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ABDOME AGUDO

Disciplina de Propedêutica Cirúrgica


Medicina - 5º Semestre
Universidade Nove de Julho
Abdome Agudo
◻ DEFINIÇÃO: dor na região abdominal não traumática
de início súbito, de intensidade variável c/ caráter
evolutivo associado ou não a outros sintomas e que
requer um tratamento precoce (leva o doente a
procurar auxílio médico)

◻ Duração de algumas horas até quatro a sete dias, com


necessidade de intervenção clínica ou cirúrgica (inferior
a 24 hs)
https:// msaude.com
https://static.iris.net.co/semana/upload/images

http://www.sea.rj.gov.br/image/image
Recordando anatomia...
ANATOMIA DO ABDOME

Fonte : ATLS Student Course Manual, 2014


Divisões do Abdome
Projeções dos Órgãos do Abdome
Abdome Agudo
• Causas abdominais
• Causas extra abdominais:
❖ Torácicas
❖ Hematológicas
❖ Neurológicas
❖ Metabólicas
❖ Intoxicações exógenas
❖ Etiologia desconhecida
Abdome Agudo

◻ Classificação de Abdome agudo (não traumático)

1. Inflamatório
2. Perfurativo
3. Obstrutivo
4. Hemorrágico
5. Vascular
Anamnese
• Identificação
• QD (DOR ABDOMINAL)
• HPMA
• ISDA (IC)
• 70% dos diagnósticos são feitos com a
• AP/AG
história clínica
• AF
• 90% associando-se ao exame físico
• Alergias
• Exames subsidiários podem se tornar
• H/V
desnecessários
• EFG
• EFE
• HD
• Exames subsidiários
• Conduta
Abdome Agudo
IDADE
Identificação
SEXO
PROFISSÃO
PROCEDÊNCIA
Abdome Agudo

QD: Dor abdominal


Recordando embriologia & fisiologia...
Abdome Agudo

1. Dor parietal – dor localizada – sistema nervoso


cérebro-espinhal
2. Dor visceral – dor não localizada – sistema nervoso
autônomo
3. Dor referida – ex. irritações diafragmáticas
provocam dor referida no ombro
Abdome Agudo
Abdome Agudo
Abdome Agudo
Abdome Agudo

Dor Visceral
Abdome Agudo

QD: Dor abdominal


Abdome Agudo

◻ Dor epigástrica - por estímulo dos aferentes do


tronco celíaco. Exs: úlcera duodenal, pancreatite,
cólica biliar, DRGE (intestino anterior)

◻ Dor periumbilical – estímulo dos aferentes da


artéria mesentérica superior. Exs: apendicite,
obstrução intestinal , isquemia mesentérica
(intestino médio)
Abdome Agudo
Dor abdominal
◻ Início
◻ Localização
◻ Caráter (tipo) da dor
◻ Irradiação
◻ Periodicidade
◻ Intensidade (1-10)
◻ Fatores desencadeantes
◻ Fatores que melhoram (medicação/posição antálgica)
◻ Fatores que pioram
◻ Fatores que acompanham a dor

EVOLUÇÃO TIPO E INTENSIDADE: Aguda - Crônica


Abdome Agudo Anamnese

◻ Tipo de abdome agudo e característica da dor

TIPOS DOR INTERVALO

Inflamatório Insidiosa, progressiva Geralmente longo

Obstrutivo Cólica Variável

Perfurativo Súbita ,difusa precoce- referida Geralmente curto

Hemorrágico Súbita ,fraca ,difusa Curto /Estado Geral


Choque hipovolêmico
Vascular Súbita, progressiva Curto/ Estado Geral
Choque Séptico
Abdome Agudo Anamnese

◻ Fatores que acompanham a dor


Alterações sistêmicas de choque

Febre (referida ou medida/relacionar cronologicamente com a dor)

Anorexia

Emagrecimento

Náuseas

Vômitos- número, características , relacionar cronologicamente com a dor

Alteração de hábito intestinal- obstipação/diarréia –questionar liberação de


flatos e fezes- obstrutivo (parcial-funcional)

