JUNHO | 2023 | WWW.COSEMSSP.ORG.

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19ª MOSTRA DE
EXPERIÊNCIAS EXITOSAS
DOS MUNICÍPIOS

Gestão de Pessoas
Volume 7
 19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
EXPEDIENTE
Presidente:
Geraldo Reple Sobrinho – SMS de São
Bernardo do Campo
1ª Vice-presidente:
Carmem Guariente – SMS de Araçatuba
2ª Vice-presidente:
Adriana Martins – SMS de Guararema
1ª Secretária:
Clara Carvalho – SMS de Mogi Mirim
2ª Secretária:
Elaine Xavier – SMS de Lucianópolis
1º Tesoureiro:
Tiago Texera - SMS Jundiaí
2ª Tesoureira:
Maristela Siqueira Santos - SMS
Guaratinguetá
Diretora de Comunicação:
Rosana Gravena – SMS de Jacareí
Vogais
Ana Paula de Oliveira - SMS Santo Antônio
da Alegria
Celia Cristina Bortoletto - SMS Mauá
Claudia Ferreira – SMS de Jaci
Danilo Oliveira – SMS de Americana
Eliana Honain – SMS de Araraquara
Lucimeire Rocha - SMS Santa Bárbara
d’Oeste
Marco Antônio da Silva – SMS de João
Ramalho
Marli Rodrigues Raymundo – SMS de
Araçoiaba da Serra
Michelle Luis Santos – SMS de São Vicente
Paula Siriani Terçariol - SMS Valparaiso
Ricardo Conti - SMS Lençóis Paulista
Roberta Meneghetti - SMS Cravinhos
Silvio Garcia – SMS de São José da Bela
Vista
Tiago de Castro – SMS de Promissão
Comissão Organizadora da 19ª
Mostra de Experiências Exitosas
dos Municípios:
Ana Lucia Pereira
Brigina Kemp
Cleide Fernandes Campos
Dirce Cruz Marques
Lidia Tobias Silveira
Marcia Marinho Tubone
Assessoria de Comunicação:
Claudia Meirelles
2 GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
PALAVRA DO PRESIDENTE
Com muita satisfação apresentamos nes-
ta edição das Revistas Eletrônicas todas
as experiências inscritas na 19ª Mostra
de Experiências Exitosas dos Municípios,
por ocasião do 36º Congresso de Secre-
tários Municipais de Saúde do Estado de
São Paulo, realizado em março de 2023,
cujo tema foi “35 anos do SUS: caminhos
para equidade, universalidade e inte-
gralidade na conjuntura atual”.
A Mostra é hoje uma das atividades mais
importantes do Congresso do COSEMS/
SP e em 2023 superou as marcas anterio-
res na produção de trabalhos.
Foram 1496 experiências inscritas, o que
muito nos orgulha, pois, revela não so-
mente o quanto os gestores municipais
prestigiam esta atividade, como também
o cuidado dos trabalhadores nos milhares
de serviços de saúde do SUS, produzindo
conhecimento e soluções para problemas
tão complexos.
Na leitura dos trabalhos, encontra-se re-
latos de experiências que refletem os pro-
cessos de trabalho na organização do cui-
dado nos serviços de saúde e na gestão,
organizadas nos 10 eixos temáticos da
Mostra: Assistência Farmacêutica; Atenção
Básica; Gestão de Pessoas, do Trabalho e
Educação Permanente; Gestão em Saúde;
Participação Social; Promoção em Saúde
e Práticas Integrativas e Complementares;
Volume 7
Regulação e Redes de Atenção em Saúde;
Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas; Vi-
gilância em Saúde; Tecnologia e Inovação.
No conjunto dos trabalhos contemplados
pode-se comprovar as potencialidades de
ações transformadoras da gestão munici-
pal garantindo os princípios norteadores
do Sistema Único de Saúde - SUS: univer-
salidade, integralidade, equidade e partici-
pação social.
Os relatos descritos representam realida-
des singulares e plurais dos municípios do
Estado de São Paulo participantes da Mos-
tra. Com suas especificidades e demandas
características expressam a riqueza e as
potencialidades de alternativas em respos-
tas aos problemas de saúde decorrentes
da diversidade sócio sanitária nas regiões
de saúde.
A edição das Revistas cumpre assim seu
papel fundamental que é dar visibilidade às
experiências registradas para milhares de
trabalhadores e gestores municipais, por-
que certamente dão esperança e forças
para seguirmos lutando pelo SUS!
Desejamos boa leitura, parabenizando de
modo especial os Autores e Autoras que
aqui compartilham suas experiências,
apontando alternativas e possibilidades na
construção de um SUS cada vez mais po-
tente.
Geraldo Reple Sobrinho
Presidente do COSEMS/SP
3
 19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS 36º CONGRESSO DO COSEMS/SP

ÍNDICE
EXPEDIENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 DESAFIOS NA ORGANIZAÇÃO DOS PROCESSOS PROJETO CONTÍNUO DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL GT DE COMPETÊNCIAS DES TRABALHADORES DO SUS
DE TRABALHO EM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO E PROFISSIONAL – AGENTES COMUNITÁRIOS DE EM SÃO PAULO: QUAL O PAPEL DA ESCOLA MUNICIPAL
PALAVRA DO PRESIDENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
TRANSMISSÍVEIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 DE SAÚDE? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
ÍNDICE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
REDUÇÃO DE RECOLETAS DE EXAMES LABORATORIAIS FIQUE POR DENTRO, UMA REVISTA MENSAL DE AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM DO ENSINO A
SÃO PAULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 NA UBS UTILIZANDO A METODOLOGIA LEANSIX COMUNICAÇÃO ENTRE A REDE DO EXTREMO SUL DE DISTANCIA DA EDUCAÇÃO CONTINUADA EM
SIGMA? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 SÃO PAULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 ENFERMAGEM DO HSPM. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
A IMPLANTAÇÃO E FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO RT/RV
PARA MELHORIA DO PROCESSO DE TRABALHO E DOS A EDUCAÇÃO PERMANENTE NA COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO DE UM AMBULATÓRIO DE SAÚDE DO RECURSOS EDUCACIONAIS SOBRE PARADA
INDICADORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO TRABALHADOR NO CONTEXTO HOSPITALAR: CUIDANDO CARDIORRESPIRATÓRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA
MAPEAMENTO DE QUALIFICAÇÕES TÉCNICAS: MUNICIPIO DE SÃO PAULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 DE QUEM CUIDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 CRIAÇÃO DE WEBFOLIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE . . . . . . . . . 9 ENCONTRO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA E ATENÇÃO CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS PARA EDUCAÇÃO – RELATO DE EXPERIÊNCIA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA-
PROCESSO DO TRABALHO DE GESTORES DA ATENÇÃO SECUNDÁRIA PARADISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS . . 25 MULTIPLICAR CONHECIMENTO PARA SALVAR VIDAS . . 41 TREINAMENTO ITINERANTE DOS ENFERMEIROS DO
PRIMÁRIA À SAÚDE NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA LETRAMENTO FUNCIONAL EM SAÚDE: SAMU SÃO PAULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
COVID-19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 REALIZAÇÃO DE CURO PARA REFLEXÃO DO PAPEL DO
CONSCIENTIZAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA. . . . . . . . 26
AGENTE DE PROMOÇÃO AMBIENTAL (APA) NA ATENÇÃO CAPACITAÇÃO EM PRIMEIROS SOCORROS NO CENTRO
REORGANIZAÇÃO DE FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO CAFÉ COM OS SAICAS: FORTALECIMENTO ENTRE OS BÁSICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 DE EDUCAÇÃO E CULTURA INDÍGENA E UBS ALDEIA
A DEMANDAS EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA UVIS SERVIÇOS DE AB, CAPS IJ E SAICAS DO TERRITÓRIO
CRIAÇÃO DE UM GRUPO CONSULTOR EM CUIDADOS JARAGUÁ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
ITAQUERA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 PENHA-SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
PALIATIVOS – POR DEMANDA DOS PROFISSIONAIS, EM MOMENTO CONVIVER – PROMOVENDO RELAÇÕES
DESAFIOS E INOVAÇÕES PARA A GESTÃO E
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE: “NORTE” PARA AS UM HOSPITAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 HUMANIZADAS ENTRE OS TRABALHADORES. . . . . . . 59
COORDENAÇÃO DO CUIDADO DE CASOS COMPLEXOS
AÇÕES DE SAÚDE DO TERRITÓRIO . . . . . . . . . . . . . . . 28
EM TEMPOS DE PANDEMIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 GESTÃO SISTEMATIZADA DOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL
SENSIBILIZAÇÃO PARA A COLETA DO QUESITO RAÇA/ DOMICILIAR NO MUNÍCIPIO DE SÃO PAULO . . . . . . . . 45
MEDIDAS EDUCACIONAIS NA ADESÃO AO PROTOCOLO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE NO MUNICÍPIO DE SÃO
COR NO SISTEMA SIGA SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
DE DOR TORÁCICA NO HOSPITAL MUNICIPAL DE CID RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ORGANIZAÇÃO DE PAULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
TIRADENTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 O CORRE É NOSSO! APROXIMAÇÃO ENTRE ESCOLAS VIGILÂNCIA EM SAÚDE NA INFÂNCIA EM TERRITÓRIO
E CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTO RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NA SMS/
DESIGN THINKING E PROCESSO DE ENFERMAGEM NA VULNERÁVEL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 SP: PERCEPÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS ATORES
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. UMA FERRAMENTA PARA JUVENIL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
VAI UM WORLD CAFÉ? NECESSIDADES DE SAÚDE DE ENVOLVIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
INOVAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA IMPLANTAÇÃO DO
“TODAS AS VIDAS” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 OFICINA DE ACOLHIMENTO PARA AGENTES
PROGRAMA DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES PARA ACESSO AVANÇADO EM UNIDADES BÁSICAS DE
SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 MBA GESTÃO ESTRATÉGICA EM OUVIDORIA NA ÁREA COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DA REGIÃO CENTRAL DE
GESTORES DOS SERVIÇOSDE SAÚDE . . . . . . . . . . . . . 16
DA SAÚDE: CAPACITAÇÃO PARA REDE DE OUVIDORIAS SÃO PAULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
IMPLEMENTAÇÃO FICHA ELETRÔNICA ESTRATIFICAÇÃO CONSTRUÇÃO DE SABERES E AMPLIAÇÃO DO
CUIDADO EM SAÚDE MENTAL ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO SMS PMSP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 CONHEÇA O M-CHAT – UM INSTRUMENTO DE
DE RISCO CARDIOVASCULAR E DO PAP-LINHA DE
CUIDADO DCNT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 PERMANENTE NA UBS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 PLANILHA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE:GESTÃO RASTREIO DE SINAIS DE AUTISMO . . . . . . . . . . . . . . . 65
A PRECEPTORIA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E DO TRABALHO NA REDE DE OUVIDORIAS SUS DO DA BUROCRACIA À HUMANIZAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . 66
CONSTRUÇÃO DE PROTOCOLO DE ATENDIMENTO E
COMUNIDADE COMO PROPOSTA DE EDUCAÇÃO MUNICÍPIO DE SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
MANEJO DO COMPORTAMENTO SUICIDA NO CAPS AD III
PERMANENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA (CNV) NO SERVIÇO DE
JD. SÃO LUIZ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 CONSTRUÇÃO DO SERVIÇO DE APOIO À SAÚDE MENTAL ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU) - 192 SÃO
ATENDIMENTOS A MULHERES EM SITUAÇÃO DE IMPACTOS DA PRESENÇA DE UMA MULHER TRANS NO DOS TRABALHADORES DO SERVIÇO FUNERÁRIO DE PAULO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
VIOLÊNCIA NO CAPS AD III JD.SÃO LUIZ. . . . . . . . . . . 19 SERVIÇO DE REABILITAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 SÃO PAULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
SEMINÁRIO - OS DESAFIOS DA LONGEVIDADE . . . . . . 68
CAPACITAÇÃO EM GERONTOLOGIA PELA URSI C. ESTÁGIOS EM REABILITAÇÃO O DESAFIO DA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
ADEMAR PARA OS COLABORADORES DO PROGR TRANSPOSIÇÃO DO “TREINO EMSERVIÇO” PARA A DO JOVEM APRENDIZ JUNTO À EQUIPE ATUAÇÃO DO SAMU-SP NO ENFRENTAMENTO Á
ACOMPANHANTE DE IDOSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 REDE DE CUIDADOS À . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 MULTIPROFISSIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 PANDEMIA COVID19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

4 GESTÃO DE PESSOAS Volume 7 5

 19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS 36º CONGRESSO DO COSEMS/SP

EDUCAÇÃO PERMANENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 DISPOSITIVO DE VALORIZAÇÃO DO TRABALHO PARA VARGEM GRANDE PAULISTA . . . . . . . . . . . . . 101
O FORTALECIMENTO DA PNH NA REDE SUS DE
SAÚDE SUSTENTAVEL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 SUZANO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 APOIO EM HUMANIZAÇÃO EM VARGEM GRANDE
PAULISTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
RECEPÇÃO DOS NOVOS COLABORADORES PARA A
APRESENTAÇÃO E COMPREENSÃO DE TODOS OS
TABOÃO DA SERRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
VISTA ALEGRE DO ALTO . . . . . . . . . . . . . . . . 102
SETORES DO AMA SÉ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS
AGENTESCOMUNITÁRIOS DE SAÚDE DE TABOÃO DA REDE ESCOLA NO SUS? TEMOS TAMBÉM! . . . . . . . . 102
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO GRUPO DE TRABALHO EM
SERRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 VOTUPORANGA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
HUMANIZAÇÃO DE UM HOSPITAL SECUNDÁRIO DE SÃO
PAULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 VALORIZAÇÃO DOS ACS DE TABOÃO DA SERRA. A IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO
MATERIALIZAÇÃO DE ROTINA ATRAVÉS DE REGISTRO PERMANENTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM
APOIO INSTITUCIONAL AOS GESTORES DA ATENÇÃO
FOTOGRÁFICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 VOTUPORANGA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
BÁSICA PARA QUALIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM
SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 O VALOR DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM EQUIPES DE
SAÚDE MENTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE UM
FORTALECIMENTO COLETIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 A ÁRVORE DAS EXPRESSÕES - ACOLHIMENTO DE
PROFISSIONAIS DA UBS OLIVEIRAS/MARABÁ EM
SÃO PEDRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 TABOÃO DA SERRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO - MATERNIDADE UMA CASA PARA CHAMAR DE NOSSA - A CONSTRUÇÃO
DO HOSPITAL BENEFICENTE SÃO LUCAS SÃO PEDRO 77 DOS FLUXOGRAMAS DE ATENDIMENTO DA C.A.S.A DE
TABOÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
RECEPÇÃO HUMANIZADA DO RECÉM-NASCIDO NA
MATERNIDADE DO HOSPITAL SÃO LUCAS DE SÃO TAMBAÚ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
PEDRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE – UMA
SÃO SEBASTIÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO
MUNICÍPIO DE TAMBAÚ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
INTEGRAÇÃO DE PESSOAL – OTIMIZANDO A PRÁTICA
ATRAVÉS DO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL . . . . . . . 80 UMBATUBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
SÃO VICENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 DESAFIOS DA MELHORIA DO ACESSO À COLETA DE
PREVENTIVO APÓS PANDEMIA DA COVID-19, EM
CONSTRUÇÃO DO PLANO DE HUMANIZAÇÃO DE SÃO
UBATUBA- SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
VICENTE; UM CAMINHO ENTRE GESTÃO E ASSISTÊNCIA. 81
MATRICIAMENTO “OFICINA DE AGENDA UBATUBA”
SOROCABA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 CÁLCULO DO Nº DE VAGAS BASEADO NA POPULAÇÃO
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE: UMA CADASTRADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO E FORTALECIMENTO DA PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA: UM TRABALHO EM
REDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 REDE NO MUNICÍPIO DE UBATUBA. . . . . . . . . . . . . . . 96
SUZANO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 SEM ESTRESSE!!! CONSELHO TUTELAR E ESF – A
SIMPLES E SATISFATÓRIA EXPERIÊNCIA DE UBATUBA 98
IMPLEMENTAÇÃO DO PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO
COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO PELO NEPS INTEGRADO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE A
À GESTÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 PLENO VAPOR: DINÂMICA TRANSFORMADORA . . . . . 99

6 GESTÃO DE PESSOAS Volume 7 7


SÃO PAULO
A IMPLANTAÇÃO E FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO RT/RV PARA
MELHORIA DO PROCESSO DE TRABALHO E DOS INDICADORES
MAYUMI TAKAMURA, TATIANA DOMINGOS RAMOS, EDILY ANDRADE CRUZ, ELIETE
CRISTINA BERGAMO ALVES, MARCIA DE SOUSA DIAS, CAROLINA BELTRAMINE DE
CARVALHO DONOLA, MARCIA DE AGUIAR, ANDRESSA DANIELLE LOPES CORREIA,
ROSANGELA MENEZES HERBAS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Ação ocorrida a partir de 03/2022,
aos Enfermeiros de Referencia
Tecnica dasUnidades de Saúde
da Supervisão tecnica de Saú-
de de Ermelino Matarazzo,Co-
ordenadoria Regional de Saude
Leste, da cidade de São Paulo.
No âmbito daAtenção Primária à
Saúde, o enfermeiro detém função
relevante, sendo atribuído a esse-
profissional, tarefas como: plane-
jar, gerenciar e executar ações no
âmbito da saúdeindividual e co-
letiva, supervisionar a assistência
direta à população, realizar ações
depromoção, prevenção, cura e
reabilitação, articular ações inter-
setoriais, gerenciar osserviços de
saúde, desenvolver educação em
saúde e educação permanente,
bemcomo conduzir a equipe de
saúde da família e a equipe de
enfermagem. Nos últimosanos te-
mos acompanhado um aumento
considerado da demanda destes
profissionais,seja pelo aumento
da população SUS dependen-
te, como todas as consequên-
ciastrazidas pela pandemia da
COVID-19. Isso refletiu em uma
sobrecarga de trabalho,desorga-
nização da equipe e queda de
indicadores de saúde. Diante dis-
so, viu-se anecessidade de criar
um cargo de enfermeiro que fosse
exclusivo para responder comores-
ponsável técnico de enfermagem
e como responsável pela vigilân-
cia em saúde naunidade (RT/RV).
O cargo de enfermeiro RT/RV seria
importante para agregar o serviço-
de saúde, sendo um integrante
para supervisionar, avaliar e mo-
nitorar todos osprocessos de
8 GESTÃO DE PESSOAS
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
enfermagem da unidade, prin-
cipalmente quanto à vigilân-
ciaepidemiológica, melhorando os
indicadores de saude.
OBJETIVOS
• Implantar o cargo de enfer-
meiro RT/RV em todas as uni-
dades com estratégia saúde da
família do território de Ermelino
Matarazzo no município de São
Paulo – SP,gerenciadas pela Or-
ganização Social de Saúde Supe-
rintendência de Atenção à Saúde-
do Serviço Social da Construção
Civil do Estado de São Paulo
(SAS Seconci-SP). •Capacitar os
enfermeiros RT/RV para suas atri-
buições como responsável técni-
co deenfermagem e responsável
pela vigilância em saúde. • Moni-
torar a produção dosenfermeiros
RT/RV e a evolução dos indicado-
res de vigilância epidemiológica.
METODOLOGIA
Com o apoio e parceria da Super-
visão Técnica de Saúde (STS) de
Ermelino Matarazzoe da Unidade
de Vigilância em Saúde (UVIS) de
Ermelino Matarazzo, o Departa-
mentode Atenção à Saúde (DTAS)
da SAS Seconci-SP realizou a
Descrição do CargoEnfermeiro
RT/RV descrevendo todas as res-
ponsabilidades deste profissional,
osindicadores de vigilância a mo-
nitorar, suas metas e proposta de
agenda semanal. Aproposta do
cargo foi aprovada pela Coordena-
doria Regional de Saúde da Leste e
pelaSecretaria Municipal de Saúde
de São Paulo. Foram planejados
treinamentos mensaisde temas de
vigilância em saúde, processos
de trabalho de enfermagem, lide-
rança,gestão do cuidado e gestão
do trabalho de enfermagem. Criado
uma planilha online deindicadores
de vigilância para que os pro-
fissionais preencham os dados
mensais daunidade e realizem o
monitoramento dos indicadores. E
criado um formulário para queres-
pondessem quantas consultas,
visitas domiciliares, ações na
comunidade, gruposeducativos e
reuniões de educação permanen-
te para a equipe da unidade reali-
zaram nomês e quais os temas
de educação permanente foram
explorados. A seguir, foirealiza-
da uma reunião com os geren-
tes das unidades de saúde com
estratégia saúdeda família, STS,
UVIS e DTAS para apresentar a
proposta deste cargo e seleção
dosprofissionais que assumiriam
este cargo. Após a seleção de
todos os profissionais,iniciou-se o
processo de capacitação e acom-
panhamento de melhoria de indi-
cadores desaúde das unidades de
saúde.
RESULTADOS
Após 9 meses desde o início da for-
mação dos enfermeiros RT/RV, veri-
ficou-se melhorados indicadores:
porcentagem de notificações
compulsórias preenchidasade-
quadamente, cobertura vacinal
em crianças de 0 a menores
de 5 anos,porcentagem de casos
de tuberculose com teste rápido
de HIV realizado, porcentagemde
casos de tuberculose em trata-
mento diretamente observado,
porcentagem degestantes com
sífilis com tratamento comple-
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
to realizado. Além da melho-
ra dosindicadores de vigilância,
pôde-se observar melhoria dos
processos de trabalho daenfer-
magem com o desenvolvimento
técnico da equipe, do trabalho em
equipe com asdemais categorias
profissionais da saúde e melhor
entendimento dos profissionais
das unidades sobre os protoco-
los de saúde. O profissional for-
taleceu os Núcleos deVigilância
em Saúde das unidades com o
acompanhamento de casos mais
graves ecomplexos e intensifi-
cação de ações extra-muros.
Os enfermeiros RT/RVdesenvol-
veram seus perfis de liderança
SÃO PAULO
MAPEAMENTO DE QUALIFICAÇÕES TÉCNICAS: ESTRATÉGIA
DE EDUCAÇÃO PERMANENTE
MAITÊ KIREMETDJIAN CAIROLLI, KUITÉRIA RIBEIRO
RODRIGUES, AUREA BIANCHI LEONARDO PIERO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Ação ocorrida o mês 08/2021 ao
mes 02/2022, no territorio das Uni-
dades de Saude dasSTS Ermeli-
no Matarzzo e STS Penha/São
Paulo/SP. A Política Nacional de
EducaçãoPermanente em Saú-
de (PNEPS), instituída no ano de
2004, representa um marco paraa
formação e trabalho em saúde
no país, pois a educação dos
profissionais é vistacomo for-
ma de promover a transforma-
ção das práticas do trabalho e
qualificação deações em saúde1.
Ao longo dos anos, no âmbi-
to do Sistema Único de Saúde
(SUS),instituiu-se e fortaleceu-se
uma complexa conjuntura estru-
tural de espaços queviabilizam a
abordagem de educação perma-
nente em seus serviços1. Consti-
tui-se,como um desses espaços,
o Setor de Educação em Saúde
da Organização Social deSaúde
(OSS) SAS-SECONCI (Superin-
tendência de Atenção à Saúde
Volume 7
e foi despertado, na maior parte
deles, avontade de seguir carreira
na área de gestão em saúde.
CONCLUSÕES
Essa experiência qualitativa eviden-
ciou a importância de um profissio-
nal exclusivo paraa gestão dos
processos de enfermagem e ges-
tão dos indicadores de vigilância
emsaúde, trazendo melhorias para
as unidades e indiretamente no cui-
dado em saúde paraos usuários.
Tal profissional é “peça chave” para
o monitoramento e alcance das
metasde saúde, função na qual
um enfermeiro assistencial possui
dificuldade para executar.O enfer-
– Serviço Socialda Construção
Civil do Estado de São Paulo),
que foi criado em março/2014. O
Setortem como responsabilidade
elaborar treinamentos pactuados
em contrato de gestão eprovi-
sionados em Plano Municipal de
Educação Permanente (PLAMEP),
bem comogerenciar os treina-
mentos vindos das Supervisões
Técnicas de Saúde (STS),Coor-
denadoria e Escola Municipal de
Saúde (EMS). Devido a complexi-
dades desseprocesso, buscou-se
desenvolver e aperfeiçoar estraté-
gias de gestão de educaçãoper-
manente a fim de atualizar os
conhecimentos dos profissio-
nais, aprimorarhabilidades téc-
nicas, fortalecer o desempenho
das boas práticas, consideran-
do-se aarticulação dos processos
educativos com as necessidades
de saude
OBJETIVOS
o Objetivo Geral Compartilhar a
meiro RT/RV mostrou-se um pro-
fissional relevante para agregar
o serviço desaúde. Considerando
isso, foi aprovado a criação do car-
go para as unidades de saúdetradi-
cionais, além das com estratégia
saúde da família, desde o final
de 2022. Éimprescindível que se-
jam mantidos os treinamentos e
monitoramento pela equipetécni-
ca do DTAS, da STS e UVIS para
que este profissional mantenha o
foco em suasatribuições e traga
melhorias para o serviço de saúde.
PALAVRAS-CHAVE
ENFERMEIROS RTS
FERREIRA, SIMONE
estratégia desenvolvida pelo se-
tor de Educação emSaúde da
SAS-Seconci a fim de mapear as
qualificações técnicas de seus pro-
fissionaispara direcionamento do
desenvolvimento de ações as-
sertivas em EducaçãoPermanen-
te. o Objetivos Específicos ? Mape-
ar as qualificações pregressas dos
nossoscolaboradores, tanto os
de contrato (territórios de Ermeli-
no Matarazzo e de Penha),quanto
os de termo de convênio (Hospital
Ignácio Proença de Gouvêa (HIPG)
e Hospital Hospital Municipal Dr.
Benedicto Montenegro (HMBM)).
? Levantar dados dequalifica-
ções pregressas dos nossos co-
laboradores para pautar as ações
de EducaçãoPermanente a fim de
desenvolvê-los e qualificar os ser-
viços prestados aos usuários na-
sUnidades de Saúde administradas
pela SAS Seconci.
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento dessa
9

estratégia, foram levantadas, jun-
to aos DepartamentosTécnico de
Atenção à Saúde e de relações
Médicas da SAS-Seconci, quais
seriam asqualificações consi-
deradas essenciais e importan-
tes para as unidades de Saúde
denossa administração, incluindo
os treinamentos já realizados e
administrados pelo setorde Edu-
cação em Saúde. Foram levan-
tados 148 temas assistenciais e
35 temasadministrativos, divididos
por categorias. Assim, criamos
um instrumento no aplicativoMi-
crosoft Forms para que os profis-
sionais respondessem, conforme
a sua categoria deatuação, quais
qualificações possuem. Esse ins-
trumento é enviado, periodicamen-
te, àsunidades de saúde de admi-
nistração da SAS-Seconci, com o
objetivo de atingir aomenos 90%
do quadro de colaboradores da
assistência atuantes na OSS,
paraatualização de suas qualifica-
ções. Após o preenchimento desse
instrumento, os dadossão trata-
dos via Power Query e Power
BI para se transformar no indi-
cador dequalificações técnicas,
que serve para direcionar o
desenvolvimento de açõesedu-
cativas nos territórios. Esse mo-
delo de instrumento está sendo
concretizado desde2021, embora
tenha iniciado sua construção
desde 2019. Importante salientar
que agestão de treinamentos é
SÃO PAULO
PROCESSO DO TRABALHO DE GESTORES DA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19
ROBERTA SILVA APPARECIDO, AGATHA SCARPA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A compreensão do processo de
trabalho dos gestores da APS no
contexto dapandemia, a partir da
identificação e análise das ações
executadas, da organização dotra-
balho, bem como das potenciali-
10
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
realizada para os contratos de
gestão dos territórios deErmelino
Matarazzo e Penha. Por serem
termos de convênios, os hospi-
tais HMBM eHIPG não entram no
Plano de Educação Permanente da
OSS visto que está inserido noPla-
no de Educação da Autarquia.
RESULTADOS
Em 2021 enviamos o instrumento
apenas uma vez, mês de agos-
to. Devido à altarotatividade dos
profissionais da assistência e
consequente desatualização dos
dados,desde 2022, enviamos o
instrumento semestralmente, me-
ses de fevereiro e agosto. Em2021
conseguimos atingir 91,1% (3.419)
do total de colaboradores assis-
tenciais, sendo1.282 do contrato
de gestão do território de Er-
melino Matarazzo, 1.641 do de
Penha,248 do HMBM e 248 do
HIPG. Em fevereiro de 2022, al-
cançamos novamente a metacom
92,8% (3.565) de colaboradores
que responderam ao instrumento,
sendo 1.176 doterritório de Ermeli-
no Matarazzo, 1.826 do território de
Penha, 279 do HMBM e 254 doHI-
PG. E, em agosto de 2022, atingi-
mos 92,2% (3.623) dos colabora-
dores, sendo 1.339do território de
Ermelino Matarazzo, 1.793 do ter-
ritório de Penha, 262 do HMBM e
292do HIPG. Neste último levan-
tamento, incluímos o mapeamen-
dades e das limitações a partir do
olhar do gerente éde extrema im-
portância para a compreensão da
dinâmica do Sistema Único de
Saúdeem situações emergenciais.
OBJETIVOS
to também aos gestores das uni-
dades (gerentes, coordenadores
e supervisores locais). A partir
desses dados,realizamos o dire-
cionamento de vagas de capacita-
ção de Avaliação Muldimensional
daPessoa Idosa (AMPI), Práticas
Integrativas e Complementares
em Saúde (PICS):auriculoterapia,
aromaterapia, dança circular,
entre outras, disponibilizadas
pelasSupervisões Técnicas de
Saúde, Coordenadoria e Esco-
la Municipal de Saúde.Também,
foi possível propor ações para
o Plano Municipal de Educação
Permanenteem conjunto com ou-
tras ferramentas.
CONCLUSÕES
A utilização desta estratégia permi-
tiu mapear as qualificações técni-
cas dos profissionaisda SAS-Se-
conci e direcionar as vagas
para as unidades que possuíam
menorquantitativo de profissio-
nais qualificados nos treina-
mentos oferecidos. Assim,con-
seguimos gerenciar e desenvolver
ações assertivas em Educação
Permanente,contribuindo para
qualificar e ampliar os serviços
prestados aos usuários das nos-
sasUnidades de Saúde.
PALAVRAS-CHAVE
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM
SAUDE
Este projeto tem como objetivo
compreender o processo do tra-
balho dos gestores daAtenção
Primária à Saúde (APS) no contexto
da pandemia da COVID-19.
METODOLOGIA
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
Trata-se de um estudo de aborda-
gem qualitativa, descritivo-explora-
tório, com coleta dedados realizada
por meio de entrevistas semiestru-
turadas com gerentes da APS de
umaSupervisão Técnica de Saúde
(STS), no município de São Paulo.
A análise temática deconteúdo foi
realizada à luz do referencial teórico
do processo de trabalho em saúde
naAPS e da gestão em saúde na
APS.
RESULTADOS
Os resultados deste estudo, apon-
taram os desafios vivenciados pe-
los gestores frente àsmudanças na
dinâmica de trabalho na APS,
cujas ações envolveram a ges-
tão doserviço, do pessoal e do
cuidado. Para coleta de dados,
foram realizadas 11 (onze)entre-
vistas online, realizadas através
da plataforma Google Meet,
com posteriortranscrição e suas
discussões separadas nas se-
guintes categorias de análise em-
SÃO PAULO
REORGANIZAÇÃO DE FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO A
DEMANDAS EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA UVIS ITAQUERA
DAVID AUGUSTO FANTINI, JOÃO GABRIEL ZERBA CORRÊA, SILVANA COSTA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em 13 de agosto de 2020, a Se-
cretaria Municipal de Saúde (SMS),
através do Decreto59.685/2020,
reorganiza seu organograma, e
para isso realiza a descentrali-
zação deatividades da Coorde-
nadoria de Vigilância em Saúde
(COVISA). E devido a isso, asU-
nidades de Vigilância em Saúde
(UVIS) tornam-se totalmente exe-
cutadores dedemandas, inclusive
aquelas de alta complexidade,
como por exemplo: inspeções
emclinicas de hemodiálise, Unida-
des de Pronto Atendimento (UPA)
e fábricas. Devido aessa mudan-
ça de estratégia, as UVIS neste
dado momento, começam a re-
Volume 7
temas: ações dos gestores da APS
no contexto da pandemia do CO-
VID-19 e subtemas:reorganização
do processo de trabalho a partir
de novas ações, novas estraté-
giasdesenvolvidas para otimizar o
processo de trabalho e gestão
diária para novosprocessos de
trabalho; percepções dos gesto-
res na APS no contexto da pan-
demia do COVID-19 e subtemas:
limitações e potencialidades.
CONCLUSÕES
Conclusão: A percepção dos
gestores em relação ao processo
e trabalho das equipesda APS
durante a pandemia da CO-
VID-19 de ordem sanitária mun-
dial gerouconhecimentos para fu-
turos eventos sanitários, no tocante
a reorganização das equipesda
APS. A gestão de equipes em um
processo de trabalho extrema-
mente imprevisível epermeado por
tensionamentos não foi tarefa fácil,
contudo determinou o avanço teó-
alizarimediatamente o atendimento
dessas demandas, porém de forma
morosa e conturbada,sem ser efi-
ciente ou eficaz Em 2022, a UVIS
de Itaquera, setor de vigilância
sanitária,apresentava em seu do-
mínio, mais de 500 processos
estagnados em diversas eta-
pas,além de 160 ouvidorias com
até dois anos demandadas, e
outras sem registros. Alémdisso,
havia diversas reclamações oriun-
das a não respostas ou em prazos
expirados deórgãos demandantes.
E isso ocorre devido à sobrecar-
ga de novas demandas, alémda-
quelas que estavam represadas
em COVISA que vieram com a
descentralização,além dos técni-
ricoe de expertises em gestão de
equipes sem precedentes. A APS
se viu em processo dereorganiza-
ção com a criação de novos flu-
xos, onde as redes de atenção,
através deplanejamento estratégi-
co intenso, viram a modificação
da dinâmica de trabalho nunca-
visto antes. Novos fluxos para
manejo de sintomáticos, lacunas
de informação,manutenção da
qualidade frente às adversidades
e não interrupção de atendimento
aospacientes crônicos, o matri-
ciamento diário de novos pro-
cessos, o adoecimento dostra-
balhadores, motivar o engajamento
dos profissionais de suas equipes
foram desafiosque impactaram na
rotina de trabalho e também os
exauriram, mas ao mesmo tempo
osfizeram desenvolver ferramentas
de trabalho valiosas.
PALAVRAS-CHAVE
Gestão, Pandemia COVID 19
cos terem que ser capacitados em
inspeções complexas, em tempo
não hábil
OBJETIVOS
Identificar os pontos frágeis de
atendimento as demandas solici-
tadas a vigilânciasanitária, e alinhar
e melhorar na resolução das mes-
mas com aumento da eficiência
METODOLOGIA
Inicialmente, após a exposição
da problemática, foram realizadas
reuniões com aequipe técnica e
seu coordenador para compreen-
são dos gargalos do atendimento
emotivos do represamento das
demandas. Após esses enten-
11

dimentos, inicialmenterealizamos
alguns brainstorms com toda a
equipe para criação de fluxo-
gramas eorganizações de aten-
dimento dessas demandas, de-
terminando, prazos e processos.
Mediante a isso, conseguiu-se
imediatamente o andamento de
algumas demandasestagnadas.
Em seguida, se reestruturou a
parte digital das atividades. Para
issoconcentrou-se todos os pro-
cessos em apenas uma platafor-
ma (do OUVIDORSUS parao SEI),
organizando todos e agrupando
as mesmas demandas que esta-
vam sendoatendidas duplamente,
ou até, mais vezes. Depois, após
todos os processos, na mesma-
plataforma e qualificados ade-
quadamente, pode-se determinar
prazos, graus deimportância e
complexidade. Para isso, utilizou-
-se ferramentas do próprio sis-
tema,como marcadores. E essas
ferramentas tem como caracte-
rística a simplicidade e oproces-
so lúdico, sendo coloridos e de
fácil visualização nessa gama de
processos,baseado no sistema
Kanban de gestão de processos.
Aproveitou-se também paraatri-
buir cada processo a técnicos
específicos. Organzando-se o
SÃO PAULO
DESAFIOS E INOVAÇÕES PARA A GESTÃO E COORDENAÇÃO DO
CUIDADO DE CASOS COMPLEXOS EM TEMPOS DE PANDEMIA
GISELLE APARECIDA MACHADO, MICHELE PEIXOTO QUEVEDO, LILIANE ROSA
OLIVEIRA, SHAIDDY ARAUJO FARIA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A pandemia de Covid-19 re-
percutiu diretamente nos fa-
tores biomédicos eepidemio-
lógicos em escala global, além de
trazer muitos impactos sociais,
econômicos,políticos, culturais e
históricos sem precedentes na
história recente das epidemias.
Diante deste cenário pandêmico, a
12
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
atendimento dedemandas com
o mesmo quantitativo de recur-
sos, principalmente humanos,-
melhorando a eficácia, efetividade
e qualidade do serviço.
RESULTADOS
Como produto inicialmente tive-
mos a criação de fluxogramas
e procedimentosoperacionais
padrão, ainda de caráter simples,
os quais agilizaram e organizou o
setor.Em seguida a criação de
ferramentas (baseado no méto-
do Kanban de gestão) lúdicas-
para organização processual: por
exemplo temos em relação aos
prazos a cor verde,com tempo
hábil para atendimento; a cor ama-
rela, para processos próximo aos
prazosde atendimento e verme-
lho, para processos com prazo
expirado. Já a utilização deoutros
marcadores colorimétricos, para
identificação do tipo de estabele-
cimento e suacomplexidade e, fi-
nalizando, marcadores específicos
para atribuição de cada proces-
sopara cada técnico especifico.
Com tais atividades, finalizamos
todos os processoscontidos no
OUVIDORSUS, e finalizamos dois
terços dos processos abertos no
Rede de Saúde (RAS), enfrentou um
grande desafio:prestar atendimen-
to emergencial à população com
quadros graves de contaminação
porCovid-19. Entretanto, os casos
complexos, já acompanhados pe-
las equipes de AtençãoBásica, ne-
cessitavam manter a atenção e as
intervenções realizadas e previstas
pelosprofissionais. Nesse período
SEI. Etivemos o aumento da finali-
zação mensal média de processos
administrativos em 124%,e melhora
na velocidade de resposta a órgãos
demandantes com a mesma quan-
tidadede recursos disponíveis.
CONCLUSÕES
Através desse trabalho obtém-
-se uma melhora significativa
no atendimento dedemandas
na vigilância sanitária. E, portan-
to, uma melhora na qualidade e
rapidez derespostas aos órgãos
solicitantes, e não, como também
aos munícipes, proporcionandoas-
sim diminuição de riscos à saúde
da população, e também indireta-
mente aumento nasaúde financei-
ra do Município com a liberação
de licenças de estabelecimentos-
qualificados. E tal experiência é
possível realizar a replicação em
diversas unidades,utilizando os
mesmos recursos, tão escassos
no setor público, e rearrajando
ofluxograma e usando ferramentas
já existentes, sem investimento ex-
tra, com resultados benefícos
PALAVRAS-CHAVE
REORGANIZAÇÃO - FLUXOS - VI-
GILANCIA
todos tiveram que se reinventar, e
a estratégia adotadapela equipe de
Assessoria Técnica Multiprofissio-
nal da Rede Santa Marcelina Saúde
foioportunizar encontros via web
conferência para todos os profis-
sionais que compõe arede de ser-
viços de saúde, de diferentes moda-
lidades e complexidade assistencial,
paradiscutirem os casos complexos
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
e seus desdobramentos. Tendo em
vista a necessidadede manter a atu-
alização acerca do cuidado inter-
profissional do trabalho em saúde,
dasdiferentes categorias e seus
campos de atuação assistencial
e organizacional, econsiderando
a complexidade dos níveis da RAS,
fez-se necessário lançar mão de
umaestratégia que oportunizasse
alinhamentos, atualização técnica
e de processos detrabalho que
pudessem promover a ampliação
da qualificação do cuidado e mane-
jo decasos complexos.
OBJETIVOS
Proporcionar encontros para
alinhamento, aprimoramento e
capacitação para asequipes mul-
tiprofissionais da RAS, com vistas
na qualificação de competências
técnicase processuais no manejo
de casos complexos.
METODOLOGIA
Foi desenvolvida proposta de
Roda de Conversa para discus-
são de casos complexos com a
identificação das principais neces-
sidades de educação permanen-
te junto aosprofissionais da Rede
Santa Marcelina Saúde. Foram
selecionados casos complexo-
sem acompanhamento e de difícil
manejo, por unidade, considerando
motivo da escolhado caso, nome
do usuário (iniciais), sexo, idade,
escolaridade, profissão/ocupação,-
território que habita, UBS de re-
ferência, crença (religião), estado
SÃO PAULO
MEDIDAS EDUCACIONAIS NA ADESÃO AO PROTOCOLO DE
DOR TORÁCICA NO HOSPITAL MUNICIPAL DE CID TIRADENTES
LUIZ ALBERTO CERQUEIRA BATISTA FILHO, DENISE LEMES FREITAS, JULIANA
BERGANTINI MARIANO, LARISSA SERAPHIM MEDEIROS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Síndrome Coronariana Agu-
da (SCA) é a principal causas
Volume 7
civil, configuração dafamília que
mora no domicílio, caracterização
do domicílio (organização em ter-
mos decômodos), motivo do en-
caminhamento, avaliação inicial,
relação terapeuta-paciente,relação
terapeuta-família, desenvolvimento
do cuidado, número de atendi-
mentos até opresente momento,
estratégias de cuidado escolhidas
pelo terapeuta, evolução doqua-
dro inicial, momento atual do pa-
ciente. Antes da execução da Roda
de discussão, aAssessoria Técnica
Multiprofissional analisou os ca-
sos compartilhados a fim de-
selecionar e organizar o processo
de discussão no coletivo, que fo-
ram realizadas viaweb conferência
e teve a participação de toda equipe
multiprofissional dos serviços dare-
de. Foram contemplados 3 casos
por roda de discussão, consideran-
do a duração de04 horas. A cada
caso discutido foram abordadas
questões técnicas de manejo,apri-
moramento e atualizações de
protocolos, recursos do território
disponíveis para asintervenções da
equipe multiprofissional e troca de
experiências entre os profissionais
RESULTADOS
Foram realizados 16 encontros,
entre os anos de 2020 e 2021,
contando com aparticipação da
equipe multiprofissional de saú-
de de todos os serviços da RAS
equando necessário houve convite
para a participação da rede interse-
torial. Os encontrosoportunizaram
de mortalidade no mundo,sen-
do responsável por 16% do total
de óbitos1. No Brasil, entre 2000 e
a abordagem de algumas temá-
ticas considerando necessidade
doterritório e o perfil epidemio-
lógico, como por exemplo: saú-
de mental, reabilitação depessoas
com deficiência, violência e elabo-
ração de Projeto Terapêutico Singu-
lar, tendocomo base a discussão
de casos complexos reais com-
partilhados pelos profissionaisdas
unidades. Houve participação ativa
por parte das equipes durante os
encontros, fatoque facilitou a iden-
tificação de novos casos comple-
xos nas unidades. Evidenciou-se-
maior busca dessas equipes por
apoio da Assessoria Técnica para
o manejo dessescasos o que le-
vou à realização de algumas web
conferências que não haviam si-
doplanejadas de forma a atender a
demanda dos novos casos.
CONCLUSÕES
Mesmo diante de um cenário
de isolamento social, essa es-
tratégia oportunizou aintegração e
articulação da rede, possibilitando
a continuidade dos cuidados pres-
tadospelas equipes da Atenção
Básica. As discussões sensi-
bilizaram as equipesmultipro-
fissionais quanto a importância
do trabalho interdisciplinar para a
identificação emanejo de casos
complexos, considerando o traba-
lho em rede.
PALAVRAS-CHAVE
TÉCNICAS PROCESSUAIS; EQUI-
PE MULTIPROFISSIONAIS;
2016, de acordocom a Secretaria
de Vigilância em Saúde, as cinco
principais causas de mortalida-
13

deforam, pela ordem: 1- Doença
Isquêmica do Coração; 2- Doen-
ça Cerebravascular; 3-Doença de
Alzheimer; 4- Infecção de Vias
Aéreas Inferiores; e 5- Doença
PulmonarObstrutiva Crônica2. Sua
prevalência no mundo está alta-
mente associada a um estilode
vida e hábitos de vida pouco sau-
dáveis, com tabagismo e alimen-
tação de baixaqualidade, além de
predisposição genética. Diante de
tamanho impacto causado portais
patologias, foi necessário padro-
nizar o atendimento à SCA,
desenvolvendoprotocolos eficien-
tes para atender estes pacientes. O
Protocolo de Dor Torácica é parte-
fundamental da maioria dos hospi-
tais. Em 1974, Shoemaker anunciou
o nascimento deprotocolos na me-
dicina, e esta é a realidade da medi-
cina hospitalar atual3. No entanto,a
implantação destes protocolos é um
desafio considerável para gestores
e profissionaisda linha de frente. No
Hospital Santa Marcelina de Cidade
Tiradentes, havia uma baixaadesão
ao Protocolo de Dor Torácica, com
grande dificuldade na realização e
avaliaçãode eletrocardiograma em
tempo hábil, assim como atraso
na liberação da troponina.Havia
uma adesão ao Protocolo de Dor
Torácica de 13,64% em Janeiro de
2022
OBJETIVOS
O objetivo do presente estudo foi
aumentar a adesão ao protocolo
de dor torácicaatravés dos mar-
cadores previamente definidos, o
reconhecimento do paciente ele-
gívelao protocolo e tomada de
decisão imediata, proporcionando
um desfecho clínicopositivo, mini-
mizando os riscos de morbidade e
mortalidade
METODOLOGIA
Foram traçadas metas de acordo
com o Protocolo: meta 1- Re-
alização de eletrocardiograma em
menos de 10 minutos e avaliação do
mesmo pelo médico em até5 minu-
14
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
tos; meta 2- administração de aci-
do acetilsalicílico (AAS) 200mg em
até 1 hora;meta 3- resultado de
troponina em até 1 hora; meta 4-
trombólise em até 30 minutospara
pacientes com infarto agudo do
miocárdio com elevação do seg-
mento ST(IAMCSST). A adesão a
cada uma destas metas foi medi-
da através de revisão deprontuário
ao final de cada mês. A abertura
do protocolo podia ser feita por
qualquermembro da equipe de
enfermagem ou médica, e preci-
sava ser validada pelo médico,que
determinava quais fichas segui-
riam. A adesão ao Protocolo foi
anotadamensalmente entre Janeiro
e Outubro de 2022, como forma
de avaliar o efeito dasmedidas
educativas. Só foram considerados
como conformes os Protocolos em
que as4 metas forma atingidas.
Não obstante, foi realizada uma
análise individual de cadameta e
de sua taxa de conformidade.
RESULTADOS
As medidas educativas foram inicia-
das em Fevereiro, com treinamento
dos técnicos deenfermagem. Em
Março, foram treinadas as equipes
médicas e de enfermeiros. AtéAbril
de 2022, a adesão ainda encontra-
va-se em torno de 13%, porém, a
partir de Maio,já havia uma me-
lhora expressiva dos resultados,
com uma adesão ao Protocolo
de35,48%. Em Setembro de 2022
foi atingida a adesão máxima ao
Protocolo, com 54,05%de confor-
midade. Destaque-se que houve
uma melhora expressiva em todas
as 4metas traçadas. Em janeiro
de 2022, a realização de eletro-
cardiograma em até 10minutos
estava em 59% e sua avaliação pelo
médico em até 5 minutos estava em
69%.A partir de Junho, o menor va-
lor de conformidade para estes dois
itens, que configurama meta , ja-
mais estiveram abaixo de 84,48%
e 86,21% respectivamente. Já a
meta 2,que em Janeiro encontrava-
-se em 51,52%, chegou a 94,80%. A
meta 3, em Janeiro de2022, estava
com uma taxa de conformida-
de de 48,48%. Após treinamento
com olaboratório, alcançou-se uma
liberação de resultado de troponina
em até 1 hora em até84,40% das
vezes no mês de Agosto, nunca fi-
cando abaixo de 75,96% a partir
de Julho.Com relação ao uso de
trombolítico em até 30 minutos
para aqueles com IAMCSST,que
constitui a meta 4, em Janeiro
já apresentava conformidade de
100%. Houvealgumas oscilações,
com uma queda importante em
Maio, que teve uma taxa decon-
formidade de 47,89%, e também em
Setembro, com 66,67%. Na maioria
dos meses,esta meta permaneceu
com 100% de conformida
CONCLUSÕES
Os resultados mostram que as
medidas educacionais tiveram um
impacto importante naadesão ao
Protocolo de Dor Torácica no HS-
MCT. Todas as metas tiveram me-
lhora daconformidade, com ex-
ceção da meta 4, que já era
alta. O treinamento individual dos
colaboradores mostrou-se efetivo,
ainda que haja espaço para me-
lhorias. Não hádúvidas de que o
uso de Protocolos é parte fun-
damental da rotina hospitalar, e
que odesenvolvimento dos mes-
mos deve ser priorizado. No en-
tanto, é muito importantedestacar
que criar tais documentos passa
muito longe da sua efetiva imple-
mentação,sendo essa a principal
dificuldade enfrentada por insti-
tuições de saúde ao redor do-
mundo. Muito embora os colabo-
radores muitas vezes saibam que
existe um protocolo,frequentemen-
te desconhecem suas nuances. É
fundamental que o Protocolo de
DorTorácica seja explicado a todos
de maneira colaborativa.
PALAVRAS-CHAVE
EDUCAÇÃO PERMANENTE, PRO-
TOCOLOS
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
DESIGN THINKING E PROCESSO DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE. UMA FERRAMENTA PARA INOVAÇÃO
SILVIA CRISTINA EVANGELISTA DO REGO, THALITTA CRISTINA KEATING,
ELIZIMARA FERREIRA SIQUEIRA, CRISTIANE REGINA MORAIS, MARINA ENIT NG,
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O projeto de mentoria foi criado
através da Pós-Graduação En-
fermagem em AtençãoPrimária à
Saúde com Ênfase na Prática Clíni-
ca, uma parceria com o Instituto Is-
raelitade Responsabilidade Social
Albert Einstein (IIRS) e Instituto Is-
raelita de Ensino ePesquisa Albert
Einstein (IIEP) com a Secretaria
Municipal de Saúde de São Pau-
lo.Nessa experiência escolhemos
um tema e problematizamos em
nossos locais detrabalho visando
a entrega de possíveis soluções às
Unidades e equipes, mediante um-
produto viável de aplicação e repli-
cabilidade. Todas essas interfaces
foram mediadaspor uma mentora
com expertise no tema. O nosso
grupo teve como tema o Processo
deEnfermagem, fomos direciona-
das a levantar os problemas
da prática do temajuntamente
com nossos colegas de trabalho.
Após isto, o grupo realizou a prio-
rizaçãodos problemas através de
gradações de importância, priori-
zando o seguinte problema:inter-
rupções constantes das consultas
do Enfermeiro, o que impossibilita
o raciocínioclínico, dificultando a
detecção da necessidade humana
do usuário e muitas vezesprodu-
zindo uma consulta de enferma-
gem mecanizada. O trabalho se
justifica,considerando que a partir
da priorização desse problema iden-
tificamos que o processode trabalho
das unidades e equipes ampliam
essa problemática. O presente pro-
jeto visamelhorar esse processo
de trabalho e mostrar de maneira
sistematizada, possíveissoluções
para a melhoria da consulta de
Enfermeiro através do processo
de enfermagem.
Volume 7
OBJETIVOS
Melhorar o processo de trabalho
nas unidades básicas de saúde
qualificando a consultade Enfer-
meiro, através da operacionaliza-
ção do processo de Enfermagem
na APS,utilizando a metodologia de
Design Thinking para a construção
de soluções aplicáveis àprática.
METODOLOGIA
Foi utilizada uma metodologia
usada para a criação de novos
produtos, serviços,processos ou
para resolução de problemas
denominada Design Thinking
(DT).Caracteriza-se como uma
forma sistematizada de solucionar
diversos problemas,inclusive, na
área da saúde, se constituindo
com um método científico apli-
cado aproblemas reais, refinando
as ideias. É compreendido em 5
etapas: empatia, queconsiste em
falar com as pessoas envolvidas
ou parte interessadas; definição,
realizaruma tempestade de ideias
e compartilhamento de ideias;
idealização, criar ideias eexplo-
rar soluções, ver ideias diferentes
e aprimorar as ideias; protótipo,
hora deconstruir e pensar em todas
as possibilidades para que não haja
falha, pode se utilizar,storyboard,
checklists; teste, testar com os
consumidores. Nesta metodolo-
giaadaptamos esses passos às
etapas do processo de enferma-
gem. Empatia foi a coletade da-
dos, a definição foi o diagnóstico, a
idealização como planejamento, o
protótipo aimplementação e o tes-
te a avaliação. Realizamos então
uma oficina, sendo convidadospe-
la supervisão técnica de saúde,
enfermeiros que atuam na assis-
tência e gestãorepresentando as
unidades de Itaquera, região les-
te da cidade de São Paulo, co-
mopúblico alvo e compondo as
partes interessadas na temática
elencada, totalizando 21pessoas,
e dentre eles além dos enfermeiros
da assistência, uma supervisão, 1
gerentee 3 Responsáveis Técnicos.
RESULTADOS
A oficina iniciou com a expres-
são do sentimento em relação
ao processo deenfermagem,
sendo expectativa, evolução, vi-
tória, autonomia e conhecimen-
to asrespostas mais citadas. 1ª
etapa, empatia - Coleta de dados:
solicitado a descrição dosproble-
mas que enfrentam no cotidia-
no e interferem no processo de
enfermagem. 2ªetapa, definição
- Diagnósticos, os subgrupos tra-
balharam os problemas elenca-
dosaprofundando, por que eles
acontecem, as prováveis causas
e os impactos de cadaproblema
no serviço. Após esse momento
cada grupo apresenta seu trabalho
a todos epodem incluir em seus
próprios checklists se acharem
necessário. Nesta etapa ainda,os
grupos são desafiados a renomear
os problemas, categorizando-os da
melhor forma.3ª etapa, idealização,
Planejamento, os grupos passam a
parear todos os diagnósticoscom
os resultados que pretendem
atingir.. Nesta etapa os proble-
mas são unificados eas ideias
para solução dos problemas
são elencadas. 4ª etapa, pro-
tótipo -Implementação. Depois
que o grupo levantou todos estes
questionamentos foi realizadopro-
postas palpáveis dentro da sua
governabilidade. 5ª etapa, teste
- Avaliação, foivalidado em con-
15

