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Aferição de Vidrarias

Parte Experimental

Vamos iniciar os nossos trabalhos práticos. Inicialmente você irá realizar a aferição de alguns
materiais de uso rotineiro nos laboratórios de química. Com os dados obtidos e, auxiliado pelo texto
sobre Tratamento de Dados Experimentos, você irá calcular as incertezas reais de cada das
vidrarias calibradas.

1. Material necessário por turma

_ Balança analítica, capacidade de 200 g e sensibilidade igual a 0,1 mg;


_ 6 balões volumétricos, com tampa, de 100,00 mL;
_ 6 pipetas volumétricas de 5,00 mL;
_ 6 buretas de 25,00 mL;
_ 12 frascos plásticos de 50 mL com tampa;
_ 1 termômetro com sensibilidade de 0,1C;
_ Água destilada.

2. Parte Prática
2.1 Aferição de um balão volumétrico

a) Verifique se o balão volumétrico a ser aferido está completamente seco.

b) Meça a temperatura da água a ser usada. Observe que o balão e água devem estar à
temperatura ambiente. Durante a operação de aferição a temperatura ambiente não deve variar
mais que 1C/hora.

c) Pese o balão vazio com sua tampa e anote a massa obtida.

d) Encha o balão, limpo e seco, com água destilada. Tenha o cuidado de introduzir água até uns
poucos milímetros abaixo da marca de graduação. Incline e gire o balão para que a parede interna
do pescoço do balão seja molhada e, com a ajuda de uma pipeta, complete o volume até a marca.
Faça a leitura correta do menisco e, sobretudo, preocupe-se para evitar os erros de paralaxe. Com
a ajuda de um papel de filtro, lenço de papel, ou outro material absorvente, mas que não deixem
resíduos, retire as gotículas de água que permanecerem acima da marca de calibração.

e) Pese o balão cheio com sua rolha e anote a massa obtida.

2.2 Aferição de uma bureta

a) Monte uma bureta limpa de 25,00 mL em um suporte adequado. Certifique que ela esteja em
uma posição vertical.

b) Encha a bureta com água destilada, cuja temperatura foi previamente medida, até
aproximadamente 1 cm acima da marca indicadora do zero. Deixe escoar o excesso de água até o
menisco atingir o zero; verifique se a parte situada abaixo da torneira está preenchida com água e
sem bolhas. Retire as gotículas de água que se formarem acima da marca de zero.

c) Retire a gota de água da ponta da bureta, se for o caso, encostando-se a ela uma placa de vidro,
por exemplo.

d) Pese um frasco de plástico de 50 mL vazio e seco, mas com a sua tampa. Anote a massa
medida.

e) Deixe escoar 10,00 mL de água para dentro do frasco plástico previamente pesado. Feche o
frasco rapidamente para evitar evaporação da água.
f) Pese o frasco com os 10,00 mL de água e anote a massa obtida.
g) Repita as operações acima, para as marcas de 20,00 mL e 25,00 mL de água escoada.

h) Faça o procedimento em triplicata, ou seja, repita os itens .2.2.b a 2.2.f por mais duas vezes.

2.3 Aferição de uma pipeta

a) Pese um frasco plástico vazio e seco e com tampa. Anote a massa do conjunto.

b) Aspire água destilada para dentro de uma pipeta, limpa e seca, até acima da marca superior. A
seguir deixe a água escoar até a marca indicadora da pipeta. Trabalhe com o conjunto água e
pipeta à temperatura ambiente.

c) Mantenha a pipeta numa posição vertical e deixe escoar a água para dentro do frasco plástico,
previamente pesado. Feche o frasco rapidamente para evitar a evaporação da água.

d) Pese o frasco plástico com o líquido escoado e anote a massa medida.

e) Repita os procedimentos para obter os resultados. Faça o procedimento em triplicata.

3. Cálculos dos volumes

3.1 Volumes não corrigidos

Inicialmente, vamos calcular os volumes dos balões volumétricos, buretas e pipetas na temperatura
do laboratório. Para isso, utilizaremos as massas obtidas nos itens 2.1, 2.2 e 2.3 e a densidade da
água à temperatura da experiência. As densidades da água para várias temperaturas de interesse
estão listadas na tabela A-VI do Apêndice apresentado no final deste livro.
Da expressão de definição de densidade, temos,

em que é a densidade, m a massa e V é o volume do sistema a ser medida.


Se a massa e o volume são expressos em g e mL, respectivamente, a densidade tem a unidade de
g/mL. Da equação 3.1 podemos escrever,

em que água é a densidade da água à temperatura da experiência e mágua a sua massa aparente,
calculada com ajuda da equação 3.3,

Na equação 3.2, está implícito que o volume V de um recipiente é igual ao volume equivalente de
água Vágua contido nesse recipiente.
3.2 Correção do volume devido ao empuxo do ar e ao coeficiente de expansão térmica
cúbica dos vidros

A massa aparente da água calculada no item anterior é a massa não corrigida para o empuxo do ar.
Para realizar essa correção, utilizamos a densidade do ar na temperatura e pressão do laboratório,
onde foram efetuadas as medidas de massa. A densidade do ar, a diversas temperaturas, pode ser
obtida a partir da tabela A-VII do Apêndice no final deste Livro.
Além desta correção, devemos, ainda, fazer uma correção para levarmos em conta a dilatação do
vidro. O coeficiente de expansão térmica cúbica dos vidros, normalmente utilizados na fabricação
dos aparelhos volumétricos, varia de 1,0x10-6 C-1 a 30 x 10-6 C-1.

O Quadro 3.4 fornece o coeficiente de expansão térmica cúbica, de três classes de vidro.

A equação 3.4 abaixo é utilizada para o cálculo do volume à temperatura de referência de 20C,
V20, a partir da massa aparente de água contida ou escoada de uma bureta ou pipeta:

Nesta equação, temos, m(f +água) é o peso do frasco mais água, m(fv) o peso do frasco vazio e a
diferença,

é a massa aparente da água. Também temos, água para a densidade da água e ar a densidade
do ar, ambos à temperatura T e à pressão atmosférica controlados para o experimento. A
quantidade é o coeficiente de expansão térmica cúbica do vidro.

Consolidando o conhecimento
Você deve agora preparar um relatório das atividades e experimentos que você realizou nesta aula.
Para auxiliá-lo nessa tarefa, apresentamos, a seguir, algumas instruções gerais para a elaboração
do texto a ser apresentado.

Elaboração do Relatório Técnico


Resultados a apresentar
a. Os volumes encontrados para os aparelhos volumétricos aferidos, à temperatura da experiência.
Registre essa temperatura.
b. Os volumes corrigidos para os aparelhos volumétricos aferidos, à temperatura de 20 °C.

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