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17/05/2023

ANATOMIA
 Intestino Delgado
Abordagem do paciente
com Diarreia Intestino Grosso

Diarreia
 do teor de água nas fezes

Perda do formato tubular característico

 freqüência das defecações

 perda de nutrientes

Diarreia
Abordagem diagnóstica
Classificação temporal Classificação anatômica

Diarreia aguda Diarreia do intestino


delgado
X
X
Diarreia crônica
Diarreia do intestino
grosso

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17/05/2023

Diarreia – Abordagem diagnóstica


ANAMNESE – Síndromes clínicas
Diarréia AGUDA Enterites ou
Origem do intestino gastroenterites agudas
do ID

Diarréia CRÔNICA
de Origem do intest Síndrome de má
do ID digestão/absorção

Diarréia
de Origem do intes Colites
do IG

Diarréia ID aguda

Enterite ou gastroenterite aguda Gastroenterite aguda


SÍNDROME CLÍNICA PRINCIPAIS CAUSAS
Dietéticas: Protozoário
Diarréia aguda (ID) Intolerância Giardíase
Intoxicação Protozoários coccídios
Vômito agudo Virais Isosporíase
Cinomose Criptosporidiose
Anorexia Coronavirose Toxoplasmose
Adenovirus Bactérias
Prostração Parasitas nematódeos Doenças sistêmicas
Toxocaríase Infecciosas
Desidratação Estrongiloidíase Metabólicas

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Gastroenterite Hemorrágica Gastroenterite aguda

PRINCIPAIS CAUSAS Apresentações clínicas


Viral Paciente Paciente em estado
Parvovirus Doenças sistêmicas clinicamente estável crítico
Parasitária
Infecciosas Alerta (sinais desidratação grave,
Ancylostoma choque, dor abdominal, febre,
Bacterianas Metabólicas (desidratação leve ou
diarréia hemorrágica profusa)
inaparente, diarreia sem sangue)
Salmonella Síndrome choque
Campylobacter (Ex de fezes) Exames
Intussuscepção
Clostridium Jejum** e tratamento complementares (Ex.
Anti-inflamatórios GEH idiopática sintomático de fezes, hemograma, bioquímica
Diclofenaco Intoxicações sérica, urinálise, RX, US)

Evolução favorável Tratamento intensivo

Gastroenterite aguda Gastroenterite aguda


Associada à DIETA Diarréia AGUDA associada a
 Alimento muito diferente da dieta normal ALIMENTAÇÃO

 Excessiva ingestão de alimento (gorduras)


DIAGNÓSTICO
 Alimento deteriorado, contaminado por toxinas bacterianas  Histórico!!!!!!!!!!
 Exame físico
 Intolerância ou indiscrição alimentar
 Resolução dos sinais com jejum
 Intoxicação alimentar

Diarréia AGUDA associada a Gastroenterite aguda


ALIMENTAÇÃO
TRATAMENTO
Causas PARASITÁRIAS

SUPORTE
Jejum 24 horas ******
Controle do vômito!!!
Fluidoterapia
Retorno gradual da alimentação (4X dia)
Alimento de alta digestibilidade
Probióticos COPROPARASITOLÓGICO

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Gastroenterite aguda Gastroenterite aguda


Causas PARASITÁRIAS - Tratamento Causas PARASITÁRIAS
Toxocara Ancylostoma Strongyloides Trichuris Dipylidium
Protozoários
Pirantel X X - - -
Fenbendazol Giardia
X X X X -
 Enzimas da
Trichomonas
borda em escova
Febantel X X X X - Enterotoxinas

Praziquantel - - - - X Protozoários coccídios


Alimento não
absorvido
Ivermectina X X X - - Isospora
Milbemicina X X X X -

Gastroenterite aguda Gastroenterite aguda


Causas PARASITÁRIAS Causas PARASITÁRIAS
Giardia
Isospora
 Sinais Clínicos: Diarreia (aguda, intermitente, crônica)
 Sinais Clínicos: Diarreia, apatia, anorexia, vômito Apatia, anorexia, vômito
 Diagnóstico: Coproparasitológico  Diagnóstico: Coproparasitológico, teste rápido
 Tratamento:  Tratamento:
Suporte (Fluidoterapia, controle do vômito) Suporte (Fluidoterapia, controle do vômito)
Sulfonamidas + trimetoprim Fembendazol - 50 mg/kg, vo, sid, 3 a 5 dias
OU
Metronidazol - 25 mg/kg – bid – 5 a 7 dias
Manejo Ambiental!!!!!!!

