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ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO
PRÉ - HOSPITALAR
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA
DE NÍVEL MÉDIO EM ENFERMAGEM
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 03
1. ACIONAMENTO DOS SERVIÇOS DE ATENDIMENTO
04
PRÉ-HOSPITALAR
2. GESTÃO DO PACIENTE DO APH 08
3. RECONHECIMENTO DA SEGURANÇA DA CENA NO APH 10
4. PRINCÍPIOS DOURADOS 14
5. CINEMÁTICA DO TRAUMA 21
6. SUPORTE DE VIDA NO TRAUMA 28
7. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO TRAUMA 31
8. TRAUMA DE TÓRAX 35
9. TRAUMA ABDOMINAL 38
10. TRAUMA GERIÁTRICO 40
11. GESTÃO DE DESASTRES: FUNÇÃO DO TÉCNICO EM
41
ENFERMAGEM
REFERÊNCIAS 42
CONTATOS 43
Ficha Técnica
Este material foi elaborado pela equipe do Programa Pós-Tec Enfermagem,
executado em parceria entre o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e a
Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Presidente do Cofen
Profa.Dra. Betânia Maria Pereira dos Santos
Autoria
Prof. Dra. Khelyane Mesquita de Carvalho
Profa. Dra. Angela Amorim de Araújo
Profa. Dra. Verbena Santos Araújo
Profa. Dra. Anne Karoline Candido Araújo
Profa. Dra. Aurilene Josefa Cartaxo de Arruda Cavalcanti
Profa. Dra. Fabíola Fialho Furtado Gouvêa
Profa. Dra. Maria Soraya Pereira Franco Adriano
Colaboração
Profa. Dra. Andréa Mendes Araújo
Profa. Dra. Anna Cláudia Freire de Araújo Patrício
Profa. Dra. Fernanda Maria Chianca da Silva
Profa. Dra. Ivanilda Lacerda Pedrosa
Profa. Dra. Marcella Costa Souto Duarte
Profa. Dra. Márcia Rique Carício
Profa. Dra. Rebeka Maria de Oliveira Belo
Assessoria Pedagógica
Emília Cristina Ferreira de Barros
Revisão Textual
Isaac Newton Cesarino da Nóbrega Alves
Imagens
pexels.com | pixabay.com | unsplash.com | freepik.com
ASSISTÊNCIA DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Apresentação
Olá! Seja bem-vindo (a)!
Este é o e-book da disciplina “ASSISTÊNCIA DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NO
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR”. O presente material tem por objetivo trazer
informações mais completas e atualizadas acerca de temas importantes para aprimorar
sua rotina de trabalho no contexto da urgência e emergência.
A partir de agora mergulharemos numa doce aventura para relembrar a importância
do Atendimento Pré-Hospitalar (APH), seus objetivos, seus princípios e sua
operacionalização.
Temos que ter em mente que os nossos pacientes devem sempre receber uma
assistência livre de danos e com a máxima qualidade possível. Atuar como técnico em
enfermagem no APH é agir de forma que aumente a sobrevida da vítima e reduza o
risco da lesão secundária.
4 ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA
DE NÍVEL MÉDIO EM ENFERMAGEM
ASSISTÊNCIA DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
ÓRGÃO No ATRIBUIÇÃO
5 ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA
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ASSISTÊNCIA DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Funcionamento do SAMU
Há uma central de regulação, que funciona como uma rede de comunicação entre a
central, as ambulâncias e todos os serviços que podem receber pacientes em situações
de urgência. É um sistema fixo de triagem e controle.
O profissional médico regulador da central de regulação ouve o relato inicial, analisa-o
e indica o tipo de equipe que será deslocada para o atendimento (básica ou avançada).
Há unidades móveis que se deslocam até a área de socorro e prestam a assistência, cuja
complexidade depende da análise realizada, do material e das equipes disponíveis. Além
do atendimento especializado feito no local do acidente, o SAMU realiza o transporte
das vítimas e prevê riscos e sequelas. Trata-se de uma abordagem multidisciplinar,
pois envolve outros profissionais como médico, enfermeiro, técnico em enfermagem e
condutor da ambulância.
1. TARM 3. EMPENHO
Primeiro Rádio
Atendimento Operador
1
2. MÉDICO 4. ATENDIMENTO
Regulação Equipe de
Médica intervenção
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ASSISTÊNCIA DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
A USB é aquela onde a equipe está preparada para realizar procedimentos mais simples e
não invasivos como imobilização, controle de um foco hemorrágico externo, identificar
e auxiliar na recuperação de uma perda de consciência por exemplo. Composta pelo
técnico em enfermagem e condutor.
