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19ª MOSTRA DE
EXPERIÊNCIAS EXITOSAS
DOS MUNICÍPIOS

Vigilância em Saúde
Volume 15
 19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
EXPEDIENTE
Presidente:
Geraldo Reple Sobrinho – SMS de São
Bernardo do Campo
1ª Vice-presidente:
Carmem Guariente – SMS de Araçatuba
2ª Vice-presidente:
Adriana Martins – SMS de Guararema
1ª Secretária:
Clara Carvalho – SMS de Mogi Mirim
2ª Secretária:
Elaine Xavier – SMS de Lucianópolis
1º Tesoureiro:
Tiago Texera - SMS Jundiaí
2ª Tesoureira:
Maristela Siqueira Santos - SMS
Guaratinguetá
Diretora de Comunicação:
Rosana Gravena – SMS de Jacareí
Vogais
Ana Paula de Oliveira - SMS Santo Antônio
da Alegria
Celia Cristina Bortoletto - SMS Mauá
Claudia Ferreira – SMS de Jaci
Danilo Oliveira – SMS de Americana
Eliana Honain – SMS de Araraquara
Lucimeire Rocha - SMS Santa Bárbara
d’Oeste
Marco Antônio da Silva – SMS de João
Ramalho
Marli Rodrigues Raymundo – SMS de
Araçoiaba da Serra
Michelle Luis Santos – SMS de São Vicente
Paula Siriani Terçariol - SMS Valparaiso
Ricardo Conti - SMS Lençóis Paulista
Roberta Meneghetti - SMS Cravinhos
Silvio Garcia – SMS de São José da Bela
Vista
Tiago de Castro – SMS de Promissão
Comissão Organizadora da 19ª
Mostra de Experiências Exitosas
dos Municípios:
Ana Lucia Pereira
Brigina Kemp
Cleide Fernandes Campos
Dirce Cruz Marques
Lidia Tobias Silveira
Marcia Marinho Tubone
Assessoria de Comunicação:
Claudia Meirelles
2 VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
PALAVRA DO PRESIDENTE
Com muita satisfação apresentamos nes-
ta edição das Revistas Eletrônicas todas
as experiências inscritas na 19ª Mostra
de Experiências Exitosas dos Municípios,
por ocasião do 36º Congresso de Secre-
tários Municipais de Saúde do Estado de
São Paulo, realizado em março de 2023,
cujo tema foi “35 anos do SUS: caminhos
para equidade, universalidade e inte-
gralidade na conjuntura atual”.
A Mostra é hoje uma das atividades mais
importantes do Congresso do COSEMS/
SP e em 2023 superou as marcas anterio-
res na produção de trabalhos.
Foram 1496 experiências inscritas, o que
muito nos orgulha, pois, revela não so-
mente o quanto os gestores municipais
prestigiam esta atividade, como também
o cuidado dos trabalhadores nos milhares
de serviços de saúde do SUS, produzindo
conhecimento e soluções para problemas
tão complexos.
Na leitura dos trabalhos, encontra-se re-
latos de experiências que refletem os pro-
cessos de trabalho na organização do cui-
dado nos serviços de saúde e na gestão,
organizadas nos 10 eixos temáticos da
Mostra: Assistência Farmacêutica; Atenção
Básica; Gestão de Pessoas, do Trabalho e
Educação Permanente; Gestão em Saúde;
Participação Social; Promoção em Saúde
e Práticas Integrativas e Complementares;
Volume 15
Regulação e Redes de Atenção em Saúde;
Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas; Vi-
gilância em Saúde; Tecnologia e Inovação.
No conjunto dos trabalhos contemplados
pode-se comprovar as potencialidades de
ações transformadoras da gestão munici-
pal garantindo os princípios norteadores
do Sistema Único de Saúde - SUS: univer-
salidade, integralidade, equidade e partici-
pação social.
Os relatos descritos representam realida-
des singulares e plurais dos municípios do
Estado de São Paulo participantes da Mos-
tra. Com suas especificidades e demandas
características expressam a riqueza e as
potencialidades de alternativas em respos-
tas aos problemas de saúde decorrentes
da diversidade sócio sanitária nas regiões
de saúde.
A edição das Revistas cumpre assim seu
papel fundamental que é dar visibilidade às
experiências registradas para milhares de
trabalhadores e gestores municipais, por-
que certamente dão esperança e forças
para seguirmos lutando pelo SUS!
Desejamos boa leitura, parabenizando de
modo especial os Autores e Autoras que
aqui compartilham suas experiências,
apontando alternativas e possibilidades na
construção de um SUS cada vez mais po-
tente.
Geraldo Reple Sobrinho
Presidente do COSEMS/SP
3
 19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
ÍNDICE
EXPEDIENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
PALAVRA DO PRESIDENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
ÍNDICE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
RIBEIRÃO PRETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
IMPACTO DA PANDEMIA NO DIAGNÓSTICO DE
TUBERCULOSE PELA FREQUENCIA E POSITIVIDADE DO
TESTE TMR EM RP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
MONITORAMENTO DE CASOS E SURTOS DE COVID-19 EM
ESCOLAS DO DISTRITO LESTE DE RIBEIRÃO PRETO . . . . 9
DA BUSCA ATIVA AO APOIO MATRICIAL: A
DESCENTRALIZAÇÃO DO CUIDADO DA HANSENÍASE EM
RIBEIRÃO PRETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
AVALIAÇÃO DA VIGILÂNCIA DA SÍNDROME GRIPAL EM
RIBEIRÃO PRETO APÓS TRANSFERÊNCIA DA UNIDADE
SENTINELA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
FLUXOS DE COMUNICAÇÃO, INVESTIGAÇÃO DE
EVENTOS, E ANÁLISE PRÓATIVA DE RISCOS . . . . . . . . 13
VACINAÇÃO EM MASSA CONTRA COVID19: COBERTURA
VACINAL,I NTERNAÇÕES E ÓBITOS EM RIBEIRÃO PRETO
- SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
SANTA BÁRBARA D’OESTE . . . . . . . . . . . . . . . 16
EFEITO DA VACINAÇÃO CONTRA O SARS-COV2 EM
IDOSOS COM MAIS DE 90 ANOS DA CIDADE DE STA
BÁRBARA DOESTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
SANTA CRUZ DO RIO PARDO . . . . . . . . . . . . . . 17
HASHTAG, FIM DA PICADA: USO DA TECNOLÓGIA
FORMANDO CIDADÃOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
SANTANA DE PARNAÍBA . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
ORIENTAÇÃO DE CALENDÁRIO VACINAL E A
IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO NAS
EQUIPES DA SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
ENFRENTAMENTO DA MORTALIDADE INFANTIL NO
MUNICÍPIO DE SANTANA DE PARNAÍBA-SP, PERÍODO DE
2006-2022. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4 VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
AVALIAÇÃO DOS PARTOS FORA DA MATERNIDADE NO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA: IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE
MUNICÍPIO DE SANTANA DE PARNAÍBA NO ANO DE PRÁTICAS DE ENFERMEIROS PARA REDUÇÃO DE (NEVS) NA UBS UNIÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
2020 A 2022 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 INFECÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
AÇÕES CONJUNTAS DO ARTICULADOR EM VIGILÂNCIA
A IMPLANTAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA NA AÇÕES CONJUNTAS ENTRE NEVS E UBS: ACESSO A EM SAÚDE COM OUTRAS SECRETARIAS E ATENÇÃO
SECRETARIA DE SAÚDE DE SANTANA DE PARNAÍBA . . 22 SAÚDE PARA A POPULAÇÃO TRANS EM CASAS DE
BÁSICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
PROSTITUIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA À DOENÇA RENAL O PAPEL DO ARTICULADOR EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE
CRÔNICA EM ATENÇÃO SECUNDÁRIA À SAÚDE . . . . . 23 A ESTRATÉGIA PARA A CAPACITAÇÃO
MULTIPROFISSIONAL EM RELAÇÃO A FICHA DE – NEVS SBC NA BUSCA ATIVA DOS PACIENTES COM
SILICOSE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
COBERTURA DE PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
DOENÇA RENAL CRÔNICA ENTRE 2019 E 2022 . . . . . 25 AS AÇÕES DOS ARTICULADORES DO NEVS SBC JUNTO
NEVS EM EXPANSÃO, UMA ARTICULAÇÃO POSITIVA
DAS EQUIPES DA ATENÇÃO BÁSICA NO SETEMBRO
SANTO ANDRÉ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 ENTRE VIGILÂNCIA EM SAÚDE E A ATENÇÃO BÁSICA . 39
AMARELO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
DA INSPEÇÃO À AÇÃO EDUCATIVA EM SERVIÇO DE AÇÕES EDUCATIVAS SOBRE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL PARA CRIANÇAS E E USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS POR AVALIAÇÃO QUALITATIVA DO SISTEMA DE
ADOLESCENTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 ARTICULADORES DO NEVS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 VIGILÂNCIA EM SAÚDE DA DENGUE NO MUNICÍPIO
DE SBC, 2022 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
A IMPORTÂNCIA DA ARTICULAÇÃO INTERSETORIAL
RELATO DA INVESTIGAÇÃO DO PRIMEIRO SURTO DE
EM CASOS DE TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO DE TUBERCULOSE PULMONAR E DENGUE? O NÚCLEO
LEPIDOPTERISMO OCORRIDO NO MUNICÍPIO DE SANTO
ANIMAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE - NEVS JUNTO A ESF, NA
ANDRÉ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
PREVENÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
CICLO DE MELHORIA NA SEPSE NEONATAL TARDIA . . 42
RELATÓRIO DE ATENDIMENTO DE ACIDENTE DE
TRABALHO (RAAT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 UMA EXPERIÊNCIA DE AÇÕES INTRA E INTERSETORIAIS ARTICULADORES EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE NEVS,
EM SAÚDE NAS ALDEIAS INDÍGENAS . . . . . . . . . . . . . 42 CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES E EQUIPES
SANTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 ESTRATÉGIA SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
SÍFILIS EM GESTANTE: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS
PRIMEIRA EPIDEMIA DE CHIKUNGUNYA NO MUNICÍPIO CASOS EM SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP EM 2021- ESTRATÉGIAS PARA O CONTROLE DO SARAMPO NO
DE SANTOS – EXPERIÊNCIA NA DETECÇÃO PRECOCE 31 2022 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP . . . . . 56
VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA: A EPIDEMIA DE INVESTIGAÇÃO ZOOSSANITÁRIA: CASO POSITIVO DE
LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA EM SÃO BERNARDO
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO . . . . . . . . . . . . . . . . 58
CHIKUNGUNYA E A SUPERAÇÃO DO MUNICÍPIO DE
SANTOS/SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 DO CAMPO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 VIGILÂNCIA DA ESPOROTRICOSE HUMANA NO
AS ESTRATÉGIAS DO CONTROLE DE ZOONOSES DE SÃO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP: UMA
ESTRATÉGIA NA INTENSIFICAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM EXPERIÊNCIA EXITOSA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
SAÚDE NA TEMPORADADE CRUZEIROS 2022/2023 - BERNARDO DO CAMPO-SP, PARA CASO AUTÓCTONE DE
MALÁRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
SANTOS/SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 MONITORAMENTO DE ESCORPIONISMO . . . . . . . . . . . 59
WEBINAR: INOVAÇÃO EM SAÚDE EM TEMPOS DE
ASSISTÊNCIA NO CUIDADO AO PACIENTE CRITICO PROJETO PILOTO PARA A REALIZAÇÃO DE AÇÕES EM
PANDEMIA. ESTRATÉGIA INTERSECRETARIAL CONTRA
NA PREVENÇÃO DEI NFECÇÕES RELACIONADAS A ESPOROTRICOSE PELO CENTRO DE CONTROLE DE
AS ARBOVIROSES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
ASSISTÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 ZOONOSES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
O USO DA TECNOLOGIA SISAMOB PARA COLETA DE
SÃO BERNARDO DO CAMPO . . . . . . . . . . . . . . 36 DADOS DE CAMPO DA DENGUE EM SÃO BERNARDO DO FEIRA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL . . . . . . . 62
CAMPO/SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
RESPOSTA COORDENADA DE SÃO BERNARDO ESTUDO DAS TENTATIVAS DE SUICÍDIO POR
DO CAMPO A EMERGÊNCIA EM SAÚDE PÚBLICA: O NEVS NA UBS REPRESA: UM ENFOQUE NO MEDICAMENTOS: O SUBSIDIO PARA QUALIFICAÇÃO DOS
MONKEYPOX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 MONITORAMENTO DA SÍFILIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 PROFISSIONAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Volume 15 5
 19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS 36º CONGRESSO DO COSEMS/SP

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 IMPLANTAÇÃO DE COMITÊ LOCAL DE PREVENÇÃO
DE TRANSMISSÃO VERTICALDE SÍFILIS DE
VACIMÓVEL: EXEMPLO DE EQUIDADE E GUAIANASES/SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
UNIVERSALIDADE DO SUS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
APERFEIÇOAMENTO DE TESTAGEM RÁPIDA PELA
IMPLANTAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DO SISTEMA
ENFERMAGEM EMUNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE EM
GAL EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS . . . . . . . . . . . . . . . . 65
GUAIANASES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
SÃO PAULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 UVIS MOOCA/ARICANDUVA SUSTENTÁVEL PROJETO
SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO CUIDADO REVERSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
PERMANENTE E AVALIAÇÃO DE INDICADORES
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE
EPIDEMIOLOGICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
ESPOROTRICOSE RESIDENTES NA REGIÃO DA UVIS
VIGILÂNCIA E MANEJO INTEGRADO DA ESPOROTRICOSE PENHA/SÃO PAULO - SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
HUMANA E ANIMAL – UVIS ITAQUERA . . . . . . . . . . . . 68
GINCANA DE SUSTENTABILIDADE . . . . . . . . . . . . . . . 85
IMPLANTAÇÃO DE UM FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO
PROJETO FAROL AMBIENTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
À GESTANTE EM SITUAÇÃO DE RUA COM SÍFILIS . . . . 69
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MONKEYPOX
COLMEIA DA DENGUE DIGITAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
(MPXV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
AÇÕES DO COMITÊ DE SÍFILIS CONGÊNITA DA VILA
MARIANA/JABAQUARA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 A IMPLANTAÇÃO DE UM FÓRUM DE ENFRENTAMENTO
AS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA
ERROS DE IMUNIZAÇÃO: CONHECENDO PARA SMS/SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
PREVENIR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
ESTRATÉGIAS PARA ADESÃO VACINAL DURANTE O PRÉ-
CARTOGRAFIA SOCIAL MIRIAM - MAPEANDO NOSSO NATAL NA PANDEMIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
TERRITÓRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
IMPLANTAÇÃO DA FICHA SÍNTESE DE INVESTIGAÇÃO
PROJETO DETETIVES AMBIENTAIS - CAÇA AO DE SÍFILIS CONGÊNITA PRECOCE NO MUNICÍPIO
AEDES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 DE PREVENÇÃO: ESTRATEGIAS QUE REDUZIRAM A
APLICAÇÃO DA AURICULOTERAPIA EM UM GRUPO DE INFECÇÃO POR HIV PELO 5°ANO CONSECULTIVO . . . 94
TABAGISMO: RELATO DE EXPERIÊNCIA . . . . . . . . . . . 75 FORTALECIMENTO DO PROGRAMA VIGIAR COM A
TUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO, IMPLANTAÇÃO DE NOVAS UNIDADES SENTINELA NO
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E MONITORAMENTO DA MUNICÍPIO DE SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
SÍFILIS EM GESTANTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 GESTÃO DESCENTRALIZAÇÃO DE AÇÕES DA
CONTRIBUIÇÃO DA ASSITÊNCIA FARMACÊUTICA NO VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL PARA UNIDADE DE
PROGRAMA DE TRATAMENTO DA TUBERCULOSE NA VIGILÂNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
UBS CUPECÊ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
ANÁLISE DE ÁGUA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO
MAIS SAÚDE, MENOS PLÁSTICO . . . . . . . . . . . . . . . . 78 PERA – PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS E DE
DESINFECÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
AÇÕES DESENCADEADAS PARA IMPLANTAÇÃO DO
ATENDIMENTO DA ESPOROTRICOSE HUMANA NA UBS A OPERACIONALIZAÇÃO DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO
JARDIM JAPÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 CONTRA A COVID-19 NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO . 100
DECLARAÇÃO DE VACINAÇÃO ATUALIZADA DE SUZANO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
ESCOLARES: ESTRATÉGIA SAÚDE E EDUCAÇÃO NA
CIDADE DE SÃO PAULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 A IMUNIZAÇÃO COMO PROJETO DE VALORIZAÇÃO
DA VIDA: A EXPERIÊCIA DE SUZANO NA VACINAÇÃO -
IMPLEMENTAÇÃO DA RENAVEH NA CIDADE DE A COVID-19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
ESTRUTURAÇÃO DA COMISSÃO DO NÚCLEO DE
PREVENÇÃO A VIOLÊNCIA - NPV NA ATENÇÃO TABÕAO DA SERRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
BÁSICA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
ANÁLISE COMPARATIVA DOS CAMPOS DA DECLARAÇÃO
PROJETO ECO-MADEIRITE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 DE NASCIDOS VIVOS COM ANOMALIAS CONGÊNITAS 118
DIAGNOSTICOU, TRATOU: CONTROLE DO HIV NOS UBATUBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
CENTROS DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO NA
CIDADE DE SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 CERTIFICADO DE SITUAÇÃO VACINAL PARA CRIANÇAS
E ADOLESCENTES EM UNIDADES ESCOLARES
PROCESSO ORGANIZACIONAL DA IMPLANTAÇÃO
MUNICIPAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
DO NÚCLEO DEDESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E
PROMOÇÃO À SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
CAÇA A DENGUE: FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO
COMBATE AS ARBOVIROSES . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
MEDIDAS ESTRATÉGICAS DE PREVENÇÃO À SAÚDE
PARA AGRAVOS DE VÍNCULOS AMBIENTAIS . . . . . . . 108
TESTAGEM PARA ISTS NA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE
RUA E USUÁRIOS DE SUBSTANCIAS PSICO ATIVAS . . . 110
PROMOÇÃO DA SAÚDE, FORTALECIMENTO DE
PRÁTICAS INTERSETORIAIS ENTRE AB E VIGILÂNCIA EM
SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
SÃO ROQUE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
PANDEMIA: PARCEIRIAS QUE SALVARAM VIDAS . . . 112
SÃO VICENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
CAMINHOS DA INFORMAÇÃO: APRIMORANDO A LINHA
DO CUIDADO DA GESTANTE COM SÍFILIS E SEU BEBÊ113
SERTÃOZINHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
ERRADICAÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL DO
HIV EM CRIANÇAS DA REDE PÚBLICA DE SAÚDE EM
SERTÃOZINHO-SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
SOROCABA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
PLANILHA ONLINE DE MONITORAMENTO DA SÍFILIS:
QUALIFICANDO O CUIDADO DE GESTANTES E
TERRITÓRIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115

6 VIGILÂNCIA EM SAÚDE Volume 15 7


RIBEIRÃO PRETO
IMPACTO DA PANDEMIA NO DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE
PELA FREQUENCIA E POSITIVIDADE DO TESTE TMR EM RP
ELAINE CRISTINA MANINI MINTO, LUIZ BENJAMIN TRIVELLATO FILHO, MARIA
LIDIA MARIN
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Covid-19, infecção causada
pelo vírus SARsCoV-2, foi de-
clarada pandemia em março de
2020 pela Organização Mundial
de Saúde (OMS). Esse evento,
de proporções catastróficas,
tem afetado milhões de famílias,
com importantes repercussões
sociais, em especial em relação
ao agravamento da desigualda-
de social, acentuando problemas
globais de saúde pública, dentre
eles, o controle da tuberculose
(TB), que é a principal causa de
morte por uma única doença in-
fecciosa em todo o mundo. Os
programas de controle da TB po-
dem ser afetados pela necessida-
de de reorganização dos serviços
e profissionais de saúde em fun-
ção da assistência à COVID-19,
além da eventual indisponibili-
dade de insumos e medicamen-
tos para seu manejo e controle.
Ademais, o distanciamento social
pode interferir na realização do
tratamento diretamente observa-
do(TDO) e no seguimento perió-
dico das pessoas com TB, além
de impactar no diagnóstico pelos
períodos de restrição de agendas
de atendimentos e coleta de exa-
mes na pandemia.
OBJETIVOS
O objetivo deste estudo é avaliar
o impacto da pandemia de covid
19 e suas medidas restritivas no
número de exames de TMR rea-
lizados no município de Ribeirão
Preto para o diagnóstico da tu-
berculose e o percentual de po-
sitividade encontrado através da
observação dos resultados en-
contrados na série histórica deste
teste.
8 VIGILÂNCIA EM SAÚDE
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
METODOLOGIA
Estudo retrospectivo que utilizou
o banco de dados do Laboratório
Municipal para a coleta de dados.
Todos os pacientes que realiza-
ram TMR TB em todos os servi-
ços de saúde de Ribeirão Preto
de 2015 a 2022, sendo que para
o ano de 2022 faremos uma pro-
jeção para o segundo semestre
repetindo os dados do primeiro
semestre para fins comparativos,
foram selecionados para este es-
tudo. Os serviços de saúde foram
agrupados em Unidades de Saú-
de (Unidades básicas de Saú-
de- UBS, Unidades especializa-
das- Centros de referência para
seguimento de tuberculose e Uni-
dades de Pronto Atendimento),
Hospitais SUS e da Saúde suple-
mentar e Unidades prisionais da
GVE 24 (Penitenciárias Masculina,
Feminina e o Centro de Detenção
Provisória de Ribeirão Preto, Pe-
nitenciárias I e II de Serra Azul,
Centro de Detenção Provisória
de Pontal). O TMR TB é realizado
em amostras de escarro, lavado
brônquico, liquido pleural, líquor,
urina, aspirado de traqueostomia
e outros materiais coletados a ní-
vel hospitalar para diagnóstico de
tuberculose pulmonar e extrapul-
monar. No momento da detecção
de um caso de tuberculose o re-
sultado é liberado imediatamen-
te e comunicado via e-mail para
o programa de tuberculose do
município para que o tratamento
seja iniciado o mais rápido pos-
sível para a quebra da cadeia de
transmissão.
RESULTADOS
Esse trabalho foi um forte motiva-
Analisando a série histórica deste
teste a média de exames realiza-
dos por ano foi de2672 testes/
ano. Em 2019 foram realizados
2832 testes com 196 (6,9%) de-
tectados. Em 2020 foram realiza-
dos 2499 (11% menos em relação
a 2019) com 205 (8,2%)detecta-
dos. Em 2021 foram realizados
2631 testes com 192 (7,3%) de-
tectados. E no primeiro semes-
tre de 2022, já com os serviços
de saúde atuando normalmente
sem os bloqueios de agenda re-
alizados como ações de combate
à pandemia foram realizados1472
testes com 137 (9,3%) detec-
tados. Nos anos de pandemia,
2020 e 2021, houve uma queda
no número de TMR realizados em
relação ao ano pré pandêmico de
2019.Em 2020 uma queda de 11%
e em 2021 de 7,09% em relação
a 2019. Esta queda era esperada,
devido às medidas restritivas de
agenda e coleta de exames para
controle da Covid 19. Entretanto o
percentual de detectados aumen-
tou nos dois anos 8,2% e 7,3%de
detectados em 2020 e 2021 res-
pectivamente em relação aos
6,3% de detectados do ano de
2019. Entretanto o mais preocu-
pante é quando olhamos para o
primeiro semestre de 2022. Para
efeitos comparativos fizemos a
projeção de todo o ano dobrando
o quantitativo de janeiro a junho.
O número total de exames vol-
tou para os mesmos patamares
de anos anteriores à pandemia,
porém obtivemos 9,3% de de-
tectados. E olhando para os de-
tectados o aumento ocorreu nos
exames coletados nas unidades
de saúde na população geral. A
restrição das agendas na atenção
básica impactou diretamente no
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
controle da tuberculose.
CONCLUSÕES
Podemos observar que a pande-
mia impactou tanto no número
de testes realizados quanto no
aumento da positividade para a
doença. A pandemia de Covid
influenciou no seguimento e na
adesão ao tratamento da TB em
decorrência do necessário dis-
tanciamento social no início da
pandemia e do remanejamento
dos profissionais para atendimen-
to da Covid. A pandemia inten-
sificou a vulnerabilidade social,
RIBEIRÃO PRETO
MONITORAMENTO DE CASOS E SURTOS DE COVID-19 EM
ESCOLAS DO DISTRITO LESTE DE RIBEIRÃO PRETO
LARISSA GERIN, MARIA CLEUDENI SOARES DE LACERDA, VALÉRIA CRISTINA
BROCHETTO, VIVIANE DA MATA PASTI BALBÃO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em dezembro de 2019 o mun-
do teve conhecimento de um
novo vírus (coronavírus),des-
conhecido até o momento, com
grande potencial de causar uma
doença (COVID-19)com casos
graves e óbitos especialmente
entre aqueles com maior idade
e na presençade comorbidades.
No Brasil em março de 2020
foram instituídas as medidas
decontenção da disseminação
do vírus, o que incluía o isola-
mento social, com ofechamento
das unidades escolares sem pre-
visão de retorno. No município de
RibeirãoPreto as instituições
escolares da rede privada fo-
ram autorizadas a retornarpre-
sencialmente em outubro/2020,
porém, as instituições públicas
retornaram com100% da ativi-
dade presencial em janeiro de
2022, no mesmo período em
que omunicípio de Ribeirão
Preto vivenciava um grande au-
mento no número de casosno-
Volume 15
com repercussões na incidência
da TB, principalmente conside-
rando-se que esta última é reco-
nhecida como socialmente deter-
minada. Temos que pensar em
políticas públicas para aumentar
a adesão a estratégia de diag-
nóstico nas Unidades de Saúde
para seja realizada detecção pre-
coce de casos infecciosos, início
imediato de tratamento, preven-
ção de infecção e rastreamento
de contatos. Podemos observar
que a restrição de agendas nos
atendimentos da atenção básica
impactaram em todos os indica-
tificados (43.332) e confirmados
(24.367) da doença, o maior
número por mês noano. Para
orientar as equipes das escolas e
monitorar a ocorrência de surtos
da doençaa Divisão de Vigilância
Epidemiológica desenvolveu um
protocolo com orientações para-
casos e surtos de COVID-19 em
instituições escolares em Ribei-
rão Preto.