Gastroenterite Hemorrágica Gastroenterite Hemorrágica


Parvovirose
Patogenia Parvovirose
Apresentação clínica:
Animal jovem
Vacinação inadequada ou ausente
Apatia e anorexia
Náuseas e vômitos freqüentes

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Gastroenterite Hemorrágica Gastroenterite Hemorrágica


Parvovirose Parvovirose

Apresentação clínica: Diagnóstico


Diarreia hemorrágica profusa
Histórico
Desidratação de moderada a grave Hemograma: leucopenia (neutropenia, linfopenia)
Dor abdominal
Snap test
Febre ou hipotermia
Choque (hipovolêmico e séptico) PCR

Fluidoterapia na GEH
Gastroenterite Hemorrágica
FLUIDOTERAPIA DE FLUIDOTERAPIA DE
REPOSIÇÃO MANUTENÇÃO
Parvovirose - Tratamento
(Déficit) (Basal + Perdas)
TRATAMENTO
Soluções Soluções coloidais Soluções cristalóides
Fluidoterapia cristalóides
Hipovolemia
Antibioticoterapia Desidratação
Hipoproteinemia
Antieméticos Hipovolemia

Nutrição Reposição rápida – choque Infusão lenta em 24 horas


Protetores de mucosa Reposição em 6 a 8 horas – Fase de
reidratação

Gastroenterite Hemorrágica Gastroenterite Hemorrágica


Idiopática Idiopática
Etiologia
Desconhecida – bacteriana?
Epidemiologia
Raças pequenas
Idade adulta

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Gastroenterite Hemorrágica Gastroenterite Hemorrágica


Idiopática Idiopática
Diagnóstico Tratamento sintomático
Início superagudo Fluidoterapia
Sem sinais de desidratação
Antibioticoterapia (ampicilina ou metronidazol)
Mucosas congestas
Melhora em 24 a 48 horas
Hematoquezia, hematêmese
Hemograma: hematócrito > 55% Prognóstico favorável
Proteína total normal Maioria dos casos

Diarreia Crônica

ENTEROPATIAS CRÔNICAS

Diarreia Crônica
Diarreia ID crônica
 Duas ou > semanas de duração

 Pode ser de caráter intermitente Classificação:

Síndromes de má digestão
 Desafio diagnóstico e terapêutico
Síndrome absorção

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Diarreia ID crônica
INTESTINO DELGADO
Sinais clínicos
 Digestão:
Diarréia CRÔNICA de origem do intestino delgado
Diarréia de grande volume
Carboidratos

Nutrientes não digeridos na fezes


Perda de peso (emaciação) Proteínas
Apetite preservado a voraz
Pelagem sem brilho Lipídios

Diarreia crônica Diarreia crônica


Digestão/absorção de nutrientes Síndromes de má digestão/absorção
Fase de Fase Mucosa Fase Luminal Fase de Transporte Fase Mucosa Fase Luminal
Transporte Macronutrientes da dieta
(Carboidratos, proteínas e gorduras)

Ducto linfático Hexoses


Aminoacidos
Hidrólise
enzimática
Sais biliares
X X
Ácidos graxos
Má absorcão ou Má
Capilar sanguíneo Luz
Intestinal Disabsorção Digestão
Borda em
Mucosa Enterócito escova

Diarreia crônica
Síndromes de má digestão/absorção
Causas de má Causas de má
absorção digestão

