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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO DOMINGOS DO MARANHÃO

SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL


CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS
SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA – PAIF

1. IDENTIFICAÇÃO

NOME: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS GIRASSOL


ENDEREÇO: Rua da Paz, nº23 – Centro/CEP: 65790-000
E-mail: crasgirassolsd@gmail.com
SECRETÁRIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: Elizângela Santos Sousa
Queiroz

 EQUIPE TÉCNICA:

 Bárbara Maximiano Nogueira – Psicóloga


 Eliana Bezerra Rocha – Coordenadora
 Etiene Queiroz Bezerra – Assistente Social
 Taisa dos Santos Pereira – Assistente Social

 TERRITÓRIO DE ABRANGÊNCIA:

ZONA URBANA: Rua Moises Brito, Rua Gomes de Sousa, R. Urbano Santos,
Tv. Joaquim Fernandes, R. da Sombra, Lagoa José Tibúrcio Feio, R. José
Tibúrcio Feio, R. 31 de Janeiro, Praça 1º de Maio, R. 12 de Outubro, Praça do
Mercado, R. Nova, R. Mendes Ferreira, R. Edmilson Pereira, R. da Paz, Tv.
Itaúna, R. Silva Jardim, R. Neemias Queiroz, R. Paulo Ramos, R. da Alegria,
Praça Getúlio Vargas, R. da Mangueira, R. 1º de Agosto, Tv. Sete de Setembro,
R. 15 de novembro, R. Major Delfino Calvo, R. Santos Dumont, R. Alto da Cruz
e travessas, Peniel;

ZONA RURAL: Comprida, Cajueiro, Cruz, Varandado, Assentamento,


Lagoinha, Santa Tereza, Centro dos Mamédios, Sumaúma, Baixão do Gato, Alto
Alegre, Derlange, Mamuí, Maria da Eva, Sabonete, Bacupari, Olho D’água,
Cocal, Bancos, Morada Nova, Lagoa de Baixo.

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2. APRESENTAÇÃO

O Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, atua como a principal


porta de entrada do usuário ao Sistema Único de Assistência Social – SUAS, sendo
responsável pela organização e oferta de serviços da Proteção Social Básica (PSB) nas áreas
de vulnerabilidade e risco social do seu território de abrangência.
No município de São Domingos do Maranhão atualmente estão abertos e ativos
três CRAS, sendo CRAS Girassol, CRAS “Francisca Lira Sousa” – Dona Patita e o CRAS
Baixão Grande “Antônio Joaquim”. Destes, o mais antigo é o CRAS Girassol, único
remanescente de gestores anteriores.
Com a função de gerir e articular a rede Socioassistencial o CRAS Girassol
promove a garantia de acesso dos usuários aos serviços das demais políticas públicas dentro
do seu território de abrangência, sem, contudo deixar de assegurar os direitos de prevenção e
proteção social através de serviços, programas, benefícios e trabalho social para: reduzir
situações de risco pessoal e social, proteger pessoas e famílias vulneráveis e vitimizadas; criar
medidas e possibilidades de ressocialização, reinserção e inclusão social; monitorar as
exclusões e os riscos sociais da população.
Além dos dois serviços já executados no CRAS (PAIF e SCFV), tem-se o
Programa Criança Feliz, programa instituído pelo governo federal por meio do Decreto nº
8.869, de 05 de outubro de 2016, sendo feito o aceite do município em janeiro de 2017. Tem
como objetivo a promoção do desenvolvimento humano a partir do apoio e acompanhamento
do desenvolvimento infantil integral na primeira infância. Tem caráter intersetorial e a visita
domiciliar constitui estratégia fundamental do Programa Criança Feliz.
Esta Unidade é composta atualmente por uma equipe de 2 Assistentes
Sociais, 1 Psicóloga, 1 Coordenadora, 2 Técnicos de Nível Médio, 2 Orientadoras Sociais, 2
O.S.D, motorista, bem como 4 visitadoras do Programa Criança Feliz referenciadas a esse
CRAS e encontra-se atuando no território de abrangência com uma equipe fixa, como também
realizando atividades itinerantes.
O presente relatório tem como objetivo apresentar todas as atividades
desenvolvidas no primeiro trimestre de 2023, bem como os serviços ofertados pela
coordenação e equipe técnica de referência do CRAS Girassol, atividades estas de grande
relevância para o município de São Domingos do Maranhão, e ainda avaliar se as ações estão
sendo executadas dentro do que foi planejado pela equipe.

