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ACL017 - MICROBIOLOGIA HUMANA CLÍNICA

ROTEIRO DE AULA PRÁTICA – Profª Isabela Neves de Almeida

AULA 01 - Biossegurança e Apresentação ao Laboratório


Parte I

BIOSSEGURANÇA é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação


de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviço; riscos que podem comprometer a saúde do homem e dos animais, do meio
ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. (Comissão de Biossegurança da Fundação
Oswaldo Cruz – 1998).

PRÁTICAS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA

- Não reencapar agulhas

- Descartar material pérfuro-cortante em recipiente apropriado

- Material contaminado deve ser descontaminado antes do descarte.

- Limpar e desinfetar todas as superfícies de trabalho após respingos e ao início e final

de cada jornada de trabalho.

- Lavar as mãos sempre

- Não comer, beber, fumar ou usar cosméticos na área técnica

RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC 302 – 13 /10/2005 ANVISA

ÍTEM 5.7.1 - Biossegurança :

- normas e condutas de segurança biológica

- instruções de uso de EPI e EPC

- procedimentos em caso de acidentes

- manuseio e transporte de material e amostra biológica

ITEM 5.7.2 - Documentação do nível de biossegurança dos ambientes e ou áreas do Laboratório.

NÍVEIS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

- Nível 1: Baixo risco para os técnicos de laboratório e para o meio ambiente. Não exige
equipamentos especiais de proteção.

- Nível 2: Risco moderado para os técnicos de laboratório e para o meio ambiente. Está associado
a agentes causadores de doenças infecciosas. Uso obrigatório de equipamentos de proteção
individual e cabine de segurança biológica.
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- Nível 3: Risco infeccioso elevado. Uso obrigatório de equipamentos de proteção individual e


cabine de segurança biológica. Acesso controlado ao laboratório e sistema de ventilação
especial.

- Nível 4: Nível máximo de segurança.

Aplicável ao manuseio de agentes infecciosos que possuem alto risco de infecção individual de
transmissão pelo ar. Sistema especial de descarte de resíduo e acesso restrito a pessoas
autorizadas.

O Laboratório de Microbiologia Clínica é classificado como NÍVEL 2, e exige práticas especiais :

• Acesso restrito
• Identificação com o símbolo de “ Risco Biológico ”
• Imunização obrigatória do pessoal :

Hepatite B, Tétano, Sarampo, Caxumba, Rubéola ,Hepatite A ,BCG

• Elaboração de Manual de Biossegurança


• Treinamento apropriado do pessoal
• Precaução com pérfuro-cortante
• Descarte apropriado de todo material manipulado
• Descontaminação permanente das superfícies de trabalho
• Uso de EPI e de EPC - Cabine segurança biológica – filtros HEPA

Toda amostra biológica deve ser considerada potencialmente


infectante!!!!!!
CONSUTAS A SEREM ADOTADAS NA ROTINA:

1- Usar EPIs

2- Descontaminar as superfícies de trabalho antes e após a jornada de trabalho

Usar : solução recente de hipoclorito de sódio a 1% ou álcool 70

3- Utilizar sempre o Bico de Bunsen ou Icinerador Elétrico

4- Separar, em caixa própria, todo resíduo gerado para ser autoclavado

Amostras de urina devem ser desprezadas na rede de esgoto própria e o frasco

icinerado ou autoclavado.

5- Acondicionar material pérfuro-cortante em frasco de plástico rígido e autoclavar

6- Se possível, trabalhar em Cabine de Segurança Biológica – descontaminar

a superfície com solução recente de hipoclorito de sódio a 1% ou álcool 70 e


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no final da jornada de trabalho, utilizar a lâmpada UV segundo orientação do

fabricante.

ORIENTAÇÃO PARA DESCONTAMINAÇÃO EM CASO DE ACIDENTE

- Usar luvas e avental de manga longa.

- Colocar sobre o material biológico contaminado papel absorvente (papel toalha).

- Saturar o papel toalha com sol. Hipoclorito de Sódio 2% e aguardar 15 minutos.

- Recolher o papel e descarta-lo em caixa apropriada ou saco autoclavável.

- Fazer nova descontaminação na área com Hipoclorito de Sódio a 2%.

- Todo material utilizado na limpeza deverá ser descartado no lixo hospitalar de forma

apropriada.

Parte II – Meios de Cultura

Meios de Cultura aplicados a micologia

Considerações Gerais: O estudo dos microrganismos depende do seu cultivo em Laboratório.


Para tanto é necessário o conhecimento das exigências nutritivas e metabólicas para o seu
crescimento e identificação, e o meio de cultura é uma solução nutriente que pode ser sólida,
líquida ou semi-sólida utilizada para promover o crescimento de microrganismos in vitro.

Aplicabilidade: Diagnóstico laboratorial das principais leveduras de importância clínica, por meio
de técnicas de microscopia, cultivo e identificação.

De acordo com sua finalidade os meios de cultura podem ser classificados como:

• Meios definidos ou simples: são meios que possuem apenas uma fonte de carbono (ex
a glicose) e compostos inorgânicos com uma composição química exata e definida.

• Meios complexos: empregam componentes de produtos microbianos, animais ou


vegetais, como a caseína (proteína do leite), carne (extrato de carne), soja, células de leveduras
(extrato de levedura), ou várias substâncias altamente nutritivas. Os principais tipos de meio
complexo são:

o Meios enriquecidos: meio complexo suplementado com substâncias adicionais


altamente nutritivas como soro ou sangue. Geralmente são utilizados para cultivo de
microrganismos nutricionalmente exigentes (fastigiosos).

o Meios seletivos: contém compostos que inibem seletivamente o crescimento de alguns


microrganismos, mas não de outros.

o Meios diferenciais: corresponde aquele ao qual um indicador, normalmente um


corante, é adicionado revelando por meio de uma mudança de coloração se uma reação
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metabólica em particular ocorreu durante o crescimento. São meios bastante úteis na distinção
de espécie bacterianas, e são amplamente utilizados no diagnóstico clínico.

o Meios cromogênicos: garante a identificação presuntiva do microrganismo de acordo


com a coloração que este apresenta no meio semeado. As colônias são facilmente identificadas
através da coloração diferenciada e específica para determinadas espécies.

Alguns meios de cultura apresentam mais de uma dessas características citadas acima. E o
microbiologista deve conhecer os principais meios de cultura, sua composição e aplicabilidade
no plantio primário, e nas etapas de isolamento e identificação da espécie.

MEIOS DE CULTURA APLICADOS A MICOLOGIA

Recomendações gerais com os meios específicos da Micologia:

1 - Para isolamento de fungos a partir de qualquer tipo de amostra, devem ser utilizados meios
não seletivos, que permitam crescimento de fungos patogênicos e bolores de crescimento
rápido (< de 7dias).

2 - Para ágar, recomenda-se a solidificação com tubo inclinado, deixando espaço de 3 cm do final
do meio até o tampão, para evitar contaminação via meio externo. Todos estes meios de cultura
são distribuídos e esterilizados, de preferência em tubos de ensaio pois, desta forma, há maior
resistência à desidratação e contaminação, além de oferecer menor risco biológico na
manipulação da cultura.

Principais meios de cultura aplicados a micologia clínica:

• Ágar Sabouraud dextrose (ASD) + cloranfenicol

Caracteristicas e aplicações:

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• Ágar Batata

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• CRHOMoAGAR Candida

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