junto com as pessoas presentes,
que avaliaram as ideias de todos
osgrupos quanto a viabilidade e
aplicabilidade, possibilitando a
mudança no processo detrabalho
das suas unidades e serviços.
Todos se comprometeram em
realizar mudanças, aplicando as
ideias elaboradas.
CONCLUSÕES
SÃO PAULO
PROGRAMA DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES PARA
GESTORES DOS SERVIÇOSDE SAÚDE
CAMILA DE OLIVEIRA BEZERRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As capacitações e treinamen-
tos profissionais são estratégias
de desenvolvimento,valorização
da força de trabalho, tendo
como consequência o cresci-
mento daorganização, satisfação
profissional, qualificação da for-
ça de trabalho e motivação da
equipe. Competência da Equi-
pe de Treinamento e Desen-
volvimento (Gestão dePessoas),
norteando as ações dos colabo-
radores para o cumprimento das
metas,alinhamento das políticas
de RH com as estratégias da or-
ganização, entre outras. Ocenário
corporativo está cada vez mais
competitivo, exigindo dos profis-
sionais nãosomente habilidades
técnicas, mas comportamentais,
soft skills, para um melhorde-
sempenho e performance profis-
sional. Nesse contexto, chamamos
a atenção para odesenvolvimento
dos gestores dos serviços de
saúde, em especial nas compe-
tênciasde cargo de liderança um
diferencial competitivo. O pipeline
da liderança é umametodologia
desenvolvida pelo estudioso do
tema Ram Charam, e classifica
osdiferentes níveis de liderança
16
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
O presente trabalho, possibili-
tou além da compreensão so-
bre o Processo deEnfermagem
e sua aplicação na prática, nos
possibilitou ainda aplicar uma no-
vaferramenta para a solução de
problemas nos locais de trabalho,
constituindo umainovação para a
área de saúde. Sabemos que as
mudanças começam nas pessoas
e ametodologia apresentada per-
em uma organização, seus re-
quisitos e caminhos para osuces-
so na liderança. O autor aborda
os seguintes níveis e posições
para exercer aliderança: geren-
ciar a si mesmo, gerenciar os ou-
tros, gerenciar gerentes, gerenciar
umaoperação, gerenciar um negó-
cio, gerenciar um grupo e gerenciar
uma empresa. Assim,elaborou-se
um programa de desenvolvimen-
to de líderes, a partir da avalia-
ção dedesempenho dos gestores
de unidades de saúde e aplicação
da metodologia DISC doperfil com-
portamental de cada gestor.
OBJETIVOS
Implementar um programa de de-
senvolvimento e aperfeiçoamento
de competências do Gestor, de
acordo com as necessidades
para o exercício da função, da
cultura eestratégia organizacional
da empresa.
METODOLOGIA
A primeira etapa do programa
foi a aplicação da avaliação de
desempenho dos 45gestores de
serviços de saúde públicos do mu-
nicípio de São Paulo, situado na
zona Sul,administrados por uma
mite essa implicação na resolu-
ção dos problemas. Otrabalho
também reitera a importância das
decisões compartilhadas para
mudarmos opadrão de assistência
das nossas unidades e fazer valer o
respeito, o empoderamentoe o or-
gulho de ser enfermeiro.
PALAVRAS-CHAVE
PROCESSO TRABALHO;
Organização Social, incluindo
autoavaliação, seguido da apli-
cação da metodologia DISC de
avaliação de perfil comportamen-
tal, com feedbackrealizado por
psicólogo. Essa etapa aconteceu
entre março e junho/22. Após essa
etapafoi realizado um mapeamento
dos perfis comportamentais. Por
último, implementou-se oprograma
Desenvolvimento de Líderes, ba-
seado nas competências essen-
ciais e nascompetências observa-
das no resultado das avaliações
de desempenho. O programateve
início em agosto/22, com o último
encontro em novembro/22. O re-
torno é previstopara fevereiro de
2023. O lançamento do programa
aconteceu em agosto/22, com
aparticipação da diretoria da em-
presa, apoio e fala do CEO e
da diretoria executiva, edurou 4
horas, com um palestrante abor-
dando o que são competências,
habilidades eatitudes, valores e
entrega. Foi apresentado o progra-
ma aos gestores, com objetivos e
ametodologia utilizada, sendo um
encontro por mês, com duração
de 8 horas, comconteúdo das
competências essenciais do ges-
tor. As competências trabalhadas
desetembro a novembro foram:
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
comunicação, inteligência emo-
cional e gerenciamento dotempo,
com palestrantes com expertise
no tema. No término de cada
encontroaplicamos a avaliação de
reação, onde podemos observar
a percepção dos gestoresem re-
lação a cada competência.
RESULTADOS
Foram realizadas 45 avaliações
de desempenho dos gesto-
res e aplicação dametodologia
DISC. No lançamento do programa
tivemos a participação de 69 ges-
tores,pois foram convidados alguns
gestores da coordenação central. A
primeira competênciafoi comunica-
ção e tivemos a participação de
57 gestores, com 50 respostas
naavaliação de reação. A segun-
da competência foi inteligência
emocional e tivemos aparticipa-
ção de 58 participantes e 44 res-
ponderam a avaliação de reação.
SÃO PAULO
IMPLEMENTAÇÃO FICHA ELETRÔNICA ESTRATIFICAÇÃO DE
RISCO CARDIOVASCULAR E DO PAP-LINHA DE CUIDADO DCNT
VIVIANE COSTA RIBEIRO, CAROLINA BELTRAMINE DE CARVALHO DONOLA, ELIETE
CRISTINA BERGAMO ALVES, TATIANA DOMINGOS RAMOS, EDILY ANDRADE CRUZ
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em meados de abril de 2022
a Secretaria Municipal de Saú-
de (SMS) realizou umareunião de
lançamento do método da estratifi-
cação de risco cardiovascular, pro-
posta noProtocolo Cuidando de
Todos. Em continuidade, ocorreu
o lançamento da fichaeletrônica
Estratificação de Risco Car-
diovascular no e-Saúde e do
Plano deAutocuidado Pactuado
(PAP), a qual envolveu a Supervi-
são Técnica de Saúde (STS) deEr-
melino Matarazzo, o Departamen-
to de Atenção à Saúde (DTAS) da
SAS Seconci-SPe as Gerentes das
UBS.
Volume 7
A terceiracompetência foi geren-
ciamento do tempo, com 47 par-
ticipantes e 32 respostas. Aavalia-
ção de reação incluiu notas de 0 a 5,
para as seguintes questões: De 0 a
5 o quevocê achou do 1º Encon-
tro do Programa de Desenvolvi-
mento de Líderes? De 0 a 5 oque
achou do conteúdo apresentado no
evento? De 0 a 5 o que achou da
palestra? De0 a 5 o conteúdo apre-
sentado tem relação com o seu dia
a dia? De 0 a 5 quantas açõescomo
essa são importantes para
seu desenvolvimento profissio-
nal? Nas 3competências, tive-
mos um percentual de 95% para
nota 5 e 4% para notas 4 e
umaminoria representada por 1%
para notas 2 e 1.
CONCLUSÕES
Consideramos que o setor de
gestão de pessoas tem impor-
tante papel eresponsabilidades
OBJETIVOS
• Implementar a Linha de Cuida-
do das Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT)nas unida-
des básicas de saúde (UBS) do
território de Ermelino Matarazzo no
municípiode São Paulo – SP, ge-
renciadas pela Organização So-
cial de Saúde Superintendência-
de Atenção à Saúde do Serviço
Social da Construção Civil do Es-
tado de São Paulo(SAS Seconci-
-SP), por meio da aplicação da
Estratificação de Risco Cardiovas-
cular edo Plano de Autocuidado
Pactuado (PAP); • Ampliar o nú-
mero de profissionais dasequipes
multiprofissionais: nutricionistas,
Fisioterapeutas e farmacêuticos
no desenvolvimento da lideran-
ça. O Programa de Desenvolvi-
mentode Líderes é algo inovador e
estimula os gestores a performar
melhor, desenvolver suaequipe, na
autoavaliação e percepção com-
portamental para as atividades e
manejo com pessoas. No decorrer
dos encontros fomos percebendo
melhorias, mudanças e ajustes.É
um desafio enquanto treinamento
e desenvolvimento executarmos
uma ação queimpacta no perfil
comportamental do líder, pois é
algo subjetivo. Dessa forma, o re-
tornoe feedback dos gestores
que participam do programa é
fundamental para oaperfeiçoa-
mento do programa.
PALAVRAS-CHAVE
Liderança, gestão, programa de
desenvolvimento
nas UnidadesBásicas de Saúde do
Território; • Capacitar os profissio-
nais da Equipe Multiprofissionale
Enfermeiros para aplicação dos
instrumentos Ficha Eletrônica Es-
tratificação de RiscoCardiovascular
e Plano de Autocuidado Pactua-
do (PAP); • Monitorar a produção
dosprofissionais e a evolução dos
indicadores nas UBS.
METODOLOGIA
A SMS desenvolveu materiais di-
gitais de apoio com os tutoriais
acerca da realização daEstratifica-
ção de Risco Cardiovascular e
PAP. A aplicação destas ferra-
mentas foiabordada nas reuniões
gerenciais e reuniões técnicas
17

junto às categorias profissionais
envolvidas, as quais foram multipli-
cadoras das informações em suas
unidades. In loco,as UBS se orga-
nizaram em momentos de sensi-
bilização da equipe por meio de-
reuniões, oficina de aplicabilidade
das ferramentas e simulação de
aplicação dasmesmas.
RESULTADOS
Implementou-se a Linha de Cui-
dado das Doenças Crônicas com
a inclusão dasferramentas Estra-
tificação de Risco Cardiovascular
e Plano de Autocuidado Pactu-
ado(PAP) em todas as UBS do
território de Ermelino Matarazzo,
em decorrência dereuniões téc-
nicas e gerenciais e suas multi-
plicações (sensibilizações e ofici-
nas), e oemprego de materiais
digitais contendo tutoriais acer-
ca da aplicação destesinstru-
mentos. As ferramentas foram
utilizadas em momentos oportu-
nos como: AvançaSaúde – Dia ́
́D``, consultas individuais, grupos
terapêuticos, visitas domiciliares
eprojetos como o Desafio Cuidan-
do de Todos. E paralelamente, cada
unidade passou aacompanhar o
SÃO PAULO
CONSTRUÇÃO DE PROTOCOLO DE ATENDIMENTO E MANEJO
DO COMPORTAMENTO SUICIDA NO CAPS AD III JD. SÃO LUIZ
PATRICIA BORGES ZIBELLINI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
De etiologia multifatorial, o sui-
cídio - fenômeno atravessado
por estigmas, tabus evergonha
- tornou-se um problema a ser
enfrentado na área da saúde pú-
blica. A cada40 segundos uma
pessoa comete suicídio em al-
gum lugar do mundo, totalizan-
do maisde 700 mil mortes no ano.
Em nosso país, entre 2010 e 2019
foram notificadas 112.230mortes,
computando 9.454 no ano de
2010 e 13.523 no ano de 2019,
18
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
lançamento dos procedimentos
semanalmente. No ano de 2022
foramrealizadas 2.363 Fichas Ele-
trônicas de Estratificações de
Risco Cardiovascular e 329Planos
de Autocuidado Pactuado (PAP).
Houve a ampliação do número de
profissionaisNutricionistas, o que
caracteriza cobertura integral des-
se profissional em todas as UBSdo
território. O quadro de Fisiotera-
peuta também foi ampliado para
98%, limitado porquestões estru-
turais e físicas das UBS. Já a quan-
tidade de Farmacêuticos aumentou
deum para dois profissionais em
cada UBS.
CONCLUSÕES
A experiência da implementação
do PAP e da Estratificação de Ris-
co Cardiovascular éde fundamen-
tal importância para a atenção
à saúde integral da pessoa com
doençacrônica, acarretando em
avanços para as unidades e conse-
quentemente no cuidado emsaúde
para os usuários. A classificação
da gravidade que a estratifica-
ção de riscoresulta, permite que
sejam definidas as ofertas que se-
rão programadas de acordo como
significando umaumento de 43%.
É preocupante acompanhar o cres-
cimento dos casos no Brasil, indo-
na contramão da taxa mundial
global. A OMS, em seu primeiro
relatório sobreprevenção ao sui-
cídio divulgado em 2014, asse-
vera que existem medidas que
podemevitar essas mortes, como
a redução do acesso aos meios
de suicídio ou contatoregular por
telefone e visitas domiciliares. Sob
outro enfoque, Botega (2015) afian-
ça queo “medo de ser responsabi-
nível em que se encontra o pa-
ciente, avaliando, organizando e
garantindo que oatendimento a
cada usuário ocorra conforme
a sua necessidade. Atrelado a
esseinstrumento, o PAP propicia
a formalização da pactuação de
medidas de autocuidadoapoiado
entre o usuário e a equipe de
saúde, e permite que o paciente
entenda demaneira didática como
está sua pressão, assim como pac-
tue passos práticos e viáveispara o
cuidado à sua própria saúde, o
que pode impactar diretamente
no sucesso dotratamento. Além
disso, facilita para os profissio-
nais de saúde o monitoramen-
to daadesão aos cuidados pelo
usuário. Ressalta-se também a
importância da atençãomulti-
profissional para a pessoa com
doença crônica, uma vez que o
trabalho se tornaefetivo na articu-
lação de profissionais de distintos
núcleos, com seus saberes e prá-
ticas específicos
PALAVRAS-CHAVE
Plano de Autocuidado Pactuado
(PAP), DCNT
lizado pela morte de um paciente
leva muitos profissionais aevitar o
trabalho”, acrescentando que mes-
mo entre os que aceitam o desa-
fio existe umtemor que influencia
suas percepções. Diante de alguns
casos de morte por suicídio depa-
cientes do CAPS AD III Jd. São
Luiz, da vivência do impacto des-
se fenômeno naequipe, famílias,
usuários do serviço e comuni-
dade em geral, bem como do
crescentenúmero de pacientes
apresentando comportamento
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
suicida que variava desdepen-
samentos desestruturados até
comportamentos de planejamen-
to e tentativas deautoextermínio,
tornou-se urgente concretizar
um protocolo de ações objeti-
vandomanejos assertivos.
OBJETIVOS
Multiplicar o contingente de pro-
fissionais aptos a manejar esse
fenômeno humano tãocaro para
a saúde pública, desenvolvendo:
a) escuta qualificada para aco-
lher; b)avaliação quanti e qualita-
tiva do risco de suicídio; c) identi-
ficação de sinais de alertaverbais
e não verbais; d) avaliação de
fatores de risco e de proteção;
e) construçãoconjunta de um plano
de segurança para momentos de
crise; f) intervenções assertivas;g)
monitoramento dos casos e h) arti-
culação com serviços da rede, saú-
de e proteção.
METODOLOGIA
Primeiramente foi feita uma revi-
são bibliográfica relacionada ao
fenômeno estudado, visitando os
protocolos utilizados no Brasil e
no exterior, em busca de ma-
teriais quepudessem dar supor-
te às intervenções realizadas por
uma equipe multiprofissional.Para
qualificar os atendimentos fo-
SÃO PAULO
ATENDIMENTOS A MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
NO CAPS AD III JD.SÃO LUIZ.
PATRICIA BORGES ZIBELLINI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Lei Maria da Penha, nº 11.340,
sancionada em 7 de agosto de
2006, tem por objetivoa proteção
da mulher no âmbito da unidade
doméstica, da família ou relação
íntima deafeto, coibindo todos os
tipos de violência: física, psicoló-
gica, sexual, patrimonial emoral.
Volume 7
ram realizados alguns en-
contros com oscolaboradores-
buscando apropriação do tema,
sensibilização para a escuta
ativa,desenvolvimento de manejo
técnico com ações de prevenção
e proteção, bem como deinterven-
ções em momentos de crise.
RESULTADOS
Como resultado, foi criado um
protocolo de atendimento com-
posto pelas seguintesetapas, ao
ser identificado comportamento
suicida: 1. ÍRIS (Índice de Risco de
Suicídio):trata-se de uma triagem
quantitativa, podendo ser feito por
qualquer profissional dasaúde, de
fácil e rápida aplicação, com boa
sensibilidade para identificação
de riscoreduzido, intermediário ou
elevado (ANEXO 1). 2. Fluxogra-
ma de atendimento: quadroque
ilustra as etapas, sequências e de-
cisões do processo de atendimento
(ANEXO 2).3. Plano de Segurança:
modelo de plano de crise que
promove psicoeducação eauto-
conhecimento, favorecendo a au-
topercepção e desenvolvimento
de estratégiaspara situações de
risco (ANEXO 3). Hoje o CAPS
AD III Jd. São Luiz é composto
poruma equipe preparada para o
manejo de comportamento suici-
da, independentementeda função
que o colaborador ocupa no servi-
É o principal instrumento de en-
frentamento dessa grave violação
de direitoshumanos, com notados
benefícios e inovações, mas não
é suficiente para a erradicaçãodo
fenômeno. Segundo publicação
do Fórum Brasileiro de Seguran-
ça Pública (2022),nosso país bateu
recorde de feminicídios no primei-
ro semestre de 2022, registrando
ço, apresentando habilidades para
avaliar egerir riscos, manejar crises,
monitorar casos e articular rede,
em busca da promoção desaúde.
CONCLUSÕES
Em artigo, a professora Maria J. Ko-
vács, pontua que muitos profissio-
nais se perguntamo que fazer dian-
te de uma pessoa com ideação ou
tentativa de suicídio e, como defe-
sa,para não confrontar sua própria
incertezase negam a atender, por
vezes falam mais doque ouvem,
julgame até afirmam não querer
perder tempo cuidando de pesso-
as quequerem morrer (2018). As-
sim, tomando em contaos diver-
sos mecanismos de proteçãoque
surgem durante o atendimento,
sensibilizar e preparar a equipe
de saúde nosentido de apropria-
ção do fenômeno torna-se tão
relevante quanto a criação de
umprotocolo de manejo de com-
portamento suicida. A Educação
Permanente dos serviçosde saú-
de surge como espaço essencial
para retomada das discussões,
dúvidas eprotocolos, com intuito
de fortalecimento das estratégias
de prevenção ao suicídio.
PALAVRAS-CHAVE
SUICÍDIO, CAPS AD, EDUCAÇÃO
PERMANENTE
699casos entre janeiro e junho,
representando uma média de
quatro mulheres mortas pordia.
Em 2019, no mesmo período, foram
registradas 631 mortes e, dois anos
depois, em2021, foram registradas
677 mortes de mulheres assas-
sinadas em decorrência daviolên-
cia de gênero. Prevenir e combater
a violência contra a mulher surge
19

como tarefaaltamente complexa,
exigindo articulação de diversos
serviços da rede e preparação-
dos profissionais que se dispo-
nibilizam para esse tipo de aten-
dimento que demandaseriedade,
sensibilidade e pró-atividade.
OBJETIVOS
1. Criação de um protocolo de
atendimento, encaminhamento e
acompanhamento dasmulheres
em situação de violência; 2. Ca-
pacitação de colaboradores do
serviço paraque a atuação estives-
se pautada nos princípios éticos da
defesa de direitos, segurança,res-
peito, confidencialidade, empode-
ramento, cooperação e responsa-
bilização
METODOLOGIA
Inicialmente foi realizada robusta
revisão bibliográfica para com-
preender como ofenômeno da
violência contra a mulher estava
sendo compreendido e enfrenta-
do noBrasil e no mundo. Após
essa etapa, foi feita a escuta
de vítimas que experimentaram-
falar sobre as violências so-
fridas para pessoas próximas
(amigos e familiares),profissionais
de saúde, serviços especializados,
como centros de defesa e convi-
vênciada mulher, e delegacias.
Por fim, disponibilizamo-nos a
acompanhar as vítimas aosser-
viços especializados com obje-
tivo de avaliar quais demandas
não estavam sendo atendidas de
maneira que poderiam reforçar
SÃO PAULO
CAPACITAÇÃO EM GERONTOLOGIA PELA URSI C. ADEMAR PARA
OS COLABORADORES DO PROGR ACOMPANHANTE DE IDOSO
FABIANA PETITO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As coordenadoras do Programa
Acompanhante de Idosos buscou
20
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
o retorno ao ciclo de violência.
Foramdesenvolvidas três fren-
tes de trabalho: a) capacitação
dos colaboradores parasensibi-
lização e apropriação do manejo
em situações de violência contra
mulheres; b)multiplicação de in-
formações e sensibilização dire-
cionada a todos os usuários do-
serviço; c) criação de protocolo
de atendimento, acompanhamen-
to e encaminhamentodas mulhe-
res em situação de violência.
RESULTADOS
Como resultado, os atendimentos
realizados às mulheres em situa-
ção de violência noCAPS AD III Jd.
São Luiz buscam promover o prota-
gonismo ao inseri-las no centro das-
decisões como estratégia de forta-
lecimento para que se distanciem
desse fenômeno,não somente
preparando mas acompanhando-
-as em atendimentos em servi-
çosdiversos, pois entendemos como
as situações podem gerar medo, ver-
gonha, dúvidas epreocupações. As
formações continuadas empreendi-
das e a criação do protocolo dea-
tendimento cultivaram uma equipe
de saúde preparada tecnicamen-
te para essetrabalho desafiador,
sabendo multiplicar informações,
avaliar riscos, monitorar casos,rea-
lizando tarefa de psicoeducação,
grupos terapêuticos direcionados
para essepúblico, desenvolvendo
planos de segurança, antecipan-
do sinais de violência eprontifi-
cando-se a acompanhá-las em ser-
viços especializados.
a URSI naexpectativa de receber
orientações específicas sobre a te-
mática e de estratégias deatuação
CONCLUSÕES
Existem muitas condições que
favorecem a permanência das
mulheres em um ciclointerminá-
vel de violência. Buscar ajuda é um
momento que é experimentado
com muitomedo e vergonha, as
histórias podem parecer confu-
sas e contraditórias, existe aes-
perança de que o companheiro
irá mudar seu comportamento,
existe dependênciafinanceira,
falta de suporte social, além de
o rompimento ser o momento de
maior risco,quando ocorrem os
feminicídios. A escuta qualifica-
da dessas mulheres deve pro-
moveruma relação de confiança,
sem julgamentos, pressuposições,
respeitando os limites decada
uma, assim como seus desejos,
evitando revitimização, infantili-
zação, informaçõesincorretas ou
conselhos. Manejos assertivos
irão exigir muita preparação
para escutaativa, conhecimento
do território e da moradia da
vítima com objetivo de criar um
bomplano de segurança para mo-
mentos de crise, conhecimento
sobre os serviços da rede ecomo
essas mulheres são recebidas
nesses locais, além de dispo-
nibilidade paraacompanhá-las,
eventualmente, para fortalecimen-
to do protagonismo.
PALAVRAS-CHAVE
Violência contra a mulher, equipe
de saúde
junto a população idosa. Diante da
complexidade dos temas aborda-
dos pelaequipe do PAI, identificou-
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
-se a necessidade de capacitação
dos ACIs com temasrelacionados
ao envelhecimento.
OBJETIVOS
Capacitar e atualizar os Acom-
panhantes Comunitários de
Idosos nos conceitos daGeron-
tologia, ofertando instrumenta-
lização para atuação junto aos
idosos do territóriode Cida-
de Ademar, Dorotéia, Campo
Grande e Miriam II. Empode-
rar o AcompanhanteComunitá-
rio de Idosos de seu papel de
agente de transformação junto
a populaçãoidosa. Desenvolver
e planejar atividades (grupo,
encontros e atividades lúdicas)
juntoaos idosos a partir dos
conhecimentos adquirido nos
encontros, levando emconsi-
deração as especificidades de
cada território.
METODOLOGIA
• A equipe técnica da URSI Ci-
dade Ademar, foi responsável
por planejar e desenvolverjunto
aos ACIs. Esse projeto foi rea-
lizado durante os encontros de
capacitação e a partirde um
projeto paralelo de levanta-
mento epidemiológico, clinico
e social dos idosos decada
equipe PAI, que apontou as
principais questões e deman-
das da populaçãoinserida no
Programa Acompanhante de
Idosos. Os encontros acon-
tecerammensalmente, via on-li-
ne, para todos os profissionais
das equipes do Programa. A
cadaencontro 45 profissionais
das equipes foram capacita-
dos. Os instrutores foram os-
profissionais técnicos da URSI
em sua maioria e também da
RASPI do território. • Oste-
mas a serem discutido seguiram
conforme cronograma abaixo: 1.
Como organizar umPTS usan-
do a Rede; 2. Capacitação de
AMPI: entendendo as necessi-
dades do Idoso;3. A importân-
cia da equipe do PAI entender a
Volume 7
avaliação do quadro de humor
no idoso –Quedas e Instabi-
lidade de Marcha o que o
ACI precisa saber; 4. Enten-
dendo aCognição e como mon-
tar um Grupo de Memória para
os idosos do PAI; 5. Polifarmá-
cia: O que é e como lidar; 6. O
que são as Doenças Crônicas
Não Transmissíveis (DCNT) eo
que o ACI precisa entender;
7. Violência contra o Idoso e
Rede de Suporte; 8.Sensibili-
zação sobre cultura e religião;
9. Gestão dos casos inseridos
no ProgramaAcompanhante
de Idosos: Momento de enca-
minhar para outros serviços da
Rede.
RESULTADOS
No total, todos os ACIs e de-
mais membros das equipes de
PAI foram capacitados,soman-
do o total de 45 profissionais.
Cada aula foi gravada para a
capacitação de novosprofissio-
nais que poderão ser inse-
ridos em uma das equipes.
• Foi realizado umaavaliação
onde os próprios profissionais
trouxeram as suas percepções
em relação aocurso. • Identifi-
caram que o curso permitiu po-
tencializar conhecimento para
atuação noterritório; • Conexão
com a realidade dos idosos e
dos profissionais; • Favoreceu
ocrescimento profissional da
equipe; • Permitiu ao profis-
sional entrar em contato com
opróprio processo de envelhe-
cimento; • Foi de encontro com
as dificuldades enfrentadaspe-
los profissionais da equipe e
trouxe temas que ampliaram
o olhar gerontológico decada
profissional. • E mesmo com
as dificuldades de realizar um
curso com essaduração via
on-line, ele ofereceu informa-
ção e consequentemente em-
poderamentodiante dos desa-
fios desse trabalho.
CONCLUSÕES
Levando em consideração o
caráter formador da URSI,
dentro de uma realidade co-
mampla diversidade de pro-
cessos de envelhecimento, os
ACIs do P.A.I. do território-
tiveram acesso a informações
que deram estofo e qualidade
na prática profissional. OsACIs
ampliaram sua visão do en-
velhecimento, resignificando
sua forma de fazer otrabalho.
Esses profissionais que são
a extensão da equipe técni-
ca assistencial dentroda casa,
ficam de cara com as ques-
tões de cada idoso atendido.
Com a capacitação,ficam ainda
mais preparados para identificar
riscos e perdas. Se esse profis-
sional chegana residência com
a visão mais aguçada e refi-
nada, consequentemente toda
a equipese beneficia, pois, traz
para a equipe mais elementos
ao PTS e o idoso também ga-
nha,recebendo cuidado mais
qualificado. Com a capacita-
ção que a URSI ofereceu,per-
cebemos que os profissionais
compreenderam a complexi-
dade dos tratamentosofereci-
dos e que as orientações reali-
zas ajudaram na pratica do dia
a dia. E diante dosdesafios de
atuar junto à população que
envelhece nesse território, o
ACI não fica emlugar de impo-
tência, mas percebe seu lugar e
seu papel profissional. Essa ex-
periência,lançou também a pos-
sibilidade de ser replicada em
outro território.
PALAVRAS-CHAVE
SAÚDE DO IDOSO, EDUCAÇÃO
PERMANENTE
BIBLIOGRAFIA
BATISTA, M.P.P. - Reflexões
sobre o processo de trabalho
de idosos do ProgramaAcom-
panhante de Idosos (PAI) no
município de São Paulo – SP
– 2013. FARIA, C.,ABUHAB
D., RODRIGUES C.; GORIOS
21

C., ARMOND, J.; BERTAG-
NON; J.,COLOMBO-SOU-
ZA P. - Perfil epidemioló-
gico dos idosos incluídos
no programaacompanhante de
idosos – SP – Revista Brasi-
leira de Gerontologia e Ge-
riatria – 2013ROCHA, B. B.
da. Et al. A importância do
programa acompanhante do
SÃO PAULO
DESAFIOS NA ORGANIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE TRABALHO
EM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS.
NADJA NARA DOURADO RODRIGUES SARTORIO, DANIELY APARECIDA DOS
SANTOS, JOÃO MAINENTI, DANIELE VIEIRA DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As doenças crônicas não trans-
missíveis (DCNT) são um dos
principais problemas desaúde
pública do Brasil e do mundo.
Segundo a Organização Mun-
dial da Saúde (OMS),as DCNT
foram responsáveis por cerca
de 70% das mortes ocorridas
globalmente em2019. No Bra-
sil, as DCNT são igualmente
relevantes, tendo sido respon-
sáveis, em2019, por 41,8% do
total de mortes ocorridas pre-
maturamente, ou seja, entre 30
e 69anos de idade. Sabendo-se
que a população não dá a devida
importância às DCNT, porse tra-
tar muitas vezes de ser uma do-
ença silenciosa, de acometimen-
to gradual, cabemaos gestores
públicos de saúde o desenvol-
vimento de ações estratégicas
na atençãoprimária. No Brasil,
o Ministério da Saúde, preocu-
pado com a atual situação no
setor,criou o Plano de Ações Es-
tratégicas para o Enfrentamento
das Doenças Crônicas NãoTrans-
missíveis (DCNT) no Brasil, 2011-
2022. Na cidade de São Paulo
criou-se em 2020o Programa
Cuidando de Todos: Doenças
Crônicas não transmissíveis na
22
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
idoso (pai), emidosos com de-
pressão. Revista Científica Mul-
tidisciplinar Núcleo do Conheci-
mento. Ano04, Ed. 05, Vol. 04,
pp. 166-181. Maio de 2019.
ISSN: 2448-0959 SECRETA-
RIAMUNICIPAL DE SAÚDE
DE SÃO PAULO – Documento
Norteador URSI: Unidade de-
Referência à Saúde do Idoso
atençãoprimária à saúde em par-
ceria com o Instituto Tellus.
OBJETIVOS
Com o objetivo de obter o le-
vantamento dos principais nós
críticos e diagnósticosituacional
de cada território, foi elabora-
do um questionário em trabalho
conjunto entreCoordenadoria de
Saúde Norte, Supervisão Técnica
de Saúde e Organização Social
deSaúde afim de organizar os
processos de trabalho em cada
Unidade Básica de Saúde.
METODOLOGIA
A metodologia foi a aplicação de
um questionário via link do Forms
Outlook, sendo queas unidades
básicas de Saúde do território
de Vila Maria/Vila Guilherme re-
cebiam oslink’s via e-mail para
preenchimento gradativamente
separados por temas. Os te-
masabordados foram: 1- Cap-
tação de casos novos; 2 – Diag-
nóstico; 3 – Acompanhamento;4
– Atendimento de paciente em
crise de HAS/DM; 5- Grupos;
6 – Educação permanente; 7
– Promoção da Saúde. Os
profissionais que responderam
aoquestionário foram: Geren-
– 2016 SECRETARIA MUNICI-
PAL DE SAÚDE DE SÃOPAU-
LO - Documento Norteador
PAI: Programa Acompanhantes
de Idosos – 2016VERAS R.
Envelhecimento populacional
contemporâneo: demandas,
desafios einovações. Rev. Saú-
de Pública. 2009;43(3):548-554.
tes, Enfermeiros, Médicos, Ad-
ministrativos e AgenteComu-
nitário de Saúde (nas unidades
que tinham Estratégia Saúde da
Família). O prazopara entrega foi
estipulado de até 02 semanas
para resposta, sendo que o perí-
odo paraaplicação foi de 02/2022
a 05/2023.
RESULTADOS
Ao avaliarmos as respos-
tas concluímos a existência
dos seguintes nós críticos: 1
-Captação de casos novos: Não
é padronizada para todos os
profissionais; não existindouma
estratégia na captação 2 – Diag-
nóstico: Falha nos critérios para
definição de casonovo de HAS/
DM. 3 – Acompanhamento: Fa-
lha no monitoramento dos sis-
temas dospacientes HAS e DM;
Falta de conhecimento do sis-
tema de Classificação de Ris-
coCardiovascular que é utiliza-
do; Avaliação do pé diabético
somente pelo enfermeiro;Equipe
multi não participa da reali-
zação do PAP/PTS; Falha no
registro e nas metaspactuadas
com o paciente durante a consul-
ta; Falha no registro e ações aos
pacientesfaltoso; Falha na pro-
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
gramação de Visita Domiciliar;
Falta de discussão com aTele-
medicina antes do encaminha-
mento aos Serviços Especiali-
dades; Falha nomonitoramento
dos pacientes quanto compa-
recimento nas Especialidades;
Falha noabastecimento de me-
dicação específica para DCNT;
Falha nas ações em caso de-
exame com alteração preocupan-
te. 4 – Atendimento de paciente
em crise de HAS/DM:Falha na
informação dos serviços de ur-
gência, emergência e interna-
ção do território,sobre pacientes
SÃO PAULO
REDUÇÃO DE RECOLETAS DE EXAMES LABORATORIAIS NA
UBS UTILIZANDO A METODOLOGIA LEANSIX SIGMA?
VIVIANE SCANDIUCCI MOTA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em 2020 na UBS Villa Prel fo-
ram realizadas 600 recoletas,
com custo médio estimadode
R$ 6,75 por exame, repre-
sentando um custo anual de
R$ 4048,00, sendo umbaseli-
ne de 1,05% de recoletas/
anual. De Janeiro a Novem-
bro de 2021 foramrealiza-
das 66.688 coletas de exa-
mes, sendo que destas 229
(0,34%) precisaram derecole-
tas. O aumento do número
de recoletas de exames la-
boratoriais resulta noaumento
do risco de ocorrência dos
erros de análise com even-
tual tomada de decisãoclinica
no diagnóstico dos pacien-
tes e desperdício financeiro,
com estimativa deaumento de
custo de aproximadamente R$
2.748,00/ano, considerando um
custo médioR$4,58 por exame
OBJETIVOS
O objetivo do trabalho foi
identificar os principais moti-
Volume 7
que passaram em atendimen-
to. 5- Grupos: Falta de conhe-
cimento dosgrupos existentes.
6 – Educação permanente: Falta
de estratégias para apresentação
ediscussão do Protocolo de Li-
nha de Cuidados das DCNTs.
7 – Promoção da Saúde:Todos
responderam que as UBS’s reali-
zam atividades de promoção da
saúde voltadaspara DCNT.
CONCLUSÕES
Sabendo-se que cada Unidade
Básica de Saúde possui carac-
terísticas peculiares e porisso
vos que levam a recoleta de-
exames na Unidade; levantar
os custos destas recoletas;
realizar intervenção nopro-
cesso de trabalho e ao final
reduzir em 20 p.p. o índice
de recoletas de exames labo-
ratoriais da Unidade Básica de
Saúde (UBS) Vila Prel (30% para
10%). Redução de30% de reco-
letas/mês
METODOLOGIA
Para elaboração do estudo foi
adotada a metodologia Lean
Six Sigma, com base nasocor-
rências de recoletas laborato-
riais da UBS Vila Prel. Para
tanto foi realizado ummapea-
mento do processo, identifican-
do os ofensores, após, foi dese-
nhado o Diagramade Ishikawa
com a identificação da matriz
de esforço impactos, e levan-
tamento dascausas ver e agir,
e as causas priorizada do alto
número de recoletas, com ae-
laboração do plano de ação
ver e agir, implementação e
necessitam ser trabalhadas se-
paradamente. Baseando-se nas
respostas obtidasespera-se um
planejamento com a finalida-
de de promover e desenvol-
ver aimplementação de políti-
cas públicas regionais efetivas
e integradas. Desta forma os-
resultados desse questionário
subsidiaram o monitoramento
nos Plano de AçõesEstratégicas
para o enfrentamento das Doen-
ças Crônicas em nosso território
PALAVRAS-CHAVE
DCNT, processos de trabalho
controle para o fechamentodo
ciclo.
RESULTADOS
Melhoria do processo imple-
mentado com as ações ver e
agir: dupla checagem da guia
de exame e documentos do
paciente; bem como o mapea-
mento das filipetas derecoleta
com os principais motivos,
sendo alimentados no siste-
ma NISI Online;Capacitação
prática e teórica pela Equipe
do prestador de serviço jun-
to à equipe daunidade; Estudo
de não conformidades do tubo
cinza junto à Matriz da BD em
NewJersey, com a mudança do
fornecedor para as unidades do
município de São Paulo;redução
de mais de 30% do índice de reco-
letas laboratoriais.
CONCLUSÕES
O envolvimento de diferentes
equipes no estudo possibilitou
uma visão multidisciplinarcon-
tribuindo para redução do nú-
23

mero de recoletas laboratoriais.
O estudo tambémpossibilitou a
implantação do sistema “NISI
Online”, para o mapeamento
das recoletaslaboratoriais de to-
das as unidades da Parceria Eins-
tein. O estudo também impactou
namudança do fornecedor do
tubo cinza para todas as unida-
SÃO PAULO
A EDUCAÇÃO PERMANENTE NA COMISSÃO DE RESIDÊNCIA
MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO MUNICIPIO DE SÃO PAULO
VALNICE DE OLIVEIRA NOGUEIRA, CLAUDIA SILVA PAGOTTO CASSAVIA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Constituição Federal de 1988
prevê em seu artigo 200 a or-
denação dos recursoshumanos
em saúde e a Política Nacional de
Educação Permanente em Saúde
(PNEPS) possibilita a organização
dos serviços de saúde com o ob-
jetivo de qualificar a formaçãodos
profissionais de saúde e por
conseguinte as suas práticas.
Dessa maneira, a organização
das ações de Educação Per-
manente (EP) são fundamentais
nos serviçosdo Sistema Único
de Saúde. Considerando a im-
portância da EP, questionou-se:
Quaisas ações deflagradas pela
Coordenação da Comissão de
Residência Multiprofissionalem
Saúde da Secretaria Municipal
de Saúde de São Paulo (CO-
REMU SMS/SP) emrelação à te-
mática?
OBJETIVOS
Mapear as ações de educação
permanente realizadas pela Co-
ordenação da COREMUSMS/SP
frente aos profissionais envolvi-
dos com os Programas de Resi-
dência.
METODOLOGIA
24
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
des do município de SãoPaulo.
PALAVRAS-CHAVE
EXAME LABORATORIAL, LEAN
SIX SIGMA
BIBLIOGRAFIA
Coriolano, N.L.; Silva I.C.R.;
Lamounier, T.A.C. Análise da
Tratou-se de uma análise documental
descritiva realizada pela gestão da Co-
missão de Residência Multiprofissio-
nal em Saúde do Município de São
Paulo entre os anos de 2019 e 2022.
RESULTADOS
A COREMU SMS SP possui 8
Programas de Residência, sen-
do 04 Multiprofissional e04 em
Área Profissional em Saúde. To-
talizam-se 20 coordenadores titu-
lares e suplentesdistribuídos nas
Unidades executoras e aproxima-
damente 80 preceptores. A gestão
daCOREMU SMS SP tem inse-
rido em seu planejamento anual
as ações de educaçãoperma-
nente voltadas para a forma-
ção especifica do trabalhador
atuante com aresidência como
também para as áreas de atu-
ação profissional (categoria pro-
fissional,área de concentração do
Programa, gestão e relacionadas
ao ensino). Sendo assim, a gestão
de COREMU SMS SP: partici-
pou das negociações de vagas
para Cursos deEspecialização
para Preceptoria, Atualização em
Preceptoria e Curso de Gestão
deProgramas via PROADI-SUS e
para cursos de Pós Graduação
Lato sensu queversassem com as
frequência de recoletas dea-
mostras biológicas como indi-
cadores de qualidade em um
laboratório de análisesclínicas
do Distrito Federal, Brasil.
[Acesso em 28 out 2021].
Disponível em:https://www.cie-
lo.br/j/jbpml/a/qb4Lz5wmrPcKG-
q3Skxs5LVG/abstract/?lang=en
necessidades de preceptores, tu-
tores dos Programas de Residên-
ciapor contrapartida COAPES;
realizou oficinas de alinhamento
conceitual para subsidiardiscus-
são de temas/questões relativas
aos Programas de Residência;
fomentou aparticipação em
eventos científicos preceptores,
tutores e coordenadores dos-
Programas de Residência ofer-
tando suporte metodológico se
necessário.ConclusõesAs ações
educativas permanentes são
extremamente relevantes para
promovermelhorias no processo
de trabalho em saúde, seja na
assistência, gestão ou ensino
eem especial aos profissionais
envolvidos como os Programas
de Residência daCOREMU SMS
SP.
PALAVRAS-CHAVE
EDUCAÇÃO, PERMANENTE, RE-
SIDÊNCIA
BIBLIOGRAFIA
Brasil. Ministério da Saúde. Políti-
ca Nacional de Educação Perma-
nente em Saúde(PNEPS) Disponível
em:https://www.gov.br/saude/pt-br/
composicao/sgtes/deges/pneps#:~:-
text=Em%202004%2C%20f
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
ENCONTRO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA E ATENÇÃO SECUNDÁRIA
PARADISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS
CAMILA DE OLIVEIRA BEZERRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Atenção Primária à Saúde (APS) é
o primeiro nível de atenção em saú-
de, e a principal porta de entrada
dos usuários do SUS e da comuni-
cação com toda rede de atenção a
saúde. Podemos dizer que a APS é
a organizadora do cuidado, e atua
com um fluxo dos serviços das re-
des de saúde do mais simples ao
mais complexo, em todo Brasil,
caracterizada por um conjunto de
ações individuais e coletivas. Den-
tre os modelos que fazem parte da
APS, destacamos a Estratégia de
Saúde da Família (ESF). A ESF ofe-
rece cuidado integrado, por meio de
equipe multidisciplinar, que assume
a responsabilidade sanitária local,
de acordo com o território, número
de indivíduos e famílias. As equipes
da estratégia são compostas, no
mínimo, pelo profissional médico e
enfermeiro, preferencialmente espe-
cialistas em saúde da família; pelo
auxiliar e/ou técnico de enfermagem
e pelo agente comunitário de saúde
(ACS). Na ESF, o médico assume
papel generalista e deve procurar
compreender a doença em seu
contexto pessoal, familiar e social
e se integrar ao ambiente local, de
forma a ofertar cuidados modelados
às necessidades da comunidade
adscrita. A esse profissional cabe a
integração com a equipe, consultas
regulares, prescrições de medica-
mento e encaminhamento para ou-
tros níveis de atenção, conforme o
caso de cada indivíduo. A integração
da rede de atenção a saúde primária
e secundária possibilita melhor co-
municação, qualificação profissional
e principalmente a assertividade no
tratamento dos casos atendidos.
OBJETIVOS
Volume 7
Implementar Encontros mensais
para discussão de casos clínicos
com médicos da atenção primária
e com médicos especialistas da
atenção secundária.
METODOLOGIA
Os encontros tiveram início em maio
de 2022, de forma remota, pela pla-
taforma google Meet, uma vez por
mês, com período de 3 horas para
as discussões dos casos clínicos.
O convite foi enviado para todas as
Unidades Básicas de Saúde do ter-
ritório do Jardim Ângela e Capão re-
dondo, da zona Sul do município de
São Paulo, para as outras Organiza-
ções Sociais do território do Jardim
São Luiz e Campo Limpo, para as
Supervisões de Saúde dos territó-
rios. O público foi médicos da ESF,
porém, outros profissionais também
podem participar do encontro, a
indicação fica a critério do gestor,
solicitamos que pelo menos um mé-
dico participe do encontro. Em cada
encontro mensal foi convidado um
especialista da atenção secundária,
para discussão e esclarecimento de
dúvida. Foi selecionado de 3 a 6 uni-
dades para apresentação de casos
da especialidade médica proposta
no mês. O critério para a seleção
das unidades para apresentação
dos casos,foram os números de en-
caminhamentos enviados ao espe-
cialista. O critério para a escolha da
especialidade, foi a disponibilidade
do especialista e articulação com a
coordenação da atenção secundá-
ria do CEJAM.
RESULTADOS
De maio a novembro de 2022, foram
realizados 6 encontros. No mês de
setembro não houve encontro, de-
vido a muitas atividades no mês,
com a agenda dos profissionais
indisponível. A primeira especia-
lidade foi endocrinologia, no mês
de maio, com 42 participantes e 6
casos apresentados. A segunda es-
pecialidade foi cardiologia, no mês
de junho, com 38 participantes e
4 acasos apresentados. A terceira
especialidade foi hematologista, no
mês de julho, com 40 participantes e
4 casos apresentados. A quarta es-
pecialidade foi nefrologia, no mês de
agosto, com 41 participantes e com
3 casos apresentados. A quinta es-
pecialidade foi mastologia, no mês
de outubro, com 36 participantes e 3
casos apresentados. A sexta espe-
cialidade foi Dermatologia, no mês
de novembro, com 14 participantes
e 2 casos apresentados. No mês de
novembro tivemos um público me-
nor devido ao número excessivo de
atividades de Educação Permanen-
te nesse período e a redução de co-
laboradores, devido ao aumento do
número de casos de Covid.
CONCLUSÕES
Consideramos que os Encontros
de discussão de casos clínicos é
uma importante ferramenta na ges-
tão de casos, principalmente na
atenção primária, onde os médicos
são generalistas e muitas vezes
tem dúvidas nas condutas e desfe-
cho dos casos. A intenção é que no
decorrer dos encontros tenhamos
menos encaminhamentos aos es-
pecialistas. Os encontros além de
promover a integração da rede e
dos profissionais dos diversos ser-
viços, garante o espaço de educa-
ção permanente e troca de saberes
dos profissionais.
PALAVRAS-CHAVE
Desenvolvimento , liderança
25

SÃO PAULO
LETRAMENTO FUNCIONAL EM SAÚDE: CONSCIENTIZAÇÃO NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA.
NADJA NARA DOURADO RODRIGUES SARTORIO, CLOVIS
CONSTANTINO, JOÃO MAINENTI, DANIELE VIEIRA DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em relação ao cuidado com os
indivíduos portadores de do-
enças crônicas não transmis-
síveis (DCNT) existem grandes
preocupações e desafios para
os profissionais da atenção pri-
mária à saúde, principalmente
àqueles pacientes acometidos
com Hipertensão Arterial Sistê-
mica (HAS) e Diabetes Mellitus
(DM). A falta de entendimento e
falhas na comunicação levam às
fragilidades nesse cuidado. Mui-
tas vezes o profissional de saú-
de precipitadamente considera
que as informações repassadas
aos pacientes foram entendidas,
colocando em risco o cuidado
e resultado que deveriam obter
com aquele indivíduo. Com isso,
surge o letramento funcional em
saúde (LFS) que se caracteriza
na capacidade do indivíduo de
obter, processar, interpretar as
informações escritas ou faladas
SÃO PAULO
CAFÉ COM OS SAICAS: FORTALECIMENTO ENTRE OS
SERVIÇOS DE AB, CAPS IJ E SAICAS DO TERRITÓRIO PENHA-SP
BRUNA BADOLATO, SILVIA HELENA DE OLIVEIRA, MARCELA QUEIROZ
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em 2000, por meio da Portaria
366/2002, se efetivou o plano na-
cional com a criação de dispositi-
vos de cuidado para a população
infanto-juvenil em trajetória de so-
frimento psíquico, os Centros de
Atenção Psicossocial Infantojuvenis
(CAPSij), sendo que a articulação
26
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
e utilizar dos serviços necessá-
rios para tomada de decisões
adequadas em saúde.
OBJETIVOS
Com o objetivo de melhorar a
comunicação entre profissionais
e os pacientes, foram realizados
encontros sobre conscientização
relacionado ao letramento funcio-
nal em saúde.
METODOLOGIA
O projeto foi aplicado pela Asses-
soria Técnica de DCNT e Asses-
soria de Educação Continuada
Médica em formato de grupos de
conscientização. Público-alvo: pro-
fissionais atuantes nas Unidades
Básicas de Saúde no território de
Vila Mara/Vila Guilherme no perío-
do de 04/2022 à 12/2022. As con-
versas foram realizadas através
de recurso audiovisual, slides em
Power Point e dinâmica interativa
com nuvens de palavras e quizzes.
intersetorial é uma das principais
estratégias para um cuidado po-
tente. O território Penha possui um
total de seis SAICAS, sendo estes
localizados nas proximidades do
CAPS IJ III Penha, com 85% de
utilização dos Serviços em Saú-
de Mental considerando que ape-
nas um dos SAICAS é destinado à
FRANCISCO
RESULTADOS
Ao final dos encontros 110 pro-
fissionais participaram da cons-
cientização. Sendo eles: 37
enfermeiros, 32 da Equipe Mul-
tiprofissional, 17 da área admi-
nistrativa, 13 gerentes de UBS’s
7 médicos, 5 Supervisores de
Enfermagem, 5 Agentes comuni-
tários de Saúde e 1 Assessor da
Supervisão Técnica de Saúde.
CONCLUSÕES
Após a educação continuada e
conscientização, espera-se que
o conteúdo seja multiplicado para
o restante da equipe e assim, a
Unidade Básica de Saúde ob-
tenha melhora no resultado do
cuidado ao paciente portador de
HAS/DM.
PALAVRAS-CHAVE
atenção primária, conscientização
uma faixa etária da primeiríssima
infância. Devido aos entraves vi-
venciados durante articulações em
formato intersetorial surgiu a pro-
posta de aproximação das equipes
de Saúde e Assistência Social, com
foco no fortalecimento da parceria
de trabalho e consequentemente
avanços no acompanhamento de
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
cada criança/adolescente inseri-
dos no CAPS. Foi identificado que
os SAICAS possuíam muitas dúvi-
das em relação ao funcionamento
da Rede de Saúde e não haviam
ações estruturadas entre Saúde e
Assistência Social. Além disso no
período extremo da Pandemia de
Covid-19 houve um distanciamento
dos Serviços, restringindo-se ape-
nas à encontros online e pontuais
de discussão de caso. Devido do
exposto foram realizadas reuniões
entre a gestão (CAPS e CREAS)
com o intermédio da Supervisão
Técnica de Saúde Penha (STS), que
apoiou na estruturação e efetivação
do Projeto com a participação das
Unidades Básicas de Saúde de Re-
ferência dos SAICAS
OBJETIVOS
Fortalecer o trabalho, a comuni-
cação e a aproximação entre os
Serviços da Rede intersetorial
(Saúde e Assistência Social), atra-
vés de temáticas diversificadas e
discussão de casos.
METODOLOGIA
Inicialmente foi realizada uma dis-
cussão entre a gestão de ambos
os Serviços (CAPS e CREAS) com
o objetivo de pensar em ações para
aproximação das equipes e me-
lhor compreensão no manejo dos
casos e após isso foi pensado em
estruturar encontros periódicos
com os trabalhadores. A ideia foi
compartilhada com a STS Penha,
que demonstrou apoio e aprova-
ção do Projeto. Em 21/06/2022 foi
realizada a primeira ação com a
denominação “1º Encontro: Café
com os SAICAS”, sendo que neste
primeiro momento as UBS do terri-
tório não fizeram parte. Após este
encontro foi elaborado um crono-
grama pela Gestão do CAPS IJ III
Penha e CREAS, para realização de
visitas em 100% dos SAICAS sen-
do posteriormente compartilhado
com a STS Penha para estender o
convite e participação das UBS de
Referências dos SAICAS. As visitas
Volume 7
ocorrerão em agosto de 2022 nos
SAICAS: Novo Lar 1, Novo Lar 2,
Novo Lar 3, São Bento, Nosso Lar
e Nossa Senhora da Penha, com
a presença do CAPS IJ III Penha
em 100% das visitas e participa-
ção das UBS Emílio Santiago, UBS
Vila Lobo, UBS Vila Esperança –
Dr. Cássio Bitencourt e UBS Vila
Guilhermina, respectivamente em
cada SAICA de Referência. Após
as visitas e integração das equi-
pes, foi efetivado o 2º Encontro em
11/10/2022, com a pauta de discus-
são sobre “Manejo de usuários em
situação de crise em Saúde Men-
tal”, finalizando o ano de 2022 e
retomada em 2023 com Encontros
bimestrais entre AB, CAPS e SAI-
CAS, reiniciando em janeiro/2023.
RESULTADOS
O 1º Encontro realizado em ju-
nho/2022 teve ampla participação
da equipe técnica dos SAICAS,
STS Penha, CREAS Penha e CAPS
IJ III Penha e representação da Co-
ordenação Técnica da OSS-SAS
SECONCI. Foi um espaço que os
profissionais dos SAICAS puderam
conhecer o CAPS e discutir sobre
suas principais dúvidas diante do
acompanhamento dos usuários
em saúde mental e estabelecer
um cronograma de visitas dos Ser-
viços de Saúde nos SAICAS. Os
encontros e visitas realizadas em
2022 teve como principal resultado
a estreitamento das relações dos
trabalhadores da Saúde e Assis-
tência Social do Território, incenti-
vando e possibilitando a participa-
ção dos SAICAS nos espaços de
discussões ofertados pela Saúde,
como o Fórum de Saúde Mental do
Território Penha. As equipes conse-
guem manter um diálogo com mais
fácil acesso, com o eixo central do
cuidado integral do sujeito e ga-
rantias de direitos. As visitas foram
realizadas em 100% dos SAICAS,
momento que as equipes puderam
se conhecer, compreender as po-
tencialidades e fragilidades de cada
local, apresentação de fluxos, para
assim continuar a construção do
trabalho em Rede, corresponsabili-
zação e criação de Redes compro-
metidas. Ademais em todos as visi-
tas foram realizados levantamentos
das principais dificuldades dos
SAICAS em relação à saúde mental
dos usuários, que obtiveram res-
posta unânime: “como realizar ma-
nejo em crianças e adolescentes
em crise?”. Sendo que este tema
foi levado para discussão no 2º En-
contro, realizado em outubro/2023.
CONCLUSÕES
De acordo com as ações realizadas
compreendemos que os encontros
realizados com a Rede Intersetorial,
foram fundamentais para implica-
ção de todos os atores envolvidos
na vida da criança/ adolescente
que reside em SAICA. As equipes
se aproximaram e construíram
juntas estratégias de cuidado pen-
sando na singularidade de cada
caso, levando em consideração as
potencialidades e fragilidades de
cada Equipamento. As ações inter-
setoriais na Atenção Psicossocial
se situa como relevante recurso
para o fortalecimento e defesa das
práticas realizadas. Diante deste
contexto concluímos que o Pro-
jeto intitulado como “Café com os
SAICAS” impulsionou e norteou as
equipes para ir de encontro com o
fortalecimento e defesa das práti-
cas realizadas. No entanto apesar
das dificuldades encontradas, ob-
servamos através das ações, que
muitos paradigmas foram rompi-
dos de forma positiva entre ambos
os Serviços (SAICAS e CAPS), le-
vando o usuário como eixo princi-
pal do cuidado de forma integrada.
Para 2023 pretendemos seguir com
o Projeto com a inclusão das UBS
em todas as ações pertinentes,
ofertando um canal de fácil aces-
so para utilização dos Serviços de
Saúde, considerando as diretrizes
do SUS.
PALAVRAS-CHAVE
SAICAS, INTERSETORIAL
27

SÃO PAULO
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE: “NORTE” PARA AS AÇÕES DE
SAÚDE DO TERRITÓRIO
MARIA APARECIDA DOMINGUES, MARIA LAURA DEORSOLA, CELIA TEREZINHA
BERNARDES DA COSTA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Plano Municipal de Saúde (PMS)
consiste num instrumento exigido
pelas normativas que regulamen-
tam o SUS, e apresenta o planeja-
mento geral das ações que deve-
rão ser implementadas de acordo
com as prioridades identificadas
pela gestão municipal no âmbito
de saúde para o período de qua-
tro anos, sendo que o primeiro ano
ocorre sempre no segundo ano de
mandato se estendendo até o pri-
meiro ano da próxima gestão. Para
elaboração, devem ser observadas
as no plano federal, as leis 8.080 e
8.142 de 1990, e a Lei Complemen-
tar 141/2012, e o Decreto 7.508/11
que regulamenta a Lei 8.080/90
e dispõe sobre a organização do
Sistema Único de Saúde - SUS, o
planejamento da saúde, a assistên-
cia à saúde e a articulação Inter fe-
derativa. O PMS deve explicitar os
compromissos do governo e con-
templar as necessidades da po-
pulação, que deve ter participação
ativa na representação por meio
da gestão participativa. Desenvol-
ver estratégias visando garantir a
ampla divulgação, apropriação do
conteúdo e prioridades contem-
pladas no Plano Municipal pelos
profissionais da gestão nas diver-
sas áreas hierárquica da PMSP e
dos parceiros do território, consiste
numa prática essencial, base inicial
para o cumprimento das metas do
plano. Durante ano de 2022, a CR-
SSul em parceria com a EMSSul,
definiu um grupo condutor com o
objetivo de realizar a divulgação do
PMS (2022-2025) e este artigo traz
a descrição deste processo.
OBJETIVOS
Descrever a realização de ofici-
28
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
nas regionais com os profissio-
nais da Coordenadoria de Saúde
e das Supervisões Técnicas de
Saúde - STS do território, com
o objetivo de divulgar o Plano
Municipal de Saúde (2022-2025),
discutindo e identificando as
prioridades locais, com base em
indicadores de Saúde.
METODOLOGIA
Relato de experiência, descritivo,
com abordagem qualitativa, que
busca descrever a experiência da
articulação e desenvolvimento de
ações para divulgar e discutir estra-
tégias para obtenção das metas do
PMS (2022-2025) na CRSSul. Para
condução desta ação, foram defini-
dos 10 assessores de área técnicas
específicas – denominado “Grupo
Condutor” envolvendo seguintes
áreas: saúde da mulher, saúde da
criança, saúde bucal, enfermagem,
desenvolvimento, atenção básica,
Ceinfo, Escola Municipal de Saúde;
para se apropriar das informações
do PMS e identificar as prioridades
que mais impactavam nos indica-
dores do território.
RESULTADOS
Inicialmente, o grupo condutor rea-
lizou leitura completa do PMS e um
dos representantes ficou respon-
sável por elaborar um “filtro” com
as metas pertinentes ao território.
Realizou-se duas reuniões para
discussão e apresentação do PMS,
com as metas e indicadores com
o objetivo de esclarecer dúvidas e
identificar pontos nevrálgicos junto
a área técnica responsável. Foram
realizadas 11 oficinas com o terri-
tório - CRSSul/STS/parceiros em
média 25 participantes/cada, total
148 participantes. Para participar
foram orientados a realizar 03 tare-
fas: leitura prévia do PMS³; análise
do diagnóstico situacional a partir
dos indicadores de saúde e eleger
1 meta PMS por área técnica – para
discussão na oficina. As oficinas fo-
ram realizadas em roda de conver-
sa, com base no conteúdo do PMS.
Pontos abordados: contextualiza-
ção e apresentação do plano, com
destaque as metas voltadas para o
território, buscando os indicadores
que deveriam ser utilizados para o
devido acompanhamento e identi-
ficação de pontos de melhoria nos
processos de trabalho. Buscou-se
o entendimento da meta e o alinha-
mento dos canais de informação
formais (indicador a ser monitora-
do). Nas oficinas pode ser obser-
vado que muitos participantes ha-
viam lido o PMS em sua íntegra e
estavam muito conscientes sobre
as metas estabelecidas para o ter-
ritório, além desta ação cada STS
teve como incumbência a apresen-
tação do PMS para os integrantes
da gestão participativa.
CONCLUSÕES
As oficinas propiciaram a opor-
tunidade de divulgar, discutir e
alinhar os conceitos das priori-
dades estabelecidas no PMS. A
discussão no formato de roda
de conversa, busca favorecer a
aproximação e articulação das
áreas técnicas, assessorias e
organizações sociais, além do
alinhamento das ferramentas de
monitoramento e informação.
Conhecer o plano em sua íntegra
constitui condição sine qua non,
para a gestão do território.
PALAVRAS-CHAVE
PLANO MUNICIPAL, EDUCAÇÃO
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
PERMANENTE
BIBLIOGRAFIA
1) Secretaria Municipal de Saúde.
Plano Municipal de Saúde. [internet]
SÃO PAULO
SENSIBILIZAÇÃO PARA A COLETA DO QUESITO RAÇA/COR NO
SISTEMA SIGA SAÚDE
MARIA ZAIRA BENITES GONÇALVES, ROBSON FERREIRA DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Brasil é o país com maior quan-
tidade de negros fora da África, o
processo de escravidão marcou
amplamente a cultura do povo bra-
sileiro. O racismo estrutural vigente
em nossa sociedade se apresenta
como resquício direto dos 388 anos
do período escravocrata, sendo o
Brasil, o último país a abolir a es-
cravidão em 1888. Sem reparação
adequada à população negra foi
relegada às piores condições so-
ciais, e nota-se que os indicadores
demonstram que a democracia ra-
cial ainda não abrange a todos os
brasileiros. No bojo das Políticas
de Ações Afirmativas foi instituída
pelo Ministério da Saúde a portaria
Nº 992 de maio de 2009 que dis-
corre sobre a Política Nacional de
Saúde Integral da População Negra
(PNSIPN). Ao reconhecer a neces-
sidade do enfrentamento ao racis-
mo institucional no SUS em 2010,
o Estatuto da Igualdade Racial atin-
giu também o direito à saúde desta
população, amplamente descrito
nos artigos 6º, 7º e 8º. Ainda na
década de 90 a Prefeitura de São
Paulo através da Portaria Nº 696 de
março de 1990 introduziu o quesito
raça/cor no Sistema de Informação
da Secretaria Municipal de Saúde
sendo o primeiro município a im-
plementá-lo. Neste campo existem
outras legislações, como a Lei Mu-
nicipal Nº 16.129 de março de 2015
Volume 7
2022. Acesso em:16 janeiro de 2023.
Disponível em: https://www.prefei-
tura.sp.gov.br/cidade/secretarias/
saude/acesso_a_informacao/index.
php?p=24) Secretaria Municipal de
Saúde de São Paulo. Plano Munici-
– SMS/SP e a Portaria Nº 344 de
fevereiro de 2017 – MS. Entende-
mos que identificação adequada
das diferentes categorias raciais e
a execução deste arcabouço legal
pode favorecer o aperfeiçoamento
de políticas voltadas para a erradi-
cação das iniquidades em saúde.
OBJETIVOS
Sensibilizar os colaboradores acer-
ca do preenchimento adequado do
campo raça/cor no sistema de in-
formação SIGA Saúde.
METODOLOGIA
Foram realizados encontros de
capacitação por meio de rodas
de conversa visando proporcionar
condições para a reflexão sobre
o racismo institucional e seus im-
pactos no cotidiano, e na saúde da
população negra. Nestes encon-
tros, foram utilizados textos, repor-
tagens e pesquisas sobre as con-
dições gerais da população negra
no Brasil. Os colaboradores foram
também provocados a identificar-
-se racialmente com o propósito de
que se deparassem com o questio-
namento semelhante ao realizado
aos usuários.
RESULTADOS
Os impactos da sensibilização fo-
ram inicialmente verificados através
da percepção de que a temática
racial ganhou maior importância
pal de Saúde 2022-2025. Cidade de
São Paulo. Saúde. Dezembro/2021.
Acesso em 09/12/2021. Disponível
em: https://www.prefeitura.sp.gov.
br/cidade/secretarias/upload/saude/
plano_municipal_de_saude_2
e visibilidade entre colaboradores
dos diferentes níveis de formação.
Além disso, notou-se maior adesão
à proposta das discussões sobre a
desigualdade racial, além de maior
percepção quanto ao pertencimen-
to a determinado grupo racial.
CONCLUSÕES
A respeito da atualização do que-
sito raça/cor percebeu-se ampla
dificuldade dos profissionais em
abordar a questão racial fora dos
espaços de capacitação e educa-
ção permanente. Os colaboradores
sentem-se desencorajados a per-
guntarem a identidade racial dos
usuários que por sua vez se colo-
cam contrários ou desconfortáveis
em relação ao questionamento de
suas origens. As discussões sobre
o tema demonstraram que apesar
da inquietação por parte dos atores
envolvidos, os efeitos foram bené-
ficos a equipe de colaboradores e
ao serviço de maneira geral, uma
vez que puderam ampliar seu refe-
rencial de conhecimento no sentido
de atender aos usuários com mais
equidade. Entretanto, pressupõe-
-se que o tema ainda permanece
colocado como questão secun-
dária no imaginário da população
e necessita de maior reflexão nos
diversos âmbitos da vida social.
PALAVRAS-CHAVE
QUESITO RAÇA COR
29