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É de grande importância mencionar sobre a construção deste documento, pois


além de ser demonstrativo e prova dos trabalhos realizados ele ainda funciona como um
auxílio à esta equipe para refletir e reformular as atividades conforme a real demanda da
comunidade, como também será um ponto de partida enquanto pesquisa para trabalhadores da
área se prepararem para planejar suas ações futuras.
Este relatório inicialmente abordará sobre os objetivos gerais e específicos e em
seguida a respeito da metodologia aplicada às atividades e como os serviços, programas e
projetos foram desenvolvidos no decorrer do trimestre. Nesse contexto, detalharemos
quantitativa e qualitativamente todas as ações referentes a cada mês, almejando assim melhor
análise dos dados relatados.
O CRAS Girassol trabalha com o pressuposto de que a cada dia os serviços
ofertados terão maior relevância para a comunidade assistida, pois nossa prioridade é mediar
experimentações, reconhecer os sujeitos como práticos e independentes, repensando e
introduzindo novas formas de vivência, cumprindo assim, com a missão de prevenir a ruptura
dos vínculos familiares e comunitários, possibilitando a superação de fragilidade social
vivenciadas no âmbito territorial.

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3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Apresentar as atividades realizadas no CRAS Girassol, durante o primeiro


trimestre de 2023.

3.2 Objetivos Específicos

 Explanar mês a mês sobre os trabalhos realizados no primeiro trimestre de 2023;


 Analisar dados extraídos de gráficos e tabelas;
 Expor os serviços ofertados através da compreensão dos dados apresentados em tabelas;
 Avaliar as atividades planejadas.

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4. METODOLOGIA

Para a construção do presente relatório a metodologia utilizada foi de natureza


exploratória, sendo que, primeiramente a equipe se reuniu para fazer análise de dados com
base nos RMA’s, relatórios semanais e os demais instrumentais utilizados no dia a dia da
unidade, e ainda contabilizar dados da recepção. Destaca-se que toda a equipe técnica
participa da construção do relatório, desde o RMA até a finalização deste documento.
Neste trimestre procurou-se pontuar os dados numéricos e refletir sobre eles, bem
como refletir sobre as transformações que o trabalho vem sofrendo no decorrer destes três
primeiros meses. Informações e avaliações dos relatórios semanais também contribuem
maciçamente para analisar o período que está referenciado este relatório.
Assim, a metodologia apresentada conduziu a equipe para pensar sobre os anseios
demandados pelo próprio trabalho e pela comunidade na qual se interveio neste espaço
temporal, visto que, todo relatório possui a característica de demonstrar situações vivenciadas
e repensar as ações desenvolvidas.
Conta-se ainda neste documento, com o aproveitamento da estrutura de outros
relatórios trimestrais já construídos e de alguns conceitos neles existentes que não sofreram
alterações no decorrer do tempo, como os conceitos dos serviços ofertados no CRAS e as
tabelas que são extraídas do modelo de RMA da SEMAS.

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5. SERVIÇOS OFERTADOS NO CRAS GIRASSOL


 PAIF – Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família
 SCFV - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
 SPSBD – Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio

5.1 PAIF – Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

O PAIF reinsere no cenário das Políticas Públicas a centralidade do Estado no


atendimento e no acompanhamento das famílias, pois não só as protege, mas as direciona para
agir e pensar preventiva e proativamente, inserindo-as nas atividades socioeducativas e
atendimento psicossocial, as quais têm como escopo assegurar o acesso a direitos e a melhoria
na qualidade de vida.
Antes de qualquer situação o PAIF ratifica a proteção social, previstas
constitucionalmente, quando a Constituição Federal vigente no seu capitulo 2, sessão 4,
descreve tudo que a Política de Assistência Social deve ofertar à sociedade, com ênfase no art.
203, e no art. 226 § 8º da CF/88, que descrevem a quem a assistência social deve ser prestada
e estabelece a família como base da sociedade e com especial proteção do Estado.
No âmbito da Política de Assistência Social, a equipe de referência do CRAS é
reconhecida como aquela que oportuniza o acesso aos direitos e do exercício da cidadania dos
usuários ainda invisíveis para vários outros setores do poder público.
O PAIF é o principal serviço de proteção social básica, aos quais todos os outros
serviços desse nível de proteção devem articular-se, pois confere a primazia da ação do poder
público na garantia do direito a convivência familiar e assegura a matricialidade sócio familiar
no atendimento socioassistencial.
Este serviço destina-se ao seguinte público: Famílias territorialmente
referenciadas ao CRAS Girassol; Famílias beneficiárias de programa de transferência de
renda e dos benefícios assistenciais; Famílias em situação de vulnerabilidade em decorrência
de dificuldades vivenciadas por alguns de seus membros; Famílias identificadas pelo
Programa Criança Feliz;Famílias com pessoas com deficiência e/ou pessoas idosas que
vivenciam situações de vulnerabilidade e risco social.
O PAIF deve ser obrigatoriamente ofertado no CRAS. Não existe CRAS sem a
oferta do PAIF. O CRAS é a estrutura física onde o serviço PAIF é executado.

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A seguir serão explanados os dados referentes a cada mês do promeiro trimestre


no que diz a respeito ao serviço do PAIF.

Tabela 1 – Famílias em Acompanhamento pelo PAIF


SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL A FAMÍLIA – PAIF
ATIVIDADES Janeiro Fevereiro Março
Total de famílias em Acompanhamento pelo PAIF 128 144 160
Total de novas famílias inseridas em Acompanhamento
pelo PAIF
16 16 16
Total de Famílias desligadas 00 00 00
INCLUSÃO DE NOVAS FAMÍLIAS DEU-SE POR:
Demanda espontânea
Busca Ativa
Encaminhamento da rede
Encaminhamento das demais Pol. Públicas.

Nos meses de agosto e setembro destacamos o total de famílias desligadas (18), pois, a
equipe identificou através dos atendimentos presencias e teleatendimentos que muitas famílias
não estavam respondendo ao acompanhamento PAIF. As 18 desligadas apresentaram
resistência aos atendimentos e não compareceram, quando solicitadas, ao CRAS e nem
justificaram, e duas verbalizaram que não queriam mais acompanhamento. No mês de julho a
equipe ainda não estava avaliando os atendimentos de maneira a gerar inclusões ou
desligamentos, atendo-se apenas a atender as famílias já inseridas para atualização de
informações em prontuários.
No mês de setembro houve duas novas inclusões no PAIF, uma família advinda de
encaminhamento da SEMAS e outra através de demanda espontânea, todas elas em situação
de extrema pobreza, e com vínculos familiares fragilizados. Desde o início do ano, mediante
reuniões, e orientações da PSB a equipe vem identificando a maneira correta de inserir uma
família no PAIF (após abertura de prontuário, elaboração de análise técnica e construção do
PAF), no entanto, nesse trimestre foi efetivamente colocado em prática essas instruções, e por
isso dá-se o baixo número de inclusões no PAIF.

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Tabela 2 - O perfil das famílias inseridas em acompanhamento


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ATIVIDADES Janeiro Fevereiro Março Total
PERFIL DE NOVAS FAMÍLIAS INSERIDAS NO ACOMPANHAMENTO FAMILIAR
Extrema pobreza 14 15 06 35
Beneficiárias do PBF 03 07 16 26
Em Descumprimento de Condicionalidade 00 00 00 00
Beneficiários do BPC 00 01 00 01
Em situação de Trabalho Infantil 00 00 00 00
Em Situação de Acolhimento 00 00 00 00

Quanto ao perfil das famílias inseridas em acompanhamento neste trimestre, que


foram apenas duas, é igual em ambas (extrema pobreza e fragilização de vínculos familiares)
e esse perfil se repete nas famílias já inseridas a mais tempo. O que difere esse perfil dos
demais é nenhuma é beneficiária do PBF, sendo que a equipe já encaminhou os usuários para
acesso a esse programa. Esses usuários, mesmo em situação de extrema pobreza, não estavam
no programa, pois em uma família havia um usuário com auxilio doença (e foi cancelado) e
na outra a família havia renda e o cadastro era de outro estado, mas ao voltar para o maranhão
perderam a renda e o cadastro ainda não havia sido transferido, pois chegaram no início da
pandemia e recentemente a RF contraiu COVID 19.