OBJETIVOS
Receber ficha de notificação in-
dividual de casos suspeitos e
confirmados entre alunos e fun-
cionários das instituições escola-
res pertencentes ao Distrito Leste
para monitoramento de surtos e
orientações de medidas de con-
trole.
METODOLOGIA
Foi estabelecido um canal de
comunicação entre a Vigilância
Epidemiológica Leste e as ins-
tituições escolares públicas e
privadas pertencentes ao distri-
dores de saúde, não somente no
diagnóstico e tratamento da TB.
Houve um aumento no descon-
trole de doenças crônicas como
hipertensão e diabetes, aumento
nos casos de sífilis e outras doen-
ças sexualmente transmissíveis,
o que demonstra como o trabalho
na atenção primária é importante
no controle e prevenção de todos
os agravos que impactam a saú-
de da população.
PALAVRAS-CHAVE
covid 19, pandemia, tuberculose,
TMR
to através de e-mail e telefone.
As escolas notificaram os casos
suspeitos e confirmados de CO-
VID-19 entre alunos e funcionários
da instituição através de formulá-
rio de notificação encaminhado
por e-mail. A equipe da VE Leste
inseriu os casos na planilha de
acompanhamento de casos para
monitorar a ocorrência de surtos.
Diante da notificação de casos a
equipe da VE Leste encaminhava
e-mail com orientações referen-
tes às medidas de controle(isola-
mento e quarentena de contatos),
na ocorrência de dois casos sus-
peitos/confirmados com vínculo
epidemiológico era realizado a
notificação de surto. Além disso,
a equipe da VE Leste prestava
orientações e esclarecimentos
para as equipes das instituições
escolares por telefone.
RESULTADOS
Até junho de 2022 a equipe da VE
Leste notificou 107 surtos em ins-
tituições escolares, um número
9

bastante superior em relação aos
outros distritos: Central (43), Sul
(34)Norte (30), Oeste (7). Em rela-
ção às notificações de casos in-
dividuais em cada surto, o distrito
leste notificou 318 casos, o Cen-
tral notificou 120, o Sul notificou
119, o Norte notificou 64 casos e
o Oeste notificou 24 casos. Além
dos casos relacionados a surtos,
a equipe da VE Leste recebeu a
notificação de outros 759 casos
suspeitos/confirmados de CO-
VID-19 nas instituições escolares,
RIBEIRÃO PRETO
DA BUSCA ATIVA AO APOIO MATRICIAL: A DESCENTRALIZAÇÃO
DO CUIDADO DA HANSENÍASE EM RIBEIRÃO PRETO
HELENA BARBOSA LUGÃO, JOSELY MENDONÇA PEREIRA PINTYÁ, DANIEL
CARDOSO DE ALMEIDA ARAÚJO, DENISE BERGAMASCHI GIOMO, LUZIA MÁRCIA
ROMANHOLI PASSOS, ELIANA MARIA FERNANDES DE AGUIAR TONETTO, CINIRA
MAGALI FORTUNA, MARCO ANDREY CIPRIANI FRADE
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Entre 2014 e 2017 Ribeirão Pre-
to registou 246 casos novos de
hanseníase, com taxa de detec-
ção anual variando entre 7,86 e
9,88 casos novos por 100.0000
habitantes (1), oque classificava
o município média endemicida-
de. Esses indicadores, aliados ao
fato de muitos casos serem diag-
nosticados tardiamente com in-
capacidades físicas irreversíveis,
demonstravam que o município
não estava conseguindo reduzir a
prevalência da doença e aponta-
vam para a necessidade intensifi-
cação de ações de busca ativa e
capacitações visando a detecção
e tratamento precoces. Historica-
mente, no município o cuidado da
hanseníase era realizado apenas
em unidades de saúde de níveis
secundário e terciário, sendo que
o papel Atenção Primária à Saú-
de (APS) se limitava à suspeição
e encaminhamento. Alinhado aos
princípios do Sistema Único de
Saúde(SUS) de universalização,
10
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
para os quais foram encaminhas
orientações quanto ao protocolo
municipal para controle de casos
e surtos.
CONCLUSÕES
Nos meses de janeiro e fevereiro
de 2022 a equipe da VE Leste teve
um trabalho intenso para acom-
panhar e orientar as instituições
escolares no intuito de controlar
a ocorrência de surtos, porém,
apesar do grande volume de tra-
descentralização e integralidade
do cuidado, foi iniciado no ano
de 2018 o processo de descen-
tralização do cuidado das pesso-
as acometidas pela hanseníase
para a APS. A estratégia adotada
possui três pilares: capacitações
teóricas e práticas de profissio-
nais de saúde da APS, distribui-
ção de questionários de busca
ativa (Questionário de Suspeição
de Hanseníase - QSH) (2) e apoio
matricial para acompanhamen-
to dos casos diagnosticados na
APS.
OBJETIVOS
Relatar o impacto no perfil epi-
demiológico da hanseníase em
Ribeirão Preto/SP resultante da
estratégia de descentralização
do cuidado da hanseníase para a
APS.
METODOLOGIA
No ano de 2018 foi iniciada a
descentralização da hanseníase
para a APS. Desde
balho, houve uma aproximação
da equipe da VE com as equi-
pes das instituições escolares,
que se apoiaram e estreitaram
laços para controlar a ocorrência
de outras doenças e agravos de
interesse da VE. Além disso, foi
possível evitar que a dissemina-
ção da doença fosse ainda maior.
PALAVRAS-CHAVE
Vigilância Epidemiológica, CO-
VID-19, Educação
então, o processo segue cro-
nograma similar, sendo que a
descentralização está sendore-
alizada sequencialmente nos
distritos de saúde do municí-
pio, priorizando os distritoscom
mais casos na série histórica.
A primeira atividade é a ca-
pacitação das equipesmultipro-
fissionais (agentes comunitários
de saúde, auxiliares/técnicos
de enfermagem,enfermeiros e
demais profissionais das equi-
pes) para busca ativa utilizando o
QSH. Emseguida, é realizada a
capacitação teórico-prática para
profissionais de saúde de ní-
velsuperior da APS. Após as
capacitações, inicia-se a apli-
cação do QSH na comunida-
de(visitas domiciliares, pré e pós
consulta, sala de espera, etc). Os
QSH são digitados emplanilha
padronizada para análise. São
identificados os indivíduos com
suspeita dehanseníase, que são
convocados para avaliação der-
mato-neurológica nas unidades
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
deAPS, momento em que é
realizada a capacitação prática
dos profissionais de nívelsupe-
rior. Os pacientes diagnostica-
dos com hanseníase passaram
a fazer o tratamentona APS.
Visando qualificar o cuidado, é
oferecido apoio matricial para
auxiliar asequipes na condu-
ção dos casos. Em inúmeros
momentos são realizadas visi-
tas àsunidades de saúde para
atendimento compartilhado en-
tre o especialista matriciador
eas equipes de APS, ocasi-
ões, estas, que proporcionam
novos momentos deaprendiza-
do, a partir da educação perma-
nente no serviço.
RESULTADOS
Desde 2018 foram capacitadas
30 unidades de APS (63,8% das
unidades do município). Obser-
vamos aumento da detecção de
casos novos, mudando o perfil de
endemicidade do município, que
em 2017 era classificado como
média endemicidade(66 casos
novos, taxa de detecção anual
9,67 casos novos/100.000 habi-
tantes) e passou a ser classifica-
do como muito alta endemicidade
em 2021 (219 casos novos, taxa
de detecção anual 30,41 casos
novos/100.000 habitantes) (2). A
RIBEIRÃO PRETO
AVALIAÇÃO DA VIGILÂNCIA DA SÍNDROME GRIPAL EM RIBEIRÃO
PRETO APÓS TRANSFERÊNCIA DA UNIDADE SENTINELA
ERIKA APARECIDA CATOIA, LARISSA GERIN, FABIANA CARLA PONTIM CATANI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Influenza é uma infecção respi-
ratória com potencial para gerar
cenários pandêmicos sendo im-
prescindível uma vigilância global
da influenza sazonal e de novas
cepa virais. No Brasil esta vigi-
lância foi estabelecida em 2000.
O município de Ribeirão Preto
Volume 15
análise da frequência de casos
novos de hanseníase por modo
de detecção evidencia aumento
do número de casos detectados
por demanda espontânea e exa-
me de contatos (atividades que
ocorrem prioritariamente na APS),
enquanto o número de casos de-
tectados por encaminhamento
(unidades de nível secundário ou
terciário) permaneceu estável.
Além da mudança do perfil epi-
demiológico, a descentralização
do cuidado da hanseníase tem
demonstrado resultados positi-
vos em seus três pilares. A apli-
cação do QSH contribui para a
educação da comunidade e das
equipes de saúde quanto às ma-
nifestações dermato-neurológi-
cas da hanseníase, que por vezes
não seriam valorizadas caso não
estivessem inseridas em uma es-
tratégia de busca ativa. O cuida-
do da hanseníase na APS, com
a equipe de saúde responsável
pelo acompanhamento longitudi-
nal, permite um olhar qualificado
para questões sociais, familiares
e de comorbidades. Além disso,
a possibilidade do apoio matricial
permite acesso aos conhecimen-
tos e experiência do especialista.
CONCLUSÕES
A mudança no perfil epidemioló-
participa das ações da vigilância
da SG e desde 2015 as ações
eram desenvolvidas na Unidade
Básica Distrital de Saúde (UBDS)
“Dr. Marco Antônio Sahão – Vila
Virgínia que passou por mudan-
ças administrativas em 2021 e
a gestão, outrora, da Secretaria
Municipal de Saúde, passou a ser
gico da hanseníase aponta para
a possiblidade de uma endemia
oculta da doença no município de
Ribeirão Preto, assim como ob-
servado em outros municípios da
região (3). A estratégia de busca
ativa baseada no QSH, associada
às capacitações teóricas e práti-
cas dos diferentes profissionais
de saúde, levou a aumento na
detecção de casos novos. Casos,
esses, que possivelmente teriam
diagnóstico tardio na ausência
das ações implementadas. A ex-
periência de descentralização do
cuidado da hanseníase para APS,
com treinamento das equipes de
APS, uso da ferramenta de bus-
ca ativa baseada em sintomas e
sinais da doença (que também
se constitui num significativo ins-
trumento de educação em saúde
para a comunidade) e fortaleci-
mento do matriciamento trouxe-
ram diversos benefícios à saúde
da comunidade, em consonância
com os princípios do SUS, espe-
cialmente os princípios da univer-
salidade, integralidade e descen-
tralização.
PALAVRAS-CHAVE
Hanseníase, Vigilância em Saúde,
Matriciamento
realizada pela Fundação Santa
Lydia. Tais mudanças suscitaram
na equipe da Divisão de Vigilância
Epidemiológica, uma análise so-
bre os benefícios da transferência
da unidade sentinela para a Uni-
dade de Pronto Atendimento(U-
PA) Dr. Luís Atílio Losi Viana - UPA
Leste devido a localização estra-
11

tégica possibilitando maior repre-
sentatividade da população, uma
vez que, a unidade habitualmente
recebe moradores dos cinco dis-
tritos de saúde do município. As
amostras coletadas são cadas-
tradas no Sistema de Informação
da Vigilância Epidemiológica da
Gripe - SIVEP-GRIPE módulo SG
e encaminhadas semanalmen-
te ao laboratório Instituto Adolfo
Lutz para processamento do pai-
nel viral.
OBJETIVOS
Analisar a Vigilância Epidemioló-
gica da Síndrome Gripal no mu-
nicípio de Ribeirão Preto após a
mudança da unidade sentinela
para a UPA LESTE. Os objetivos
específicos são avaliar: o indica-
dor pactuado número de amos-
tras coletadas por semana epide-
miológica para identificação dos
vírus respiratórios em circulação;
mudanças no perfil demográfico
dos pacientes que coletam exa-
mes para vigilância sentinela da
síndrome gripal; e elencar os ví-
rus respiratórios identificados na
vigilância sentinela da síndrome
gripal no município de Ribeirão
Preto, após o advento da pande-
mia da covid-19.
METODOLOGIA
Estudo descrito com abordagem
quantitativa para comparação do
grupo composto pelas amostras
coletadas na unidade sentine-
la da UBDS Vila Virginia (VV) e
pela UPA Leste (UL). Exportou-
-se o banco SIVEP-Gripe - SG e
as variáveis de interesse foram
ajustadas para demonstrarem o
perfil demográfico, o quantitati-
vo de amostras por semana epi-
demiológica (SE) de coleta e a
variedade dos vírus respiratórios
identificados. Foi realizada parea-
mento de SE entre os grupos VV
e UL e o período selecionado foi
das SE de 14 a 36 de 2021 e 46
a 52 de 2020 compondo o grupo
VV ede 14 a 36 de 2022 e de 46
a 52 de 2021 compondo o grupo
12
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
UL. Foi criado um modelo-ideal
com a distribuição representa-
tiva da população do município
por sexo, faixa etária e distrito de
residência, normalizada para 150
amostras. Para a análise do sexo
foi realizada estatística descritiva
percentual de variável dicotômi-
ca. Para a análise da idade re-
alizou-se teste estatístico t não
pareado entre os grupos VV e UL
presumindo variâncias não-equi-
valentes. Para a comparação en-
tre os distritos de residência foi
apresentado graficamente para
observar aproximação do mo-
delo ideal em todos os distritos.
