água
fervente).
 Verificar o parasitismo dos animais domésticos por
Giardia.
Tratamento
Tratamento

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