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HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA CM
ÍNDICE
Introdução 5
Definição 5
Epidemiologia 8
E a Hipertensão Mascarada? 28
Tratamento 37
Terapia Farmacológica 42
- Diuréticos 43
- Diuréticos Tiazídicos 47
- Diuréticos de Alça 51
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Hipertensão Resistente 67
- Terapia Combinada 70
- Hipertensão Secundária 81
- Hipertensão Renovascular 86
- Hiperaldosteronismo primário 89
- Feocromocitomas 91
- Alterações Oculares 97
- Coração 98
- Cérebro 98
- Rim 98
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Bibliografia 134
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA CM
Introdução
Vamos começar por um tema bastante recorrente nas provas de
residência: Hipertensão Arterial Sistêmica. As bancas de São Paulo
costumam ter um padrão de cobrança bastante similar no que diz
respeito aos temas mais frequentes. Mas por existirem algumas
particularidades, precisamos esmiuçar alguns detalhes um pouco mais
decorebas.
No entanto, antes de mais nada é importante que identifiquemos a
forma de cobrança mais recorrente na prova (ou seja, aquela parte que
você não vai pular). Vocês já viram a trilha pré-aula, então sabem que as
bancas gostam muito de cobrar dois assuntos principalmente:
tratamento (indicação dos fármacos, seus benefícios em cada grupo e
efeitos colaterais mais recorrentes) e crises hipertensivas.
Chega de enrolação, vamos ao que interessa...
Definição
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Figura 1. Lesão de órgão-alvo (LOA)
Ela também é o principal fator de risco modificável com associação
independente para doenças cardiovasculares (DCV), doença renal
crônica (DRC) e morte prematura.
Associa-se ainda, a fatores de risco metabólicos para as doenças dos
sistemas cardiovascular e renal, como dislipidemia, obesidade
abdominal, intolerância à glicose, e diabetes mellitus (DM). E é por isso
que ela vai ser tão importante na estratificação do risco cardiovascular,
que falaremos mais à frente.
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Epidemiologia
Ou seja, a HAS mata mais por suas lesões nos órgãos-alvo e não pelo
aumento pressórico propriamente dito.
Os dados de prevalência no país tendem a variar de acordo com a
metodologia e a casuística utilizadas. Segundo a Pesquisa Nacional de
Saúde de 2013, cerca de 21% dos adultos brasileiros autorrelataram
HAS, enquanto, considerando as medidas de PA aferidas e uso de
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Ainda nos levantamentos do Brasil, detectou-se que a prevalência de
HAS foi maior entre homens, além de, como esperado, a prevalência
também aumenta à medida que a população envelhece, por isso
aumenta com a idade chegando a 71,7% para os indivíduos acima de
70 anos.
A despeito da prevalência desta condição, a taxa de controle ainda é
muito baixa (cerca de 30%).
Neste sentido, quero que você se atente a alguns detalhes: A prevalência
de hipertensão varia com base no ponto de corte usado para definir
hipertensão, com a prevalência Americana aumentando de 32% para
46% quando o ponto de corte é alterado de uma pressão arterial (PA)
≥140 / 90 mm Hg para ≥130 / 80 mm Hg (Será que há um viés da
indústria farmacêutica para os Guidelines estrangeiros terem diminuído
o corte? Vamos falar disso já já!!).
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Mais de 90% dos pacientes com hipertensão são identificados como
portadores de hipertensão primária (essencial), na qual nenhuma
etiologia secundária subjacente pode ser encontrada. Muito
provavelmente é o resultado de vários fatores genéticos e ambientais
que têm vários efeitos combinados sobre a estrutura e função
cardiovascular e renal.
A patogênese da doença ainda não é completamente compreendida,
mas os mecanismos potenciais incluem manipulação anormal de sódio
nos rins, aumento da atividade do sistema renina-angiotensina e
aumento do tônus simpático.