Para esta análise foram excluí-
dos 4 registros da UL do ano de
2022,por tratar-se de pacientes
não residentes no município. Para
verificar quais vírus respiratórios
foram identificados nas unidades
sentinelas no período do estudo
foram gerados relatórios no SI-
VEP-gripe.
RESULTADOS
Para análise dos dados foram
incluídas 30 SE da unidade VV
(2020 e 2021) com 147 registros
e 30 SE da UL (2021-2022), com
150 registros. Houve predomínio
de mulheres atendidas nas uni-
dades sentinela. A UL apresentou
maior aproximação ao modelo
ideal de distribuição do atendi-
mento por sexo. Observou-se
diferença estatística na mediana
de idade que no grupo da VV foi
de 22,5 anos e na UL de 29 anos.
Houve maior variância de idade
no grupo da VV. Houve diferen-
ças na distribuição das amostras
coletadas por faixa etária, com
predomínio de atendimento de
crianças na VV e de adultos jo-
vens na UL. Houve diferença na
distribuição de pacientes atendi-
dos, segundo distrito de residên-
cia. A UL teve maior proximidade
ao modelo ideal com atendimento
de residentes dos cinco distritos
de saúde do município. Os vírus
respiratórios identificados foram:
SARS-CoV2, Influenza A (H3N2) e
Vírus Respiratório Sincicial (VRS).
CONCLUSÕES
O predomínio de mulheres aten-
didas nas unidades sentinela cor-
robora com estudos nacionais
que identificam predomínio de
mulheres atendidas em unidades
de pronto atendimento. A tran-
sição climática nos períodos de
outono e inverno contribui para
o aumento da prevalência das
doenças respiratórios nas crian-
ças, da mesma forma, o proces-
so de envelhecimento e a maior
incidência de comorbidades são
fatores de risco para desenvolvi-
mento de Síndrome Respiratória
Aguda Grave (SRAG) e desfe-
chos desfavoráveis em pacientes
idosos com infecções respirató-
rias. Sendo assim, a distribuição
da coleta de amostras de forma
mais homogênea elencando a
coleta em todas as faixas etárias
mostra-se um desafio para qua-
lificar ainda mais a Vigilância da
SG no município. A UL teve maior
proximidade ao modelo ideal
com atendimento de residentes
dos cinco distritos do município.
Desta forma, a transferência da
unidade sentinela para a UL al-
cançou o objetivo de obter maior
representatividade da popula-
ção atendida. Embora o advento
da pandemia da covid-19 tenha
causado, mundialmente, diminui-
ção da circulação de outros vírus
respiratórios a unidade sentinela
identificou a circulação de ou-
tros vírus que, juntamente com o
SARS-CoV2, aumentam o risco
de adoecimento.
PALAVRAS-CHAVE
Influenza; Síndrome Gripal; Vigi-
lância Sentinela
BIBLIOGRAFIA
[1] BRASIL. Ministério da
Saúde. Departamento de vigi-
lância das DoençasTransmissí-
veis. Coordenação Geral de Vigi-
lância de Doenças Transmissíveis
Vigilânciasentinela de síndrome
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
gripal (SG) no Brasil. Brasília, DF,
2015 [2] GARCIA, V.M., REIS,R.K.
Perfil de usuários atendidos em
uma unidade não hospitalar de
urgência. Ver. BrasEnferm, 2014
[3] Boletim Epidemiológico Se-
manal. Vigilância das Síndro-
mesRespiratórias em crianças e
adolescentes. Campinas, 2022
RIBEIRÃO PRETO
FLUXOS DE COMUNICAÇÃO, INVESTIGAÇÃO DE EVENTOS, E
ANÁLISE PRÓATIVA DE RISCOS
MARIA DE FATIMA PAIVA BRITO, ANDRÉA CRISTINA SOARES VENDRUSCOLO,
ANAZILDA CARVALHO DA SILVA, KARINA DOMINGUES DE FREITAS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Política Nacional de Vigilância
em Saúde (PNVS) contribui para
a integralidade na atenção à saú-
de, o que pressupõe a inserção
de ações de vigilância em todas
as instâncias e pontos da Rede
de Atenção à Saúde do SUS, me-
diante articulação e construção
conjunta de protocolos, linhas de
cuidado, matriciamento da saú-
de, definição de estratégias, dis-
positivos de organização, fluxos
da rede de atenção, bem como
acompanhamento na prática clí-
nica realizada através de visitas
técnicas. O Ministério da Saúde,
define VS como processo siste-
mático de coleta, consolidação,
análise e disseminação de infor-
mações, visando implementação
de medidas para proteção e pro-
moção da saúde da população.
Notificar é comunicar a ocorrên-
cia de eventos, problemas ou si-
tuações associadas a produtos e
serviços. Podem ser notificados
para o Núcleo de Segurança do
Paciente (NSP) e para a Anvisa
eventos adversos decorrentes
de falhas na assistência à saúde
e queixas técnicas de produtos
e serviços. Entendendo a impor-
tância de se estabelecer uma sis-
Volume 15
[4] OLIVEIRA, A.N.O. et al.O per-
fil clínico dos usuários da rede
de urgências no interior de Per-
nambuco. Revista dePesquisa e
Cuidado é Fundamental, online,
2013. [5] SILVA, C.E.P.daS. el
al. Oimpacto da covid-19 na
população idoso com doença
pulmonar crônica nãotransmis-
temática de vigilância em saúde
foi elaborada uma proposta pelo
NSP e Comissão de Controle de
Infecção (CCI) com validação pe-
las áreas de interface e Secreta-
ria Municipal da Saúde de Ribei-
rão Preto (SMS-RP), contendo
fluxogramas de comunicação de
riscos, instrumento para inves-
tigação de eventos, checklist de
visitas técnicas embasado na le-
gislação vigente e documentos
para manifestação das equipes
em relação às oportunidades de
melhoria.
OBJETIVOS
Descrever os fluxogramas de co-
municação de risco (FCR), inves-
tigação de eventos e análise pró
ativa de riscos através de visitas
técnicas intuídas na SMS-RP, e
sua contribuição para envolvi-
mento das equipes na aplicabi-
lidade do referencial teórico na
prática proporcionando adequa-
ções dos processos de trabalho,
minimização dos riscos e melho-
ria na assistência à saúde e se-
gurança do paciente e dos profis-
sionais.
METODOLOGIA
Os FCR, checklists de visitas
sível. Fisioterapia Brasil, 2022
[6] GOMES, R., NASCIMENTO
E.F., ARAÚJO,F.C. Por que os ho-
mens buscam menos os serviços
de saúde do que as mulheres?
Asexplicações de homens com
baixa escolaridade e homens
com ensino superior. Cad.Saú-
de Pública, RJ, 2007
técnicas e relatórios de acompa-
nhamentos elaborados pelo NSP/
CCI englobam fluxo e análise de
notificações; identificação pro-
ativa de riscos(IPR) através de
visitas técnicas às unidades de
atenção primária em saúde (UAP-
S),bem como diretrizes em tecno,
fármaco, vigilância de saneantes,
alimentos/cosméticos. Com rela-
ção às notificações, o notificador
poderá ser profissional ou usuá-
rio do sistema de saúde, após é
feito classificação do evento por
gravidade e suas consequências.
A investigação é feita com foco
nos processos de trabalho atuan-
do de forma a buscar uma cultura
não punitiva. Com relação a IPR,
nas visitas técnicas nas Unidades
o checklist contempla as informa-
ções quanto aos protocolos de
segurança do paciente . A equipe
de saúde é que acompanha as vi-
sitas, envia a resposta através do
formulário descrevendo o plano
de ação, capacitação das equi-
pes e definição de prazos para
as adequações. Quanto a comu-
nicação de riscos sanitários - o
NSP acompanha as publicações
no site da ANVISA verificando
quais são os alertas e resoluções
específicas, realizando tabulação
13

dos dados de acordo com o tipo
de vigilância e, quando identifica-
do produtos que podem ter sido
adquiridos pela rede municipal
encaminha através de sistema in-
formatizado os documentos para
as áreas de interface que, após
análise dos mesmos, verificam a
necessidade de ações de recolhi-
mento e troca de insumos junto
aos fabricantes, fornecedores e
unidades assistenciais.
RESULTADOS
Foram descritos 8 fluxogramas
(1-Envio de Notificações; 2-Análi-
se de Notificações;3-Notificações
de Suspeita/Evento Sentinela;
Comunicações de Risco em:-
4-Farmacovigilância; 5-Tecnovi-
gilância-Produtos para Saúde;-
6-Tecnovigilância-Equipamentos,
7- Saneantes/Cosméticos/Cor-
relatos e 8-VisitasTécnicas). Em
2022, foram analisados 130 aler-
tas, 223 resoluções , realização
de visitas técnicas, análise pro-
ativa de riscos, elaboração dos
planos de ação pelas equipes e
acompanhamento em 22 UAPS.
A partir da análise e reuniões com
áreas de interface decorrentes de
RIBEIRÃO PRETO
VACINAÇÃO EM MASSA CONTRA COVID19: COBERTURA
VACINAL,I NTERNAÇÕES E ÓBITOS EM RIBEIRÃO PRETO - SP
MAYRA FERNANDA DE OLIVEIRA, DENISE BERGAMASCHI GIOMO, LUZIA MÁRCIA
ROMANHOLI PASSOS, SANDRO SCARPELINI, SAMUEL SULLIVAN CARMO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Estimativas de eficácia para as
vacinas são necessárias para a
tomada de decisão dos governos.
Num coorte com 10,2 milhões de
pessoas, entre pessoas total-
mente imunizadas a eficácia da
Coronavac foi de 86,3% (IC 0,95)
para a prevenção de morte[1].
Quanto à estratégia, não hou-
ve vantagem clara em se adiar
a segunda dose com as vacinas
14
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
notificações e visitas foram rea-
lizadas melhorias em processos
de trabalho relacionadas à: re-
gistros em prontuário, entrega de
medicamentos para alta licença,
revisão do protocolo de preven-
ção de quedas ; capacitação das
equipes para implementação na
prática do procedimento opera-
cional de passagem de plantão
de enfermagem no atendimen-
to pré-hospitalar e revisão dos
materiais e medicamentos de
atendimento de emergência; re-
visão e definição junto a vigilân-
cia epidemiológica de melhorias
relacionadas ao processo de ad-
ministração e registro no sistema
de imunobiológicos; inserção de
medicamentos comumente uti-
lizados nas UAPS na tabela de
diluição disponibilizada no site da
Prefeitura; revisão do processo
de rastreabilidadede amostras de
material biológico; troca de lote
de produto; revisão de cadastro
demarcas e solicitação de sina-
lização de alergias no sistema e
alertas na prescrição e dispensa-
ção de medicamentos.
CONCLUSÕES
Pfizer-BioNTech na redução de
infecções[2]. Modelos de estra-
tégias de vacinação indicam que
a imunidade do rebanho só pode
ser alcançada com vacinação em
massa com imunobiológicos cuja
eficácia global disponha de 70%
ou mais de eficiência vacinal (EV)
- cenário que se aplica a Ribeirão
Preto [3]. Para o caso de vacinar
profissionais da saúde, sugere-se
que a ampla vacinação é eficaz
A elaboração dos fluxogramas
supracitados, a análise pro ativa
de riscos através das visitas téc-
nicas e as investigações de noti-
ficações foram oportunidades de
organizar, documentar e definir
responsabilidades disparando
processos para implantação e/
ou aprimoramento de práticas
seguras com envolvimento ativo
das equipes assistenciais e áreas
de interface, com vistas a opor-
tunizar momentos de reflexão e
disseminação da cultura de segu-
rança do paciente no âmbito da
Secretaria Municipal da Saúde de
Ribeirão Preto.
PALAVRAS-CHAVE
Vigilância em Saúde Pública, Se-
gurança do Paciente
BIBLIOGRAFIA
MS – Ministério da Saúde. Po-
lítica Nacional de Vigilância em
Saúde. Publicado em20/11/2020.
Atualizado 29/12/2021.
Disponível em:https://
www.gov.br/saude/pt-br/assun-
tos/saude-de-a-a-z/p/politica-
-nacional-de-vigilancia-em-sa
entre os profissionais de saúde
e fornece um ambiente seguro,
mesmo na presença de uma alta
taxa de infecção na comunida-
de[4]. O pior cenário para uma
vacina eficaz é aquele que se re-
duz a doença em adultos jovens,
mas não fornece proteção direta
e indireta a grupos de alto ris-
co[5]. No presente estudo, vamos
descrever a curva de internações
e óbitos em conjunto à cobertura
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
vacinal em sujeitos com 50 anos
e mais. Por premissa, um coorte
retrospectivo, a redução na eficá-
cia da vacina ao longo do tempo
provavelmente se deve à diminui-
ção da imunidade com o tempo e
não à hipótese de a variante del-
ta escapar da proteção[6]. Deste
modo, à luz dos elementos supra-
citados podemos discutir a curva
de internações e óbitos temporal-
mente pareada com a cobertura
vacinal.