SÃO PAULO
O CORRE É NOSSO! APROXIMAÇÃO ENTRE ESCOLAS E
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTO JUVENIL
MÜLLER DE OLIVEIRA MENDONÇA, LUIZ NELSON DÉVIA NETO, BIANCA ISIS
SEGANTIN DAYCHOUM
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Após ações realizadas de forma
pontuais em instituições escolares
do território, em março de 2022,
fomos convidados pela STS Penha
a participar de um encontro junto a
Professora Orientadora de Convi-
vência (POC) para pensarmos em
cuidado de saúde mental na institui-
ção escolar, E.E Nossa Senhora da
Penha, que a mesma atuava. Dian-
te do exposto, foram estruturadas
ações onde uma equipe multidis-
ciplinar esteve presencialmente na
EMEF explicando sobre o funcio-
namento do CAPS, as tratativas e
cuidado, promovendo uma melhor
autonomia em seu cuidado emo-
cional. Com a realização da ação,
percebemos uma melhora no aces-
so ao CAPS e uma estruturação de
prevenção sobre cuidado em saúde
mental, assim como, com feedback
positivo recebido tanto por mem-
bros da instituição, o projeto foi am-
pliado para todo o ano.
OBJETIVOS
Promover o acesso dos adolescen-
tes e corpo docente aos cuidados
em saúde mental do SUS e a sua
rede de suporte.
SÃO PAULO
EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA IMPLANTAÇÃO DO ACESSO
AVANÇADO EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
HENRIQUE TERUO ARAI, ADEMIR LOPES JUNIOR, ANA LUIZA LEITE RIBEIRO
FREIRE, GUILHERME ANTONIACOMI PEREIRA, KARINA SOARES DE OLIVEIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Até junho de 2022, a agenda das
unidades básicas de saúde (UBS)
da região Norte de São Paulo previa
30
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
METODOLOGIA
Inicialmente é planejado encontro
junto a equipe de coordenação e
direção da instituição, aonde são
levanta as principais questões de
saúde mental do espaço, assim
como, as turmas aonde a insti-
tuição percebe maiores casos de
adoecimento, a ação se dá duran-
te todas as sextas do mês vigente
e direcionada a turmas de Funda-
mental II e Ensino Médio.
RESULTADOS
Ao decorrer de 2022, foram realiza-
das ações em 8 escolas do território,
4 instituições da rede Municipal e 4
do Estado, em um cálculo qualita-
tivo, atendemos em média de 3 a 4
turmas por ação/dia, em mais de 25
dias de ação total no ano, sendo as-
sim, acreditamos ter acessado mais
de 2000 alunos e acessado mais de
500 professores. Encaminhamos
diretamente mais de 35 alunos ao
CAPS e solicitamos o encaminha-
mento de mais outros 40 alunos, via
família as direções escolares. Foi
observado pela equipe multidiscipli-
nar ao longo das ações o quanto os
adolescentes conseguiam ter uma
amplitude de seu sofrimento, reco-
a maior proporção de vagas agen-
dadas em relação a consultas do
dia. Como grande parte das con-
sultas eram agendadas com meses
nhecendo situações de violência
doméstica, ansiedade devido a nova
adaptação e a falta de perspectiva
em planejamento futuro devido pan-
demia. Mediante as ações houve um
aumento significativo da procura dos
adolescentes para realizar acompa-
nhamento em nossa unidade, em
dados atualizados, foram acolhidos.
Entre as queixas apresentadas, en-
contram-se questões de identidade
e gênero, enfrentamento do luto de
familiares devido Covid-19 entre ou-
tros, como ansiedade, depressão e
histórico de automutilação.
CONCLUSÕES
Entendemos que após a primeira reu-
nião junto a E.E Nossa Senhora da
Penha, projeto foi ampliado a outras
instituições e entendemos a impor-
tância da manutenção do mesmo.
Para 2023 proposta é ampliar o pro-
jeto a outras instituições de ensino do
território, assim como, melhor articu-
lar o acesso do corpo discente e do-
cente a toda rede de cuidado disponí-
vel no território da instituição escolar.
PALAVRAS-CHAVE
ESCOLAS , CENTRO DE ATEN-
ÇÃO PSICOSSOCIAL
de antecedência, o absenteísmo
era comum e o tempo de espera
por consulta mais longo, gerando
perda de recursos em um contex-
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
to de alta pressão assistencial e
vulnerabilidade social. O acesso
avançado minimiza o problema
(1), priorizando o atendimento do
usuário no mesmo dia em que há
procura, sendo este realizado pela
equipe responsável pelo seu se-
guimento. A maior proporção de
consultas do dia em relação às
consultas pré agendadas diminui o
absenteísmo e o tempo de espera
para consultas e pode melhorar a
satisfação dos profissionais e usu-
ários (2). A Coordenadoria Regio-
nal de Saúde Norte da Secretaria
Municipal de Saúde de São Paulo
teve a iniciativa de implementar o
acesso avançado nas UBS. Entre-
tanto, a literatura demonstra que o
sucesso do modelo depende da
adesão e engajamento dos profis-
sionais responsáveis pela assistên-
cia (3). Pensando neste desafio, a
equipe de educação permanente
da Organização Social de Saúde
Associação Saúde da Família dos
territórios das supervisões técni-
cas de saúde da Freguesia do Ó/
Brasilândia e Casa Verde/Cacho-
eirinha/Limão optou por realizar
oficinas com todo corpo clínico de
medicina e enfermagem das equi-
pes de Estratégia Saúde da Família
(ESF) e UBS Tradicionais.
OBJETIVOS
Relatar o processo de educação
permanente para a implantação
do acesso avançado em UBS da
região Norte do município de São
Paulo. Este processo teve os se-
guintes objetivos: 1) Sensibilizar as
gerências e as equipes médicas e
de enfermagem para adesão da
proposta de acesso avançado. 2)
Discutir problemas comuns rela-
cionados ao acesso e manejo de
pacientes 3) Apresentar propostas
e diretrizes do acesso avançado 4)
Construir conjuntamente modelo
de agenda de acesso avançado
específico para cada UBS a partir
de dados de seu território. 5) Ins-
trumentalizar gerentes e profissio-
nais para reproduzir esta discus-
são com agentes comunitários de
Volume 7
saúde e profissionais administra-
tivos da própria UBS. 6) Pactuar
cronograma e estratégias de im-
plantação.
METODOLOGIA
Em pactuação com as STS fo-
ram realizadas capacitações com
gerentes, responsáveis técnicos
(RT), médicos e enfermeiros de
32 UBS de ambos os territórios.
Essas oficinas foram realizadas
entre julho e setembro de 2022
por médicos(as) de família e comu-
nidade com expertise no acesso
avançado. Tiveram duração de 6
a 8 horas, incluíam: discussão de
casos rotineiros sobre problemas
de acesso; apresentação teórica
de modelos de agenda; atividade
prática na qual os profissionais
estimaram a demanda de seu ter-
ritório (exemplo: saber número de
gestantes e crianças menores de 2
anos, o período de maior procura
das pessoas, número total de pes-
soas cadastradas); confecção de
esboço de agenda para responder
a esta demanda, norteadas por au-
mentar a proporção de consultas
agendadas no dia que o usuário
procura. Foi estimulado o traba-
lho em equipe, com valorização
da atuação clínica da enfermagem
e visando o cuidado centrado na
pessoa. O prazo estipulado para
implantação desta nova forma de
organizar a agenda foi entre outu-
bro de 2022 a fevereiro de 2023.
Durante o processo, os facilitado-
res das oficinas fizeram visitas in
loco para monitorar a implantação
e contribuir nas discussões. Resul-
tados Foram realizadas 3 oficinas
com gerentes e RT médicos e de
enfermagem, 5 oficinas com médi-
cos e enfermeiros da ESF e 1 ofici-
na com médicos e enfermeiros das
UBS tradicionais, totalizando ao
redor de 350 profissionais. Duran-
te as oficinas as principais dúvidas
dos profissionais sobre o acesso
avançado foram: Como realizar o
seguimento longitudinal sem agen-
damento; como lidar com excesso
de demanda e qualificar escuta;
como realizar a vigilância em saú-
de de pacientes com hipertensão e
diabetes sem realizar agendamen-
to; como estabelecer o fluxo dentro
da UBS (horário de chegada de pa-
cientes, requisição de prontuários,
mapa de salas); especificar o papel
de outros profissionais no pro-
cesso; como realizar a transição
do modelo vigente para o acesso
avançado. Quando os profissio-
nais calculavam a necessidade de
consultas de puericultura e pré-na-
tal, a partir de dados do território e
do preconizado pelos protocolos
municipais, percebiam que esta-
vam ofertando vagas em excesso,
o que reduzia a disponibilidade
de consultas para outras deman-
das. Após as oficinas, 30 unidades
(94%) já iniciaram a implantação
do novo modelo de acesso. Da-
dos preliminares sobre absente-
ísmo nas consultas médicas das
equipes de ESF indicam queda de
13% quando comparamos dezem-
bro de 2021 e 2022 (30% x 17%).
Além disso, após as oficinas, hou-
ve queda de 8% no absenteísmo
comparando setembro de 2022
com dezembro de 2022 (25% x
17%). A taxa de absenteísmo de
dezembro de 2022 é a menor des-
de fevereiro de 2021. Conclusões
Apesar de pouco tempo para ava-
liar o impacto das atividades reali-
zadas, percebe-se uma avaliação
geral positiva. Na percepção de
gerentes e RT médicos e de enfer-
magem, as oficinas contribuíram
para a reflexão sobre a responsa-
bilidade das equipes pelo acesso e
pela implantação do novo modelo.
A heterogeneidade de conforma-
ções das UBS exigira a elaboração
de novas estratégias de acesso
avançado, nem sempre previstas
na literatura. O fato de os facilitado-
res terem experiência prática com
acesso avançado contribuiu para
a desconstrução de mitos e me-
dos relacionados à temática. Da-
dos preliminares mostraram que-
da do absenteísmo nas consultas
médicas, o que otimiza o uso do
tempo. Alguns desafios deste pro-
jeto foram garantir a liberação dos
31

profissionais para participarem das
capacitações e ao mesmo tem-
po manter a assistência nas UBS.
Uma das limitações foi a ausência
de processo sistemático de avalia-
ção das oficinas. Como próximos
passos, percebe-se a necessidade
de aprimorar o registro de con-
sultas no SIGA (sistema integrado
de gestão de assistência à saúde)
para avaliar a perda primária e a re-
SÃO PAULO
CONSTRUÇÃO DE SABERES E AMPLIAÇÃO DO CUIDADO EM
SAÚDE MENTAL ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PERMANENTE NA UBS.
DANIELLE KAMINSKAS DA SILVA, PRISCILA KAREN DOS SANTOS COSTA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
No Brasil as políticas públicas
que foram estruturadas em 2011
com a criação da rede de aten-
ção psicossociais RAPS, modelo
esse que substituí os hospitais
psiquiátricos. para os usuários
portadores de transtornos men-
tais graves. Essa expansão dos
serviços de saúde mental, ainda
ocorre e temos fragilidades a se-
rem enfrentadas. Atenção primá-
ria em saúde tem um papel funda-
mental na solução dos principais
problemas de saúde da popula-
ção, em níveis curativos, de reabi-
litação e promoção. Em 2013 uma
proposta para saúde mental na
atenção primaria, a portaria 154
criou o Núcleo de apoio á saúde
da família tendo como princípios:
noção do território, intersetoriali-
dade, reabilitação psicossocial,
multiprofissional, interdisciplinari-
dade, desinstitucionalização, pro-
moção da cidadania e construção
da autonomia. Para alinhamento
do cuidado em saúde mental, a
partir dos princípios citados aci-
ma, bem como o fortalecimento
da Raps e da promoção e trans-
formação do modelo biomédico
tradicional, desenvolvendo um
cuidado centrado no sujeito e em
32
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
alização de novos encontros com
profissionais para avaliação do
processo de implantação.
PALAVRAS-CHAVE
educação permanente
BIBLIOGRAFIA
1. Advanced access: reducing wa-
iting and delays in primary care.
JAMA. Murray M, Berwick DM,
seus processos de adoecimento
na vida. É preciso o fortalecimen-
to da RAPS, como objetivo de
disseminar a rede e melhoria na
qualidade das informações pres-
tadas a população, reduzir os
agravos de sofrimento psíquico,
acrescentar valores na condução
dos casos de saúde mental do
território além da oferta do cui-
dado e a eficiência nas condutas
e propostas de promoção e pre-
venção à saúde.
OBJETIVOS
Promover por meio da educação
permanente a discussão de te-
mas associados aos transtornos
mentais, garantindo identificação
precoce dos casos, possibilitan-
do abordagem integral para o cui-
dado em saúde mental. Estimular
um olhar crítico e comprometido
com as experiências vividas no
campo de trabalho, com a cons-
trução do conhecimento e a mul-
tiplicação dos saberes entre as
equipes.
METODOLOGIA
Os encontros ocorreram na UBS
JD Selma, o primeiro encon-
tro utilizamos a ferramenta GUT
para mapeamento dos temas a
2003;289(8):1035-1040. 2. Advan-
ced access scheduling outcomes:
A systematic review Katherine
Rose, MD1, Joseph S. Ross, MD,
MHS2,3, and Leora I. Horwitz, MD,
MHS2,3 1Brigham and Women’s
Hospital, Boston, MA 3. Novas pos-
sibilidades de organizar o Acesso
e a Agenda na Atenção Primária à
Saúde, Adriane Wollmann e cola-
boradores.
serem abordados por ser uma
ferramenta que facilitou eviden-
ciar as principais necessidades
da equipe. A partir dessa identi-
ficação, iniciamos o preparo do
material, com leitura de textos,
discussões e amadurecimento
das tecnologias que poderiam
sensibilizar os agentes de saú-
de. Realizamos 6 encontros, com
duração de 2h, uma vez no mês,
sempre às sextas- feiras com os
seguintes temas: 1- Escuta das
principais demandas do território,
mapeamento dos casos graves
e aplicação da ferramenta GUT.
2- Reforma psiquiátrica - Contex-
to Histórico 3- RAPS – Rede de
Atenção psicossocial 4- Manejo
de crise na Saúde Mental 5- Uso
e abuso de substâncias psicoati-
vas 6- Violência contra mulher
RESULTADOS
A realização dos encontros de
educação permanente, demons-
trou relevância na identificação e
abordagem dos casos de saúde
mental do território, de mulhe-
res em situação de violência, na
aproximação e criação de vínculo
com pessoas em uso abusivo de
substância. Uma segurança dos
Agentes de saúde de manejar os
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
casos de saúde mental para rede e prevenção de doenças. A per- população atendida e a garantia
de atenção psicossocial. A des- cepção dos participantes como dos acessos a saúde de qualidade
construção do imaginário acer- um espaço para reflexão e troca e a promoção a saúde com uma
ca dos transtornos metais, con- de experiência e a constituição agenda anual de encontros com
ceitos esses que muitas vezes do grupo como também um es- temas diversos, considerando os
influenciam em posturas e que paço de autocuidado e de forta- estudos de cada território e suas
causavam um distanciamento. lecimento de vínculos. complexidades.
Melhoria no diálogo e construção
de rede com os CAPS do territó- CONCLUSÕES PALAVRAS-CHAVE
rio. Participação efetiva e critica Os encontros de Educação Per- SAÚDE MENTAL, EDUCAÇÃO
nos processos de apoio matricial manente são importantes para PERMANENTE
com colaborações importantes e o aprimoramento do trabalho e
ativas garantindo acesso para os a busca continua por melhoria e BIBLIOGRAFIA
usuários em sofrimento metal. O ampliação de espaços para cons- AMARANTE. Loucos pela vida: a
fortalecimento da RAPS propicia trução de novos saberes. Salienta- trajetória da reforma psiquiátrica
a ampliação da rede e a melhoria mos a importância de projetos de no brasil: Fio Cruz; 1998. BRASIL.
na qualidade das ações de saúde educação permanente para todo o Ministério da saúde (MS) Saúde
prestadas a população; reduz os território, contínuo e padronizado. mental sus: Avesso ao tratamento
agravos relacionados aos sofri- Propor que esses encontros se- e mudança do modelo de atenção.
mento psíquico; incrementa va- jam pautados na construção dos Relatório de gestão 2003-2006.
lores na condução dos casos de saberes, no desenvolvimento indi- Brasília: Ministério da saúde (MS)
saúde mental do território além vidual e coletivo e na formação de 2007. BRASIL. Ministério da Saú-
de qualificar a oferta do cuida- multiplicadores. A necessidade de de. Gabinete do Ministro. Portaria
do e a eficiência nas condutas e estudos epidemiológicos, de ações MS/GM nº 154, de 24 de janeiro de
propostas de promoção à saúde com o objetivo de aproximação da 2008. Brasília, 2008.
SÃO PAULO
A PRECEPTORIA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE
COMO PROPOSTA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE
GUILHERME ANTONIACOMI PEREIRA, ADEMIR LOPES JUNIOR, ANA LUIZA
LEITE RIBEIRO FREIRE, KARINA SOARES DE OLIVEIRA, HENRIQUE TERUO ARAI,
ROSICLER APARECIDA VIEGAS DI LORENZO, LUIZ ANTONIO VELLINHO D\’ANGELO,
MARIA LUIZA SANTA CRUZ, AUGUSTA OLIVEIRA CÉSAR DE CARVALHO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO: Em 2020, o Brasil atingiu a marca como enfermeiros ou equipe mul-
de 7.149 especialistas em MFC. tiprofissional, o que traz um desa-
Com o advento da Estratégia
Considerando as mais de 45 mil fio para a educação permanente
Saúde da Família (ESF), surgiu,
equipes de ESF do território na- (EP). Pensando nisso, a Organi-
no Brasil, a necessidade de for-
cional, e a migração destes espe-
mar profissionais de saúde com zação Social (OSS) Associação
cialistas para a rede suplementar,
perfil adequado à reorganização Saúde da Família (ASF), em par-
o provimento desse profissional ceria com a Coordenadoria Re-
da Atenção Primária à Saúde
para o SUS ainda é um desafio.
(APS) (1). A Medicina de Família gional de Saúde Norte (CRSN) e
Até 2022, de 140 equipes de ESF
e Comunidade (MFC) responde as Supervisões Técnicas de Saú-
dos territórios da Casa Verde/
a esta demanda, pois é o espe- Cachoeirinha/Limão e Freguesia de (STS) dos territórios mencio-
cialista que atende os problemas do Ó/Brasilândia da cidade de nados, em 2020, optou por con-
relacionados com o processo São Paulo, menos de 10 conta- tratar especialistas em MFC, para
saúde-enfermidade, de forma in- vam com especialistas em MFC. estruturar o que se denominou
tegral, contínua e sobre um enfo- Além disso, a rotatividade des- preceptoria, que tinha o intuito de
que de risco, no âmbito individual se profissional é maior do que a qualificar os atributos da APS por
e familiar, em todas as idades (2). das demais profissionais da APS, meio da educação permanente (
Volume 7 33

OBJETIVOS
Descrever uma proposta de EP
para a APS realizada por meio da
preceptoria de MFC. A precep-
toria de MFC tem os seguintes
objetivos: 1- Oferecer um supor-
te para formação de médicas/
os generalistas na própria UBS;
2- Garantir que as atividades de
formação sejam direcionadas a
partir da avaliação de indicado-
res assistenciais e de processo
de trabalho; 3- Apoiar estraté-
gias para a organização da rede
de atenção à saúde e das linhas
de cuidado; 4- Garantir apoio
aos gerentes das UBS para a
supervisão técnica e do profis-
sionalismo médico; 5- Realizar
atividades educacionais espe-
cíficas para o desenvolvimento
de competências profissionais,
incluindo aspectos clínicos,
comunicacionais, éticos e de
gestão do cuidado; 6- Acolher
a equipe de saúde, oferecendo
suporte em momentos críticos e
mediação de conflitos.
METODOLOGIA
Gradualmente, até 2022, foi
possível montar uma equipe de
4 MFC, com contratos de 20h
semanais, dando cobertura a 22
UBS com ESF, tornando possí-
vel a divisão de 5 a 6 UBS por
MFC. As atividades da precep-
toria são divididas em três eixos:
cursos e capacitações específi-
cas; atividades locais na UBS
e reuniões de planejamento e
pactuação em rede. Entre os
cursos e capacitações especí-
ficas, a principal atividade é o
curso introdutório para médi-
cos (as) recém admitidos (as),
além das demandas pactuadas
com as STS e CRSN, realizados
em parceria com as precepto-
rias de Ginecologia e Obstetrí-
cia, Pediatria e Psiquiatria, que
já existiam na composição do
NASF-AB. As atividades locais
na UBS são organizadas ideal-
mente em períodos de 4 horas,
compostos por 2 horas de es-
34
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
paço pleno entre médicos (as)
e outros profissionais para dis-
cussão de casos ou temas es-
pecíficos, e as outras 2 horas
para a realização de consultas
compartilhadas e treinamento
de procedimentos. Cada pre-
ceptor se programa para estar
2 vezes ao mês em cada UBS.
Além disso, semanalmente, são
realizadas reuniões de planeja-
mento e pactuações internas e
externas, com os apoios téc-
nicos da OSS, entre Atenção
Básica, Saúde Mental e Equipe
Multidisciplinar, e das interlocu-
ções da Secretaria Municipal de
Saúde. A preceptoria ainda dis-
põe de um espaço de EP para os
próprios preceptores, voltado à
formação em ensino de adultos
e educação na saúde, passando
por técnicas de feedback e ges-
tão de conflitos.
RESULTADOS
Serão relatadas as atividades
realizadas em 2022, pois foi o
ano em que houve menor inter-
ferência da pandemia na pre-
ceptoria e quando esta passou
a ser constituída plenamente,
com 4 MFC. Em maio, foi inicia-
do o curso de capacitação para
novos (as) médicos (as), que
ainda está em andamento, e é
composto por 10 módulos con-
tendo os temas mais prevalen-
tes da APS. Os encontros acon-
tecem mensalmente, em turnos
de 4 horas, divididos em 2 tur-
mas, atualmente com cerca de
40 inscritos, com estratégias de
metodologias ativas de ensino
aprendizagem. Além disso, para
os profissionais da Equipe Mul-
tidisciplinar, cerca de 160 pes-
soas, também foi realizado um
curso introdutório de 4 módulos
ao longo do ano. Em agosto e
setembro de 2022, dada a ne-
cessidade de implantação do
Acesso Avançado em todas as
UBS, foram realizadas oficinas
de sensibilização e capacitação
de todos os profissionais. Nas
UBS, foram realizados aproxi-
madamente 460 procedimentos,
incluindo inserção e retirada de
DIU e implante de etonogestrel,
em parceria com a preceptoria
de Ginecologia e Obstetrícia.
Também foram desenvolvidas
atividades de: implantação da
classificação de risco cardio-
vascular de forma sistematiza-
da; atividades de vigilância e re-
visão de prontuários de sífilis na
gestação; avaliação do registro
em prontuários de pré-natal; re-
qualificação de filas de espera;
oficinas de comunicação clínica,
entre outras.
CONCLUSÕES
Os cursos de EP, embora úteis,
são limitados para transformar o
trabalho. A preceptoria de MFC
na UBS tem garantido suporte
a essas mudanças, e também
sido espaço de acolhimento aos
gerentes, que buscam os pre-
ceptores para compartilhar os
desafios locais. Para os médi-
cos recém-contratados, é fator
de atração para a vaga na ESF.
Um desafio inicial foi conven-
cer a gestão municipal a ocupar
vagas do NASF, antes destina-
das a especialistas focais, para
MFC. Mas logo se percebeu
que a preceptoria de MFC po-
deria responder com qualidade
a vários desafios da APS, como
realização de procedimentos,
manejo clínico de doenças e
casos complexos, trabalho em
equipe etc. Foi fundamental que
os preceptores tivessem exper-
tise na ESF, residência em MFC
e habilidades para o ensino.
Isso facilitou a discussão prá-
tica e o reconhecimento como
role models. Os desafios atuais
são a integração da precepto-
ria com os processos da gestão
municipal, estes muitas vezes
fragmentados e verticais. Além
disso, pretende-se avaliar mais
sistematicamente o impacto no
processo de trabalho e na rotati-
vidade dos profissionais. Atrelar
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
a preceptoria ao plano de car-
reira e qualificação da infraes-
tru tura das UBS pode ser fator
de atração e fixação dos médi-
cos na ESF.
PALAVRAS-CHAVE
estratégia saúde da família, edu-
cação permanente
SÃO PAULO
IMPACTOS DA PRESENÇA DE UMA MULHER TRANS NO
SERVIÇO DE REABILITAÇÃO
ALESSANDRA RODRIGUES DE SOUZA, CAMILA CRISTINE ALMEIDA DE MACEDO,
INGRID ALVES CONCEIÇÃO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A atenção para a relação entre di-
reitos e sexualidade é um processo
atrelado à atuação de movimentos
sociais. O acesso aos serviços de
saúde pela população LGBT é per-
meado por constrangimentos e
condutas discriminatórias. Mesmo
existindo políticas públicas especí-
ficas, sentimentos de exclusão, de-
samparo, omissão e indiferença ao
acesso são expressados por este
público. O preconceito é uma cons-
trução social que requer um olhar
cuidadoso nas suas pequenas e
grandes expressões no cotidiano
profissional (CORDEIRO, 2015).
Ao recebermos uma pessoa trans,
preta e em situação de rua na rede
de cuidados à saúde da pessoa
com deficiência, alguns destes pre-
conceitos vieram à tona, e a qua-
lificação da atenção poderia estar
comprometida se não houvesse
intervenção imediata. No estudo
de Santos e cols (2020), os partici-
pantes apontaram como uma das
principais barreiras no acesso à
saúde a falta de capacitação dos
profissionais e denunciaram a fal-
ta de posicionamento da gestão a
respeito de implementação de me-
didas que mudem essa realidade e
este pode ser um fator modificável.
Volume 7
BIBLIOGRAFIA
(1) Feuerwerker LCM, Capozzolo AA.
Atenção Básica e Formação em Saú-
de. In: Mendonça MHM et al. Atenção
Primária à Saúde no Brasil: conceitos,
práticas e pesquisa. 1ª edição. Rio
de Janeiro: Editora Fiocruz; 2018. p.
291-310. (2) Arias-Castillo L et al. Perfil
OBJETIVOS
Relatar os impactos e mudanças
no CER - Freguesia após acolhi-
mento e cuidado de uma usuária
trans, preta e em situação de rua.
METODOLOGIA
A partir da observação do acesso
da usuária ao serviço, notamos o
despreparo profissional da equi-
pe, pouco conhecimento sobre o
assunto, levando-a a condutas dis-
criminatórias. Santos e Cols. (2020),
apontam a ausência de acolhimen-
to adequado como principal pro-
blema enfrentado nos serviços de
saúde por LGBTs. Foi necessária a
intervenção e capacitação da equi-
pe, através de diálogos constantes,
principalmente, dos profissionais
da recepção, limpeza e seguran-
ça sobre diversidade, identidade
de gênero, nome social e acesso
ao sanitário. Foi realizada também
uma capacitação abordando o his-
tórico da luta da população LGBTs,
e da garantia de acesso a essa po-
pulação aos serviços de saúde.
RESULTADOS
A presença da usuária no serviço
de saúde evidenciou falhas relacio-
nadas ao acolhimento e atendimen-
to de pessoas trans neste serviço,
sendo necessário a sensibilização
do Médico de Família e Comunidade
[Internet]. Santiago de Cali: Wonca.
Disponível em: http://www.sbmfc.org.
br/wp-content/uploads/media/file/
documentos/perfil_mfc.pdf (3) Sche-
ffer M. et al. Demografia Médica no
Brasil 2020. São Paulo, SP: FMUSP,
CFM, 2020. 312 p. ISBN: 978-65-00-
12370-8
da equipe para a temática. Foram
realizados diálogos e discussões em
equipe; além de uma capacitação
dos profissionais, o que foi funda-
mental para diminuir discriminação
e julgamentos. A equipe trouxe refle-
xões sobre o desconhecimento do
tema da diversidade e da importân-
cia do mesmo para a quebra de es-
tereótipos. Nesse sentido, a informa-
ção tornou-se a melhor ferramenta
na busca por transformação; o papel
do Serviço Social somados à repre-
sentatividade LGBT no CER foram
fundamentais para a sensibilização
da equipe diante dos acontecimen-
tos e a luta por mudanças no serviço.
CONCLUSÕES
Estarmos atentos ao processo de
trabalho e como a equipe recep-
ciona/acolhe é urgente. A desin-
formação e o congelamento dos
preconceitos geram constrangi-
mentos, falta de vínculo e conse-
quentemente reflete sobre à saúde
integral dos usuários. A pauta da
população LGBT deve ser sempre
revisitada nos espaços de reflexão
em equipe, e a capacitação deve
incluir outras categorias profissio-
nais além daqueles da saúde, uma
vez que estes também estão envol-
vidos com o acolhimento desses
usuários.
35

PALAVRAS-CHAVE
população LGBT
BIBLIOGRAFIA
1. BRASIL. Ministério da Saúde.
Conselho Nacional de Combate à
Discriminação. Brasil sem homofo-
bia: programa de combate à violên-
cia e à discriminação contra GLTB
e de promoção da cidadania ho-
mossexual. Brasília: Ministério da
Saúde[Internet]. 2004. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/brasil_sem_homofo-
bia.pdf. 2. BRASIL. Ministério da
Saúde. Secretaria de Gestão Estra-
tégica e Participativa. Departamen-
SÃO PAULO
ESTÁGIOS EM REABILITAÇÃO O DESAFIO DA TRANSPOSIÇÃO
DO “TREINO EMSERVIÇO” PARA A REDE DE CUIDADOS À
FERNANDA SENNA LOBO, INGRID ALVES CONCEIÇÃO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A realização de estágios nos cená-
rios do SUS é, comprovadamente,
ferramenta de formação insubsti-
tuível para ampliar o olhar do estu-
dante para o território e as relações
que são determinantes sociais
estabelecidas no processo saú-
de-doença.¹ Dessa forma, dentro
da sua estrutura organizacional de
atenção entende-se que a saúde
se constrói socialmente com uma
rede de prestação de serviço hu-
manizado.² Quanto à experiência
acadêmica na rede de cuidados à
saúde da pessoa com deficiência,
transpõe o tradicional treinamento
de técnicas em serviço sendo um
desafio colocado para estudante e
o profissional, de modo a possibi-
litar a autonomia do sujeito usuário
ao mesmo tempo em que se colo-
cam aos estudantes ações novas
e técnicas pouco desenvolvidas
somente no plano teórico, como a
clínica ampliada, a corresponsabili-
zação e a longitudinalidade.³
36
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
to de Apoio à Gestão Participativa.
Política Nacional de Saúde Integral
de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Tra-
vestis e Transexuais. Brasília: Mi-
nistério da Saúde; 2013. 3.CORDEI-
RO, Ana Luiza. Raça e Gênero: O
preconceito enquanto construção
social [site]. Disponível em: www.
cefuria.org.br. 4. FACCHINI, Regi-
na. Sopa de letrinhas? Movimento
homossexual e produção de iden-
tidades coletivas nos anos 90. Rio
de Janeiro: Garamond, 2005. 301 p.
5. SANTOS, Luis Eduardo Soares
dos; FONTES, Wemerson dos San-
tos; OLIVEIRA, Ana Karla Sousa
de; LIMA, Luisa Helena de Oliveira;
OBJETIVOS
Relatar o processo de elabora-
ção de uma prática de estágio
no campo da rede de cuidados à
pessoa com deficiência no SUS
em São Paulo, SP, a partir de
um centro de reabilitação (CER
II). Metodologia Definiu-se uma
composição de horários que
priorizasse o acompanhamen-
to de diversas atividades pelos
estudantes, bem como tentasse
garantir momentos de encontro
entre os cursos. A seguir, distri-
buíram-se os estudantes pelas
atividades já programadas pelo
serviço (incluindo ações exter-
nas e com a estratégia APD),
com trabalhadores de referência,
em atuações situadas no campo
da atenção à saúde da pessoa
com deficiência e saúde coleti-
va. Respeitando a diferença en-
tre formações e a duração dos
estágios, entendeu-se que era
fundamental garantir momentos
in loco de discussão do que foi
SILVA, Ana Roberta Vilarouca da;
MACHADO, Ana Larissa Gomes. O
acesso ao Sistema Único de Saú-
de na percepção de homossexu-
ais masculinos. Rev Bras Enferm
[Internet]. 2020;73 (2). Disponível
em: https://doi.org/10.1590/0034-
7167-2018-0688. Acesso em:
23/01/2023. 6. SILVA, João Luis da.
Como os serviços de saúde aco-
lhem a população LGBT? II Semi-
nário Nacional Gênero e Práticas
Culturais: Culturas, Leituras e Re-
presentações. Pernambuco: 2009.
Disponível em: https://www.itapo-
ranga.net/genero/gt8/10.pdf. Aces-
so em 23/01/2023.
visto, no formato de grupos de
reflexão. Ao final do ciclo realiza-
ram-se avaliações do processo.
RESULTADOS
A experiência com as instituições
PUC e USP da capital nos cursos
de fisioterapia, fonoaudiologia e
terapia ocupacional, além de pas-
sagem de residentes do programa
de residência em neonatologia do
HMEC tem sido muito valiosa, pos-
sibilitando a construção em pro-
cesso de uma prática mais reflexiva
e do ensino-aprendizagem a partir
da rede e do sujeito, não somente
a partir da patologia, perspectiva
frequentes nas abordagens capa-
citistas clássicas em reabilitação.
Os desafios dessa experiência es-
tão postos desde a conformação
do quadro de horários, passam
pelas expectativas dos estudan-
tes, o curto tempo e as próprias
dinâmicas do serviço com elevada
demanda, pouco espaço físico e
referenciado para um território bas-
tante complexo e vulnerável.
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
CONCLUSÕES
Com a herança (inclusive neste
serviço) de estágios em reabili-
tação frequentemente voltados
para o treino de práticas clínicas
ou ambulatórios específicos, en-
tendeu-se que o principal apren-
dizado - bem como a melhor ex-
periência para o aprimoramento
do serviço - estaria no diálogo
entre universidade e serviço a
partir da superação do paradig-
ma de reabilitação médica rumo
a uma reabilitação pautada nos
direitos, autonomia e território,
mais afim do modelo social. A
experiência vem demonstrando
que o caminho parece ser esse
mesmo.
SÃO PAULO
PROJETO CONTÍNUO DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL E
PROFISSIONAL – AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
EVANDRO CEZAR SIQUEIRA VILELA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A atuação dos Agentes Comuni-
tários de Saúde (ACS) é de des-
tacada contribuição na efetivação
das estratégias assistenciais e na
aplicação das políticas públicas
de saúde, uma vez que estão em
constante vínculo com usuário,
contribuindo para o monitoramen-
to das condições de saúde da
população adscrita nas áreas de
abrangência Unidades Básicas de
Saúde (UBS). Desenvolvem ainda
ações educativas visando à pro-
moção da saúde, à prevenção das
doenças e ao acompanhamento
das pessoas com problemas de
saúde, orientando demandas de
atendimento. Realizam visitas pro-
gramadas, analisam junto com a
equipe os critérios de risco e vul-
nerabilidade de modo que famílias
com maior necessidade sejam visi-
tadas mais vezes, o que contribui
Volume 7
PALAVRAS-CHAVE
pessoa com deficiência, rede de
cuidados
BIBLIOGRAFIA
1.BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de se-
tembro de 1990. Dispõe sobre as
condições para a promoção, prote-
ção e recuperação da saúde, a or-
ganização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá ou-
tras providências. Diário Oficial da
União. 1990 Set 19. 2. Conselho Na-
cional de Secretarias Municipais de
Saúde. Brasília, DF: Conasems; 2008
[acesso em 2017 nov 28]. Disponí-
vel em: http://www.cosemsms.org.
br/files/publicacoes/formacao_pro-
fissionais_2008.pdf » http://www.
cosemsms.org.br/files/publicacoes/
para o planejamento das ações de
saúde de forma equânime. Con-
siderando o contexto de trabalho
do ACS, os profissionais estão su-
jeitos a situações de stress ou de
impacto emocional, como a recusa
pelo atendimento, dificuldades de
acesso às residências, a relutân-
cia em atender as orientações para
comparecimento às unidades,
além das questões relacionadas a
sua segurança pessoal ao acessar
locais com maior índice de violên-
cia, no qual eles são residentes.
Assim, é fundamental a adoção
de ações de desenvolvimento que
ampliem as competências com-
portamentais e de relacionamen-
to, facilitando a interação com a
população, além de aprimorar o
relacionamento com as equipes,
contribuindo para a qualidade no
atendimento prestado à população
e a prática dos princípios do SUS.
formacao_profissionais_2008.pdf
3.RUDNICKI, Tânia; CARLOTTO,
Mary Sandra. Formação de estudan-
te da área da saúde: reflexões sobre a
prática de estágio. Rev. SBPH, Rio de
Janeiro , v. 10, n. 1, p. 97-110, jun. 2007
. Disponível em http://pepsic.bvsalud.
org/scielo.php?script=sci_arttext &
pid= S1516-08582007000100008&l-
ng=pacessos em 22 jan. 2023. 4.VAZ,
Daniela Virgínia; ANTUNES, Ana
Amélia Moraes; FURTADO, Sheyla
Rossana Cavalcanti. Tensões e pos-
sibilidades no campo da reabilitação
sob a ótica dos estudos da deficiên-
cia.Cad. Bras. Ter. Ocup., São Carlos,
v. 27, n. 4, p. 917-928, 2019. Disponível
em https://www.scielo.br/j/cadbto/a/
tSHvkNZnhLh46rGdDncwzyy/?for-
mat=pdf&lang=pt. acessos em 22
jan. 2023
OBJETIVOS
Dentro da visão de que o investi-
mento no desenvolvimento das
pessoas, alinhado às estratégias
e objetivos das organizações, gera
melhoria nos resultados e qualida-
de dos serviços prestados, os ob-
jetivos do projeto foram norteados
pela: Ampliação das competências
comportamentais e sociais, tais
como: comunicação, relaciona-
mento interpessoal, inteligência
emocional, conversas difíceis para
estimular uma atuação pesso-
al de qualidade no atendimento e
no fortalecimento do trabalho em
equipe; Melhoria da percepção e
vínculo do profissional quanto ao
seu papel na Estratégia de Saúde
da Família, além dos impactos da
sua atuação no fortalecimento para
cuidar; Melhoria dos resultados de
avaliação da sua atuação
37

METODOLOGIA
Em projetos como este, que envol-
vem mudanças comportamentais
e de conscientização de papeis,
para a melhoria da qualidade no
atendimento à população, é neces-
sário que a metodologia adotada
permita a conscientização do con-
texto e desafios da atuação dos
profissionais, a partir da vivência
e discussão de situações que re-
flitam o cotidiano e a identificação
dos comportamentos adequados à
complexidade da realidade. Nessa
direção, destacamos as ações me-
todológicas adotadas no progra-
ma: Duração: novembro de 2021
a dezembro de 2022; Divisão dos
profissionais em 15 turmas de até
30 pessoas, por módulo; Aplicação
do programa em 3 módulos de 4
horas cada, com intervalo de 3 a
4 meses entre cada módulo; Reu-
niões para alinhamento das ações
aos fundamentos da atuação com
atendimento em saúde, aos objeti-
vos institucionais e à realidade do
ambiente de trabalho; Apresen-
tação do projeto para gerentes e
supervisoras de enfermagem das
unidades, de modo a favorecer a
aplicabilidade da ação; Aplicação
de atividades lúdicas como jogos,
simulações, discussão de filmes
que possibilitam a reflexão sobre
comportamentos adequados ao
atendimento; Atividades práticas
como exercícios, testes, trabalhos
SÃO PAULO
FIQUE POR DENTRO, UMA REVISTA MENSAL DE COMUNICAÇÃO
ENTRE A REDE DO EXTREMO SUL DE SÃO PAULO
FELIPE GARGANTINI CARDARELLI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Organização Social de Saúde
(OSS) Associação Saúde da Família
(ASF), responsável por cinco con-
tratos de gestão no município de
São Paulo, dentre eles os de Cape-
38
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
em grupo e role play, que refletem
as situações cotidianas e possibi-
litam as discussões sobre a práti-
ca profissional; Apresentação de
conceitos e técnicas com uso de
recursos audiovisuais; Constru-
ção de compromisso individual
de mudanças e de aplicabilidade
Reuniões periódicas de acompa-
nhamento.
RESULTADOS
O projeto contou com a presença
de 96 % dos ACS, em um total de
450 colaboradores desta categoria
no território do Jardim São Luis. A
participação dos profissionais foi
distribuída por módulos, uma vez
que a proposta era que os pro-
fissionais estivessem em todos
os encontros, dentro de uma car-
ga horária geral de 180 horas. No
primeiro módulo de 15 encontros,
participaram 427 ACS e, no segun-
do, estiveram presentes 429. Já no
terceiro, o número de profissionais
foram 428, totalizando 1284 pre-
senças. A maioria dos profissio-
nais conseguiu participar de todos
os encontros. A presença não foi
100% em todas as etapas devido a
licenças e admissões após o início
do projeto. A partir da avaliação de
reação aos participantes, foi possí-
vel identificar que os profissionais
reconheceram a importância da
realização do projeto e validaram a
continuidade de ações como esta.
A apresentação dos conteúdos do
la do Socorro e Parelheiros com o
contexto de significativa disparida-
de social, grande extensão territo-
rial e alta porcentagem de usuários
SUS dependentes, os Contratos de
Gestão 002 (Capela do Socorro) e
projeto para as lideranças locais
foi estratégica e avaliada positiva-
mente, uma vez que as gestoras
já tinham conhecimento do que foi
abordado. Desse modo, poderiam
favorecer com que os ACS, desen-
volvessem e aplicassem conceitos
aprendidos no curso.
CONCLUSÕES
Os processos formativos ofertados
para os profissionais, geralmente,
são focados em capacitações re-
lacionadas ao desenvolvimento de
alguma técnica, identificação de
diagnóstico precoce, ou seja, te-
mas mais pontuais. Nestas ações
educativas, não é comum que se-
jam explorados assuntos que en-
volvem habilidades de comunica-
ção, relacionamento interpessoal e
trabalho em equipe. Nesse sentido,
este curso foi inovador, uma vez
que possibilitou que os profissio-
nais envolvidos se debruçassem
sobre temáticas voltadas para mu-
danças em processos de trabalho.
Tendo em vista os resultados apre-
sentados, faz-se necessária a con-
tinuidade de ações que favoreçam
o protagonismo dos ACS e fortale-
çam o papel destes profissionais
junto à comunidade, com ênfase
no cuidado centrado no usuário.
PALAVRAS-CHAVE
DESENVOLVIMENTO PESSOAL,
ACS
001 (Parelheiros) tem quase sete
mil funcionários distribuídos em
78 serviços de saúde de diferentes
complexidades. São os distritos de
maior extensão territorial de São
Paulo - Capela do Socorro com
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
134,2 Km² e Parelheiros com 353,5
Km². Assim, o alinhamento e inte-
gração da rede são dois grandes
desafios neste contexto. Para favo-
recer esse processo, elaboramos
diversas ações de Educação Per-
manente e de Comunicação Estra-
tégica, entre elas a revista mensal
“Fique por Dentro”, com início em
2021. A Educação Permanente (EP)
“se configura como aprendizagem
no trabalho, onde o aprender e o
ensinar se incorporam ao cotidia-
no das organizações e ao trabalho”
(BRASIL, 2018, p.10). E que a comu-
nicação estratégica é uma forma de
ação social que se caracteriza por
produzir situações estratégicas nas
quais os envolvidos fazem uso da
interação simbólica para resolver
problemas e maximizar oportuni-
dades (PÉREZ, 2008).
OBJETIVOS
Apresentar a revista mensal da
ASF Sul, chamado “Fique por
Dentro”, como instrumento de
comunicação estratégica e Edu-
cação Permanente, bem como
seus resultados.
METODOLOGIA
Em agosto de 2021 iniciamos a re-
vista virtual Fique por Dentro que é
confeccionada mensalmente pelo
setor de desenvolvimento da ASF
Sul que seleciona as ações das
unidade. A revista abarcar notícias
do mês, com um texto dialógico
educativo e imagens, podem ser
eventos, treinamentos, ações te-
máticas, a ação coletiva, ação de
orientação, ações de setores da
unidade, etc. Sempre disponibiliza-
mos hiperlinks ou QR codes com
mais materiais, aprofundando o
tema: hipermídias para podcast e
vídeos, links para documentos e
para o site da SMS. Através do Fi-
que por Dentro fortalecemos a co-
municação interna para alinhamen-
to e divulgação de ações exitosas.
Abordamos as ações de meses
temáticos, explicando a história e
Volume 7
origem por trás da data comemo-
rativa. Desta forma envolvemos as
Supervisões Técnicas de Saúde
(STS), que eventualmente partici-
pam ajudando a elaborar a matéria
relacionada a sua área. Por meio
do Fique por Dentro ainda envolve-
mos a rede de serviços de saúde
nas ações do escritório regional sul,
aproximando estas instâncias. Já
que também divulgamos as ações
realizadas pelo escritório. A Revista
é enviada por aplicativo de mensa-
gens às STS, Gerentes, Agentes
Comunitários de Saúde (ACS), En-
fermeiros e Médicos Responsáveis
Técnicos, e por e-mail a todos os
profissionais da ASF Sul. Também
realizamos a impressão colorida da
revista e enviamos por malote a to-
das as unidades de saúde no início
do mês seguinte para fixação no
quadro de avisos.
RESULTADOS
Realizamos 17 edições da revis-
ta até o momento. No final ano de
2022 fizemos um mapeamento
de todos os serviços da Rede de
Atenção à Saúde e da rede inter-
setorial, que as unidades utilizam
como base para realizar o cuidado
integral e longitudinal. As unidades
e os profissionais se sentem reco-
nhecidos e tendo seus trabalhos
divulgados. Percebemos que isso
fortalece a identidade dos traba-
lhadores da ASF Sul e os motivam
a tomarem iniciativa, reproduzirem
ações exitosas, serem criativos e
inovarem ou mesmo a participarem
de treinamentos e ações temáticas.
Os textos educativos também pro-
movem a educação permanente de
profissionais, com dados, contexto
e fundamentação das ações de-
senvolvidas pelos serviços de saú-
de. A revista favorece a integração
entre os trabalhadores da ponta,
o escritório e as STS. A mesma é
avaliada positivamente por 96,7%
dos profissionais. Uma APA (Agen-
te de Promoção Ambiental) deu um
depoimento positivo sobre a revis-
ta: Gostaria de compartilhar com
vocês, que a equipe tá toda feliz
porque depois que a gente postou
o trabalho do Acervo Digital, as fo-
tos na unidade já saiu duas vezes
na revista da ASF Sul. E aí, os pro-
fissionais viram. Nossa eles estão
super animados em desenvolver
mais ações, mais trabalhos e mais
projetos porque tá saindo, tá sen-
do divulgado e eles se ficam felizes
isso é bem legal, isso é um diferen-
cial danado sabia?
CONCLUSÕES
Os resultados positivos também
indicam que investir na comuni-
cação, mídias e redes como ferra-
menta de Educação Permanente
em sistemas amplos e complexos
como os que temos em nossa re-
gião, favorece o alinhamento, a
troca de experiências e a repro-
dução de iniciativas. Concluímos
com a frase de Schleiermacher
(apud Habermas, 1993, p. 128):
“O princípio de todo esforço vol-
tado para o conhecimento é o da
comunicação”.
PALAVRAS-CHAVE
Educação Permanente
BIBLIOGRAFIA
Cardarelli, Felipe G., At All. Comu-
nicação digital como ferramenta de
educação permanente frente à CO-
VID-19 na região sul de São Paulo
/ Digital communication as a tool
for permanent education facing
COVID-19 in the southern region of
São Paulo. BJHR. 2022. Habermas,
Jürgen. (1993). A Ideia da Univer-
sidade: Processos de Aprendiza-
gem. R. bras. Est. pedag., Brasília,
v.74, n. 176, p. 111 -130, jan./abr.
MAIA, S. R. R..; CARDARELLI, F. G.
Acervo Digital: Registro Histórico
de vivências, patrimônio e memó-
ria imagética. In: Mostra de Expe-
riências Exitosas dos Municípios
no 35º Congresso de Secretários
Municipais de Saúde do Estado de
São Paulo, 18, 2022, São Paulo.
39

SÃO PAULO
IMPLANTAÇÃO DE UM AMBULATÓRIO DE SAÚDE DO TRABALHADOR
NO CONTEXTO HOSPITALAR: CUIDANDO DE QUEM CUIDA
APARECIDA BASTOS PEREIRA, PAULINO SALIN VASCONCELOS, KATIA APARECIDA
PESSOA CONDE
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Humaniza-SUS, como também
é conhecida a Política Nacional
de Humanização – PNH, cria-
da pelo Ministério da Saúde em
2003, fundamenta-se na com-
preensão de que a humanização
na saúde envolve principalmente
a valorização dos diferentes su-
jeitos implicados no processo
de produção de saúde, a saber,
usuários, trabalhadores e gesto-
res. (BRASIL, 2010) A criação do
Ambulatório de Saúde do Traba-
lhador, no ano de 2019, norteou-
-se por esse princípio, buscando
acolher os trabalhadores na sua
demanda por cuidado em um
contexto no qual eram eviden-
tes os danos à sua qualidade de
vida e saúde. A nossa motivação
para tal devia-se à forte impres-
são causada por esse cenário
e ao reconhecimento da nossa
responsabilidade junto a esses
trabalhadores, ao percebermos,
pela escuta das suas histórias de
vida e experiências profissionais,
o sofrimento que vivenciavam,
assim como a dificuldade para
terem acesso a ações de cuidado
preventivas e curativas. Em 2020,
com o início da pandemia, o HM-
JSH tornou-se referência para
casos de COVID-19, as tensões e
o sofrimento que reconhecíamos
se agravaram e a importância
de termos um Ambulatório para
atendimento dos profissionais
dentro do próprio Hospital ficou
ainda mais evidente. Nos anos de
2021/2022 a ação desse Ambu-
latório manteve-se fundamental
tendo em vista os efeitos deleté-
rios dos desafios vivenciados ao
longo da pandemia para a saúde
física e mental dos trabalhadores.
40
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
OBJETIVOS
2.1. Valorizar os trabalhadores
acolhendo-os ao reconhecer as
suas necessidades de cuidado
em saúde e ao promover uma
ação resolutiva para atendê-las;
2.2. Facilitar o acesso aos aten-
dimentos e tratamentos disponi-
bilizando-os no seu próprio local
de trabalho; 2.3. No que se refere
ao contexto específico da pande-
mia, acolher os profissionais em
um momento de extrema vulne-
rabilidade e minimizar os danos
à saúde física e mental causados
pelo advento do COVID-19.
METODOLOGIA
O Ambulatório de Saúde do Tra-
balhador consiste em um ambula-
tório organizado no HMJSH com
o objetivo de promover ações e
oferecer atendimento de natureza
preventiva e curativa, em diversas
especialidades, aos profissionais
dessa Instituição. Para imple-
mentá-lo definimos, a partir da
identificação das necessidades
dos trabalhadores, as especia-
lidades nas quais disponibiliza-
ríamos atendimento. A compre-
ensão das suas demandas se
deu prioritariamente a partir da
escuta informal realizada pelos
profissionais do SESMT e do De-
senvolvimento de Pessoal, e es-
ses assumiram a coordenação do
Ambulatório desde a sua implan-
tação. Em 2019 os atendimentos
oferecidos concentraram-se nas
seguintes áreas: medicina (clíni-
ca geral), psiquiatria, ginecologia,
nutrologia, fisioterapia, psicologia
e, no campo das PICs, acupuntu-
ra e práticas meditativas, todos
assumidos por profissionais do
próprio Hospital. No ano de 2020
integraram-se ao Projeto os esta-
giários de fisioterapia e psicologia
da PUC, e em 2021 passamos a
contar com a colaboração de um
profissional de Educação Física,
servidor do próprio Hospital, que
iniciou as consultorias para a rea-
lização de atividade física. O Am-
bulatório ocupa uma sala dentro
do próprio Hospital, disponibili-
zada para o seu funcionamento.
Não há recursos financeiros para
esse projeto, e no que se refere
a recursos materiais contamos
com equipamentos para fisiote-
rapia doados por profissionais do
próprio Hospital.
RESULTADOS
No que se refere aos resultados
obtidos, no seu aspecto quanti-
tativo, foram realizados entre os
anos de 2019 e 2022 o total de
2595 atendimentos em Clínica
Geral, 1045 em Psicologia, 55 em
Ginecologia, 834 em Psiquiatria,
483 em Nutrologia, 658 em Fisio-
terapia, 169 em Acupuntura, 63
consultorias para atividade física
e grupos semanais de práticas
meditativas. Quanto aos efeitos
desses atendimentos notou-se
que as ações foram percebidas
pelos trabalhadores como um
reconhecimento por parte da
Instituição da sua necessidade
de cuidados, o que fez com que
se sentissem valorizados no am-
biente de trabalho construindo
uma relação de confiança com
a Instituição. Foram frequentes
ainda nos relatos a percepção
dos benefícios de poderem ser
atendidos no seu próprio local
de trabalho, considerando que
dificilmente teriam acesso a es-
sas especialidades em outros
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
serviços devido à sobrecarga de
trabalho, à limitação de recursos
financeiros e à dificuldade de
acesso. A partir do ano de 2020,
com o advento da pandemia, os
efeitos do Ambulatório foram es-
pecialmente notórios em um con-
texto no qual os trabalhadores
encontravam-se extremamente
vulneráveis. No que se refere aos
impactos dessa ação para o ser-
viço observamos que esses tra-
balhadores ao serem valorizados
encontravam maior disponibilida-
de para cuidar daqueles a quem
atendem dispensando-lhes um
cuidado humanizado.
CONCLUSÕES
No que se refere ao aprendizado
ao longo do processo de elabo-
ração e implantação desse Proje-
to, consideramos fundamental a
SÃO PAULO
CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS PARA EDUCAÇÃO –
MULTIPLICAR CONHECIMENTO PARA SALVAR VIDAS
MARIA APARECIDA DOMINGUES, BELISA REGGIANI MARCELINO, KATIA MIDORI
KOMEGAE, FABIO DOS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O conhecimento insuficiente por
parte da população em geral de
condutas adequadas nas situações
de emergenciais, podem ocasionar
diversos problemas, inclusive agra-
var o quadro da vítima1. O curso de
noções básicas de primeiros so-
corros (P.S.) para profissionais da
educação se tornou obrigatório,
a partir da lei nº 13.722 de outu-
bro/2018, intitulada Lei Lucas. Este
trabalho descreverá o processo de
implementação da capacitação de
professores e funcionários de esta-
belecimentos de ensino de educa-
ção básica e de recreação infantil
públicas da região sul do Município
de São Paulo, em noções básicas
de primeiros socorros, desenvolvi-
do pela Escola Municipal de Saúde
Volume 7
percepção de que mesmo quan-
do há limitações é possível reali-
zar uma ação exitosa se houver
envolvimento coletivo e compar-
tilhado na sua construção. Senti-
mo-nos motivados a apresentá-lo
considerando que é uma ação de
baixo custo, comprovadamente
eficaz, que poderá ser reprodu-
zida com benefícios significativos
para os trabalhadores e institui-
ções. Quanto às contribuições
do trabalho para a temática esco-
lhida, compreendemos que esse
Projeto deixou evidente os efeitos
que uma ação de acolhimento e
cuidado com o trabalhador apre-
sentam tanto para a melhoria da
sua saúde e qualidade de vida,
quanto para a criação de vínculos
no âmbito da Instituição e para a
criação de uma disponibilidade
de acolher aqueles a quem aten-
Sul (EMSSUL) em parceria com o
Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU) da CRSSul.
OBJETIVOS
Desenvolver ações Inter secre-
tariais; otimizar recurso público;
capacitar os professores e fun-
cionários para identificar e agir
preventivamente em situações de
emergência e urgência médicas,
até que o suporte médico espe-
cializado, local ou remoto, se torne
possível.
METODOLOGIA
Foram definidas 03 estratégias
para a implementação das ações:
I) Encontros com os diretores das
escolas e Diretorias Regionais de
Ensino (DREs) do território: onde
dem. Consideramos ainda que
esse trabalho evidencia que para
que uma ação de cuidado com
o trabalhador tenha ressonância
com a sua demanda é funda-
mental que haja de antemão um
acolhimento efetivo, ou seja, uma
escuta sensível, fruto da possibili-
dade de nos permitirmos ser afe-
tados pelo outro e reconhecê-lo
enquanto sujeito.
PALAVRAS-CHAVE
saúde do trabalhador
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério da Saúde.
Trabalho e Redes de Saúde – Va-
lorização dos Trabalhadores da
Saúde. Brasília, 2008. BRASIL.
Ministério da Saúde. Acolhimento
nas práticas de produção de saú-
de. Brasília, 2010.
foram discutidos seguintes pon-
tos - legislação vigente, monitora-
mento e logística do curso, perfil
do participante, sensibilização e
realização de uma palestra de Pri-
meiros Socorros, carga horária 4
horas. II) Curso de Noções Bási-
cas de P.S.: curso da Escola Mu-
nicipal de Saúde para profissionais
da educação da Prefeitura de São
Paulo, na modalidade semipre-
sencial: 16 horas teóricas on-line e
04 horas de prática. III) Oficina de
Primeiros Socorros nas 02 aldeias
indígenas do território de Parelhei-
ros: Tenondé Porã e Krukutu, para
moradores das Aldeias, educado-
res da Centro de Educação Cultura
Indígena e profissionais das Uni-
dades Básicas de Saúde, in loco,
com duração de 4 horas.
41

