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1.

FUNÇÃO DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

Veja as funções do atendimento pré-hospitalar:

 Prestar a primeira assistência a vítimas de acidente ou


acometidas por emergências clínicas.
 Representado pelo SAMU constituído por Unidades de
Suporte Básico (USB) e Unidades de Suporte Avançado
(USA).
 O primeiro atendimento ocorrerá na casa da vítima, em seu
local de trabalho, na rua, em uma Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) ou no hospital.
Objetivo da rede de atenção as Urgências
2. FISIOLOGIA DA VIDA E DA MORTE

 Os traumas graves são capazes de provocar sangramentos maciços que geram


alterações hematológicas por si só (choque hipovolêmico) e cujo tratamento para
restabelecer a perfusão adequada também prejudica a homeostase sanguínea,
promovendo o surgimento de coagulopatias.

 A reposição volêmica excessiva ou inadequada pode promover alterações com


repercussão hemodinâmica grave.

Coagulopatia e Coagulação

É uma falência sanguínea em responder a uma lesão (que pode ser um trauma, cirurgia ou
outro procedimento invasivo).

Hipotermia

A hipotermia consiste na queda da temperatura corporal central para temperatura abaixo de


35ºC. Esse fator também afeta a cascata de coagulação por gerar disfunção plaquetária.

Acidose

A hipoperfusão dos tecidos altera o metabolismo celular, a obtenção de ATP passará a ser
anaeróbica, gerando lactato (acidose metabólica) que diminuirá o pH sanguíneo e aumenta a
acidez.

OBS: Em todas as situações descritas acima é necessário cautela para repor volume
como quantidade, temperatura e tipo de volume utilizado.

Quanto tempo é possível ficar sem respirar?


Façam um teste... Fechem o nariz.

E ai?

A média de tempo para suportar será de aproximadamente 1 minuto e meio, para você que
tem saúde.

Agora imagine um paciente vítima de trauma ou de qualquer outra urgência clínica?

O tempo para faltar-lhe ar será muito mais rápido, não é?

Por isso é necessário agilizar a abordagem primária no trauma com exame primário
rápido e de qualidade.

Ao obter a história clínica da fase do impacto, algumas leis físicas devem ser
consideradas:

 A energia nunca é criada ou destruída; ela pode entretanto mudar de forma.


 Um corpo em movimento ou em repouso tende a permanecer neste estado até que
uma fonte de energia externa atue sobre ele.
 A energia cinética é igual à massa multiplicada pelo quadrado da velocidade,
dividida por dois.
 Uma força é igual à massa multiplicada pela desaceleração (ou aceleração).

O objetivo da cinemática é responder aos questionamentos a seguir:

 Qual o tipo de evento traumático?


 Colisão? Atropelamento? Queda? Ferimento
penetrante?
 Qual a energia trocada?
 Qual a gravidade?
 Qual o tipo de colisão?
 Lateral, frontal ou traseira

Colisão Frontal

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A AVALIAÇÃO DA CENA

A avaliação prévia da cena é de fundamental importância, pois através dessa medida é


possível dimensionar os riscos existentes na cena, evitando até que a própria pessoa que
presta o socorro acabe se tornando também uma vítima.

A segurança da cena esta em primeiro lugar!

Reconhecimento da Cena

 Localização do acidente (sinalização da cena para


segurança no atendimento)
 Tipo de acidente
 Número de vítimas
 Possíveis riscos (segurança da cena, do paciente e do
profissional)

Se a cena não for segura, faça com que ela se torne segura.
Heróis mortos não salvam ninguém

Portanto...

Segurança da cena,

Segurança do profissional,

Segurança da vítima.

No Brasil ocorrem muitos acidentes com socorristas em atendimento.


3. A AÇÃO SEGURA DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
Ação dos Técnicos em Enfermagem na Avaliação da Respiração e Ventilação

 Deve-se analisar se a respiração está adequada e se atentar para: frequência


respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e
observação da musculatura acessória. Esses são parâmetros analisados nessa fase.
 Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação,
ausculta e percussão. É preciso, também, verificar se a respiração é eficaz e se o
paciente está bem oxigenado.