A USA é aquela onde a equipe conta com equipe apta para a realização de procedimentos
invasivos, como intubação traqueal e uso de drogas. Tripulada por médico, enfermeiro
e condutor. Nem toda a ocorrência é atendida por uma equipe avançada, vai depender
do tipo de ocorrência.
Fonte: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/noticia/samu-de-ribeirao-preto-recebe-nova-ambulancia-e-motolancias
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ASSISTÊNCIA DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
As intervenções do APH são realizadas por profissionais habilitados que devem seguir
ações básicas como avaliar cuidadosamente o cenário, acionar a equipe responsável
pelo resgate, sinalizar o lugar, utilizar barreiras de proteção, relacionar as testemunhas
e fazer a correta abordagem.
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Você sabia?
heróis mortos não salvam ninguém.
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O protocolo SUS para o suporte básico de vida no APH sugere que o posicionamento
no local da cena se faça com base em três premissas que serão atendidas a partir de
três perguntas:
1. Qual é a situação?
Avaliar se há risco de acontecer algo que possa piorar a cena, como por exemplo uma
explosão, agressão, desmoronamento, inundação entre outros.
Importante identificar de quem você irá precisar para dar suporte na cena. Como por
exemplo, corpo de bombeiro, policiamento, companhia de energia elétrica ou outros.
É importante reavaliar a cena com frequência, pois os fatores podem se alterar com
rapidez. Somente após análise você definirá se a cena é SEGURA ou INSEGURA e se
agora você pode realizar seu trabalho.
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ASSISTÊNCIA DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Local de difícil visualização como curvas fechadas, estradas estreitas, tempo chuvoso
ou à noite. Colisão com poste de energia, fios caídos próximos ou em cima do veículo,
faíscas, presença do agressor, fumaça, cheiro de combustível, combustível escorrendo
no chão, risco de desmoronamento entre outros. Estas situações implicam em risco
de vida para o socorrista, portanto deve-se avaliar todos os riscos e eliminá-los ou
minimizar ao máximo.
Se houver algum perigo em potencial, deve-se aguardar a chegada do socorro
especializado (corpo de bombeiro, defesa civil, polícia militar). Nesta fase, verifica-se
também a provável causa do acidente, o número de vítimas e a gravidade das mesmas
e todas as outras informações que possam ser úteis para a notificação do acidente.
Para dimensionar os riscos na cena ou local do acidente deve-se seguir etapas que serão descritas a seguir:
1. Segurança
É necessário verificar se a cena é segura para ser abordada, e assim procure tornar o
ambiente adequado para o atendimento prévio.
Por exemplo, no caso de acidentes de trânsito, deve-se procurar improvisar um espaço
para desviar o fluxo de veículos, sinalizando aos carros que vêm no sentido do problema
ocorrido.
2. Cinemática
Verificar como se deu o acidente ou mal sofrido pela vítima, perguntando a ela, se
estiver plenamente consciente, ou a pessoas próximas que testemunharam o ocorrido.
Na carência das duas hipóteses, deve-se adotar procedimentos que serão abordados
mais adiante.
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3. Bio-proteção
Deve-se procurar maneiras de evitar possíveis infecções através do contato direto com
o sangue das vítimas, usando os EPIs necessários para abordar a vítima. Em nenhuma
hipótese deve-se desprezar o uso desses materiais.
4. Apoio
Procure o auxílio de pessoas próximas da cena, para ajudar a dar o espaço necessário
para o atendimento prévio, chamar imediatamente o socorro especializado, desviar o
trânsito de veículos, procurar manter a ordem e a calma entre as outras pessoas, etc.
No caso de não ter pessoas por perto, isso deve ser feito com o máximo de agilidade
e tranquilidade, pela própria pessoa que presta o socorro inicial.
5. Triagem
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4. Princípios Dourados
Olá! Vocês que já estão encaminhados na carreira poderão agora aprimorar os
conhecimentos para atender seus pacientes com mais excelência.
A partir de agora mergulharemos numa doce aventura para relembrar a importância
do Atendimento Pré-Hospitalar (APH), seus objetivos, seus princípios e sua
operacionalização.
Ter acesso ao doente, identificar e tratar as lesões com risco à vida, acondicionar e
transportar o doente até a unidade de atendimento adequada mais próxima no menor
tempo possível é fundamental para o paciente.
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Princípio da Segurança
Princípio da cena
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Princípio da ventilação
Princípio da hemorragia
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A maioria das hemorragias externas são controladas pela aplicação de pressões diretas
no ponto de sangramento ou, se os recursos forem limitados, pelo uso de curativo
compressivo feito com gaze e atadura.