De maneira bastante resumida, o controle pressórico vai ser
fisiologicamente ajustado a partir da presença de barorreceptores. Estes
podem ser barorreceptores de alta pressão (presentes no seio carotídeo,
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Figura 4. A partir da detecção de baixa pressão haverá ativação do sistema simpático que
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Fatores dietéticos têm sido apontados como contribuintes para o
desenvolvimento da hipertensão. Populações com baixa ingestão de
sódio apresentam PA mais baixa do que aquelas com alta ingestão.
Correlações positivas também são encontradas entre PA e inatividade
física, sobrepeso ou obesidade, ingestão excessiva de álcool,
hiperuricemia e resistência à insulina (Tabela 1).
Desse modo, podemos considerar como fatores de Risco para
Hipertensão Arterial (Tabela 1):
1. Genética (Multifatorial).
2. Idade (aumento da prevalência com a idade):
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Porque cai!
A banca gosta de cobrar a técnica adequada tanto na prova teórica
cansativo, mas não tem jeito, aproveita para ler e aprender agora para
É necessário sempre repetir as medidas da PA com técnica adequada
antes de tomar decisões clínicas relacionadas ao manejo.
Mas qual a técnica adequada? (Figura 5)
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O esfigmomanômetro é colocado no braço com a borda inferior do
manguito cerca de 2 a 3cm acima da fossa antecubital. Um estetoscópio
é colocado sobre a artéria braquial na fossa antecubital (Figura 6) e o
manguito é inflado pelo menos 30 mmHg acima do ponto em que o
pulso braquial palpado desaparece (PA sistólica estimada). A PA sistólica
é registrada no ponto em que o primeiro som é ouvido (ou início do
primeiro som de Korotkoff), e a PA diastólica é registrada no ponto em
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Tabela 2. Fases dos sons de Korotkoff (Características e significados)
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Mas como vamos definir a HAS? Quais são os critérios diagnósticos?
Talvez tenhamos chegado no momento mais “complicado” da apostila.
Aquele momento onde as divergências da literatura têm muito impacto
na sua prova.
De maneira didática vamos dividir entre o que fala a literatura Americana
(AHA), muito utilizada em nossas provas, e o que diz a Diretriz Brasileira.
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Mas vamos voltar para a teoria…
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Ou seja, temos duas grandes alterações, em relação ao consenso anterior
(e consequentemente, em relação à Diretriz Brasileira):
Por isso, cuidado com questões mais antigas, o gabarito pode estar
desatualizado.
E como o Brasil encarou essa nova recomendação Americana?
Por tudo isso, no Brasil, a definição tradicional continua a ser usada.
A recomendação mais atual da Diretriz Brasileira de Hipertensão
Arterial (2020) define o diagnóstico por uma média de PA em pelo
menos duas consultas >140x90 (Diretriz Europeia).
E a classificação ainda apresenta 3 estágios pressóricos (Tabela 6).
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Então, em resumo: sabemos que o diagnóstico vai ser dado por uma
média da PA em 2 consultas (duas aferições em momentos distintos).
Se tivermos dúvida no diagnóstico, vamos usar os 2 métodos
complementares já citados: MRPA e/ou MAPA. As definições pela Diretriz
Brasileira para esses métodos são (Tabela 7):
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◦ Alteradas:
Agora que definimos os conceitos de HAS e os classificamos em estágios.
Precisamos lembrar que existem 2 diagnósticos diferenciais principais de
PA alterada:
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E a Hipertensão Mascarada?
Segundo a diretriz americana, adultos com PA elevada no consultório -
pela AHA (120-129 / <80 mm Hg), mas não atendendo aos critérios para
hipertensão, ou com lesão de órgão-alvo - como hipertrofia ventricular
esquerda, devem ser submetidos a investigação para hipertensão
mascarada com MAPA ou MRPA.
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É um fato que este tema é muito mais “PRA VIDA” do que para as provas.
No entanto, eventualmente este assunto também é cobrado. Por
exemplo:
Quais exames iniciais devemos solicitar para esse paciente? Será que
devemos realizar ecocardiograma de rotina?