Tabela 3 - Ações desenvolvidas pelo PAIF


SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL A FAMÍLIA – PAIF
AÇÕES DESENVOLVIDAS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO TOTAL
ATENDIMENTOS PARTICULARIZADOS 211 242 239 692
ACOLHIDA EM GRUPO 00 00 00 00
ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO 09 24 22 55
VISITAS DOMICILIARES 59 58 50 167
ESTUDO SOCIAL COM EMISSÃO DE PARECER 00 01 02 03
ENCAMINHAMENTOS ENVIADOS 14 44 24 82
ENCAMINHAMENTOS RECEBIDOS 10 08 49 67
FAMÍLIA OU MEMBRO INSERIDO EM 00 00 00 00
GRUPOS PAIF
CAMPANHAS COMUNITÁRIAS 00 00 00 00

Nesta primeira tabela de ações desenvolvidas no PAIF podemos identificar que o


PAIF possui grande número de ações, e, encontra-se um destaque no número de estudos de
caso, pois a equipe, também sob orientação da PSB, passou a executar os estudos de caso de
forma organizada e continua. Para tanto, além de estipular a segunda feira como dia dedicado

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aos estudos, também construiu um cronograma de estudos de caso seguidos de atendimentos


para manter a periodicidade (mensal e quinzenal) sem deixar de estudar nenhuma família do
PAIF. Há uma constância também de estudos de caso com a rede, sendo a maioria com o
Programa Criança Feliz, e estes subsidiam o PAIF, tanto trazendo informações novas sobre
usuários, quanto identificando outras famílias com perfil para este serviço.
Podemos observar que o número de estudos não coincide com o número de
atendimentos, pois nem todos os casos estudados geram atendimentos completos logo em
seguida. Observamos nesse trimestre, que o teleatendimento não é eficaz com todos os
usuários e também alguns não possuem mais o contato telefônico informado no prontuário.
Foi um trimestre com grande número de acolhidas particularizadas (202) e
atendimentos individualizados (94). Isso somado às diversas outras ações do PAIF e
demandas do CRAS, demostra o intenso trabalho da equipe e o empenho em executar suas
funções e cumprir os planejamentos.

Tabela 3.1 - Ações desenvolvidas pelo PAIF II


SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL A FAMÍLIA – PAIF
AÇÕES DESENVOLVIDAS Janeiro Fevereiro Março Total
Prontuários Abertos 16 16 16 48
Construção de Plano de Acompanhamento 00 02 08 10
Familiar
Análise técnica 00 12 11 23
Busca Ativa 41 118 97 256
Famílias encaminhadas para inclusão no cadastro 07 00 00 07
único
Famílias encaminhadas para atualização no 01 05 09 15
cadastro único
Famílias encaminhadas para acesso ao BPC 00 03 04 07
Famílias encaminhadas para SCFV 00 00 00 00
Famílias encaminhadas para CREAS 00 00 01 01
Concessão de Benefícios Eventuais 13 11 15 39
Orientações e encaminhamentos para Carteira do 04 06 09 19
Idoso
Orientações e encaminhamentos para Passe livre 01 00 00 01
Reuniões Administrativas 01 00 01 02

Destacamos nessa tabela que o número de concessão de benefícios eventuais tem


diminuído gradativamente. No segundo trimestre houve uma demanda muito grande de
solicitação de cestas básicas, mas com o passar dos meses esse número vem diminuindo.
Ainda há uma grande demanda de encaminhamento para o cadastro único, pois a
maioria dos teleatendimentos espontâneos são para orientações e dúvidas sobre PBF. Estão

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zeradas as ações de famílias encaminhadas para o SCFV e de busca ativa, pois são ações
suspensas para prevenção do COVID 19.
A esta tabela adicionamos 3 ações que eram de uma tabela seguinte (a 3.2 em outros
relatórios), que continha 3 ações que não são mais desenvolvidas pela equipe do CRAS
(Visitas Domiciliares para inclusão do Cadastro Único, atualização do Cadastro único e
descumprimento de condicionalidade), bem como excluímos a parte de capacitações, pois
devido a necessidade de distanciamento social não ocorreram ações de capacitação.
Aproveitamos da tabela excluída apenas os dados de (Orientações e encaminhamentos para
Carteira do Idoso, Reuniões Administrativas e Orientações e encaminhamentos para Passe
livre)
Observamos que uma outra tabela que estava em relatórios anteriores foi excluída
deste, a tabela de visitas institucionais. Nesse caso específico, foi excluída pois não ocorreram
visitas institucionais nesse trimestre, sendo que foram realizadas mais articulações
intersetoriais via contato telefônico sempre que preciso.

