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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

NOME

RELATÓRIO SÓCIO-INSTITUICIONAL

Cidade
2022
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NOME

RELATÓRIO SÓCIO-INSTITUICIONAL

Trabalho elaborado para a disciplina


Estágio Curricular Obrigatório I da
Universidade Norte do Paraná –
UNOPAR, , com o objetivo de obtenção
de conceito.

Cidade
2022
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4

2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL................................................................ 5
3. PROGRAMAS E PROJETOS ....................................................................... 7
4. RECURSOS FINANCEIROS ......................................................................... 9
5. ÂMBITO INSTITUCIONAL ......................................................................... 10
5. PROCESSO DECISÓRIO ........................................................................... 11
7. DEMANDA X COBERTURA DE ATENDIMENTO ...................................... 12
8. CONCLUSÃO .............................................................................................. 13
9. REFERÊNCIAS ........................................................................................... 14
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1. INTRODUÇÃO

O estágio é um momento único onde se pode confrontar teoria


e prática. No campo de estágio é possível compreender como funciona a
instituição e quais são as funções do assistente social e quais são seus
principais desafios na rotina profissional que nem sempre são explicitados nos
livros da formação acadêmica.

Nesta produção textual, será feita a síntese do que ocorreu


durante esse processo, a caracterização da instituição, neste caso o Centro de
Referência de Assistência Social, identificando diversos aspectos, como seus
objetivos, como se mantém, como se compõe seus recursos humanos, sua
atuação na realidade em que se inseriu, além da relevância do Serviço Social
nessa instituição através da atuação profissional do assistente social.
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2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

O CRAS de Cristino Castro surgiu em 2003, e o idealizador foi


o Dr. Domermilho, juntamente com Maria Mercês, fundadora do projeto do
CRAS.

E para completar a rede sócio assistencial cita-se o CRAS. A


finalidade do CRAS “Casa da Família” se sintetiza em organizar a oferta de
serviços da Proteção Social Básica da Assistência Social, no território de maior
vulnerabilidade social, e considera como missão, segundo os relatos da equipe
de referencia, coletados para o presente relatório, “fortalecer os vínculos
familiares e comunitários, buscando a inclusão das famílias que se encontram
em situação de vulnerabilidade social”

A equipe de referência do CRAS é interdisciplinar e trabalha


com o objetivo dede apoiar e contribuir a reestruturação das famílias e
consequentemente sua saída da situação de vulnerabilidade social. Sua equipe
se constitui da seguinte forma:(1) um coordenador, que tem como função
coordenar e acompanhar os processos de planejamentos de programas,
serviços operacionalizados na unidade, desenvolver ações de mapeamento e
articulação das redes de apoio informais que existam no município ou região
como associações, grupos comunitários, participar da articulação intersetorial
no território do CRAS, planejar e coordenar o processo de busca no território
de abrangência do CRAS, alimentar e manter atualizados os dados e os
sistemas de informação e enviar regularmente informações sobre os serviços
socioassistenciais referenciados à SMAS, entre outras atribuições; (2) um
assistente social que, entre outras atividades, acolhe, informa e encaminha as
famílias usuárias do CRAS, acompanha as famílias encaminhadas pelos
grupos de convivência e fortalecimento de vínculos, desenvolve atividades
coletivas e comunitárias no território de abrangência do CRAS, acompanha
famílias sem situação de descumprimento de condicionalidades, realiza visitas
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domiciliares e atendimento particularizado às famílias usuárias, media grupos


de famílias do PAIF e participa das reuniões de planejamento municipal; (3) um
psicólogo que em conjunto com o assistente social realiza buscas ativas e
desenvolve projetos para execução no território afim de diminuir a incidência de
riscos sociais, articula ações que potencializam as boas vivências no território,
realiza encaminhamentos de famílias usuárias para serviços setoriais, apoia de
forma técnica e continuada os profissionais responsáveis pelos grupos de
convivência e fortalecimento de vínculos existentes no território, entre outras
atividades (2) um auxiliar administrativo que recepciona e informa os usuários,
apoia o trabalho do assistente social e do psicólogo do que diz respeito às
funções administrativas, participa, tanto de reuniões de planejamento de
atividades e avaliação dos processos laborais com toda a equipe de referência,
quanto de capacitações; (2) um auxiliar de serviços gerais que zela pela
higiene, pela alimentação necessária e organização do ambiente.
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3. PROGRAMAS E PROJETOS

Como objetivos do CRAS elenca-se o conhecimento da área


de abrangência do território para prevenção das situações de risco e
vulnerabilidade social, através de diagnósticos, estudos, pesquisas e
entrevistas, o acompanhamento sócio assistencial das famílias, promover o
florescimento das potencialidades da família e da comunidade a fim de
fortalecer os vínculos solidários internos e externos, contribuição para o
processo de dignificação, emancipação e autonomia das famílias usuárias,
proteger e promover o cumprimento dos direitos dos usuários do CRAS como
conhecer o nome a credencial de quem o atende, ter sua identidade e
singularidade preservadas e sua história de vida respeitada, ter acesso às
decisões das conferências de assistência social em todas as instâncias
(municipal, estadual e federal).