Sangramentos digestivos
Abdome Agudo Anamnese

◻ Fatores que melhoram/pioram a dor

EVOLUÇÃO
Parcial /total

Recorrência da piora

Posição

Medicação
Abdome Agudo
Vômitos
- antecedem a dor na gastroenterite
- aparecem após a dor na apendicite
- vômitos claros – obstrução proximal à
ampola de Vater
- vômitos biliosos – obstrução distal à ampola
de Vater
Abdome Agudo
Diarréia
- aquosa com dor abdominal sugere
gastroenterite aguda
Constipação
- parada de eliminação de gases e fezes
sugere obstrução intestinal
Abdome Agudo
História menstrual
- ovulação pode provocar dor abdominal
significativa (intermezzo)
- atraso menstrual com dor abdominal pode
significar gravidez não diagnosticada ou
ectópica
Abdome Agudo
Medicamentos
- AINH e corticosteróides – ulcerações e
perfurações gastrointestinais
- Anticoagulantes – hemorragias abdominais
espontâneas
Abdome Agudo

◻ Sintomas que sugerem dor abdominal de urgência


clínica ou cirúrgica :
- febre
- vômitos persistentes
- síncope ou pré-síncope
- sangramento digestivo
- parada de eliminação de gases ou fezes
Abdome Agudo Anamnese

◻ ISDA: Repercussão sistêmica


Cardiorrespiratório – Sincope Cardiopatia (FA)
Digestivo – sintomas
Urinários- diurese
◻ Antecedentes pessoais
Doenças Associadas - DM
Alergias
Antecedentes cirúrgicos :Cirurgias anteriores
Abdome Agudo Anamnese

◻ Antecedentes ginecológicos
Ciclo menstrual

❑ Antecedentes familiares
◻ Quadro semelhante nos familiares

❑ Hábitos e vícios
Tabagismo
Etilismo
Abdome Agudo

Exame Físico Geral

Ectoscopia: caracteres gerais, fácies, tipo físico,



marcha, palidez, cianose, respiração, hidratação,
icterícia

Sinais vitais (repercussão sistêmica) : temperatura,



perfusão, pressão arterial, pulso, saturação O2,
frequência respiratória
Abdome Agudo

Exame Físico Abdome

A. Inspeção
B. Ausculta

C. Percussão

D. Palpação
Antes de iniciar o exame do abdome:

❖ Lavar as mãos e explicar para o paciente o que será examinado


❖ Deixar o paciente em posição confortável, com o abdome
completamente exposto (as partes íntimas cobertas), mãos ao lado
do corpo e com a bexiga vazia
❖ Descer o decúbito dorsal até onde paciente se sentir confortável; se
houver dispnéia (até onde paciente aceitar sem dispnéia)
❖ O examinador deve ficar ao lado direito do paciente
❖ As mãos e o estetoscópio devem estar aquecidos; as unhas devem
estar curtas
❖ Mantenha o paciente relaxado
Inspeção abdome
Face Anterior

linha da 5ª a 6ª cartilagem costal


até a linha que se inicia na sínfise
púbica, segue pelo ligamento
inguinal, pela crista ilíaca e se
estende posteriormente até a
altura da 5a vertebra lombar.

Face Posterior

linha da 10a costela,


prolongando-se até encontrar a 12a
vertebra torácica, até o
prolongamento posterior da linha
que passa pela crista ilíaca até a 5a
vertebra lombar.
Técnicas para um bom exame físico do abdome

(1) uma boa iluminação


(2) paciente tranquilo e relaxado
(3) exposição total do abdome, desde a região do apêndice xifóide até
sínfise púbica.
Inspeção Estática

