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17/05/2023

ANATOMIA

Afecções do Sistema
Gastrointestinal

Gastroenterologia Gastroenterologia
Abordagem Inicial o Principais PROBLEMAS CLÍNICOS:
Disfagia, sialorréia e halitose(disf cav. oral, orofaringe)

Regurgitação

Vômito
Identificar corretamente o
Diarréia
PROBLEMA CLÍNICO
Constipação

Icterícia, ascite, dor abdominal


Plano Diagnóstico e Terapêutico

Problemas clínicos
Gastroenterologia
Queixa do proprietário: Vômito?
•Abordagem inicial em todos os casos
Eliminação ativa de conteúdo
VÔMITO de origem gástrica ou
duodenal através da cav oral

Reconhecimento Correto do Problema Clínico

Eliminação de Eliminação de
conteúdo de origem REGURGITAÇÃO EXPECTORAÇÃO conteúdo de origem
Interpretar corretamente a queixa do tutor para direcionar esofágica ou orofaringe respiratória que são
corretamente a investigação diagnostica e terapia através da cav oral. Ato eliminadas junto com
mais passivo sem muito tosse(secreção
esforço. esbranquiçada)

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Vômito Problemas clínicos


Centro do
Doenças esofágicas ou
vômito Regurgitação da orofaringe
Aferentes
viscerais Centro do ZQD Doenças sistêmicas ou
(Vagais) vômito Vômito gastrintestinais
Recep: Ach, H1, 5HT3 primárias, drogas...
Zona do gatilho Doenças respiratórias
Corrente
Receptores: D e 5-HT
2 3 Expectoração (ex:Traqueíte, bronquite,
sanguínea colapso traqueal)
Toxinas, drogas…

Problema clínico
Problema clínico
REGURGITAÇÃO

Doenças Esofágicas
Doenças Esofágicas
Doenças da Orofaringe

Anatomia Doenças Esofágicas


Classificação das doenças esofágicas:

dilatação parcial
dilatação total

odistúrbios funcionais
odoenças inflamatórias
odoenças obstrutivas

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Esôfago Aspectos radiográficos normais


Doenças Esofágicas
oManifestações Clínicas:

REGURGITAÇÃO

Salivação, Disfagia

Movimentos de deglutição repetitivos

Halitose e Emaciação (Emagrecimento)

Megaesôfago
Megaesôfago
Definição: Classificação:

Megaesôfago Congênito
Dilatação esofágica generalizada

Ausência ou diminuição do peristaltismo Secundário

Megaesôfago Adquirido
Idiopático

MEGAESÔFAGO MEGAESÔFAGO
Megaesôfago secundário
Ex: Miastenia gravis, Botulismo
Causas neuromusculares
juncionais
Cães: comum X gatos: muito raro
Idade
Ex: Polirradiculoneurites Raças
Neuropatias periféricas
Fox terrier, Schnauzer miniatura (herança genética)
Dog alemão, Pastor alemão, Labrador, Sharpei, Setter irlandês

Ex: Polimiosites
Doenças/causas
musculares

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MEGAESÔFAGO MEGAESÔFAGO
oManifestações Clínicas o Diagnóstico:

Regurgitação (presente em 100% dos casos) Exame físico


Distensão esofágica cervical
Salivação
Disfagia
Radiografia simples
Deglutições repetitivas
Halitose
Emaciação
Esofagograma com sulfato de bário
Sinais respiratórios de pneumonia

MEGAESÔFAGO MEGAESÔFAGO

o Tratamento: o Tratamento:

 Combater a causa, raramente possível (Megaesôfago Alimentação em posição elevada


secundário)
Volumes pequenos várias vezes
Consistência do alimento?
 Tratamento sintomático: Todos os casos de megaesôfago

MEGAESÔFAGO
oTratamento:

Terapia complementar:

Antibióticos (Pneumonia)
Redução secreção ácida(Esofagite)
Protetor de mucosa (Sucralfato)
Pró-cinéticos
Cirurgia
Gastrostomia

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Esofagites
Esofagites
oDefinição: oCausas:

Lesões inflamatórias da mucosa esofágica Refluxo gastroesofágico


Hiperemia Vômitos persistentes
Erosões Corpo estranho
Exsudato Cápsulas (tetraciclinas)
Substâncias cáusticas