Tabela 3.2 – Ações realizadas na recepção.


AÇÕES REALIZADAS Janeiro Fevereiro Março TOTAL
Preenchimento de CadÚnico 03 15 09 27
Atendimento para agendar PBF 28 18 26 72
Solicitação de carteira do Idoso 04 06 09 19
Entrega de carteira do Idoso 08 06 10 24
TOTAL 142

Tem-se ainda os dados coletados pela recepção do CRAS Girassol, apesar de,
perante o Governo Federal não precisarem ser informados no sistema. Ao adentrar no CRAS,
a família recebe a primeira atenção na recepção, essa função é realizada por agentes
administrativos (nível médio) que são sempre orientadas para que compreendam essa ocasião
como um direito da família e respondam suas questões de forma respeitosa.
Destacamos que não há inclusão ou atualização de cadastro único, pois estão
sendo realizadas apenas na SEMAS. As maiores demandas da recepção ainda são informações
diversas (77) e principalmente solicitação e entrega de carteira de idoso totalizando 33, sendo
que no mês de setembro foram impressas 59 carteiras.

5.2 Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV

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O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos é um serviço realizado


com grupos, organizado de modo a prevenir as situações de risco social, ampliar trocas
culturais e de vivências, desenvolver o sentimento de pertença e de identidade, fortalecer
vínculos e incentivar a socialização e a convivência comunitária. Possui caráter preventivo,
pautado na defesa dos direitos e desenvolvimento das capacidades e potencialidades de cada
indivíduo, prevenindo situações de vulnerabilidade social. Trata-se de um Serviço da Proteção
Social Básica do Sistema Único de Assistência Social, regulamentado pela Tipificação
Nacional de Serviços Socioassistenciais (Resolução CNAS nº 109/2009).
O SCFV é ofertado no CRAS ou em espaço a ele vinculado. Os usuários podem
chegar ao CRAS por demanda espontânea, busca ativa, encaminhamento da rede
socioassistencial ou encaminhamento das demais políticas públicas e de órgãos do Sistema de
Garantia de Direitos. Com o objetivo de acompanhar e monitorar o serviço executado pelos
municípios e apurar os atendimentos realizados para fins de cálculo de recursos, o Governo
Federal, através do Ministério do Desenvolvimento Social, criou o SISC – Sistema de
Informações do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, onde é registrado
trimestralmente a frequência dos participantes cadastrados.
O serviço é ofertado em grupos que se dividem em:
 Crianças de 0 a 06 anos
 Crianças e Adolescentes de 07 a 14 anos
 Adolescentes de 15 a 17 anos
 Adultos entre 18 e 59 anos
 Para a pessoa idosa.
A descrição acima é o modo regulamentar de oferta do SCFV, o CRAS Girassol
oferta SCFV apenas para: crianças de 03 a 06 anos, para crianças e adolescentes de 07 a 14
anos e para a pessoa idosa ressaltando que o grupo de idosos é intergeracional, pois possuem
adultos entre 18 e 59 anos por terem afinidades com a dinâmica do mesmo e alguns são
acompanhantes fixos dos idosos e alguns deficientes mentais.
Reconhecendo o perfil do público prioritário do SCFV infere-se que a maioria das
crianças e adolescentes usuários do serviço se enquadram no perfil prioritário dentro das
seguintes situações: situação de isolamento; vivência de violência e, ou negligência; fora da
escola ou com defasagem escolar superior a 2 anos; vulnerabilidade que diz respeito às
pessoas com deficiência.