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Uma história completa deve ser obtida para identificar uma história
adicionais.
cardiovascular.
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Figura 8. Hipertireoidismo.
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Os exames iniciais são chamados de “teste inicial”.
E apesar do que pensamos habitualmente, esses primeiros exames não
devem ir a fundo em uma investigação de causas secundárias (doppler
de artérias renais, relação renina e aldosterona plasmáticas, por
exemplo).
O teste inicial é realizado para identificar causas secundárias comuns
(ou nortear a escolha de exames subsequentes), avaliar outros fatores
de risco cardiovascular e detectar danos aos órgãos-alvo.
As Diretrizes sugerem uma série de exames, de maneira geral os mais
importantes são:
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Testes diagnósticos mais extensos podem ser buscados se a história, o
exame físico ou o teste inicial levantar suspeitas para causas secundárias.
Por exemplo:
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Tratamento
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Quando falamos de grupos específicos de pacientes (principalmente
diabéticos e doentes renais crônicos, que são os mais cobrados em prova)
o limiar continua sendo o mesmo: 130x80mmHg.
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Olha só...
Segundo a Diretriz Brasileira:
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Terapia Farmacológica
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Diuréticos
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Só por essas porcentagens você consegue entender que os diuréticos de
alça exercem um efeito muito maior sobre a volemia. Mas então
porque eles não são os principais diuréticos de controle pressórico?
Apesar da maior potência diurética, eles não possuem a maior potência
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Diuréticos Tiazídicos
túbulo distal.
Na verdade, eles são considerados os anti-hipertensivos de escolha em
praticamente todos os tipos de hipertenso (brancos ou negros; jovem
ou idoso; obeso ou magro).
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Podem ser usados em monoterapia ou em associação.
Embora a hidroclorotiazida seja o diurético tiazídico mais comumente
usado, a clortalidona é mais potente e tem efeito mais duradouro que a
hidroclorotiazida (pela meia-vida prolongada e maior potência
comparando dose a dose). Há ainda evidências de estudos que
demonstram a eficácia na redução de eventos cardiovasculares. Por
outro lado, como seria esperado pelo efeito diurético mais intenso, os
estudos mostraram maior frequência de efeitos colaterais da clortalidona,
particularmente os distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos.
Quando em concentrações adequadas (geralmente 12,5 a 25mg/dia), os
tiazídicos tiveram muita eficácia em baixar os níveis pressóricos e ainda
reduziram significativamente os eventos cerebrovasculares e
coronarianos, com um perfil de tolerância excelente e muito poucos
efeitos adversos.
Eles possuem algumas vantagens:
• Baratos e acessíveis.
• Boa posologia (1x pela manhã) = boa aderência.
• Efeito sinérgico com outros anti-hipertensivos (os demais anti-
hipertensivos, quando têm êxito em reduzir a PA, acabam
diminuindo o fluxo de sangue pelos rins de diferentes maneiras,
isso inibe o mecanismo de natriurese pressórica - rim percebe que
tem muito sódio e estimula a excreção urinária, o que poderia
culminar paradoxalmente com acúmulo de sal e água, mas a
associação com diuréticos tiazídicos pode combater esse problema).
Já os principais efeitos adversos dos tiazídicos são dose-dependentes,
ocorrendo mais comumente com doses acima de 50 mg/dia (não mais
recomendadas em nenhuma literatura).
São categorizados nos famosos 4 HIPO e 3 HIPER (Tabela 11)
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Os distúrbios hidroeletrolíticos são detectados após cerca de duas
semanas do início do diurético ou do aumento de sua dose (é
infrequente sua ocorrência após esse período).
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Diuréticos de Alça
Os seus efeitos adversos são muito parecidos com o dos tiazídicos. A
diferença está no cálcio (aumentam a excreção urinária desse íon, por
isso as indicações e contra-indicações se invertem e eles se tornam bons
para hipercalcemia, por exemplo).
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E quais são os efeitos adversos dos BCCs?