Esofagites Esofagites
oManifestações Clínicas: oDiagnóstico

Anorexia (dor) Histórico


Sialorréia Sinais clínicos
Disfagia Radiografias
Deglutições repetitivas
Endoscopia
Dor torácica
Regurgitação

Esofagites Esofagites
oTratamento oPrognóstico

Corrigir a causa, quando possível Depende da causa de base

Omeprazol ou ranitidina ou ambos Pode ter complicações

Metoclopramida
ESTENOSE ESOFÁGICA CICATRICIAL

Sucralfato (solução)

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Doenças Esofágicas
Obstrutivas:

◦ CE, PAAD, neoplasias


Abordagem do paciente
◦ estenoses cicatriciais com Vômito Agudo

Problema clínico Vômito


Centro do
VÔMITO/EMÊSE vômito
Aferentes
viscerais Centro do ZQD
 muitas causas (Vagais) vômito
Causas simples X causas complexas Recep: Ach, H1, 5HT3

Exige uma abordagem lógica do problema Zona do gatilho


Receptores:Corrente
D e 5-HT
2 3

sanguínea
Toxinas, drogas…

Abordagem Inicial
oVômito agudo: < 2 semanas
1a SITUAÇÃO CLÍNICA
oVômito Crônico: > 2 semanas
VÔMITO AGUDO

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VÔMITO AGUDO GASTRITE AGUDA


oManifestações clínicas:
Muitas causas, nem sempre se chega a etiologia
 Quadro agudo de:
Vômito
 Síndrome clínica: GASTRITE AGUDA Apatia
Anorexia
Desidratação

GASTRITE AGUDA GASTRITE AGUDA


oEtiologia: oEtiologia:

Doenças infecciosas
Associada a Dieta: Intolerância alimentar Doenças virais, bacterianas
Corpo estranho gástrico ou intestinal Quadro inicial
Doenças sistêmicas metabólicas
Ingestão acidental de produtos químicos Manifestação de vômito
Causas psicogênicas
Resposta adversa à drogas: Anti-inflamatórios, antibióticos
Estresse ?

GASTRITE AGUDA

GASTRITE AGUDA Apresentações clínicas


Paciente Paciente em estado
oTratamento: clinicamente estável crítico
Alerta (sem evidências de Deprimido, estupor
manter a perfusão corpo estranho ou doenças
sistêmicas, desidratação leve ou
(desidratação acentuada,
choque, dor abdominal, febre)
proteção da mucosa inaparente)

acidez gástrica Jejum e tratamento Exames


sintomático complementares
vômito (hemograma, bioquímica sérica,
urinálise, RX, US)
tratamento da causa Recuperação
espontânea Tratamento intensivo

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GASTRITE AGUDA GASTRITE AGUDA


oTratamento: oTratamento:

manter a perfusão proteção da mucosa


oFluidoterapia sucralfato

GASTRITE AGUDA GASTRITE AGUDA


oTratamento: oTratamento:
vômito – Antieméticos
acidez gástrica Metoclopramida
Clorpromazina
◦ antagonistas H2: Cimetidina, ranitidina, famotidina Ondansetrona
◦ Inibidores da bomba de H+: omeprazol Maropitant

GASTRITE AGUDA GASTRITE AGUDA


oTratamento: oPrognóstico
oPaciente clinicamente estável
oAntieméticos: Casos refratários
Favorável
Diagnóstico preciso da causa
Acompanhar a evolução nas 24 a 48 hs. iniciais
Associações de antieméticos
Pró-cinéticos oPaciente em estado crítico

Corrigir hipocalemia Reservado


Uso de inibidores da secreção ácida Reconhecimento precoce de doenças graves

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Hematêmese

o Hemorragia gastrintestinal alta: (Estômago ou duodeno)

2a SITUAÇÃO CLÍNICA Erosões e úlceras gastroduodenais


Hemorragia gastrointestinal (choque, sepse, corpo estranho,
distúrbios de hemostasia)
VÔMITO COM SANGUE
(HEMATÊMESE)

Erosões, úlceras e hemorragia da mucosa


gastroduodenal
Úlceras gastroduodenais


Patogenia
Efeitos adversos (Patogenia)

Erosões Fatores Fatores de


Lesão hemorrágica
Úlceras agressivos X proteção
da mucosa

Ácido Muco
Pepsina HCO3-
Bile Epitélio
Fatores Fluxo
exógenos sanguineo

Antro Piloro Duodeno

Patogenia das lesões na mucosa gastroduodenal


Estômago – Proteção da mucosa
Fatores agressivos
Agentes agressores

pH baixo Endógenos (Hcl, pepsina, ácidos biliares)