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Desde o início da pandemia, a forma de oferta do SCFV teve que ser revista e
repensada. Este serviço suspendeu encontros presenciais, novas inclusões e desligamentos de
usuários. Mudou também a estrutura da equipe de trabalho que contava com coordenação do
serviço e diversas orientadoras sociais, e agora a equipe conta com uma técnica do SCFV e
uma orientadora social. O foco do trabalho deste serviço é os idosos e as famílias das
crianças, no entanto este é desenvolvido através de teleatendimento.
Neste trimestre ocorreu o ajuste da equipe e houve o retorno das visitas
domiciliares apenas para idosos (em casos extremos) e foi iniciado as ações do Projeto
Acolher – Faça um idoso feliz.
Esse projeto Acolher – Faça um idoso feliz tem como objetivo conhecer a
realidade vivenciada pelos idosos acompanhados pelo CRAS, tanto do SCFV e aqueles que
estão inseridos no PAIF, no atual cenário de Pandemia do COVID 19, sendo assim realizar
ações para diminuir a situação de vulnerabilidade devido o distanciamento social, pois
estamos diante do grupo de risco. A primeira etapa do projeto foi realizada com sucesso, que
é a divulgação do mesmo, no decorrer do mês de setembro foi realizado os teleatendimento e
visita domiciliar para aplicação do questionário de forma estruturada para obter informações
que pudesse ser realizado o primeiro levantamento de demanda, com o intuído de planejar a
primeira oficina com os familiares dos usuários.

6. PROGRAMA COMPLEMENTAR LIGADO AO CRA - Programa Criança Feliz

O Programa Criança Feliz foi instituído pelo Governo Federal por meio do
Decreto nº 8.869, de 05 de outubro de 2016 sendo feito o aceite do município em janeiro de
2017. Este programa surge como uma importante ferramenta para que famílias com crianças
de zero a seis anos sejam instruídas e estimuladas a terem maior aproximação com seus filhos
construindo ferramentas para promover seu desenvolvimento integral saudável. Tendo como
objetivo a promoção do desenvolvimento humano a partir do apoio e acompanhamento do
desenvolvimento infantil integral na primeira infância.

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Apesar de o programa ter uma supervisão específica, e seu lugar devido no quadro
da SEMAS, é papel da coordenação de cada CRAS manter-se informado das atividades
realizadas pelas visitadoras no território da unidade e ainda manter articulação constante entre
a equipe técnica e visitadoras. A coordenação do CRAS Girassol reunir-se semanalmente
com as visitadoras e recebe os dados da produção semanal.
Destacamos que a uma ação de sucesso entre a equipe técnica do CRAS e as
visitadoras do PCF, que é o estudo de caso mensais, pois este proporciona além de
aproximação entre as profissionais, também o enriquecimento de informações dos casos tanto
do PAIF quanto do PCF.

7. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO

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No trimestre de referencia é possível avaliar uma grande conquista no trabalho do


CRAS: a construção e prática dos cronogramas de atendimento e estudos de caso. Considera-
se uma conquista pois estes não foram fáceis de ser concluídos e demandaram tempo e
diversos acertos. A construção desses cronogramas trouxe o abito de estudar os casos e
posteriormente atender as famílias estudadas, trazendo mais objetividade e clareza aos
atendimentos.
A equipe vinha demonstrando no decorrer dos meses uma dificuldade em manter uma
rotina e organização de maneira a seguir os planejamentos, no entanto, no ultimo trimestre
vem conseguindo manter um equilíbrio nessa parte e tem executado os planejamentos de
maneira satisfatórias dentro do que lhe é cabível.
Outro ponto de avaliação positiva foi a aquisição de técnico de referencia para o SCFV
de idoso. Em agosto, a Assistente Social Artumária iniciou seu trabalho no CRAS junto aos
idosos tanto do SCFV quanto do PAIF. Esse reforço chegou em bom momento,
principalmente para realizar a execução do Projeto Acolher – Faça um Idoso Feliz, que vinha
preocupando a equipe. Apesar de ser uma aquisição recente à equipe, já vem somando ao
trabalho e essa profissional vem desempenhando seu papel satisfatoriamente.
Por conta dessa mudança, e por outras necessidades da equipe, esse trimestre
reafirmou a característica, não só do CRAS Girassol, mas de todas as unidades, de manter um
padrão de atuação, demandando um grande volume de reuniões para orientações e
monitoramentos do trabalho, tanto por parte da coordenação de PSB, quanto da própria
Secretária.
Neste trimestre também ouve maior êxito na construção dos relatórios semanais, pois,
mesmo que ainda haja algumas falhas e as vezes algum erro na redação, estes foram pequenos
e de rápida correção. Os relatórios melhoraram significativamente e acreditamos que é
necessário melhorar apenas na escrita (redação dos textos) e manter atenção na hora de
contabilizar os dados. O abito de registrar corretamente todas as ações e atendimentos
facilitam a contabilização dos dados. É necessário ainda a participação mais ativa da técnica
do SCFV na construção destes relatórios, mas acreditamos que esta é uma conquista para o
próximo trimestre, pois ela ainda está se adaptando e se organizando no trabalho e está se
familiarizando com este documento.