RESULTADOS
No ano 2022 foram realizadas: 03
palestras sobre Noções Básicas
de Primeiros Socorros junto aos
diretores das escolas, com um to-
tal de 493 participantes; 05 turmas
do Curso de Noções Básicas de
Primeiros Socorros, com um total
de 469 capacitados; 02 oficinas
de primeiros socorros nas tribos
indígenas, com um total de 61 par-
ticipantes. Total: 1023 participan-
tes das capacitações, envolvendo
aproximadamente 20 profissionais
do SAMU. Na região Sul, as ativida-
des realizadas numa parceria Edu-
caçãoXSaúde possibilitaram maior
integração e aproximação entre os
diversos atores, na identificação de
SÃO PAULO
REALIZAÇÃO DE CURO PARA REFLEXÃO DO PAPEL DO AGENTE
DE PROMOÇÃO AMBIENTAL (APA) NA ATENÇÃO BÁSICA
CAIO VILAS BÔAS COSTA, KEYLANE BARBOSA NOGUEIRA VIEGAS GARA,
EDUARDO DOS SANTOS PREZOTTO, ANA CAROLINA SILVA, EVANDRO CEZAR
SIQUEIRA VILELA, NAJLA BORGES KZAM DE SOUZA GAMA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Programa Ambientes Verdes e
Saudáveis (PAVS), fruto de uma
parceria entre as Secretarias
Municipais do Verde e Meio Am-
biente (SVMA) e da Saúde (SMS),
vem desde 2005 trabalhando
nos territórios mais vulneráveis
do Município de São Paulo para
apoiar as equipes da Estratégia
Saúde da Família (ESF) a pro-
mover saúde. No início a maio-
ria dos APA’s era constituída por
Agentes Comunitário de Saúde
(ACS) que haviam passado por
um treinamento da SVMA para
exercer a função. Hoje, boa par-
te dos profissionais interessados
no cargo de APA são oriundos
de áreas como biologia, gestão
ou engenharia ambiental que
não possuem vivência com a
42
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
outras fragilidades e projetos pro-
gramados para o próximo, como
por exemplo elaboração de plano
de contingência nas Unidades de
Ensino e palestras específicas para
as creches do território.
CONCLUSÕES
As ações inter secretarias desen-
volvidas, potencializam o conheci-
mento e a expertise dos profissio-
nais no território, entendendo que
problemas complexos podem ser
resolvidos a partir da discussão e
o trabalho em equipe. Para o pro-
fissional da educação identificar si-
tuações de risco e saber prestar o
atendimento adequado de Primei-
ros Socorros, além de ser um dife-
rencial numa situação de urgência,
saúde pública. Assim, o papel
do APA vem se modificando ao
longo dos anos. Se em seu iní-
cio esperava-se deste profissio-
nal o apenas o desenvolvimento
de oficinas e a implantação de
hortas, hoje necessita-se que o
APA seja uma liderança em sua
UBS e território no que tange a
promoção da saúde. Um ator
que mobilize os demais para via-
bilizar as ações do programa.
Tendo em vista este cenário de
mudanças os Gestores Locais
do Programa na Organização
Social de Saúde Associação Co-
munitária Monte Azul, em parce-
ria com a Área Técnica de Apoio
Institucional, em especial com as
interlocuções de Educação Per-
manente e Vigilância em Saúde
organizaram uma formação vol-
tada a fomentar um espaço de
possibilita a organização de espa-
ços para a multiplicação do con-
teúdo para outros profissionais da
educação, alunos e pais.
PALAVRAS-CHAVE
SUPORTE BASICO DE VIDA, IN-
TERSECRETARIAL
BIBLIOGRAFIA
1) Nardino, J., Badke, M. R., Bi-
sogno, S. B. C., & Guth, E. J.
(2014). Atividades Educativas em
Primeiros Socorros. Revista Con-
texto & Saúde, 12(23), 88–92.
https://doi.org/10.21527/2176-
7114.2012.23.88-92 2) Lei nº 13.722,
de 4 de outubro de 2018 [Diário Ofi-
cial da União de 05/10/2018] (p. 2,
col. 1)
reflexão sobre o papel do Agente
de Promoção Ambiental dentro
da Atenção Básica.
OBJETIVOS
• Refletir sobre as ações que os
APA´s desenvolvem em suas unida-
des; • Compreender o panorama
no qual o PAVS está inserido, seus
objetivos e suas conexões com os
princípios dos Sistema Único de
Saúde (SUS), a Atenção Básica
(AB) e ESF; • Propiciar a troca de
experiências entre os participan-
tes.
METODOLOGIA
O curso foi estruturado para
ocorrer em sete encontros, entre
os meses de agosto de 2022 e
março de 2023. Cada encontro
possuía 8 horas de duração e ao
final de cada um os participantes
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
recebiam uma tarefa a ser de-
senvolvida em serviço. As tarefas
foram pensadas para aprofundar
os conteúdos do encontro e para
realizar a ligação entre os temas
abordados, a saber: • SUS e ESF;
• Promoção da Saúde e PAVS; •
Vigilância em Saúde e Diagnósti-
co Socioambiental; • Educação
Popular em Saúde, Trabalho em
Equipe e Redes de Atenção em
Saúde – RAS; e • Sigilo e Ética.
Para fomentar a participação efe-
tiva dos agentes, decidiu-se iniciar
o curso acolhendo suas expectati-
vas sobre a atividade e realizando
alinhamento sobre as possibilida-
des existentes, bem como dando
aos profissionais poder de deci-
são sobre alguns dos pontos refe-
rentes à organização do curso por
meio de um contrato de convivên-
cia. O curso também privilegiou o
uso de metodologias não expositi-
vas, aproveitando-se de conheci-
mentos prévios dos participantes
e de métodos como salas de aula
invertidas, dinâmicas de grupo,
recursos audiovisuais e leitura de
artigos científicos. Além disso, a
maior parte das atividades realiza-
das em sala de aula foram feitas
em grupo para fomentar as habi-
lidades de trabalho em equipe, li-
derança e iniciativa dos APA’s. De
igual forma a maioria das ativida-
des era seguida de uma roda de
conversa em que os participantes
dividiam suas percepções dúvi-
SÃO PAULO
CRIAÇÃO DE UM GRUPO CONSULTOR EM CUIDADOS PALIATIVOS
– POR DEMANDA DOS PROFISSIONAIS, EM UM HOSPITAL
LUCIANA GREGIO BARBOSA, APARECIDA BASTOS PEREIRA, KÁTIA APARECIDA
PESSOA CONDE
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Os Cuidados Paliativos (CP) nas-
ceram como uma modalidade
terapêutica, que tem por objeti-
vo melhorar a qualidade de vida
Volume 7
das e experiências.
RESULTADOS
A primeira forma de avaliação dos
resultados do curso foi a entrega
das atividades em serviço. É possí-
vel afirmar que por meio destas os
APA puderam tomar contato com: •
A caracterização de suas Unidades
Básicas de Saúde; • Os espaços de
discussão da Unidade, como reuni-
ões de matriciamento e de equipe;
• O histórico de implantação da
unidade; • A visão que as demais
categorias profissionais possuem
sobre o trabalho do PAVS; • As fra-
gilidades e potencialidades da UBS
e seu território; e • Artigos científi-
cos sobre educação popular em
saúde, RAS e trabalho em equipe.
Vale destacar que em sua atividade
final, ainda a ser entregue, os par-
ticipantes irão elaborar um plano
de ação identificando e apontando
caminhos para o enfrentamento
dos principais desafios em sua atu-
ação como APA em suas respec-
tivas UBS. Após o início do curso
os APA´s passaram a buscar com
maior frequência seus gestores
para solicitar apoio na readequa-
ção de fluxos de trabalho. Ainda é
possível inferir, através dos relatos
dos próprios agentes, que estes
vêm se sentindo mais seguros para
participar de reuniões e discussões
que envolvam os eixos do PAVS.
Notou-se, também, um aumento
da diversidade de ações desenvol-
dos pacientes e famílias diante
de doenças que ameaçam a vida,
através da prevenção e alívio dos
sofrimentos físicos, psicossociais
e espirituais por meio do traba-
vidas pelos APA´s, observados em
seus registros de produção.
CONCLUSÕES
Considerando todas as mudanças
vividas pelo PAVS desde sua cria-
ção, os atuais desafios (sociais e
econômicos) enfrentados pelo SUS
e considerando os desafios ine-
rentes a promoção de saúde nas
regiões periféricas de uma cidade
como São Paulo, não é possível
conceber que o papel dos Agentes
de Promoção Ambiental, perma-
neceria estático ao longo do tem-
po. Muito pelo contrário, os APA
e demais profissionais envolvidos
de forma direta ou indireta com o
PAVS, têm se mobilizado para que
o programa atue de forma cada
vez mais efetiva na promoção de
saúde. Assim, o curso “O papel
do Agente de Promoção Ambien-
tal (APA) na Atenção Básica” bus-
ca contribuir com a ampliação do
entendimento destes profissionais
sobre sua atuação nos serviços de
saúde, para que estes consolidem
seu papel nas Unidades Básicas
de Saúde e possam, dentro das
atribuições que lhes são previstas,
potencializar as ações do PAVS
em prol da saúde, da sustentabili-
dade e da qualidade de vida digna
daqueles que vivem nos territórios
atendidos pelo programa.
PALAVRAS-CHAVE
PAVS
lho em equipe multiprofissional,
resgatando a humanização no
processo de morrer, de modo
que as instituições hospitalares
visem à dignidade e totalidade
43

do ser humano. A demanda pela
aplicação desses princípios no
HMJSH surgiu a partir do ano de
2020 quando esse hospital se tor-
nou referência para o COVID-19 e
seu perfil de internações mudou,
passando a incluir pacientes mais
graves, instáveis, com importan-
tes sequelas e com longa perma-
nência na instituição. Além disso,
neste contexto, pela impossibili-
dade de os pacientes receberem
visitas, ficou notória a importân-
cia da família na participação do
processo terapêutico. Diante do
cenário que se apresentava, al-
guns profissionais propuseram o
desenvolvimento de ações que
pudessem contribuir para quali-
ficar a assistência e o alívio dos
sofrimentos em todas as suas di-
mensões, valorizando assim, a in-
tegralidade humana. Desta forma,
teve início o projeto de implanta-
ção de uma equipe consultora de
CP que pudesse dar conta dessa
demanda.
OBJETIVOS
2.1 Formar uma equipe interdisci-
plinar consultora que atue como
referência para CP no Hospital.
Considerando que não temos
leitos específicos para CP, essa
equipe, interdisciplinar mínima
e bem treinada, será constituída
como consultora que se coloca à
disposição de todas as equipes
de diferentes especialidades no
hospital e para a elaboração con-
junta de um plano de cuidados
dirigido ao paciente e sua família.
2.2 Sensibilizar os profissionais
para que atuem promovendo a
qualidade de vida e conforto dos
pacientes, respeitando os 4 pila-
res básicos dos CP: comunica-
ção efetiva, controle adequado
dos sintomas, apoio à família e
trabalho em equipe, num lugar
onde aprendizado e inquietações
são constantes; 2.3 Incorporar a
interdisciplinaridade como princí-
pio de atuação a fim de priorizar a
atenção integral ao paciente as-
sociando as esferas físicas, psi-
44
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
cológica, social e espiritual.
METODOLOGIA
Para alcançar os objetivos pro-
postos foram organizados inicial-
mente encontros quinzenais vi-
sando discutir temas e/ou casos
sobre CP de modo a propiciar
conhecimentos e experiências
que fundamentem a formação
da equipe. Em um segundo mo-
mento, pretende-se que os pro-
fissionais que participam desse
grupo inicial possam implicar-se
com a proposta de trabalho dos
CP e passem a atuar efetiva-
mente como equipe consultora
e multiplicadora desses princí-
pios. Os profissionais participam
por iniciativa e interesse próprio,
sem intervenção de suas chefias
imediatas (apenas autorização),
sendo que o dia e horário foram
escolhidos para contemplar o
maior número de profissionais
que demonstraram interesse e
de diferentes turnos/plantões.
Para melhor organização e di-
vulgação dos encontros, bem
como, compartilhamento de ma-
teriais ou eventos sobre o tema,
foi criado um grupo no aplicativo
Whatsapp entre os participantes.
A cada encontro, um tema dentro
de “Cuidados Paliativos” é esco-
lhido para ser apresentado e dis-
cutido no próximo encontro entre
os profissionais que estarão pre-
sentes. Como norteador dos te-
mas, optou-se por ter como base
o livro Cuidado Paliativo editado
pelo CREMESP. No fim de cada
encontro, fica decidido qual será
o próximo capítulo do livro a ser
discutido e quem irá apresentá-
-lo. Fica como critério de quem irá
apresentar, utilizar algum recurso
áudio visual ou não e a busca por
outras referências bibliográficas
para enriquecer as discussões.
RESULTADOS
Ainda em fase de implantação, já
é possível notar que os profissio-
nais participantes do grupo (mé-
dicos, enfermeira, psicóloga, as-
sistentes sociais, fonoaudióloga,
fisioterapeuta, terapeuta ocupa-
cional e nutricionistas) ampliaram
o olhar no cuidado ao paciente
frente à uma doença que amea-
ça a vida, levando propostas di-
ferentes com maior sensibilidade,
empatia e chamando a atenção
para práticas que poderiam ser
consideradas distanásias. Além
disso, notou-se que essa iniciati-
va tem promovido maior integra-
ção entre a equipe e melhora da
comunicação. Percebeu-se ainda
que as discussões iniciais sobre
essa temática deram visibilidade
para situações no atendimento
em que a subjetividade do pa-
ciente era pouco reconhecida e
os princípios da humanização do
cuidado não estavam sendo con-
siderados, o que desencadeou
ações de educação permanente
que abordam essas temáticas.
Observa-se que as reuniões tem
atendido ao objetivo proposto,
no sentido de identificar os pro-
fissionais comprometidos com a
realização do trabalho em CP os
quais passarão a compor a equi-
pe consultora. Esse projeto tem
motivado ainda a formação espe-
cializada dos profissionais envol-
vidos, sendo que até o momento
quatro integrantes concluíram um
aprimoramento sobre o tema.
CONCLUSÕES
Mesmo em pouco tempo, o in-
teresse por práticas de CP tem
tomado uma proporção maior em
nossa Unidade Hospitalar, com
discussões enriquecedoras entre
os participantes do grupo a cada
encontro e também frente às de-
cisões de condutas junto às suas
respectivas equipes. Observa-se,
nos relatos, que os participantes
mencionam a falta de preparo da
equipe de saúde da atenção hos-
pitalar, com relação aos cuidados
paliativos, o que gera conflitos.
Em outros momentos, é possível
notar a dificuldade de consenso
nas ações da equipe multiprofis-
sional, quando da realização de
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
procedimentos que possivelmen-
te não beneficiariam o paciente. É
inegável que ainda temos muito
a aprender, expandir e implantar,
mas levando em consideração
que o grupo se deu a partir das
inquietações e interesses pró-
prios de seus membros, há de
se reconhecer que temos grande
potencial como agentes transfor-
SÃO PAULO
GESTÃO SISTEMATIZADA DOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO
DOMICILIAR NO MUNÍCIPIO DE SÃO PAULO
KARINA MAURO DIB, RENATA FONSECA FERREIRA BRITO, HELOISA BRUNOW
VENTURA DI NUBILA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Atenção Domiciliar (AD) por meio
de Serviços de Atenção Domiciliar
do Município de São Paulo – Pro-
grama Melhor em Casa é organi-
zada regionalmente pelas equi-
pes profissionais classificadas em
Equipes Multiprofissionais de Aten-
ção Domiciliar (EMAD) e Equipes
Multiprofissionais de Apoio (EMAP).
Constitui-se como uma modalida-
de substitutiva ou complementar,
caracterizada por um conjunto de
ações de promoção à saúde, pre-
venção e tratamento de doenças,
reabilitação e paliação prestadas
em domicílio, com garantia de con-
tinuidade de cuidados e integra-
da às Redes de Atenção à Saúde.
(BRASIL, 2012). A AD possibilita a
desospitalização de pacientes que
se encontram internados nos hos-
pitais além de evitar hospitalizações
desnecessárias a partir de serviços
de pronto-atendimento e apoiar as
equipes de atenção básica no cui-
dado àqueles pacientes que neces-
sitam de atenção à saúde prestada
no domicílio (BRASIL, 2012). Devido
ao aumento das Doenças Crônicas
Não Transmissíveis, associados
ao envelhecimento populacional e
transição demográfica, tivemos a
expansão dessa modalidade desde
Volume 7
madores de mudanças em nossa
Unidade, pensando sempre na
melhoria do cuidado. Espera-se
que esta iniciativa possa contri-
buir para a construção de conhe-
cimentos e, especialmente, para
obter a atenção de gestores e
profissionais sobre a necessida-
de de educação permanente em
CP, a fim de qualificar a assistên-
2011, contabilizando hoje o número
de 60 equipes EMAD e 18 equipes
de EMAP. Sendo assim, devido à
ampliação da cobertura e escopo
desta ampliação, faz-se necessário
aprimorar o modelo de gestão, im-
plementando gestão sistematizada
e dinâmica, para acompanhamento
e monitoramento, a fim de alcançar
metas e objetivos alinhados com as
diretrizes federais, tornando-se a
gestão municipal desse serviço um
desafio.
OBJETIVOS
Descrever a implementação da
gestão sistematizada e dinâmica
do Serviço de Atenção Domiciliar -
Programa Melhor Casa
METODOLOGIA
As ações que fizeram parte dessa
implementação foram: 1. Atuali-
zação dos instrumentos de plane-
jamento municipal. 2. Implemen-
tação do sistema de gestão de
dados SISEMAD - Sistema Equipe
Multiprofissional de Atenção Do-
miciliar: criado em parceria com
o Departamento de Tecnologia e
Informação e Comunicação com
objetivo de cadastrar os pacientes
egressos no programa 3. Instru-
mento de monitoramento e edu-
cia prestada.
PALAVRAS-CHAVE
cuidados paliativos
BIBLIOGRAFIA
OLIVEIRA, R.A. (Org). Cuidado
Paliativo. São Paulo: CREMESP,
2008.
cação em serviço: criado para os
Interlocutores/Gestores Locais e
Regionais a fim de realizarem em
conjunto visitas monitoradas pela
Área Técnica da Secretaria Munici-
pal de Saúde, considerando os se-
guintes elementos como roteiro de
itens para verificação: estrutura do
serviço, mecanismos de desospi-
talização, avaliação do prontuário,
processo de trabalho, gestão de
alta, gestão do trajeto e gestão do
tempo de permanência. 4. Aprimo-
ramento da Governança Regional e
Local. 5. Implementação de indica-
dores nos contratos de gestão das
Organizações Sociais parceiras. 6.
Gestão de dados: o Departamen-
to de Tecnologia e Informação e
Comunicação criou acesso rápido
aos relatórios do e-sus. 7. Educa-
ção Permanente. 8. Atualização do
Instrumento de Geoprocessamen-
to dos Serviços de Atendimento
Domiciliar – BUSCA EMAD: ferra-
menta de consulta elaborada para
encaminhamento dos usuários
elegíveis ao Programa Melhor em
Casa.
RESULTADOS
A implantação dos elementos des-
te processo envolveu: atualização
do planejamento, adequação do
45

processo de trabalho, descrição e
sistematização dos instrumentos
digitais e qualificação dos dados.
Através do SISEMAD, inserimos os
dados proporcionando acesso de
maneira rápida e precisa de um rol
de informações. Através do Instru-
mento de monitoramento selecio-
namos os serviços que deveriam
ser priorizados. Foram realizadas
26 visitas das 6 regiões do municí-
pio, com objetivo de executar a ava-
liação, alinhar pontos de atenção e
promover educação permanente
em serviço. Os pontos de atenção
foram amplamente discutidos em
reuniões ampliadas com todos en-
volvidos no processo. A governan-
ça foi estabelecida através das 24
reuniões técnicas, planejadas em
acordo com os dados observados
dos sistemas e visitas realizadas,
onde pudemos fortalecer a gestão
local e capilarizar as informações.
A implementação de indicadores
no Contrato de Gestão das Orga-
nizações Sociais parceiras, foi uma
oportunidade para avaliar o desem-
penho, aumentar a resolutividade,
monitorar e alinhar os objetivos
estratégicos de ampliar a desospi-
SÃO PAULO
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ORGANIZAÇÃO DE VIGILÂNCIA
EM SAÚDE NA INFÂNCIA EM TERRITÓRIO VULNERÁVEL.
CINTIA ARIANA EMERENCIANO, ANA LUIZA LEITE RIBEIRO FREIRE, ADEMIR LOPES
JUNIOR, HENRIQUE TERUO ARAI, GUILHERME ANTONIACOMI PEREIRA, KARINA
SOARES DE OLIVEIRA, ROSA MARIA EUZÉBIO BORGES, MARCIA ANITA MENINO,
CRISTIAN REGINA REYES KURY
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Unidade Básica de Saúde (UBS)
Vista Alegre é uma unidade mista
com cerca de 100 mil habitantes em
que 80% da população é atendida
por ginecologistas, pediatras e clí-
nicos e 20% dividida em 6 equipes
de Estratégia Saúde Família (ESF). A
UBS se localiza em território de alta
vulnerabilidade social, o que impac-
ta negativamente nos indicadores
46
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
talização e garantir a cobertura dos
atendimentos de forma oportuna. A
Educação Permanente foi estabe-
lecida durante as reuniões técnicas
e visitas. Tivemos a participação
do Ministério da Saúde no acom-
panhamento das ações. E por fim
a atualização do BUSCA EMAD, foi
essencial para iniciar o processo de
desospitalização e fortalecer o pla-
nejamento de alta segura.
CONCLUSÕES
A gestão sistematizada do Serviço
de Atenção Domiciliar - Programa
Melhor Casa constitui-se de pro-
cessos dinâmicos, carecendo sem-
pre de atualizações e aperfeiçoa-
mentos que ocorrerão nos ciclos
sucessivos. Situações identificadas
por meio do sistema de informação,
do monitoramento de indicadores e
o acompanhamento frequente nos
Serviços por meio de ações estra-
tégicas sistematizadas qualificaram
o processo de trabalho na “ponta”
conforme os objetivos do Progra-
ma. Já para os Interlocutores regio-
nais e locais, a experiência fortale-
ceu as competências, governança
de saúde da criança. A puericultu-
ra, realizada entre o nascimento da
criança até 2 anos, é um momento
estratégico para avaliar situações
de vulnerabilidade, permitindo reco-
nhecer crianças em condições de
maior risco. Organizar fluxos, prever
sinais de alerta e treinar os profis-
sionais para realizar a vigilância em
saúde durante a puericultura são
estratégias que permitem promover
equidade, direcionando mais recur-
e a comunicação junto às Equipes.
Para gestão central, o monitora-
mento e avaliação são instrumen-
tos de gestão da atenção à saúde,
portanto atividades que incorpora-
mos em nosso processo de traba-
lho. Os resultados decorrentes das
ações planejadas, permanentes e
orientadas pelo processo de ava-
liação, produziu resultados espe-
rados. Para instituição, implantar
ações sistemáticas, induzir alinha-
mento dos serviços e implantar vi-
sitas técnicas para monitoramento
se mostraram importantes para
gestão sistematizada e dinâmica
do Programa Melhor em Casa.
PALAVRAS-CHAVE
assistência domiciliar, sistema de
informação
BIBLIOGRAFIA
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria
de Atenção à Saúde. Departamento
de Atenção Básica. Caderno de aten-
ção domiciliar / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, De-
partamento de Atenção Básica. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2012
sos àquelas mais vulneráveis. Essa
experiência foi possível através do
projeto de preceptoria, realizado
nas UBS do território da Freguesia
do Ó/Brasilândia do município de
São Paulo pela Organização Social
de Saúde (OSS) Associação Saú-
de da Família (ASF). Esse projeto
prevê visitas mensais em UBS por
pediatras e médicos de família e
comunidade, com experiência em
atendimentos em Atenção Primária
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
à Saúde (APS), para atendimentos
compartilhados, discussão de pro-
tocolos, casos e temas clínicos com
médicos e enfermeiros com objeti-
vo de melhor instrumentalizar o cor-
po clínico das UBS.
OBJETIVOS
Apresentar a experiência do desen-
volvimento e implantação do pro-
tocolo de classificação de risco de
crianças de 0 a 2 anos, realizados
na UBS Vista Alegre através do pro-
jeto de preceptoria da OSS ASF. O
protocolo tem como objetivos: clas-
sificar o risco social e clínico na pue-
ricultura, com critérios adaptados à
realidade do território; realizar o mo-
nitoramento intensivo para crianças
de moderado e alto risco; fomentar
e facilitar a responsabilização dos
profissionais da UBS pelos cuida-
dos na infância; viabilizar a busca
ativa de crianças faltosas ou com
pouca adesão às recomendações
do plano terapêutico e preventivo.
METODOLOGIA
A partir de encontros propostos
pela OSS ASF, foi levantada a ne-
cessidade de discutir o protocolo
de classificação de risco de be-
bês da Secretaria Municipal de
Saúde (SMS). Em 2016, a UBS
criou os grupos de amamentação
e shantala (enfermeira e Núcleo
de Apoio à Saúde da Família) para
acompanhamento semanal dessas
crianças, houve estreitamento da
relação com a maternidade de re-
ferência, e feita adequação do pro-
SÃO PAULO
VAI UM WORLD CAFÉ? NECESSIDADES DE SAÚDE DE “TODAS AS VIDAS”
SERGIO GUERRA SARTOR, MARCELO TAKISHI SCROCCO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Este trabalho traz o olhar dos pro-
fissionais responsáveis pelo pla-
nejamento das atividades de Edu-
cação Permanente da Secretaria
Municipal de Saúde de São Paulo
Volume 7
tocolo de acordo com as necessi-
dades da população e do serviço.
Houve a tentativa de implementa-
ção deste monitoramento, porém
com pouco engajamento e adesão
pela equipe. Em 2019, através do
projeto de preceptoria de pediatria,
essa iniciativa foi retomada, com-
pilando e analisando os dados le-
vantados para problematização e
criação de novas propostas de tra-
balho. A avaliação é feita através de
8 critérios: peso ao nascer 4000g;
morte de irmão menor de 5 anos;
internação após alta materna; mãe
dependente de álcool ou outras
drogas; apgar do 5° minuto
RESULTADOS
A identificação de fácil visualização
em crianças de risco permite que
qualquer profissional que venha
a atender o paciente saiba de sua
vulnerabilidade e se atente às suas
necessidades. Além disso, há um
monitoramento da carteira de va-
cinas desde a recepção, facilitando
a identificação daquelas atrasadas.
Foi acordado um aumento do tem-
po da primeira consulta do recém
nascido para que seja possível re-
alizar a classificação de risco e sua
avaliação mais detalhada. Para as
crianças classificadas com VER-
MELHO foi estipulado maior nú-
mero de consultas ao mês, discus-
sões nas reuniões com a equipe
multiprofissional e visitas domici-
liares para os faltantes. Atualmente,
existem 690 crianças de 0 a 2 anos
(442 ESF e 248 UBS tradicional),
(SMS-SP) sobre as Necessidades
de Saúde dos cidadãos de São
Paulo. Esses profissionais vinham
demonstrando interesse e diversi-
dade de entendimentos a respei-
to desse tema, o que nos motivou
para o desenvolvimento da expe-
48 classificadas como vermelho e
92 como amarelo. Periodicamente
a linha de cuidado materno infantil
(LMI) é retomada em reuniões técni-
cas e nas preceptorias de pediatria,
com participação dos profissionais.
Nesses encontros, frequentemente
são realizadas novas propostas
para melhoria da assistência e dos
indicadores de saúde. Por fim, atra-
vés da preceptoria são realizadas
capacitações temáticas de acordo
com as dificuldades apresentadas
pela equipe.
CONCLUSÕES
A necessidade de ferramentas
para fornecer melhor vigilância e
cuidado para essa população era
clara, no entanto, apenas após a
implantação do projeto de precep-
toria pela OSS ASF, foi possível sua
organização. Atualmente, após 3
anos da adoção do protocolo, per-
cebemos que a organização de
uma linha de cuidado promove um
olhar diferenciado dos profissio-
nais de saúde dentro da UBS para
questões de vulnerabilidade. Ob-
servamos claramente uma mudan-
ça na assistência e engajamento
de todos os trabalhadores da UBS,
que passaram a realizar um melhor
acompanhamento das crianças de
risco. Acreditamos que tal projeto é
fundamental para diminuir as inter-
nações e a mortalidade infantil no
território.
PALAVRAS-CHAVE
Vigilância em saúde na infância
riência que é aqui relatada e que
foi realizada em agosto de 2022.
Aproveitamos esta Introdução para
trazer alguns conceitos importan-
tes na fundamentação deste traba-
lho e que estão, de alguma forma,
colocados já no Título deste relato.
47

Embora a saúde seja um bem cole-
tivo que diz respeito a toda a socie-
dade, a doença tem características
individuais. A dimensão social dos
fenômenos da saúde é a síntese
das exigências e das condições
particulares de cada homem ou
mulher. As necessidades de saúde
são sempre históricas, dinâmicas e
cambiantes, além de apresentarem
um componente de natureza sub-
jetiva e individual. O “World Café”
é um processo criativo, que visa
gerar e fomentar diálogos entre os
indivíduos, de tal forma que acessa
e aproveita a inteligência coletiva
para responder questões de gran-
de relevância para organizações e
comunidades. A arte é representa-
ção do mundo cultural com signifi-
cado, imaginação; é interpretação e
conhecimento do mundo; é expres-
são de sentimentos, da energia in-
terna, da efusão que se expressa,
que se manifesta, que se simboliza.
É fruição.
OBJETIVOS
Entender e compartilhar ideias so-
bre o complexo tema das Neces-
sidades de Saúde dos moradores
da cidade de São Paulo com os
profissionais envolvidos no planeja-
mento de atividades de Educação
Permanente.
METODOLOGIA
A criação de um espaço receptivo
e hospitaleiro contribui para uma
atmosfera acolhedora e propícia
ao diálogo. Mirando esse aspecto
fundamental do World Café, trou-
xemos, logo na abertura do evento,
uma leitura encenada do poema
“Todas as Vidas” de Cora Corali-
na. Explorar questões importantes
e estruturar perguntas relevantes
é fundamental para produzir re-
sultados, descobertas e soluções
eficazes. Para tanto, elaboramos 3
questões: 1. Quais são as neces-
sidades de saúde de uma popula-
ção? 2. Como saber se as neces-
sidades de saúde apontadas são
as necessidades de saúde da po-
pulação de São Paulo? e 3. O que
48
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
a SMS-SP pode fazer hoje para
caminhar na direção do atendimen-
to dessas necessidades? Tivemos
um tempo de 40 minutos para tra-
balhar cada uma dessas questões
com cada um dos 3 subgrupos
de participantes. Procuramos esti-
mular a contribuição e encorajar a
participação de todos, respeitando
os diferenciados estilos e vontades
e procurando conectar as perspec-
tivas diferenciadas. A composição
do primeiro grupo foi por sorteio, já
os demais grupos formaram-se de
acordo com a vontade dos partici-
pantes, o que nos permitiu entender
que o tema era realmente relevante,
uma vez que tivemos que aumentar
as cadeiras da sala para atender a
procura aumentada por esse tema.
Por fim, foi realizada uma plená-
ria, na qual foi compartilhado para
todos os participantes do evento
o resultado das discussões nas 3
rodadas realizadas, evidenciando o
conhecimento coletivo construído
sobre o tema.
RESULTADOS
Participaram da experiência 53
profissionais da SMS-SP, oriundos
tanto do nível central da gestão
como também de todas as regiões
da cidade. Médicos, Psicólogos,
Enfermeiros, Fonoaudiólogos, Fi-
sioterapeutas e Funcionários admi-
nistrativos entre outras funções es-
tavam representadas no grupo de
participantes. Na primeira rodada,
foram apontadas como Necessida-
des de Saúde de uma população:
Alimentação; Trabalho; Moradia;
Saneamento básico; Lazer; Edu-
cação; Cultura; Segurança; Trans-
porte; Acesso a Serviços de Saúde
que tenham as seguintes caracte-
rísticas: Qualificação adequada, In-
tegralidade do cuidado, Prevenção
e Promoção, Escuta qualificada,
Equidade, Conhecimento das di-
ferenças territoriais, Comunicação
efetiva, Universalidade, Articulação
e apoio do nível central e Rede di-
mensionada para as demandas
com autonomia e controle social.
Para responder a segunda ques-
tão, o segundo grupo apontou as
seguintes ideias: Utilizar e interpre-
tar indicadores de saúde, sociais e
outros. Ampliar espaços de escuta
da população (ouvidoria, nos locais
de atendimento, e outros). Conhe-
cimento do território. Articulação
com os diversos pontos da Rede
da SMS-SP. Concluindo e na dire-
ção de responder a terceira ques-
tão foram priorizadas as seguintes
ações: Uso efetivo de instrumentos
de gestão; Potencializar espaços
de construção coletiva; Fomentar
ações de Educação Permanen-
te em Saúde para construção da
rede; Melhorar comunicação/arti-
culação transversal/conexão dos
diversos pontos da Rede.
Conclusões
O “World Café” se mostrou, no de-
correr do processo, uma metodolo-
gia muito potente para atingir o ob-
jetivo deste trabalho. Na condução
das discussões dos 3 grupos ob-
servou-se a formação de uma rede
de diálogo viva, pulsante e ativa, o
que possibilitou uma produção de
alto nível, comparável à literatura
científica sobre o tema, na parte
que se pode fazer essa compara-
ção (Taxonomia das Necessidades
de Saúde). Além disso, permitiu a
instalação de atmosfera propícia
para que todos pudessem não só
colaborar com a discussão, mas
também para que houvesse um real
compartilhamento e comunhão de
ideias e pensamentos, levando-nos
ao atendimento pleno das expecta-
tivas existentes à época do planeja-
mento desta experiência. Acredita-
mos na importância da arte para se
criar essa ambiência uma vez que
concordamos que a arte consiste
num signo cuja apreensão não é
meramente intelectual, que requei-
ra tão só capacidades cognitivas;
ao contrário, entendemos que o
signo estético produz no especta-
dor estados afetivos, mobilizando
nele a dimensão do saber sensível.
A arte revive em nós sentimentos e
vivências que se baseiam em nos-
sa história pregressa, em nossas
experiências de vida.
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
PALAVRAS-CHAVE
Necessidades de saúde; World
café; Arte.
BIBLIOGRAFIA
BENITO, A.; N’TCHAMA, D.; GO-
MES, D.; DINIZ, R.; COUTO, T.; A
Dinâmica do World Café. Dispo-
nível em: https://edisciplinas.usp.
SÃO PAULO
MBA GESTÃO ESTRATÉGICA EM OUVIDORIA NA ÁREA DA SAÚDE:
CAPACITAÇÃO PARA REDE DE OUVIDORIAS SMS PMSP
ROSANE JACY FRETES FAVA, MARIA LUCIA BOM ANGELO, SILVIA DE FÁTIMA
SOUTO ROCHA PEREIRA, RITA DE CÁSSIA BARELLI SOUTO, LEILA TUFANO, ANA
CLAUDIA DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Dentre as atribuições da Divisão
de Ouvidoria do SUS estão for-
talecer a gestão do SUS, com
aprimoramento da gestão da in-
formação e do modelo de ges-
tão em Saúde, fomentar o exer-
cício do controle social sobre as
políticas e ações da Secretaria
Municipal da Saúde da cida-
de de São Paulo por meio das
ações de Ouvidoria e Transpa-
rência Passiva. Além disso, for-
talecer a rede descentralizada
de Ouvidoria do SUS, adequan-
do-a à legislação vigente, com
foco em capacitação de ouvido-
res da rede, quanto à qualida-
de de respostas das manifesta-
ções e pedidos de informações,
atendendo o previsto no Plano
de Metas da SMS 2022-2025.
OBJETIVOS
Atingir a excelência no atendi-
mento prestado pela Rede de
Ouvidorias através da qualifica-
ção dos servidores, tendo como
objetivo a formação de profis-
sionais mais preparados para
realização das atividades ine-
rentes ao Setor, com padrões
de atendimento, e uniformidade
Volume 7
br/pluginfile.php/3116723/mod_re-
source/content/1/world-cafc3a9.
pdf CECILIO, L.C.O.; MATSUMO-
TO, N.F.; Uma taxonomia operacio-
nal de necessidades de saúde. In:
Gestão em redes: tecendo os fios
da integralidade em saúde – Rio
de Janeiro: EdUCS: IMS/UERJ:
CEPESQ, 2006 CORALINA, C.; To-
das as Vidas, Revista Pazes - de-
de conhecimento entre os cola-
boradores da Rede.
METODOLOGIA
O curso foi ministrado na mo-
dalidade síncrona, com aulas
online ao vivo e mediadas por
tecnologias e teve carga horá-
ria de 384 horas/ aula, seguin-
do todas as regulamentações
do MEC. O MBA – Gestão Es-
tratégica em Ouvidoria na área
da Saúde forneceu elementos
prático teóricos para as várias
dimensões inerentes às funções
de ouvidor. O desenvolvimento
do curso partiu da premissa
matricial das competências do
Ouvidor previstas na Classifi-
cação Brasileira de Ocupações,
CBO-1423-40, com destaque
à comunicação, mediação, vi-
são sistêmica, planejamento
e construção de indicadores.
Os temas abordados na matriz
curricular foram: ? Estratégicas
e Ferramentas de Gestão - 32
horas ? Criatividade e Inovação
- 32 horas ? Bioética - 32 horas
? Transformação Digital - 32 ho-
ras ? Fundamentos, marcos le-
gais e formatação da Ouvidoria
Brasileira Pública e Privada - 32
zembro 11, 2016. Disponível em:
www.revistapazes.com/todas-as-
-vidas-poema-de-cora-coralina/
FARIAS, C.G.; OLIVEIRA, M.J.S.;
DIAS, P.N. Art education and hu-
man emancipation. Research, So-
ciety and Development. Disponível
em: https://rsdjournal.org/index.
php/rsd/article/view/10127.
horas ? A Saúde Pública e Pri-
vada no Brasil e a Ouvidoria - 32
horas ? Liderança Humanizada -
32 horas ? Jornada do paciente
como ferramenta da Ouvidoria
- 32 horas ? Plataformas e da-
dos na área de saúde - 32 horas
? Ouvidoria Interna na área de
saúde - 32 horas ? Tecnologias
emergentes aplicadas na área
da saúde - 32 horas ? Projeto
Prático de Ouvidoria Aplicado à
Saúde - 32 horas
RESULTADOS
Foi concluída em dezembro de
2022 a 1ª turma do MBA Ges-
tão Estratégica em Ouvidoria na
Área da Saúde, com as apre-
sentações dos trabalhos de
conclusão de curso para a ban-
ca de avaliadores, fornecendo
dupla titulação aos participan-
tes. Com 46 alunos das ouvi-
dorias da Rede de Ouvidoria de
SMS, teve como saldo comple-
mentar a integração dos com-
ponentes da Rede num mesmo
propósito de formação e atua-
lização, gerando várias propos-
tas de melhorias do serviço,
possibilidades de intercâmbio
de conhecimento e experiên-
49

cias positivas entre docentes e
discentes do curso.
CONCLUSÕES
Em parceria inédita entre três ins-
tituições de destaque, a Escola
SÃO PAULO
PLANILHA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE:GESTÃO DO TRABALHO
NA REDE DE OUVIDORIAS SUS DO MUNICÍPIO DE SP
LEILA TUFANO, SILVIA DE FÁTIMA SOUTO ROCHA PEREIRA, JOÃO AGUIAR, ARY
BARBOSA MARQUES, LEONARDO VICENTE OGUCHI, ROSANE JACY FRETES FAVA,
SILVIA DE FÁTIMA SOUTO ROCHA PEREIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Rede de Ouvidorias do SUS
do Município de São Paulo é
composta pela Divisão de Ouvi-
dorias do SUS, pelas Ouvidorias
das Coordenadorias Regionais
de Saúde (CRS) e Supervisões,
dos serviços de saúde da ad-
ministração direta e indireta, do
Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência – SAMU e Hospi-
tal do Servidor Público Muni-
cipal. Representa o espaço de
interação do cidadão com a
administração pública, através
de suas manifestações (suges-
tões, reclamações, solicitações,
denúncias, elogios) quanto aos
serviços e atendimentos presta-
dos pelo SUS no município. In-
tegra o Sistema Nacional de Ou-
vidorias do Ministério da Saúde
- MS e tem como missão atuar
como um canal de comunicação
entre o cidadão e a instituição,
por meio da participação social,
contribuindo para a melhoria
contínua dos serviços de saúde
prestados pelo SUS na cidade
de São Paulo. Com a participa-
ção da Divisão de Ouvidorias do
SUS do município de São Pau-
lo no Processo de Acreditação
Institucional de Ouvidorias do
SUS (MS e FIOCRUZ), uma das
metas do Plano Municipal de
Saúde da Prefeitura Municipal
50
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Municipal de Saúde da Secretaria
da Saúde da Prefeitura da Cidade
de São Paulo, o Centro Universi-
tário São Camilo e a Associação
Brasileira de Ouvidores, a jornada
de conhecimento e atualização
contou com professores renoma-
de São Paulo para o período de
2022-2025, foi apontada a ne-
cessidade do aprimoramento e
efetiva implantação da Planilha
de Análise da Qualidade - PAQ
em todas as unidades de Ouvi-
dorias da Rede de Ouvidorias
do SUS do município de São
Paulo. Tal ferramenta, permite
o alinhamento das práticas e
processos de trabalho, além de
produção de indicadores e re-
latórios que fornecem informa-
ções reais para uma boa toma-
da de decisão.
OBJETIVOS
São objetivos da ferramenta
PAQ: *Analisar a qualidade de
registro e resposta das Ouvi-
dorias utilizando uma ferramen-
ta de Controle de Qualidade;
*Viabilizar aos munícipes uma
resposta célere e qualitativa;
*Detectar erros no processo de
cadastro das demandas, tempo
de análise, encaminhamento e
resposta final ao usuário; *Criar
indicadores para a emissão e
relatórios de Gestão; *Promover
agilidade no encaminhamento
das demandas, visando ofere-
cer um trabalho de excelência
aos usuários dos serviços de
saúde.
METODOLOGIA
dos e bastante envolvimento dos
participantes.
PALAVRAS-CHAVE
formação ; rede de ouvidoria; exce-
lencia atendime
A implantação da PAQ foi pre-
cedida do projeto piloto, com
participação das Ouvidorias da
STS Sé, CRS Centro, Hospital
do Servidor Público Municipal,
Hospitais Dr. Arthur Ribeiro de
Saboya e Professor Dr. Alípio
Correa Netto. Após 04 meses de
utilização, foi realizada avalia-
ção, que resultou no aprimora-
mento da ferramenta. Em Agos-
to/22 o processo foi estendido,
em caráter experimental às de-
mais ouvidorias. Para padro-
nização, foram desenvolvidas
duas planilhas instrumentais
para desmembrar a análise de
acordo com os fluxos e proces-
sos de trabalho. As Ouvidorias
das CRSs analisam as estrutu-
ras de inserção das demandas
enquanto as demais Ouvidorias
analisam as demandas quanto
aos prazos e qualidade de res-
posta, obtendo-se obtidos ta-
belas e gráficos. Visando o su-
cesso da implantação e acolher
todos os envolvidos no proces-
so, foi desenvolvido o Plantão
de Dúvidas para captação de
dados assertivos que possibili-
tem a melhoria dos processos
de trabalho. Periodicamente, a
equipe da Divisão de Ouvido-
rias do SUS na SMS realiza a
análise dos dados e encaminha
a informação para cada região.
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
Da mesma forma, as CRSs ana-
lisam a planilha e realizam o
mesmo trabalho diretamente
junto com as supervisões de
sua competência. As ouvidorias
dos hospitais inserem suas aná-
lises em seus relatórios trimes-
trais que são enviados para os
diretores. As ações corretivas
são realizadas tanto pela equi-
pe da Divisão de Ouvidorias do
SUS na SMS quanto por cada
hospitais e CRS.
RESULTADOS
Os resultados preliminares indi-
cam que os maiores problemas
estão no atendimento telefôni-
co, que consiste no maior vo-
lume de registro de manifesta-
ções, com inconsistências no
preenchimento das demandas.
À partir desse dado, estão sen-
do realizadas reuniões com os
representantes da SMIT que co-
ordena o atendimento da Cen-
tral 156 visando a atualização
e capacitação dos operadores,
SÃO PAULO
CONSTRUÇÃO DO SERVIÇO DE APOIO À SAÚDE MENTAL DOS
TRABALHADORES DO SERVIÇO FUNERÁRIO DE SÃO PAULO
CLÁUDIA REGINA GRAZIANO DE MORAES E ABREU, CLARICE PIMENTEL PAULON,
MARCELO BRUNO GENEROSO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
É uma proposta construída con-
juntamente entre a Secretaria
Municipal da Saúde, através da
Escola Municipal de Saúde e
da 8ª COREME e o Serviço Fu-
nerário Municipal/SFMSP. Em
decorrência da pandemia do
COVID-19 e seus efeitos, pre-
ocupados com a saúde mental
dos trabalhadores que executam
tarefas essenciais cotidiana-
mente, expostos a stress inten-
so, elaboramos uma proposta
de atendimento aos trabalha-
dores do serviço funerário. Este
Volume 7
para melhoria no registro. Ou-
tros gargalos apurados, tais
como demora no encaminha-
mento e tratativa às demandas,
ausência de contato com o ci-
dadão para devolutiva ou res-
posta insatisfatória estão sendo
trabalhados junto a rede de ser-
viços de saúde municipal.
CONCLUSÕES
O Programa tem possibilitado
a melhoria constante dos pro-
cessos de trabalho desenvol-
vidos pela Rede de Ouvidorias
do SUS do Município de São
Paulo, proporcionando uma
análise mais próxima dos des-
vios de processo. É uma ferra-
menta de qualidade que moni-
tora o processo de registro das
demandas desde seu registro
até sua resposta final ao usuá-
rio. Nessa perspectiva, o PAQ
busca ampliar e consolidar a
Rede de Ouvidorias do SUS do
Município de São Paulo, isto é,
Ouvidorias que compartilhem a
trabalho contou com diferentes
etapas. Inicialmente, grupos se-
manais com a participação de
8 servidores, na secretaria de
Serviço Funerário, posterior-
mente fazendo um rodízio entre
os 22 cemitérios de São Paulo,
discutíamos questões relativas
à saúde mental, enfrentamento
à pandemia e outras demandas
que surgiram no decorrer dos
encontros. Os grupos são co-
ordenados por duas psicólogas
supervisoras do Programa de
Residência em Psiquiatria em
Rede da 8ª COREME, e contam
mesma concepção de trabalho,
contribuindo para que a gestão
e a sociedade, em parceria, lu-
tem por serviços de qualidade.
PALAVRAS-CHAVE
Gestão do trabalho; ouvidoria
no SUS
BIBLIOGRAFIA
- Lei Federal 13460/17 - Dispõe so-
bre participação, proteção e defesa
dos direitos do usuário dos serviços
públicos da administração pública.
- Portaria 166/2021 - Estabelece a
estrutura da Rede de Ouvidoria dos
SUS da Cidade de São Paulo e seus
macroprocessos de trabalho, os pro-
cedimentos de acesso à informação
no âmbito da Secretaria Municipal
da Saúde e dá outras providências.
- Portaria nº 138 de 22/03/2021 - Dis-
põe sobre a composição do Grupo
de Trabalho de Gestão de Qualidade
e Acreditação Institucional de Ouvi-
dorias do SUS, no âmbito da Secre-
taria Municipal de Saúde.
com a participação de dois mé-
dicos residentes. Sabe-se que
a saúde do trabalhador é uma
área necessária ao cuidado em
saúde mental. Quando estamos
submetidos a uma carga de tra-
balho excessiva e ao contato in-
tenso com o sofrimento e morte,
temos maior risco de desenvol-
ver transtornos, tais como: os
ansiosos, depressivos, estresse
pós-traumático, uso abusivo de
substâncias psicoativas, sendo
necessário portanto uma assis-
tência em saúde mental a esses
trabalhadores.
51

OBJETIVOS
Ofertar cuidados para os fun-
cionários das equipes funerárias
que demonstrarem interesse;
Realizar atendimentos em gru-
po de forma presencial quando
possível; Realizar supervisões
com os residentes que prestarão
esses cuidados; Produção de re-
latos de casos, artigos para di-
vulgação a rede SUS.
METODOLOGIA
O trabalho foi realizado em três
etapas. Inicialmente, a partir de
grupos na Secretaria de Serviço
Funerário contando com 8 par-
ticipantes (um trabalhador de
cada cemitério), por conta das
condições apresentadas pela
pandemia. Após, realizando um
rodízio entre os 22 cemitérios de
São Paulo, em grupos abertos
para discutir a relação com tra-
balho e seus efeitos no cotidiano.
Em uma terceira etapa também
apresentamos a possibilidade
de um grupo fixo, no Centro de
Saúde Paula Souza, para que os
trabalhadores possam ser acom-
panhados mais longitudinalmen-
te. Trabalhamos com a proposta
de grupos operativos de Pichon-
-Rivière, a partir da qual, com
foco na condição de trabalho e
seus efeitos no psiquismo, pos-
samos apontar horizontes ma-
teriais de transformação na lida
com o trabalho e em sua arti-
culação coletiva. Juntamente
com essa experiência de campo,
SÃO PAULO
PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO JOVEM
APRENDIZ JUNTO À EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
KATIA MARQUES COSTA SANT ANNA, CAROLINE MOTA SILVA, AMANDA FERREIRA
ALVES, MANUELA ROCHA PANIAGUA, TAMIRES MARTINS CRUZ, MARIANA DIAS CORREA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O presente projeto se torna rele-
vante pois por meio do acompa-
nhamento da equipe multidiscipli-
52
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
desenvolvemos um diário de re-
latos para o acompanhamento
da experiência dos residentes
em formação. A proposta é que
esses relatos servem tanto para
a formação dos residentes, no
que diz respeito a construção de
uma semiologia e direção do tra-
tamento quanto para possíveis
elaborações de relatórios, quan-
do demandados, pelo Serviço
Funerário.
RESULTADOS
Foi possível observar que as
condições adversas de atua-
ção no campo do trabalho não
advinham apenas da pandemia
e sim de todo um processo de
precarização das formas de tra-
balho (ausência de reajuste e de
concurso, falta de um plano de
cargos e salários e falta de uma
organização e gestão efetivas
da área) associado à temática
e a materialidade da prática de
trabalho: a lida com a morte e
o luto em uma sociedade que
não a entendem, comumente,
com parte de processos natu-
rais da vida, produzem desgaste
e transtornos não só simbólicos
como materiais ao dia a dia des-
ses trabalhadores. Nesse senti-
do, observou-se que as condi-
ções não são apenas precárias
no âmbito material mas também
simbólico e cultural, o que mar-
ginaliza a experiência e os pro-
cessos de humanização neces-
sários à esses trabalhadores. É,
nar, o jovem aprendiz inserido no
cotidiano profissional deste serviço
de saúde, passa a adquirir expe-
riências corporativas e aprimora-
também, um trabalho focado na
integralidade em saúde mental,
fundamental para o alargamento
da noção de sofrimento psíquico
para a formação dos psiquiatras
residentes, que acompanham o
serviço.
CONCLUSÕES
CONTRIBUIÇÕES PARA O EN-
SINO Mediante a proposta apre-
sentada pela Residência Médica,
entendemos que devido a nosso
cenário de precarização, pen-
samos ser o dever de atuar me-
diante as necessidades de cui-
dado em saúde pública que se
apresentam, auxiliando no pro-
cesso de compreensão de seu
lugar de atendimento dentro do
Sistema Único de Saúde. Para,
além disso, favorece a constru-
ção de produções de escritas,
seja por artigos científicos, re-
latos de caso, cartilhas CON-
TRIBUIÇÕES PARA O CAMPO:
Além das contribuições ao en-
sino é também importante men-
cionar que esse trabalho realizou
uma importante cartografia do
serviço funerário de São Paulo,
seu funcionamento e limitações,
apresentando, então, a necessi-
dade de se pensar linhas de tra-
balho mais atuantes na atenção
básica em relação à saúde do
trabalhador.
PALAVRAS-CHAVE
saúde do trabalhador; saúde
mental, luto
mento dos conhecimentos para
melhor inserção no mercado de
trabalho, criando oportunidades
tanto para o aprendiz quanto para
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
a Instituição a partir da preparação
ao iniciante para desempenhar ati-
vidades profissionais, tendo ca-
pacidade de discernimento para
lidar com diferentes situações do
cotidiano de maneira mais segura,
compreendendo todas as interfa-
ces do serviço e suas peculiarida-
des, bem como o desenvolvimento
da empatia com outras equipes, o
olhar acolhedor e humanizado, a
efetividade da comunicação e a re-
siliência e ampliação de repertório,
contribuindo assim com o amadu-
recimento profissional e desenvol-
vimento de habilidades.
OBJETIVOS
1 Objetivos: 1.1 Objetivo Geral: Pro-
mover, enquanto serviço de saúde,
possibilidades de amadurecimento
profissional através do desenvol-
vimento das atividades laborais
e acompanhamento por meio da
equipe multidisciplinar e gerência
da unidade. 1.2 Objetivos Específi-
cos: I – Conhecer o funcionamento
e principais características e fragili-
dades da unidade e território na sua
integralidade, fluxos, processos de
trabalho, demandas e atribuições
de cada setor da AMA Sé; II - Des-
mistificar preconceitos, estereóti-
pos e estigmas voltados à popu-
lação característica do território e
atendidas na AMA Sé tais como
população LGBTQIA+, situação de
vulnerabilidade social, vítimas de
violência entre outros. III - Estimu-
lar um perfil de trabalho em equi-
pe, humanizado, com empatia e
postura ética ampliando repertório
SÃO PAULO
GT DE COMPETÊNCIAS DES TRABALHADORES DO SUS EM SÃO
PAULO: QUAL O PAPEL DA ESCOLA MUNICIPAL DE SAÚDE?
HARETE VIANNA MORENO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Recém-chegada à Escola Municipal
de Saúde e à gestão, sou convidada
a pensar no perfil de competências
Volume 7
a partir das vivências profissionais
na unidade, seguidos das políticas
públicas em saúde.
METODOLOGIA
• Metodologia: Considerando que
o contrato de cada jovem aprendiz
que atua na AMA SÉ se dá com
vigência de 15 meses, ficou defi-
nido que os aprendizes ficarão por
4 meses em cada departamento
deste serviço, sendo nos setores:
Serviço Social, Enfermagem, Far-
mácia e Administrativo. Definimos
que bimestralmente serão realiza-
das rodas de conversa com os jo-
vens aprendizes conduzidas pela
gerência e Serviço Social, espaço
onde são discutidas dificuldades,
rotina, percepções da atuação nos
setores diversos, e pontos positivos
ou negativos da atuação e aprendi-
zado nos diversos setores com o
objetivo de compreender o que foi
de relevância em seu aprendizado
no período em que permaneceu no
departamento.
RESULTADOS
• Resultados: Como resultado, re-
lata-se que todos os quatro jovens
aprendizes puderam conhecer o
funcionamento da unidade, fluxos
e demandas, atribuições de cada
setor, princípios do SUS, entre ou-
tros, estando mais preparados e
amadurecidos para o mercado de
trabalho, proporcionando, inclusive
maiores habilidades para lidar com
situações conflituosas, tais como
mudança setorial, lidar com novas
rotinas e pessoas, participação em
e habilidades de, em última instân-
cia, mim mesma, trabalhadora do
SUS... Surgiram importantes ten-
sões acerca de aspectos não só bu-
outros fluxos, grupos e propostas.
Com relação ao perfil da população
atendida na unidade, desenvolve-
mos nesses aprendizes elementos
da comunicação assertiva, bem
como um olhar mais humanizado
para as diversidades e particulari-
dades encontradas durante o tem-
po de trabalho na unidade de saú-
de AMA Sé.
CONCLUSÕES
• Considerações finais: Por com-
preendermos que a formação téc-
nico/profissional de adolescentes
e jovens amplia as oportunidades
de inserção no mundo do traba-
lho, acreditamos ter contribuído
de forma significativa na formação
desses aprendizes para que se
destaquem no mercado de traba-
lho e possam desenvolver o seu
processo formativo e produtivo
com autonomia e criticidade. En-
tendemos que o primeiro emprego
proporciona inclusão, sobretudo a
oportunidade de desenvolvimen-
to e competências sociais e emo-
cionais. O modo como olhamos e
entendemos nossa responsabili-
dade enquanto acolher, desenvol-
ver, matriciar o jovem aprendiz em
todos os eixos de atuação, à luz
dos princípios doutrinários do SUS,
reverbera na atuação positiva atual
e futuramente em outro serviço e
vínculos profissionais.
PALAVRAS-CHAVE
Jovem aprendiz e equipe multipro-
fissional
rocráticos (por exemplo, qual setor
deveria encabeçar essa tarefa), mas
bastante amplos: é papel da es-
cola tal tipo de discussão? De que
53

forma levar a questão para as Or-
ganizações Sociais, que estão em
sua quase totalidade no município?
Construí uma primeira aproximação
na reunião do GTEPS (Grupo Téc-
nico de Educação Permanente em
Saúde), espaço, atualmente virtual,
onde diversos representantes dos
serviços de saúde e da gestão re-
únem-se mensalmente para as dis-
cussões da Educação Permanente
em Saúde na cidade de São Paulo.
Apresentei a ideia da criação do GT
finalizando com um trecho de cerca
de cinco minutos do encontro en-
tre Sidarta Ribeiro e Ailton Krenak,
disponível no Youtube e cuja linda
conversa tocou em aspectos como
o sonho, organização do trabalho e
afirmação da diferença numa apos-
ta radical em favor da vida. Após a
apresentação e aberta para pergun-
tas e considerações, com alegria vi
também as câmeras se abrindo, fa-
las importantes de várias pessoas e
comentários da importância dessa
estratégia de sensibilização. Funcio-
nários que normalmente não partici-
pam da reunião estavam presentes
e se reconheceram nesse lugar de
trabalhadores do SUS ressignifi-
cando, mesmo que momentanea-
mente, suas tabelas, índices, taxas,
prazos etc.
OBJETIVOS
A criação do GT era uma meta que
constava no Plano Anual de Saúde
(PAS) de 2022 “para pensar o conhe-
cimento, habilidades e competências
esperadas para o profissional do SUS
com diferentes atores envolvidos
SÃO PAULO
AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM DO ENSINO A DISTANCIA DA
EDUCAÇÃO CONTINUADA EM ENFERMAGEM DO HSPM
CASSIA SAMPAIO MOURA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Hospital do Servidor Público
Municipal de São Paulo realizou
no ano de 2021 cursos de ensi-
54
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
(CRS, Áreas técnicas, EMS, OSS)”.
Agora a tarefa, além da construção
de quais são as competências, tam-
bém é definir o próprio objetivo do GT,
pois é necessário enunciar da forma
mais explícita possível e uma escrita
conjunta tem bastante complexidade.
METODOLOGIA
Seis encontros, sempre virtuais, du-
rante o segundo semestre de 2022.
Presenças (variando e diminuindo)
de vários setores da secretaria de
saúde: Escola Municipal de Saú-
de (EMS) e Regionais, Comissão
de Residência Multiprofissional
(COREMU), Coordenadoria de Vi-
gilância em Saúde (COVISA), Co-
ordenadoria de Gestão de Pessoas
(COGEP), Hospital do Servidor Pú-
blico Municipal (HSPM) e Hospital
do Campo Limpo. A cada reunião,
de uma a duas pessoas se dispo-
nibilizam (após muita insistência
para tal) a escrever a memória do
encontro, sempre lido no início da
reunião seguinte e compartilhado
por e-mail. As pautas são constru-
ídas coletivamente e tudo é definido
em conjunto, o que parece causar
estranheza, um certo desconforto
e a sensação de que as discussões
não avançam, pois o exercício da
escuta, as leituras dos textos pro-
postos, o confronto com outras
opiniões ou mesmo a oscilação de
presenças, concepção do objetivo
e necessidade do grupo produzem
uma movimentação difícil de acom-
panhar porque privilegia o processo
e não as metas. Também foi monta-
do um grupo de email para trocas
no à distância (EAD) abordando
temas que envolvem os proces-
sos de trabalho da enfermagem
e seus procedimentos assisten-
de mensagens e compartilhamento
em nuvem de textos e documentos
discutidos nas reuniões.
RESULTADOS
Experiência work in progress, não é
possível a descrição dos resultados,
pois o GT segue em atividade nesse
ano de 2023. Pensar que a meta de
sua criação foi atingida é bastante
superficial, ainda que dita repetidas
vezes durante as reuniões. No entan-
to, assegurar a legitimidade do en-
contro como um espaço efetivo de
discussão do que está sendo feito e
não de uma definição vertical do que
será realizado, tem sido um exercício
tão cansativo quanto potente.
CONCLUSÕES
O filósofo francês Gilles Deleuze dis-
se que só temos o meio e interes-
sou-me a partilha desse processo
quase rizomático e inconcluso. Pen-
sar a formação a partir dos proces-
sos de trabalho também é o trabalho
vivo, em ato. Subverter regras, pro-
por discussões pouco usuais, voltar
a etapa anterior, sustentar metodo-
logias ativas e distintas velocidades
requer uma porosidade que nem
sempre é dada a priori. Uma artesa-
nia esse processo e o desejo de ser
trapezista no meu novo lugar de fa-
zeres no SUS e ouvir de alguém um
pedido tal qual ao do Chico Buarque
em Beatriz: me ensina a não andar
com os pés no chão!
PALAVRAS-CHAVE
competências, trabalhadores do SUS;
ciais, proporcionando aprimora-
mento e a atualização da equi-
pe. Considerando, sobretudo,
a crise epidemiológica mundial,
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
que trouxe novas realidades nos
processos de trabalho da saú-
de, dentre eles o distanciamento
social e as restrições no atendi-
mento assistencial, tornando o
EAD fundamental para a quali-
dade das ações desempenha-
das na saúde.(1) Entre janeiro
e setembro de 2021 foram dis-
ponibilizados 16 cursos de cur-
ta duração no módulo EAD aos
enfermeiros, técnicos e auxilia-
res de enfermagem, 3.393 cer-
tificados foram emitidos e 1.016
servidores da equipe realizaram
os cursos. O método de ensino
utilizou um Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA), permitindo
o acesso ao conteúdo pedagó-
gico necessário. A aproximação
com o AVA é um grande desafio,
contudo disponibilizar o acesso
à informação e à educação den-
tro da flexibilidade de tempo do
profissional de saúde, de forma
singular, passou a ser primordial
para que acompanhe as trans-
formações e evoluções dos ser-
viços disponibilizados no SUS.
OBJETIVOS
Analisar a avaliação de reação
e aprendizagem dos cursos de
curta duração no módulo EAD,
realizados pela equipe de enfer-
magem.
SÃO PAULO
RECURSOS EDUCACIONAIS SOBRE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA NA CRIAÇÃO DE WEBFOLIO
VALNICE DE OLIVEIRA NOGUEIRA, MARIA ISABEL MUSTO NAJAR RIOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O atendimento de Parada Car-
diorrespiratória (PCR) requer pre-
cisão técnica para possibilitar a
melhor sobrevida clínica aos aco-
metidos (Pereira; Oliveira; Baldis-
sera; Jaques, 2019). Neste senti-
do, a qualificação de profissionais
Volume 7
METODOLOGIA
O modelo para avaliar o impacto
dos treinamentos baseia-se em
quadro níveis (1. avaliação de re-
ação, 2. aprendizado, 3. compor-
tamento e 4. resultado).(3) Esse
trabalho foi desenvolvido com
ferramentas que proporcionam;
A análise da avaliação de reação
com formulário de pós curso,
transpondo a satisfação e a per-
cepção dos profissionais da equi-
pe de enfermagem quanto o EAD;
A análise de aprendizado com
formulários de pré-teste, abor-
dando questões similares a ava-
liação final de cada curso, consi-
derando o conhecimento prévio e
pós realização do tema abordado
no curso.
RESULTADOS
Na análise da avaliação de reação
219 respostas foram estimadas,
indicando que 98% dos partici-
pantes consideram o EAD eficaz,
bem como apontam a satisfação
boa ou ótima, quanto a metodo-
logia de ensino mais adequada
para a saúde o resultado mostrou
que 11% preferem a metodologia
de ensino presencial, 46% semi
presencial e 42% o EAD. Na aná-
lise de aprendizado dos 6 cursos
que foram aplicados o pré teste
e a avaliação, 520 participantes
responderam o pré teste e 1226
é de suma importância seja na
formação, seja no aperfeiçoa-
mento profissional. Considerando
a complexidade de assistência na
PCR, questionou-se: Quais recur-
sos educacionais podem contri-
buir na capacitação da equipe de
enfermagem atuante no serviço
realizaram as avaliações, apre-
sentando a média de acertos de
75% no pré teste e 92% de acer-
tos no pós teste (extraído da ava-
liação), representando uma média
de 20% de melhora no desempe-
nho dos conteúdos abordados no
EAD.
CONCLUSÕES
O trabalho demonstra que para a
assistência hospitalar, a modali-
dade EAD é satisfatória, possibi-
litando à equipe de enfermagem
a assimilação dos conhecimentos
necessários para o aprimoramen-
to e a atualização profissional.
PALAVRAS-CHAVE
Ensino à distancia (EAD) e equipe
de enfermagem
BIBLIOGRAFIA
1. Granjeiro EM et al. Estratégias de
ensino à distância para a educação
interprofissional em Saúde frente à
pandemia COVID-19. REVISA. 2020;
9 (Esp.1): 591-602. 2. Silva NA et al.
Limites e possibilidades do ensino à
distância (EaD) na educação perma-
nente em saúde: revisão integrativa.
Ciência & Saúde Coletiva. 2015; 20(4):
1099-1107. 3. Kirkpatrick DL, Kirkpatri-
ck JD. Evaluating Training Programs:
The Four Levels. 3 ed. São Francisco:
Berrett-Koehler Publishers; 2006.
de emergência, em relação à te-
mática?
OBJETIVOS
Descrever a experiência da cria-
ção de Webfólio sobre PCR e sua
utilização após capacitação da
equipe de enfermagem.
55