O edema maleolar costuma ser o efeito colateral mais registrado e
resulta da própria ação vasodilatadora (mais arterial que venosa),
promovendo a transudação capilar.
A cefaleia latejante e as tonturas também são comuns. Enquanto, o
rubor facial é mais comum com os BCC di-hidropiridínicos de ação
rápida (as “dipinas”).
Apesar de frequentemente relatados pelos pacientes, a hipercromia do
terço distal das pernas (dermatite ocre) e a hipertrofia gengival são
efeitos adversos ocasionais.
Observa-se ainda constipação intestinal com o verapamil.
O verapamil e o diltiazem podem agravar a IC , além de causar
bradicardia e bloqueio atrioventricular, pelos efeitos cardiodepressores
que comentamos.
Os efeitos adversos costumam ser dose-dependentes, podem causar
intolerância aos BCC di-hidropiridínicos e, às vezes, resultam em
resistência ao tratamento.
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E finalmente...
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Figura 12. Pontos de atuação dos anti-hipertensivos que atuam sobre o sistema Renina-
Mas quais as particularidades entre eles?
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receptor de angiotensina II, não tem tais efeitos colaterais, já que não tem atuação sobre
essas vias.
O edema angioneurótico e a erupção cutânea ocorrem mais raramente.
No entanto, o angioedema, é uma condição com risco de vida, e
diferente da tosse, é uma complicação tanto dos inibidores da ECA
quanto dos inibidores diretos da renina (porque existem outros
mecanismos envolvidos além da bradicinina). Pacientes com indicação
convincente de uso dessa classe que desenvolveram angioedema
podem ser tratados com um BRA com monitoramento muito cuidadoso,
dado um risco mais baixo, mas possível de ocorrência.
Por fim, tanto os IECA quanto outros bloqueadores do sistema renina-
angiotensina-aldosterona (SRAA) podem provocar hiperpotassemia
especialmente em pacientes com insuficiência renal. O iECA é
nefroprotetor, mas seu uso deve ser feito com cautela em pacientes
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com creatinina plasmática mais elevada (Cr > 3,0), pelo risco de piora
de função renal. Aqui também fica uma outra ressalva bem importante:
ele NÃO é contra-indicado em pacientes com doença renal crônica em
diálise (o objetivo de eu evitar em creatininas aumentadas é justamente
impedir a progressão da doença, mas se o paciente já dialisa, não tem
mais o que evitar de progressão).
O uso é contraindicado na gravidez, pelo risco de complicações fetais.
Por isso, seu emprego deve ser cauteloso e frequentemente monitorado
em adolescentes e mulheres em idade fértil.
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Mas como saberemos se a terapia não medicamentosa será suficiente, ou
se precisaremos iniciar com um anti-hipertensivo? E mais do que isso,
como saberemos se basta 1 anti-hipertensivo ou precisamos de mais de
um?
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Nesses perfis de pacientes, eles julgam que a redução da PA desejada é
pequena ou deve ser feita de maneira gradual, de modo a evitar eventos
adversos.
Para a Diretriz Brasileira, a combinação de fármacos é a estratégia
terapêutica preferencial para a maioria dos hipertensos,
independentemente do estágio da HA e do risco CV associado.
O início do tratamento deve ser feito com combinação dupla de
medicamentos que tenham mecanismos de ação distintos (daí aquilo
que vocês sempre ouviram, de não fazer sentido a associação iECA e BRA
II).
Caso a meta pressórica não seja alcançada, ajustes de doses e/ou a
combinação tripla de fármacos estarão indicados e assim
sucessivamente (ou seja, na sequência, mais fármacos deverão ser
acrescentados até ser alcançado o controle da PA).
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Dito tudo isso, você já deve ter visto na prática que muitos pacientes
também têm dificuldade em controlar a pressão. Mas quando vamos
começar a nos preocupar com a necessidade de adição de novas drogas?
Ou seja, quando diremos que estamos diante de uma hipertensão
resistente?