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho de um CRAS é necessário, no entanto não é fácil. No CRAS Girassol muito


tem-se evoluído e no ultimo trimestre vem procurando manter o ritmo e equilíbrio alcançado
no trimestre anterior.
As transformações sofridas no modo de trabalho de todos os órgãos da política de
assistência social, em especial no CRAS Girassol, têm proporcionado avanços na oferta do
PAIF e ao mesmo tempo algumas frustrações quanto à relação com os usuários, pois há uma
grande dificuldade por parte desses em responder ao teleatendimento e mesmo no
atendimento presencial há dificuldade em obedecer horário marcado. Isso ficou mais latente
no último trimestre, por ter sido um período em que ainda se prioriza o trabalho remoto, mas
retomou-se uma maior aproximação com os usuários.
Observando tabelas e dados pode parecer que o trabalho diminuiu, no entanto, na
prática, ele só aumentou. O CRAS nunca teve tanta produção de documento textual como
agora com os relatórios semanais, e mesmo que este não seja uma novidade desse trimestre,
foi nesse período que ele tomou uma forma e tem ficado mais fácil de ser produzido.
Este trimestre também foi um período intenso de reuniões e monitoramentos para
melhor execução do serviço. Isso demonstra que o trabalho pode e deve melhorar e quem
sempre há algo a se aprender, pois a rotina de trabalho não é literalmente uma rotina, ela é
dinâmica e mutável.
Considera-se, por fim, que o CRAS Girassol, no ultimo trimestre, mesmo com a
diminuição dos atendimentos presenciais, manteve seu papel de referência no território que
abrange, pois a procura espontânea de usuários a esta unidade nunca caiu e muitas vezes as
pessoas buscam apenas uma simples orientação ou um encaminhamento. Uma das formas de
prevenção a situações de vulnerabilidade e risco social é a ampliação do acesso aos direitos de
cidadania do usuário, e esta ação é realizada a todo momento no CRAS em todos os tipos de
atendimentos.

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SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS
SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA – PAIF

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações técnicas:


Centros de Referência de Assistência Social – CRAS. Brasília, 2005a.

BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política de Assistência


Social (PNAS).Brasília, 2005b.

BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Tificação Nacional dos


Serviços Socioassistenciais. Brasília, 2009

BRASIL, Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações técnicas


sobre o PAIF. Vol. 1. Brasília, DF: MDS, 2012a.

BRASIL, Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações técnicas


sobre o PAIF. Vol. 2. Brasília, DF: MDS, 2012b.

BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Caderno de Orientações


técnicas: serviço de proteção integral à familia e serviço de convivencia e fortalecimento de
vínculos. Brasília, 2015.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de


Assistência Social - SNAS. CADERNO DE. ORIENTAÇÕES. Serviço de Proteção e
Atendimento Integral à Família e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.
Articulação necessária na Proteção Social Básica. Brasília, 2016

Parâmetros Socioeducativos: proteção social para crianças, adolescentes e jovens: Igualdade


como direito, diferença como riqueza. Caderno 3: o trabalho sócio educativo com crianças e
adolescentes – 6 a 15 anos. CENPEC – São Paulo: SMADS; CENPEC; Fundação Itaú Social,
2007. 180p.il.

São Paulo (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Social. Caderno de Orientações:


Referências Técnicas para Construção do Plano de Acompanhamento Familiar/Secretaria de
Desenvolvimento Social. - São Paulo: Secretaria de Desenvolvimento Social, 2013.

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