METODOLOGIA
Pesquisa aplicada realizada no
1ºsemestre do ano de 2021 em
um Hospital do Município de São
Paulo e que foi aprovada pelo Co-
mitê de Ética Pesquisa com pare-
cer nº 4.746.858
RESULTADOS
O Webfólio é componente de uma
das etapas do Trabalho de Con-
clusão de Residência (TCR) do
Programa de Residência Integrada
Multiprofissional na Atenção à Ur-
gência e Emergência da Comissão
de Residência Multiprofissional em
Saúde da Secretaria Municipal da
Saúde de São Paulo (COREMU
SMS SP), que conjuntamente com
a capacitação da equipe de Enfer-
magem constituiu um dos objetivos
do TCR. O Webfólio teve como refe-
SÃO PAULO
RELATO DE EXPERIÊNCIA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA-TREINAMENTO
ITINERANTE DOS ENFERMEIROS DO SAMU SÃO PAULO
MAISA FERREIRA DOS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em 2021, o SAMU SP atendeu
18.745 casos de problemas
cardíacos e 15.357 Paradas
Cardiorrespiratórias (PCR) sen-
do 387 de problemas cardía-
cos e 2847 de PCR atendidos
pelo Suporte Intermediário de
Vida (SIV). De janeiro a junho
de 2022, houve 9483 casos de
problemas cardíacos e 7701 de
PCR, sendo que, 230 e 1770
respectivamente, atendidos
pelo SIV. A OMS relata que as
Doenças Cardiovasculares são
a maior causa de morte no Bra-
sil, com 360 mil casos/ano A
identificação e tratamento pre-
coce no Atendimento Pré-Hos-
pitalar e o encaminhamento ao
hospital certo, minimiza riscos,
complicações e a morbimortali-
56
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
rencial teórico as normas da Ame-
rican Heart Association (AHA,2020)
e foi construído de modo a subsi-
diar as atividades propostas do
TCR, bem como disponibilizar em
tempo real as informações sobre
o tema àqueles que desejassem.
O material é composto de nove
páginas, possui imagens e textos
para promover a compreensão do
manejo clinico da PCR e das ações
específicas de enfermagem. Está
disponível em: https://enfermeira-
-residente.webnode.com/.
CONCLUSÕES
As ações educativas permanentes
são extremamente relevantes para
promover melhorias na assistência
à saúde. A construção do webfó-
lio configurou-se uma experiência
impar como Enfermeira Residente
no modelo vigente de assistência
dade das vítimas. A PCR é a in-
terrupção abrupta da circulação
e respiração o que requer um
atendimento rápido, eficiente e
desfibrilação precoce, para res-
tabelecer a circulação espontâ-
nea e a manter a vida. O Des-
fibrilador Externo Automático
(DEA) é destinado a reverter a
PCR pela detecção automática
de ritmos chocáveis, a cada 2
minutos analisa o ritmo e infor-
ma a próxima ação a ser exe-
cutada. Diante dessa realidade,
objetivando ampliar: a avalia-
ção, a tomada de decisão e as
competências dos Enfermeiros,
o SAMU SP adquiriu uma nova
tecnologia para o atendimento
destes agravos, um DEA com
três modos de operação: au-
tomático, avançado e monitor
cardíaco, exclusivo para o SIV.
à saúde no Brasil, em razão da re-
levância do tema e ainda por pos-
sibilitar a qualificação de recursos
humanos de saúde, em especial da
Equipe de Enfermagem no atendi-
mento em urgência e emergência
no âmbito hospitalar.
PALAVRAS-CHAVE
Parada cardiorrespiratória, capa-
citação, WEBFOLIO
BIBLIOGRAFIA
1) Pereira ELC, de Oliveira RR, Bal-
dissera VDA, Jaques AE. Forma-
ção de estudantes de enfermagem
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8963.2019.236369 2) American
Heart Association. Suporte avan-
çado de vida cardiovascular. EUA:
Orora Visual; 2020.
O Núcleo de Educação Perma-
nente, diuturnamente, mobili-
zou-se para capacitar e atua-
lizar os profissionais com foco
no Enfermeiro Intervencionista,
favorecendo-o em suas ações e
condutas em benefício dos usu-
ários.
OBJETIVOS
Ampliar a avaliação, tomada de
decisão e potencializando as
competências técnico-cientifico
dos profissionais Enfermeiros
do SAMU SP; Treinar e Capa-
citar os Enfermeiros do SAMU
SP no uso e manuseio na nova
tecnologia do DEA adquirido;
Incentivar e motivar as equipes
do SIV no desenvolvimento de
suas competências para uma
assistência mais qualificada e
eficaz.
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
METODOLOGIA
Capacitou-se os Instrutores
na identificação e compreen-
são completa dos recursos do
aparelho. Posteriormente iden-
tificou-se a necessidade em
adaptar o treinamento de forma
sistematizada e associada a si-
mulações de situações práticas
de atendimento com intuito de
envolver o profissional Enfer-
meiro. Após conhecer os recur-
sos disponibilizados pelo apare-
lho, realizou-se um treinamento
online de noções de traçados
eletrocardiográficos e reconhe-
cimento de arritmias para capa-
citar o profissional na identifica-
ção destas alterações durante o
atendimento. Construiu-se me-
canismos de ensino prático efe-
tivando a aquisição de conheci-
mentos no uso do equipamento.
Sistematizou-se as orientações
do Treinamento do DEA TOTH,
como parte integrante do Pro-
tocolo do SIV oferecendo subsí-
dios na utilização do aparelho e
tomada de decisão pelos Enfer-
meiros na assistência à vítima.
Para esse desafio, organizou-se
uma equipe de 2 enfermeiros e
01 Condutor Socorrista para re-
alizar o treinamento em campo e
um Enfermeiro para aulas online
atualizando conhecimentos em
traçados eletrocardiográficos e
identificação das principais ar-
ritmias fundamental para o aten-
dimento de excelência, quali-
dade e segurança ao paciente.
Instrutores deslocam-se para as
Bases dos colaboradores, indo
de encontro com os profissio-
nais nos seus plantões diurno e
noturno e plantões de finais de
semana. Tendo a Central de Re-
gulação como agente facilitador
no diálogo e encaminhamento
das equipes de SIV durante o
período do Treinamento.
RESULTADOS
Iniciou-se o treinamento itine-
rante em Fevereiro de 2022 sen-
do que até o presente momento
Volume 7
foram 150 dias de treinamen-
to, das quais 349 profissionais
foram treinados (Instrutores,
Central de Regulação e Inter-
venção), tendo sido percorridos
2.216 km (dados computados
até mês 06/2022), afim de atin-
gir os objetivos do treinamento.
Nesse momento o treinamento
continua em curso até que se-
jam capacitados todos os En-
fermeiros, sendo que algumas
Bases já foram contempladas e
estão utilizando esta nova tec-
nologia.
CONCLUSÕES
Inicialmente houve resistência,
por não saberem quanto o DEA
agrega diretamente a conduta
e tomada de decisão no aten-
dimento. Havia uma visão fren-
te uso do DEA, como sendo
obsoleto. Porém, benefícios e
contribuições ainda não haviam
sido contemplados da valia tec-
nológica e os benefícios para a
vítima. Dos aspectos Negativos:
retirar o enfermeiro para o trei-
namento e Indisponibilidade de
equipes para treinar. Dos Posi-
tivos: aproxima as equipes do
Instrutor; desmistifica e quebra
resistências no uso do DEA;
relaciona e adapta o recurso à
realidade do APH; Treinar du-
rante o plantão; Treinar equipes
fora de operação e a Motivação
dos enfermeiros com as práti-
cas avançadas de Enfermagem.
Tal tecnologia traz satisfação e
valorização profissional e reti-
ra o sentimento de obrigação,
traz maior segurança e envol-
vimento profissional na busca
constante de conhecimento em
prol do paciente. O desafio de
aprender ensinando, conclui-se
como valoroso pelas barreiras
rompidas e o entendimento de
sempre pensar e buscar es-
tratégias para aprimorar-se e
transformar dificuldades em so-
luções. Resinificando a palavra
Treinamento, fruto da impor-
tância do Núcleo de Educação
Permanente no SAMU SP, que
permitiu a magnitude dessa ex-
periência significativa.
PALAVRAS-CHAVE
Parada Cardiorespiratória, Edu-
cação Permanente,DEA
BIBLIOGRAFIA
1. AraujoNR, Araújo RA, Moretti
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nível em:http://www.facene.com.br/
wpcontent/uploads/2020/07/2018-A-
NAIS-XIV-SEMANA-DE-ESTU8.Mar-
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Definições e Reflexões para a Prática
em Saúde e Enfermagem (Editorial).
Texto Contexto Enferm, Florianópo-
lis, 2008 Jan-Mar;17(1):11-2. Acesso
em 07 de julho de 2022. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/tce/a/
VVPhnv3vS8VWzyJ5NMXFKxv/?for-
mat=pdf&lang= pt 9. Salvador PTCO,
Oliveira RKM, Costa TD, Santos VEP,
Tourinho FSV. Tecnologia e Inovação
para o Cuidado em Enfermagem.
SÃO PAULO
CAPACITAÇÃO EM PRIMEIROS SOCORROS NO CENTRO DE
EDUCAÇÃO E CULTURA INDÍGENA E UBS ALDEIA JARAGUÁ
VANESSA RIMKUS MIRANDA, JACQUELINE APARECIDA DRUMOND, DÉBORA DALONSO
GAMBOA PERES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Primeiros socorros é o atendi-
mento inicial a uma urgência
médica, realizado por qualquer
pessoa, preferencialmente trei-
nada, com o objetivo de auxiliar
uma vítima até que ela seja aten-
dida por um sistema organizado.
A portaria nº 5.767/11 instituiu o
programa de prevenção de aci-
dentes e primeiros socorros nas
unidades educacionais, com a
finalidade de subsidiar e orien-
tar os servidores das unidades
educacionais da rede municipal
de ensino, para as medidas de
58
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Rev. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro,
2012 jan-mar; 20(1): 111-7.Acesso
em 07 de julho de 2022. Disponível
em: https://www.epublicacoes.uerj.
br/index.php/enfermagemuerj/article/
view/4004/2773 10. Ferreira MNA;
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dor Externo Automático (DEA): Im-
portância da sua Operacionalização
Eficiente e Acesso Facilitado no Âm-
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(3): 26722-29. Acesso em 07 de julho
de 2022. Disponível em: https://bra-
zilianjournals.com/index.php/BRJD/
article/view/26444. DOI: https://doi.
org/10.34117/bjdv7n3-395 12. OMS
Revela Principais Causas de Morte
prevenção de acidentes e de
primeiros socorros no ambien-
te escolar e de trabalho. A lei
nº 15.123, de 22/01/10, dispõe
sobre a capacitação e a orienta-
ção dos servidores dos centros
de educação infantil /creches do
município de São Paulo para a
prestação de primeiros socorros
Através de solicitação da Se-
cretaria Municipal de Educação
(SME) para realização de Capa-
citação em Noções Básicas de
Primeiros Socorros nos Centros
de Educação e Cultura Indíge-
na (CECIs) do Município de São
e Incapacidade em Todo o Mundo
entre 2000 e 2019. Acesso em 07 de
julho de 2022. Disponível em: https://
www.bio.fiocruz.br/index.php/br/
noticias/2116-oms-revela-principais-
causas-de-morte-e-i13. Secretaria
Municipal de Saúde de São Paulo
(SMS-SP) LEI Nº 15.283, de 28 de
setembro de 2010. Dispõe sobre a
obrigatoriedade da manutenção de
aparelho desfibrilador externo auto-
mático em locais que designa e que
tenham concentração/circulação mé-
dia diária de 1500 ou mais pessoas,
e dá outras providências.Acesso em:
07 de julho de 2022. Disponível em:
http://legislacao.prefeitura.sp.gov.
br/leis/lei-15283-de-28-de-dezem-
bro-de-2010 14. Conselho Federal
de Enfermagem Parecer Normativo
Nº 002/2017/COFEN Utilização pela
enfermagem do DEA – Desfibrilador
Externo Automático. 06 de feverei-
ro de 2016. Acesso em: 07 de julho
de 2022. Disponível em: http://www.
cofen.gov.br/parecer-normativo-
-no-0022017_48727.html
Paulo, devido às dificuldades de
acesso, para reconhecimento
de agravos de urgência e manu-
tenção das atividades vitais, até
a chegada do Serviço de Aten-
dimento Móvel de Urgência. Ini-
ciou-se pela Escola Regional de
Saúde Norte (EMSRN) da Co-
ordenadoria Regional de Saúde
Norte (CRSN) o processo de
planejamento desta ação.
OBJETIVOS
Capacitar os funcionários do
CECI Aldeia Jaraguá em Noções
Básicas de Primeiros Socorros,
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
envolvendo os temas: preven-
ção de acidentes, ferimentos,
hemorragia, queimaduras, aci-
dentes com animais peçonhen-
tos, quedas, lesões osteoar-
ticulares, engasgo desmaio,
convulsão, acidente vascular
cerebral (AVC), reanimação car-
diopulmonar, e desconstruir a
utilização de técnicas de primei-
ros socorros que possam agra-
var, ou prejudicar a vida, englo-
bando também funcionários da
UBS Aldeia Jaraguá.
METODOLOGIA
A EMSRN organizou uma reu-
nião virtual, para alinhamento e
definição do processo de exe-
cução da Capacitação. Partici-
param a equipe da EMSRN, a
Interlocutora de Saúde Indígena
da CRSN, Gerente da UBS Al-
deia Jaraguá, responsável pela
Saúde do Escolar na DRE Piri-
tuba, Interlocução SAMU Norte,
representantes da OS SPDM, e
representante da Escola Muni-
cipal de Saúde. Foi apresentado
um esboço de como seria reali-
zado o treinamento e ficou de-
terminada a realização de uma
visita técnica, para conhecer o
SÃO PAULO
MOMENTO CONVIVER – PROMOVENDO RELAÇÕES
HUMANIZADAS ENTRE OS TRABALHADORES.
ANA LIGIA PASSOS MEIRA, CICERO VICENTE ALVES, JULIANA SILVA DE PAULA, CIBELE
ARCANJO MONTEIRO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O maior desafio na gestão é pro-
mover um ambiente saudável e
sustentável onde haja uma relação
harmônica entre os integrantes das
diversas categorias profissionais
que compõe uma equipe de um
serviço de saúde. A necessidade
de alcançar um bom entendimento
e interação entre os profissionais
da AMA/UBS Integrada Jardim Jo-
Volume 7
CECI e adquirir informações da
necessidade local. Na visita téc-
nica ficou definida a capacitação
de 26 funcionários do CECI, e 12
funcionários da UBS da Aldeia
Jaraguá. Além do levantamen-
to de necessidades e temáticas
locais importantes. Foi agenda-
da para 27/10/2022 a data de
treinamento. O SAMU, forneceu
materiais do kit de primeiros So-
corros , e a SME realizou a com-
pra de um Desfibrilador Externo
Automático (DEA) e forneceu as
refeições a todos participantes.
Em 27/10, partiu da CRSN um
ônibus da SME levando mate-
rial e instrutores. Iniciamos a
capacitação após a entrega do
kit de primeiros socorros e DEA
e divisão dos participantes em
duas estações práticas, reali-
zadas simultaneamente, uma
compondo emergências clínicas
(convulsão, A.V.C, desmaio),en-
gasgo e parada cardiorrespira-
tória e outra estação realizando
trauma, ferimentos, hemorragia,
queimadura e acidentes com
animais peçonhentos. Cada es-
tação prática teve 3 horas de
duração, com inversão após o
almoço.
amar fez as gestões desta unidade
move-se e resgatar a experiência
exitosa do “Vivenciando o Cuida-
do” trazendo para um formato de
convivência aberto a construção
de boas relações de trabalho e
fortalecimento de vínculos. É um
espaço para que possamos conhe-
cer melhor as pessoas com quem
trabalhamos, saber um pouco mais
da vida delas, em um momento da
RESULTADOS
Ao final da capacitação 25 pro-
fissionais do CECI Jaraguá e 12
profissionais da UBS Aldeia Ja-
raguá, realizaram a conclusão.
Dentre os profissionais do CECI
e UBS a maioria eram morado-
res e representantes e lideran-
ças das aldeias.
CONCLUSÕES
Faz se importante à manuten-
ção do conhecimento adquirido
através de reciclagens e atuali-
zação, pretendemos estender a
capacitação dos profissionais
da UBS Aldeia Jaraguá a fim de
que mais profissionais possam
ser capacitados aumentando o
numero de moradores da aldeia
com habilidade para realizar dos
procedimentos enquanto aguar-
da o atendimento de urgência
e emergência. Os participantes
realizaram práticas das ativida-
des, com bastante interesse,
foram muito participativos e em-
penhados.
PALAVRAS-CHAVE
primeiros socorros, capacita-
ção, prevenção
vida que elas se encontram, como
elas se sentem trabalhando conos-
co. Com isso a gente acaba adqui-
rindo mais respeito, mais empatia,
mais aproximação com as pessoas
que a gente convive a maior par-
te do tempo. É um momento que
não é reunião, não formativo ou de
bronca. Não tem uma pauta pré-
-definida. O que a gente quer justa-
mente conhecer o outro.
59

OBJETIVOS
A ação propõe aos colaborado-
res um espaço de interação cujo
o objetivo é ouvir o outro, com-
preender seu momento de vida
e trocar experiências. Possibilitar
a integração e entre os profissio-
nais da UBS e da AMA Joamar
de forma a possibilitar relações
harmoniosas, solidárias e empáti-
cas. Aproximando os profissionais
uns dos outros e potencializando
os resultados nos processos que
envolve os dois serviços. Reduzir
possíveis tensões e conflitos na
rotina diária de trabalho.
METODOLOGIA
Os encontros são mensais na
copa da AMA onde os profissio-
nais revezam a participação. Nes-
te espaço cada um tem sua fala
aberta sem se preocupar com o
tema. Uma vez ao mês todos os
funcionários são convidados a
participar, incluindo os terceiriza-
dos das unidades sendo reveza-
dos as datas dos plantões para
que maior número de pessoas
tenham a oportunidade de parti-
cipar.
RESULTADOS
Mais proximidade, interação,
melhora na comunicação, leveza
nas relações, respeito as dife-
SÃO PAULO
O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO PERMANENTE NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PAULA PAVAN ANTONIO, MARCELO TAKISHI SCROCCO, BETINA BLACK DALARMELINO,
EDERSON DONIZETTI DOS SANTOS, JACQUELINE APARECIDA DRUMOND, NIOMARA
DE CÁSSIA CUNHA, SALETE MONTEIRO AMADOR, LUIS TORAHIKO TAKAHASHI, MARIA
APARECIDA DOMINGUES, ROSÂNGELA CORREIA ARAÚJO DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Plano Municipal de Educação
Permanente (PLAMEP) é o re-
sultado do planejamento coleti-
vo das ações educativas para a
Rede de Atenção à Saúde (RAS)
60
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
renças e empatia diante das ne-
cessidades, companheirismo e
integração. “Um momento mui-
to importante para construção
das nossas relações pessoais e
estreitamento de laços com os
funcionários” conforme dito pela
antiga gestora da AMA. Para a
psicóloga da UBS, “o projeto
destaca por ser um uma cons-
trução coletiva sendo compre-
endidas as formas pela qual os
afetos são mobilizados dentro
dos processos de trabalho das
unidades”. Conforme relatado
pela assistente social da AMA,
“este espaço veio a contribuir,
porque conhecendo o outro,
partilhando coisas parecidas no
dia a dia a gente se integra muito
mais”. Estudos apontam que as
relações interpessoais e o apoio
social no ambiente de traba-
lho são vínculos importantes e
cheios de significados, relacio-
nados com o nível de satisfação
dos colaboradores no ambiente
ocupacional. Acreditamos que o
Projeto Momento Conviver, vem
contribuindo não apenas nas re-
lações entre os colaboradores,
más aproximando-os da gestão,
assim, reforçando às relações,
suporte social e comunicação
efetiva.
no âmbito municipal, constituin-
do-se em um instrumento de
gestão que comporta as priori-
dades relativas às ações de edu-
cação para o trabalho em saúde
dos diferentes territórios e regi-
CONCLUSÕES
Trata-se de uma ação que possibilita
a todos os profissionais participan-
tes se abrir em um ambiente seguro,
sem nenhum tipo de controle, ou jul-
gamento, onde acolhemos uns aos
outros. Esta ação conjunta entre os
serviços trouxe mais proximidade e
construiu pontes que aproximaram
mais ainda os profissionais dos dois
serviços de saúde. Observamos me-
lhora na comunicação, partilha, cola-
boração trazendo mais proximidade,
facilitando os processos de trabalho
diários e contribuindo para com a
resolução de possíveis diferenças.
Não podemos deixar de agradecer
aos conselheiros usuários que foram
e são grandes incentivadores desta
ação continua e agregadora.
PALAVRAS-CHAVE
relações interpessoais, processo
de trabalho
BIBLIOGRAFIA
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projetoviverbem/relacoes-interpes-
soais-e-qualidade-de-vida-n.Aces-
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bvsalud.org/scielo.phd?script=sciart-
text&pid=S1870-350x2013000200004.
ões do Município. Deve ser um
processo de criação dinâmico
e vivo, partindo da identificação
de necessidades ou problemas
de saúde, no cotidiano do tra-
balho e fruto de discussão en-
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
tre os diversos atores (encontro
entre trabalhadores, gestores,
população, conselheiros e alu-
nos), espaço idealmente poten-
te que deve ser privilegiado. No
Município de São Paulo e? atri-
buição da Escola Municipal da
Saúde (EMS) e de suas unidades
regionalizadas (EMSR), atuar na
identificação, na coordenação e
no incentivo para a inovação das
praticas de educação permanen-
te em saúde, direcionando ajus-
tes de valor significativo aos pro-
cessos de trabalho, de gestão e
de formação. Em 2020, foi criado
um grupo de trabalho para revi-
sar o documento de Orientações
para a Elaboração do Plano Mu-
nicipal de Educação Permanen-
te (PLAMEP), republicado em
sua segunda edição em maio de
2021, que simultaneamente arti-
culou estratégias para aproximar
e incluir o PLAMEP no rol de ins-
trumentos de gestão do Sistema
Único de Saúde Municipal (junto
ao Plano Municipal de Saúde, à
Programação Anual de Saúde e
ao Relatório Anual de Gestão).
OBJETIVOS
Estabelecer processo ascenden-
te de construção do PLAMEP,
com ampla participação social
envolvendo trabalhadores, ges-
tores e conselheiros municipais
de saúde para posterior regis-
tro e sistematização das ações
educativas planejadas utilizando
sistema eletrônico de informação
desenvolvido pela gestão muni-
cipal.
METODOLOGIA
No mês de setembro de 2022,
foram iniciadas as orientações
às seis unidades regionalizadas
da Escola Municipal de Saúde
(as Escolas Municipais de Saúde
Regionais – EMSR, Norte, Sul,
Leste, Oeste, Centro e Sudes-
te) acerca do início do processo
de formulação do PLAMEP para
2023. Cada EMSR conduziu ofi-
cinas regionais com participação
Volume 7
de trabalhadores dos serviços
de saúde, gestores e conselhei-
ros municipais para identificação
das necessidades, partindo da
discussão acerca do processo
de trabalho nos serviços para
elaboração das propostas de
educação permanente, visan-
do a superação de dificuldades
e desafios identificados. Além
disso, foram coordenadas pela
Escola Municipal de Saúde no
mês de outubro de 2022 duas
oficinas online para iniciar o pro-
cesso com gestores da Secre-
taria Municipal da Saúde acerca
do planejamento e elaboração
do PLAMEP para o ano de 2023,
além de uma oficina presencial
com representação de todas as
vinte e sete Supervisões Técni-
cas de Saúde do município de
São Paulo, das seis EMSR e de
todas as Organizações Sociais
que atuam no município, para re-
visão do instrumento de registro
dessas ações, as quais, ante-
riormente, eram registradas em
uma planilha de excel e, a partir
do ano de 2023, serão registra-
das em um sistema eletrônico de
informação recém desenvolvido
pela Coordenadoria de Gestão
de Pessoas do município.
RESULTADOS
A realização dessas oficinas
trouxe como produto como o le-
vantamento de necessidades de
educação permanente em saú-
de, feito de forma ascendente e
com ampla participação social,
partindo dos serviços de saú-
de das vinte e sete Supervisões
Técnicas de Saúde que com-
põe o município de São Paulo,
passando pelas seis Coorde-
nadorias Regionais de Saúde e
as respectivas EMSR até che-
gar na Secretaria Municipal de
Saúde de São Paulo. A partir
do lançamento do novo siste-
ma eletrônico para registro das
ações educativas planejadas
pelos territórios, definiu-se que
a inserção das ações educativas
no sistema fosse realizada prio-
ritariamente por assessores das
Supervisões Técnicas de Saúde
que atuam como referência para
o acompanhamento da temática
da Educação Permanente. Essa
estratégia fez com as ações edu-
cativas propostas pela gestão
central (Secretaria Municipal da
Saúde e suas Secretarias Exe-
cutivas relacionadas), fossem
necessariamente articuladas e
debatidas com assessores das
seis Coordenadorias Regionais
de Saúde e, destas, com as suas
respectivas Supervisões Técni-
cas de Saúde, reduzindo as fa-
lhas de comunicação num mu-
nicípio com grandes dimensões
geográficas e populacionais.
CONCLUSÕES
A experiência das oficinas para
elaboração do PLAMEP mos-
trou-se uma estratégia potente
de articulação junto aos atores
envolvidos para melhor levanta-
mento e sistematização das ne-
cessidades de saúde e, a partir
destas, a elaboração de ações
educativas para compor o Pla-
no Municipal de Educação Per-
manente. A criação do sistema
eletrônico para registro e mo-
nitoramento das ações facilitou
grandemente o levantamento
rápido das informações de todo
o município, dado que quando
o registro era feito em planilhas,
era necessário consolidar as in-
formações provenientes das 6
regiões, o que tomava muito mais
tempo. A escolha por dar aces-
so somente aos assessores das
Supervisões Técnicas de Saúde
para inserção das propostas re-
forçou a necessidade de diálogo
entre a gestão central e os ter-
ritórios, onde são realizadas as
ações educativas. O município
segue enfrentando desafios de
comunicação e articulação entre
suas instâncias hierárquicas e os
serviços de saúde, porém avan-
ça a cada ano mais na direção de
um processo de planejamento da
61
 19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS 36º CONGRESSO DO COSEMS/SP

educação permanente em saúde
mais colaborativo e participativo
entre os envolvidos.
PALAVRAS-CHAVE
Educação permanente em saú-
de, CO-gestão
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério da Saúde.
Política Nacional de Educação
Permanente em Saúde / Minis-
tério da Saúde, Secretaria de
Gestão do Trabalho e da Edu-
cação na Saúde, Departamen-
to de Gestão da Educação em
Saúde. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2009. 63 p SÃO PAULO.
Documento de orientações para
a elaboração do Plano Munici-
pal de Educação Permanente em
Saúde. Prefeitura Municipal de
São Paulo, Secretaria Municipal
de Saúde – São Paulo, 2021. 31p.
sar das dificuldades apontadas,
os programas de Residência em
Área Profissional e Multiprofissional
da Saúde são considerados pelos
entrevistados como possibilidade
de conquistar espaço de reconhe-
cimento na formação profissional.
Restam pendentes discutir formas
de vinculação de egressos no qua-
dro de trabalhadores da SMS e
desenvolver mecanismos de valo-
rização dos profissionais envolvi-
dos nos programas. Há consenso
sobre a necessidade de maior in-
teração com meios acadêmicos
para divulgar programas, ampliar
programas para outras áreas da
atenção à saúde. Todos concor-
dam também que os programas
de residência são um diferencial
de especialização que resultam na
melhor qualificação para inserção
no mercado com melhora na qua-
lidade assistencial.
PALAVRAS-CHAVE
residência, raps

SÃO PAULO
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NA SMS/SP: PERCEPÇÃO
DA SATISFAÇÃO DOS ATORES ENVOLVIDOS
MARIA ANGÉLICA CREVELIM
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Esse projeto fez parte do Programa
de Excelência Operacional (PEO)
realizado entre a Secretaria Munici-
pal de Saúde (SMS/SP) e o Instituto
de Ensino e Pesquisa do Hospital
Sírio Libanês (IEP/HSL). Por meio
do Lean Six Sigma, são designa-
dos 60 líderes de 12 hospitais da
administração direta e 4 líderes da
SMS; cada líder (Yellow Belt) de-
senvolve um projeto. No presente
trabalho, tratamos dos Programas
de Residência Multiprofissional e
em Área Profissional de Saúde da
Comissão de Residência Multi-
profissional e em Área Profissional
de Saúde Secretaria Municipal da
Saúde (Coremu-SMS/SP), cujos
primeiros programas foram implan-
tados em 2015.
OBJETIVOS
Conhecer as percepções dos di-
versos atores envolvidos no pro-
cesso de formação quanto aos
aspectos pedagógicos, estrutura
e relacionais internos e externos
dos Programas de Residência
Multiprofissional em Saúde (RMS)
e Residência em Área Profissio-
nal em Saúde (RAPS).
METODOLOGIA
Trata-se de estudo quantitativo, re-
alizado junto ao público envolvido
nas ações relacionadas aos pro-
gramas de RMS e RAPS da SMS/
SP. O levantamento será feito por
meio de questionário desenvolvido
pelo líder do projeto, intitulado “Le-
vantamento de impressão/percep-
ções em relação aos programas
de residência em área profissional
e multiprofissional em saúde da
COREMU/SMS São Paulo”. Fo-
ram enviados questionários para
Residentes em curso e egressos
dos quatro programas (R1, R2, R3);
Preceptores dos quatro progra-
mas; Coordenadores de Programa;
Diretores Técnicos dos hospitais;
Comissão de Residência Multipro-
fissional e em Área Profissional de
Saúde; Escola Municipal de Saúde
(E.M.S.); Coordenação de Gestão
de Pessoas (Cogep); Coordenado-
ria da Assistência Hospitalar (CAH);
Secretaria Executiva da Atenção
Hospitalar (SEAH). O projeto foi
aprovado pelo Comitê de Ética e
Pesquisa da SMS/SP.
RESULTADOS
As percepções variam de acor-
do com ano de residência e cargo
que ocupam na estrutura. Entre os
principais aspectos: a maioria dos
residentes conheceu os programas
por indicação ou site, e prestou a
prova uma única vez. Os que pres-
taram em mais de um local, a op-
ção pela COREMU/SP deveu-se à
aprovação apenas nesses progra-
mas. A motivação à residência se
divide em diferencial profissional,
aprimoramento técnico e falta de
oportunidades. A distribuição dos
residentes: 32 da Terapia Intensiva;
29 da Neonatologia, 22 de Urgência
e Emergência, 11 da Bucomaxilo.
Os preceptores possuem especia-
lidade latu sensu, e relatam falta de
reconhecimento de função. Resi-
dentes e preceptores demonstram
insatisfação com a pouca garantia
de espaços formativos e com sta-
tus dos programas.Mas, aprovam
os cenários e a interação dos ato-
res. A avaliação dos coordenado-
res é mais otimista aos programas,
exceto pelo baixo reconhecimento
da função e falta de remuneração,
além de dificuldades nos cenários
de prática opcionais. Os diretores
dos hospitais e coordenadoria de
assistência hospitalar avaliam mui-
to bem os programas. O represen-
tante da escola municipal aponta
a necessidade de maior apoio da
alta gestão. Representante da co-
ordenação de Gestão de Pessoas
e Secretaria da Atenção Hospita-
lar questionam se é papel da ges-
tão promover essa modalidade de
formação em serviço dada que a
identidade da gestão é assistência,
em que pese ser o SUS o formula-
dor da formação dos profissionais
da saúde
CONCLUSÕES
Em que pese o fato de estarmos
em fase de análise dos dados, ape-
SÃO PAULO
OFICINA DE ACOLHIMENTO PARA AGENTES COMUNITÁRIOS
DE SAÚDE DA REGIÃO CENTRAL DE SÃO PAULO
PAULETE SECCO ZULAR, FABIANA DA SILVA PIRES, FRANCISCA MARIA DE QUEIROZ,
DORALICE SEVERO DA CRUZ, BEATRIZ DAMASIO PENTEADO, RENATA LUCIANA
HASEGAWA FREGONEZI, MARCO BROITMAN, MARINA DE FATIMA PAULAVICIUS, MARINA
ARAGÃO WAHLBUHL GONÇALVES, TALMANY ZAMPIERI LIMA, MARCUS VINÍCIUS
CAMARGO PRATES, ANDREA PAULA PITTA, GILBERTO TEIXEIRA BARBOSA, NÁDIA SOUSA
CORREA, ALESSANDRO PRADO, MARCOS MOREIRA DA COSTA, MARIANA TADDEO DAL
MEDICO, LUCIANA SANTOS MINGUES LOPES, LUCIANA CARVALHO DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO: Com isso, estudos mostram que METODOLOGIA
O Programa de Agentes Comuni- os agentes apresentam dificulda- Os encontros presenciais desen-
tários de Saúde busca melhores des de lidar com o tempo, o ex- volveram-se nas UBS para abran-
condições de saúde às comuni- cesso e desqualificação do traba- ger a maior parte dos trabalhado-
dades e faz parte da Estratégia de lho (MARTINES; CHAVES, 2007). res, sendo utilizado o World Café
Saúde da Família (ESF), que leva Considerando essas questões, a como um método que promove
serviços multidisciplinares às co- coordenadora da CRS-C, solicitou uma rede viva de diálogo, mostran-
munidades por meio das Unida- a realização das Oficinas voltadas do que pensar é melhor no coletivo.
des Básicas de Saúde (UBS). A ao reconhecimento desses profis- Também foi proporcionada uma
atenção básica (AB)/atenção pri- sionais e melhora do processo de prática corporal, onde puderam dar
mária em saúde (APS), é o primeiro trabalho. atenção aos seus corpos, que ge-
contato de pessoas com o siste- ralmente é dificultado com a tensão
ma de saúde, não tendo restrição do trabalho. Na oficina, os grupos
OBJETIVOS
de acesso, independentemente A realização das Oficinas como foram divididos em mesas estilo
de raça, gênero, condições socio- Café, com rodadas progressivas
demanda da coordenadora re-
culturais e problemas de saúde. de conversas de 20 minutos. Em
gional de saúde do centro, teve
O ACS realiza visitas domiciliares, cada mesa a pergunta norteadora
como objetivo valorizar o trabalho
produzindo dados que dimensio- relacionada ao tema era apresenta-
desses profissionais do SUS e es-
nam os principais problemas de da por um facilitador, que conduzia
sau?de da comunidade através cutar com atenção suas questões as discussões. Após este tempo,
do cadastro, encaminhando infor- acerca do trabalho. Além disso, faziam rotatividade de mesas para
mações atualizadas para as ESF e algumas situações em relação aos ampliar a discussão, passando por
alimentando dados dos sistemas processos de trabalho realizados todos os subtemas. As perguntas
do Ministério da Saúde. Também por ACSs precisavam ser revistos, norteadoras: “Eu gosto de ser ACS,
orientam as famílias quanto à utili- tendo a intenção de acolher de mas…”; “Quem são as pessoas
zação dos serviços de saúde, pla- forma empática suas demandas, que atendem? Do que precisam?”;
nejando e implementando ações, melhorando os processos de tra- “Como facilitar o acesso de usu-
o que ajuda a desenvolver ativi- balho e promovendo uma maior árias aos serviços de saúde?”; O
dades de promoção e vigilância. satisfação desses profissionais. que é difícil na hora de fazer o ca-

62 GESTÃO DE PESSOAS Volume 7 63


dastro?” Após as rodadas, houve
uma síntese geral, buscando reunir
ideias compartilhadas nos subgru-
pos. Ao final, foi pedida uma breve
avaliação oral relacionada à quali-
dade da organização e realização
da oficina. Para analisar o material
coletado nas reuniões, a ideia do
método de Discurso do Sujeito Co-
letivo (DSC), buscou responder a
opinião coletiva, respeitando a con-
dição quali-quantitativa. (Distúrb
Comun, 2013). Esta técnica permi-
tiu extrair dos cartazes as Ideias
Centrais e Expressões Chave. Com
isso, semelhanças encontradas
compõem os discursos-sínteses,
sendo os DSC.
RESULTADOS
Todos os 10 grupos gostaram da
dinâmica da oficina, dos 245 ACS
que participaram, das 9 UBS da
região, grande parte agradeceu
pelo momento de escuta validada
e acolhimento, e sugeriram ampliar
estas ações com outras equipes do
serviço. Diante da análise do que foi
respondido a partir das perguntas
norteadoras, é possível observar a
ideia de desvalorização do trabalho
dos ACS, trazendo o sentimento de
impotência e falta de cuidado. Além
disso, eles mostram que há dificul-
dade na comunicação integrada,
além da imposição das demandas
exacerbadas para cumprir metas
pré-estabelecidas e a sua prioriza-
ção, que não facilitam o processo
de trabalho. Durante as trocas, tam-
bém foi observado a diversidade de
classes econômicas e as barreiras
para o registro das informações,
em que o acesso do ACS ao terri-
tório é uma delas, estando ligada à
falta de segurança e da dificuldade
de encontrar alguns usuários pelo
horário não compatível. A partir
dessas análises, houve um um se-
gundo momento para observar as
possíveis propostas para uma me-
lhoria/solução e capacitação a par-
tir das demandas reveladas pelos
ACS, que têm sido acompanhadas
64
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
e rediscutidas conforme as neces-
sidades observadas.
CONCLUSÕES
Esta oficina foi uma oportunidade
de entender as raízes das deman-
das trazidas pela coordenadora do
que estava sendo visto no trabalho
dos ACS, e ascender com o que foi
compartilhado por eles para uma
maior percepção dos processos
de trabalho dos mesmos. No final
de cada reunião, foi pedido aos
agentes um retorno em relação à
organização e realização dos en-
contros da Oficina para eles, tendo
como intuito melhorar a dinâmica
de apresentação e discussão nos
encontros. Em resumo, todos gos-
taram da dinâmica do world café e
grande parte agradeceu pelo mo-
mento de escuta e acolhimento. De
acordo com o que foi respondido
de cada pergunta facilitadora, as
reuniões para observar as pos-
síveis propostas foram extrema-
mente necessárias para entender
as melhores formas de realizar ca-
pacitações e melhorias, diante das
demandas trazidas pelos ACS. Os
facilitadores também manifestaram
seu contentamento com as reuni-
ões e o compartilhamento de ideias
com os agentes. Esta equipe teve
um papel indispensável para as dis-
cussões, que ajudaram a promover
este incrível processo de acolhi-
mento e escuta, desenvolvendo
com potencialidade de mudança o
processo de trabalho dos agentes
comunitários de saúde.
PALAVRAS-CHAVE
ACS, Acolhimento, Educação Per-
manente em Saúde, AB
BIBLIOGRAFIA
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GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
CONHEÇA O M-CHAT – UM INSTRUMENTO DE RASTREIO DE
SINAIS DE AUTISMO
ELISANGELA DOS ANJOS PAULA VIEIRA, CAROLINA DE JESUS COUCEIRO DE FREITAS,
MARIANA TIMOTEO SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
No cenário mundial, o Brasil ocupa
o nono lugar entre os dez países
responsáveis pela maior parte de
bebês prematuros (Chawanpai-
boon, Lancet 2019), pré-termos
tardios associado às cesarianas
em mulheres de maior nível educa-
cional, e o segundo de maior rele-
vância, vinculado à pobreza (Barros
e cols., BMJ Open 2018). A prema-
turidade e o baixo peso ao nascer
foram identificados como fatores
de risco perinatal para distúrbios
na interação social, comunicação
e comportamento, dificuldades de
atenção e hiperatividade, e habi-
lidades sociais deficitárias. Com-
prometimentos graves identifica-
dos em prematuros de muito baixo
peso e extremo baixo peso são: o
prejuízo cognitivo, deficiência inte-
lectual, paralisia cerebral, epilepsia,
cegueira e perda auditiva. Crianças
prematuras têm maior risco de ras-
treamento positivo para o Transtor-
no do Espectro Autista. O TEA é
considerado um distúrbio grave do
neurodesenvolvimento (Atladóttir et
al., 2016) caracterizado por quadro
comportamental com alterações
significativas nas áreas da intera-
ção, da comunicação social e do
comportamento em graus variados
de severidade, presentes ante-
riormente aos 36 meses de idade
(DSM-5, 2013). Visto que publica-
ções fornecem evidência de maior
prevalência de comportamentos
do TEA em crianças prematuras
(baixo peso associado) reforçamos
a importância de utilizar o M-CHAT
para o rastreio precoce de sinais de
autismo nessa população de risco,
no sentido de implementar inter-
venções oportunas.
Volume 7
OBJETIVOS
Compartilhar informações sobre
a importância do MCHAT no ras-
treio de sinais de desenvolvimento
de TEA; Treinar a administração e
cotação do instrumento; Eviden-
ciar o fluxo de encaminhamento
para continuidade do cuidado es-
pecializado após rastreio positivo
M-CHAT. Analisar a relação entre a
prematuridade e baixo peso, as ha-
bilidades citadas e rastreio positivo
para o TEA;
METODOLOGIA
A temática foi abordada em um
único encontro síncrono, sendo um
para os participantes no período
matutino e outro no período ves-
pertino, transmitido a partir de um
Centro Especializado de Reabilita-
ção, para as Unidades Básicas de
Saúde da Coordenadoria Norte,
através de uma palestra, com dura-
ção de 2 horas. Foi transmitido um
vídeo de administração e cotação
do M-CHAT, com 5 minutos de du-
ração, em que a responsável con-
sentiu com o Termo de Consenti-
mento Livre e Esclarecido. Todos
os participantes inscritos tiveram a
oportunidade de esclarecimentos
de dúvidas, compartilhamento de
experiências advindas de seus lo-
cais de trabalho.
RESULTADOS
Aderiram ao encontro 41 profis-
sionais: médicos, fonoaudiólogos,
psicólogos, assistente social, admi-
nistrador e enfermeiros. A média de
satisfação foi de 98,67%.
CONCLUSÕES
Baseado neste relato de experiên-
cia vivenciado a partir da Educa-
ção Permanente consideramos de
suma importância a atenção inter-
disciplinar no cuidado ampliado e
práticas de intervenção e atenção à
saúde das pessoas com transtorno
do espectro do autismo e suas fa-
mílias no sistema único de saúde.
PALAVRAS-CHAVE
transtorno do espectro autista
BIBLIOGRAFIA
ATLADÓTTIR, H. Ó. E. A. Gestational
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lities in Brazilian preterm and full-term
infants. Infant Behav Dev. Aug, 2020.
SÃO PAULO
DA BUROCRACIA À HUMANIZAÇÃO
FERNANDA FERRARI, LUCIANA DE ANGELO, PAULA CRISTINA CEZAR, ETEL DOS REIS,
ERICK VIANA PANEQUE, JOSÉ LUIS ALVES FEITOSA, GABRIELA GOMES CAPITO, JULIO
CESAR FONSECA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Este trabalho é um relato de experi-
ência sobre a importância do olhar
ampliado ao trabalhador em saúde
pela equipe de Divisão de Gestão
de Pessoas. A equipe da Divisão
de Gestão de Pessoas da Coorde-
nadoria Regional de Saúde Centro
(CRS Centro/SMS SP) recebe di-
versas solicitações sobre variadas
intercorrências com os servidores
da saúde, que de forma direta ou
indireta impactam no processo de
trabalho das unidades em que es-
tão lotados. É de conhecimento
que o processo de trabalho desta
Divisão, tende a ser mecanizado
por sua própria concepção, tornan-
do seus trabalhadores alienados na
produção deste processo. O olhar
mais atento a um trabalhador des-
pertou na equipe a necessidade de
uma intervenção particular, e então
foi realizado um projeto terapêutico
singular (PTS) para acompanha-
mento deste trabalhador, resultan-
do assim na transformação do pro-
cesso de trabalho desta unidade.
66
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
OZONOFF, S. et al. Recurrence risk for
autism spectrum disorders: a Baby Si-
blings Research Consortium study. Pe-
diatrics, v. 128, n. 3, p. e488-e495, 2011.
ISSN 0031-4005. PAPADOPOULOS,
N. et al.Motor Functioning in Autism
Spectrum Disorders. In: PATEL, V. et al.
(eds) Comprehensive Guide to Autism.
Springer Science+Business Media. New
York, 2014. STEPHENS, B. E.; VOHR,
B. R. Neurodevelopmental outcome of
the premature infant. Pediatric Clinics of
North America, v. 56, n. 3, p. 631-646,
2009. VICTORA, C. et al. Consultoria:
pesquisa para estimar a prevalência de
OBJETIVOS
Desenvolver um olhar ampliado so-
bre a atuação da Gestão de Pesso-
as através de análise caso a caso
de demandas dos servidores da
CRS Centro que extrapolam as ati-
vidades burocráticas.
METODOLOGIA
A Divisão de Gestão de Pessoas
tem por uma das suas atribuições
acompanhar a vida funcional do
servidor. Para o desenvolvimento
do processo de trabalho do setor
são utilizados muitos formulários
e sistemas próprios, dando pouco
ou nenhum espaço para o olhar
mais atento às questões individu-
ais dos profissionais de saúde e
respondendo às demandas que
chegam diariamente ao setor. Há
algum tempo, propõe-se a reorga-
nização do processo de trabalho,
buscando ampliação do olhar da
equipe sobre as necessidades do
trabalhador. Está nas suas atribui-
ções, o agendamento para perícia
dos servidores afastados por mo-
tivo de doença, assim como a re-
nascimentos pré-termo no brasil e ex-
plorar possíveis causas. UNICEFBrasil,
2013. Disponível em: . Acesso em 18 de
agosto de 2016. VIEIRA, EAP. Fatores
preditivos de sintomas do transtorno do
espectro autista em bebês prematuros:
atenção compartilhada, linguagem e
comportamentos atípicos. 2018. 136 f.
Tese (Distúrbios do Desenvolvimento) -
Universidade Presbiteriana Mackenzie,
São Paulo. WHO - World health organi-
zation. Born Too Soon: the global action
report on preterm birth. Geneva, 2012.
adaptação funcional e a qualidade
de vida no Trabalho. Surge então a
demanda de um gestor de unidade
para remanejar um trabalhador de
unidade, visto não colaborar com a
equipe. Para esses casos, solicita-
mos relatório ao gestor constando
subsídios para o remanejamento e
avaliação das suas habilidades e
competências a fim de encontrar
local para melhor desenvolvimen-
to das suas atividades. Contudo
o mesmo nos informou dificulda-
des, pois o servidor se encontrava
adoecido. Este trabalhador, que
chamaremos de João, para pre-
servá-lo, nos procurou na mesma
época, por estar com dificuldade
em acessar um dos sistemas de
informação de bens obrigatório da
prefeitura. Neste momento, a equi-
pe percebeu o estado de confusão
que o mesmo apresentava. Em reu-
nião de equipe, foi proposta a ela-
boração de um Projeto Terapêutico
Singular (PTS) visando apoiar João.
RESULTADOS
A partir desta proposta, todos da
equipe se envolveram na questão
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
e elencaram todas as iniciativas.
No relato dele, durante a pandemia
teve um acidente vascular cerebral,
tinha consulta na unidade próxima
a sua residência, mas estava sem
acompanhamento com neurologis-
ta. Ele morava sozinho, tinha duas
filhas, sendo uma acima de 21 anos
e outra ainda criança. Não se lem-
brava do telefone da filha, nem do
telefone do advogado ou do conta-
dor. Haviam também relatos de que
João vivia em condição de acumu-
lação, o que só dificultava seu au-
tocuidado e autonomia. A equipe
então contatou a família, a unidade
de saúde próxima a sua residência,
o gestor da unidade onde João atu-
ava e passou a acompanhá-lo na
trajetória de seu restabelecimento
da saúde e da sua vida funcional.
Obteve-se contato com a filha, que
iniciou processo para curatela de
João, e o acompanhou às consul-
tas médicas, a unidade de saúde
manteve o acompanhamento inclu-
sive com visita de agente comuni-
tário de saúde e o gestor da unida-
SÃO PAULO
COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA (CNV) NO SERVIÇO DE
ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU) - 192 SÃO PAULO.
CASSIA OLIVEIRA LOPES, JORGE ALEJANDRO SEVILLANO ARANIBAR, ANGELA REGINA
ABUJABRA, MARCOS ANTONIO CAMPOY, JULIANNA LETICIA GIMENES COTRICK, MAÍSA
FERREIRA DOS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
No serviço de atendimento pré-
-hospitalar (APH) a Central de
Regulação direciona o chama-
do para as equipes intervencio-
nistas ao mesmo tempo em que
administra via radio e/ou telefo-
ne celular a atuação dos profis-
sionais. Por tratar-se de um ser-
viço às pessoas em situação de
emergência e/ou urgência, a co-
municação precisa ser exercida
em um curto espaço de tempo
de forma objetiva, entretanto,
alguns fatores como: sinal e in-
Volume 7
de de saúde elaborou relatório para
encaminharmos solicitação de rea-
daptação funcional. Com todos os
subsídios necessários, o perito da
Coordenação de Gestão de Saúde
do Servidor (COGESS) afastou o
servidor por 3 meses, com possibi-
lidade de avaliação para aposenta-
doria por invalidez. O que possibili-
tou a reorganização do servidor em
sua vida pessoal e funcional.
CONCLUSÕES
Partindo de uma visão do senso co-
mum sobre as responsabilidades e
atribuições da Divisão de Gestão
de pessoas como puramente bu-
rocrática, esse relato nos fez refletir
que se trata de algo mais complexo
e que essa complexidade nos leva
ao olhar integral do trabalhador da
saúde, seja qual for a sua formação.
Para além das responsabilidades
organizacionais estão as responsa-
bilidades de cuidado humano, que
se apresentam em determinados
casos de forma a sobrepor as ne-
cessidades burocráticas. É olhan-
terferência, associado à exaus-
tão física mental e emocional
dos profissionais no atendi-
mento, podem comprometer a
relação entre os profissionais
da intervenção e da central de
regulação.
OBJETIVOS
entender como a comunicação
se desenvolve entre esses dois
personagens, reconhecer a im-
portância da comunicação para
as equipes da intervenção e re-
gulação
do para cada trabalhador como
único e parte vital do sistema único
de saúde que se constrói um am-
biente organizacional saudável e
capaz de dar subsídios para sus-
tentar a atuação na área da saúde.
Neste sentido, o campo de atuação
do setor de RH em saúde, diz res-
peito à organização dos processos
de trabalho, ainda que condicio-
nado evidentemente pelo conjunto
de paradigmas, interesses e forças
sociais que ordenam o setor saú-
de. E mesmo o ordenamento dos
processos de trabalho é fortemen-
te condicionado pelo processo de
formação dos profissionais, pelas
possibilidades de vinculação de-
finidas pelas regras que orientam
as relações de trabalho e pela re-
gulamentação sobre quem pode e
quem não pode realizar determina-
das funções e atividades.
PALAVRAS-CHAVE
Gestão de Pessoas, Humanização,
PTS
METODOLOGIA
Aplicado junto aos profissionais
da intervenção e da regulação
uma dinâmica onde cada gru-
po fizesse o relato de uma de-
terminada situação envolvendo
essas equipes no processo de
comunicação.
RESULTADOS
Essa dinâmica foi aplicada em
treinamentos realizados em
2021 envolvendo 180 funcioná-
rios durante cinco meses. Con-
clusão: Ao entender a importân-
67