Hipertensão Resistente
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Terapia Combinada
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Guarde alguns conceitos para facilitar caso isso seja abordado em prova:
de Hipertensão 2020.
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QUESTÃO
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GABARITO
Comentário Medway
Gabarito MedWay: B e C
Questão polêmica na época do concurso. Vamos primeiro entendê-la.
Temos um paciente de 57 anos com antecedentes de diabetes e hipertensão arterial
sem uso de medicação, provavelmente realizando medidas não farmacológicas. Mas que
chega ao consultório com pressão arterial acima de 160x100 mmHg em medidas
residenciais. Qual o estágio da HAS? Estágio 2 com valores pressóricos acima de 160x100
e abaixo de 179x109 mmHg. Assim, qual estratégia terapêutica devemos utilizar? Segundo
o consenso brasileiro de hipertensão arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia,
nesses casos devemos iniciar a terapia dupla, sendo as medicações de primeira linha os
IECA/BRA, bloqueadores de canais de cálcio e diuréticos tiazídicos.
Como o paciente apresenta DM associada a HAS, devemos utilizar um IECA ou BRA para
nefroproteção (mas lembre de nunca utilizar IECA e BRA juntos). Além disso, estudos
atuais mostraram que a associação entre IECA/BRA e bloqueadores de canais de cálcio
é superior à associação entre IECA/BRA e tiazídico em todos os desfechos com exceção à
ocorrência de AVE.
A - Incorreta.
B - Correta.
C - Correta.
D - Incorreta.
E - Incorreta.
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Hipertensão Secundária
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Vamos dar uma olhada nas causas de hipertensão secundária mais
frequentes (na prova e na vida…)
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Hipertensão Renovascular
Mas o que seria essa tal hipertensão renovascular? Ela está entre as
causas potencialmente corrigíveis mais comuns de hipertensão
secundária. Acontece por obstrução do fluxo das artérias renais. Essa
obstrução pode acontecer por placas de aterosclerose ou por
espessamento fibromuscular.
A patogênese envolve hipoperfusão renal como resultado de estenose da
artéria renal, com subsequente liberação de renina e angiotensina
resultando em vasoconstrição sistêmica, retenção de sódio e hipertensão.
A doença pode ser unilateral ou bilateral. E podem ocorrer danos
parenquimatosos renais, inclusive com perda da função renal.
Existem dois tipos principais de doença renovascular:
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Uma estenose > 75% em uma ou ambas as artérias renais ou > 50% com
dilatação pós-estenótica sugere o diagnóstico.
A angiografia intra-arterial renal é o padrão ouro e pode ser considerada
se outros testes não invasivos forem negativos, a suspeita clínica for alta e
um procedimento invasivo estiver sendo considerado. Não é
recomendado como exame de rotina devido aos riscos adversos, como
nefropatia por contraste e êmbolos de colesterol.
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Hiperaldosteronismo primário
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Feocromocitomas
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Antes de falarmos propriamente da crise hipertensiva, é importante
entendermos o que tememos quando falamos de lesão de órgão-alvo.
A hipertensão cronicamente mal controlada também irá culminar com
danos nesses órgãos, mas a presença de danos desproporcionais ao
tempo de doença ou a presença de lesão em órgão alvo aguda, deve nos
remeter a alguns diagnósticos. Neste caso, hipertensão secundária e
emergência hipertensiva, respectivamente. Por isso precisamos estudar
esses conceitos.
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QUESTÃO
A. Hiperaldosteronismo.
B. Doença de Addison.
C. Feocromocitoma.
D. Macroadenoma de hipófise.
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GABARITO
Comentário Medway
Vamos lá, Maninho. Essa questão versa sobre uma alteração muito comentada no meio
acadêmico: HAS resistente + Hipocalemia. O que devemos pensar ao encontrar essa dupla?
HIPERALDOSTERONISMO! No hiperaldo, esse excesso de mineralocorticoide age no canal
Na+/K+H+ no túbulo coletor favorecendo a reabsorção de Na+ com excreção de K+ e H+.
