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Pressupostos Objeto
Planejar é um processo em Problemas circunscritos aos
etapas pré-determinadas. aspectos técnicos do cenário
Há independência entre o Diagnóstico ou da situação foco do
sujeito (que tem o Diagnóstico distanciado dos planejamento.
monopólio do plano) e o interesses, dos projetos e dos
objeto do plano. conflitos do cenário-foco do
planejamento. As fases e as
Realização do Plano
Realidade Social etapas (diagnóstico,execução e
Elaborado por agente
Estática, determinada avaliação) são indissociáveis.
(pessoa, órgão) que não
(mesmas causas produzem os
pertence ao cenário-foco.
mesmos efeitos e fatos).
Elaborado com participação
Dinâmica, complexa e
dos diferentes atores sociais
incerta.
do cenáriofoco do
Na América Latina, as principais
planejamento.
teorias do enfoque estratégico são:
Vale destacar que o PE é operacionalizado por meio de fases ou etapas, que variam de acordo com cada
autor, no que diz respeito ao número e à terminologia empregada para definir seus componentes.
Assumimos que o PE é composto de cinco etapas inter-relacionadas.
A coleta de dados de
Finalmente, a avaliação de
enfermagem (etapa 1) prevê a enfermagem (etapa 5) verifica se
captura de informações para as intervenções de enfermagem
identificar e/ou mensurar o realizadas tiveram o resultado
perfil saúde-doença de esperado, analisando a condição
indivíduos, famílias e/ou de saúde dos indivíduos, das
comunidade e compõe a prática famílias e/ou da comunidade, e é
profissional de enfermeiros, executada por enfermeiros,
técnicos e auxiliares de
técnicos e/ou auxiliares da
enfermagem.
Enfermagem.
O diagnóstico de enfermagem
(etapa 2) interpreta e agrupa A implementação da assistência
os dados coletados na de enfermagem (etapa 4)
primeira etapa para culminar operacionaliza as intervenções
na tomada de decisão quanto captadas na etapa planejamento
aos diagnósticos de de enfermagem (etapa 3) e pode
O planejamento de enfermagem ser executada por enfermeiros,
enfermagem mais pertinentes
(etapa 3) determina quais intervenções técnicos e/ou auxiliares de
aos indivíduos, às famílias e/
serão realizadas diante das respostas enfermagem.
ou à comunidade avaliada.
colhidas na etapa de diagnóstico de
enfermagem (etapa 2) e também é uma
atividade privativa do enfermeiro.
Como contextualizar, então, as diferentes matrizes teóricas que originam os diagnósticos de enfermagem e
fomentar o aperfeiçoamento das prescrições no planejamento do cuidado de enfermagem na APS? Um
estudo sobre as barreiras enfrentadas por enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem para o uso da
SAE e, consequentemente do PE, chama a atenção para o fato de que pouco mais da metade dos profissionais
entrevistados (53%) na APS consideraram que não havia conhecimento suficiente sobre como se daria a
aplicação no cotidiano dos serviços de saúde1
Apesar de os elementos anteriormente listados não permitirem a ampla generalização para outros
serviços da APS, eles podem indicar a presença dos mesmos pontos em contextos semelhantes, pois
a implantação da SAE é um desafio para a maioria das instituições, e o reconhecimento dos
elementos facilitadores/dificultadores pode expandir a eficácia dessa metodologia na remodelação
da assistência da Enfermagem
Nesse sentido, para apoiar a implantação da SAE e a realização do PE, propomos 10 passos
norteadores para o gestor de uma equipe de Enfermagem na APS (Figura 4). Sugerimos a
implantação gradativa, com eleição de temas prioritários, até consolidar todos os assuntos de
interesse para a unidade.
Tecnologias que favorecem a aplicação da SAE
por enfermeiros no atendimento às famílias
Outro aspecto importante é o registro das práticas clínicas individual e familiar com a adoção da
Classificação Internacional de Atenção Primária (Ciap), parte da família de Classificações Internacionais da
OMS, que tem como principal eixo condutor o contexto social, e não o diagnóstico etiológico, englobando os
problemas mais frequentes da APS.
A Ciap tem como matriz o registro ágil de três aspectos do episódio de cuidado: o motivo da consulta;
o diagnóstico do problema percebido pelo profissional de saúde; e a intervenção resultante.
Assim, quando o enfermeiro utilizar o SOAP para consolidar a SAE no atendimento às famílias,
poderá lançar mão tanto de ferramentas específicas da Enfermagem quanto as que são utilizadas
pelos demais profissionais da APS. Recomenda-se, no entanto, que sejam apontados os
diagnósticos de enfermagem de curto prazo e, de acordo com a evolução, o enfermeiro deve
avançar para os de médio e longo prazos. Para ilustrar o atendimento de um enfermeiro na ESF e a
aplicação dos conteúdos específicos da Enfermagem (SAE/PE), além de outros que também são
empregados pelos demais profissionais da APS para o cuidado de uma família,
O debate acerca da SAE na APS no contexto brasileiro tem cada vez mais permitido a ampla utilização dos
saberes específicos da Enfermagem para a operacionalização e a documentação do PE. Reiteramos que o
engajamento local dos enfermeiros assistenciais e, principalmente, do responsável técnico de Enfermagem e
do supervisor da Unidade Básica de Saúde são essenciais para o adensamento científico e documental das
ações da Enfermagem visando à prática fundamentada em evidências e à luz dos princípios tratados na
Declaração de Astana. A problematização do trabalho do enfermeiro durante o cuidado direto às famílias e as
repercussões desse plano de cuidado nas ações dos demais membros da equipe da Enfermagem exigem outros
estudos e aprofundamentos para que haja uma melhora no que se refere ao cuidado e à qualidade da
assistência na APS.
TERRITORIALIZAÇÃO
Segundo Milton Santos (1994) o território consiste em lugar com limites definidos onde as pessoas vivem,
trabalham, circulam e se divertem. Dele faz parte ambientes construídos e ambientes naturais. Sendo
sobretudo, um espaço de relações de poder, de informações e de trocas.
ENFERMEIRO
Avaliar de modo integral a situação da pessoa enferma;
Avaliar as condições e infra-estrutura do domicilio para o planejamento da assistência domiciliar, se
necessária;
Elaborar, com base no diagnostico de enfermagem, a prescrição dos cuidados;
Identificar e treinar o cuidador domiciliar;
Supervisionar o trabalho dos auxiliares de enfermagem e dos ACS;
Realizar procedimentos de enfermagem que requeiram maior complexidade técnica;
Orientar cuidados com o lixo originado no cuidado do usuário e do lixo domiciliar;
Estabelecer via de comunicação participativa com a família;
Comunicar à equipe de saúde as alterações observadas e avaliar periodicamente o desempenho da
equipe de enfermagem na prestação do cuidado.
INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA ATENÇÃO À FAMÍLIA
ESCALA DE RISCO FAMILIAR
Para o estabelecimento de prioridades, elaborou-se uma escala de risco familiar baseada na
ficha A do SIAB.
Se baseia em sentinelas de risco que são avaliadas na primeira visita domiciliar realizada ACS.