❖ Tipo/Forma : normal, globoso, escavado ou retraído, em batráquio e em


avental
❖ Simetria
❖ Pele: pilificação, lesões de pele, hidratação, coloração, cicatrizes, estrias,
equimoses, ostomias, fístulas
❖ Circulação colateral
❖ Distensão abdominal, abaulamentos (hérnias, diástase da musculatura
retoabdominal, visceromegalias, massas) e retrações
❖ Cicatriz umbilical: normal, plana, tendência a retificação, protrusa
Inspeção Estática
❖ Globoso : predomínio do diâmentro ântero-posterior sobre o transversal

- Obesidade
- Ascite
- Pneumoperitênio

❖ Abdome em Ventre de Batráquio = predomínio do diâmentro transversal sobre o ântero


posterior/ dilatação exagerada dos flancos/ diminuição da tonicidade muscular
- ascite
Inspeção Estática

❖ Em avental : abdome volumoso com prega


que pode chegar aos órgãos genitais

❖ Abdome Escavado/Retraído = côncavo


- normal em pessoas jovens e magras
- caquexia
Inspeção Estática
Inspeção Estática

❖ Sinal de Grey-Turner 🡪
Pancreatite Aguda
(sinal das manchas
equimóticas em um
dos flancos)

❖ Sinal de Cullen 🡪 Pancreatite


Aguda / Gravidez Ectópica Rota
(coloração equimótica
periumbilical)
Inspeção Estática
❖ Circulação Colateral Venosa🡪 Hipertensão Porta e Obstrução da Veia Cava
(diferenciação: pesquisa da direção do fluxo venoso em relação à cicatriz
umbilical)
Tipo Porta: fluxo de baixo para cima nas veias acima da cicatriz umbilical, e de
cima para baixo nas veias abaixo da cicatriz umbilical.
Tipo Cava: de baixo para cima nas duas metades do abdome.
Inspeção Dinâmica

❖ Movimentos respiratórios
❖ Movimentos peristálticos visíveis (sinal
de Kusmmaul)
❖ Pulsações = pacientes magros em
decúbito dorsal → pode-se observar a
pulsação supraumbilical da aorta
abdominal; em situação anormal pode
ser aneurisma da aorta
❖ Hérnias
Ausculta

❖ Ruídos hidroaéreos:
normais/presentes,
diminuídos ou ausentes,
aumentados.
❖ Sopros vasculares (aorta,
artérias renais, ilíacas e
femorais)
Os sons normais consistem em estalidos e
gorgolejos, que ocorrem em uma frequência
Ausculta estimada de 5 a 34 por minuto.

❖ Aumentados: diarréia ou fase inicial da obstrução intestinal.


❖ Diminuídos e depois ausentes: íleo adinâmico e na peritonite.
❖ Sons agudos: sugerem líquidos ou gases intestinais sob pressão em uma alça
dilatada.
❖ Sucessão de ruídos agudos: coincide com uma cólica abdominal ou indica uma
obstrução intestinal.
Percussão

❖ Timpanismo/hipertimpanismo
abdominal
❖ Delimitação da macicez hepática
❖ Delimitação do espaço de Traube
❖ Percussão esplênica
❖ Pesquisa de ascite (macicez móvel,
semicírculo de Skoda e sinal do
Piparote)
Percussão
❖ Timpanismo/hipertimpanismo abdominal

Normal:Timpânico

Hipertimpanismo :
1) aumento do meteorismo
1- Percutir Quadrantes
2) obstrução intestinal
3) pneumoperitônio 2- Percutir Fígado

3- Percutir Traube
Macicez:
4- Manobras para Ascite
1) ascite
2) massas
3) esplenomegalia
Percussão

❖ Sinal de Jobert
A presença de timpanismo na
região da linha hemiclavicular
direita onde normalmente se
encontra macicez hepática,
caracterizando pneumoperitônio
Palpação Superficial

Até 2 cm de Profundidade
• áreas de sensibilidade/dor
• defesa da parede (contratura
voluntária ou involuntária)
• continuidade da parede (hérnias,
diástase de reto abdominal)
Palpação Profunda