OBJETIVOS
O presente estudo tem por obje-
tivo apresentar um pareamento
temporal entre a evolução dos
casos de covid19 no município
de Ribeirão Preto para hospita-
lizações e óbitos e a cobertura
vacinal ocorrida no mesmo perío-
do nas faixas etárias dos sujeitos
com mais de 50 anos de idade,
podendo sustentar a hipótese de
que a vacinação em massa, já a
partir da administração da pri-
meira dose, pode contribuir para
a redução no número de hospita-
lizações e de óbitos por covid19
mesmo num cenário real de alta
transmissão de variante P1 e alta
mortalidade associada.
METODOLOGIA
Descrevemos o cenário epide-
miológico do estudo na figura 01
com a linha do tempo das inci-
dências de casos confirmados
por dia a cada 100 mil habitantes
com notificações ancoradas ao
início de sintomas (IS) da infecção
dos últimos meses. Ribeirão Pre-
to poderia ter colapsado seu sis-
tema em Jun.-2021, quando com
mais de300 leitos de tratamento
intensivo (UTI) ocupados se a in-
cidência de mais de 70 casos por
dia a cada 100 mil habitantes fos-
se mantida num platô. O avanço
da vacinação e medidas restriti-
vas como o lockdown podem ter
colaborado para que o sistema
municipal não saturasse. Ao ob-
servarmos o cenário dos óbitos,
na figura 2, reduzimos a resolu-
Volume 15
ção temporal e exibimos os totais
mensais, o contorno mais agru-
pado evidencia um platô março a
junho que se sustenta com mais
de 300 óbitos mensais. Para o es-
tudo, é razoável verificar se houve
alguma variação na distribuição
dos óbitos por faixa etária entre
2020 e 2021, pois, espera-se que
a vacinação, que imunizou os
mais idosos, aponte algum efeito,
de modo que os óbitos entre os
mais idosos diminuam se com-
parado a 2020. Pode ser que a
vacinação ocorrida entre os mais
idosos, cuja cobertura D2 > 90%
entre Mar. e Jun.-2021, tenha pre-
servado do óbito estes sujeitos.
Deste modo, elaboramos a figura
03 com a distribuição etária per-
centual dos óbitos por IS de 2020
e comparando-a com 2021, onde
é possível confirmar um aumento
percentual na participação de 30
a 59 anos nos óbitos e a redução
nos mais idosos, com 70 anos e
mais.
RESULTADOS
Por resultado denota-se o parea-
mento temporal entre a evolução
das hospitalizações e óbitos e
com a cobertura vacinal nas fai-
xas etárias dos sujeitos com 50
anos e mais. Figura 4: A evolução
das internações e óbitos por co-
vid19 segundo o acumulado mês
a mês no ano de 2021 por IS con-
tados no vertical à esquerda e a
cobertura vacinal de D1,2 e 3 à
direita. Para este grupo, com 80
anos e mais, tem-se configurada
a representação de mais de um
terço de todos os óbitos covid19
em 2020. Esperava-se, portanto,
que no período de maior morta-
lidade da epidemia - de março
a junho de 2021- tivéssemos um
expressivo aumento de interna-
ções e mortes no grupo, contu-
do, isto não se confirmou. Uma
hipótese plausível está na Figura
5: centrada no grupo de 70 a79
que teve integralmente esquema
vacinal de 28 dias, evidencia ain-
da mais estes contornos, após
atingida a cobertura de 90%, as
internações e óbitos deste grupo
caem já em abril, mesmo sendo
até junho o pico dos óbitos nes-
ta onda. Figura 6:Representação
aplicada à faixa etária de 60 a 69
anos, neste grupo a vacinação
tem coberturas que vão de me-
nos de 10% para cerca de 60%
de D1 somente em abril, isto pa-
rece reforçar a hipótese de haver
uma correlação inversa entre a
cobertura vacinal e o número das
internações. Figura 7: Represen-
tação para o grupo de 50 e 59
anos, corroborando a hipótese de
discussão deste estudo, obser-
va-se acentuada redução de in-
ternações e óbitos que, mais uma
vez, coincide com a elevação da
cobertura vacinal de D1.
CONCLUSÕES
Concluímos por meio deste que a
vacinação representou importan-
te fator para proteção dos grupos
mais idosos e, conforme a curva
de óbitos e sua distribuição etá-
ria, que idosos completamente
vacinados mostraram-se menos
vulneráveis do que seus pares
em 2020. Concluímos também
que esta proteção ocorre desde
a cobertura vacinal daD1, mas ela
pode não se sustentar se o es-
quema vacinal ocorrer nos mais
idosos com intervalos longos, a
saber, 12 semanas, a ex. do gru-
po de 80 a 84 vacinados com As-
traZeneca, o que fez com que a
cobertura vacinal da D2 do gru-
po de 80+ atingisse mais de 90%
somente em maio e observando
aumento de internações e óbitos
neste grupo de abril a maio, já, o
grupo de 70 a 79 anos, vacina-
dos com Coronavac num esque-
ma vacinal de duas doses em 28
dias, houve mais de 90% de D2
em abril e uma sustentação da
queda de março a abril e de abril
a maio para internações e óbitos.
Por fim, reduções de internações
e óbitos coincidiram com perío-
dos cujas coberturas ultrapassa-
vam 80%.
15

PALAVRAS CHAVE
vacinação em massa, covid-19,
efetividade.
BIBLIOGRAFIA
1. JARA, Alejandro et al. Effecti-
veness of an inactivated SARS-
-CoV-2 vaccine in Chile.New En-
gland Journal of Medicine, v.
385, n. 10, p. 875-884, 2021.
2. MOGHADAS,Seyed M. et al.
Evaluation of COVID-19 vacci-
SANTA BÁRBARA D’OESTE
EFEITO DA VACINAÇÃO CONTRA O SARS-COV2 EM IDOSOS COM
MAIS DE 90 ANOS DA CIDADE DE STA BÁRBARA DOESTE
THIAGO SALOMÃO DE AZEVEDO, WILSON JOSÉ GUARDA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Coronavírus é uma família de ví-
rus que causam infecções respi-
ratórias. Algun scoronavírus po-
dem causar doenças graves com
impacto importante em termos
de saúde pública, como a Sín-
drome Respiratória Aguda Gra-
ve (SRAG). Em 31 de dezembro
de 2019, o escritório nacional da
Organização Mundial de Saúde
(OMS), na China, foi informado
sobre a ocorrência de casos de
pneumonia de etiologia desco-
nhecida na cidade de Wuhan,
Província de Hubei. Em 09 de
janeiro, houve a divulgação da
detecção de um novo coronaví-
rus (2019-nCoV) em um paciente
hospitalizado com pneumonia em
Wuhan. Desde então, casos da
doença têm sido registrados em
outras cidades da China e em ou-
tros países. Os coronavírus apre-
sentam uma transmissão menos
intensa que o vírus da gripe, seu
período médio de incubação é de
5 dias, com intervalos que che-
gam a 12 dias, período em que
os primeiros sintomas levam para
aparecer desde a infecção. Em
09/04/2020, a Prefeitura de Santa
16
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
nation strategies with a delayed
seconddose. PLoS biology, v.
19, n. 4, p. e, 2021. 3. MACIN-
TYRE, C. Raina; COSTANTINO,-
Valentina; TRENT, Mallory. Mo-
delling of COVID-19 vaccination
strategies and herdimmunity, in
scenarios of limited and full vac-
cine supply in NSW, Australia.
Vaccine,2021. 4. BENENSON,
Shmuel et al. BNT162b2 mRNA
covid19 vaccine effectivenessa-
mong health care workers. New
Bárbara d ́Oeste confirma o pri-
meiro caso de Covid-19 no muni-
cípio. O SARS-CoV2 já infectou
mais de 36 milhões de pessoas
no Brasil, levando a hospitaliza-
ção inúmeros pacientes. A gravi-
dade da situação epidemiológica
a vacinação apresentou-se como
a única forma de prevenção de
casos graves e óbitos.
OBJETIVOS
O propósito deste trabalho foi o
de verificar a possível influência
da vacinação, contra oCovid-19,
na redução da incidência de inter-
nações de idosos com mais de 90
anos, durante as duas primeiras
ondas da pandemia de Covid-19
no município de Santa Bárbara d
Oeste – SP.
METODOLOGIA
Para efetuar tal verificação, pri-
meiramente um teste estatístico
de homogeneidade foi executa-
do, com a finalidade de estabe-
lecer os períodos mais críticos
da pandemia. Após este procedi-
mento, as incidências de SRAG,
por data dos primeiros sintomas,
desta coorte, foram calculadas
England Journal of Medicine, v.
384, n. 18, p.1775-1777, 2021. 5.
LIPSITCH, Marc; DEAN, Natalie
E. Understanding COVID-19vac-
cine efficacy. Science, v. 370, n.
6518, p. 763-765, 2020. 6. TAR-
TOF, Sara Y. et al.Effectiveness
of mRNA BNT162b2 COVID-19
vaccine up to 6 months in a
large
integrated health system in the
USA: a retrospective cohort stu-
dy. The Lancet, 2021.
com o intuito de estabelecer tal
comparação.
RESULTADOS
Até o momento foi possível iden-
tificar que os primeiros períodos
mais críticos daCovid-19 em San-
ta Barbara d’Oeste - SP ocorre-
ram entre 21 de junho e 29 de
agosto de 2020, e entre 21 de
fevereiro e 24 de abril de 2021,
correspondentes a primeira e a
segunda onda da pandemia, res-
pectivamente. Nestes momen-
tos pandêmicos a incidência de
SRAG, de munícipes com mais
de 90 anos de idade, foi respecti-
vamente 700 e 480 a cada 10.000
habitantes, isto é, os resultados
apontam uma redução de31,5%
na incidência de SRAG da popu-
lação observada.
CONCLUSÕES
Essa diminuição da incidência
de síndrome gripal aguda grave
pode estar correlacionada à vaci-
nação contra o novo coronavírus,
já que a campanha de imuniza-
ção iniciou para esse público, no
município, no mês de fevereiro de
2021,coincidindo justamente com
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
o início do pico da segunda onda
de infecções. As informações
contidas nesse trabalho elucidam
a importância da imunização con-
tra oSARS-CoV2, servindo como
um instrumento de política públi-
ca em saúde contra as fakenews,
SANTA CRUZ DO RIO PARDO
HASHTAG, FIM DA PICADA: USO DA TECNOLÓGIA
FORMANDO CIDADÃOS
FERNANDA RENATA MENDONÇA CHAVES, JULIANA GOMES GONÇALVES, ANELISE
LINK LEITÃO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A população tem privilégio a in-
formação, sendo assim, deve não
só reconhecer seu direito, mas
seu dever em participar na luta
contra arboviroses e prevenção
contra o Escorpionismo. De acor-
do com o SINAN (Sistema de In-
formação de Agravos de Notifica-
ção), o município de Santa Cruz
do Rio Pardo/SP, com população
de 48.200pessoas conforme o
último censo (2020), foram notifi-
cados 2.395 casos suspeitos de
dengue e 174 notificações de es-
corpiões, período anual de 2021.
Devido a esses dados, o setor de
controle de Vetores; disponibili-
zou duas fiscais sanitárias que
fizeram o curso EDUCOM-SAÚ-
DE-SP/ USP em 2020, a transmi-
tirem informações e conhecimen-
tos no que diz respeito a novas às
práticas pedagógicas relaciona-
das à saúde pública, com a incor-
poração de atividades educativas
e mobilização social, voltado a
promoção de novos hábitos e
mudança de comportamento da
população. Partindo do contex-
to, que as instituições de ensino
desempenham papel relevante
no processo de aprendizagem,
e que a escola visa transmitir
normas e valores que permeiam
crianças e jovens para viver em
sociedade na construção de um
Volume 15
os movimentos anti vacinas, con-
tribuindo para informar correta-
mente a população que a cam-
panha de vacinação é essencial
para conter a disseminação des-
se virus e minimizar o número de
internações e consequentemente
mundo melhor; o projeto foi dire-
cionado ao público infanto juvenil,
utilizando-se de meios tecnológi-
cos, afim de obter maior engaja-
mento e atitude pró ativa na re-
solução dessa problemática “o
não surgimento de criadouros do
mosquito AEDES AEGEPTY, bem
como em prevenção à picada do
ESCORPIÃO.
OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo
mobilizar as pessoas na busca do
bem comum, buscando orientar
a população com hábitos sau-
dáveis para a sua vida, levando a
importância da saúde coletiva na
prevenção de riscos às doenças
que acometem as pessoas em
sociedade. O intuito é protago-
nizar ações educativas na área
da saúde para crianças e ado-
lescentes nas escolas de nosso
município, oferecendo atividades
lúdicas e enfatizando os cuida-
dos para a não proliferação do
mosquito Aedes Aegypti, causa-
dor de doenças como: Dengue,
Zica e Chikungunya, e em relação
ao escorpião o qual seu veneno
pode ser fatal. Nesse contexto, as
tecnologias educativas se mos-
tram necessárias e relevantes,
pois fornecem informações para
o conhecimento e o enfrentamen-
to dos educandos; tornando-os
reduzir o número de óbitos.