Uma causa de hiperaldoesteronismo secundária muito falada é a HAS renovascular, mas
aqui não pode dar mole. O examinador tentou confundir dando outras informações como a
Acromegalia, levando alguns candidatos a marcarem Macroadenoma (a própria doença já
é, na maioria das vezes, um macroadenoma, mas habitualmente não causa hipocalemia).
Vale alertar que a hiponatremia apresentada pelo paciente pode estar relacionada ao
tiazídico.
A – Correta. Hiperaldosteronismo.
B - Incorreta. Addison – Insuficiência adrenal primária – o paciente tem
HIPOaldosteronismo, visto que há insuficiência de todas as camadas da adrenal. Então
haveria HIPERcalemia.
C – Incorreta. Feocromocitoma – paciente vai apresentar picos hipertensivos, cefaléia e
palpitações devido às crises adrenérgicas.
D - Incorreta. Macroadenoma de hipófise é um termo muito vago (se refere apenas ao
tamanho da lesão > 1cm), podendo ser secretor ou não.
E o sódio? É uma hiponatremia pouco importante, então o fato de a paciente usar
Hidroclorotiazida (diurético tiazídico) poderia justificar essa redução discreta. Mas o grande
recado da questão é: Hipertensão refratária + Hipocalemia = Hiperaldosteronismo
Visão do aprovado: E ae maninho. Beleza? Essa questão era só lembrar da associação
clássica da hipertensão + hipocalemia no hiperaldosteronismo. As outras informações
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estavam aí para atrapalhar, então não pode comer bola. Não foi uma questão difícil, mas
alguns candidatos se deixaram atrapalhar pelas outras informações dadas na questão.
Então, não vacila!
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Alterações Oculares
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Coração
Cérebro
Rim
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Crise Hipertensiva
• Urgência Hipertensiva ou
• Emergência Hipertensiva
Faz diagnóstico diferencial com as crises hipertensivas, a pseudocrise
hipertensiva: paciente cronicamente hipertenso, que por momento de
estresse procura o pronto atendimento e observa-se elevação da PA.
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Mas o que seria uma PA com elevação acentuada? Pois é, ninguém sabe.
Por isso, arbitrariamente foi definido uma PAS > 180 e uma PAD > 120
(ou 110 para algumas literaturas). O importante é que o nível pressórico
não deve ser utilizado para caracterizar esse diagnóstico (pacientes
podem estar em emergências hipertensivas com níveis menores).
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA CM
As crises podem acontecer em pacientes com ou sem diagnóstico prévio
de HAS. E são mais comuns em homens, pacientes mal aderentes,
obesos e com DRC. A incidência também aumenta com a idade.
E porque essas situações acontecem? Qual o mecanismo fisiopatológico
por trás delas?
Não se sabe ao certo, mas se compreende de maneira genérica que o
aumento abrupto da PA provoca estresse mecânico vascular e lesão do
endotélio. A partir deste momento tem início uma cascata inflamatória e
de coagulação com aumento da permeabilidade local, que vai justificar,
por exemplo, isquemia tecidual adjacente. Este processo tem um
autocontrole sustentado à medida que a secreção de substâncias
vasoativas, ativa o sistema renina-angiotensina e aldosterona e resulta
em vasoconstrição, que acaba perpetuando o processo de elevação
pressórica.
É sempre importante identificar na história clínica eventos que possam
corroborar com esse diagnóstico (uso de medicamentos como
corticoides, AINEs), uso de drogas lícitas e ilícitas (álcool, e especialmente
as adrenérgicas como a cocaína).
Já no exame físico, vai ser imprescindível a medida de PA nos quatro
membros. Mas outras condutas também serão importantes como a
realização de exame neurológico completo (e isso inclui a fundoscopia):
pesquisa de alterações do nível de consciência, déficits focais, escotomas
visuais, sinais de hipertensão intracraniana.
Na avaliação cardiovascular e pulmonar será importante a pesquisa de
sinais de congestão, sopros, assimetria de pulsos.
