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Vitória - ES
2022
1. INTRODUÇÃO
A calibração em vidrarias volumétricas consiste na averiguação dos valores
estabelecidos pelo fabricante que correspondem aos verdadeiros valores,
dentro de tolerâncias admitidos, e se necessário realizar respectivas correções.
Tais aparelhos volumétricos são calibrados em uma temperatura de 20 °C,
por ser considerada uma temperatura média padrão de um laboratório 1.
Uma calibração adequada dos equipamentos laboratoriais, previne falhas
técnicas que posteriormente podem prejudicar operações e ainda, ocorrer o
desperdício de matérias primas. Portanto, a prevenção por meio de calibração
e medidas corretivas dos equipamentos, pode-se aumentar a velocidade das
atividades e sua otimização2.
O procedimento de calibração envolve a determinação da massa da água que
determinada aparelhagem possui. Conhecendo a temperatura da água e sua
densidade, pode-se calcular o volume corrigido, pela fórmula 3:
Vc = m/p (1)
onde p é a densidade, m é a massa e Vc é o volume.
Neste experimento, as vidrarias analisadas foram as pipetas e as buretas
volumétricas que escoam determinados volumes e também os balões
volumétricos e béqueres que são capazes de conter determinados volumes de
líquidos.
2. OBJETIVO
Averiguar valores estabelecidos pelo fabricante em pipeta volumétrica, balão
volumétrico e bureta por meio da técnica de calibração. Ao final da prática
verificar, portanto, se correspondem aos verdadeiros valores, dentro das
tolerâncias admitidas.
3. METODOLOGIA
3.1. Materiais
Pipeta volumétrica 50 mL
Béqueres de 100 mL e 600 mL
Balão volumétrico 50 mL
Bureta 50 mL
Proveta
Termômetro
Balança analítica
Pêra
Água destilada
3.2. Métodos
Encheu-se um béquer de 600 mL de água destilada e o deixou na bancada
para que entrasse em equilíbrio térmico com o ambiente. Logo após verificou-
se a temperatura com um termômetro e assim se iniciou o experimento.
3.2.1. Calibração de pipetas volumétricas
Inicialmente pesou -se um béquer limpo e seco. Em seguida, com o auxílio
de uma pêra de sucção preencheu-se a pipeta até o menisco com água
destilada. Transferiu-se a água da pipeta para o béquer pesado previamente,
mantendo a pipeta na vertical. Posteriormente, pesou-se o béquer contendo a
água e anotou-se a temperatura da mesma antes e após a operação de
calibração considerando a média das temperaturas.
Calculou-se a média e o desvio padrão dos volumes obtidos, assim como
também o volume da pipeta. O experimento foi realizado em triplicata, para
cada uma das pipetas, onde calculou-se a média dos volumes para o cálculo
de desvio padrão.
3.2.2. Calibração de balão volumétrico
Pesou-se incialmente o balão volumétrico, em seguida, utilizando uma proveta
completou-se o volume do mesmo com água destilada até o menisco e
aferiu-se a nova massa. Verificou-se também a temperatura da água, para
realização do cálculo do volume do balão. Realizou-se o procedimento em
triplicata, onde pode-se calcular a média e o desvio padrão dos volumes
obtidos.
3.2.3. Calibração da bureta
Para aferir esta vidraria volumétrica, pesou-se um béquer vazio e seco.
Posteriormente, preencheu-se a bureta acima do traço correspondente ao zero,
cuidadosamente para evitar a formação de bolhas de ar no interior da vidraria.
Deixa-se escorrer lentamente a água, abrindo a torneira, até que a parte
inferior do menisco é levada a coincidir com a marca zero.
Posteriormente, escoou-se lentamente um volume exato de 5,0 mL de
água para o béquer previamente pesado. Mediu-se a massa de água. Escoou-
se mais 5,0 mL de água da bureta no mesmo béquer e novamente pesou-se o
conjunto.
Tal procedimento foi realizado, sucessivamente, de 5,0 em 5,0 mL até
esgotar-se os 50 mL da vidraria. Repetiu- se a aferição para comparação dos
volumes, relativos a cada intervalo realizado.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Calibração de uma pipeta volumétrica
Ao pesar um béquer de 50 mL obteve-se uma massa igual a 50,1032 g,
50,1129 g e 50,1138 g. É de suma importância a pesagem prévia da vidraria
para realização dos cálculos que indicará a massa da água posteriormente.
Utilizou - se o mesmo béquer até o final do experimento, mantendo assim
uma padronização nos cálculos.
Para a pipeta volumétrica de 50 mL foram obtidos os seguintes valores do
béquer com água: 99,5709 g, 99,7578 g e 99,7525 g, todos com a mesma
temperatura medida de 22°C. Calculou-se a diferença entre a massa do
béquer vazio e a massa do béquer com água através da seguinte equação:
Massa água = massa béquer com água – massa béquer (2)
Assim, os valores encontrados foram 49,4677 g, 49,6449 g e 49,6387 g,
respectivamente. Devido a temperatura medida, a densidade da água resultou
em 0,997770 g/mL, por meio da equação (1), foi possível calcular os volumes
corrigidos, conforme mostrados na tabela 4.1.
Tabela 4.1. Relação massa/volume da calibração da pipeta.
Volume (mL) Massa H2O (g) Volume Corrigido (mL)
1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª
50 mL 49,4677 l 49,6449 l 49,6387 l 49,5782 l 49,7558 l 49,7496
O experimento foi realizado em triplicata, fazendo - se a média dos volumes
posteriormente para o cálculo de desvio padrão pela equação 2 descrita
abaixo:
S
É comum práticas experimentais que envolvam medições quantitativas
apresentarem erros, portanto é importante levar em consideração quaisquer
limitações na confiabilidade destes dados, para isto utiliza -se formas de
calcular uma estimativa da precisão dessas medições. A média, por exemplo,
é dada pelo somatório de todas as medições individualmente, dividindo -se
pelos números de medições realizadas, conforme mostra a equação 3 abaixo:
x
Calculou-se o volume médio das pipetas através da equação 4 e obteve-se o
valor igual a 49,6945 mL. Com base no volume médio calcula-se o desvio
padrão pela equação 2, que se resume a raiz quadrada da média dos
quadrados dos desvios.
Aplicando o desvio padrão para as medidas de volume da pipeta volumétrica,
obtém-se 0,100795 para 50 mL.