PALAVRAS-CHAVE
SARS-CoV2; Covid-19; Vacina-
ção; Pandemia.
capazes a entender que: as suas
próprias ações influenciam o bem
estar do coletivo, podendo salvar
vidas!
METODOLOGIA
O trabalho tem o iuntuito de ação
mobilizadora, utilizando práticas
pedagógicas como a CULTURA
DIGITAL e EDUENTRETENIMEN-
TO para a comunicação e trans-
missão das informações ao públi-
co. Foram elaboradas atividades
como: a criação e produção de
vídeos, utilizando PARÓDIA e
RIMA, facilitando o conteúdo a
ser transmitido. Houve elabora-
ção de vídeos junto com alguns
alunos. Pensando no âmbito tec-
nológico, foi criado um “AVATAR”
animado, que tornaram os tópi-
cos mais atrativos, resultando
em uma espécie de mascote da
equipe de Controle de Vetores.
Produziu-se mais de 20vídeos
educativos, sendo o personagem
divertido “âncora” que transmite
as informações por meio de rimas
criadas. Para apontar de maneira
lúdica os possíveis criadouros do
mosquito Aedes Aegypti, houve a
construção da maquete de uma
casa. Levamos as larvas do vetor,
explicando o seu ciclo de vida.
Para o Escorpionismo, em uma
caixa de acrílico fechada foram
expostos escorpiões embalsa-
17

mados favorecendo a observação
do animal. Desenvolvemos ativi-
dades com diagramas, pinturas e
ligar pontos de desenhos, afim de
apontar criadouros do mosquito
e onde os escorpiões possam
estar. Foi elaborado um quiz em
plataforma digital para os alunos
responderem com finalidade ava-
liativa do seu aprendizado sobre
os conteúdos abordados. Ao fi-
nal da palestra, todos os alunos
receberam certificados. Para a
divulgação e visualização dos tra-
balhos realizados, foi criada uma
página no Instagram.
RESULTADOS
As palestras atingiram um público
de 1500 (um mil e quinhentos) alu-
nos, entre as escolas municipais
e estaduais. Pode-se avaliar o de-
sempenho e a compreensão dos
alunos perante a narrativa com
respostas imediatas ao questio-
nário conduzido e elaborado pelo
recurso google sala de aula via
celular e ou impressão. A paró-
dia e a rima fizeram com que, os
conteúdos transmitidos pela lin-
guagem de entretenimentos; re-
sultassem em maior interesse aos
assuntos criados e desenvolvidos
e com isso atraindo o público nas
informações conduzidas, no qual
contribuíram para uma palestra
SANTANA DE PARNAÍBA
ORIENTAÇÃO DE CALENDÁRIO VACINAL E A IMPORTÂNCIA DO
CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO NAS EQUIPES DA SAÚDE
LUCIANA HERÉDIA CARDOSO, TATHIANA VIEIRA POJAR
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Mediante o cenário atual de bai-
xas coberturas vacinais e “fake
News”, evidenciamos a falta de
informação sobre as vacinas dis-
poníveis pelo PNI (Programa Na-
cional de Imunizações) e a neces-
sidade por parte dos profissionais
18
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
cativante, fazendo total diferença
no quesito audiovisual. Tivemos
a participação de 45alunos em
um dos vídeos, sendo que; todos
mostraram total interesse e com-
prometimento na produção, ain-
da mais sabendo que ao final do
vídeo iriam dançar com a masco-
te. Os vídeos serviram de exem-
plo no webinar do dia 10 de no-
vembro de2022 sobre linguagens
na Educomunicação, pela tutora
Helena Málaga, uma atividade
promovida pelo Projeto Educom.
Saúde-SP. Obteve-se um diferen-
cial com a emissão de um certifi-
cado, haja vista que; grande parte
dos educandos relataram que era
o seu “primeiro certificado” e isso
contribuiu com o entusiasmo dos
alunos. Nas atividades de pin-
tura e ligação dos desenhos, as
crianças aprendem a reconhecer
o animal peçonhento para evitar
acidentes, e passaram a identi-
ficar os possíveis criadouros do
mosquito, levando esse conheci-
mento para toda família”.
CONCLUSÕES
A educação é essencial para a
formação do cidadão e transfor-
mação da sociedade. Ela é a res-
ponsável pela multiplicação do
conhecimento e pelo desenvolvi-
mento de habilidades úteis para a
de encontrar informações atua-
lizadas e acessíveis. Tendo em
vista que profissional capacitado
pelo conhecimento impacta na
confiança da prestação de servi-
ço e na importância da vacinação
contra doenças preveníveis, foi
realizado: 1.Pesquisa de campo,
atuação do indivíduo em sua co-
munidade. Em suma, o trabalho
foi realizado no intuito de promo-
ver a mobilização social de Santa
Cruz do RioPardo/SP, como um
suporte para a gestão nas ações
de prevenção de arboviroses e
promoção da saúde, utilizando-
-se da comunicação e da educa-
ção para tornar claro o papel de
cada um na sociedade promo-
vendo assim, ações participati-
vas da população e instigando-a
a garantir o não surgimento dos
criadouros do mosquito Aedes
Aegypti bem como a prolifera-
ção de escorpiões. Sabemos que
é um trabalho árduo e contínuo,
pois a conscientização, a mobi-
lização da comunidade, é cons-
truída por meio da informação e
do diálogo cotidiano. A interação
voltada à população do nosso
município torna-se fundamental
e necessária para que ela pas-
se a adotar hábitos e condutas,
capazes de evitar a proliferação
das arboviroses e o controle am-
biental dos escorpiões; de forma
a evitar o aumento da população
desses artrópodes.
PALAVRAS-CHAVE
ARBOVIROSES, ESCORPIANIS-
MO, CULTURA DIGITAL
2.Visitas técnicas escutando os
profissionais atuantes na sala de
vacinação das Unidades Bási-
cas. 3.Capacitaçõescom slides
associativos, ilustrados e de fácil
compreensão, 4.Abordado todo
o processo de desenvolvimento
histórico, sua segurança e orien-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
tação dos Imunizantes, 5.Revisa-
do as funções de cada vacina e
o desenvolvimento do processo
imunológico. 6.Elaboradauma
planilha com as informações re-
cebidas pelo governo do Estado
e CVE (Centro de Vigilância Epi-
demiológica) onde foi disponibili-
zado as dúvidas mais frequentes
entre os profissionais e suas res-
postas. 7. Todo material didáticos
utilizados nas capacitações foram
compartilhados com os profissio-
nais. 8.Desenvolvido ferramentas
dentro do SIGEM (Sistema de
Integrado de Gestão Municipal)
para facilitar lançamento de do-
senominal.9.Realizado a atualiza-
ção junto ao setor UAC (Unidade
de Avaliação e Controle). 10.A
ampla divulgação por e-mail e
“WhatsApp” para sanar dúvidas
de forma individual.
OBJETIVOS
Integrar as equipes da Saúde: e
Técnicos de Enfermagem, Enfer-
meiros, Agentes Comunitários,
Estagiários de Medicina, Fisio-
terapia e Enfermagem, com foco
no conhecimento adequado para
sanar dúvidas da população por
meio do conhecimento atualiza-
do, apresentação de dados fide-
dignos e concretos, uma vez que
o profissional orientado transmi-
te segurança do que está sendo
administrado sobre os possíveis
efeitos colaterais. Foram distri-
buídas cópias do Calendário de
Vacinação aos Agentes Comu-
nitários com o intuito de auxiliar
na busca ativa dos faltosos. Foi
criado para facilitar o acesso,
planilhas compartilhadas com
informações, orientações e atu-
alização sobre a vacinação e de-
senvolvido, em parceria com a
Secretaria de Informação , Coor-
denação de Enfermagem e Salas
de Vacinas, ferramentas para me-
lhorar e facilitar os registros das
doses aplicadas no dia a dia da
Assistência.
Volume 15
METODOLOGIA
A estratégia utilizada foi realiza-
ção de investigação do grau de
conhecimento sobre o calendá-
rio vacinal entre os profissionais
atuantes, pesquisa de campo
escutando cada profissional so-
bre suas dificuldades, elaboração
de material atualizado, realização
de apresentações de slides com
informações atualizadas disponi-
bilizado um Manual do centro de
referência imunológico especial e
compartilhado “lives” e ofícios en-
caminhados pelo Governo do Es-
tado em uma linguagem simples,
associativa e de fácil compreen-
são. Distribuição de questioná-
rio antes e após orientação, aos
Agentes Comunitários de Saúde,
por entregue calendário de bolso
com a descrição de cada Imuno-
lógico com o intuito de nortear e
apresentar a cada visita de saúde
a importância da vacinação.
RESULTADOS
Os profissionais da Saúde de
Santana de Parnaíba receberam,
no ano de 2022,conhecimento
atualizado e acessibilidade aos
materiais relacionados à Imuni-
zação. Compartilhado o material
didático e planilha em drive per-
mitindo interação entre todos os
profissionais de saúde, estrei-
tando os laços entre as UBS e
VE. Foram repassados todos os
e-mails, recebidos do CVE, aos
Enfermeiros responsáveis técni-
cos e compartilhado em plani-
lha com os demais profissionais,
logo, todo o processo de solici-
tação, recebimento, distribuição,
administração dos Imunobio-
lógicos são atualizados e com-
partilhados em tempo real. Foi
observado que após as orienta-
ções houve melhora no nível de
conhecimento dos profissionais
e consequentemente uma melhor
qualidade na assistência pres-
tada. Foram realizadas reuniões
com VE, Atenção Básica e SMTI
para alinhar o sistema de regis-
tro de vacinação de uma forma
que atenda as necessidades dos
profissionais da sala de vacina.
Essas modificações facilitaram o
processo de registros das vaci-
nas aplicadas e seus aprazamen-
tos. Foram capacitados cerca de
120 ACS (Agentes comunitários
de saúde), 140 Enfermeiros e téc-
nicos de Enfermagem, atuantes
em sala de vacinação, 100 Esta-
giários da área da saúde. Ao con-
ceder cursos, materiais didáticos,
Ofícios, Manuais Técnicos, Nor-
mas Técnicas, orientações atua-
lizadas conseguiu-se disponibili-
zar documentos para o respaldo
profissional e segurança a popu-
lação no serviço prestado.
CONCLUSÕES
O conhecimento é a principal fer-
ramenta para o desenvolvimento
de uma Assistência qualificada,
confirmamos que após as capa-
citações recebemos um retorno
positivo por parte dos profissio-
nais, entretanto ressaltamos que
o esforço da busca da aprendiza-
gem deve fazer parte de ambos
os lados. Com a parceria entre
os setores de Vigilância Epide-
miológica, Secretaria Municipal
de Tecnologia da Informação,
Unidade de Avaliação e Contro-
le, Coordenação de Enfermagem,
Coordenação dos ACS(Agentes
Comunitários de Saúde), Secretá-
ria da Saúde Municipal e Faculda-
de UNIP(Medicina, Enfermagem
e Fisioterapia) asseguramos um
projeto de excelência. Este pro-
jeto não irá se findar pois a cada
atualização ou contratação de
novos profissionais, será realiza-
do uma nova implantação visan-
do manter o nível de qualificação
e competência por intermédio da
inovação que se faz indispensá-
vel.
PALAVRAS-CHAVE
Vigilância Epidemiológica, Edu-
cação Continua
19

SANTANA DE PARNAÍBA
ENFRENTAMENTO DA MORTALIDADE INFANTIL NO MUNICÍPIO
DE SANTANA DE PARNAÍBA-SP, PERÍODO DE 2006-2022.
ROGÉRIO VITALINO FAGUNDES, KAZUYO UENAKA DOS SANTOS PEREIRA, MARIA
TERESA FANTOZZI GIORGETTI, NATÁLIA CALDEIRA PONTES, TALITA NANY SOUSA
DA SILVA, JOSÉ CARLOS MISORELLI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A mortalidade infantil é um indi-
cador utilizado para mensurar
a qualidade de vida e o nível de
saúde de uma população. A taxa
de mortalidade infantil no Brasil
em 1990 era de 47,1 passou para
19,0 em 2008. A meta estipulada
pelas organizações era reduzir
o índice para 17,9 até 2015, isto
foi superado no Brasil em 2011.
“Em setembro de 2015,193 paí-
ses membros das Nações Unidas
adotaram uma nova política glo-
bal: a Agenda2030 para o Desen-
volvimento Sustentável, que tem
como objetivo elevar o desen-
volvimento do mundo e melhorar
a qualidade de vida de todas as
pessoas.” Foram elencados 17
Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), sendo que o
objetivo 3 é Assegurar Uma Vida
Saudável E Promover O Bem-Es-
tar para todas as pessoas em to-
das as idades. Reduzir a taxa de
mortalidade materna global para
menos de 70 mortes por 100.000
nascidos vivos e acabar com as
mortes evitáveis de recém-nasci-
dos, objetivando reduzir a morta-
lidade neonatal para pelo menos
12 (Doze).Santana de Parnaíba
faz um trabalho com uma equipe
multidisciplinar e intersecretarial
que visa alcançar a redução da
mortalidade infantil ( Óbitos Evi-
táveis ). A rede municipal de saú-
de prioriza planejamento familiar,
assistência de qualidade ao pré-
-natal, puerpério e ao primeiro
ano de vida. Em 2022, o municí-
pio obteve um índice de 7,81(da-
dos ainda não consolidados) de
acordo com o registro eletrônico
TabwinSIM/SINASC; alcançando,
20
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
assim, um índice abaixo do Esta-
do de SP.
