Você está na página 1de 4

🌡️

ITU
Tags ASE 13

Leitura/aula Done

Questões Not started

Processo infeccioso que acomete o trato urinário, podendo ser provocado por
vírus, fungos ou bactérias, sendo esse o mais comum. Acomete principalmente o
sexo feminino (60%) em decorrência da anatomia do sistema genital feminino
(uretra curta e proximidade do ânus com a uretra) e também do ato sexual.
O uso de cateter favorece a ascensão das bactérias pelo lúmen desse, essas
sobrem pelo cateter e formam um biofilme, dessa forma sendo resistentes ao
atrito do fluxo urinário.
Fatores de risco: sexo feminino, idade superior a 50 anos, desnutrição,
anormalidades congênitas, obstrução urinária, história prévia de infecção,
diabetes melito, incontinência urinária, intercurso sexual, uso de diafragma,
cateter tipo condom ou espermicida, cirurgia urogenital, cateteres vesicais ou
ureterais, uso prévio de antimicrobianos, deficiências de estrógeno e insuficiência
renal.
Agentes etiológicos bacterianos: 1º E. coli (gram -: 75%); Staphylococcus
saprophyticus (gram+); Enterococcus (gram +); Klebsiella e Proteus ( gram -);
Pseudomonas e ESBL (resistentes).
Agentes fungicos: Candida Albicans (10%)

Bacteriúria assintomática
Definição: bacteriúria quando >10´5 UFC/ml ou >10² UFC/ml (se coletado por
cateter) + ausência de sintomas

ITU 1
Tratamento: tratar somente se paciente gestante; paciente que vai realizar
procedimento urológico; neutropênico ou transplantado renal considerar
tratamento. NÃO TRATAR DEMAIS PACIENTES
Como tratar?

fosfomicina 3g em dose única

Nitrofurantoína 100 mg de 6/6h por 3 a 5 dias

sulfametoxazol+trimetropim (bactrim), betalactâmicos ou quinolonas (não são


primeira escolha)

em gestante: betalactâmicos e fosfomicina

evitar: bactrim e nitrofurantoína no 1º trimestre


solicitar urinocultura pós-tratamento (follow-up)? incerto

Infecção do trato urinário baixo


CISTITE
Definição: infecção do trato urinário baixo que causa inflamação da mucosa da
bexiga, uretra, próstata ou testículos. No idoso pode ter Dellirium.
Fisiopatologia:
Clínica: disúria, dor suprapúbica, polaciúria, urgência urinária, hematúria
macroscópica, ausência de febre.
Laboratório (se dúvida): piúria, bacteriúria, nitrito +, esterase leucocitária,
urinocultura + antibiograma

1. Fazer urocultura + antibiograma se 1. Solicitar exame de sangue se→


fator de risco: ITU prévia com sintoma atípico, sexo masculino,
bactéria resistente, ITU de germe resistente, gestação, trato
repetição, uso prévio de ATB, pré- geniturinário anormal, DM mal
operatório, prostatites e morada e controlado.
unidade de saúde,

Prostatite→ sintomas de prostatismo, aumento da glândula ao usg, elevação de


antígeno prostático específico. (FAZER COLETA DE UROCULTURA APÓS

ITU 2
MASSAGEM PROSTÁTICA PELO TOQUE RETAL). Tratar por 2 a 4 semanas, 4 a
semanas se crônico-fluroquinolonas ou SMX-TMP
Epididimite e orquite→ apresenta edema, dor irradiando para baixo do ventre,
geralmente unilateral, febre, hematúria, disúria, náuseas e vômitos. A orquite
ocorre em casos isolados em etiologia viram secundária a caxumba, pode ser
aguda ou crônica se durar mais de 3 meses.
Tratamento:

fosfomicina 3g em dose única / Nitrofurantoína 100 mg de 6/6h por 5 dias


(padrão ouro)

sulfametoxazol+trimetropim (800/160 12/12h por 3 dias), betalactâmicos ou


quinolonas (ciprofloxacino 250 mg ou norfloxacino 400 mg 12/12h 3 a 5 dias
(não são primeira escolha)

associar Fenazopiridina por 2 dias se disúria grave

sexo masculino: 7 a 14 dias com quinolona (risco de prostatite)

se Candadia fazer fluconazol 200 a 400 mg por 7 a 14 dias

Se cistite recorrente→ > 2 infecções em 6 meses ou 3 em 1 ano

medidas comportamentais (urinar após coito, ingesta hídrica adequada,


limpeza adequada) + ATB profilático (nitrofurantoína 50 a 100 mg/dia por 3
meses)

Pielonefrite
Definição: ascensão da bactéria presente na bexiga pelo trato urinário chegando
ao parênquima renal, cálices ou ureteres ou por meio de via hematogênica. Pode
ter Dellirium no idosos

Fisiopatologia:
Clínica: febre, toxemia, choque, Giordano positivo ou dor lombar, disúria,
polaciúria, urgência urinária.

laboratório→ solicitar SEMPRE EAS e urocultura, hemograma e PCR, eletrólitos e


Ur/Cr se hospitalização. elevação na dosem de ureia e creatinina sérica,

ITU 3
leucocitose com desvio pra esquerda e PCR e velocidade de hemossedimentação
elevada.
exame de imagem→ se dúvida ou doença persistente, anormalidade anatômica,
suspeita de obstrução ou abcesso.

Tratamento:
internar se→ abcesso, obstrução, sepse, via oral inviável (vômitos), gestantes.

paciente com obstrução e sepse→ imipenem ou meropenem + vancomicina (ESBL


e pseudomonas)
Via oral ou gestante (outro caso)→ ceftriaxone, quinolona, pipe-tazo (infecção
com maior risco de bactéria resistente)

Intervenção cirúrgica→ se nefrolitíase ou abcesso > 5 cm


Tratamento ambulatorial:

se baixo risco de resistência→ quinolonas (ciprofloxacino 500mg 12/12 por 7 a


10 dias), ceftriaxone ( 1 a 2 mg IV), amoxicilina+clavulanato
se alto risco de resistência→ ertapenem, sulfametoxazol+trimetropim

Tipos:

Xantogranulomatosa→ maior risco em mulheres de meia idade com pielonefrite de


repetição; presença de cálculos coraliformes e destruição maciça do rim; ATB +
nefrectomia do rim afetado

Enfisematosa→ paciente diabéticos hiperglicêmicos com pielonefrite grave; gás


no parênquima renal; ATB + drenagem

ITU complicada
Definição: doença urológica de base ou condição que aumente o risco de
infecção renal (uso de cateter); situações que agravem a infecção caso ela ocorra
(imunodeprimidos); presença de abcessos, pielonfrite enfiseatosa, necrose de
papila; homens, crianças, gestantes e hospitalizados.
Atenção (nova definição)→ se febre > 37,7º ou sinais sistêmicos. dor lombar ou
pélvica em homens

Referências: Harrison e Salomão

ITU 4

Você também pode gostar