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UNIVERSIDADE PAULISTA

EDMILSON MARIANO DA SILVA

IRENI HORÁCIO DA SILVA

CADASTRO ÚNICO PARA PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO


FEDERAL: uma revisão narrativa do contexto histórico e organizacional
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CATALÃO

2021

UNIVERSIDADE PAULISTA

EDMILSON MARIANO DA SILVA

IRENI HORÁCIO DA SILVA

CADASTRO ÚNICO PARA PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO


FEDERAL: uma revisão narrativa do contexto histórico e organizacional

Trabalho de conclusão de curso


para obtenção do título de
graduação em Serviço Social
apresentado à Universidade
Paulista – UNIP.

Orientador:
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CATALÃO

2021

EDMILSON MARIANO DA SILVA

IRENI HORÁCIO DA SILVA

CADASTRO ÚNICO PARA PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO


FEDERAL: uma revisão narrativa do contexto histórico e organizacional
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Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

_______________________/__/___

Prof. Nome do Professor

Universidade Paulista – UNIP

_______________________/__/___

Prof. Nome do Professor

Universidade Paulista – UNIP

_______________________/__/___

Prof. Nome do Professor

Universidade Paulista UNIP

RESUMO

Resumo em português

Palavras-chave: X. X. X.
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6

ABSTRACT

Resumo em inglês

Key-words: X. X. X.
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................ 8
1.A CONSOLIDAÇÃO DO CADASTRO ÚNICO........................................ 7
2. O CADASTRO ÚNICO: PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DE 7
POLITICAS PÚBLICAS.
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INTRODUÇÃO

O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal


(CadÚnico) foi criado com o objetivo de instrumentalizar a coleta de
informações/dados das famílias de baixa renda (identificadas atualmente
aquelas que possuem renda percapta de até ½ salário mínimo).

Além de possibilitar o conhecimento da realidade econômica/social


das famílias, estas informações servem para os governos das esferas federais,
estaduais e municipais traçarem políticas públicas que possam atender às
demandas dessa população.

A criação do CadÚnico se deu no Governo do Presidente Fernando


Henrique Cardoso em 24 de outubro de 2001 através do Decreto nº 9364. Foi
implantado pela Secretaria de Estado da Assistência Social, servindo de base
ao processo de unificação dos programas de transferência de renda e como
referência para a maioria dos programas sociais de combate a pobreza,
implantados a partir de então.

As informações contidas na base de dados do CadÚnico podem ser


usados pelos governos para o diagnóstico sócio econômico das famílias
cadastradas.

O CadÚnico traz as seguintes informações: característica do


domicílio, composição familiar, identificação e documentação de todo o grupo
familiar, escolaridade de todos os membros do grupo familiar, qualificação
profissional e situação no mercado de trabalho, bem como a renda.

Atualmente uma série de programas sociais utilizam a base de


cadastro único, sendo os mais conhecidos e acessados, o Programa Auxílio
Brasil, a Tarifa Social de Energia Elétrica (a nível federal) e a CNH Social e o
Programa Mães de Goiás (a nível Estadual).

Trata-se de uma revisão narrativa, de abordagem qualitativa e


exploratória. Optou-se pela revisão narrativa, uma vez que os seus critérios
não são tão rígidos e sistemáticos durante a busca e a análise crítica da
literatura, devido ao objeto de estudo também disponibilizar relatórios técnicos
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e vasta legislação sobre o assunto, que amplia o leque de fontes de


informações. Além disso, a revisão narrativa permite ao autor do estudo,
selecionar e interpretar as informações de forma um pouco mais subjetiva do
que outros tipos de revisões de literatura, e por isso adequada a este Trabalho
de Conclusão de Curso (ROTHER, 2007).

Desta forma, os procedimentos desta pesquisa consistem em:

- Reunir legislações e manuais técnicos que tratam do Cadastro Único


para Programas Sociais do Governo Federal;

- Buscar artigos científicos publicados em diversas bases de dados, tais


como Google Acadêmico e Scielo, com a palavra-chave: Cadastro Único para
Programas Sociais do Governo Federal;

- Realizar a leitura e analisar os textos para o desenvolvimento do


Trabalho de Conclusão de Curso.

1. A CONSOLIDAÇÃO DO CADASTRO ÚNICO

A consolidação do Cadastro Único em todo o território nacional,


constitui-se num grande avanço no processo de identificar, localizar e no
conhecimento das famílias em situação de vulnerabilidade, permitindo a
manutenção de informações atualizadas sobre as mesmas, tal identificação
possibilita um melhor planejamento das políticas públicas nas três esferas
governamentais de forma coordenada e articulada.

Inicialmente a operacionalização do CadÚnico propiciou a unificação


de programas sociais existentes à época: o Programa Bolsa Escola (da
Secretaria de Educação), o Bolsa Alimentação (da Secretaria de Saúde) e o
Auxílio Gás, anteriores a 2003. Sendo o cadastro vinculado a Secretaria de
Assistência Social do Ministério da Previdência Social.
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Em 2004, foi criado o Ministério do Desenvolvimento Social e


Combate a Fome (MDS), ficando a gestão do CadÚnico sob a responsabilidade
da Secretaria Nacional de Renda e Cidadania (Senarc). Sua idealização foi
feita pela Secretaria de Estado para a Assistência Social (SEAS) que
coordenava o PETI e o Agente Jovem.