Camada Exógenos (ex: AINEs)
de muco pH neutro

Junções
intercelulares Superam ou diminuem a eficiência dos mecanismos de proteção

Fluxo
sanguíneo Lesão da mucosa

Erosões – úlceras – sangramento – hematêmese - melena

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Úlceras gastroduodenais Úlceras gastroduodenais


CAUSAS: Manifestações Clínicas (Diagnóstico)
AINEs
Glicocorticóides Hematêmese
Síndrome choque
Melena
Uremia
Mastocitoma Anorexia
Gastrinoma
Dor abdominal
Insuficiência hepática
Estresse Mucosas pálidas

Úlceras gastroduodenais Úlceras gastroduodenais

Diagnóstico Definitivo Tratamento


Causa
Melhorar os mecanismos de defesa
Endoscopia
Anti-secretores:
Antagonistas H2: ranitidina
Inibidores da Bomba: omeprazol

Durante 4 semanas dependendo da causa

Úlceras gastroduodenais
Úlceras gastroduodenais
Tratamento
Protetores da mucosa gastroduodenal

Sucralfato
Complicação Grave
(Hidróxido de alumínio + sacarose sulfatada)

Dissolve-se no suco gástrico


Adere ao local ulcerado
Forma uma barreira protetora Perfuração da Parede Gastroduodenal
Estimula a cicatrização ???
0,5 a 1 grama / animal
Via oral
6 em 6 horas
PERITONITE

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Úlceras gastroduodenais
oPrognóstico

oÚlcera não complicada


Quando a causa é retirada
3a SITUAÇÃO CLÍNICA
Prognóstico favorável
oÚlcera complicada
Úlceras grandes, profundas, risco de perfuração
Causa de difícil remoção VÔMITO CRÔNICO
Prognóstico reservado

Vômito crônico
Vômito crônico
 Duas ou > semanas de duração

 Pode ser de caráter intermitente

 Problema comum na clínica


Causas Causas
OBSTRUTIVAS Doenças
 Exige diagnóstico e tratamento específico SISTÊMICAS
com manifestação do trato gastrintestinal PRIMÁRIAS do
gastrintestinal trato gastrintestinal

VÔMITO CRÔNICO VÔMITO CRÔNICO

Causas Causas OBSTRUTIVAS Doenças PRIMÁRIAS Causas Causas OBSTRUTIVAS Doenças PRIMÁRIAS

SISTÊMICAS c/ SISTÊMICAS c/
manifestação gastrintestinal manifestação gastrintestinal

Nefropatias PONTOS CHAVES P/ DIAGNÓSTICO


Hepatopatias Doenças metabólicas Além do vômito... outros sinais clínicos e/ou laboratoriais
Doenças infecciosas crônicas Hipercalcemia  Anamnese
Endocrinopatias Hipoadrenocorticismo Mastocitomas
 Exame físico
(“doença de Addison”) Hipertireoidismo Gastrinomas
 Exames laboratoriais
Outras
 Meios de diagnóstico por imagem

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VÔMITO CRÔNICO VÔMITO CRÔNICO

Causas SISTÊMICAS Doenças PRIMÁRIAS Causas SISTÊMICAS Doenças PRIMÁRIAS


Causas Causas
OBSTRUTIVAS OBSTRUTIVAS
do trato gastrintestinal (TGI) do trato gastrintestinal

OBSTRUÇÃO MECÂNICA
OBSTRUÇÃO MECÂNICA
X
Completa de implantação aguda, TGI cranial - (sinais agudos)
HIPOMOTILIDADE (obstrução funcional)
Parciais ou de implantação crônica, TGI caudal - (sinais crônicos)

VÔMITO CRÔNICO VÔMITO CRÔNICO


Causas
Causas
OBSTRUTIVAS
Causas SISTÊMICAS
do trato gastrintestinal
Doenças PRIMÁRIAS Causas SISTÊMICAS
OBSTRUTIVAS Doenças PRIMÁRIAS

do trato gastrintestinal

OBSTRUÇÕES MECÂNICAS HIPOMOTILIDADE


SINAIS CLÍNICOS
Corpo estranho Hipomotilidade SECUNDÁRIA
Estenose pilórica Gastrite crônica Características do vômito