Permite palpar estruturas localizadas de até 10


cm de profundidade
• do fígado: consistência, superfície e borda,
sensibilidade e tamanho (hepatimetria)
• do baço: em decúbito dorsal ou em posição de
Schuster (a palpação do baço só deve ser
realizada quando a percussão do espaço de
Traube estiver maciça – “Traube ocupado”)
• massas abdominais
• palpação da aorta
• rim: palpação da loja renal
Abdome Agudo
◻ dor difusa – peritonite
◻ dor desproporcional ao ex. físico indica

isquemia intestinal
◻ defesa do abdome – contração dos músculos

abdominais por aumento do tônus (irritação


peritoneal) - abdome em tábua
Abdome Agudo

📫 Descompressão brusca – compressão profunda


do abdome com retirada súbita da mão,provoca
aumento agudo da dor (irritação peritoneal)
Abdome Agudo

Sinal dos ´´olhos fechados´´- pacientes que fecham


os olhos e fazem expressões faciais durante o
exame abdominal, têm mais tendência a apresentar
dor de origem psicogênica
Pacientes com patologias orgânicas mantém os olhos
abertos e observam o médico examinar o seu abdome
Abdome Agudo
◻ Toque retal – para investigação de sangue,
massas e pontos dolorosos (apêndice pélvico e
abscesso pélvico)

◻ Toque vaginal bimanual – massas, anexos e colo


uterino sensíveis ao toque. Apêndice e abscesso
pélvicos também podem ser diagnosticados
Abdome Agudo

Exames subsidiários
Abdome Agudo
Exames laboratoriais

❑ Hemograma completo – anemia, leucocitose


❑ Exame qualitativo de urina – ITU, litíase
renal
❑ Amilase/Lipase – pancreatite ( atenção para
U.D. perfurada e obstrução de delgado)
❑ βHCG – mulheres em idade fértil
Abdome Agudo
Radiologia Abdominal simples

Ortostático - pneumoperitônio de até 01 mL


Decúbito lat. E – pneumoperitônio de 05 a 10
mL
Perfurações de estômago e cólon provocam
grandes pneumoperitônios
Íleo paralítico – distensão intestinal com
múltiplos níveis hidroaéreos
Abdome Agudo
❑ 10% dos cálculos da V. biliar e 90% dos
cálculos renais são radiopacos

❑ calcificações pancreáticas e vasculares


(pancreatite crônica e doenças vasculares)
Abdome Agudo
Ultrassonografia

◻ baixo custo
◻ utilizada em gestantes
◻ sensível se específica p/ V. biliar
◻ usada também p/ avaliação do baço, rins e
sistema coletor, apêndice, útero e anexos
Abdome Agudo

Tomografia computadorizada

❑ abcessos intra-abdominais
❑ todos órgãos e estruturas intra e retroperitoneais
Abdome Agudo - diagnóstico

◻ Ressonância magnética – pouco utilizado


◻ Videolaparoscopia – esclarecimento diagnóstico
◻ Laparotomia exploradora
Abdome agudo inflamatório
Abdome Agudo

◻ Inflamatório
– Apendicite
– Colecistite
– Pancreatite
– Diverticulite
– Doença inflamatória pélvica
– Abscessos intraabdominais
– Peritonites primárias
– Peritonites secundárias
Causas mais frequentes: apendicite e colecistite aguda
Apendicite Aguda

• Principal causa de cirurgia abdominal de urgência –


250.000 casos/ano (EUA)
• Obstrução da luz do apêndice – inflamação,
infecção e necrose
• Dor abdominal periumbilical irradiada para a fossa
ilíaca direita
• Náuseas e vômitos
• Inapetência e febre baixa
Apendicite Aguda

• História e exame físico – 95%


• Apresentação típica - 66%
• Formas atípicas – apêndice retro cecal, pélvico, retro
vesical
• Gestantes e idosos
– Peritonite fecal
– Abscesso intracavitário
– Sepse
Apendicite Aguda