OBJETIVOS
O nosso objetivo visa a redução
da mortalidade infantil por cau-
sas evitáveis, através do apri-
moramento das ações de saúde
voltadas ao público materno-in-
fantil, diminuindo cada vez mais
o índice de mortalidade infantil
de acordo com a agenda 2030,
objetivando “Assegurar Uma Vida
Saudável E Promover O Bem-Es-
tar para todas as pessoas, em to-
das as idades”.
METODOLOGIA
Criação do comitê de vigilância
da mortalidade materno infan-
til e fetal(CVMMIF).Inauguração
da maternidade municipal em
2019,trabalho multidisciplinar
com prioridade na captação pre-
coce da gestante às consultas
de pré-natal, exames, vacinas,
medicamentos e outros procedi-
mentos; além de busca ativa das
gestantes faltosas. Atendimento
humanizado e diferenciado para a
gestante adolescente com ajuda
da Saúde Escolar que atua na re-
solução da problemática da ida-
de como por exemplo: abandono
escolar na gestação; apoio pós
natal com visitas domiciliares no
puerpério imediato. Planejamen-
to familiar bastante efetivo nas
unidades de saúde com coloca-
ção de implantes sub dérmicos
e Sistemas Intra-Uterinos (com
Levonorgestrel e cobre) além da
disponibilidade de preservativos
masculinos e femininos, contra-
ceptivos de administração oral e
injetáveis. Prioridade na conces-
são de vagas para gestantes em
situação de vulnerabilidade social
e/ou risco para geração de renda,
inserindo-as em cursos já exis-
tentes no município, capacitando
e elevando sua autoestima; auxí-
lio transporte (Cartão Mãe Parnai-
bana) para todas as gestantes até
os 60 dias após o parto. Prioriza-
ção no atendimento às crianças
nascidas na maternidade do mu-
nicípio com consulta agendada
em até 15 dias na UBS ou Ambu-
latório de Alto risco; acompanha-
mento até 1 ano de idade com ga-
rantia para realização de exames,
vacinas, encaminhamento para
especialidades quando necessá-
rio e busca ativa de menores de1
ano faltosos em consulta.
RESULTADOS
Santana de Parnaíba vem tra-
balhando para avançar nas me-
tas estabelecidas na Agenda da
ODS/2030. Mesmo no auge da
pandemia da covid19 no ano de
2020 não descuidamos das ges-
tantes e das crianças menores de
1 ano e o esforço valeu a menor
taxa de mortalidade Infantil.
CONCLUSÕES
Mesmo com a diminuição de 5%
da taxa de nascimento, consegui-
mos manter o índice de mortali-
dade infantil no município em 7.81
em 2022 (Dados não Consolida-
dos) e a taxa de mortalidade neo-
natal precoce de 4.59. A coorde-
nação da saúde da criança e da
mulher trabalha em harmonia com
revisão constante dos protocolos
e atualização dos programas do
SUS, treinamento contínuo da
rotina devido à alta rotatividade
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
dos profissionais, discussão dos
casos nas unidades de saúde que
tiveram um final ruim e a busca de
SANTANA DE PARNAÍBA
AVALIAÇÃO DOS PARTOS FORA DA MATERNIDADE NO
MUNICÍPIO DE SANTANA DE PARNAÍBA NO ANO DE 2020 A 2022
KAZUYO UENAKA DOS SANTOS PEREIRA, ROGÉRIO VITALINO FAGUNDES, NATÁLIA
CALDEIRA PONTES, TALITA NANY SOUSA DA SILVA, JOSÉ CARLOS MISORELLI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
No Brasil, a frequência de parto
hospitalar aumentou a partir do
século XX em comparação ao do-
miciliar, chegando ao percentual
de 0,9% em 2014. No entanto,
ainda que os partos em domicí-
lio representam parcela cada vez
menor dos nascimentos, estudos
apontam características socio-
econômicas e epidemiológicas
específicas desse grupo, além
de associação com resultados
adversos, quando comparados
tanto aos partos domiciliares
planejados como aos hospita-
lares. Entre o período de 2020 a
2022analisamos o parto domi-
ciliar se foi uma opção de pre-
venção da covid-19 ou se é uma
tendência de um grupo adepto ao
parto natural.
OBJETIVOS
Avaliar os motivos dos partos que
se deram fora do ambiente hos-
pitalar (maternidade) no município
de Santana de Parnaíba no perío-
do de 2020 a 2022 após a inaugu-
ração da maternidade em agosto
de 2019.
METODOLOGIA
Os dados foram obtidos no
Sistema de Informação sobre
Nascidos Vivos de parturien-
tes residentes do município de
Santana de Parnaíba, cuja ocor-
rência do parto foi identificada
na Declaração de Nascimento
como não hospitalar, nos anos
Volume 15
melhoria contínua dos processos
e protocolos.
de 2020,2021 e 2022. (Dados de
2022 não consolidados) Conside-
rou-se como parto não-hospitalar
os partos que ocorreram em do-
micílio, carro particular, SAMU e
outros tipos de estabelecimentos
de saúde (UPA e UBS). A avalia-
ção foi realizada através de visita
domiciliar ou contato telefônico,
por meio da aplicação de ques-
tionário às parturientes ou fami-
liares, onde descreveu-se as con-
dições do parto e o motivo pelo
qual ocorreu fora da maternidade.
Durante o estudo, identificamos 4
situações que se caracterizaram
como exceções, repercutindo em
14,3% dos dados, cuja resposta
não foi possível obter para justifi-
car o parto acidental.
RESULTADOS
Identificamos em 3 anos, 6.910
nascimentos e os partos não hos-
pitalares representam uma par-
cela de 0,49%, ou seja, 34 partos
ocorridos fora do ambiente hos-
pitalar(maternidade), sendo: 14
partos no ano de 2020; 11 no ano
de 2021 e 09 em 2022. A maioria
dos casos eram multíparas ou se-
cundigestas (91%), com histórico
de parto vaginal (91%); média de
5 a 6 consultas de pré natal; mé-
dia de peso ao nascer de 2.970kg.
De 34 partos acidentais e domi-
ciliares; 53% ocorreram aciden-
talmente no domicílio;14,7% no
trajeto para a maternidade; 14,7%
na UPA ou UBS e 17,6% planeja-
do no domicílio. Entre os motivos,
PALAVRAS-CHAVE
Mortalidade Infantil, Enfrenta-
mento
82,4% das parturientes relataram
algum problema com o transpor-
te e não ter havido tempo para
chegar aos serviços de saúde.
Dentre as parturientes que tive-
ram parto acidental, 64,3% tive-
ram trabalho de parto rápido ou
não reconheceram a iminência
do parto, considerando o tempo
para acionar os serviços móveis
de atendimento de urgência ou
procurar o serviço de saúde por
conta própria,10,7% informaram
desconhecimento da gestação
e 3 mães (10,7%) procuraram o
serviço de saúde um dia anterior
ao parto e foram dispensadas. 6
parturientes planejaram o parto
no domicílio, somente uma por
medo da covid-19, todas realiza-
ram acompanhamento da gesta-
ção pelo convênio ou particular,
que evoluiu sem intercorrências.
Entre os partos acidentais, 46,4%
realizaram o pré-natal completo e
1caso de parto acidental no carro
sofreu asfixia perinatal e evoluiu a
óbito.
CONCLUSÕES
Santana de Parnaíba apresenta
uma população heterogênea e al-
gumas mulheres planejaram seus
partos particulares no domicílio,
não dependendo do serviço pú-
blico. Em contrapartida, a Nota
Técnica nº2/2021-CGCV/DAPES/
SAS/MS, objetiva orientar e for-
necer posicionamento técnico do
Ministério da Saúde, onde desa-
conselha o parto domiciliar. Pre-
21

venir os partos acidentais indese-
jáveis significa reduzir o risco de
mortalidade fetal e neonatal pre-
coce. No município, investigamos
todos os partos não hospitalares
para compreender as questões
que envolvem as escolhas e as
dificuldades humanas, pois toda
vida importa para o município e
SANTANA DE PARNAÍBA
A IMPLANTAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA NA
SECRETARIA DE SAÚDE DE SANTANA DE PARNAÍBA
FARID SAMAAN, ROGÉRIO VITALINO FAGUNDES, JOSÉ CARLOS MISORELLI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A pandemia pela COVID-19 in-
tensificou a preocupação com a
ética dos profissionais em saúde
tanto na prática da assistência
quanto na realização das pes-
quisas e publicações científicas.
Infelizmente, ficou evidente que a
violação de código de ética mé-
dica não pertencia a um passado
distante. Não só a comunidade
científica, mas toda sociedade
constatou a importância de haver
sistemas de revisão ética, confi-
gurados nos Comitês de Ética,
para garantir práticas clínicas e
científicas pautadas no respeito
e proteção à dignidade e autono-
mia dos pacientes e participantes
das pesquisas. Diante do deses-
pero trazido pelo SARS-CoV-2,
os serviços de atenção primária
à saúde se viram repentinamente
obrigados a mudar suas rotinas
de atendimento. Em contraponto
ao medo do desconhecido, hou-
ve esenvolvimento de trabalhos
potentes no cuidado aos pacien-
tes e aos profissionais da saúde.
Foi neste contexto que profissio-
nais da Secretaria de Saúde de
Santana de Parnaíba se posicio-
naram diante da necessidade da
criação de um Comitê de Ética
em Pesquisa. Era preciso discu-
tir amplamente sobre problemas
22
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
trabalhamos para reduzir ao má-
ximo a mortalidade infantil. Em
relação ao transporte, identifica-
do como a principal causa para o
parto não hospitalar, está sendo
divulgado nos grupos de gestan-
tes as devidas orientações, como
pedir ajuda com antecedência,
manter combustível no carro par-
éticos com os profissionais e ao
mesmo tempo, estimulá-los a
realizar em pesquisas e publica-
rem ações decorrentes de suas
práticas profissionais, garantidas
pelo devido procedimento ético
Comumente, os Comitês de Éti-
ca em Pesquisas são formados
em centros de pesquisas, como
universidades e hospitais esco-
la. Portanto a constituição de um
CEP, em um município é prática
pouco comum.
OBJETIVOS
Ampliar o debate e conhecimen-
to sobre a ética em pesquisa em
uma instituição pública que é
campo de estudos para institui-
ções de ensino superior. Fomen-
tar a conexão entre as práticas de
trabalho e produção científica.
METODOLOGIA
Trata-se de um trabalho que teve
início no primeiro semestre de
2021, seguido de reuniões men-
sais visando a estruturação das
ações. A ideia da formação de
um CEP partiu da Coordenadora
da Saúde Mental que foi encam-
pada por demais colaboradores.
Da idealização a oficialização do
CEP, foram percorridas as se-
guintes etapas. Identificação dos
profissionais de nível superior em
ticular principalmente no terceiro
trimestre e encaminhar ao servi-
ço de saúde mental as questões
emocionais.
PALAVRAS-CHAVE
PARTO FORA DA MATERNIDA-
DE, SANTANA DE PARNAÍBA
toda a Prefeitura com titulação
de doutorado e comprovação em
pesquisa nos últimos três anos
para atender ao requisito mínimo
da CONEP. Divulgação com con-
vite aos interessados por email,
bem como às coordenações de
programa das demais áreas téc-
nicas. Identificação junto as Or-
ganizações Sociais atuantes no
município para representação
de usuários. Estabelecimento de
reuniões mensais para planeja-
mento, organização e elaboração
do Regimento Interno. Devido ao
contexto da pandemia, as reuni-
ões foram virtuais com a ferra-
menta gratuita na plataforma do
Google. Nomeação dos mem-
bros do CEP com representação
das áreas da Saúde, Educação,
Assistência, Informática, confe-
rindo um caráter multidisciplinar,
conforme critérios necessários.
Envio de documento para as se-
cretarias, como Finanças, Jurí-
dico e Saúde, sendo a última a
sede do CEP visando atender a
solicitações inerentes ao proces-
so de formalização do Comitê
como serviço da Prefeitura de-
vidamente reconhecido. Por fim,
encaminhamento ao poder exe-
cutivo para criação da Lei que o
constituiu.
RESULTADOS
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
Entendemos que as atribuições
do CEP, ainda que prioritariamen-
te, devam ser a porta de entrada
para projetos de pesquisa envol-
vendo seres humanos, contempla
a promoção de atividades como
seminários, palestras, jornadas,
cursos e estudos sobre proto-
colos. Em consonância com as
orientações da CONEP, este CEP
desenvolveu atividades como o
evento de divulgação científica
que contribui com o avanço insti-
tucional, uma vez que incentiva e
qualifica a prática profissional, ao
mesmo tempo que contribui para
melhoria da assistência prestada
à comunidade. Na busca destes
objetivos, é que o CEP de San-
tana de Parnaíba realizou em de-
zembro de 2021, o 1?Encontro
do Comitê de Ética em Pesquisa.