Os programas ofertados no CRAS são:


- BPC
- PAIF
- BOLSA FAMÍLIA
- SCFV
- ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL

Devido à história de vida do CRAS ser recente, ainda estão


sendo planejados programas e projetos que contribuam para a proteção social
básica das famílias. O principal projeto em execução é a implantação do grupo
de convivência dos idosos que visa incentivar a autonomia e a (re)construção
da dignidade humana do idoso, sujeito de direitos e deveres e atuante na
sociedade, através do conhecimento do Estatuto do Idoso, além do
acompanhamento mais presente e melhor identificação de possíveis abusos
cometidos contra a pessoa idosa.
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A implantação prioritária do grupo de convivência dos idosos


obedece ao art. 3 do Estatuto do Idoso, em especial o inciso II, que defende a
prioridade da pessoa idosa como público alvo de políticas sociais.
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4. RECURSOS FINANCEIROS

Os recursos financeiros que mantém o CRAS são de ordem


tripartite sendo compostos pelas esferas federal, estadual e municipal
respectivamente através de repasses. A instituição elabora juntamente com a
SMAS um plano anual onde detalha os recursos necessários, além das verbas
que chegam à instituição, pertencentes aos projetos executados. A instituição
não recebe nenhuma contribuição de organizações privadas, tampouco
doações.
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5. ÂMBITO INSTITUCIONAL

A população usuária dos serviços do CRAS concentra-se nas


famílias em situação de vulnerabilidade social, famílias beneficiárias do
Programa Bolsa Família, beneficiários do Benefício de Prestação Continuada,
idosos maiores de sessenta anos, crianças de zero a seis anos, adolescentes e
jovens.

Como o cadastro familiar ainda está ocorrendo, não é possível


precisar a quantidade e o perfil exato dos usuários do CRAS, porém em sua
rotina de funcionamento, são acolhidos e conforme suas necessidades,
encaminhados, mulheres que não raro são mães e responsáveis por suas
famílias e idosos, devido a implantação do grupo de convivência. Porém,
através de observação dos acolhimentos, percebem-se famílias de médio
porte, com dois ou mais filhos, de baixa renda, que se sustentam basicamente
através dos benefícios supracitados e atuam em empregos informais e
esporádicos como culinária ou agricultura.

O CRAS mantém parcerias oficiais com as Secretarias


Municipais de Educação, Saúde e Assistência Social, além de ações
articuladas com o CREAS e CAPS, porém as parcerias informais com
movimentos sociais e associações ocorre constantemente.
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6. PROCESSO DECISÓRIO

O processo deliberativo acontece de forma interdisciplinar em


reuniões, avaliações, sempre em conjunto, visto que as vulnerabilidades
sociais não são homogêneas, mas objetos complexos, multifacetados e muitas
vezes envoltos em visões superficiais equivocadas. Para que o processo
decisório aconteça de forma completa e consistente é necessário que hajam
contribuições construídas de forma coletiva.

A interdisciplinaridade é dinâmica, deve ser feita de forma


consciente e ativa e exige o reconhecimento das diferenças e diversidade
cognitiva presente na equipe de referência promovendo a superação do
ilhamento dos saberes.

Deve-se, porém, destacar que mesmo trabalhando em equipe


não se pode ignorar as responsabilidades e competências individuais,
estabelecendo quem é responsável por determinada tarefa, tornando o trabalho
geral objetivo, correto e eficaz.
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7. DEMANDA X COBERTURA DE ATENDIMENTO

Optou-se assim por eventos de abrangência mais geral, como


seminários abertos ao público, caminhadas, rodas de conversa no CRAS e
divulgação nos meios de comunicação.

Sem dúvida, como acontece em grande parte das realidades


sociais onde os CRAS de todo o Brasil são implantados, infelizmente é preciso
realizar apenas as ações de maior emergência, impedindo ainda as ações de
cunho preventivo, enquanto que outros âmbitos ficam paralisados a espera de
recursos tanto financeiros quanto humanos suficientes.

A necessidade da abordagem do assunto no ambiente escolar


foi levantada, com ações como palestras informativas e atividades
interdisciplinares com os alunos durante toda a semana, porém não se
considerou viável a concretização dessa ideia tendo em vista o pequeno
número de profissionais disponíveis, o que causaria uma deficiência em outras
ações de maior necessidade.
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8. CONCLUSÃO

Após várias pesquisas, leituras, observações e trocas de


conhecimentos, constrói-se uma explanação sobre o CRAS. Observa-se uma
postura ética dos profissionais que integram a equipe de referência e
principalmente dos assistentes sociais que procuram no seu cotidiano
profissional agir dentro dos princípios do Código de Ética, e engajados no
projeto ético político da profissão, mesmo se defrontando diariamente com
desafios, novas situações, carência de recursos tanto financeiros quanto
humanos, percebe-se firme a intenção de realizar um trabalho profissional que
atenda às necessidades da população e cumpra com os objetivos propostos.

É uma atuação exemplar que deve ser seguida por todos os


profissionais na busca por uma nova ordem societária, mais igualitária e menos
individualista, onde todos tenham consciência dos seus direitos e deveres.
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9. REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


31ª ed. Brasília. Edições Câmara, 2009.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Política


Nacional de Assistência Social, Brasília, 2005.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome.


NOB/RH/SUAS, Brasília, 2007.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Guia de


Orientação Técnica – SUAS n. 01 – Proteção Social Básica de Assistência
Social, Brasília, 2005.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações


Técnicas Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, Brasília, 2009.

______. Presidência da República. Lei 10.741. Dispõe sobre o Estatuto do


Idoso e dá outras providências. Brasília, 1º de outubro de 2003.

______. Presidência da República. Lei 8.662. Dispõe sobre a profissão de


assistente social e dá outras providências. Brasília, 7 de junho de 1993.

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Parâmetros para a atuação


de assistentes sociais na política de assistência social, Brasília, 2009.

____________. Resolução CFESS n. 273/93. Institui o Código de Ética


Profissional dos Assistentes Sociais. 13 de março de 1993.

SIKORSKI, Daniela; BOGADO, Franciele T. Oficina de formação:


instrumentalidade do serviço social. São Paulo. Pearson Education do Brasil,
2009.

SIKORSKI, Daniela; GODOI, Sueli. Trabalho profissional I. São Paulo.


Pearson Education do Brasil, 2009.

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