Gastropatia hipertrófica do antro Endocrinopatias Vômito de aspecto e odor fecal


Neoplasias Distúrbios eletrolíticos Grandes volumes
Granulomas (fúngico, eosinofílico) Dor, estresse Vômito em “projétil”
Intussuscepção Hipomotilidade PRIMÁRIA Vômito de esvaziamento gástrico tardio (>8 h. após ingestão)
Outras (Idiopática)

VÔMITO CRÔNICO
VÔMITO CRÔNICO
Causas
Causas SISTÊMICAS
OBSTRUTIVAS Doenças PRIMÁRIAS
o Meios de diagnóstico por imagem
do trato gastrintestinal
Radiografia

PONTOS CHAVES PARA O DIAGNÓSTICO Ultrassonografia


Anamnese
Exame físico (Palpação abdominal) Trânsito Grastrointestinal
Meios de diagnóstico por imagem
Exames laboratoriais

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VÔMITO CRÔNICO VÔMITO CRÔNICO


Causas
OBSTRUTIVAS Retardo do esvaziamento gástrico: Tempo de esvaziamento gástrico
anormalmente aumentado
do trato gastrintestinal

Manifestações Clínicas
Vômito tardio, 8 horas ou mais após alimentação

Síndromes específicas de Vômitos de grande volume, às vezes em “jato ou projetil”


Distensão abdominal pós-prandial
retardo do esvaziamento Emaciação e apetite preservado

gástrico

VÔMITO CRÔNICO VÔMITO CRÔNICO


Esvaziamento gástrico tardio

Esvaziamento gástrico tardio

Obstrução Hipomotilidade
mecânica
Obstrução mecânica do estômago
Hipomotilidade gástrica
para o duodeno
Espessamento da parde

Corpo estranho
Vômito com Vômito com
conteúdo Massa conteúdo não
digerido digerido

VÔMITO CRÔNICO
VÔMITO CRÔNICO
Causas SISTÊMICAS Causas OBSTRUTIVAS
Doenças
Esvaziamento gástrico tardio
PRIMÁRIAS
Inflamatórias do trato
gastrintestinal

Obstrução mecânica: Tratamento cirúrgica

Hipomotilidade gástrica: Fármacos pró cinéticos GASTRITE CRÔNICA


(Principal causa)

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VÔMITO CRÔNICO VÔMITO CRÔNICO

Causas SISTÊMICAS Causas OBSTRUTIVAS Doenças Causas SISTÊMICAS Causas OBSTRUTIVAS Doenças
PRIMÁRIAS PRIMÁRIAS
Inflamatórias do trato do trato gastrintestinal
gastrintestinal

GASTRITE CRÔNICA - ETIOLOGIA


Dieta (Intolerância ou alergia alimentar)
Bactéria (Helicobacter spp.)
Gastrite crônica
Parasitária (Physaloptera spp., Ollulanus tricuspis)
Refluxo biliar enterogástrico (síndrome do vômito bilioso) Doença intestinal inflamatória
Idiopática (Linfocítico-plasmocitária, eosinofílica)

VÔMITO CRÔNICO
Gastrite crônica
Causas SISTÊMICAS Causas OBSTRUTIVAS Doenças
PRIMÁRIAS Tratamento
Inflamatórias do trato ESPECÍFICO
gastrintestinal
Gastrite parasitária - Antiparasitários
(Pamoato de pirantel ou fembendazol)
PONTOS CHAVES PARA O DIAGNÓSTICO Helicobacter spp.
Antibióticos (Amoxicilina, metronidazol, omeprazol)
Alergia/intolerância alimentar
Exclusão das causas obstrutivas e sistêmicas
Dietas testes (hipoalergênicas?)
Endoscopia e biopsia Idiopática
Testes terapêuticos Dietas e imunossupressores (prednisona,prednisolona)

RESUMO
Gastrite crônica
Vômito ou êmese
Reconhecer o problema corretamente
Tratamento
SINTOMÁTICO
Agudo Crônico
Animal Animal em
Inibidor da secreção ácida (Omeprazol) estável estado crítico
Causas Causas
Protetor de mucosa (Sucralfato) sistêmicas obstrutivas
Jejum Terapia
Pro-cinéticos (Metoclopramida) intensiva e Causas
Acompanhar
evolução
investigação primárias
diagnóstica

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