Parasitas (Helmintos e
protozoários) Insuficiência pancreática
exócrina (IPE)
Dieta (Intolerância/alergia)
Crescimento excessivo de
Doença inflamatória intestinal bactérias no ID ou Diarréia
idiopática responsiva a antibióticos
Linfoma alimentar Ausência de ácidos biliares
Linfangiectasia intestinal

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Diarreia crônica
Diarreia crônica Abordagem inicial do paciente:

 Supercrescimento Bacteriano/Disbiose/Enteropatia • Hemograma

responsiva à antibióticos • Bioquímica sérica


 • Proteína total
 • Albumina
 • Triglicérides
 Hipersensibilidade Alimentar/Enteropatia  • Colesterol
responsiva à dieta • Coproparasitológico
• Exame de urina

 Doença Intestinal Inflamatória/Enteropatia • US


• Exame histopatológico de fragmento
responsiva à esteroides de biópsia

Diarreia crônica do Intestino Delgado Insuficiência pancreática exócrina (IPE)


– Síndrome da má digestão PÂNCREAS NORMAL IPE (Perda > 90%)

Insuficiência
pancreática exócrina
(IPE)

Insuficiência pancreática exócrina (IPE) Insuficiência pancreática exócrina (IPE)


Etiologia Etiologia
Atofia acinar Pancreatite
pancreática crônica
Atrofia acinar pancreática

Cães jovens
Pancreatite crônica Raças: Pastor Cães e Gatos
alemão, Collie, mais velhos
outras

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Insuficiência pancreática exócrina (IPE)


Insuficiência pancreática exócrina (IPE)
Fisiopatologia
Sinais Clínicos
IPE Diarreia de origem do Intestino Delgado
Volume 
 Enzimas
X X Alimentos não digeridos

Má digestão Esteatorréia

 Resíduos - Diarréia X X Perda de peso


osmótica Pelagem sem brilho
Diarréia do ID Má Polifagia
assimilação de nutrientes

Insuficiência pancreática exócrina (IPE)


Insuficiência pancreática exócrina (IPE)
Diagnóstico
Diagnóstico
Histórico e sinais clínicos apropriados
Dosagem da Imunoreatividade para tripsina sérica (TLI)
Exclusão de Testes de função
cães normais: 5,2 a 35 g/L doenças intestinais pancreática mmmmm
cães c/ IPE < 2,5 g/L;
valores suspeitos: 2,6 - 5,1 g/L Diagnóstico definitivo - TLI
Diagnóstico presuntivo de IPE
Gatos: abaixo de 8g/L fecha o diagnóstico
Tratamento com enzimas

Resposta a terapia???

Insuficiência pancreática exócrina (IPE) Insuficiência pancreática exócrina (IPE)


Tratamento Tratamento
Resposta não satisfatória Complicações da
IPE
Suplementação com enzimas pancreáticas

Diagnóstico errado? Problemas na terapia com


Preparações comerciais as enzimas
Pancreatina 1 colher de chá 10kg Hiperacidez gástrica
(inativação enzimática)
0,25-0,4g/kg/refeição Doenças intestinais
Supercrescimento
bacteriano do ID

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Supercrescimento Bacteriano/Disbiose
/Enteropatia responsiva à antibióticos
bactérias no ID
Desconjugação de sais biliares
Supercrescimento Bacteriano/Disbiose Má digestão luminal
Diarréia e flatulência
/Enteropatia responsiva à antibióticos
Secundário Primário
Outras causas de má Causa idiopática
digestão e má absorção Diarréia responsiva
antibióticos

Supercrescimento Bacteriano/Disbiose
/Enteropatia responsiva à antibióticos
Diagnóstico/Tratamento

Descartar outras causas de diarreia Hipersensibilidade Alimentar/Enteropatia


Dosagens de folato (>) e cobalamina (<): diagnóstico indireto
Resposta favorável a antibióticos
responsiva à Dieta
(Metronidazol, Tilosina)
Tratamento 4 a 6 semanas
Há controle, dificilmente cura

