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SOBRE A MSD CARREIRAS NA MSD INVESTIGAÇÃO NO MUNDO TODO
a você pela
Choro
Por Deborah M. Consolini
, MD, Sidney Kimmel Medical College of Thomas Jefferson University
Todas as crianças choram como forma de comunicação; é o único meio que elas têm para expressar as necessidades delas. Geralmente é uma
resposta a fome, desconforto (p. ex., fralda molhada) ou separação e cessa quando as necessidades são atendidas (p. ex., alimentação, troca de
fralda, um abraço). Esse choro é normal e tende a diminuir em duração e frequência após os 3 meses de idade. Se, após os atendimentos básicos
da criança, o choro não desaparecer, devem ser feitas investigações para identificação de uma causa específica.
Etiologia
MANUAL MSD
A causa de choro é
Orgânica em < 5%
Versão para Profissionais de Saúde
Funcional em 95%
Orgânica
Embora raras, as causas orgânicas do choro, sempre devem ser consideradas. As causas a considerar são classificadas como cardíacas, GI,
infecções e traumas ( Algumas causas do choro). Algumas delas apresentam risco potencial para a vida: insuficiência cardíaca, intussuscepção,
vólvulo, meningite (ver também Meningite bacteriana em lactentes com 3 meses de idade e Meningite bacteriana neonatal) e sangramento
intracraniano por traumatismo de crânio.
Cólica é choro excessivo que ocorre em lactentes com ≤ 4 meses de idade que não tem uma causa orgânica identificável e que ocorre pelo menos 3
h/dia > 3 dias/semana por > 3 semanas.
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11/07/2021 Choro - Pediatria - Manuais MSD edição para profissionais
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11/07/2021 Choro - Pediatria - Manuais MSD edição para profissionais
Causa Achados sugestivos Abordagem diagnóstica
Área de edema e/ou equimose Radiografia dos ossos para conferir
Fratura, (abuso)
Uso preferencial de um membro fraturas atuais e antigas
Edema das extremidades dos dedos ou pênis garroteado em volta
Garrote capilar Avaliação clínica
do apêndice proximal ao edema
Traumatismo craniano com Choro intenso e inconsolável
TC do crânio
sangramento intracraniano Edema localizado do couro cabeludo com deformidade subjacente
Choro intenso e inconsolável TC do crânio
Traumatismo craniano abusivo
Letargia Exame da retina
(síndrome do lactente sacudido)
Atividade convulsiva Análise do esqueleto
Outros
Fármacos para resfriados História de terapia recente Avaliação clínica
Escroto edemaciado, eritematoso, assimétrico, ausência do reflexo Ultrassonografia com Doppler ou
Torção de testículo
cremastérico mapeamento nuclear do escroto
Reação à vacina História de imunização recente Avaliação clínica
B3= 3ª bulha cardíaca.
Avaliação
História
História da doença atual focaliza o início do choro, a duração, a resposta à tentativa de consolo e a frequência ou a singularidade dos episódios.
Perguntas devem ser dirigidas aos pais sobre eventos ou condições associadas, incluindo imunizações recentes, trauma (p. ex., quedas), interação
com um irmão, infecções, uso de fármacos e relação do choro com alimentação e evacuações.
Revisão dos sistemas focaliza sintomas como obstipação, diarreia, vômitos, costas arqueadas, sangue nas fezes (distúrbios GI); febre, tosse,
chiado, congestão nasal, dispneia (infecção respiratória) e dor aparente durante o banho ou a troca de fralda (trauma).
A história clínica deve considerar episódios anteriores de choro e condições que potencialmente predispõem a ele (p. ex., história de cardiopatia,
retardo de desenvolvimento).
Exame físico
Tem início com revisão dos sinais vitais, particularmente de febre e taquipneia. Avalia sinais de letargia ou aflição e como os pais interagem com a
criança.
O lactente ou a criança é despido e observado quanto aos sinais de disfunção respiratória (p. ex., retrações clavicular e subcostal, cianose).
Examina-se todo o corpo para observação de edema, escoriações e ferimentos.
Ausculta para procurar sinais de infecção respiratória (p. ex., sibilos, roncos, diminuição dos ruídos respiratórios) e comprometimento cardíaco (p.
ex., taquicardia, ritmo de galope, sopro holossistólico, estalido sistólico). Verificar dor à palpação do abdome. Retira-se a fralda para exame dos
genitais e do ânus para verificar sinais de torsão testicular (p. ex., escroto hiperemiado equimótico, dor à palpação), compressão peniana por
cabelo, hérnia inguinal (p. ex., edema na região inguinal ou no escroto) e fissuras anais.
Observar sinais de fratura nas extremidades (p. ex., edema, eritema, dor ao toque ou à movimentação passiva). Verificar compressão por cabelo
dos dedos dos pés e das mãos.
Exame otológico para verificar traumas (p. ex., sangue no canal ou atrás da membrana timpânica) ou infecção (p. ex., membrana timpânica
abaulada e vermelha). As córneas devem ser coradas com fluoresceína e examinadas com luz azul, para afastar lesão da córnea, e o fundo de olho
visto com oftalmoscópio, para afastar sinais de hemorragia. (Se houver suspeita de retinas hemorrágicas, a criança deverá ser encaminhada ao
oftalmologista.) Examinar a orofaringe para sinais de aftas ou lesões. O crânio é palpado suavemente para verificar sinais de fratura.
Sinais de alerta
Os achados a seguir são particularmente preocupantes:
Desconforto respiratório
Ferimentos e lesões
Irritabilidade extrema
Febre e inconsolabilidade
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11/07/2021 Choro - Pediatria - Manuais MSD edição para profissionais
O tempo de duração também é útil. Se o choro é intermitente por vários dias, ele é menos preocupante do que o choro súbito e constante.
Observar se o choro acontece em uma determinada hora do dia ou da noite. Por exemplo, início recente do choro à noite em uma criança ou
lactente saudável e feliz pode ser sugestivo de ansiedade por separação ou questões associadas ao sono.
O aspecto do choro também é relevante. Geralmente os pais conseguem diferenciar o choro por ansiedade ou medo do choro por dor. É
igualmente importante determinar o nível de acuidade. Uma criança inconsolável é mais preocupante do que aquela com bom aspecto e que não
chora durante a consulta.
Exames
O objetivo dos exames é alcançar a causa suspeita ( Algumas causas do choro), com particular interesse às ameaças potenciais à vida, a menos que
a história e o exame físico sejam suficientes para se chegar a um diagnóstico. Quando há poucos achados clínicos específicos ou nenhum deles e
nenhum exame é imediatamente indicado, acompanhamento de perto e reavaliação são necessários.
Tratamento
A doença orgânica de base deve ser tratada. Tranquilizar e orientar os pais quando a criança não apresenta doença de base aparente. Pode ser útil
envolver a criança em fraldas no primeiro mês de vida. Segurar um recém-nascido ou criança é útil para diminuir a duração do choro. Também é
valioso encorajar os pais, se eles estiverem se sentindo frustrados, a dar um tempo para o choro da criança, deixando-a em ambiente confortável
por alguns segundos. Instruir os pais e “dar permissão” para descansar são úteis na prevenção do abuso. O fornecimento de recursos para serviços
de apoio aos pais que parecem oprimidos pode prevenir preocupações futuras.
Pontos-chave
O choro é parte do desenvolvimento normal e mais presente nos primeiros 3 meses de vida.
© 2019 Merck Sharp & Dohme Corp., subsidiária da Merck & Co., Inc., Kenilworth, NJ, EUA)
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