Aplicação de escala de avaliação neurológica


São feitas análises do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, da presença
de hérnia cerebral e dos sinais de lateralização, bem como do nível de lesão medular.

Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela


manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a escala de
Glasgow atualizada.

É através dessa escala que é possível mensurar o nível de consciência dos pacientes. E a
partir desses dados podemos encaminhar o paciente de maneira mais segura.

Verifique
Identifique fatores que podem interferir na capacidade de resposta do paciente.
É importante considerar na sua avaliação se ele possui alguma limitação
anterior ou devido ao ocorrido que o impede de reagir adequadamente naquele
tópico (Ex: paciente surdo não poderá reagir normalmente ao estímulo verbal).

Observe
Observe o paciente e fique atento a qualquer comportamento espontâneo
dentro dos três componentes da escala.
Estimule
Caso o paciente não aja espontaneamente nos tópicos da escala, é preciso
estimular uma resposta. Aborde o paciente na ordem abaixo:

o Estímulo sonoro: peça (em tom de voz normal ou em voz alta) para que o
paciente realize a ação desejada.

o Estímulo físico: aplique pressão na extremidade dos dedos, trapézio ou


incisura supraorbitária.
Pontue e some
Os estímulos que obtiveram a melhor resposta do paciente devem ser
marcados em cada um dos tópicos da escala. Se algum fator impede o
paciente de realizar a tarefa, é marcado NT (Não testável). As respostas
correspondem a uma pontuação que irá indicar, de forma simples e prática, a
situação do paciente (Ex: O4, V2, M1 e P0 significando respectivamente a nota
para ocular, verbal, motora e pupilar, com resultado geral igual a 7).

Analise a reatividade pupilar


Suspenda cuidadosamente as pálpebras do paciente e direcione um foco de
luz para os seus olhos. Registre a nota correspondente à reação ao estímulo.
Esse valor será subtraído da nota obtida anteriormente, gerando um resultando
final mais preciso.

Essas reações devem ser anotadas periodicamente para possibilitar uma visão geral do
progresso ou deterioração do estado neurológico do paciente.

Escala de Coma de Glasgow


Sequência de Atendimento

 Atendimento – segurança em primeiro lugar


 Avaliação – cena e do paciente (exame primário)
 Transporte

Atendimento Segurança (3S)

 Cena do acidente (Scene);


 Segurança (Security) - segurança do socorrista, paramentação, posicionamento da
viatura, sinalização, isolamento, segurança da vítima e curiosos.
 Situação (Situation) - o que aconteceu, qual o mecanismo do trauma (cinemática),
quantas vítimas e quais as idades, é necessário pedir reforço.

Avaliação da Cena
 Observar a cena buscando a identificação de riscos potenciais para si, para o
paciente e/ou outros envolvidos;

 Observar os mecanismos do trauma ou a natureza da doença do paciente;

 Checar o número de vítimas e suas condições;

 Adotar o uso de equipamentos de proteção individual (EPI).

Cuidados no transporte de pacientes

 Treinamento prévio de toda a equipe;


 Correta escolha das ambulâncias utilizadas no transporte de acordo com as
necessidades do paciente;
 Detalhamento das doenças e condições do paciente para os socorristas;
 Verificação do material e dos equipamentos a serem utilizados;
 Avaliação dos riscos e benefícios envolvidos no transporte de paciente;
 Tempo de transporte, distância e condições do trajeto a ser percorrido;
 Avaliação das possibilidades de complicação (do paciente ou do transporte) durante
a atividade.

Avaliação secundária no pré-hospitalar

 Identificar lesões que não foram encontradas durante o atendimento primário


 Exame físico
 S - SINAIS / SINTOMAS A- ALERGIAS
 M- MEDICAÇÕES
 P- PASSADO MÉDICO
 L- LÍQUIDOS E ALIMENTOS
 A- AMBIENTE (E- EVENTOS QUE CAUSAM) R – FATORES DE RISCO

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