Já sabemos que o que diferencia a urgência da emergência
hipertensiva é justamente a lesão de órgão-alvo. Por isso, devemos ir
atrás ativamente desse achado, já que ele é capaz de mudar
drasticamente nossa conduta. E é exatamente neste sentido que o fundo
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Urgência Hipertensiva
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No entanto, como você viu ali em cima e não prestou atenção, devemos
pesar o risco iminente de eventos cardiovasculares da hipertensão
grave. Isso porque, em algumas dessas situações, vamos ter que reduzir
a PA em horas.
Quem são esses pacientes em risco iminente? Aqueles com doença
conhecida na aorta, portadores de aneurismas cerebrais (ou seja,
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA CM
Nosso objetivo vai ser reduzir a pressão em horas.
A recomendação formal é reduzir 20-30mmHg nas primeiras horas :
Não mais do que 25% na primeira hora, depois para < 160/100 mm Hg
dentro das próximas 2 a 6 horas, e a seguir, com cautela, direcionar
para a meta durante as próximas 24 a 48 horas seguintes. Várias horas
em ambiente ambulatorial ou hospitalar podem ser necessárias para
garantir que o paciente permaneça assintomático. E este paciente deve
ser reavaliado em 1 a 2 dias.
Em contrapartida, aqueles pacientes nos quais a urgência hipertensiva
se desenvolveu devido à não adesão ao medicamento (ou falta de
conhecimento sobre a doença), os medicamentos anti-hipertensivos
podem ser reiniciados lentamente e de forma gradual, com cuidado para
não cair a PÁ precipitadamente. É a clássica pseudocrise (identificação
“Momentânea” de PA elevada em paciente cronicamente hipertenso).
A escolha do medicamento anti-hipertensivo deve ser feita sob medida
para o paciente específico (tabela 7, drogas identificadas para uso em
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UH). Esta não é uma cobrança frequente em provas visto que na maioria
das vezes a urgência hipertensiva vai ser manejada ambulatorialmente
sem qualquer impacto a curto ou longo prazo para o doente (por tratar-
se de uma pseudocrise). E neste sentido a banca vai cobrar que você
oriente o paciente, inicie o anti-hipertensivo (1 ou 2 a depender dos níveis
pressóricos), oriente mudanças no estilo de vida e marque retorno
(lembra que só precisamos ver o paciente em 24-48 horas se for um
urgência com risco iminente de LOA)
Emergência Hipertensiva
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• Dor nas costas súbita e de forte intensidade, que pode ser causada
por dissecção aórtica.
• Eletrocardiografia
• Radiografia de tórax
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Uma dica prática bacana é que a gente sempre se pergunta até quanto
tempo vai ficar com a droga endovenosa. Na verdade, após um período
adequado (geralmente de 8 a 24 horas) de controle da pressão arterial na
meta na unidade de terapia intensiva, os medicamentos orais são
geralmente administrados e a terapia intravenosa inicial é reduzida
gradualmente até ser interrompida.
E quais drogas endovenosas podemos utilizar? Nitroprussiato de
Sódio, Nitroglicerina, Esmolol, Metoprolol, Hidralazina, Nimodipino,
Nicardipina, Labetalol. Esses dois últimos (assim como uma série de
outros anti-hipertensivos citados na Diretriz Brasileira) não estão
disponíveis no Brasil, mas devido ao seu benefício bem documentado e o
uso na literatura estrangeira como primeira opção, citamos entre as
opções mais utilizadas. Tabela 5.
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Mas quais são essas emergências hipertensivas?
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Já vimos algumas delas nos primeiros quadros do capítulo, mas
queremos reforçar com vocês alguns conceitos, dividindo as
emergências pelo órgão-alvo lesionado (LOA).