Se a pressão direta ou um curativo compressivo não conseguirem controlar a
hemorragia externa de uma extremidade, o próximo passo é limitar o fluxo sanguíneo
na extremidade pelo uso de um torniquete devidamente aplicado.
Princípio do choque
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Princípio da fluidoterapia
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Princípio da analgesia
A administração de analgésicos para aliviar a dor é indicada, desde que não existam
contraindicações para a administração. Os doentes não devem sentir dor durante o
transporte. Os socorristas devem administrar analgésicos para o alívio adequado da
dor.
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5. CINEMÁTICA DO TRAUMA
Além de ser um processo de avaliação da cena do acidente para que, por meio dela,
seja possível determinar as lesões resultantes das forças e movimentos envolvidos,
bem como estimar a gravidade das mesmas.
Tipos de trauma
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Colisão Automobilística
1. Colisão Frontal
Para cima:
Para baixo:
OBSERVAÇÃO:
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2. Colisão Traseira
Efeito “chicote” = lesão em cervical.
3. Colisão Lateral
Lataria do automóvel, Trauma cervical, Trauma torácico.
OBSERVAÇÕES:
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Atropelamento
2. Adulto
Queda de Moto
1. Fratura de Fêmur
2. Queda no chão
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Explosão
1. Onda de pressão
2. Fragmentos
3. Queda no chão
Queda
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1. Tipo de arma
2. Trajetória
3. Mobilização
1. Tipo de arma
2. Trajetória
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Princípio: É o que precisa ser feito adequadamente para salvar uma vida.
É universal e imutável.
Prioridade: é mutável e indica como você vai aplicar o princípio
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VOCÊ SABIA?
Por outro lado, quando o paciente recebe o manejo inicial do trauma de maneira
adequada, as chances de mortalidade diminuem consideravelmente.
Com isso, fica claro que é de suma importância que você como técnico em enfermagem
esteja familiarizado com o manejo inicial do paciente vítima de trauma. Essa abordagem
visa avaliar lesões que oferecem risco iminente de morte.
Caros estudantes vocês devem estar se perguntando agora…e como saberemos
priorizar o atendimento?
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(X) Exsanguinação: a contenção de hemorragia externa grave deve ser feita antes mesmo
do manejo das vias aérea;
(A) Vias aéreas e proteção da coluna vertebral: avaliação das vias aéreas e proteção da coluna
cervical. Se tiver indicação colocar em prancha rígida.
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(B) Boa Ventilação e Respiração: análise da respiração, para verificar se está adequada e atenção
para: frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traquéia e
observação da musculatura acessória;
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(C) Circulação com Controle de Hemorragias: a circulação e a pesquisa por hemorragia são os
principais parâmetros de análise.
A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a grandes hemorragias externas. Já o “C”, a
hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de volume sanguíneo não visível;
(D) Disfunção Neurológica: análises do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas e
a possível ocorrência de lesão medular;
(E) Exposição Total do Paciente: análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com
prevenção da hipotermia. O socorrista deve analisar, entre outros pontos, sinais de trauma,
sangramento e manchas na pele.
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8. TRAUMA DE TÓRAX
O traumatismo torácico nos dias atuais assume grande importância devido, em parte, à
sua incidência e, por outro lado, pelo aumento da gravidade e da mortalidade das lesões.
Isto se deve pelo aumento do número, poder energético e variedade dos mecanismos
lesivos, como por exemplo, a maior velocidade dos automóveis, a violência urbana, e
dentro desta, o maior poder lesivo dos armamentos, além de outros fatores.
A abordagem inicial deve ser de qualidade e o mais precoce possível, pois na maioria
das vezes, para salvar a vida de um traumatizado torácico, antes mesmo da abordagem
cirúrgica faz-se necessário efetivo controle das vias aéreas, manutenção da ventilação,
da volemia e da circulação. Isso o técnico em enfermagem tem que saber fazer.
O trauma torácico se classifica quanto ao tipo de lesão, agente causal e manifestação
clínica. Na avaliação inicial das lesões traumáticas torácicas
Quanto ao Tipo de Lesão:
Aberto: São, grosso modo, os ferimentos. Os mais comuns são os causados por
arma branca (FAB) e os por arma de fogo (FAF).
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FAF
FAB
Acidentes Automobilísticos
Outros
É importante destacar uma conduta simples para pneumotórax aberto como a realização
do curativo valvulado de três pontas.