O objetivo da SEAS era construir um Cadastro Único que servisse


de instrumento de seleção para todos os programas sociais implantados pelo
governo federal, uma vez que os mesmos serviam ao mesmo público e
apresentavam objetivos complementares. A implantação do CadÚnico viria
ainda a corrigir um problema enfrentado pelos municípios, que seria o
cadastramento de famílias por secretarias diferentes (saúde e educação),
sendo necessário duas secretaria do município para operacionalizar um
cadastro que serviria a um objetivo comum: o de atender a população carente.

Nesse momento, nos municípios, as Unidades Escolares realizavam


o Cadastramento das famílias no âmbito das unidades escolares e a Secretaria
de Saúde cadastravam as famílias com crianças de 0 a 6 anos e as gestantes
nos postos de Saúde.

Sendo transmitidos para o Governo Federal através de um


computador da Prefeitura, de forma off-line, num processo lento entre a
consolidação dos dados e o acesso da população aos benefícios. Assim,
tínhamos duas bases que não se comunicavam, a da saúde e a da educação,
o que gerava duplicidades de cadastros e consequentemente de benefícios,
onde uma família poderia receber dois benefícios, enquanto outra não teria
acesso.

Com a consolidação e evolução do CadÚnico, este passa a ser


totalmente online, criando uma base nacional com acesso a informação da
família em qualquer município do Brasil.

A racionalização e o aperfeiçoamento no processo de


cadastramento de famílias em situação de vulnerabilidade social trouxe consigo
o processo de busca ativa, onde a gestão no município do CadÚnico, faz um
trabalho de identificação e inserção das famílias em seu local de residência.
Essa identificação permitiu com que as famílias mais vulneráveis tivesse sei
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direito do reconhecimento de suas necessidades fossem atendidas pelo


Estado.

2. O CADASTRO ÚNICO: PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DE POLITICAS


PÚBLICAS.

A inclusão e atualização das informações das famílias no CadÚnico


é feita por meio de entrevistas diretamente ao Responsável Familiar
(preferencialmente a mulher), onde são levantadas questões referentes a
características de identificação de informações sobre a situação financeira,
formas de moradia, escolaridade, deficiência e trabalho infantil do grupo
familiar.

Atualmente, o CadÚnico identifica ainda os Grupos Populacionais


Tradicionais e Específicos (GPTEs):

1. Família cigana;
2. família extrativista;
3. família de pessoas artesanais;
4. família pertencente a comunidade de terreiro;
5. família ribeirinha;
6. família de agricultura familiar;
7. família assentada da reforma agrária;
8. família beneficiária do Programa Nacional do Crédito Fundiário;
9. família acampada;
10. família Atingida por Empreendimentos de Infraestrutura;
11. família de Preso do Sistema Carcerário;
12. família de Catadores de Material Reciclável;

Atualmente o cadastro único apresenta três tipos de formulários que


podem ser realizados diretamente no sistema (online) ou preenchendo o
formulário do CadÚnico e posteriormente inseri-lo no sistema (digitar), sendo
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eles: Formulário; Principal de Cadastramento; Formulários Avulsos; e


Formulários Suplementares.
Paralelo ao avanço de tecnologias que auxiliaram e melhoraram o
acesso ao CadÚnico e a agilidade nos processos de informação, a legislação
do Cadastro também passou por transformações e aperfeiçoamento, No ano
de 2007 foi publicado o Decreto Nº 6.135, que revogou os decretos anteriores
sobre o Cadastro Único e definiu com mais clareza os objetivos, os processos,
os instrumentos, a operacionalização e as competências dos entes federados.
De acordo com o artigo 5° do decreto número 6.135 competem ao ministério do
desenvolvimento social e combate a fome. “I – Gerir, Em Âmbito Nacional, O
Cadunico; II – Expedir normas para o Cadunico; III – Coordenar, acompanhar e
supervisionar a implantação e a execução do cadunico; IV- fomentar o uso do
cadunico por outros órgãos do governo federal, pelos estados, distrito federal e
municípios, nas situações em que seu uso não for obrigatório. Assim, o
Cadastro Único facilita a Formulação e a Implementação de Políticas Públicas
capazes de promover a melhoria da vida dessas famílias”.
O CadÚnico pode ser utilizado como mecanismo de seleção de
beneficiários para diversos programas e benefícios sociais conduzidos pelas
três esferas de governo. O Cadastro Único tem a gestão compartilhada, por
meio da cooperação entre os municípios, estada e governo federal. O
município, por meio da gestão municipal do Cadastro Único, realiza a
identificação das famílias de baixa renda, as entrevistas, o preenchimento dos
formulários, a digitação dos dados no sistema e a atualização periódica das
informações, (BARTHOLO, 2010).
Compete a Caixa Econômica Federal a operação do sistema, tendo
como responsabilidade o aprimoramento e desenvolvimento dos sistemas,
processamento dos dados cadastrais inseridos pelos municípios, suporte
operacional e a atribuição do Número de Identificação Social (NIS) a cada
indivíduo incluído no Cadastro Único.
Com a evolução e o estabelecimento de uma base nacional do
CadÚnico, os municípios tiveram melhoria em seu trabalho, em especial nos
processos de identificação e transferência de famílias dentre municípios da
federação. Passou-se a ter maior agilidade no cadastramento e atualização de
dados, que passou a ser de 48h.
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Assim o acesso a serviços, benefícios por parte da população ficou mais


eficiente e o trabalho desenvolvido nos municípios mais transparente com
acesso mais imediato às informações. Não havendo mais perda de serviços ou
duplicidades de cadastramentos.

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