Emergências Neurológicas
AVC isquêmico
A pressão arterial geralmente não é reduzida a menos que seja ≥185 / 110
mmHg em pacientes que são candidatos à terapia de reperfusão (e >
180x105 mmHg após trombólise) ou ≥220 / 120 mmHg em pacientes que
não são candidatos à terapia de reperfusão (trombolítica). Para controle
de PA nesses casos, não há contraindicação a nenhuma droga
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AVC Hemorrágico
Traumatismo Craniano
Encefalopatia Hipertensiva
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Emergências Cardíacas
É estranho que os dois títulos digam a mesma coisa, mas é isso mesmo.
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Figura: Linhas B no ultrassom pulmonar. Embora ocorra em indivíduos normais, seu número e
Adaptado de Lichtenstein et al . 23
Pacientes com disfunção ventricular esquerda aguda e edema pulmonar
geralmente devem receber diuréticos de alça (para tratamento da
congestão). Um vasodilatador endovenoso, e portanto fácil de titular (por
exemplo, nitroprussiato de sódio, nitroglicerina) costuma ser adicionado
para reduzir a pós-carga e consequentemente diminuir a hipertensão.
O objetivo dessas terapias é a melhora do excesso de volume (incluindo
congestão pulmonar) e da insuficiência cardíaca, o que geralmente já
pode ser alcançado com uma redução de 10 a 15% na pressão arterial. A
meta é reduzir a PA em 25% nas primeiras horas.
Em pacientes com insuficiência respiratória, o uso de ventilação não
invasiva (VNI) é benéfico, com redução de mortalidade e de necessidade
de intubação.
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o nipridi vai dilatar as outras, que vão ter menor resistência ao fluxo de
sangue e vão acabar roubando o fluxo sanguíneo, o resultado é piora da
isquemia e aumento no risco de morte!!)
Emergências Vasculares
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por esse fármaco leva a uma ativação reflexa do sistema simpático, o que
vai aumentar a contratilidade cardíaca, pode causar taquicardia reflexa.. e
aí você já viu né, catástrofe estabelecida!!
O próximo passo será a avaliação cirúrgica dependendo da classificação
da dissecção, mas isso é um problema para o aluno da próxima apostila
de cardio!!
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QUESTÃO
A. O paciente apresenta urgência hipertensiva, devendo a pressão arterial ser reduzida com
medicamentos via oral em 24 horas.
B. O paciente apresenta urgência hipertensiva, sendo o tratamento ideal na chegada ao
pronto socorro a administração de nifedipina sublingual.
C. O paciente apresenta emergência hipertensiva (encefalopatia hipertensiva), devendo a
pressão arterial ser reduzida em 25% na primeira hora com administração de nitroprussiato
de sódio via endovenosa.
D. Após a análise das enzimas cardíacas, os medicamentos indicados são furosemida e
benzodiazepínicos via endovenosa.
E. É fundamental realizar tomografia computadorizada de crânio para afastar doença
neurológica.
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GABARITO
Comentário Medway
Tema recorrente na Unifesp, galera. Caiu uma questão quase igual no ano anterior. E o
tema da vez é como diferenciar urgências de emergências hipertensivas. Vamos rever?
Só para frisarmos nessa que é a pegadinha da questão: doente com PA>180 X 120 com
cefaleia, escotomas e FO com alterações de hipertensão crônica. Urgência hipertensiva ou
encefalopatia hipertensiva ?
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O paciente em questão tem cefaléia e escotomas, porém o exame físico é compatível com
HAS crônica, sem alteração no fundo de olho que sugiram hipertensão intracraniana, nos
direcionando a hipótese de urgência hipertensiva. O achado na fundoscopia do paciente
nos informa que o mesmo apresenta-se com alterações crônicas da HAS (papila está bem
delimitada) e o achado no ECG de sobrecarga de VE também é um acometimento crônico
da HAS mal tratada!
B - Incorreta. Se queremos reduzir a PA no PS, mesmo que não de maneira tão agressiva,
o ideal é utilizarmos anti hipertensivos de meia vida curta, como captopril, clonidina e
hidralazina.
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Bibliografia
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APLICATIVO MEDWAY
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NOSSA MISSÃO
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