cia do seu papel no processo de
comunicação, os profissionais
citaram os instrumentos tecno-
lógicos como um grande desa-
fio e da importância da verba-
lização correta no processo de
comunicação.
CONCLUSÕES
Ao entender a importância do
seu papel no processo de co-
municação, os profissionais ci-
taram os instrumentos tecnoló-
SÃO PAULO
SEMINÁRIO - OS DESAFIOS DA LONGEVIDADE
VICTOR MOREIRA DE SOUZA, THABATA CRUZ DE BARROS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Município de São Paulo, seguin-
do o mundo, tem passado por um
processo de envelhecimento gra-
dativo de sua população. Segundo
dados do IBGE, em 2010, os ido-
sos representavam 11,9% da po-
pulação do município. Ao mesmo
tempo, os desafios em fornecer
cuidados e atenção à população
idosa só aumenta. O texto da por-
taria nº 2.528 de 19 de outubro de
2006 (MS 2006), que aprova a Po-
lítica nacional de saúde da pessoa
idosa, diagnostica que a escassez
de equipes multiprofissionais e in-
terdisciplinares com conhecimen-
to em envelhecimento e saúde da
pessoa idosa é um desafio para
aprimorar a atenção à saúde dos
idosos, sobretudo os mais vulnerá-
veis e frágeis, no âmbito do SUS.
A Unidade de Referência da Saúde
do Idoso (URSI) é um equipamento
de saúde especializada, que visa
atender pessoas idosas frágeis
e dependentes, através de Equi-
pe Gerontológica Interprofissio-
nal, utilizando-se de mecanismos
de referência e contrarreferência,
do apoio matricial e da educação
permanente em saúde, buscan-
do assegurar a integralidade do
atendimento (SMS/SP 2016). Sen-
68
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
gicos como um grande desafio
e da importância da verbaliza-
ção correta no processo de co-
municação.
PALAVRAS-CHAVE
Comunicação; Comunicação
Não Violenta; Atendimento
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Maise Nunes de Sou-
za. SOUZA, Maria José Dantas
do a Atenção Primária à Saúde o
primeiro ponto de acesso aos ser-
viços de saúde, assim como a or-
ganizadora do sistema e das redes
de saúde, é importante que seus
profissionais tenham capacidade
técnica para diagnosticar precoce-
mente os idosos frágeis, para que
sejam referenciados aos serviços
de atenção secundária e possam
manter vigilância nas demandas
locais dos mesmos.
OBJETIVOS
Fomentar discussão, comparti-
lhar saberes e experiências, além
de matriciar as equipes de aten-
ção primária por parte dos profis-
sionais da atenção especializada
em saúde da população idosa.
METODOLOGIA
Reunião em formato de Simpó-
sio com a mediação temática
de profissionais especialistas
(gerontologistas e geriatra) para
exposição dialogada, assim
como membros da área da saú-
de do idoso da Secretaria Mu-
nicipal de Saúde de São Paulo,
para mesa redonda. Também
com participação popular, com
membros do Conselho Gestor
da URSI Santana/Jaçanã, com
de NASCIMENTO, Lídio França
do. A comunicação não violen-
ta como ferramenta para au-
xiliar nas relações pessoais e
interpessoais: Um estudo siste-
mático. Revista Científica Mul-
tidisciplinar Núcleo do Conheci-
mento. Ano 04, Ed. 11, Vol. 05,
pp. 91-105. Novembro de 2019.
Disponível em:< https://www.
nucleodoconhecimento.com.br/
psicologia/relacoes-pessoais>
Acesso em 24 de julho de 2022.
musicalidade para fechamen-
to da atividade. As inscrições
foram disponibilizadas por link
para os equipamentos de saúde
do território da Supervisão de
Saúde Santana/Jaçanã, sob a
responsabilidade de gestão da
Sociedade Brasileira Caminho
de Damasco, e para as Super-
visões Técnicas de Saúde Casa
Verde e Pirituba.
RESULTADOS
O simpósio contou com a parti-
cipação de 150 profissionais de
saúde. Os resultados qualita-
tivos advindos desta atividade
permeiam o compartilhamento
de saberes gerontológicos para
potencializar a atuação dos pro-
fissionais da rede de atenção em
relação à Saúde da Pessoa Idosa,
bem como possibilitar a fortale-
cimento do matriciamento entre
as unidades de saúde e a URSI
Santana/Jaçanã, tendo em vista
o papel central da URSI como
polo formador de matriciamento e
educação permanente em saúde.
CONCLUSÕES
A grande participação, tanto com
inscritos, quanto durante o simpósio
e os feedbacks imediatos nos mos-
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
tra a importância de discutir os desa-
fios da atenção à saúde da popula-
ção idosa. A educação permanente
SÃO PAULO
ATUAÇÃO DO SAMU-SP NO ENFRENTAMENTO Á PANDEMIA COVID19
CELINA HIROMI HOSHINO VASCONCELOS, CARLOS ODERCIO ZANQUETTA,
JAQUELINE COSTA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (SAMU) na cidade de
São Paulo, preocupado com o au-
mento da mortalidade nas vítimas
da Pandemia Covid19, estabeleceu
algumas estratégias educacionais
e operacionais a serem desenvolvi-
das junto às equipes que atendiam
na linha frente, com vistas a garan-
tir a segurança dos profissionais, e,
sobretudo, levando uma assistên-
cia humanizada para a população.
OBJETIVOS
Elencar as estratégias adotadas
para enfrentamento dos profissio-
nais que atuaram na linha frente na
Pandemia Covid19.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descriti-
vo retrospectivo, na qual o SAMU
192 São Paulo elaborou diferentes
estratégias para o enfrentamento
das equipes de APH das vítimas da
Pandemia Covid19.
SÃO PAULO
EDUCAÇÃO PERMANENTE
LUCAS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O projeto PASSUS propõe inter-
venções no território, a partir de
discussões no conselho gestor
das UBS Bom Retiro, Boracea e
Santa Cecília, abordando temáti-
cas de saúde, sociais e ambien-
Volume 7
é uma ferramenta fundamental para
melhorar a qualidade na atenção em
todos os níveis de atenção.
RESULTADOS
Foram realizadas algumas estraté-
gias relacionadas ao treinamento
dos profissionais para lidar com o
atendimento aos pacientes infecta-
dos pelo vírus do Covid19 no perí-
odo de Janeiro à dezembro 2020,
como: aulas práticas, live, vídeos
educativos e atendimento psicoló-
gico em grupo com profissionais.
CONCLUSÕES
Esse estudo retrata as estratégias cria-
das para promover aos profissionais
do SAMU, conhecimento, segurança e
assistência humanizada a população.
PALAVRAS-CHAVE
COVID 19, SAMU, PANDEMIA
BIBLIOGRAFIA
1. Orellana, Jesem Douglas
Yamall; Cunha, Geraldo Marce-
lo da; Marrero, Lihsieh; Moreira,
Ronaldo Ismério; Leite, Costa, Iuri
da; Horta, Bernardo Lessa Exces-
so de mortes durante a pandemia
tais, busca despertar o pensa-
mento crítico, o fortalecimento da
participação social, do diálogo e
da problematização vivenciada
por esses atores e pela popula-
ção desses territórios. Potenciali-
zar o uso e ocupação de espaços
PALAVRAS-CHAVE
saúde do idoso, educação per-
manente
de COVID-19: subnotificação e
desigualdades regionais no Bra-
sil Cadernos de Saúde Pública
37 nº.1 Rio de Janeiro, jan 2021.
Disponível em:. Acesso em: 28
ago 2022. 2. Secretaria do Esta-
do do Estado da Saúde. DECRE-
TO Nº 64.880, DE 20 DE MARÇO
DE 2020. Disponível em: https://
www.al.sp.gov.br/repositorio/
legislacao/decreto/2020/decre-
to-64880-20.03.2020.html>. Aces-
so em: 27 ago 2022. 3. COSEMS/
SP Resolução SS-32, 20-03-2020
– Dispõe sobre as diretrizes para
manejo e seguimento dos casos
de óbito no contexto da pandemia
COVID-19 no Estado de São Pau-
lo. Disponível em: . Acesso em:
28ago22. 4. LIPP, Marilda Emma-
nuel Novaes e LIPP, Louis Ma-
rio Novaes. Stress e transtornos
mentais durante a pandemia da
COVID-19 no Brasil. Bol. - Acad.
Paul. Psicol.[online]. 2020, vol.40,
n.99 [citado2022-08-31], pp. 180-
191. Disponível em:. ISSN 1415-
711X. Acesso em: 31 ago. 2022.
públicos, como ferramenta para
germinar uma relação simbióti-
ca, de corresponsabilização do
munícipe para com autocuidado,
cuidado coletivo e manutenção
dos espaços públicos, potenciais
fatores para a promoção de saúde
69

e ecológico de quaisquer bairros.
OBJETIVOS
A introdução do eixo de Educa-
ção Permanente no projeto PAS-
SUS, pretende, compreender a
importância da Formação con-
tinuada para os trabalhadores
da Atenção Básica de Saúde na
gestão do cuidado e dos pro-
cessos de trabalho como forma
de garantia do acesso dos mu-
nícipes aos serviços ofertados
pelo Sistema Único de Saúde –
SUS; reafirmar a atuação dos(as)
profissionais que compõem as
equipes, na viabilização de direi-
tos à população, o acesso à in-
formação e ao cuidado integrado
a partir da análise das deman-
das e sua interseccionalidade
com as questões multiculturais
presentes no território das UBS;
socializar temas pertinentes e
transversais desde a defesa da
valorização do trabalhador à de-
fesa dos direitos dos usuários,
entendendo as correlações de
gênero, classe social, raça entre
outros; e promover engajamento
e empoderamento comunitário
e coletivo entre colaboradores,
gestores e equipes de apoio.
METODOLOGIA
A proposta metodológica pro-
SÃO PAULO
LUCAS SEITI SENDAI, VALQUÍRIA GOTADO JARUSSI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Complexo de Saúde Sé corres-
ponde a diversos serviços e equi-
pamentos de saúde localizados no
endereço Rua Frederico Alvarenga,
259, região central de São Paulo.
Inaugurado no ano de 2008 com a
instalação da Assistência Médica
Ambulatorial (AMA) e Unidade Bási-
ca de Saúde (UBS) Sé para atender
mais de 20 mil cadastrados atra-
vés do Programa Saúde da Famí-
70
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
põe encontros mensais de for-
mação continuada, pautada na
práxis viabilizada através do
projeto PASSUS. As aborda-
gens horizontalizadas iniciam
previamente (na semana que
antecede) nas reuniões ESF,
seguem na data do projeto em
concentração de profissionais
das três UBS Bom Retiro, Bora-
cea e Santa Cecília envolvidas
no projeto para contextualizar
a importância, o potencial e o
protagonismo de cada profis-
sional presente e a importância
da participação ativa na cons-
trução e consolidação do SUS.
Para efetivar o aprendizado no
plural, ou seja, a partir de indiví-
duos para indivíduos, formando
uma corrente de aprendizado
disseminado e fortalecido, va-
lorizando o saber individual/co-
letivo, as equipes de saúde são
convidadas a “fazer acontecer”
o projeto, cada qual em sua res-
ponsabilidade e protagonismo.
Encerramos o ciclo pedagógico
em cada edição do projeto na
avaliação junto a equipe ESF.
RESULTADOS
A iniciativa mostrou-se efetiva e
promissora, pois em 9 edições,
foram sensibilizados 324 profis-
sionais das 3 UBS, com média
de 36 por edição. Além do en-
SAÚDE SUSTENTAVEL
lia, incluindo também pessoas em
situação de rua, o complexo tem
suma importância na assistência
da saúde local. Atualmente, conm-
tam com outros serviços como :
o Centro de Atenção Psicossocial
Álcool e Drogas (CAPS AD), Cen-
tro Especializado em Reabilitação
(CER), Consultório na Rua (CNR),
Acompanhamento da Pessoa com
Deficiência (APD), Unidade de Me-
dicinas Tradicionais (UMT), Unida-
gajamento, empoderamento e
compreensão dos profissionais,
em especial os Agentes Comu-
nitários de Saúde.
CONCLUSÕES
A iniciativa alcançou plenamente
os resultados previstos. Foi ex-
pressiva a contribuição, engaja-
mento dos Agentes Comunitário
de Saúde, o fascínio da equipe téc-
nica, a satisfação dos gerentes e o
otimismo dos preceptores/estagi-
ários. Cabe observar que aplicar
uma prática envolvendo diferentes
Unidades Básicas de Saúde e a
intersetorialidade no setor público
não compreende a simples trans-
posição das práticas comumente
aplicadas em projetos de gestão
de uma única Unidade de Saúde.
É necessário que as estratégias
sejam trabalhadas em partes que,
como na presente iniciativa.
PALAVRAS-CHAVE
Educação Permanente, PAVS
BIBLIOGRAFIA
https://aps.saude.gov.br/biblioteca/visua-
lizar/MTE4OA== https://www.gov.br/sau-
de/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-
-programas/humanizasus https://app.
box.com/s/0xgqni4hxlcxv7rqlzgtpuo6v-
8c3v2jf https://www.livelab.org.br/jorna-
da-x/ https://institutoelos.org/jogooasis/
de de Vigilância em Saúde (UVIS),
Centro de Referência em Saúde do
Trabalhador (CRST) e Supervisão
Técnica de Saúde (STS). Idealiza-
do pela equipe do Programa Am-
bientes Verdes e Saudaveis que
a Secretaria Municipal de Saúde
incorporou em 2008 na Estrátegia
Saúde da Família na Coordenação
da Atenção Básica, considerando
que a comissão de “Saúde de Sus-
tentavel ” vem estimular as repre-
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
sentações de cada serviço dentro
do Complexo Sé, afim de planejar
ações de forma coletiva,e assim, in-
tegrar as questões de saúde e meio
ambiente e elaboração de estraté-
gias para reduzir os impactos. Além
disso, constituir um espaço de me-
lhorias dos ambientes de atendi-
mento tanto para os profissionais,
quanto para os usuários, reorgani-
zando o modelo estrutural atual.
OBJETIVOS
Reduzir os principais riscos e im-
pactos ambientais gerados pelos
serviços de saúde que compõem
o Complexo de Saúde Sé. Qualifi-
car o gerenciamento dos resíduos
sólidos com a implantação da co-
leta seletiva, e, também, monitorar
o acondicionamento e destinação
adequada dos resíduos de saúde.
Consolidar a Comissão de Susten-
tabilidade garantindo a participa-
ção e representação de todos os
serviços do complexo. Promover
discussões e levantamentos em
relação a melhorias nos ambien-
tes internos e externos da unidade
para os usuários e profissionais da
saúde. Elaborar práticas saudáveis
e sustentáveis de acordo com o
levantamento de prioridades iden-
tificadas pela equipe da comissão,
em conjunto com atividades de
educação permanente voltados
aos profissionais de saúde e da po-
pulação atendida.
METODOLOGIA
A partir de uma iniciativa da Organi-
zação Social que administra alguns
serviços do Complexo de Saúde
Sé, que visava a ampliação da es-
trutura de gerenciamento de seus
resíduos sólidos, foi estabelecida
a Comissão de Sustentabilidade,
com a convocação de representan-
tes de todos os serviços de saúde
que compõem a unidade. Foram
realizadas reuniões mensais com
discussões e levantamentos das
prioridades a serem trabalhadas
dentro dos espaços do complexo.
Volume 7
Sobretudo, em relação a metodo-
logia que iria ser proposta para a
implantação da coleta seletiva de
acordo com as características de
cada serviço de saúde, e os meio
de realização de ações de educa-
ção permanente que abrangesse
todos os profissionais que pres-
tam serviço no complexo. As pro-
postas foram registradas em ata e
houve registro fotográfico de todas
as intervenções realizadas pela
Comissão de Sustentabilidade. A
comissão estabelece o processo
de levantamento de necessidades
identificando as principais deman-
das relacionadas a resíduos, em
conjunto com os funcionários, atra-
vés de questionários e a inspeção
ambiental, o que favorece a melho-
ria na manutenção de equipamen-
tos, ambientes e organização dos
espaços. Acontecem discussões
periódicas e monitoramento das
ações para que seja realizada a
avaliação da efetividade ou neces-
sidade de um processo de melhoria
contínua.
RESULTADOS
A Saude Sustentavel se tornou
uma prática incorporada dentro do
Complexo de Saúde Sé tornou re-
ferência para discussão de melho-
rias na unidade e no planejamento
de ações voltadas à sustentabili-
dade. Ampliou-se a comunicação,
e criou um modelo de organização
que facilitou a execução das inter-
venções propostas. Houve partici-
pação geral dos serviços de saúde
na implantação da coleta seletiva,
trazendo experiências exitosas em
relação a sua logística. Mas por
outro lado, surgiram desafios, prin-
cipalmente, pela constante rotativi-
dade de empresas que são respon-
sáveis pelo manejo dos resíduos, e
dos profissionais da saúde. Porém,
foi possível estruturar e implantar
esse processo, e atingir as expec-
tativas iniciais. Aconteceram ações
de educação permanente sobre
gerenciamento de resíduos sólidos
e ações internas de educação am-
biental voltada aos colaboradores
dos serviços de saúde. Além dis-
so, a comissão teve como outras
experiências exitosas: a melhoria
nos ambientes de trabalho e equi-
pamentos, ação educativa para a
população no entorno do complexo
sobre resíduos sólidos, revitalização
de espaço público com descarte
recorrente de resíduos e revitaliza-
ção de áreas ajardinadas dentro da
unidade. Todas essas ações teve a
colaboração de diversos parceiros
como: a Coordenadoria de Saúde
Centro, Projeto Operação Trabalho,
LOGA, Sustentare e, principalmen-
te, do Programa Ambientes Verdes
e Saudáveis.
CONCLUSÕES
“Mudança de paradigma”, é assim
que a comissão sustentável resume
a questão que afeta a maior parte
dos setores, no tema que diz res-
peito a resíduos sólidos. Existem
algumas etapas que devem ser to-
madas como prioritárias, são elas:
não geração, redução, reutilização,
reciclagem e tratamento. Os dire-
cionamentos em relação a organi-
zação dos ambientes e a logística
dos resíduos gerados pelo Com-
plexo de Saúde Sé, atende um ní-
vel de efetivação maior quando há
a responsabilização da instituição
e dos gestores que administram
esses serviços de saúde, pois de-
pendem muito dos servidores que
compõe o ambiente de trabalho.
Foi perceptível a mobilização dos
funcionários e dos respectivos ges-
tores dos equipamentos de saúde
do Complexo Sé, sendo estes sen-
sibilizados acerca da importância
ambiental e da destinação final dos
resíduos gerados durante a rotina
de trabalho. Além disto, observou-
-se uma melhora na organização de
cada setor, por meio da intervenção
contínua dos representantes da
Comissão de Sustentabilidade.
PALAVRAS-CHAVE
PAVS, Gestão
71

SÃO PAULO
RECEPÇÃO DOS NOVOS COLABORADORES PARA A APRESENTAÇÃO
E COMPREENSÃO DE TODOS OS SETORES DO AMA SÉ
KATIA MARQUES COSTA SANT ANNA, CAROLINE MOTA SILVA, AMANDA FERREIRA
ALVES, MANUELA ROCHA PANIAGUA, TAMIRES MARTINS CRUZ, MARIANA DIAS CORREA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Assistência Médica Ambulato-
rial (AMA) Sé está localizada na
região central de São Paulo e ofe-
rece atendimento em clínica médi-
ca e pediatria 24 horas. De segun-
da a sexta feira, durante o plantão
diurno, também é oferecido aten-
dimento em Serviço Social. To-
dos os atendimentos são por de-
manda espontânea e os casos
clínicos passam por acolhimento
com classificação de risco (ACCR)
antes do atendimento médico,
na intenção de priorizar casos de
maior complexidade. A unidade
está inserida na Rede de Urgência
e Emergência (RUE) do município
e os casos complexos são regu-
lados para seguimento hospitalar.
Visando ao fortalecimento das
ações de vigilância em saúde, a
AMA Sé está articulada às Unida-
des Básicas de Saúde (UBS), para
acompanhamento dos usuários
atendidos. Quando um novo cola-
borador ingressa em uma equipe,
o contato com a realidade do ser-
viço deve apresentar a ele a estru-
tura, a cultura, os procedimentos
e outros elementos que compõem
o universo organizacional. Um co-
laborador que conhece bem a sua
organização sabe a quem se dirigir
para solucionar um problema, evi-
ta procedimentos desnecessários,
é capaz de repassar informações
com maior clareza e precisão, co-
nhece os protocolos adotados, e,
principalmente, sente-se parte da
organização. A ausência de um
processo adequado de socializa-
ção prejudica o desempenho do
colaborador, provoca a sensação
de abandono e exclusão e pode
comprometer o grupo de trabalho.
72
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
OBJETIVOS
Objetivo Geral Acolher o colabo-
rador em seu primeiro dia de ati-
vidades na AMA Sé com aborda-
gem direcionada a suas funções
na unidade. Objetivos Específico
I – Apresentar todas as unida-
des e os serviços que compõem
o Complexo Sé, inserindo-os em
uma rede assistencial articulada;
II – Promover missão, visão e valo-
res institucionais; III – Orientar so-
bre as características da unidade,
no que diz respeito a processos
de trabalho e pessoas atendidas;
IV – Combater a violência através
do atendimento equânime e hu-
manizado à diversidade e pessoas
em situação de vulnerabilidade; V
- Ofertar ao colaborador subsídios
para valorização do profissional;
IV – Fortalecer o Sistema Único de
Saúde (SUS) enquanto instituição
formadora. Metodologia •
METODOLOGIA
- Acolhimento do colaborador em
dois períodos, fazendo uso da fer-
ramenta onboarding, em seu pri-
meiro dia de trabalho na AMA Sé;
- Primeiro período: Apresentação
geral, feita pela gerente da uni-
dade e líder administrativas, além
das referências técnicas (RT) das
equipes de enfermagem, farmácia
e médica; foi elaborado um mate-
rial de apoio para a liderança de
cada setor conduzir o acolhimen-
to a partir das especificidades de
cada departamento - Segundo
período: Apresentação específica,
conduzida pela RT da categoria
do colaborador, envolvendo apre-
sentação de unidades e serviços
do Complexo Sé; - Aplicação de
questionário de avaliação ao final
do acolhimento;
RESULTADOS
• Resultados Como resultado
relata-se que a recepção pro-
porcionou para os novos cola-
boradores um sentimento de
acolhimento e integração aos
processos de trabalho, tendo
subsídios para ofertar um aten-
dimento de qualidade de acordo
com os princípios do SUS, com
olhar mais sensível ao atendi-
mento humanizado, além de co-
nhecer as particularidades de
cada setor tais como, fluxos, di-
recionamentos, especificações,
liderança imediata entre outros.
Foi aplicado um formulário es-
pecífico (quantitativo e qualita-
tivo) de avaliação ao término do
acolhimento. No total, tivemos
16 respostas com os resultados
especificados abaixo (de 0 a 5):
Nota geral sobre o acolhimento
recebido nos setores: Enferma-
gem 4,7; Farmácia: 4,8, Gerên-
cia: 4,8; RH: 4,8; Serviço Social:
4,8 Setor em que irá atuar: 4,6.
Obteve-se onze respostas qua-
litativas, as quais dez relataram
feedbacks positivos e apenas
uma crítica construtiva. Apesar
de se tratar de um instrumento
simples de avaliação, as res-
postas serviram de indicadores
tanto para aperfeiçoar o pre-
sente trabalho como também
evidenciar a importância de
ações de recepção e integração
de novos trabalhadores na uni-
dade. Observou-se de modo ex-
pressivo que os colaboradores
que passaram pelo acolhimento
enfatizaram a importância de tal
ação e que esta contribuiu para
ser um diferencial no início da
jornada.
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
CONCLUSÕES grupo. Assim, um colaborador borador, provoca a sensação
Quando um novo membro inicia que conhece bem a unidade de abandono e exclusão e pode
de trabalho, saberá a quem se comprometer o grupo de traba-
uma jornada de trabalho, o con-
tato com a realidade da unidade
dirigir para solucionar um pro- lho. Frente a isso, a organização
deve comprometer-se a desen-
ocorre primeiramente na admis-
são, ocasião ideal para apre-
blema, evitando procedimentos
desnecessários, e sendo capaz volver apropriadamente o aco-
de repassar informações com lhimento e a integração de seus
sentar ao novo colaborador a
maior clareza e precisão, além novos membros, apresentando
estrutura, a equipe, a cultura, os de conhecer os formulários e os elementos que a caracteri-
processos de trabalho e outros modelos adotados, a filosofia, zam e que são indispensáveis
elementos que compõem o uni- para a socialização dos colabo-
as crenças e, acima de tudo,
verso organizacional e do SUS. sente-se parte da organização. radores.
É como um ritual de iniciação ou A ausência de um processo
de passagem, em que um novo adequado de socialização pre- PALAVRAS-CHAVE
membro é aceito e integrado ao judica o desempenho do cola- Gestão, AMA, Acolhimento
SÃO PAULO
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO GRUPO DE TRABALHO EM
HUMANIZAÇÃO DE UM HOSPITAL SECUNDÁRIO DE SÃO PAULO
PERPÉTUA GOMES, ANDERSON ROBERTO, MARILENE PEREIRA, PRISCILA GARCIA
DE LIMA, GRAZIELA ULTRAMARI DE LIMA DOMINGUES, ADEMIR VALENÇA, TATIANE
PEREIRA BASILIO, FLÁVIO SHIGUEO ITONAGA, ELAINE OLIVEIRA CRUZ, LUCIA
MELO NOVAIS, KAIQUE GANDRA, TERESA ROSILENE RIBEIRO DA SILVA, MARIA RITA
CONCEIÇÃO, AMANDA A. MOTA, KARINE ANTUNES DO PRADO, GLAUCIANE ROCHA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO: dários e terciários. No ambiente relacioná-las às diretrizes da Po-
A Política Nacional de Humaniza- hospitalar observa-se ainda que lítica Nacional de Humanização;
ção foi implantada em 2003, pelo os profissionais apresentam a - Promover reflexão acerca da
Ministério da Saúde, a partir da tendência de olhar apenas para a humanização no ambiente hospi-
busca por mudanças e qualifica- doença e para o corpo biológico, talar; Metodologia O Hospital Mu-
ção nas formas de produzir cuida- sendo que o sujeito e sua dimen- nicipal da Bela foi inaugurado em
do e gestão, sendo que estimula são humana e subjetiva são, por abril de 2020, para agregar-se à
a comunicação entre usuários, vezes, apagados ou não recebem rede de atenção às pessoas com
a devida importância. O Grupo de
trabalhadores e gestores com ob- COVID-19. Com a diminuição dos
trabalho em Humanização (GTH) casos, houve uma reestruturação
jetivo de construir processos de
passa a ser visto como um ins- para o atendimento de usuários
enfrentamento das relações de
trumento de grande valia para com outras patologias. Atualmen-
poder, trabalho e afeto. Orienta-
que se possa fazer uma leitura do te, o público atendido é constitu-
-se pelas seguintes diretrizes:Am-
cotidiano do hospital e potencia- ído principalmente por pessoas
biência, Acolhimento, Clínica am-
pliada e compartilhada,Gestão lizar a melhoria nos processos de em situação de vulnerabilidade
Participativa e Co-Gestão, Valo- trabalho e, assim, na assistência. social, idosos e população em si-
rização do Trabalhador e Defesa tuação de rua. O GTH foi implan-
dos Direitos dos Usuários. Os OBJETIVOS tado no segundo semestre de
princípios e diretrizes da PNH po- O objetivo geral deste trabalho é 2020 e se caracteriza como um
dem ser aplicados em quaisquer apresentar um relato de experiên- espaço coletivo organizado, par-
Níveis de Atenção do Sistema cia sobre a implantação e o tra- ticipativo e democrático, que se
Único de Saúde (SUS): Primário, balho desenvolvido e vivenciado destina a empreender uma políti-
Secundário e Terciário, ou seja, pelo GTH de um Hospital Munici- ca institucional de resgate da hu-
em qualquer serviço do SUS, pal de São Paulo, já os objetivos manização na assistência à saú-
desde Unidades Básicas de Saú- específico são: - Refletir sobre as de, em consonância com a PNH.
de (UBS) até os hospitais secun- práticas desenvolvidas pelo GT e Atualmente, o grupo é constituído
Volume 7 73

por gestores e profissionais da
Equipe de Enfermagem, Equipe
Multiprofissional (psicólogos, as-
sistente social, fonoaudióloga,
terapeuta ocupacional, nutricio-
nistas e fisioterapeutas), Ouvido-
ria, Segurança do Trabalho, Edu-
cação Permanente, Rouparia e
Administração. Os encontros do
GTH são realizados mensalmen-
te ou quinzenalmente conforme
necessidade, sendo que seus
membros se reúnem para refletir
sobre as práticas já realizadas e
para o planejamento e organiza-
ção de outras em desenvolvimen-
to ou a serem desenvolvidas. As
ações realizadas tratam-se, em
sua grande maioria, de dinâmicas
em grupo e rodas de conversa re-
alizadas conforme a necessidade
e com o objetivo de alcançar o
maior número de pessoas possí-
veis.
RESULTADOS
Neste período o GTH atuou de
forma assídua, ética e responsá-
vel para a promoção de práticas
humanizadas.Seguem algumas
das ações promovidas pelo gru-
po: Ação Janeiro Branco:Dinâmi-
ca intinerante,Roda de conversa.
Dia da Mulher: Cardápio e cartão
especial no almoço,Dinâmica
sobre Reflexão e Valorização da
SÃO PAULO
APOIO INSTITUCIONAL AOS GESTORES DA ATENÇÃO BÁSICA
PARA QUALIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM SAÚDE
GERALDA APARECIDA VIEIRA DE CARVALHO, TEREZINHA DE FÁTIMA BOLANHO,
GEISA LOPES CUEVAS, JOELINA BARBOSA DOS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Este trabalho tem como objetivo
apresentar experiência de apoio
aos 38 municípios da Grande São
Paulo no que diz respeito às difi-
culdades de gestores e trabalha-
dores da Atenção Básica-AB na
compreensão e implementação do
74
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Mulher;Promover Reflexão sobre
o Cuidado Integral da Mulher.
Setembro Amarelo (Prevenção
ao Suicídio):Técnica do Espe-
lho,Roda de Conversa e entrega
de brindes (semente de Girassol);
Promover Reflexão sobre Autoco-
nhecimento e Autocuidado Ação
de Natal: Gravação de vídeo com
colaboradores realizando a leitu-
ra dos elogios deixados pelos pa-
cientes; Valorização dos colabo-
radores. As ações possibilitam a
construção de espaços coletivos
de problematização e avaliação
de sentidos daquilo que é feito no
cotidiano. Ademais, possibilitam
o empoderamento dos usuários
por meio da relação dialógica-re-
flexiva na medida em que aco-
lhem e propagam informações.
Abaixo outros espaços existen-
tes e suas correlações com as
diretrizes da PNH: Acolhimento:
Treinamento sobre Acolhimen-
to e Comunicação Compassiva.
Gestão Participativa: Café com a
Diretoria; Pesquisa de Satisfação.
Ambiência: Espaço do Colabora-
dor; Árvore da Vida. Defesa dos
Direitos dos Usuários: Ouvidoria;
Divulgação de Legislação. Valo-
rização do Trabalhador: Mural do
Elogio, Diretoria de Portas Aber-
tas. Clínica Ampliada: PTS; arti-
culação com os demais serviços.
Programa Previne Brasil-PPB, novo
modelo de financiamento da AB,
instituído pelo Ministério da Saúde
em 2019. No âmbito da SESSP, os
Articuladores da Atenção Básica-
-AAB auxiliam os gestores munici-
pais na identificação de problemas
e na formulação de estratégias para
CONCLUSÕES
O GTH do HMBV busca estabele-
cer a participação do hospital na
Rede Nacional de Humanização
(HumanizaSUS), estratégias de
comunicação e integração entre
os diferentes setores, visando
potencializar a assistência huma-
nizada, divulgando, apoiando e
garantindo que as ações de hu-
manização estejam articuladas
com a PNH. Além disso, o grupo
busca sempre refletir e analisar
seu modus operandi com o ob-
jetivo de melhorar e ampliar suas
ações.
PALAVRAS-CHAVE
Humanização, atenção hospitalar
BIBLIOGRAFIA
Brasil. Ministério da Saúde. Se-
cretaria de Atenção à Saúde. Po-
lítica Nacional de Humanização
- PNH / Ministério da Saúde, Se-
cretaria de Atenção à Saúde, Po-
lítica Nacional de Humanização
– Brasília: Ministério da Saúde,
2013. Brasil. Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde.
Política Nacional de Humaniza-
ção. Formação e intervenção /
Ministério da Saúde, Secretaria
de Atenção à Saúde, Política Na-
cional de Humanização – Brasília:
Ministério da Saúde, 2010
implementação da PNAB, através
do apoio institucional. Para Cam-
pos, o apoio a processos de co-
gestão e a noção de apoiador ins-
titucional funcionam como o sujeito
estratégico para a mudança das
práticas organizacionais em saúde.
Apoiar os municípios com menor
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
domínio no uso dos sistemas de
informação da Atenção Básica-AB
se coloca como um grande desa-
fio para os AAB, pois são sistemas
complexos e de acesso exclusi-
vo do gestor municipal. Contudo,
diante da efetivação das regras do
PPB a partir de 2021, apresentou-
-se a necessidade de ampliação da
capacidade de gestão dos siste-
mas de informação e de contínuos
processos de formação dos profis-
sionais de saúde para o uso cor-
reto do eSUS/AB, buscando evitar
maiores perdas financeiras para
o custeio da AB. Para viabilizar o
apoio, foi necessário buscar outros
atores no território com expertise e
disponibilidade para compartilhar
conhecimentos e experiências. As
ações apresentadas aqui, tiveram
início em setembro/2021 e se tor-
naram permanentes.
OBJETIVOS
Apoiar os gestores da AB quan-
to às regras do PPB, se tornou
prioridade para os AAB, visando
evitar maiores perdas financei-
ras para o custeio da AB. Priori-
zou-se, também, o debate sobre
a qualificação do cuidado atra-
vés do uso das informações do
cadastro de usuários e alcance
das metas dos indicadores de
desempenho, buscando poten-
cializar o trabalho das equipes
de AB. Em alguns locais, os téc-
nicos responsáveis pelo eSUS/
AB estavam isolados da gestão,
por vezes, sem comunicação
efetiva com os coordenadores
da AB. Dessa forma, conside-
rou-se os seguintes objetivos
específicos: - Promover a inte-
gração da gestão da atenção
básica com a gestão da informa-
ção - Ofertar espaços de troca
entre os técnicos e gestores dos
sistemas de informações com
gestores da AB - Ampliar o co-
nhecimento sobre os sistemas
de informação da AB, CNES en-
tre outros - Potencializar o uso
dos indicadores do PPB e dos
Volume 7
cadastros para o planejamento
e monitoramento das ações de
cuidado.
METODOLOGIA
Um dos desafios na construção
do SUS é de produzir e inventar
práticas de apoio em saúde no
agir não só dos articuladores, mas
de todo e qualquer trabalhador em
saúde. Neste sentido, os AAB bus-
caram identificar nas RRAS de 1 a
5 (Alto Tietê, Grande ABC, Fran-
co da Rocha, Mananciais e Rota
dos Bandeirantes), técnicos com
amplo conhecimento no eSUS-
-AB, CNES entre outros sistemas,
para apoiar os municípios com
necessidades de capacitação e
melhor compreensão das regras
do PPB. Estes técnicos, se uni-
ram aos AAB para desempenhar
a função de apoio aos 38 municí-
pios da Grande São Paulo. Após
várias reuniões, foi elaborada as
seguintes estratégias: A) levanta-
mento das principais dúvidas rela-
cionadas aos sistemas e ao PPB e
identificação dos cenários de im-
plantação do PEC-eSUS, através
de formulário do Google. B) Reali-
zação de 1 Oficina macrorregional
com 2 momentos. O 1º com apre-
sentação de conteúdo com base
nas dúvidas levantadas. No 2º os
participantes foram divididos em
3 grupos, considerando os cená-
rios: CDS, PEC eSUS e Sistema
Próprio com objetivo de escla-
recer dúvidas específicas. Após
as discussões, todos retornaram
para avaliação e encerramento. C)
Realização de oficinas regionais
para ampliar as possibilidades de
apoio na implementação de ferra-
mentas de gestão do PPB e es-
clarecimentos de novas dúvidas.
D) Identificação de municípios
que necessitem de apoio in loco
para capacitação das equipes da
atenção básica, apoio específico e
contínuo dos AAB.
RESULTADOS
Como resultado foram observa-
dos importantes avanços, como
a criação de espaço para troca
de experiências e construção de
rede de apoio entre as RRAS.
Criação de Grupo de whatsapp
com técnicos e gestores da infor-
mação e da atenção básica dos
38 municípios, que se mantém
como ferramenta potente para
o compartilhamento de informa-
ções e esclarecimento de dúvidas
fortalecimento da parceria entre
gestores das informação, coor-
denadores e equipes da AB de
forma a qualificar o monitoramen-
to e planejamento em saúde ca-
pacitação de técnicos e gestores
da informação para compreensão
das regras do Previne Brasil
CONCLUSÕES
Com relação ao novo modelo de
financiamento, há diversas barrei-
ras para os gestores e trabalha-
dores da AB conseguirem , além
das equipes incompletas, soma-
-se outros fatores como: a neces-
sidade de ampliar a capacidade
de gestão da informação e recur-
sos financeiros para ampliação
da informatização, conectividade
e contínuos processos de capa-
citação das equipes As frequen-
tes mudanças nas regras do PPB,
os grandes desafios de conecti-
vidade, principalmente nas UBS
de regiões remotas, ausência do
Ministério da Saúde. a necessi-
dade de ampliar a capacidade de
gestão da informação e recursos
financeiros para ampliação da
informatização, conectividade e
contínuos processos de capaci-
tação das equipes
PALAVRAS-CHAVE
Atenção Básica, Apoio Institu-
cional, eSUS/AB
BIBLIOGRAFIA
Portaria MS/GM nº 2.979, de 12
de novembro de 2019. Campos,
G. W. S. (org.) (2003) Saúde Pai-
deia. São Paulo: Hucitec.
75

AMPARO
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE UM FORTALECIMENTO
COLETIVO
VINICIUS AUGUSTO BASALIA RODRIGUES, ANDREA CRISTINA GUERRA
APRESENTAÇÃO/INTRODU-
ÇÃO:
A equipe Redenção na Rua, atua
como uma equipe de Consultório
na Rua nas cenas de uso de subs-
tâncias psicoativas na região cen-
tral de São Paulo, servindo como
porta de entrada aos equipamen-
tos de saúde. Para além dos en-
caminhamentos aos serviços de
saúde e assistência, realizamos
também atividades terapêuticas
com a parceria de outros serviços
e equipamentos de esporte, cul-
tura e lazer. Sendo esse o melhor
caminho para criar e fortalecer o
vínculo com os usuários. Enten-
demos que estamos atuando em
uma área viva e que está diaria-
mente em constante alteração,
então realizamos periodicamen-
te um mapeamento desta região
para verificarmos novas possíveis
demandas e novas cenas de uso
de álcool e outras drogas. Visto
que, atuamos com diversos pú-
blicos e lidamos com situações
complexas, existe uma constante
necessidade de ações educativas
embasadas na problematização
do nosso processo de trabalho,
desta maneira, conseguimos po-
tencializar, independente do car-
go, a qualificação dos diversos
profissionais enquanto trabalha-
dores do SUS, trazendo aos cola-
boradores conhecimentos espe-
cíficos de nosso território e nossa
população. Ao decorrer do tem-
po, o manejo dos profissionais da
equipe foi se adaptando gradati-
vamente ao trabalho na rua, desta
forma, a equipe multiprofissional
têm possibilitado uma pluralida-
de e diversidade de discussões
e propostas, que resultam num
trabalho transdisciplinar em bus-
ca de formas inovadoras e huma-
76
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
nizadas de se atuar com a nossa
população.
OBJETIVOS
Este trabalho possui a finalidade
de estudar e entender de que a
forma os processos da Educação
Permanente (EP), contribuem para
a melhoria de nossos processos
de trabalho, e como essas ações
impulsionam a participação multi-
profissional, tendo em vista as di-
ficuldades que nosso público alvo
possui para obterem o mínimo de
reconhecimento como um cida-
dão que detém direito de acesso
à saúde. Tendo como objetivos
específicos: • Refletir e construir
propostas de capacitação para
os trabalhadores. • Fortalecer
as ações intra e intersetoriais.
• Ampliação de conhecimentos
relacionados as práticas diárias.
• Estimular o desenvolvimento
da consciência nos profissionais
em seu contexto de trabalho. •
Transformar o conhecimento em
práticas cotidianas. • Produzir re-
flexões sobre suas práticas labo-
rais. • Potencializar conhecimen-
tos específicos para melhoria do
cuidado dos usuários do SUS.
METODOLOGIA
Na estruturação de nossas ati-
vidades, dispomos da participa-
ção multiprofissional, atuamos
com enfermeiros, psicólogos,
profissionais de educação física,
assistentes sociais, agentes co-
munitários de saúde, médicos,
pedagogo, dessa forma, con-
seguimos ampliar as formas de
cuidado para um mesmo indivi-
duo, possibilitando novas práti-
cas e olhando para o sujeito de
diversas formas. As ações são
pensadas baseando-se em nos-
sas demandas diárias somadas
a prática de redução de danos e
ações mensais que vão de acor-
do com o calendário anual do
SUS. Para organizar tais ações,
utilizamos as orientações descri-
tas no Documento Norteador de
Diretrizes para Implementação da
Política de Educação Permanen-
te em Saúde no Estado de São
Paulo. Para o levantamento dos
problemas devemos nos basear
em dados objetivos, que deverão
estar descritos de forma clara e
objetiva, por meio de descritores
(frases curtas), que contribuam
para o seu entendimento. A partir
da descrição do problema, é pos-
sível identificar as principais cau-
sas ou nós críticos, que devem
compreender a real capacidade
de atuação dos atores envolvi-
dos sobre o problema (governa-
bilidade, viabilidade). Os passos
seguintes consistem em construir
diretrizes/objetivos que apontem
aspectos da realidade, aos quais
se submetem as ações para mu-
dar a situação atual, e as metas,
que vão expressar a medida de
alcance dos objetivos, bem como
os respectivos indicadores, para
que seja possível monitorar e ava-
liar tais metas
RESULTADOS
Pudemos observar uma melhoria
geral no que diz respeito ao co-
nhecimento e desempenho técni-
co de cada colaborador, isso ge-
rou um menor número de falhas
em procedimentos realizados no
cotidiano. Outro benefício oca-
sionado pela EP, foi o domínio e
a apropriação de conhecimentos
específicos que vem de encontro
com a realidade em que se depara
nossa equipe, isso gerou autono-
mia aos trabalhadores que pas-
saram a criar e promover espaços
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
de discussão para aprimoramen-
to dos processos de trabalho.
Notamos que há também, uma
melhora na comunicação entre os
colaboradores enquanto deten-
tores de informações relevantes
para suas práticas e formas de
se sanar demandas corriqueiras.
Percebeu-se também um maior
engajamento dos funcionários
em relação a debates importan-
tes a respeito de temáticas que
nos permeiam diariamente, forta-
lecendo assim, a construção de
pensadores, problematizadores
e seres empáticos, que corriquei-
ramente, se colocam na frente de
situações para garantir o direito
de acesso à saúde, tal como é
necessário em nossa rotina
SÃO PEDRO
ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO - MATERNIDADE DO
HOSPITAL BENEFICENTE SÃO LUCAS SÃO PEDRO
SÔNIA MARIA SOUZA CRUZ, LEANDRO CARNEIRO SANCHES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A organização dos Serviços de
Saúde no Município de São Pedro
está fundamentada nas diretrizes
do Sistema Único de Saúde, con-
solidado pela Constituição Fede-
ral de 1988. A oferta de serviços
responde às necessidades da po-
pulação, e corrige o difícil acesso.
Utilizamos como instrumento de
planejamento a territorialização;
assim a Unidade Básica de Saúde
(UBS) é a porta de entrada para
ações promotoras, preventivas e
curativas. A assistência ao pré-na-
tal e puerpério integra o conjun-
to de ações prioritárias da UBS.
Para o parto, as gestantes são
referenciadas para Maternidade
do Hospital Beneficente São Lu-
cas. Após o parto, retornam para
a UBS.A Secretaria de Saúde e
a Maternidade reforçamo vínculo
entre amamentação, boa nutrição,
segurança alimentar e redução
Volume 7
CONCLUSÕES
Conclui-se que o uso da EP para
fortalecer a atuação dos profis-
sionais da saúde deve ser vis-
to como uma demanda fixa nas
agendas dos equipamentos do
SUS, devendo ter como primei-
ro desafio possibilitar o conheci-
mento necessário para oferecer
um acolhimento humanizado e
estabelecer vínculo entre equipe-
-profissional-usuário, para assim
alcançar o segundo desafio, a
construção de um Projeto Tera-
pêutico Singular (PTS) conjunto
que envolva os desejos e anseios
de nossos atendidos e lhes ga-
ranta o direito em acessar os ser-
viços de saúde, com isto, se dis-
para um terceiro desafio e mais
das desigualdades como ações
práticas consolidadas nas áreas
temáticas daAgenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável. A
meta mundial é de alcançar 50%
de aleitamento materno exclusivo
até o ano de 2025. Oaleitamento
materno iniciado na primeira hora
de vida, exclusivo até os seis me-
ses, mantido até os dois anos ou
mais, é o único leite adequado
para nutrição e necessidades imu-
nológicas do RN. Os anticorpos e
outras substâncias protegem e
previnem doenças, como diarreia,
infecções respiratórias, alergias,
colesterol alto, diabetes, hiperten-
são e obesidade; além de proteger
a mãe contra câncer. Por meio da
amamentação, são favorecidos o
afeto e estímulos dos cinco senti-
dos.
OBJETIVOS
Como procedimento de gestão,
capacitar os funcionários para
oneroso, que a rede acolha este
paciente com toda a complexida-
de que o usuário de substâncias
psicoativas em situação de rua
carrega.
PALAVRAS-CHAVE
SUS, intersetoriais, humanizado
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Secretaria de Estado da
Saúde. Portaria 1996 - MS. Di-
retrizes para implementação da
Política de Educação Permanen-
te em Saúde no Estado de São
Paulo. Plano Estadual de EP em
Saúde de São Paulo – 2020/2023.
Disponível em: EPS-DOC-NOR-
TEADOR-FINAL.pdf (cosemssp.
org.br).
apoio à amamentação. Por meio
do trabalho integrado, fortalecer
práticas individuais e coletivas
para a promoção e prevalência do
aleitamento materno exclusivo na
Maternidade e UBS. Não dar ali-
mento ou líquido ao RN além do
leite materno. Identificar as dificul-
dades das gestantes e puérperas
em tempo hábil antes da inter-
rupção do aleitamento materno.
Darsuporte para manutenção da
amamentação. Supervisionar para
o RN mamar na primeira hora esti-
mulando a amamentação e reduzir
hipoglicemias. Ofertar o colostro
que contém proteínas e anticor-
pos que ajudam o RN na adapta-
ção inicial à vida extrauterina. Não
dispensar fórmula infantil na Ma-
ternidade. Alinhar a equipe mul-
tidisciplinar da Maternidade e da
UBS, junto da gestante e familiar,
para orientações no puerpério e
cuidados contínuos. Redução da
morbimortalidade infantil.
77

METODOLOGIA
A Secretaria de Saúde constituiu
grupo de para operacionalizar as
ações. Disponibilizou recursos para
o “Curso de Aleitamento Materno”.
As gestantes procedentes dos mu-
nicípios de São Pedro, Santa Maria
da Serra, Charqueada e Águas de
São Pedro, internadas recebem vi-
sitas das enfermeiras, técnicas de
enfermagem, obstetras e pediatra,
cujas funções incluem o diálogo se
amamentou, como foi à experiên-
cia etc. A enfermeira responsável
examina as mamas, verifica a exis-
tência do colostro informa sobre a
importância do aleitamento mater-
no. Explica que, na Maternidade,
fórmulas não são prescritas e que
a criança deve ser exclusivamente
alimentada com leite materno. As-
pectos práticos monitorados du-
rante as 48 horas de alojamento
conjunto: força de sucção do RN,
quantidade de leite materno, pega
correta, avaliação durante a ma-
mada, traumas mamilares e outros.
Durante os plantões o binômio é
acompanhado pela equipe, que
relatam as evoluções no prontuá-
rio eletrônico. Exemplo: “em alei-
tamento materno exclusivo”; “com
boa pega”; “gestante com dificul-
dade, fiz mamada assistida com
sucesso”; “estimulando livre de-
manda”; realizada supervisão das
mamadas. No momento da alta no-
vos aconselhamentos, - recomen-
dação da consulta entre sete e dez
dias na UBS.
SÃO PEDRO
RECEPÇÃO HUMANIZADA DO RECÉM-NASCIDO NA
MATERNIDADE DO HOSPITAL SÃO LUCAS DE SÃO PEDRO
LEANDRO CARNEIRO SANCHES, SÔNIA MARIA SOUZA CRUZ
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
No Município de São Pedro a
Rede de Assistência à Saúde
é estabelecida como combina-
ções organizativas de ações e
serviços de saúde, de diferen-
78
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
RESULTADOS
Comparticipação no “Curso de
Aleitamento Materno a equipe se
viu confiante para atuar”. Aumen-
tou a integração das equipes da
Maternidade e UBS. Aumentou o
apoio qualificado da equipe para
a gestante, com uma relação mais
empática, dando conta das de-
mandas apresentada tais como:
“não tenho leite, “tenho pouco lei-
te”, “já tive filho não amamentei,
“meu mamilo invertido, “meu leite
é fraco”, “colostro não desce”, bico
de silicone, chupeta, trauma mami-
lar etc. Aumentaram as mamadas
na primeira hora. Aumentou o alei-
tamento materno exclusivo na Ma-
ternidade. Aumentou a utilização
da técnica de ordenha do colostro
para ofertar ao RN. É utilizada co-
lostroterapia para prevenir Hipogli-
cemia; Uso da técnica de ordenha
manual para tornar a região mamilo
areolar mais flexível, facilitar a pega
correta, aliviar o ingurgitamento
mamário e manter a lactação se
houver afastamento temporário
entre RN e mãe. Trabalho com a
puérpera para que possa ama-
mentar em livre demanda. Existem
evidências de que o uso de fór-
mulas, sem indicação adequada,
resulta em interrupção precoce do
aleitamento materno. A fórmula foi
usada apenas em um RN cuja ge-
nitora teve resultado positivo para
HIV. Outro RN no cuja mãe apre-
sentou intercorrências, sem condi-
ções para ordenha.
tes tecnológicas, integradas
por meio de sistemas de apoio
técnico, logístico e de ges-
tão, buscando a integralidade
do cuidado. Para os trabalhos
consideramos o próprio domi-
CONCLUSÕES
O aleitamento materno pode ser
considerado uma prática que atra-
vessa, pelo menos, os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável
das Nações Unidas de números 11,
12, 13, 14 e 15. Lactentes que são
levados ao consumo de fórmulas
enlatadas, prejudicam a saúde do
planeta na medida em que o des-
carte de latas e plásticos de bicos
artificiais leva entre 200 e 400 anos
até sua decomposição. O desflo-
restamento pela necessidade de se
criar gado bovino, origem da maté-
ria prima para as fórmulas infantis,
traz prejuízo ao ecossistema e bio-
diversidade, diretamente nas va-
riações climáticas, menos árvores,
menores áreas de proteção à fauna
e flora, com aumento da evapora-
ção do solo. A água para a fabrica-
ção de alternativas ao leite materno
consome bilhões de litros por ano,
afetando as reservas destinadas
à manutenção da vida no planeta.
Zeramos o uso de fórmulas infan-
tis na nossa Maternidade. Isto é
favorecedor do vínculo mãe-bebê,
garante ao binômio experimentar a
exterogestação de maneira saudá-
vel, com um menor impacto na polí-
tica pública de assistência à saúde,
desde a prevenção de doenças e
proteção do pleno desenvolvimen-
to humano, desde os primeiros dias
de vida.
PALAVRAS-CHAVE
aleitamento - formulas - maternidade
cílio onde é realizado o cadas-
tro da família, e podemos obter
informações importantes para
planejamento da oferta de ser-
viços. Inclusive no SIAB temos
o número de gestantes (10 a 19
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
anos) e (20 anos e mais).O Pré-
-natal é realizado na Unidade
Básica de Saúde. Considera-
mos como nosso dever rece-
ber a mulher, seus familiares e
o recém-nascido com dignida-
de. São realizados os exames
de pré-natal com resultados
oportunos. Para os partos de
baixa complexidade a gestan-
te recebe informações sobre
sua vinculação à Maternidade
do Hospital Beneficente São
Lucas. O pré-natal de risco e
referenciado para Piracicaba
e o parto de risco também. A
promoção de práticas educati-
vas durante o pré-natal é fun-
damental para um aumento do
nível de informação das futuras
mamães a respeito do seu par-
to e dos seus direitos sexuais e
reprodutivos. De acordo com o
compromisso pactuado com a
Rede Cegonha, são garantidos
leitos de alojamento conjunto
de baixa complexidade para os
Municípios: Águas de São Pe-
dro, Charqueada, Santa Maria
da Serra e São Pedro. O acom-
panhante durante o acolhimento
trabalho de parto, parto e pós-
-parto imediato é garantido.
OBJETIVOS
Implantação de modelo de
atenção com responsabilização
e vínculo entre os envolvido.
Atendimento com afeto, aco-
lhedor e resolutivo, amenizando
medos, stress, inseguranças e
ansiedade. Apoiar as gestantes
passando confiança, escutar as
suas dores com respeito sem
censuras. Não realizar rotina
de aspiração gástrica, da boca
e narinas do RN ou passar de
sonda retal; Nunca segurar o
bebê pelos pés, virar de cabeça
para baixo, bater na planta dos
pés ou dar “palmadinhas” nos
glúteos, para estimular o choro;
Não instilar nitrato de prata nos
olhos de RN de parto cesáreo;
Não retirar o bebê da mãe logo
após o nascimento, exceto em
Volume 7
casos de intercorrências; Não
dar banhos logo após o nasci-
mento, excetos nos casos de
mãe portadora de HIV; Prevenir
a hipotermia; Garantir a mama-
da na primeira hora Manter o RN
junto à mãe durante as 48 horas
de alojamento conjunto. Reduz
depressão pós-parto e prolon-
ga o aleitamento materno.
METODOLOGIA
A Secretaria Municipal de Saú-
de e o Hospital Beneficente
São Lucas proporcionaram um
treinamento de temas para boa
prática da recepção e assis-
tência do RN. Apoiamos efeti-
vamente à parturiente e seus
familiares antes, durante e de-
pois do parto. No pré-parto a
equipe procura estimular a ges-
tante, com palavras de confian-
ça, ficam ao seu lado, oferece
o banho de chuveiro, exercício
na bola, encorajando- ase mo-
vimentar. Quando a dilatação
está próxima de oito ou nove
cm a gestante é conduzida para
sala de parto. Alguns partos são
com música e à meia luz, a mãe
pode opinar como quer ter o
filho, verificar possibilidades e
até testar posições. Todo mate-
rial para a recepção e se neces-
sário reanimação do RN, é pre-
parado, testado e organizado
em local de fácil acesso. Ber-
ço, campos cirúrgicos, touca e
compressas são aquecidos as-
sim como o ambiente. A tempe-
ratura é mantida em 23ºC. Com
o nascimento do bebê, a equi-
pe está animada para as boas
vindas. A Pediatra e enfermeira
recebem o RN chama-o pelo
nome e o mantem sobre tórax
e parte superior do abdome da
mãe que o acaricia. Inicialmente
é feito um a três minutos de pele
a pele, mesmo que o parto seja
cesáreo. Após o clapeamento
do cordão, é verificada a nor-
motermia. Nos partos normais a
mãe e o bebê são conduzidos
para o alojamento conjunto e
a enfermagem vai estimulando
a mamada ao seio materno na
primeira hora, chamada “hora
de ouro”. Depois são prestados
os cuidados de enfermagem.
O bebê fica às 48 horas com a
mãe.
RESULTADOS
Promoção do vínculo afetivo en-
tre a mãe e o filho. O bebê se
acalma sente-seconfortável e
seguro. Mantém normotermia.
Estimulamos a amamentação na
primeira “hora de ouro”. Com o
clampeamento tardio do cordão
e pele a pele a placenta conti-
nua mandando sangue para o
RN prevenindo anemia no pri-
meiro ano de vidacontribuin-
do para o desenvolvimento da
criança. “A implantação dessa
prática foi importante, a mãe se
sente mais acolhida vivencian-
do o benefício da aproximação
com seu filho, na sala de par-
to”. Não é realizada a aspiração
gástrica. Não passamos sonda
retal. Não aspiramos de rotina
narinas e boca. Não pegamos
o bebê pelos pés com cabeça
para baixo. Não damos “pal-
madinhas” na região glútea. O
Nitrato de prata só é usado nas
crianças que nasceram de par-
to normal. O Banho é dado após
24 horas. O nível de ansiedade e
stress é reduzido para a mãe e
RN. Maior tranquilidade para a
mamãe que permanece com o
RN a partir das primeiras horas.
Reduz depressão pós-parto.
CONCLUSÕES
“Humanizar é, portanto respei-
tar a individualidade das pesso-
as é saber ver e escutar o outro,
permitindo a adequação da as-
sistência segundo sua cultura,
crenças, valores e diversida-
des de opiniões das mulheres”.
“Para mudar o mundo, primeiro
é preciso mudar a forma de nas-
cer”! Frase do Obstetra Francês
Michel Odent. A enfermage-
mObstétrica tem sido reconhe-
79

cida pelo Ministério da Saúde e
outros órgãos não governamen-
tais, como a profissão que pos-
sui formação holística e procura
atuar de forma humanizada no
cuidado à parturiente. É o pro-
fissional treinado para examinar
a gestante, verificar contrações,
dilatações, discernir alterações
SÃO SEBASTIÃO
INTEGRAÇÃO DE PESSOAL – OTIMIZANDO A PRÁTICA
ATRAVÉS DO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
IZABELLE CHRISTINA DE OLIVEIRA GONÇALVES, ANA PAULA RODRIGUES COSTA,
VANESSA DA SILVA ANTONIO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Decorridos os anos de atuação da
FSPSS na gestão das unidades de
saúde do município de São Sebas-
tião verificou-se que muitos fun-
cionários não compartilhavam dos
objetivos da entidade, bem como
não tinha clareza quanto a sua Vi-
são, Missão e Valores. Em visitas
realizadas pelas Coordenações e
Gestão de Recursos Humanos, foi
constatado uma grande insatisfa-
ção funcional quanto à forma de
inserção na empresa o que gerava
excedentes dúvidas quanto às nor-
mas e procedimentos dos proces-
sos de trabalho em razão de não
existir uma forma clara, objetiva e
prévia de transferência de informa-
ções no ato da inserção do funcio-
nário na entidade ou a forma que
existia era falha e insuficiente. Foi
verificado também inúmeros erros
de atuação prática das áreas téc-
nicas, administrativas e de apoio,
que, inexistindo treinamento prá-
tico e instrução clara quanto aos
procedimentos, os colaboradores
imprimiam suas identidades profis-
sionais no serviço e no atendimen-
to ou acabavam por buscar esses
esclarecimentos com outros pro-
fissionais que, por sua vez, não os
transmitiam de forma correta. Além
disso, em muitas situações foi evi-
denciado um atendimento ao públi-
80
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
patológicas que necessitem
de atendimento médico espe-
cializado, executa os cuidados
necessários à mãe, orienta os
cuidados que a mãe deve ter
com a criança recém-nascida
e com seu corpo, planeja a re-
abilitação da mãe e da criança.
O desafio é mudanças de para-
co de baixa qualidade, mau uso dos
protocolos ou a inutilização destes;
colaboradores descomprometidos
com a saúde pública; acolhimen-
to mal realizado ou inexistente na
rotina da unidade. Gerando assim
um comprometimento as políticas
de saúde da FSPSS e um resultado
insatisfatório de atendimento a po-
pulação.
OBJETIVOS
O foco principal do projeto é in-
serir de maneira consolidada os
novos colaboradores à dinâmica
da entidade, transferindo a estes,
previamente, suas políticas, pro-
cedimentos, protocolos, normas
e expectativas. Integrado à enti-
dade, o funcionário terá claramen-
te o que é a entidade e o que ela
espera dele, bem como poderá
traçar suas expectativas quan-
to a esta, evitando prospecções
ilusórias ou visões influenciadas.
Como objetivos específicos es-
pera-se a diminuição de erros de
atuação técnica e administrativa;
maior confiança e segurança ao
novo colaborador e a equipe; me-
lhora da qualidade no atendimen-
to ao cliente; melhora da qualida-
de de vida funcional e diminuição
de problemas de relacionamento
interpessoal nas equipes.
digmas, que envolva todos os
agentes ativos na assistência
a o parto para uma verdadeira
prática humanizada.
PALAVRAS-CHAVE
recém-nascido, maternidade,
humanização
METODOLOGIA
O processo de acolhimento e in-
tegração consiste em fase intro-
dutória e fase prática e envolve as
equipes de Recursos Humanos,
Núcleo de Educação e Pesquisa
e Diretorias Técnicas da Funda-
ção. Os novos colaboradores são
recepcionados para participarem
de um treinamento teórico trans-
mitido por meio de recursos au-
diovisuais, materiais, documentais
e dinâmicas presenciais. Os dias
subsequentes são destinados a
treinamento in loco de acordo com
a programação da equipe técnica.
No ato da Integração – fase intro-
dutória, o funcionário recebe todos
os documentos necessários ao
seu ingresso como regulamento,
encaminhamento de lotação, folha
de ponto, dentre outros, receberá
também materiais essenciais como
uniforme, calçado (quando houver),
EPIs necessários ao seu exercício
e crachá de identificação pessoal.
A etapa teórica do programa con-
ta com a introdução às políticas
de saúde e políticas internas como
regulamento de normas e condu-
tas de recursos humanos, orga-
nograma da FSPSS, segurança do
trabalho, apresentação da sede e
seus setores além de dinâmica em
grupo com foco no relacionamento
interpessoal, liderança, raciocínio
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
lógico e trabalho em equipe. Nos dizagem sobre o Sistema Único de não há como falar em interrupção
dias seguintes ocorrerá a parte Saúde – SUS; ? Redução da insa- no serviço de saúde para que ele
prática onde cada diretoria desig- tisfação funcional por expectativas seja “transformado”. A ausência
na um responsável técnico para não superadas; ? Melhora da qua- ou ineficiência dos saberes sobre
acompanhar in loco e prestar toda lidade no atendimento; ? Melhora o processo de trabalho contribui
orientação, integração ao trabalho, da qualidade na vida funcional; ? para a insatisfação profissional;
esclarecimento de dúvidas e treina- Redução de problemas de relacio- maior ocorrência de erros e notável
mento de práticas específicas. namento interpessoal nas equipes. comprometimento da qualidade do
serviço, o que evidencia a necessi-
RESULTADOS CONCLUSÕES dade da devida inserção dos pro-
É esperado com o processo de A área de Saúde é um setor de fissionais no ambiente de trabalho
acolhimento institucional que: ? Os caráter essencial e extremamente
e às políticas da FSPSS, garantindo
colaboradores sejam integrados dinâmico, não permitindo que exis-
que a identidade da entidade seja
mais rapidamente às equipes; ? tam intervalos para adaptações,
transferida ao cliente final, além de
Redução do tempo de adaptação
inicial; ? Diminuição dos erros de
testes e experiências, sobretudo
no Setor Público a saúde depende
otimizar as práticas do dia a dia
através da amplitude do conheci-
atuação técnica e administrativa; ?
Diminuição das reclamações fun-
de uma série de fatores que contri-
buem para seu devido andamento, mento teórico/prático sobre o siste-
cionais; ? Diminuição das reclama- e estes fatores devem funcionar ma de saúde que está inserido e o
ções dos clientes/ouvidorias; ? Re- como uma engrenagem para que seu funcionamento.
dução de custos com treinamento todo o sistema funcione. Esses
e aprimoramento futuros; ? Maior motivos impedem que mudanças PALAVRAS-CHAVE
confiança e segurança ao novo e transições sejam experimenta- RECURSOS HUMANOS INTE-
colaborador e à equipe; ? Apren- das antes de serem aplicadas, pois GRAÇÃO ACOLHIMENTO
SÃO VICENTE
CONSTRUÇÃO DO PLANO DE HUMANIZAÇÃO DE SÃO VICENTE;
UM CAMINHO ENTRE GESTÃO E ASSISTÊNCIA.
MICHELLE LUIS SANTOS, DANIELA CRESCENTE ARANTES ARAUJO MARQUES,
CRISTIANE MARCHIORI PEREIRA, PAULA COVAS BORGES CALIPO, MARA REGINA
ANNUNCIAÇÃO, NATAN SANTOS MEDEIRO, MARIA JOSÉ E. JUNQUEIRA D.ALCALÁ
CRAVO, ROSÂNGELA SOARES CHRIGUER, MARIANA CHAVES AVEIRO, SÔNIA
REGINA NOZABIELLI, GABRIEL HENRIQUE DA SILVA LOPES, AMANDA COUTINHO
AMORIM ALVES, ANA CAROLINA DE ALFREDO MARTINS, BEATRIZ FERRAZ SIMÃO
ANTONIO, CAROLINE CORREA CRUZ, JULIA VILLA LOURENÇO FRANCO, LARISSA
DE BRITO GOMES, BEATRIZ MARINO BRASSOLATTI, LUANY VITÓRIA GOMES DE
GODOY, CARLA GUERRA LOURENÇO GOMES, ELENICE CRISTINA DE SOUZA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO: tência como instâncias insepa- OBJETIVOS
A construção do Plano Munici- ráveis e considerou a humani- Objetivo Geral: Compartilhar o pro-
zação como política transversal
pal de Humanização (PMH) de cesso de organização, articulação
no cotidiano da política de saú-
São Vicente se fundamentou e participação ampliada, desen-
de. Um caminho trilhado com a
nos princípios e diretrizes da volvido pela gestão municipal de
participação de servidores e da
Política Nacional de Humaniza- gestão, e com o apoio da Uni- São Vicente, para a construção do
ção (PNH) e da Política Esta- versidade Federal de São Paulo Plano Municipal de Humanização.
dual de Humanização (PEH) do (Unifesp) facilitado pela política Objetivo específico: Descrever as
Estado de São Paulo. O movi- indutora Programa de Educa- ações desenvolvidas em conjun-
mento disparado pela proposta ção pelo Trabalho para a Saúde to pela gestão municipal, DRS-IV,
buscou articular gestão e assis- (PET-Saúde). SES-SP e PET-Saúde Gestão.
Volume 7 81