◻ Ultrassonografia e TC de abdome - casos


duvidosos

◻ Tratamento cirúrgico – laparoscopia


Diagnóstica
Terapêutica
◻ Critérios de Alvarado – APENDICITE AGUDA
03 sintomas
◻ dor migratória na FID – 01 pto

◻ náuseas/vômitos – 01 pto

◻ inapetência/anorexia – 01 pto

3 sinais
◻ dor à palpação da FID – 02 ptos

◻ Blumberg positivo – 01 pto

◻ febre – 01 pto

2 exames laboratoriais
◻ leucocitose – 02 ptos

◻ desvio à esquerda (formas jovens e bastonetes) – 01 pto


Apendicite Aguda
◻ Pontuação

< 05 – baixa probabilidade

05 a 07 – observação e reavaliação

≥ 08 – considerar cirurgia
Exame Físico do Abdome- Manobras especiais

Sinal da descopressão
brusca (DB)

Comprima o ponto de
Mc Burney e
descomprima
Rapidamente:

SINAL DE
BLUMBERG
Exame Físico do Abdome- Manobras especiais

Sinal da descopressão
brusca (DB)

Comprima o ponto de
Mc Burney e
descomprima
Rapidamente:

SINAL DE
BLUMBERG
Exame Físico do Abdome
Manobras especiais-APENDICITE

Sinal do Obturador: Dor em FID ao realizar a rotação


interna do MID flexionado

Sinal do Psoas: Paciente em DLE, dor em FID à


extensão e abdução do MID

Sinal de Rovsing: Dor na FID ao deslocamento do ar


no sigmoide e colo descendente ( compressão da FIE e
flanco esquerdo) ;
Exame Físico do Abdome- Manobras especiais

Sinal do Psoas
Exame Físico do Abdome- Manobras especiais

Sinal do
obturador
Flexione a coxa na

altura do quadril

com o joelho dobrado

e gire a perna para

dentro na altura do

quadril
Exame Físico do Abdome
Manobras especiais

Sinal de Rovsing

Dor na fossa ilíaca direita


a compressão retrograda
dos gases a partir da
fossa ilíaca esquerda
comprimindo
consecutivamente o flanco e
hipocôndrio esquerdo
Sinal de Lapinsky
Alça
sentinela
Exame Físico do Abdome
Manobras especiais

Sinal de Murphy
Interrupção brusca da inspiração a

palpação sob o rebordo costal

no ponto a borda lateral do

músculo reto fizer interseção

com o gradil costal


Pancreatite Aguda

• Mortalidade – 10% a 15%


• Coledocolitíase
• Ingesta alcoólica abusiva
• Idiopática – 10%
• Hiperlipidemia, viroses, traumas abdominais,
cirurgias abdominais, vasculites, drogas - 10%
Pancreatite Aguda
• Dor no andar superior do abdomen, epigástrio e
flancos que pode irradiar para o dorso
• Vômitos – frequentes e precoces
• Distensão abdominal
• Taquicardia
• Sudorese
• Febre
• Torpor e coma
Pancreatite Aguda

◻ Amilase – elevada nas primeiras horas

◻ TC de abdome - avaliação e
classificação de gravidade
Diverticulite aguda
Diverticulite

• Doença diverticular dos cólons


• 1/3 população acima de 50 anos
• 2/3 população acima de 80 anos
• 25% pode apresentar diverticulite
• Inflamação e infecção do divertículo – oclusão do
óstio por fezes ou resíduos alimentares -
perfuração
Diverticulite

• Sintomatologia variável – depende da


localização
• Pneumoperitônio
• Abscessos em flancos ou bloqueios
abdominais
• Antecedentes – constipação crônica e de
doença diverticular
Diverticulite

◻ Exame clínico
◻ RX de abdome – pneumoperitônio e/ou
dilatação intestinal com níveis
hidroaéreos [íleo adinâmico]
◻ TC de abdome – quando não houver
pneumoperitônio no RX simples do
abdome
Abdome agudo obstrutivo
Abdome agudo obstrutivo
• 75% - aderências entre alças como consequência de
cirurgias abdominais prévias
◻ Hérnia estrangulada
◻ Fecaloma
◻ Tumor de cólon
◻ Obstrução pilórica
◻ Volvo sigmóide
◻ Intussuscepção
◻ Íleo biliar
◻ Bolo de áscaris
◻ Tricobezoar e fitobezoar
Obstrução Intestinal

