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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto


Departamento de Química

Bacharelado em Química

Calibração de Recipientes Volumétricos

Grupo 22

Amanda Franzini Martinelli - 12562149


Guilherme Pedrosa da Silva - 12562261

Fundamentos de Química Analítica

Ribeirão Preto
25/05/2022
OBJETIVOS
Calibração de instrumentos volumétricos, como pipeta e balão
volumétrico, ambos de 25 mL, além de micropipeta de 1000 L a partir do cálculo
pela densidade utilizando uma balança analítica.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
• Pipeta volumétrica
Para a pipeta volumétrica, foram feitas 3 medidas a partir de 3 béqueres
previamente dessecados de massas apresentadas na Tabela 1.
Massa béqueres (± 0,0001 g)
18,1710 20,2234 22,7384
Tabela 1 – Massa dos béqueres utilizados para pesagem das águas

A água da pipeta de 25 mL foi despejada em cada um dos béqueres, nos


fornecendo valores de massas de acordo com a Tabela 2.
Massa béquer + água (± 0,0001 g)
47,4015 42,8340 44,8997
Tabela 2 – Valores de massa medidos após adição da água nos béqueres

Com esses valores, subtraindo a massa dos béqueres previamente


medidas, obtemos os valores da Tabela 3.
Erro da Desvio D. P. da Erro
Massa água (± 0,0001 g) Média
balança Padrão Média combinado
24,6631 24,6630 24,6763 24,6675 0,0001 0,0077 0,0044 0,0044
Tabela 3 – Massa de água medida em triplicata

A partir desses valores, a massa da água despejada foi definida como


24,6675 ± 0,0044 g.
Considerando a temperatura da água, medida em 22º C no momento da
pesagem, obtemos um valor tabelado de densidade igual a 0,9977735 g/mL, a
partir desse valor, podemos calcular o volume de água despejados pela pipeta.
A partir do cálculo do volume através da massa pela densidade, além da
dispersão dos erros, chegamos em um valor de 24,7225 ± 0,0044 mL de água
total na pipeta volumétrica, sendo um erro absoluto de 0,2775 mL e relativo de
1,11% em relação ao valor teórico do volume da pipeta.
• Balão volumétrico
Para o balão, seria feito medida em duplicata. No entanto, devido a alguns
empecilhos que encurtaram nosso tempo hábil, apenas conseguimos uma
medida.

No caso, a massa do balão, após dessecação, foi definida em 17,7036 ±


0,0001 g. A massa de água pesada no balão com o menisco completo foi de
42,8054 ± 0,0001 g. Subtraindo a massa total com a massa do balão, obtivemos
uma massa de água igual a 25,1018 ± 0,0001 g. A partir desse resultado,
considerando a densidade da água igual a 0,9975415 g/mL a 23º C, calculamos
que o volume total do balão volumétrico é de 25,1637 ± 0,0001 mL, um erro
absoluto de 0,1637 mL e relativo de 0,65%.

Este valor, no entanto, apesar de apresentar um desvio padrão bem


pequeno, não é totalmente confiável. A não realização do experimento em
duplicata ou triplicata nos da um erro sistemático que não é quantificável, pois
não conseguimos uma média dos valores de massa e volume, sendo o erro
apresentado apenas na casa decimal da balança analítica utilizada.

• Micropipeta

Para a micropipeta, foram feitas medidas de massa de 1000 L de água


despejadas da micropipeta em um copo descartável. As medidas de massa
estão representadas na Tabela 4.
Erro da Desvio D. P. da Erro
Massa água (± 0,0001 g) Média
balança Padrão Média combinado
0,9822 0,9865 0,9871 0,9915 0,9875 0,9870 0,0001 0,0033 0,0015 0,0015

Tabela 4 – Medidas de massa de água medidas a partir de uma micropipeta de 1000


L

A partir desses valores, a água despejada foi avaliada em 0,9870 ± 0,0001


g. Esse valor, considerando a densidade de 0,9979955 g/mL a temperatura
medida de 21º C, nos concede um volume de 0,9889 ± 0,0015 mL ou,
convertendo para a unidade do instrumento, 988,9 ± 1,5 L, ou seja, um erro
absoluto de 11,1 L e um erro relativo de 1,11% em relação ao valor teórico do
volume da micropipeta.
CONCLUSÃO

A partir dos resultados encontrados, podemos concluir que o volume real


da pipeta volumétrica de 25 mL é de 24,7225 ± 0,0044 mL, com um erro absoluto
de 0,2775 mL e relativo de 1,11%.

Para o balão volumétrico de 25 mL, encontramos o valor de 25,1637 ±


0,0001 mL com um erro absoluto de 0,1637 mL e relativo de 0,65%, a não
realização de replicatas nos concedeu um erro sistemático não quantificável.

Por fim, para a micropipeta de 1000 L, foi calculado um valor de 988,9 ±
1,5 L, um erro absoluto de 11,1 L e um erro relativo de 1,11% em relação ao
valor teórico do volume da micropipeta.

Portanto, conclui-se que a calibração dos materiais é um processo de


extrema importância na química analítica. Em análises quantitativas, é
indispensável conhecer o instrumento que se utiliza em algum processo
analítico, tal como seu volume real e seu erro avaliado, pois isso evita possíveis
erros de cálculos que influenciarão a sua análise e seus resultados. Além disso,
destaca-se também a importância de valores medidos em replicatas para que se
obtenha uma média dos valores, evitando erros não quantificáveis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Apostila de roteiros das aulas práticas – Módulo Quanti

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