METODOLOGIA
O Plano Municipal de Humaniza-
ção (PMH) decorre da articulação
da DRS, por meio do GTHR (Gru-
po de Trabalho de Humanização
Regional), nesse processo, a ges-
tão de São Vicente implicada com
esse debate, decidiu investir na
criação de um grupo de trabalho
capaz de investir na divulgação,
reflexão e implementação da po-
lítica de humanização em âmbito
municipal. A integração da gestão
municipal no GTHR, fortaleceu os
vínculos com DRS-IV e SES-SP
para a realização de oficinas de
Humanização no município, inte-
grada à Educação Permanente,
para os profissionais de saúde da
Rede. Com o início das atividades
da gestão atual, apoio da DRS-IV,
SES-SP e Unifesp por meio do
PET-Saúde Gestão a proposta de
um Plano Municipal de Humaniza-
ção fortaleceu-se.
RESULTADOS
No desenvolvimento do processo
de construção do plano municipal
de humanização é possível con-
templar alguns resultados: ofici-
nas com categorias profissionais
na Secretaria de Saúde e com
Equipes de saúde nos territórios;
participação da coordenação da
equipe ou direção do setor; par-
ticipação da gestão; registro de
SOROCABA
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA
DE FORMAÇÃO E FORTALECIMENTO DA REDE
PATRICIA DE PAULO ANTONELI, FERNANDA APARECIDA VIEIRA GIMENES, KARIN
PROENÇA JODAR
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Residência Multiprofissional em
Saúde vem sendo desenvolvida
desde março de 2016 pela Se-
cretaria Municipal de Saúde de
82
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
falas, opiniões, problemas, ações
e enfrentamentos originadas nas
oficinas; grupo de trabalho de
humanização com as enfermei-
ras de educação permanente da
Atenção hospitalar de urgência e
emergência; composição de gru-
po de trabalho de discussão para
monitoramento da construção do
PMH; foram desenvolvidas 32 ofi-
cinas das quais 7 contaram com
a participação do PET-Saúde (13
em 2021 e 19 em 2022) para o to-
tal de 501 participantes; identifica-
ção de facilitadores nos territórios
e gestão; encontros semanais do
PET-Saúde para discutir e estudar
a temática da Política Nacional de
Humanização; encontros com as
apoiadoras de humanização da
DRS/SES/SP que ajudou a funda-
mentar os elementos teóricos da
Política Nacional de Humanização
e entender a construção da Po-
lítica Estadual de Humanização
(PEH) no Estado de São Paulo;
elaboração compartilhada de di-
retrizes municipais de humaniza-
ção, metas e ações para o Plano
de Humanização.
CONCLUSÕES
Consideramos que o processo de
construção de um PMH precisa
sensibilizar e envolver servidores e
gestores, expressar compromisso
com a resolução dos problemas
e trilhar um caminho dinâmico,
Sorocaba, como Instituição for-
madora e executora, por meio da
Coordenadoria de Educação em
Saúde. Ela é uma modalidade de
pós-graduação lato sensu apoia-
da pelo Ministério da Saúde e da
vivo e contínuo de reflexão, dire-
ção e mudança. O apoio da DR-
S-IV/SES/SP à gestão municipal
foi fundamental para compartilhar
experiências e fortalecer a traje-
tória do PMH de São Vicente/SP.
O conhecimento sobre a história
de elaboração da PEH, suas di-
retrizes, indicadores e metas, foi
fundamental para orientar e refe-
renciar o PMH. Nesse contexto,
a pactuação com a Unifesp (em
2022) por meio do PET-Saúde
Gestão impulsionou as atividades
em andamento e agregou conhe-
cimentos interdisciplinares e inter-
profissionais, contribuindo com a
metodologia das oficinas e com a
dinâmica geral dos trabalhos do
Núcleo de Educação Permanente
e Humanização em Saúde. Es-
tamos em fase de finalização do
texto do PMH que será apreciado
e debatido em um encontro públi-
co com o objetivo de assegurar a
participação ampliada de toda a
Rede de Saúde. Sendo o Plano
um processo vivo, é fundamental
estruturar um Grupo de Trabalho
responsável por monitorar suas
metas e indicadores e propor es-
tratégias para envolver os usuá-
rios na elaboração, monitoramen-
to e avaliação do PMH.
PALAVRAS-CHAVE
Politica Estadual de Humanização
Humanização
Educação. Ela possibilita que o
profissional-residente desenvolva
sua formação no mundo do tra-
balho, articulando teoria e prática
com um olhar crítico-reflexivo,
além de ofertar a atuação nos
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
serviços públicos de saúde, ga-
rantindo a qualificação da assis-
tência à comunidade e o fortale-
cimento do SUS. O município de
Sorocaba, desde o ano de 2014,
conta com dois programas de re-
sidência multiprofissionais, sendo
eles: Residência Multiprofissional
em Saúde da Família e Comuni-
dade e Residência Multiprofissio-
nal em Saúde Mental com ênfase
em Atenção Básica. Para conso-
lidação destes, a secretaria de
saúde de Sorocaba, elevou sua
rede de serviços a unidades es-
cola e com isto, todo seu campo
de trabalho se tornou um espaço
potencial de conhecimento práti-
co de formação e transformação.
OBJETIVOS
Formar profissionais da saúde
para a Rede de Atenção à Saú-
de, qualificados e resolutivos,
atuando em equipes multidis-
ciplinares, capazes de articu-
lar um trabalho em rede e de
qualificar a rede de cuidados.
Tendo por base o trabalho ali-
nhado aos princípios do SUS e
o modelo assistencial proposto
pela Atenção Primária em Saú-
de, Política Nacional de Saúde
Mental.
METODOLOGIA
Os dois Programas possuem 48
residentes das seguintes cate-
gorias: Psicologia, Terapia Ocu-
pacional, Serviço Social, Enfer-
magem, Odontologia, Farmácia,
Educação Física e Fisioterapia.
Os residentes cumprem 80% de
sua carga horária prática atuan-
do na AB, onde eles compõem
as equipes de referência de Saú-
de da Família ou compõem as
equipes polos de Saúde Mental
ou Núcleo Ampliado de Saúde
da Família e Atenção Básica por
meio do apoio assistencial e téc-
nico-pedagógico para o cuidado
em saúde. Nos outros 20% da
carga horária os Residentes per-
Volume 7
correm pelos seguintes serviços
da RAPS: CAPS IJ, CAPS III AD,
CAPS III e a Enfermaria de Saúde
Mental em Hospital Geral e ser-
viços da RAS: Policlínica, serviço
de atendimento domiciliar, Pronto
Atendimento, Centro Municipal
de Atenção Especializada, SAMU,
entre outros. Para o desenvolvi-
mento da Residência contamos
com 37 preceptores nos serviços
de diversas categorias profis-
sionais da saúde e 18 tutores de
núcleo, campo e de orientação
de Trabalho de Conclusão da Re-
sidência. A ênfase da Residência
na Atenção Básica se concretiza
pelo percurso na Rede alinhado
com as diretrizes da AB como or-
denadora do cuidado em saúde,
sendo o mesmo territorializado e
longitudinal.
RESULTADOS
Os Programas já formaram 137
residentes multiprofissionais ao
longo destes 7 anos, com ga-
nhos significativos no fortaleci-
mento das equipes e das ações
de reabilitação, prevenção e pro-
moção em saúde no território.
Outro ponto que a Residência
auxiliou na consolidação foi o
apoio matricial como eixo norte-
ador para a educação permanen-
te dos profissionais que já atuam
no SUS e na formação dos que
atuarão futuramente. Diante dis-
so, a articulação em rede tem
se mostrado muito mais eficaz,
envolvendo todos os serviços
componentes da RAS e interse-
toriais, dado que os Residentes
circulam e se movimentam pela
rede. A presença dos Residentes
nos serviços de saúde qualifica
o serviço, dado que exige que
os trabalhadores se atualizem e
busquem novas evidências para
o trabalho em saúde. Também,
ser uma unidade escola favorece
a construção de um processo de
trabalho alinhado a um cuidado
à população universal, equânime
e integral, devido à presença de
preceptores, residentes e tutores
nos serviços. Também é possível
perceber que muitos dos resi-
dentes egressos dos Programas
acabam sendo inseridos na RAS
do município, prioritariamente por
serviços contratualizados devido
a pouca oferta de concurso pú-
blico, mas, mesmo assim, isso
contribui com o fortalecimento
da rede, com trabalhadores que
de fato foram formados para atu-
ar no SUS, como também facilita
pelo conhecimento pré existente
da rede.
CONCLUSÕES
Entende-se que a criação de um
programa de Residência gerido
pela própria Secretaria Muni-
cipal, convide todos os atores
envolvidos com a Rede a se
responsabilizarem e transfor-
marem e qualificarem suas for-
mas de cuidado para um SUS
forte e que promova cuidado à
população. A presença desta
Residência consolida a propos-
ta da Atenção Primária à Saúde,
com ações que promovam mu-
dança da lógica hierarquizada
tradicional para uma lógica de
horizontalidade do cuidado, te-
cendo uma rede mais fortaleci-
da. Também entende-se esse
processo como um potente de-
sencadeador de mudanças em
torno dos saberes e práticas vi-
gentes no campo da formação
e atenção à saúde, promovendo
um novo saber, o que viabiliza o
aumento da qualificação e reso-
lutividade das ações e serviços
de saúde efetivados pelo SUS.
Outra ponto a ser considera-
do é o número significativo de
profissionais de saúde que são
acrescidos em nossa rede e que
atuam no cuidado da população
e fortalecem o SUS.
PALAVRAS-CHAVE
residência multiprofissional,
atenção básica, rede
83

SUZANO
IMPLEMENTAÇÃO DO PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO COM
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO PELO NEPS INTEGRADO À GESTÃO
JULIANA EDMUNDO CARNEIRO DE OLIVEIRA, CLAUDIA SANTOS RANGEL, CÍNTIA
CRISTINA STEFFENS WATANABE, ROMÁRIO MEIRA FERNANDES DO NASCIMENTO,
MATHEUS DI LUCA MIYAKE POMPEO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O atendimento de Urgência e Emer-
gência é um importante compo-
nente da assistência à saúde e há
uma crescente demanda por ser-
viços nesta área nos últimos anos
devido ao alto índice de complica-
ções por Doenças Crônicas Não
Transmissíveis, atendimentos por
causas externas (violência urbana,
acidentes automobilísticos, afoga-
mentos, quedas), distúrbios car-
diovasculares, respiratórios, entre
outros. Essas demandas, reque-
rem acolhimento com possibilidade
de ampliação da resolutividade ao
incorporar critérios de avaliação de
riscos. O Acolhimento Com Clas-
sificação de Risco (ACCR) é uma
ferramenta para melhor organizar
o fluxo de pacientes que procuram
as portas de entrada de urgência/
emergência, gerando um atendi-
mento integral, resolutivo e humani-
zado. Sendo assim esses serviços
exigem profissionais treinados e
capacitados para variadas situa-
ções. Neste contexto a Educação
Permanente, que é uma política do
ministério da saúde instituída em
2004, é uma eficaz estratégia do
SUS que visa formação e desen-
volvimento dos seus servidores.
O projeto de implementação do
protocolo de ACCR no P.S. Adulto
surgiu da avaliação da gestão téc-
nica e administrativa, e do Núcleo
de Educação Permanente em Saú-
de (NEPS) sobre a necessidade de
capacitar as equipes tecnicamente
além de descrever as atribuições
de cada categoria profissional en-
volvida no atendimento, garantin-
do a prioridade e a qualidade dos
atendimentos e também os princí-
pios e diretrizes do SUS, integrando
84
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
também a gestão.
OBJETIVOS
Implementar o protocolo de ACCR
associado à capacitação da equi-
pe multiprofissional, garantindo a
prioridade e a qualidade dos aten-
dimentos, além de instituir os fluxos
na urgência/emergência com base
na classificação de risco, conside-
rando também os demais servi-
ços de prestação de assistência a
Saúde inseridos na rede. Descrever
também os processos de EP inte-
grados a gestão na implementação
do protocolo.
METODOLOGIA
Primeiro foram realizadas reuniões
entre gestão administrativa, técnica
e o NEPS para elaboração do pro-
jeto. Posteriormente foi elaborado
o protocolo pelo NEPS com base
nas recomendações do Ministério
da Saúde sobre o uso preferencial-
mente do sistema de cores, e ela-
boração de critérios clínicos com
base nas referências das Socieda-
des Brasileiras das especialidades.
O protocolo foi apresentado ao gru-
po gestor do PS, e posteriormente
as equipes operacionais através
de divulgação no mural eletrônico
e por fim em uma consulta públi-
ca através de um formulário ela-
borado pela Gestão de Educação
da Secretária Municipal de Saúde
que ficou disponível por 1 mês para
considerações. Em seguida inicia-
mos as capacitações, primeiro para
o administrativo e controladores de
acesso, depois enfermeiros, auxi-
liares/técnicos de enfermagem e
aos médicos que realizam os aten-
dimentos de porta do PS Adulto.
Quanto as capacitações devido a
demanda e características do ser-
viço de PS foi necessário criar pe-
quenos grupos de profissionais em
todos os turnos e plantões, com
exceção dos médicos que foram
orientados individualmente. As ca-
pacitações foram realizadas no
período entre Setembro e Dezem-
bro/22.
RESULTADOS
Foram realizadas ao todo 23 ca-
pacitações/aulas totalizando 165
profissionais capacitados. Para
os enfermeiros a capacitação teve
uma carga horária de 4 horas, para
os administrativos e auxiliares/téc-
nicos de enfermagem a duração foi
de 1 hora. As capacitações direcio-
nadas aos profissionais administra-
tivos proporcionaram a estes mais
segurança para identificar sinais de
alerta no momento do acolhimen-
to ao usuário com base na queixa
relatada possibilitando sinalizar ao
enfermeiro da CR as prioridades.
Já para os Enfermeiros proporcio-
nou qualificação técnica e permitiu
equalizar os conhecimentos des-
ses profissionais diminuindo as di-
vergências entre eles no momento
da classificação, e maior seguran-
ça para classificar e direcionar o
atendimento. Os auxiliares/técni-
cos de enfermagem puderam tam-
bém aprimorar seus conhecimen-
tos técnicos, conduzindo com mais
segurança os casos e monitorando
adequadamente os pacientes de
acordo com a CR, seguindo os cri-
térios de prioridade de atendimen-
to. Quanto aos médicos esclarecer
os critérios usados pelos enfermei-
ros na CR minimizou divergências
sobre a classificação dos usuários.
Esse modelo de capacitações com
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
aulas expositivas e discussões de
caso proporciona além de intera-
ção social um importante espaço
de escuta e compartilhamento de
experiências, fortalecendo o traba-
lho em equipe.
CONCLUSÕES
O Acolhimento é uma diretriz de
relevância política, ética e estética
da Política Nacional de Humaniza-
ção da atenção e gestão do SUS, e
precisa além de receber e atender
o usuário em sua demanda clínica
promover uma atitude de inclusão
como parte de um processo de pro-
dução de saúde. A implementação
SUZANO
DISPOSITIVO DE VALORIZAÇÃO DO TRABALHO PARA O
FORTALECIMENTO DA PNH NA REDE SUS DE SUZANO.
SANDRA CARDOSO, FLÁVIA DE SOUZA VERDUGO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Os desafios do mundo do traba-
lho, do ponto de vista das políti-
cas públicas de saúde, permeiam
diferentes dimensões do fazer
cotidiano. Desde a precarização
das condições dos serviços, das
necessidades do território consi-
derando a complexidade da influ-
ência dos determinantes sociais
no processo saúde doença, até os
nós das relações institucionais en-
tre comunidades, equipes e gestão.
De modo geral, os embates relacio-
nais que pressionam a tomada de
decisões em nível local ou central,
em muitas circunstâncias retiram
de circulação o afeto e a possibili-
dade de traduzir subjetividades tão
necessárias à produção de saúde,
imprimindo “durezas” na atmosfera
do SUS local. Reinventar olhares,
é uma premissa para mudanças
possíveis de realidade, como pon-
to de suporte para reorientação
de condutas e práticas e também
para alcançar pessoas em diferen-
tes espaços do trabalho em saúde.
Volume 7
do ACCR aliado aos processos de
capacitação melhorou a qualidade
e efetividade do serviço prestado,
assim como os fluxos internos, e
um atendimento humanizado com
escuta e acolhimento qualificados.
A EP tem um papel importante na
capacitação técnica das equipes
mas também como uma estratégia
de gestão participativa que favo-
rece o trabalho em equipe, garan-
tindo a qualidade da assistência
prestada à população favorecendo
a integralidade a saúde, além de
promover espaços de escuta dos
profissionais aproximando a gestão
e operacional. A implementação de
Há de se considerar que no longo
e instável processo de implementa-
ção das diretrizes do SUS, fomen-
tar estratégias para a valorização
do trabalho em saúde sempre será
um caminho genuíno de reconhe-
cimento das pessoas, equipes e
serviços, pois sem encontros, não
há saúde.
OBJETIVOS
Criar estratégias para o reconhe-
cimento de trabalhadores/equipes
no fazer cotidiano, considerando
conhecimentos, processos de tra-
balho, relacionamento com a co-
munidade, inovação e reinvenção.
METODOLOGIA
Desde 2021, a gestão da SMS,
considerando a complexidade da
Rede SUS de Suzano, vem ma-
peando o SUS que dá certo nos
pontos de atenção à saúde. As
“inspirações” seguem dos canais
municipais de ouvidoria, das expe-
riências exitosas consolidadas nos
serviços de saúde, da percepção
protocolos associada às capaci-
tações promove maior adesão do
mesmo por parte das equipes e
permite equalizar o conhecimento
técnico dos profissionais. Para pro-
mover o acolhimento foi necessária
a reorganização do serviço de saú-
de a partir da problematização dos
processos de trabalho possibilitan-
do uma intervenção eficaz de toda
equipe e resolução das demandas
do usuário.
PALAVRAS-CHAVE
rede, urgência, protocolo, educa-
ção permanente
dos gestores das áreas técnicas e
afins. Após o processo de mapea-
mento, é realizado um refinamento
da experiência em questão, para a
ressignificação histórica, eviden-
ciando o modo de fazer, a(s) auto-
ria(s), pertencimento, resultados e
impacto nos territórios. Um texto-
-síntese é produzido em parceria
com a Secretaria de Comunicação,
para a validação enquanto gover-
nança municipal para que serviços/
equipes possam pausar, receber
o reconhecimento e refletir sobre
a potência de todos os envolvidos
na produção de saúde. Ainda há a
merecida publicização nos canais
oficiais de comunicação da prefei-
tura com o objetivo de ampliar o al-
cance das boas iniciativas do SUS,
referendando assim o SUS que dá
certo.
RESULTADOS
Desde o início do projeto, o pro-
cesso de valorização do trabalho
em saúde, trouxe o protagonismo
de indivíduos e coletivos em meio
85

aos reais desafios do SUS local. O
resgate da sensação de pertenci-
mento, segue na convicção da in-
dissociabilidade entre atenção para
a construção de ações e serviços
mais humanizados. Conhecer a
história de uma enfermeira que é
referência em feridas, outra em
pré-natal, de um psicólogo acumu-
lou diferentes saberes nas práticas
complementares e integrativas, de
uma unidade de saúde que tem
gestão muito próxima da comu-
nidade, do profissional do Pronto
Socorro sensível ao contexto da
TABOÃO DA SERRA
PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS AGENTESCOMUNITÁRIOS DE
SAÚDE DE TABOÃO DA SERRA
VIVIAN CRISTINA REIS ROCHA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A discussão sobre a formação de
recursos humanos em saúde tem
sido um dos temas de destaque
desde a época da reforma sanitária
brasileira. Neste sentido, a trans-
formação da formação, práticas
profissionais e da reorganização do
trabalho em saúde exige uma refle-
xão crítica da realidade para novas
estratégias de enfrentamento dos
desafios cotidianos do trabalho,
principalmente na retomada dos
processos na Atenção Primária pós
COVID-19. Estando próximo do ter-
ritório e da realidade das equipes de
saúde, pudemos observar o quanto
os Agentes Comunitários de Saúde
(ACS) estavam distante de suas
atribuições necessitando do resga-
te de conceitos da Política Nacional
de Atenção Básica (PNAB), assim
como, o despertar da “paixão” pela
promoção e a proteção da saúde,
não mais focado na doença e na
emergência. Desta forma, o Muni-
cípio de Taboão da Serra, a partir
da PNAB, MS 2012 e a Política Na-
cional de Educação Permanente
em Saúde: o que se tem produzi-
86
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Urgência e Emergência, do Gene-
ralista com legião de fãs, da equipe
impecável da sala de vacina, dos/
as ACS “pontas-firmes”, do capri-
cho da equipe de saúde bucal, do
gestor que percorre o território para
garantir a ida dos usuários referen-
ciados aos serviços especializados,
da ginecologista que adora com-
partilhar conhecimento, do aten-
dimento oportuno na pandemia,
dentre tantas outras, é reconhecer
que o SUS que dá certo é aquele
implicado com a gestão solidária,
participativa e humanizada.
do para o seu fortalecimento?, MS
2018 reorganizou a maneira de
treinamento e atualização dos 138
ACS, das 6 Unidades Básicas de
Saúde (Estratégia Saúde da Família
e Programa Agentes Comunitários
de Saúde). Foi pensado um mode-
lo de processo de formação dife-
renciado, com encontros ao longo
do ano com temas específicos em
saúde a partir das necessidades
dos próprios profissionais.
OBJETIVOS
Proporcionar um espaço sigiloso
para que os ACS pudessem com-
partilhar as dificuldades enfrenta-
das no dia a dia de sua atuação,
assim como, as dificuldades com a
própria equipe. Retomar as atribui-
ções dos ACS a partir do conheci-
mento da PNAB, fortalecimento
deste profissional no território e
proporcionar a ampliação de co-
nhecimento da rede em saúde. Por
fim, o Núcleo de Educação Perma-
nente em Saúde tinha como maior
objetivo a valorização deste profis-
sional na equipe de saúde.
CONCLUSÕES
A pausa-reflexiva para que indi-
víduos/coletivos/serviços redire-
cionem seus olhares para o fazer
cotidiano em todos os momentos,
evidenciou uma aproximação da
gestão de Suzano das diretrizes e
dispositivos da Política Nacional de
Humanização que reconhece o tra-
balho como uma das possibilida-
des de garantir a saúde enquanto
direito à vida
PALAVRAS-CHAVE
valorização trabalho humanização
METODOLOGIA
Realizamos encontros mensais de
4 horas cada, com temas específi-
cos a partir da solicitação dos ACS.
Os encontros iniciaram em abril
com tema: COVID-19 e a retomada
da Atenção Básica; maio: Aborda-
gem nas IST; junho: Saúde men-
tal; julho: Assistência Social e Nú-
cleo de Cuidados a pessoa Trans;
agosto: Agosto Dourado; setembro:
Outubro Rosa: Saúde da Mulher;
outubro: Saúde do idoso; novem-
bro: Dezembro vermelho e encerra-
mento. Em todos os encontros eles
recebiam um material de escritório
para auxiliar no trabalho diário e
tínhamos um tempo de café para
proporcionar integração das equi-
pes. Ao final de cada encontro eles
recebiam uma avaliação para que
pudéssemos acompanhar a satis-
fação da equipe quanto ao tema,
metodologia e tempo de duração.
Nesta avaliaçãohavia um espaço
para as sugestões de temas futu-
ros. A cada encontro os gestores
recebiam uma devolutiva das ava-
liações e também a porcentagem
de presença de cada unidade. Em
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
alguns encontros foi possível pre-
miar algumas equipes, por ter 100%
de participação, por realizar mais
visitas domiciliares e realizar os ca-
dastros. Destes encontros também
surgiram outros desdobramentos,
como a visita a maternidade mu-
nicipal, para conhecer o espaço
físico e programas de cuidado a
mãe e bebê. Também fizemos um
formulário no google forms, para
que eles preenchessem de forma
sigilosa expondo a forma de funcio-
namento da unidade e das equipes.
Um projeto lindo que surgiu, e que
será motivo de outra escrita, foi o
registro fotográfico do dia
RESULTADOS
Através das devolutivas das avalia-
ções percebeu-se que os profis-
sionais estavam satisfeitos com o
formato e proposta, pois em todos
os encontros tivemos uma nota
TABOÃO DA SERRA
VALORIZAÇÃO DOS ACS DE TABOÃO DA SERRA. MATERIALIZAÇÃO
DE ROTINA ATRAVÉS DE REGISTRO FOTOGRÁFICO
VIVIAN CRISTINA REIS ROCHA, RICARDO APARECIDO DE MORAES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O SUS que dá certo nem sempre
tem visibilidade sendo, portan-
to, tarefa política de seus agentes
anunciá-lo. Anunciá-lo não como
recurso de marketing, mas como
afirmação de que é possível pro-
duzir mudanças nas práticas de
gestão e de atenção, o que permite
a produção de reencantamento de
trabalhadores e da sociedade em
geral pelo SUS, pela política pública
solidária, inclusiva e de qualidade,
esperando que o reconhecimento
de suas práticas e o registro foto-
gráfico com a finalidade de des-
cobertas do poderoso material de
trabalho dos ACS. Na perspectiva
dos trabalhadores, humanização
da saúde tem relação direta com
a valorização do trabalho e do tra-
Volume 7
média maior que 9 pontos. A partir
do formulário foi possível identifi-
car falhas no processo de traba-
lho, como falta de regularidade de
reuniões de equipe, falta de retorno
de casos discutidos, baixa visita
domiciliar de outros integrantes da
equipe (como, enfermeiros e mé-
dicos). Estes temas foram ampla-
mente discutidos com os gerentes
de cada unidade e com enfermeiro
de referência. Segundo os ACSs
em relato no dia do encerramento
houve uma clara melhora nestes
dois pontos que antes eram entra-
ves, melhorando a comunicação
entre as equipes. Percebeu-se ao
longo das ações uma grande inte-
gração do grupo de ACS, melhora
dos processos de trabalho nas uni-
dades, valorização do profissional,
fortalecimento do trabalho em rede
(isto nas visitas a maternidade), di-
minuição do absenteísmo no curso.
balhador, portanto, temos a tarefa
decorrente da ampliação de nossa
capacidade de produzir processos
civilizatórios e democráticos mais
extensos, plurais e regidos pelo
interesse público. Assim, este pro-
jeto surgiu da parceria do Núcleo
de Educação Permanente e Hu-
manização em Saúde (NEPHS) e
Programa Municipal de HIV/AIDS
do município de Taboão da Serra,
para o registro fotográfico do dia
a dia dos agentes comunitários de
saúde. Quanto ao recurso escolhi-
do faz-se importante ressaltar que
a fotografia é mais do que um regis-
tro, é a materialização de um bem
precioso quando está relacionado
a um fato histórico, um momento,
um afeto. Através da imagem po-
demos assimilar o mundo em di-
CONCLUSÕES
Apesar do amplo conhecimento
sobre a Política de Educação Per-
manente, ainda temos muita difi-
culdade em transpor o conceito
de “curso”. Assim, acredito que a
maior experiência que vivenciamos
com este trabalho foi diluir os en-
contros de forma mensal sempre
proporcionando reflexão crítica nos
processos de trabalho e o movi-
mento em onda que surgiu através
deste. Fecho este texto com uma
escuta inconsciente ou [melhor]
consciente da música do cantor
Lulu Santos: Como uma onda no
mar, acreditando plenamente que
nossas ações no SUS geram movi-
mentos “Num indo e vindo infinito”.
PALAVRAS-CHAVE
ACS, Educação Permanente, valo-
rização profissional
versas óticas. A imagem captura
o momento para que possamos
contemplar os detalhes, ela traduz
aquilo que a palavra às vezes não
dá conta de expressar.
OBJETIVOS
O objetivo principal: valorizar o tra-
balho diário dos ACS e o reconhe-
cimento da importância da rotina
do ACS pela materialização em re-
gistros fotográficos.
METODOLOGIA
Para finalizar o Processo de Forma-
ção dos ACSs a representante do
NEPHS junto ao gestor da Clínica
DST (foi nosso fotógrafo) organi-
zaram um cronograma com as 6
unidades de saúde, sendo 4 ESF e
2 PACS, para o registro fotográfico
87

das rotinas em seus territórios. Au-
torizadas pelo gestor de cada uni-
dade trabalhada, foram realizadas
fotos coletivas e a rotina pelo ACS
no território da equipe . O Tempo
utilizado variava para cada unidade
e a distância da visita domiciliar.
RESULTADOS
Foi possível perceber pelas falas e
sorrisos dos ACSs o quanto a ação
foi importante. Muitos verbalizaram
que ninguém tinha olhado para eles
desta forma e que se sentiam va-
lorizados. As fotos revelaram de-
talhes preciosos da relação ACS x
população/território promovendo
surpresa e emoção ao se identifi-
car como esse agente transforma-
TABOÃO DA SERRA
O VALOR DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM EQUIPES DE
SAÚDE MENTAL
VANINI MANDAJ
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Após controle da pandemia da
COVID-19 necessitou-se a reto-
mada dos grupos técnicos (GT)
em saúde mental no território de
Taboão da Serra. O GT, apesar
de já existente, necessitava ser
reformulado para além de um
grupo de discussões e encon-
tros das equipes aleatoriamen-
te. O caminhar em saúde men-
tal exigia que houvesse espaço
também de formação da equipe
que pudesse embasar as dis-
cussões realizadas e pudesse
justificar tecnicamente o matri-
ciamento realizado pela rede,
já que o município não possui
equipes de NASF. A proposta foi
a inovação deste processo de
trabalho existente para um GT
que garantisse a integração dos
diferentes saberes, de diferen-
tes profissionais, de diferentes
níveis de assistência, associada
a um espaço de formação, que
88
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
dor e orientador na comunidade
que trabalha, reforçando o caráter
humano da relação instituição de
saúde e população durante a apre-
sentação e homenagem do projeto
pelo vídeo no encerramento da for-
mação dos ACS. As fotos também
já foram inseridas em um material
que está sendo construído como
base de trabalho dos ACSs, este
material foi nomeado como Guia de
Bolso do ACS. Apesar do resultado
de valorização profissional ter sido
alcançado, não podemos deixar
de relatar o quanto estar no campo
com elas e participar, mesmo que
em uma pequena fração, das fragi-
lidades do trabalho delas, ampliou
nosso olhar de forma vertiginosa.
pudesse qualificar os traba-
lhos realizados e justificasse as
ações de forma técnica, fortale-
cendo os vínculos da equipe e
as diretrizes do SUS e da Re-
forma Psiquiátrica. A garantia
de uma formação continuada,
de uma construção comparti-
lhada dos saberes técnicos e a
lógica do cuidado longitudinal
com foco no Projeto Terapêu-
tico Singular (PTS) ratifica a vi-
são de uma rede viva, onde o
usuário, que não é exclusivo de
um determinado equipamento,
possa circular entre os serviços
segundo a gravidade de seus
sintomas e não segundo o seu
CID, critérios importantes para
a Rede de Atenção Psicossocial
(RAPS).
OBJETIVOS
Viabilizar e garantir espaços
de educação permanente que
favoreçam a formação técnica
Foi possível ver na prática o quan-
to eles são atuantes no território e
o quanto são solicitados pela vizi-
nhança. Ficamos fascinados com
a dedicação e carinho que cada
profissional apresentou com suas
famílias e suas histórias.
CONCLUSÕES
A fotografia pode ser uma ferra-
menta de trabalho, servindo de
diálogo e discussão de temas im-
portantes, além de potencializar o
olhar para o processo de trabalho
e do profissional.
PALAVRAS-CHAVE
ACS, fotografia, valorização, huma-
nização
das equipes de saúde mental e
a construção coletiva de sabe-
res, fortalecendo a qualificação
dos profissionais e consequen-
temente da rede.
METODOLOGIA
O GT foi o espaço escolhido
para este trabalho de educa-
ção permanente. Ele é forma-
do por psiquiatras, psicólogos,
fonoaudiólogos e terapeutas
ocupacionais tanto da Atenção
Básica quanto da Atenção Es-
pecializada, que se encontram
regularmente às últimas sextas-
-feiras do mês na Secretaria de
Saúde. Participam também pro-
fissionais de outras áreas que
exercem função nos CAPSs e
CECO, como enfermeiros e as-
sistentes sociais. Durante o ano
de 2022, foram realizados 10
encontros com temáticas varia-
das, que privilegiassem o saber
amplo dos profissionais como
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
técnicos em saúde mental, sem
excluir seu saber acadêmico.
Os temas além de contempla-
rem saberes técnicos em saúde
mental como transtornos men-
tais adultos, infantis, psicofár-
macos e prevenção ao suicídio,
também qualificaram o profis-
sional com relação aos siste-
mas de informação do SUS e a
rede disponível no território tan-
to da saúde quanto fora, como
por exemplo a visita ao viveiro
municipal, a fim de sensibilizar
e ampliar as parcerias existen-
tes no território, contribuindo de
forma mais humanizada e inte-
TABOÃO DA SERRA
A ÁRVORE DAS EXPRESSÕES - ACOLHIMENTO DE PROFISSIONAIS
DA UBS OLIVEIRAS/MARABÁ EM TABOÃO DA SERRA
VALKIRIA TEIXEIRA PEREIRA BRITO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em meus 4 anos de psicóloga
clínica na Unidade Básica de
Saúde, Oliveiras/Marabá, se
tem algo que aprendi foi que
cuidar de quem cuida, não é
tarefa fácil! Deixar o papel de
cuidador e assumir o daquele
que será cuidado, muitas vezes
é o maior impedimento para que
as pessoas busquem ajuda, ou
mesmo desenvolva ações de
autocuidado. Lembrando, que
em um equipamento de saúde,
existem profissionais que não
atuam diretamente no cuidado
à saúde, porém englobam essa
categoria por exercer alguma
função dentro do equipamento,
lidando com uma sobrecarga
emocional, sem o ser reconhe-
cido como tal. Ao fim de 2019,
iniciou-se mundialmente a pan-
demia por COVID-19, aumen-
tando a sobrecarga de estresse
para esses trabalhadores, que
em seu cotidiano precisaram
Volume 7
gral ao PTS do usuário.
RESULTADOS
Houve a participação média de
30 profissionais da equipe téc-
nica de saúde mental, com difi-
culdade para os psiquiatras de-
vido às altas demandas e suas
cargas horárias no município.
Tivemos propostas de amplia-
ção das temáticas e dos espa-
ços, que serão consideradas
para o próximo ano.
CONCLUSÕES
A Educação Permanente em saú-
lidar com o medo, angústia,
ansiedade, enfim, uma infinida-
de de sentimentos e emoções,
na execução de suas ativida-
des. (FIOCRUZ,2020 p.2-4). Foi
pensando nas questões aci-
ma mencionadas, na dificulda-
de que seria acolher todos os
funcionários em atendimentos
individuais, na importância do
pertencimento e dos vínculos
grupais que foi proposto uma
maneira para que os mesmos
pudessem encontrar no local de
trabalho um espaço para expor
e compartilhar suas emoções,
de maneira lúdica, oferecendo
e recebendo acolhimento gru-
pal sem que isso ocasionasse
ausência de sua função por um
longo período, auxiliando mais
como uma válvula de escape da
pressão constante vivenciada
no dia a dia de trabalho.
OBJETIVOS
• Possibilitar a criação de um
de mental é um instrumento valio-
so para garantir não só a amplia-
ção dos conhecimentos técnicos
dos profissionais, mas também
de encontrar espaços para a
construção coletiva dos saberes,
favorecendo o fortalecimento dos
vínculos entre as equipes refletin-
do diretamente nos processos de
trabalho como o matriciamento
dos casos em saúde mental de
forma mais segura e técnica.
PALAVRAS-CHAVE
saúde mental, educação perma-
nente, formação, GT
espaço de expressão, acolhi-
mento, empatia e integração
grupal, no dia a dia de trabalho;
• Fornecer a equipe de funcio-
nários, um espaço para expres-
são de seus sentimentos e emo-
ções, como forma de auxiliá-los
na regulação dos mesmos, es-
timular a empatia e integração
grupal proporcionando cuidado
de sua saúde mental, atuando
como prevenção e promoção da
saúde; • Auxiliar para que toda
a equipe da Atenção Básica da
UBS Oliveiras/Marabá, tenha no
dia a dia de trabalho um espaço
onde possa expressar de ma-
neira lúdica, sensações e emo-
ções possibilitando um desinflar
de tensões; • Possibilitar em sua
rotina de trabalho pequenas re-
flexões e possibilitar diminuição
da sobrecarga de estresse e
aumento do autocuidado; • Es-
timular a empatia e integração
grupal, proporcionando um es-
paço de acolhimento no local de
89

trabalho.
METODOLOGIA
As atividades foram propostas a
todos os funcionários que atuam
dentro da unidade, sendo a “árvo-
re” colocada em um local de fácil
acesso e visibilidade. O projeto
inicial durou 2 meses e 15 dias
- 2 semanas para cada ativida-
de proposta – sendo posposto 5
atividades diferentes. Na primeira
semana desenho livre, dizeres de
apresentação com a proposta da
atividade: -“olá! sou a árvore das
expressões(permanente); quero
muito saber, como você está? Me
conta através de um desenho?”
Na segunda semana bilhetinhos
carinhosos, dizeres: - “receber
um mimo, é bom né? sabe de
alguém que está precisando de
um mimo, uma palavra de cari-
nho, acolhimento, estímulo? faça
um bilhete, da maneira que achar
melhor, pode ser um desenho,
um verso, poema, e deixe aqui na
árvore junto com uma bala para
essa pessoa. aposto que ela vai
se sentir bem melhor!” (as balas
já estavam na árvore). Na terceira
semana jogos, dizeres: -“Jogos
são sempre divertidos. Conhece
algum destes? Então divirta-se!”
Na quarta semana, desenho co-
letivo dizeres: - “já pintou com tin-
ta? vamos fazer um desenho co-
letivo livre, gostaria muito de sua
contribuição. Deixe sua imagina-
ção a solta, vamos lá?” Na quinta
semana, avaliação e propostas
dizeres: - “já estamos juntos há
um tempo, queria saber sua opi-
nião: o que achou das atividades
propostas? Acha importante dar
continuidade? Tem ideias para
novas atividades? compartilhe
aqui.”
RESULTADOS
Foi possível observar logo nos
primeiros dias interesse pela
proposta. De maneira geral, to-
das as atividades tiveram ade-
são, umas mais que ouras, por
90
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
exemplo os jogos, que foram
aqueles que mais geraram inte-
resse. Foi possível notar ainda,
que profissionais de toda a uni-
dade, desde a gestão a equipe
da limpeza pararam em algum
momento diante da “árvore”,
fosse para contribuir, ou so-
mente observar o que os outros
haviam feito. Direta ou indireta-
mente 90 profissionais partici-
param. Pensando que a propos-
ta inicial era oportunizar uma
parada, tirar um momento que
fosse para desfocar do traba-
lho, esse intento foi alcançado,
e adquiriu maior importância,
pois facilitou a integração dos
vários setores da unidade, uma
vez que se encontravam diante
da árvore e acabam por trocar
impressões do que lá estava ou
para competir em uma partida
de “jogo da velha”. A seguir al-
guns relatos: “Valkíria, alguém
fez um raminho de flores, e es-
creveu um bilhete assim, que o
seu dia seja perfumado como
a beleza das flores” Nossa! Fi-
quei extremamente emociona-
da! É bom, né? Saber que estão
te vendo, sabem que você está
aqui.” Enfermeira que recebeu
um bilhetinho. “Nossa quando
desci o Dr.F. me chamou para
responder as palavras cruzadas
e eu disse, há! Agora não tô com
cabeça, estava preocupado, só
pensando em uns problemas,
mas aí ele insistiu e começamos
a responder, e agora – ao termi-
nar as palavras cruzadas – até
esqueci dos problemas”. Admi-
nistrativo na semana dos jogos.
CONCLUSÕES
Vivemos em uma sociedade em
que o adoecimento mental ain-
da é visto com muito precon-
ceito. Se você é um profissional
da área da saúde, é pior ainda,
pois é como se estes profissio-
nais devessem receber em sua
graduação um certificado de
super herói e uma armadura,
que bloquearia todos os pro-
blemas e adoecimentos, sejam
eles físicos ou emocionais. Se-
gundo a cartilha trabalhadores
da saúde, elaborada pela Fio
Cruz(2020,p.3) “Ter uma boa
“saúde mental” é poder viven-
ciar as emoções que nos tocam
em nosso caminho e conse-
guir elaborá-las e relacioná-las
ao conjunto de vivências que
carregamos conosco, transfor-
mando e sendo transformados
pelos eventos da vida”(FIO-
CRUZ,2020 p.3). Para Vieira
e Maia,2017[...]“Intervenções,
por meio da experimentação
criativa, provocam efeitos tera-
pêuticos e proporcionam[…] a
possibilidade de ampliar a auto-
percepção, a autorreflexão e as
estratégias de autocuidado”. E
esta proposta interventiva sur-
giu a partir justamente dessas
necessidades observadas nes-
ses profissionais e ao colocá-la
em prática objetivou que a de-
tecção e prevenção de agravos
a sua saúde fosse oportunizada
pela própria percepção que es-
tes passaram a ter de si mes-
mos, e também das necessida-
des dos que o circundam no dia
a dia de trabalho.
PALAVRAS-CHAVE
SAÚDE MENTAL, ACOLHIMEN-
TO, PROFISSIONAIS, EMO-
ÇÕES
BIBLIOGRAFIA
FIOCRUZ, Fundação Oswaldo Cruz.
Saúde Mental e Atenção Psicossocial
na Pandemia COVID-19. Recomen-
dações para Gestores. Rio de Ja-
neiro: Ministério da Saúde, abr. 2020.
Vieira,C.N.M e Maia;M.V C. M: ARTE
E SAÚDE: PERFORMANCE COMO
INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA,
DOI: 10.26823/Revista do NUFEN.
Vol09. N03 artigo15, Belem,2017.
Acessível em: > http://pepsic.bvsa-
lud.org/scielo.php?script=sci_arttex-
t&pid=S2175-25912017000300006 .
Acesso em: 28/04/2021.
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
TABOÃO DA SERRA
UMA CASA PARA CHAMAR DE NOSSA - A CONSTRUÇÃO DOS
FLUXOGRAMAS DE ATENDIMENTO DA C.A.S.A DE TABOÃO
CARLA A BORGES, ALINE S MARKOSKI DOS SANTOS, CAROLINA MATIAS BELONIO,
CAROLINE FERREIRA DE MEO MADDALENA DE ALMEIDA, EVELYN CRISTINA
FERREIRA DE OLIVEIRA, ROSANA ANGELO RIBEIRO, STANA HELENA GIORGIO
GROSSO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Atenção Básica, porta de entrada
no sistema único de saúde (SUS),
propõe a responder a maioria das
demandas dos indivíduos, loca-
lizam-se nas proximidades das
moradias e locais de trabalho, ou-
tras demandas mais complexas é
necessário contar com a Atenção
Especializada, elas trabalham em
REDE, atendendo o usuário de
forma ampla, como é estabeleci-
do pela Constituição Federal de
88 em seu artigo 196. Também por
meio da Constituição de 88 ado-
lescentes adquiriram status de su-
jeitos de direito, depois pelo Esta-
tuto da Criança e do Adolescente.
O Programa Saúde do Adolescen-
te do Estado de SP, transformado
na LEI 11.976 25/08/05, visa a im-
plantação e a implementação de
ações para construir um cuidado
integral e universal à atenção à
saúde de adolescentes e jovens.
Em Taboão da Serra o objetivo de
cuidar dos adolescentes de ma-
neira mais pormenorizada, acon-
tece na atenção especializada na
C.A.S.A. desde 2021, de porta
aberta, que inicialmente buscou
os adolescentes nas escolas, no
território, através do projeto Pen-
sar e Agir em Rede, que aborda-
vam temas da sua realidade en-
corajando-os posteriormente a
irem na C.A.S.A acompanhados
ou não de suas famílias em busca
de melhoras da saúde. A equipe
viu a necessidade de estruturar o
serviço por meio de fluxogramas e
protocolos específicos. Conside-
rando para fins de relato desta ex-
periência, ênfase na estruturação
do acolhimento com o objetivo de
Volume 7
garantir, integralidade, universa-
lidade, equidade e excelência no
cuidado do adolescente.
OBJETIVOS
Considerar a assistência da equipe
multiprofissional da CASA e de ou-
tros recursos em articulação com a
REDE; Garantir a integralidade do
cuidado; Identificar as formas de
acesso e os critérios de atendimen-
to (adolescentes de 12 a 18 e mora-
dor de Taboão da serra); Estruturar
um fluxograma de acolhimento ao
serviço considerando as situações
mais prevalentes; Estruturar a bus-
ca ativa e fluxograma de acesso à
adolescentes referidos por deman-
das judiciais, escolares e notifica-
ção de violência, aos referidos pelo
Centro de Atenção Psicossocial
(CAPS) e à adolescentes com de-
mandas de urgência e emergência;
O fluxograma de referência e con-
trarreferência com a UBS e demais
serviços da rede; Protocolos de
assistência conforme a expertise
profissional da CASA; Aprimorar
o acolhimento e acesso do ado-
lescente e suas famílias, diálogo e
os processos de trabalho entre a
equipe multiprofissional no serviço;
Estabelecer fluxo de desligamento,
alta e transferência de atendimento
para fora do município.
METODOLOGIA
eflexão da equipe; Identificação
das necessidades; Designação de
horários para reuniões de equipe,
onde trocamos observações indi-
viduais e coletivas sobre o acolhi-
mento/acesso ao nosso serviço;
Pesquisa bibliográfica; Busca ativa
por visitas e contatos telefônicos ou
redes sociais; Levantamento de da-
dos no Cadastro da CASA; Educa-
ção permanente ofertada pelo Pro-
grama Saúde do Adolescente do
Estado de SP que subsidiou nossa
construção; Compartilhamento das
experiências com outros serviços
de cuidado do adolescente; Visi-
tas estruturadas as outras CASAS
do adolescente e demais serviços
de atendimento e cuidado inte-
gral; Busca de apoio a promotoria
e outros profissionais de direito e
Diálogo continuo entre a equipe de
trabalho da CASA e demais traba-
lhadores da REDE.
RESULTADOS
Estabelecemos e redigimos um
fluxo de acesso/acolhimento con-
siderando as situações mais preva-
lentes que levam os adolescentes e
suas famílias a buscarem a CASA;
Conduzimos os adolescentes
que não estavam nos critérios de
atendimento; Individualizamos em
nosso fluxograma de atendimento
situações de acesso/ acolhimento
como o interesse em um agenda-
mento de consulta com o hebiatra
ou a implantação de LARC (contra-
ceptivo reversível de longa perma-
nência) de uma situação que requer
uma escuta qualificada. Esta abor-
dagem garante que no primeiro
contato haja um direcionamento
adequado da demanda. Tornamos
possível, através da estruturação
do fluxograma de acesso, o ma-
nejo das diferentes situações de
maneira assertiva, prevenimos des-
fechos negativos em saúde men-
tal, que em função dos reflexos da
pandemia de COVID-19, situações
de agravo em saúde mental, tais
91

como, autoagressão, ideação e
tentativa de suicídio tem ocorri-
do com uma incidência impor-
tante e frequente; Realizamos
Visitas na CASA de Heliópolis,
Pinheiros e Mirassol; Entramos
em contato com os dirigentes
das CASAS de Osasco, Itapeti-
ninga e Ilha Cumprida; Mais de
500 adolescentes foram aten-
didos e cadastrados na CASA;
Conquistamos o CNES próprio;
Temos uma equipe multipro-
fissional; Estimulamos a busca
pelo aprimoramento profissional
e Aumentamos o envolvimento e
engajamento da equipe nos pro-
cessos de trabalho, pactuamos
a busca de novos protocolos de
cuidado específicos conforme a
expertise de cada profissional.
CONCLUSÕES
Os serviços de saúde vivem
uma dinâmica de construção
permanente. Temos o privilégio
de participar de um processo
que visa o cuidado do adoles-
cente de hoje, o que promove
a formação de um adulto sau-
dável e apto a contribuir para o
cuidado das gerações futuras.
O trabalho tem crescido con-
forme preconiza a Organização
TAMBAÚ
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE – UMA PERCEPÇÃO DOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE TAMBAÚ
CLAUDIA MARIA LINCOLN SILVA, MARCO ANTONIO ZANARDI, SAMIRA COSTA DE
FARIA BAGATTA, DANIELA RISSARDI OLIVEIRA, CLAUDIA REGINA BIANCHINI DE
OLIVEIRA, SUSANA CRISTINA ASSALIN BASSANEZI, KATIA HARUE OSAKI, RAQUEL
APARECIDA DE AZEVEDO, CLEONE ROSE ALBANO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Política Nacional de Educação
Permanente em Saúde foi insti-
tuída em 2004 como estratégia
do Sistema Único de Saúde para
a formação e o desenvolvimento
de trabalhadores para o setor. A
92
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Mundial da Saúde em sua Ação
Global Acelerada pela Saúde do
Adolescente (AA-HÁ!) da qual o
Brasil é signatário e pelo Projeto
de Lei Municipal que garante a
manutenção do Programa e da
C.A.S.A. do adolescente, que
está redigido e em andamento.
Apoiamos nossa construção
nos cadernos de Atenção Bá-
sica 28 que trata sobre acolhi-
mento, embora nosso serviço
seja de atenção especializada,
nossa dinâmica de cuidado en-
volve a de um serviço de porta
aberta. O fluxograma de acesso/
acolhimento e alta está em im-
plantação em nosso serviço e já
conseguimos visualizar o impac-
to positivo desta estruturação.
Dentro desta dinâmica segui-
mos com o objetivo de construir
uma Norma Operacional Bási-
ca da C.A.S.A do adolescente
abordando as diferentes dimen-
sões do cuidado e suas interre-
lações dentro e fora do serviço
a fim de construir um serviço de
excelência e referência em nos-
sa área de abrangência.
PALAVRAS-CHAVE
adolescente, fluxo, protocolo
Educação Permanente em Saúde
(EPS) baseia-se no processo de
ensino-aprendizagem e se de-
senvolve a partir dos problemas
diários que ocorrem no cotidia-
no de atuação dos profissionais
e das organizações, levando em
consideração os conhecimentos
BIBLIOGRAFIA
BRASIL, Presidência da Repú-
blica, Lei 8.069, de 13 de julho
de 1990. Estatuto da Criança e
do Adolescente. Brasília, DF,
1990. BRASIL, Ministério da
Saúde. Cadernos de atenção
básica n. 28. Acolhimento à de-
manda Espontânea v.1. Brasí-
lia, 2013, BRASIL, Ministério da
Saúde. Cadernos de atenção
básica n. 28. Acolhimento à de-
manda Espontânea v.2. Brasília,
2013, DE AQUINO, Maria do So-
corro Távora et al. Implantação
de fluxograma de atendimento
em um centro de atenção psi-
cossocial. Revista Brasileira em
Promoção da Saúde, v. 30, n. 2,
2017. OMS, Ação Global Acele-
rada Pela Saúde do Adolescen-
te, 2016 TABILE, Patrícia Micheli
et al. A importância do fluxogra-
ma para o trabalho da saúde da
família na visão do projeto PET-
-saúde. Gestão e Saúde, v. 6, n.
1, p. pag. 680-690, 2015. SAN-
TOS, Aline Silva Markoski Dos.
A saúde mental infanto juvenil e
atenção básica: um estudo de
caso. 2019. SÃO PAULO, Gover-
no do Estado, Lei 11.976, de 25
de agosto de 2005. Programa de
Saúde do Adolescente.
e as experiências preexistentes
da equipe, portanto tem perspec-
tiva multiprofissional e interdisci-
plinar, utilizando-se de pedagogia
problematizadora para alcançar
transformações na prática profis-
sional e fortalecimento das ações
em equipe. O Programa de Edu-
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
cação Permanente voltado aos
colaboradores da Coordenadoria
Municipal de Saúde foi iniciado
em março/2021, com intuito prin-
cipal seguindo o Plano de Gover-
no da atual Gestão, de promover
Humanização em Saúde. O pro-
jeto foi se modelando de acordo
com as necessidades identifica-
das, os temas pensados em aten-
der as demandas das equipes,
buscando capacitar e instrumen-
talizar para o cuidado. Ao longo
dos dois últimos anos, foram re-
alizados ao todo 21 encontros,
que contaram com a adesão em
massa dos colaboradores do De-
partamento e abordaram temas
variados.
OBJETIVOS
Esse trabalho tem como objeti-
vo avaliar a percepção dos pro-
fissionais de saúde em relação
ao Programa de Educação Per-
manente em Saúde implantado
no município, e assim, propor
ações para continuidade do tra-
balho no corrente ano.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa quan-
titativa com estudo analítico e
descritivo. Neste trabalho foi
aplicado um questionário com
base na escala de Likert, que
avaliou a percepção dos pro-
fissionais do Departamento
Municipal de Saúde, a partir de
uma amostragem (n) que totali-
zou 64 entrevistados. A Escala
de Likert é uma escala gradual
que permite aos respondentes
expressar a direção e a inten-
sidade da opinião referente a
um determinado assunto. Fo-
ram usadas cinco categorias
ordinais, em que as duas pri-
meiras os respondentes encon-
travam posições positivas em
relação ao Programa EPS (con-
cordo e concordo totalmente),
na terceira encontravam uma
posição neutra (indiferente ou
Volume 7
neutro) e nas duas últimas po-
sições uma posição negativa
(discordo e discordo totalmen-
te). O questionário abordou ba-
sicamente o grau de satisfação
dos trabalhadores, o poder de
transformação por meio desta
ferramenta de ensino-aprendi-
zagem, a pertinência dos temas
em relação a necessidade dos
profissionais, o fortalecimento
das ações em rede a partir da
problematização e discussão
do tema e se o profissional se
sente beneficiado por meio do
Programa e deseja sua continui-
dade. Os resultados referentes
às respostas são apresentados
por meio de frequência simples.
RESULTADOS
Os entrevistados representam
profissionais de saúde de dife-
rentes categorias profissionais e
de distintas unidades de trabalho.
Quando questionados quanto ao
grau de satisfação, a maioria dos
profissionais entrevistados (97%)
avaliou positivamente o Programa
de Educação Permanente implan-
tado pela Coordenadoria Munici-
pal de Saúde desde 2021, e uma
minoria (3%) se manteve neutra. A
EPS se baseia na aprendizagem
significativa, na capacidade de
aprender e de ensinar de todos
os envolvidos e em buscar solu-
ções criativas para os problemas
existentes, nesta perspectiva, a
maioria entende que os encon-
tros de educação permanente de
alguma forma contribuíram para
melhoria do trabalho (95%), ape-
nas um entrevistado discorda
(2%) e três se mantiveram neutro
em relação ao tema (3%). Quanto
aos temas abordados, 95% dos
entrevistados entendem que os
temas foram pertinentes e cor-
respondem a questões/situações
do dia a dia do trabalho, dois (3%)
s entrevistados discordam e um
(2%) se manteve neutro. E por fim,
a grande maioria dos entrevista-
dos (94%) se sentem de alguma
forma, beneficiados pelo Progra-
ma de Educação Permanente em
Saúde e gostariam da sua conti-
nuidade para o ano de 2023.
CONCLUSÕES
A Educação Permanente em
Saúde é uma estratégia funda-
mental para transformação do
trabalho por meio da problema-
tização de casos do cotidiano
do trabalho, necessidades e de-
mandas. Mediante a avaliação e
percepção dos profissionais de
saúde, é possível concluir que o
Programa de Educação Perma-
nente em Saúde do município
atende aos objetivos propos-
tos, favorecendo a melhoria do
trabalho, o fortalecimento das
ações em rede de atenção à
saúde, caracterizam um espaço
de ensino-aprendizagem e tro-
ca de saberes e de experiências
e colaboram para atualização e
capacitação das equipes que
se sentem beneficiadas pelo
Programa e anseiam pela sua
continuidade.
PALAVRAS-CHAVE
Educação Permanente - Gestão
de Pessoas
BIBLIOGRAFIA
Brasil. Ministério da Saúde.
Portaria GM/MS nº198 de 13
de fevereiro de 2004. Institui a
Política Nacional de Educação
Permanente em Saúde como
Estratégia do Sistema Único de
Saúde para a formação e o de-
senvolvimento de trabalhadores
para o setor e dá outras provi-
dências. Brasil. Ministério da
Saúde. Portaria GM/MS nº1.996
de 20 de agosto de 2007. Dis-
põe sobre as diretrizes para a
implementação da Política Na-
cional de Educação Permanen-
te em Saúde e dá outras provi-
dências. Diário Oficial da União.
Brasília, 22 ago. 2007; Seção 1
93