Hipersensibilidade Alimentar/Enteropatia Hipersensibilidade Alimentar/Enteropatia


responsiva à Dieta responsiva à Dieta
Diagnóstico/Tratamento
Dietas Hidrolisadas
Resposta favorável a dieta teste (Hipoalergênicas)
ou
Dieta de eliminação
Dietas de maior digestibilidade (proteína inédita)
Tratamento com dieta livre do agente agressor
Tempo do Teste

15-30 dias
4-6 semanas
6-8 semanas

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Doença Intestinal Inflamatória/Enteropatia


responsiva à esteroides

Doença Intestinal Inflamatória/Enteropatia


responsiva à esteroides

Doença Intestinal Inflamatória/Enteropatia Doença Intestinal Inflamatória/Enteropatia


responsiva à esteroides responsiva à esteroides
Síndrome idiopática  Diagnóstico

Manifestação clínica associada a inflamação da mucosa do Exclusão de outras causas de inflamação intestinal
trato gastrointestinal
Correlação entre sinais clínicos e evidências histológicas
Linfo-plasmocítica
da inflamação.
Eosinofílica Histopatológico
 resposta a terapia
Granulomatosa

Doença Intestinal Inflamatória/Enteropatia


responsiva à esteroides
 Tratamento
Lembre-se sempre de
descartar todas as
possibilidades de
Manejo dietético diarreia

Terapia imunomodulatora Diarreia Intestino Grosso


Corticoide
Ciclosporina
Azatioprina
Clorambucil

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Diarreia de IG - COLITES
Diarreia IG
SÍNDROME CLÍNICA
Diarréia com sinais de envolvimento do IG
Hematoquezia e muco
Síndrome clínica: Disquezia e tenesmo
Frequência de defecação 
Colites
Eventualmente vômito associado

COLITES
Causas Afecções do intestino grosso
Parasitárias Infecciosas Inflamatórias Outras
Trichuris Bacterianas: DII idiopática:
Clostridium Pancreatite
Giardia Colite linfocitico-
E. coli plasmocitária Uremia
trichomonas
Salmonella
Colite eosinofílica Pólipos
Entamoeba Virais
Neoplasias
Isospora Fúngicas
Histoplasmose
Colite
granulomatosa
Diarréia do IG Constipação
Ancylostoma Pitiose
Colite ulcerativa
histiocítica – E. (Colites)
coli?

Constipação Constipação
Terminologia
Causas de constipação e obstipação
Constipação:  Indiscrições dietéticas
Sinal clínico de defecação ausente ou infrequente  Dor associada à defecação
 Obstáculos no canal pélvico
Obstipação:  Confinamento
Constipação grave com formação de fecaloma  Felino – caixa de areia inadequada
 Felino – Megacólon
Megacólon:
Condição de dilatação extrema e hipomotilidade do cólon

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Constipação Constipação
Abordagem Diagnóstica
 Anamnese
 Exame físico
Palpação abdominal(fezes endurecidas)
Dor, desconforto abdominal
 Toque retal
Fezes endurecidas
Estenoses, massas, objetos estranhos?
 Exame radiográfico

Constipação Constipação
Tratamento Tratamento
 Melhora da condição geral do paciente Enemas com água morna
Fluidoterapia Introduzir sonda uretral no reto
 Remover as fezes impactadas Infundir pequenos volumes (10 ml)
Primeiro hidratar o paciente Infusão lenta
Enemas com água morna Infundir em diferentes pontos
Gatos e cães < 5 kg (máximo 50 ml por vez)
 Laxante: Lactulose, PEG 3350 ou 4000 ou poietilenoglicol

Constipação
Tratamento
Estimular o animal a andar
Não defecou...
Repetir enemas
Tentar remoção manual
Pelo toque retal e palpação abdominal
Animal com dor – anestesia geral
Animal constipado, mas estável… espere 1 a 2 dias e continue com os
enemas

Sem sucesso – Cirurgia!


(Colotomia)

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