• 10 anos após laparotomia – risco de obstrução


de 40% principalmente por aderências
• Dor abdominal difusa tipo cólica
• Náuseas e vômitos
• Parada de eliminação de gases e fezes
• Distensão abdominal progressiva
• Vômitos
Obstrução Intestinal

• Exame físico
– Grande distensão abdominal
– Ruídos hidroaéreos inicialmente aumentados com
timbre metálico evoluindo para ausentes
– Avaliação da região inguinal – hérnias

◻ RX simples do abdome – empilhamento de moedas


e níveis hidroaéreos
Abdome agudo perfurativo
Abdome Agudo

◻ Perfurativo
Úlcera gastroduodenal perfurada
Neoplasia gastrointestinal perfurada
Febre tifóide
Divertículos do cólon
Abdome agudo

Perfurativo
Irritação peritoneal
localizada/generalizada
Abdome em tábua
Ausência de maciez hepática →
timpanismo na hepatimetria →
Sinal de Jobert
Abdome agudo vascular
Abdome Agudo

◻ Vascular
Isquemia intestinal por embolia da a. mesentérica
superior (30 a 50% casos)
Trombose mesentérica
Torção do omento
Torção de pedículo de cisto ovariano
Infarto esplênico
Doença Isquêmica Intestinal

• Localização
• Acometimento vascular
• Grau de comprometimento
• Isquemia mesentérica aguda
• Isquemia mesentérica crônica
• Colite isquêmica ou isquemia colônica
Doença Isquêmica Intestinal
• Fatores de risco
– Idade avançada
– Cardiopatias
– Doenças vasculares prévias
– Fibrilação atrial
– Doenças valvares
– Hipercoagulação
Doença Isquêmica Intestinal
• Isquemia mesentérica aguda
– Perda súbita do suprimento arterial –
tromboembolismo
– Tronco celíaco
– Artéria mesentérica superior
– Artéria mesentérica inferior
– Infarto com necrose e morte de grandes porções ou
todo o trato digestivo
Doença Isquêmica Intestinal

• Isquemia mesentérica crônica


– Arteriosclerose
– Angina abdominal
– Dores abdominais após as refeições – desnutrição
◻ Isquemia colônica
Hipofluxo em certas regiões do cólon com isquemias
localizadas na mucosa e paredes do cólon mais
frequentes no retosigmóide e ângulo esplênico
Doença Isquêmica Intestinal

◻ Quadro clínico
Dor abdominal súbita na região periumbilical
Evolução para abdômen agudo franco
Angiografia tem especificidade de 80% e
sensibilidade de 100%
Tratamento rápido antes da necrose intestinal
Abdome agudo vascular

Hipotensão e choque
Dor desproporcional ao exame
físico
Irritação peritoneal difusa
Ausência de ruídos hidroaéreos
Sangue no toque retal (fezes em
“geléia de amora”)
https://slideplayer.com.br/slide/585365
Abdome agudo hemorrágico
Abdome Agudo

◻ Hemorrágico
– Gravidez ectópica rota
– Ruptura do baço
– Ruptura de aneurisma de aorta abdominal
– Cisto ovariano hemorrágico
– Necrose tumoral
– Endometriose
Gravidez Ectópica Rota

TRIADE CLÁSSICA – DOR ABD ( 100%) + SANGRAMENTO VAGINAL (60 –


90%) + ATRASO OU IRREGULARIDADE MENSTRUAL. ( 75 – 95%).
Abdome agudo

Hemorrágico
Taquicardia
Hipotensão e Choque
Palidez cutâneo –mucosa
Discreta irritação peritoneal –
descompressão brusca positiva
(variável)
Obrigada

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