UMBATUBA
DESAFIOS DA MELHORIA DO ACESSO À COLETA DE PREVENTIVO
APÓS PANDEMIA DA COVID-19, EM UBATUBA- SP
MARIA OLIVIA PIMENTEL SAMERSLA, AMÁLIA ROCHA BARROS VIEIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO O câncer do colo
do útero no Brasil é o terceiro
tipo de neoplasia mais incidente,
depois dos cânceres de pele não
melanoma. O Instituto Nacional do
Câncer (INCA), estimou para o ano
de 2022 a incidência de 16.710 ca-
sos novos, representando 15,38
casos em cada 100 mil mulheres
(INCA 2021). O câncer do colo do
útero ocupa no Sudeste a quinta
posição com incidência de 8,61
/ 100 mil mulheres (INCA 2019).
Conforme a análise de risco ver-
sus benefício, as “Diretrizes para
a Detecção Precoce do Câncer
do Colo do Útero no Brasil” re-
comenda o rastreio do câncer do
colo uterino em mulheres entre 25
a 64 anos (INCA 2016; 2021). Lem-
brando também que o modelo de
financiamento do SUS prioriza a
coleta de preventivo em mulhe-
res de 25-62 anos. Consideran-
do a esperada queda de coletas
durante período da pandemia de
Covid 2019, foram levantados da-
dos dos anos de 2019 período pré
pandêmico, 2020 e 2021 período
de maior restrição sanitária e 2022
com a retomada das atividades e
diminuição das restrições e iso-
lamento. A análise dos números
gerou reflexão sobre o impacto
da queda nas coletas e a possibi-
lidade de redefinição de ações e
estratégias necessárias. Assim, o
Núcleo de Educação Permanente
de Saúde (NEPS), junto a Ges-
tão da Atenção Primária realizou
o diagnóstico situacional das 25
Unidades da Estratégia de saúde
da Família em relação ao número
de coletas e ao número de total de
mulheres prioritárias, elaborando
estratégias para aumento das co-
letas.
94
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
OBJETIVOS
OBJETIVOS Comprovar o real im-
pacto da pandemia de COVID19
nas coletas de exames de preven-
tivo. Elaborar uma estratégia para
maior adesão e acesso das mu-
lheres na faixa etária de 25 a 64
anos à coleta do exame preventivo
e ampliar o acesso às coletas de
preventivos em todas as unidades
de Estratégia Saúde da Família do
município. Levantar demanda para
capacitação voltada a prevenção
do câncer do colo uterino junto aos
profissionais da Atenção Primária
em Saúde (APS), com foco principal
nos Agentes Comunitários de Saú-
de (ACS). Adaptar as capacitações
ao modelo virtual com uso de ferra-
mentas auxiliares como plataforma
“Google sala de aula”. Implantar e
aperfeiçoar a linha do cuidado do
Câncer do colo uterino na Atenção
à Saúde da Mulher.
METODOLOGIA
METODOLOGIA A metodologia uti-
lizada foi a Análise Situacional das
25 Unidades de ESF do município
através dos dados da Fundação
Oncocentro de São Paulo (FOSP),
responsável pela avaliação dos
exames do município; houve rea-
lização de oficinas com os ACS e
Enfermeiros, com enfoque na bus-
ca ativa de mulheres na faixa etária
indicada, humanização e equidade
no acesso; utilização da plataforma
“Google Sala de Aula” com aulas
direcionadas a Enfermeiros para
registro correto do procedimento
de coleta de preventivo no Prontu-
ário Eletrônico do Cidadão (PEC);
oficinas utilizando problematiza-
ção com Enfermeiros, Médicos e
Recepcionistas sobre Gestão de
Agendas, abordando a demanda
espontânea, cuidado programado
continuado e consultas agendadas,
de modo presencial e virtual, atra-
vés de fóruns com casos clínicos;
elaboração do cálculo base para
oferta de exames de preventivo. O
cálculo é baseado no total de mu-
lheres na faixa etária cadastrada na
ESF (MC), através do PEC, com a
distribuição do total de Mulheres
Prioritárias, 40% das mulheres ca-
dastradas, dividido por 42 Sema-
nas de Trabalho no Ano (STA). Ex.:
ESF da Vila possui: 907 Mulheres
Cadastradas (MC) 25-64 anos 363
são Mulheres Prioritárias (MP), 40%
das Mulheres Cadastradas 42 Se-
manas Trabalhadas no Ano (STA)
Coleta Semanal = n° MP = 363 =
8,6 STA 42 Serão necessárias 9
coletas de preventivos por semana
para cobertura anual de 40% das
mulheres da faixa etária.
RESULTADOS
Identificamos que no período pan-
dêmico as coletas de preventivos
no município reduziram drastica-
mente se comparado ao ano de
2019, tanto no total de coletas,
como das coletas de mulheres na
faixa etária preconizada. As quedas
foram de 27% em 2020 no número
total, como entre mulheres de 25-
62 anos, no ano de 2021 as quedas
foram de 9% no total, e 8% entre
mulheres de 25-62 anos. Já no ano
de 2022 as quedas foram de 11%
no total, e 8% entre mulheres 25-
62 anos, os dados de 2020, 2021 e
2022 foram comparados aos dados
do ano de 2019. Comparando os
dados do ano de 2022 com 2020,
foi observado um aumento de 22%
no total das coletas, e um aumento
de 26% das coletas entre mulhe-
res de 25-62 anos. Já na compa-
ração entre os anos de 2022 com
ano de 2021, foi observado a queda
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
de 2,2% no total das coletas e um
aumento de 0,3% das coletas entre
mulheres de 25-62 anos. Compa-
rando os dados levantados, é pos-
sível observar um aumento das co-
letas de preventivos entre mulheres
de 25-62 se comparado ao ano de
2020, e apesar da queda no total de
preventivos na comparação do ano
de 2022 com 2021, tem-se um pe-
queno aumento relacionado as co-
letas entre mulheres de 25-62 anos,
onde no ano de 2021 foi observado
81% do total das coletas, foram de
mulheres entre 25-62, já no ano de
2022 o percentual de coletas en-
tre mulheres entre 25-62 anos foi
de 83,11% do total. Já o indicador
do Previne Brasil teve um aumento
de 2% das coletas entre mulheres
de 25-62 anos no segundo quadri-
mestre de 2022.
UMBATUBA
MATRICIAMENTO “OFICINA DE AGENDA UBATUBA” CÁLCULO DO
Nº DE VAGAS BASEADO NA POPULAÇÃO CADASTRADA
PAULO GEOVANE DE ALMEIDA, AMÁLIA ROCHA BARROS VIEIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O acesso universal a saúde é um
princípio do Sistema Único de
Saúde (SUS), o acesso à saúde é
o que condiciona o cuidado inte-
gral e condiciona a universalida-
de, ou seja: a garantia da entrada
no sistema de saúde como “Di-
reito de todos e dever do Estado”.
Mas quais os parâmetros facili-
tadores para “pensar uma agen-
da” para a ESF? Como priorizar
um nº X de oferta de consultas
médicas e de enfermagem para
suprir as necessidades da unida-
de? Como pensar uma agenda
baseada no nº de pacientes ca-
dastrados? Como ter uma base
de cálculo sobre o nº de cadas-
trados e ainda priorizar acesso
aos acolhimentos? Fatores como
a pandemia impactaram sobre-
maneira o acesso aos serviços
Volume 7
CONCLUSÕES
CONSIDERAÇÕES FINAIS Conhe-
cer a epidemiologia do câncer de
colo uterino possibilita a análise da
prevalência da doença no territó-
rio, assim como, planejar ações e
ampliar o acesso das mulheres de
25 a 64 anos a coleta do preventi-
vo, indo de encontro aos princípios
e diretrizes do SUS, como a equi-
dade, além de influenciar positiva-
mente nos indicadores de saúde. A
criação de modelos inovadores vol-
tada a melhoria no acesso contribui
também para a redução da morbi-
mortalidade feminina por causas
evitáveis, como a neoplasia de colo
do útero, trabalhando a integralida-
de na saúde da mulher e proporcio-
nando promoção à saúde, preven-
ção e o diagnóstico precoce, com
de saúde, gerando demanda re-
primida e desencadeando outras
situações que seguem afetando
o SUS, Ubatuba mostrou 100%
das suas ESF com fila de espera
para agendamento de consultas,
umas unidades mostraram situ-
ações mais graves que outras
nesse aspecto, mas todas apre-
sentaram procura maior que a
oferta. Trabalho justifica-se con-
siderando a necessidade de re-
organização e transformação no
processo de trabalho, a equipe
do Núcleo de Educação Perma-
nente elaborou os cálculos nor-
teadores para as agendas, base-
ados nos números de pacientes
cadastrados na PEC e organizou
os matriciamentos por regiões,
onde os enfermeiros calcularam
os nº de consultas de acordo
com a sua população.
resolutividade das necessidades
de saúde desta população. A ca-
pacitação aos profissionais dire-
tamente ligados a prevenção do
câncer do colo uterino na Rede de
Atenção a Saúde junto ao NEPS,
deve ser contínua e acompanhada
de monitoramento para avaliação
das atividades, onde será possível
observar melhorias nos indicado-
res de saúde desse segmento. A
sensibilização de gestores também
é de extrema importância, onde se
faz necessário o apoio nas ativida-
des, assim como o fornecimento de
condições adequadas de trabalho,
buscando o alcance de metas e
também a melhoria da assistência.
PALAVRAS-CHAVE
Preventivo, pandemia, COVID19
OBJETIVOS
Matriciar os enfermeiros da ESF
a responderem as seguintes
questões, considerando 42 se-
manas no ano (descontamos fé-
rias do médico, enfermeiro, fe-
riados e pontos facultativos): De
acordo com a minha população
cadastrada, quantos pacientes
devo atender por semana para
conseguir promover acesso à
saúde no meu território? Cal-
cular o nº de consultas para o
seguinte público: Coleta de Pre-
ventivo em mulheres com ida-
des entre 25-64 anos Gestantes
Diabéticos e Hipertensos Pueri-
cultura População Geral
METODOLOGIA
Relato de caso das ações de
matriciamento em educação
permanente para as unidades
95

de ESF de Ubatuba para auxiliar
os enfermeiros a estimarem o nº de
pacientes a serem atendidos para
que o acesso equânime à saúde
seja garantido a todos. As fórmulas
utilizadas para cada situação es-
tão expostas no quadro 1. Público
Fórmula Observações Preventivo
40% do total do N° de mulheres
cadastradas (25-64 anos) dividido
por 42* Gestante Nº total de ges-
tantes vezes 14***** dividido por 40
semanas, o resultado divide por 2**
Diabéticos Nº total de diabéticos
cadastrados dividido por 2**, divi-
dido por 42* 1 consulta semestral
solicitando exames laboratoriais.
Estratificar risco cardiovascular
Hipertensos Nº total de diabéticos
cadastrados dividido por 2**, divi-
dido por 42* Puericultura Médico:
Nº de Crianças X por 6*****,dividido
por 42* O Ministério da Saúde reco-
menda sete consultas de rotina no
primeiro ano de vida 1ª semana ***
1º mês**** 2º mês **** 4º mês*** 6º
mês **** 9º mês *** 12º mês**** Duas
consultas no 2º ano de vida **** (no
18º e no 24º mês) Enfermeiro: Nº
de Crianças X por 3*****,dividido
por 42* População Geral Popula-
ção geral cadastrada, subtrai o nº
de grupos prioritários já calculados,
divide por 84 (dois anos) * Semanas
** Dois profissionais: Enfermeiro e
Médico *** Enfermeiro **** Médico
***** Nº Consultas no ano
UMBATUBA
PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA: UM TRABALHO EM REDE
NO MUNICÍPIO DE UBATUBA.
AMÁLIA ROCHA BARROS VIEIRA, MARIA OLIVIA PIMENTEL SAMERSLA, PAULO
GEOVANE DE ALMEIDA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
O trabalho a seguir inicia-se em
Julho de 2022 a partir de uma
Oficina sobre Treponema, e tem
como tema central a Prevenção
96
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
RESULTADOS
Todos os enfermeiros das 24 equi-
pes, distribuídas em 33 ESF foram
matriciados em suas respectivas
regiões, todos compareceram com
seus nº de pacientes cadastrados
e todos realizaram seus cálculos
durante as oficinas realizadas nos
matriciamentos, os coordenadores
médicos também participaram e
multiplicaram os saberes na reunião
médica mensal, os enfermeiros
repassaram o conteúdo dos ma-
triciamentos nas suas respectivas
reuniões de equipe, para empode-
ramento de toda equipe de saúde.
Houve a constatação de que as
agendas apresentavam condições
de potencialização de atendimentos
a partir do direcionamento do públi-
co-alvo adequadamente e priori-
zando os atendimentos dos grupos
prioritários, a experiência permitiu
a visualização real do quantitativo
de pacientes e as possibilidades de
reorganização efetiva das agendas
médicas e de enfermeiros da ESF.
Também houve a consideração de
realização de mutirões de realiza-
ção de coleta de preventivo regio-
nalmente, para que todas as uni-
dades de ESF fossem capazes de
assistir a todas as suas pacientes.
CONCLUSÕES
Com a percepção do real nº de
consultas que cada unidade pre-
da Sífilis Congênita (SC) no mu-
nicípio de Ubatuba, com foco na
ampliação do acesso de mulheres
em idade fértil aos Testes rápidos
(TR) de Sífilis na Atenção Primária
a Saúde (APS), principal porta de
cisa ofertar de acordo com a sua
população cadastrada, ficou claro
que ajustes deveriam ser feitos, e
foram. Uma unidade ao reorganizar
sua agenda de puericultura conse-
guiu abrir um dia inteiro de atendi-
mentos mensal em uma região de
Quilombo, e essa “folga” na agen-
da permitiu que esses atendimen-
tos fossem realizadas na própria
comunidade quilombola. Adminis-
tração de agendas de unidades de
saúde precisam seguir a lógica pre-
conizada pelo Ministério da Saúde,
contemplar grupos prioritários e ter
disponibilidade para acolhimen-
to, não é possível produzir saúde
a partir de agendas abarrotadas,
sem reserva técnica e sem coerên-
cia, pois atender demandas espon-
tâneas sem planejamento trans-
forma o ambiente de produção de
saúde em ambiente produtor de
trabalhadores mentalmente exaus-
tos. A Oficina de agendas a partir
do matriciamento como lógica de
organização do trabalho em saúde
apresenta potencialidade transfor-
madora dos processos de trabalho,
fortalecimento do SUS e, princi-
palmente: ampliação do acesso à
saúde através da universalidade,
equidade e integralidade – princí-
pios doutrinários do SUS.
PALAVRAS-CHAVE
Acesso a Saúde, Universalidade,
Equidade, SUS
entrada e organizadora do Siste-
ma Único de Saúde (SUS). Nos úl-
timos anos, segundo Dados da Vi-
gilância Epidemiológica (GVE) de
Caraguatatuba, Ubatuba apresen-
tou uma quantidade considerável
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
de casos de SC, sendo 2017, um
ano crítico. Neste periodo, foram
notificados 107 casos de Sífilis
Adquirida, 23 de Sífilis Gestacio-
nal e 27 casos de SC, corroboran-
do uma possível falha entre diag-
nóstico e tratamento. A equipe do
Núcleo de Educação Permanente
em Saúde (NEPS) realizou a partir
da Oficina, treinamentos de profis-
sionais da Rede para habilitação a
realização dos testes, organização
de Capacitação Regional sobre
Sífilis, em conjunto com os NEPS
do Litoral Norte, e incremento nas
testagens durante a Campanha
Outubro Verde. Provocados por
tal problemática, e sendo a SC
prevenível na APS, a nossa expe-
riência justifica-se na necessidade
de ampliar o acesso do TR de Sí-
filis a mulheres em idade fértil, e
ao tratamento efetivo, objetivan-
do assim, a prevenção da SC em
nosso Município.
OBJETIVOS
OBJETIVOS Sensibilizar os pro-
fissionais da Rede de Atenção à
Saúde (RAS) para a problemática
da SC no Município. Aumentar o
acesso aos TR de Sífilis, principal-
mente a mulheres em idade fértil.
Interferir na cadeia de transmissão
através de diagnóstico e tratamen-
to em tempo oportuno, de mulhe-
res com sífilis e suas parcerias.
Validar protocolo Estadual para
ampliar e efetivar, diagnóstico e
tratamento, por profissionais Mé-
dicos e Enfermeiros. Traçar perfil
sócio epidemiológico de mulheres
em idade de 15 a 45 anos e ava-
liar riscos das mesmas, através de
questionário aplicado durante tes-
tagens no Outubro Verde.
METODOLOGIA
METODOLOGIA: Realização de
Oficina do Treponema para En-
fermeiros e Agentes Comunitários
de Saúde (ACS) com problemati-
zação, discussão de caso clínico,
construção de ficha controle de
tratamento da Sífilis Gestacional.
O NEPS se articulou com GVE
Volume 7
para treinamento de profissionais
da Rede recém-admitidos no Mu-
nicípio, para habilitação a reali-
zação dos TR, e assim ampliar o
acesso. Foram treinados cerca de
20 profissionais entre Enfermei-
ros, e profissionais da rede labo-
ratorial e Santa Casa. Avançamos
na temática organizando junto
ao NEPS do Litoral Norte um en-
contro de profissionais da Rede
com dois Médicos do CTR (Cen-
tro de Referência e Treinamento)
em DST/AIDS do Estado de São
Paulo (um dos palestrantes era
Infectologista Pediatra). Este en-
contro validou o protocolo clínico
já vigente no Estado. Apropriação
da Campanha Outubro Verde para
intensificar o acesso de mulheres
com idade entre 15 a 45 anos,
para sensibilizar os profissionais
em relação a SC e para traçar o
perfil sócio epidemiológico desta
população (aplicação de questio-
nário elaborado pelo NEPS). Nesta
Campanha foram disponibilizados
pelo GVE, 1075 TR para Sífilis,
dos quais o NEPS sugeriu quan-
titativos específicos a cada Uni-
dade com base na vulnerabilidade
e especificidades destes. Após
esta intensificação de testagem
na Campanha, o NEPS realizou a
interpretação e avaliação dos da-
dos gerados com a aplicação do
questionário e tem programado
para o ano de 2023, reuniões para
devolutiva e discussão de melho-
rias.
RESULTADOS
RESULTADOS: Na Oficina com
ACS e Enfermeiros foi construído
um instrumento de controle de
tratamento da Sífilis Gestacional,
de tamanho reduzido, para prati-
cidade dos profissionais ao moni-
torar a aplicação da Benzetacil. O
protocolo Estadual foi validado em
sua importância e atualidade du-
rante o encontro com Médicos do
CTR/SP, promovido pelos NEPS
do Litoral Norte. Neste encon-
tro esteve presente cerca de 300
profissionais do Litoral Norte, en-
tre Médicos e Enfermeiros. Houve
aumento do acesso, não no quan-
titativo almejado pelo NEPS, mas
o fato do acesso foi evidenciado,
e principalmente durante a Cam-
panha, com iniciativas de ações
extramuros, possibilitando acesso
oportuno e atingindo um público
que não é frequente nos serviços
de saúde. Dos 1075 TR fornecidos
pelo GVE, para TR das mulheres
na idade de 15 a 45 anos, Uba-
tuba utilizou 329 (vide devolução
dos questionários). Destes, 19,4%
foram direcionados a mulheres
acima de 45 anos (sendo 02 de 78
anos) e 2% a homens. 3,5% foram
reagentes para Sífilis (11 pessoas,
sendo 10 mulheres não gestan-
tes e um homem). Da população
testada durante a Campanha,
4,8% (16) eram gestantes. Iden-
tificamos “Nós Críticos” durante
a análise dos dados levantados
com o questionário aplicado na
Campanha, como por exemplo,
a precariedade na qualidade do
preenchimento das mesmas (não
preenchimento completo das fi-
chas, não compreensão do con-
ceito de “Orientação sexual”, den-
tre outros).
CONCLUSÕES
A Sífilis é uma infecção curável,
de tratamento fácil e acessível na
APS. E a SC é resultado da dis-
seminação hematogênica do Tre-
ponema pallidum da gestante não
tratada ou inadequadamente tra-
tada para o seu concepto, por via
transplacentária. São complica-
ções da SC: aborto espontâneo;
parto prematuro; má-formação do
feto; surdez; cegueira; deficiência
mental; morte ao nascer. Por isso,
a importância do TR para detectar
a Sífilis, principalmente durante o
pré-natal; e tratar corretamente a
mulher e sua parceria sexual, para
evitar a transmissão. O Município
tem potencial para melhorar ainda
mais o acesso da população ao
TR da Sífilis, principalmente a mu-
lheres em idade fértil, em situação
de vulnerabilidade, ao habilitar a
97

execução do TR por Técnicos de
Enfermagem. Até o presente mo-
mento a testagem se concentra
nas mãos do Enfermeiro. O tra-
balho também foi exitoso por evi-
denciar o quanto a Gestão da AP é
importante para efetivar qualquer
UMBATUBA
SEM ESTRESSE!!! CONSELHO TUTELAR E ESF – A SIMPLES E
SATISFATÓRIA EXPERIÊNCIA DE UBATUBA
AMALIA ROCHA BARROS VIEIRA, PAULO GEOVANI DE ALMEIDA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A necessidade do trabalho em
rede é uma prerrogativa essencial
para que o sistema de garantia de
direitos seja amplamamente con-
solidado e a Estratégia Saúde da
Família (ESF) é o grande ordena-
dor dos serviços de saúde e a sua
interface conversa com diversos
atores do cotidiano das pessoas,
sendo assim, pode-se considerar
a ESF como integrante “coringa”
dentro dos espaços de produção
de saúde, democracia e garantia
de direitos, como o Conselho Tute-
lar (CT) e outros. Encaminhamen-
tos equivocados da ESF para o CT,
falta de resolutividade dos casos,
falta de conhecimento sobre as
atribuições de cada equipamento
da rede de cuidados, emergem
como um gerador de conflitos, em
uma tentativa de ampliar as dis-
cussões, ficou clara a necessida-
de de construção de instrumentos
efetivos de comunicação entre os
serviços. A equipe do Núcleo de
Educação Permanente em Saúde
(NEPS) realizou reuniões com o
CT, houve a apresentação e aná-
lise dos e-mails dos enfermeiros
solicitando auxílio ao colegiado
frente a iniquidades em saúde en-
volvendo crianças, adolescentes e
nascituros, e verificou-se realmen-
te o desconhecimento das atribui-
ções do CT por parte da ESF e o
contrário também foi identificado,
98
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
transformação no processo de
trabalho. Fato este que deixou a
desejar em nossa experiencia. É
provado que por mais que o NEPS
articule e ofereça metodologias,
sem o apoio da Gestão da AP no
seu papel de “cobrança”, sozinhos
na sequência o CT participou da
reunião de médicos e enfermeiros
das ESF, iniciando assim o pro-
cesso de construção intersetorial.
Motivados pela busca de ações
intersetoriais exitosas, a nossa
experiência justifica-se na neces-
sidade da sólida relação com o CT
e fortalecimento do SUS.
OBJETIVOS
Construir um formulário padrão
para encaminhamento da ESF
para o CT que assegure que o CT
será acionado quando todas as
intervenções da ESF forem es-
gotadas, qualificando assim os
encaminhamentos. Construir e
aplicar fluxograma para a ESF en-
caminhar as crianças e gestantes
para o CT, onde os mesmos re-
forçam as orientações já dispen-
sadas pela equipe de saúde e en-
caminham os mesmos para a ESF
próxima ao CT para atualização de
carteiras de vacinas, sendo a uni-
dade de ESF do território do pa-
ciente avisada em tempo real para
a atualização das fichas espelho.
Mudança no processo de trabalho
a partir da adoção da padroniza-
ção de formulário e ações proto-
colares entre ESF e CT.
METODOLOGIA
Relato de caso das ações de
gestão, educação permanente
e intersetorialidade para a cons-
não conseguiremos transformar o
processo de trabalho e o melhor
acesso.
PALAVRAS-CHAVE
Sifilis, congenita, prevencao
trução de um formulário padrão
para encaminhamento de casos
da ESF para o CT e do CT para
a ESF para acompanhamento de
casos de potencial importância.
O NEPS se articulou previamen-
te com o CT para deliberações e
identificação dos problemas, a
partir da reunião com os médicos,
enfermeiros e gestores das ESF
com o CT, foi criado um grupo
de comunicação por aplicativo e
os profissionais interessados em
participar da construção dos ins-
trumentos foram adicionados ao
grupo. A criação do instrumento
e do fluxograma contou com en-
fermeiros atuantes na ESF, Vigi-
lância Sanitária, NEPS, Saúde da
Mulher e Puericultura, Gestão de
APS e Gerência de Unidades de
ESF com mais de três equipes
por unidade, também participa-
ram três conselheiros tutelares, o
local escolhido para a realização
do encontro foi o próprio CT. Após
a construção conjunta dos instru-
mentos, agendou-se uma reunião
após três meses, para discussão
das fragilidades e potencialidades
na implementação dos instrumen-
tos de encaminhamento. Após
a primeira reunião de devolutiva
sobre a eficiência do formulário
padrão, as reuniões subsequentes
foram agendadas semestralmen-
te, ou antecipadamente frente a
intercorrências.
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
RESULTADOS
O instrumento foi criado a muitas
mão, assumindo versatilidade,
compilando muitas informações
e respondendo a muitos questio-
namentos quando nos deparamos
com questões inerentes a crian-
ças e adolescentes. Frente a de-
manda complexa e emergente, os
enfermeiros da ESF enfrentavam
dilemas importantes, onde casos
comuns porém graves se apre-
sentam com frequência, questões
como: Crianças privadas de va-
cinação em tempo estabelecido,
Gestante sem adesão ao acom-
panhamento pré natal, Crianças
negligenciadas nas questões de
saúde, segurança e riscos psi-
cossociais, etc. Após o período
de observação, houve delibera-
ção entre o Conselho Tutelar e a
Secretaria de Saúde de Ubatuba,
como resultado houve visível me-
lhora na qualificação dos enca-
minhamentos, houve pertinência
e adequação sobre os casos en-
caminhados e constatou-se que
muitos enfermeiros da rede entra-
ram reiteradas vezes em contato
com o CT para elucidar dúvidas
e solicitar orientações sobre ca-
sos pontuais. As ações seguem
sendo monitoradas, constatou-se
que os enfermeiros, antes de en-
caminhar algum caso, ponderam
a pertinência e contatam o CT por
UMBATUBA
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE A PLENO
VAPOR: DINÂMICA TRANSFORMADORA
PAULO GEOVANI DE ALMEIDA, AMALIA ROCHA BARROS VIEIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Política Nacional de Educação
Permanente em Saúde (PNEPS)
instituída por meio da Portaria
GM/ MS nº 198/20041, teve suas
diretrizes de implementação pu-
blicadas na Portaria GM/MS nº
Volume 7
e-mail, mensagem ou telefone, e
essa busca por orientação e es-
clarecimento acaba assumindo
um profícuo papel no acolhimento
e acompanhamento do caso, mui-
tas dúvidas bilaterais são elucida-
das e a qualificação dos encami-
nhamentos é notável.
CONCLUSÕES
A experiência do município de
Ubatuba em conjunto com o CT
vem apresentando bons resulta-
dos e boas perspectivas de cons-
trução e respeito de espaços. Ob-
servou-se que fatores específicos
como abuso físico e psicológico,
maus tratos, negligências explíci-
tas e demonstração de desajus-
tes familiares importantes, acer-
tadamente os encaminhamentos
são realizados, da ESF ao CT, e
nas discussões de rede os en-
fermeiros das ESF tem participa-
ção ativa, porém em casos como
vacinação e baixa adesão ao pré
natal acabavam por existir lacunas
pragmáticas importantes, porém
frente a implantação do uso do
formulário, essa demanda apre-
sentou resolutividade importante.
Concluímos que essa experiência
tem sido muito enriquecedora e
possui caráter transformador nos
processos de trabalho, estreitou
os laços entre CT e Enfermeiros
da ESF, consequentemente fa-
cilitou as interações em rede e,
1.996/20071, sendo assim, a Edu-
cação Permanente em Saúde
(EPS) se baseia na aprendizagem
significativa e na possibilidade de
transformar as práticas profis-
sionais no cotidiano do trabalho.
Sendo assim a EPS caracteriza-
principalmente, conferiu resoluti-
vidade e expertise na condução
dos casos envolvendo crianças,
adolescentes e gestantes, respei-
tando e fortalecendo os princípios
da universalidade, equidade, inte-
gralidade e participação social.
PALAVRAS-CHAVE
Conselho Tutelas, ESF, Interseto-
rialidade, SUS
BIBLIOGRAFIA
RIBEIRO, Fátima Aparecida. Atenção
primária (APS) e Sistema de Saúde
no Brasil: uma perspectiva histórica.
2007. Dissertação (Mestrado em Me-
dicina Preventiva) - Faculdade de Me-
dicina, University of São Paulo, São
Paulo, 2007. doi:10.11606/D.5.2007.
tde-24102007-084507. Acesso em:
2022-11-21. CUSTÓDIO, André Viana.
Os novos direitos da criança e do ado-
lescente. Espaço Jurídico Journal of
Law [EJJL], v. 7, n. 1, p. 7-28, 2006. PE-
REIRA, Alcione Matos; IVO, Olguimar
Pereira. Causas do atraso do calendá-
rio vacinal em menores de dois anos.
Revista enfermagem contemporânea,
v. 5, n. 2, 2016. BUJES, Michele Kroll.
Motivos do atraso vacinal em crian-
ças: uma pesquisa bibliográfica. 2012.
SALDANHA, Bruna Lopes. Dificulda-
des enfrentadas por gestantes adoles-
centes em aderir ao pré-natal. Revista
Eletrônica Acervo Saúde, v. 12, n. 9, p.
e4160-e4160, 2020.
-se como uma intensa vertente
educacional com potencialidades
ligadas a mecanismos e temas
que possibilitam gerar reflexão
sobre o processo de trabalho, au-
togestão, mudança institucional
e transformação das práticas em
99

serviço, por meio da proposta do
aprender a aprender, de trabalhar
em equipe, de construir cotidia-
nos e eles mesmos constituírem-
-se como objeto de aprendizagem
individual, coletiva e institucional.
O município de Ubatuba nunca
manteve consolidada e efetiva a
EPS, e vários fatores foram inter-
venientes e em dado momento
concluiu-se que não existe outra
maneira de implementação de
mudanças significativas na saú-
de sem o estabelecimento de um
Núcleo de Educação Permanente
em Saúde (NEPS), forte, operante
e de abrangência significativa a
todos os integrantes das equipes
de saúde, independentemente
do nível de complexidade. Sendo
assim, a EPS emerge como ins-
trumento viabilizador de análise
crítica e constituição de conhe-
cimentos sobre a realidade, e o
presente trabalho justifica-se na
necessidade de elencar os pas-
sos para a implementação do
NEPS no município de Ubatuba.
OBJETIVOS
Elencar os passos percorridos
para a implementação do NEPS
no município de Ubatuba, consi-
derando como ponto de partida
os sete primeiros indicadores
do Previne Brasil. Envolver prio-
ritariamente os Agentes Comu-
nitários de Saúde em todas as
oficinas temáticas e envolve-los
no processo de monitorar a me-
lhora nos indicadores de saúde.
Envolver toda a equipe de saú-
de nas mudança de processos
de trabalho, a fim de produzir
saúde com qualidade.
METODOLOGIA
O passo a passo se deu da se-
guinte maneira: a formação da
equipe para compor o NEPS
ocorreu de maneira a nomear
três enfermeiros para a atribui-
ção, e primou-se pela escolha de
enfermeiros educadores, com
100
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
experiência em docência, ensi-
no e pesquisa. Após a formação
da equipe, priorizou-se em ofer-
tar capacitação para as equipes
de ESF relacionadas aos sete
indicadores do Previne Brasil,
adotando metodologias ativas
e ressignificando os processos
de aprendizagem. A melhora
nos indicadores mediante as in-
tervenções de educação foram
acompanhadas pelas equipes
de ESF, conferindo entusias-
mos e comprometimento das
equipes envolvidas. As ativida-
des realizadas foram: Oficina do
Treponema, Matriciamentos so-
bre PEC, Oficina do Preventivo
e Carteira da Gestante, Oficina
de Cálculo de Dimensionamen-
to, Oficina de Agenda, Setem-
bro Amarelo, Multiplicação de
Testes Rápidos para Técnicos
de Enfermagem e Enfermeiros
da rede, Humanização para
Recepcionistas, CRT Sífilis Re-
gional, Outubro Verde, Oficina
do Aedes, Oficina para Conse-
lheiros do COMUS e Sociedade
Civil, entre outras. Ainda, foram
produzidos vídeos educativos e
capacitação para alimentação
da PEC, e esses vídeos foram
disponibilizados a todosos inte-
grantes das equipes de saúde.
RESULTADOS
De junho de 2022 à janeiro de
2023, o NEPS Ubatuba reali-
zou 51 ações direcionadas aos
ACS, ACE, Enfermeiros, Médi-
cos e equipe administrativa das
unidades de ESF, essas capa-
citações tiveram alcance direto
a 2076 pessoas. Visivelmente a
participação dos envolvidos no
processo de acompanhamen-
to dos resultados dos indica-
dores emergiu como uma ação
de incentivo e reflexão: quando
os resultados não se mostra-
vam positivos, havia a reflexão
da equipe em analisar as cau-
sas prováveis e, frente a bons e
maus resultados, as ações eram
analisadas e essas análises pro-
vocaram o real objetivo da EPS:
A mudança real nos processos
de trabalho
CONCLUSÕES
O NEPS de Ubatuba encontra-se
implementado no município de
Ubatuba, porém seu processo
pela busca da excelência ainda
apresenta-se em franca evolu-
ção, os últimos meses foram in-
tensos e de muito aprendizado, e
o planejamento das novas ações
para 2023 foram mais ambicio-
sas, o fato de conseguirmos al-
cançar todos os trabalhadores do
SUS do município e envolve-los
no processo transformador da
saúde foi o maior ganho até o mo-
mento, ressaltando a premissa de
que “Saúde não se faz individu-
almente, tampouco a qualidade
nos serviços ocorre de maneira
natural”, diante desses resulta-
dos podemos crescer e aprender
que a alma do SUS é a participa-
ção Social e cada integrante da
equipe de saúde é um “Poderoso
agente transformador da realida-
de”, e principalmente, o “Brasil
que temos pode transformar-se
no Brasil que queremos”.
PALAVRAS-CHAVE
Educação Permanente, Previne
Brasil, Indicadores
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério da Saúde.
Secretaria de Gestão do Tra-
balho e da Educação na Saú-
de. Departamento de Gestão
da Educação na Saúde. Política
Nacional de Educação Perma-
nente em Saúde: o que se tem
produzido para o seu fortaleci-
mento? / Ministério da Saúde,
Secretaria de Gestão do Tra-
balho e da Educação na Saúde,
Departamento de Gestão da
Educação na Saúde – 1. ed. rev.
– Brasília : Ministério da Saúde,
2018. 73 p. : il.
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
VARGEM GRANDE PAULISTA
APOIO EM HUMANIZAÇÃO EM VARGEM GRANDE PAULISTA
LETÍCIA DE FÁTIMA MOREIRA, VANESSA CRISTINA POLEGATI, CAIO CEZAR ROCHA
DOLFINI, ANDERSON DOMINGUES, CRISTIANE MARCHIORI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
a estratégia apoiadores do co-
sems/sp1 se orienta pela certeza
de que o cuidado é disputado
em ato nos vários serviços de
saúde; as portarias e resoluções
não garantem o funcionamento
do sus que se faz vivo nos encon-
tros entre gestores, trabalhadores
e usuários. e ainda, a produção
viva do sistema único de saúde e
o conhecimento se produzem na
relação e ao lado dos sujeitos im-
plicados que habitam os territórios
físicos e existenciais. neste mes-
mo sentido, o apoio em huma-
nização da ses aposta no apoio
enquanto implicação de um agir
político2, uma prática que levanta
questões, suspeita do que está
definido previamente, ativa corpo
e pensamento a partir do cotidia-
no do trabalho. no município de
vargem grande paulista, com cer-
ca de 54.300 habitantes e 95,7%
de cobertura da atenção primária
à saúde, o apoio em humanização
teve início em junho de 2021 a
partir das ressonâncias do traba-
lho em outro município da região
de mananciais. o gestor municipal
observou a necessidade de apoio
após os momentos intensos da
pandemia para fortalecimento
das equipes da atenção básica.
as expectativas da gestão eram
qualificação do acolhimento, do
trabalho em equipe e integração
da rede de cuidado municipal. o
apoio foi sendo produzido de for-
ma singular e com os atores da
gestão municipal e trabalhadores
da rede. apoio-dispositivo que se
compromete com o tecer ques-
tionamentos que rompem com
os saberes e poderes instituídos,
provocando novas perspectivas
aos processos saúde/doença,
com protagonismo
Volume 7
OBJETIVOS
ampliar a aproximação da gestão
ao cuidado em saúde, facilitando
a produção de redes e a qualifica-
ção do cuidado; ampliar a visibili-
dade e protagonismo das equipes
de saúde; qualificar o acolhimento
à demanda espontânea na AB.
METODOLOGIA
diversas estratégias foram cons-
truídas com a equipe técnica e
trabalhadores, como: apoio à
equipe de gestão, oficinas com
trabalhadores das ubs e caps,
apoio nas reuniões com grupo de
facilitadores das oficinas, apoio
na capacitação de conselheiros
municipais, formação sobre ações
coletivas (grupalidades), redes de
produção de saúde principalmen-
te com saúde mental e educação,
acolhimento. foram realizadas 06
oficinas com a ampla participação
dos trabalhadores nas apresenta-
ções e análises sobre acolhimen-
to, saúde mental, grupalidades.
encontro com conselheiros muni-
cipais com debate sobre proces-
so saúde-doença, política de hu-
manização, produção do cuidado
e atribuições dos conselheiros. as
reuniões com a equipe gestora
foram frequentes para análise do
trabalho e combinados de conti-
nuidade.
RESULTADOS
as repercussões e efeitos do tra-
balho até o momento foram: - dis-
cussão em equipe e elaboração
do processo de acolhimento a
demanda espontânea com apre-
sentação de fluxograma, planilha
analisadora, reunião de equipe,
ofertas de cuidado nas unidades
básicas de saúde. - inclusão do
tema produção do cuidado na
pauta da gestão e no encontro
com a rede. - maior protagonis-
mo das equipes e aproximação
entre gestão e cuidado. - pro-
cessamento do cuidado e apoio
com gestão: reuniões de análise
e planejamento do apoio; con-
versa e maior aproximação com
conselho de saúde. - produção
de maior envolvimento em equipe
nas unidades com elaboração de
cronograma de reuniões de equi-
pe das unidades. - apoio matricial
em saúde mental com inserção
de psicólogos nas ubs. - ações de
atividade física nas ubs com par-
ceria da secretaria da educação.
- qualificação e retomada de gru-
palidades e ações coletivas nas
unidades. - composição e cons-
trução coletiva de ações junto a
outras secretarias (caps, educa-
ção, conselho tutelar).
CONCLUSÕES
a produção do apoio é um dispo-
sitivo para circulação de saberes,
afetos e poderes que pouco cir-
culam, pois os espaços de encon-
tro, em geral, tornam-se lugar de
controle do trabalho vivo. esta
experiência promoveu o favore-
cimento do acolhimento aos usu-
ários nas unidades básicas de
saúde, considerando o cuidado
ampliado e com outras ofertas de
cuidado. o desafio é de continui-
dade do apoio para a o exercício
permanente de processamento
do trabalho (com ou sem apoio
externo). para este ano a intencio-
nalidade é de promover uma mos-
tra da saúde no município para dar
visibilidade às práticas de saúde
que transformam gestores, traba-
lhadores e usuários.
PALAVRAS-CHAVE
pnh, gestão compartilhada, cuida-
do ampliado, aps
101

BIBLIOGRAFIA
1. Conselho de Secretários Mu-
nicipais de Saúde de São Paulo.
Uma aposta exitosa na defesa e
VISTA ALEGRE DO ALTO
REDE ESCOLA NO SUS? TEMOS TAMBÉM!
PATRÍCIA KELLI ALEIXO SOARES, MARIA APARECIDA SILVA CRISPIM, ELY REGINA
GOULART, CAMILA DALÓCIO, JEFERSON ROGERIO TRONFINO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A atenção básica “possui um
espaço privilegiado de gestão
do cuidado das pessoas e cum-
pre papel estratégico na rede
de atenção, servindo como
base para o seu ordenamento
e para a efetivação da integra-
lidade”, porém o cotidiano das
Unidades de Saúde fica con-
sumido por um fazer de muitas
atividades, com pouco espaço
para aprendizado e pouca re-
flexão sobre o trabalho. Nesse
sentido, os coordenadores e re-
presentantes da atenção básica
dos municípios da região Sul
Barretos, por iniciativa da Arti-
culadora de Atenção Básica do
DRS-V-Barretos e da Apoiadora
do Cosems da região, passaram
a realizar encontros periódicos
com a finalidade de dialogar e
se apoiar mutuamente, acerca
de temas próprios do cotidiano
e das diretrizes que regem o tra-
balho na Atenção Básica, inclu-
sive o Programa Previne Brasil.
O espaço regional, que passou
a ser denominado Rede Escola,
espaço em que uns aprendem
com outros, tem se constituído
em espaço de troca de experi-
ências, de modo que a experi-
ência de um município constitui-
-se em aprendizado para outro,
com vista a fortalecer a atenção
básica na região de saúde, com
compartilhamento das ferra-
mentas e experiências de cada
102
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
construção do SUS nos municí-
pios e regiões: reflexão crítica da
experiência de 15 anos da Estra-
tégia Apoiadores do COSEMS/
SP. Cadernos COSEMS/SP, vol. 8,
localidade. O município de Vista
Alegre de Alto, nesse contexto,
integrante desse coletivo, teve
acesso à ferramentas para mo-
nitoramento da estratificação
de risco de hipertensos e dia-
béticos na Atenção Primária de
um dos municípios da região e
partir daí elaborou Instrumento
próprio para acompanhamento
de tais condições,
OBJETIVOS
• Apoiar a qualificação dos pro-
cessos de trabalho na atenção
básica,mediante troca de ex-
periências entre municípios da
Região de Saúde; • Ressignifi-
car o espaço regional enquanto
espaço de aprendizado, solida-
riedade, troca, apoio mútuo e
aprendizado; • Valer-se de ex-
periências bem sucedidas em
municípios da região de saúde,
para fortalecer a atenção básica
na região.
METODOLOGIA
A Articuladora de Atenção Bási-
ca da região do DRS-V-Barretos
juntamente com apoiadora do
Cosems da região organizaram
espaço para escuta das princi-
pais necessidades de saúde dos
profissionais da atenção bási-
ca, principalmente em relação
ao Programa Previne Brasil. Os
encontros, realizados, mediante
metodologia participativa, per-
mitiram troca de experiências,
julho 2022. 2. Pereira, CM e Feue-
rwerker, LCM. Apoio em saúde:
forças em relação. Rev. psicol.
polít. [online]. 2018, vol.18, n.42,
pp. 379-398.
apresentação dos trabalhos
realizados por equipes de aten-
ção básica municipais e com-
partilhamento de ferramentas.
O espaço de conversa e troca
contribuiu para que o município
de Vista Alegre do Alto pudesse
valer-se de planilha utilizada por
outro município para seguimen-
to das gestantes, hipertensos
e diabéticos. Posteriormente, a
planilha foi reeditada pelo mu-
nicípio de Vista Alegre do Alto,
resultando em um instrumento
eficiente para monitoramento
dos hipertensos e diabéticos,
voltando para o Grupo Regional
e sendo disponibilizada para to-
dos.
RESULTADOS
• Elaboração de instrumento de
monitoramento das condições
de saúde das gestantes, hiper-
tensos e diabéticos do município
de Vista Alegre do Alto, reper-
cutindo em excelentes resulta-
dos dos indicadores do Progra-
ma Previne Brasil; • Instituição,
ainda incipiente, de uma Rede
Escola na Região de Saúde Sul
Barretos, para apoio aos pro-
cessos de trabalho na atenção
básica; • Ampliação da visão
dos profissionais da atenção
básica, para além do município,
através da experimentação do
conceito de regionalização, ex-
pressas em relações de apoio e
de solidariedade; • Aprendizado
GESTÃO DE PESSOAS
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
decorrente das experiências lo-
cais partilhadas, dos consensos
construídos em prol do fortale-
cimento da Atenção Básica na
região.
CONCLUSÕES
A Rede Escola na Atenção Bási-
ca da Região de Saúde Sul Bar-
retos é um espaço vivo, de tro-
ca, de educação permanente,
de aprendizado, de apoio mú-
tuo, valorizado pelos profissio-
VOTUPORANGA
A IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE
NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM VOTUPORANGA
ERNESTO JOSÉ HOFFMANN, KAREN FERNANDA SILVA BORTOLETO GARCIA, IVONETE
FELIX DO NASCIMENTO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Entre as estratégias de Educação
Permanente (EP) para médicos que
atuam na Atenção Primária à Saúde
(APS) que objetivam a melhoria da
qualidade do atendimento presta-
do na assistência ao usuário existe
o modelo de Revisão entre Pares
(“Peer Review”)1,2. Este é multifa-
cetado, baseado na realidade dos
médicos e visando a melhoria da
performance através da atualiza-
ção clínica e do aprimoramento
das habilidades de comunicação1.
Estudos realizados em locais onde
foram implantados tal modelo de
EP comprovaram a diminuição de
gastos com saúde, a melhora das
condutas dos profissionais, bem
como os desfechos clínicos dos
usuários2,3,4. O município de Vo-
tuporanga até Agosto de 2021 con-
tava com 31 equipes de Estratégia
Saúde da Família (ESF), um Ambu-
latório de Especialidades Médicas
(AME), um Hospital de Referência
(Santa Casa) e uma Instituição de
Ensino Superior (IES) contando
com Faculdade de Medicina (UNI-
FEV). Apesar desta estrutura, de-
Volume 7
nais. Os profissionais referem
a tal espaço, apontando que é
importante saber das dificulda-
des de outros municípios; que o
espaço rompe com o sentimen-
to de solidão, de isolamento e
os insere num contexto de re-
gião de saúde e das possibili-
dades decorrentes. O município
de Vista Alegre do Alto mantém
participação ativa, ensinando,
aprendendo, sendo que o espa-
ço já contou com a participação
tectou-se naquele momento a falta
de um acolhimento adequado às
demandas espontâneas, de uma
melhor organização ao cuidado dos
pacientes crônicos e a necessidade
da construção de protocolos mais
modernos e adequados para a arti-
culação da APS do município com
os demais pontos de Atenção da
Rede Assistencial. Como forma de
instituir melhorias nestes pontos, o
município investiu esforços na cria-
ção e implantação de um Progra-
ma de Educação Permanente (PEP)
no modelo de Revisão entre Pares
como estratégia estruturante des-
tas mudanças.
OBJETIVOS
O objetivo principal da implantação
do PEP no município de Votuporan-
ga é o de gerar uma melhora nos
desfechos de saúde dos usuários.
Com vista a atingir o objetivo prin-
cipal, alguns objetivos secundários
foram elencados: a quebra do iso-
lamento dos médicos da APS do
município e a criação de protocolos
para a padronização de condutas
dentro de uma Prática Baseada
do Hospital Municipal de Bebe-
douro, à ocasião para dialogar
sobre a alta dos usuários da re-
gião e a perspectiva é avançar
nos debates, de tal forma que a
Atenção Básica possa cumprir
o seu papel na Rede de Atenção
à Saúde.
PALAVRAS-CHAVE
REDE REGIONAL - APRENDI-
ZADO - ESCOLA
em Evidências (PBE); a diminuição
do distanciamento entre gestão e
profissionais da assistência através
dos encontros de EP; a organiza-
ção da assistência nas equipes de
ESF a partir dos protocolos e de um
melhor diálogo entre gestão muni-
cipal. gestão descentralizada das
Unidades Básicas de Saúde (UBS)
e equipe assistencial, inicialmente
através da figura do médico.
METODOLOGIA
Para levar a cabo a realização de
tal estratégia, foi realizada articu-
lação entre a Secretaria Municipal
de Saúde (SMS) e a IES UNIFEV.
Através do Contrato Organizativo
de Ação Pública de Ensino-Saúde
(COAPES) celebrado entre as insti-
tuições, a SMS solicitou a designa-
ção de docente com experiência na
metodologia de Revisão entre Pa-
res para a realização de encontros
semanais com os médicos da APS
do município. Semanalmente, um
quarto dos médicos da rede passa
por um encontro com a duração de
um turno de trabalho (4 horas), de
modo a não gerar desassistência
103

na rede, e, ao término de um mês,
todos estes profissionais passaram
uma vez pela experiência educa-
cional. Neste turno, através de uma
prática reflexiva e partindo de sua
prática assistencial real, os profis-
sionais são convidados a elencar
os maiores problemas de suas ESF
e a refletir sobre soluções práticas
para estas, pensando sobre os nós
críticos e problemas logísticos, de
processos de trabalho e até de es-
trutura física de suas unidades de
saúde que possam ser impediti-
vos à implementação de mudan-
ças. Com base nisso e, contando
sempre com um representante da
SMS nas reuniões, são tomadas
decisões que, dentro da governa-
bilidade de cada um dos atores ali
presentes, virão a se tornar as práti-
cas efetivas no serviço assistencial.
Desta feita, é criada uma gestão
democrática e compartilhada das
tomadas das decisões em saúde,
com participação tanto da assis-
tência (médico) quanto do poder
deliberativo (gestor).
RESULTADOS
Após aproximadamente um ano e
meio de experiências do PEP com
os médicos da APS de Votuporan-
ga, foram atingidos como resulta-
dos a criação de três protocolos
assistenciais, o primeiro deles de
Organização do Acolhimento às
Demandas Espontâneas nas Uni-
dades Básicas de Saúde, lançado
oficialmente em Maio de 2022 após
extensa discussão entre os mé-
dicos participantes do programa,
bem como da sua apresentação e
aceitação pelos demais profissio-
nais assistentes e gerentes das ESF
e aprovação frente o Conselho Mu-
104
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
nicipal de Saúde (CMS). Os outros
dois protocolos são referentes à or-
ganização do cuidado aos pacien-
tes com Hipertensão e Diabetes
Mellitus, respectivamente, e estão
em consonância com as metas do
Previne Brasil. Como resultado da
implantação do protocolo de Aco-
lhimento, foi conseguida uma me-
lhor organização das agendas de
atendimento, com maior clareza de
quais casos devem ser atendidos
em caráter de demanda espontâ-
nea e quais podem ser agendados,
propiciando um melhor cuidado
aos pacientes com problemas
crônico-degenerativos, almejando
assim a excelência de se chegar
ao princípio da equidade. Há ain-
da disparidade da implantação do
mesmo nas diferentes ESF, porém
já há como desfecho também a di-
minuição do tempo de espera por
consultas de demandas programa-
das em várias equipes.
CONCLUSÕES
O PEP para os médicos da APS de
Votuporanga vem se apresentando
uma alternativa de EP custo-efe-
tiva e criativa, sem a necessidade
de grandes recursos financeiros
ou de tempo para atingir resul-
tados práticos os quais antes de
sua implantação pareciam difíceis
de alcançar. Além disso, através
de pesquisa com os médicos das
ESF foi detectada uma percepção
de maior proximidade dos mesmos
com a SMS e de que o PEP con-
segue implementar melhorias reais
na prática na APS. Por parte da
gestão municipal de saúde, houve
o entendimento de conseguir atra-
vés desta reunião estar mais a par
da realidade vivenciada por cada
uma das equipes de ESF, gerir me-
lhor situações que, sem o contato
frequente com estes funcionários
seriam passíveis de conflito ou di-
ficuldades e conseguir pactuar de
forma mais simples e baseada na
realidade condutas a serem toma-
das em todas as ESF do município.
Um efeito importante da implanta-
ção do PEP dos médicos da APS
foi a implantação, após um ano de
práticas exitosas, do PEP da enfer-
magem da APS, com objetivo final
semelhante de melhoria da assis-
tência ao usuário através da pac-
tuação de condutas de cuidado,
quebra do isolamento profissional
e a criação e implantação de pro-
tocolos de cuidado específicos da
enfermagem.
PALAVRAS-CHAVE
educação permanente, gestão,
educação e ensino
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GESTÃO DE PESSOAS