Hemotórax
Tamponamento Cardíaco
Contusão Pulmonar
Lesão de Grandes Vasos (aorta, artéria pulmonar, veias cavas)
Outros
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Vias aéreas – Aqui se deve certificar a permeabilidade das vias aéreas (a sensação
tátil e ruidosa pelo nariz e boca do paciente nos orienta sobre ela e também sobre
distúrbios na troca gasosa). Também pode ser notado sinais de insuficiência respiratória,
como tiragem de fúrcula, batimento da asa do nariz, etc. A orofaringe sempre deve ser
examinada à procura de obstrução por corpos estranhos, particularmente em pacientes
com alterações da consciência.
Respiração – Fazer uma rápida inspeção no tórax, avaliando o padrão respiratório,
através da amplitude dos movimentos torácicos, presença de movimentos paradoxais
(afundamento torácico), simetria da expansibilidade, fraturas no gradeado costal,
enfisema de subcutâneo, etc.
Circulação – Para sua avaliação faz-se a monitorização da pressão arterial, do pulso
(qualidade, frequência, regularidade, etc. Ex: os pacientes hipovolêmicos podem
apresentar ausência de pulsos radiais e pediosos), bem como de estase jugular
e perfusão tecidual. Estes parâmetros são muito úteis para uma avaliação geral do
sistema cardiocirculatório.
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9. TRAUMA ABDOMINAL
A gravidade dos traumatismos abdominais baseia-se especialmente na possível
existência de uma lesão visceral, capaz de produzir alterações gerais graves como são
as peritonites ou as hemorragias. Portanto, o mecanismo de trauma, a localização da
lesão e o estado hemodinâmico do paciente determinam as condutas no momento da
avaliação do abdome.
O trauma abdominal pode ser fechado ou aberto.
O trauma abdominal fechado direto refere-se às lesões por impacto contra o cinto de
segurança nos acidentes e os indiretos são consequência das lesões por mecanismo
de aceleração/desaceleração também nos acidentes de trânsito. Este tipo de trauma,
também conhecido como contusão do abdômen, ocorre quando há transferência de
energia cinética, através da parede do abdômen, para os órgãos internos, lesando-os.
Os traumas abdominais abertos do tipo penetrante afetam o peritônio, comunicando a
cavidade abdominal com o exterior. É quando ocorre solução de continuidade, ou seja,
a penetração da parede abdominal por objetos, projéteis, armas brancas, ou a ruptura
da parede abdominal provocada por esmagamentos. A penetração limita-se à parede
do abdômen sem provocar lesões internas.
Já os perfurantes referem-se ao envolvimento visceral (de víscera oca ou maciça). É
quando o objeto que penetra na cavidade abdominal atinge alguma víscera, lesando
órgãos e estruturas. Lembrar sempre que o projétil de arma de fogo ou a arma branca
podem lesar estruturas do tórax associadas ao abdômen.
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Os sinais indicativos de lesão abdominal podem ser dor abdominal difusa, rigidez de
abdome, fratura de costelas inferiores, equimoses, hematomas, ferimentos na parede
do abdômen. A mesma energia que provoca fratura de costela, pelve, coluna faz lesão
interna do abdômen. O abdômen escavado, como se estivesse vazio, é sinal de lesão
do diafragma, com migração das vísceras do abdômen para o tórax.
Em caso de evisceração (saída de vísceras por ferimentos abdominais), limpar essas
vísceras de detritos grosseiros com soro fisiológico e cobrir com plástico esterilizado
próprio para esse fim ou com compressas úmidas a fim de isolá-las do meio ambiente.
Em hipótese alguma, tentar reintroduzir as vísceras no abdômen, porque o sangramento
se agrava ou propicia o extravasamento de fezes.
Em casos de objetos que penetrem no abdômen, como pedaços de ferro, madeira ou
outros, nunca retirá-los. Corte-os, se necessário, e proteja-os para que não se movam
durante o transporte. Esses corpos estranhos só podem ser retirados em centro
cirúrgico, onde haja condições de controlar o sangramento.
Trauma abdominal fechado direto refere-se às lesões por impacto contra o cinto de segurança
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40 ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA
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É importante que você entenda que a atuação do técnico em enfermagem no APH não
é um tratamento definitivo, mas sua realização é primordial para a sobrevida da vítima,
evitando o risco de lesão secundária. Para gerenciar esses eventos o técnico tem que
estar apto a fazer o atendimento com segurança, avaliando sempre a cena, assistindo
corretamente as vítimas, seguindo à risca os princípios e definindo corretamente as
prioridades além de realizar transporte seguro.
41 ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA
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REFERÊNCIAS
42 ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA
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PROMOÇÃO DA SAÚDE
Contatos
@posteccofen
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