Nesta ocasião, foram apresenta-
das duas pesquisas realizadas
por pesquisadores servidores
do município, sendo uma destas,
a apresentação da pesquisa de
Pós Doc sobre a “Qualidade do
Cuidado com a Pessoa com Do-
ença Renal Crônica na Atenção
Primária à Saúde.” (Samman,F.)
e o segundo versando sobre a “
Utilização da Inteligência Artificial
para a Saúde - Estudo de Caso
e Perspectivas.” ( Souza, R.) Este
último trabalho, decorreu do um
SANTANA DE PARNAÍBA
QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA À DOENÇA RENAL CRÔNICA EM
ATENÇÃO SECUNDÁRIA À SAÚDE
FARID SAMAAN, ROGERIO VITALINO FAGUNDES, JOSÉ CARLOS MISORELLI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A doença renal crônica (DRC) é
problema mundial de saúde pú-
blica devido ao aumento da pre-
valência de pessoas em diálise,
à sua elevada morbimortalidade
e ao expressivo impacto finan-
ceiro de seu tratamento para os
sistemas de saúde1,2. Embora os
Volume 15
projeto de chatboat, desenvol-
vido e implantado em meio a
pandemia do coronavírus para
dar suporte e orientações aos
munícipes. Consideramos que
o 1?. Encontro foi uma relevante
oportunidade de divulgação de
pesquisas qualificadas servindo
de estímulo aos demais profissio-
nais. Participaram deste encontro
80 profissionais de saúde e con-
vidados.
CONCLUSÕES
O encontro de profissionais de
uma instituição pública da saú-
de, exauridos pela pandemia, en-
contraram forças para a criação
de um CEP, confirmando o que
defende Espinosa em sua Ética,
sobre a capacidade de cada in-
divíduo ser afetado por outros e
ao mesmo tempo afetá-los. Nes-
ta experiência, o sofrimento diário
frente a pandemia, foi transforma-
do em um trabalho comum, fruto
de parcerias entre indivíduos de
experiências distintas e possi-
bilitou a geração de uma nova
experiência e conhecimentos.
Mobilizar a criação de um órgão
de regulação ética em tempos
pandêmicos, por profissionais da
Saúde que atuam no SUS é uma
amostra que seu êxito está na
papéis dos três níveis de atenção
à saúde no enfrentamento à DRC
estejam definidos por diretrizes
brasileiras, a DRC continua sen-
do a doença crônica não trans-
missível mais negligenciada do
mundo2-4.Considerando o cui-
dado com DRC em atenção pri-
mária à saúde (APS), apenas 15%
ação dos que nele atuam na defe-
sa contra a indiferença, contra o
imobilismo. Consideramos que o
CEP, de forma extensa, também
possibilita a formação em situa-
ção de trabalho com o objetivo de
promover mudanças na atividade
do trabalho por meio da educa-
ção. Acreditamos, com isso, no
efetivo potencial da educação em
promover o desenvolvimento dos
profissionais em situação de tra-
balho e no elevado potencial de
transformar práticas.
PALAVRAS-CHAVE
Pesquisa Científica ,Ética, Educa-
ção Permanente
BIBLIOGRAFIA
Batista, K. T., Andrade, R. R.
de ., & Bezerra, N. L.. (2012).
O papel dos comitês deéti-
ca em pesquisa. Revista Bra-
sileira De Cirurgia Plástica,
27(Rev. Bras. Cir. Plást.,2012
27(1)). https://doi.org/10.1590/
S1983-51752012000100025 Ki-
pper DJ. (2010).Breve história
da Ética em Pesquisa. Revista
da AMRIGS, Porto Alegre, 54
(2):224-228. Narvai, PC. (2022).
SUS: Uma reforma revolucioná-
ria para defender a vida.Belo
Horizonte: Autêntica.
dos indivíduos com hipertensão
ou diabetes são testados anual-
mente para proteinúria5. No ou-
tro extremo da linha de cuidado
(atenção terciária em unidades de
diálise), estudos também mostra-
ram oportunidades de melhoria.
No estado de São Paulo, o uso de
fístula arteriovenosa (FAV) por pa-
23

cientes em hemodiálise (HD) é de
apenas 60%6. No Brasil, somen-
te 30% dos pacientes em diálise
estão inscritos para transplante
renal e menos de 40% deles têm
adequação aos resultados de
exames relacionados à doença
mineral óssea7. Assim como os
demais níveis de atenção, o papel
da atenção secundária ambulato-
rial na assistência à DRC é essen-
cial: a ela compete o controle de
comorbidades, o ajuste de parâ-
metros laboratoriais e o encami-
nhamento dos pacientes para HD
com FAV3,4. Apesar disso, estu-
dos que avaliaram a assistência
à DRC em atenção secundária à
saúde são escassos.
OBJETIVOS
Avaliar a qualidade da assistência
em DRC em um ambulatório de
nefrologia do Sistema Único de
Saúde (SUS) de um município do
Estado de São Paulo.
METODOLOGIA
Estudo retrospectivo, longitudi-
nal, baseado em prontuários físi-
cos e realizado no Ambulatório de
Especialidades do SUS do mu-
nicípio de Santana de Parnaíba
(145.073habitantes, localizado na
região metropolitana de São Pau-
lo). Os critérios de inclusão foram:
primeira consulta com nefrologis-
ta entre 01/01/2014 e 31/12/2018,
idade ?18anos, tempo de segui-
mento ?6 meses e realização de
no mínimo três consultas ambu-
latoriais com nefrologista. Foram
excluídos pacientes que recebe-
ram alta do ambulatório e aqueles
cujos prontuários médicos apre-
sentavam informações incom-
pletas. Foram obtidos dados de-
mográficos (idade, sexo), função
renal basal(creatinina, categoria
de proteinúria), causa da DRC,
comorbidades e exames labora-
toriais, na admissão e anualmen-
te, por até cinco anos. Os indica-
dores de qualidade avaliados (e
suas metas) foram: controle de
hipertensão arterial (pressão ar-
24
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
terial.
RESULTADOS
Os pacientes que preencheram
os critérios de inclusão foram
276 (idade 63,4 [IQR,50,7-72,4]
anos, 50,0% sexo masculino).
A etiologia da DRC foi: diabetes
(44,2%),hipertensão (37,7%), cau-
sa indeterminada (5,4%), doença
renal policística (4,7%),glomeru-
lopatias (4,3%) e uso de antiin-
flamatórios (3,6%). As principais
comorbidades foram: hiperten-
são (91,7%), dislipidemia (58,3%),
diabetes (55,1%), insuficiência
cardíaca (17,4%), doença arterial
coronariana (13,0%) e doença
cerebrovascular(12,7%). No iní-
cio do seguimento, a mediana da
creatinina sérica foi 1,6 (1,2-2,1)
mg/dle apresentavam proteinúria
leve, moderada e severa 35,5%,
27,9% e 36,6% dos pacientes,
respectivamente. O percentual de
pacientes com controle adequa-
do das seguintes condições foi:
pressão arterial (69,2%), diabetes
(62,0%), níveis séricos de: LDL-
-colesterol (43,5%), hemoglobina
(95,2%), 25-diidroxivitamina D
(28,4%), fósforo(82,3%) e parator-
mônio (37,9%). Entre os pacientes
que iniciaram HD, o percentual
que o fez com FAV funcionante foi
9,3%. A mediana do tempo segui-
mento foi 3,6 (IQR,2,3-5,1) anos.
Nesse período, 46 pacientes fo-
ram encaminhados para terapia
renal substitutiva (TRS) (93,5%
HD, 6,5% diálise peritoneal) e 47
pacientes faleceram, o que cor-
respondeu a 4,7 eventos de TRS
e 5,7 eventos de óbito por 100 pa-
cientes-ano.
CONCLUSÕES
O desempenho nos indicadores
de hipertensão, diabetes e dis-
lipidemia foi semelhante ao re-
portado em estudos prévios8,9.
Ainda assim, ações para melho-
ria devem ser consideradas uma
vez que essas três comorbidades
estão diretamente relacionadas
com o risco futuro de o paciente
necessitar TRS. A taxa de contro-
le de vitamina D e paratormônio
foram insatisfatórios, à semelhan-
ça de estudos prévios realizados
na população em TRS7. Esse
resultado é preocupante, pois a
doença mineral óssea constitui
um importante fator de risco para
doença cardiovascular nessa po-
pulação10. O pior desempenho
observado foi no percentual de
pacientes que iniciam HD com
FAV, oque pode ser explicado
pela ausência de referência para
esse procedimento para pacien-
tes com DRC pré-dialítica na
maioria dos serviços do SUS.
Comparado ao início de HD por
FAV, o uso de cateteres nessa si-
tuação está associado com maior
taxa de internação, mortalidade e
custos11,12. As discrepâncias ob-
servadas poderão servir de base
para avaliar o resultado de futuras
intervenções que deverão incluir,
por exemplo, assistência multi-
profissional, navegação de pa-
cientes e referência para confec-
ção de FAV para pacientes com
DRC pré-dialítica13,14.
PALAVRAS-CHAVE
ASSISTÊNCIA, DOENÇA RENAL
CRÔNICA
BIBLIOGRAFIA
Ene-lordache B, Perico N, Bi-
kbov B, et al. Chronic kidney
disease and cardiovascularrisk
in six regions of the world (ISN-
-KDDC): a cross-sectional study.
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307-e319. Luyckx VA, Tonelli
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den of kidneydisease and the
sustainable development go-
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zes brasileiras para cuidado com
a doença renal crônica noSistema
Único de Saúde. Secretaria de
Atenção à Saúde. Departamen-
to de AtençãoEspecializada e
Temática. Ministério da Saúde,
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tps://portalarquivos2.saude.gov.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
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nal.pdf Critérios para a infeccao-hospitalar/dados/diali-
organização, funcionamen-
to efinanciamento do cuidado
da pessoa com Doença Renal
Crônica - DRC no âmbito do-
Sistema Único de Saúde – SUS.
Portaria nº 1.675, de 7 de junho
de 2018. Ministério daSaúde,
Brasil. Disponí-
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ms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
gm/2018/prt1675_08_06_2018.
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System. Capítulo 2: identifi-
cation and care of patients
with chronickidney disease.
Disponível em: https://
www.usrds.org/ media/1510/
vl_ch_02_care-and-id-of-ckd-pa-
tients.pdf Caracterização dos
Serviços de Diálise noEsta-
do de São Paulo 2020. Secre-
taria de Estado da Saúde de
São Paulo. Disponívelem:https://
www.saude.sp.gov.br/resources/
SANTANA DE PARNAÍBA
COBERTURA DE PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM DOENÇA
RENAL CRÔNICA ENTRE 2019 E 2022
FARID SAMAAN, ROGERIO VITALINO FAGUNDES, JOSÉ CARLOS MISORELLI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A doença renal crônica (DRC) é
prevenível, potencialmente grave
e onerosa para todos os siste-
mas de saúde. A DRC é proble-
ma mundial de saúde pública e é
considerada a condição crônica
não transmissível mais negligen-
ciada no mundo1. A linha de cui-
dado às pessoas com DRC está
definida por diretrizes brasileira
e internacional2,3. No nível de
atenção primária à saúde (APS),
todo indivíduo com hipertensão
ou diabetes deve realizar, no mí-
nimo anualmente, dosagem de
creatinina sérica e de proteinúria.
Apesar disso, menos de 6% dos
pacientes com DRC são diag-
Volume 15
cve-centro-de-vigilancia-epide-
miologica/areas-de-vigilancia/
se20_dados.pdfNeves PDMM,
Sesso R, Thomé FS, Lugon
JR, Nascimento MM. Censo
Brasileiro deDiálise: análise de
dados da década 2009-2018.
Braz. J. Nephrol. (J. Bras. Ne-
frol.)2020;42(2):191-200. Nobre F,
Ribeiro AB, Mion Jr. D. Con-
trole da pressão arterial empa-
cientes sob tratamento anti-hi-
pertensivo no Brasil: Controlar
Brasil. Arq Bras Cardiol2010;
94:663-70. Samaan F, Fernan-
des DE, Kirsztajn GM, Sesso RC,
Malik AM. Qualityindicators for
primary health care in chronic
kidney disease in the public ser-
vice of a cityin the State of São
Paulo, Brazil. Cad Saude Pu-
blica. 2022;38(2):e00090821. Hu
L,Napoletano A, Provenzano M,
Garofalo C, Bini C, et al. Mine-
ral Bone Disorders in
Kidney Disease Patients: The
nosticados nas fases iniciais da
doença e apenas 15% dos casos
são submetidos a rastreamento
adequado emAPS4,5. A agenda
global de enfrentamento à DRC
envolve, entre outras ações, a
ampliação da cobertura assis-
tencial1. Para isso, determinar
as estimativas de necessidade
de cada população e monitorar
a oferta de serviços de saúde é
fundamental. A estimativa de ne-
cessidade de serviços de saúde
no Sistema Único de Saúde (SUS)
do Brasil (consultas, exames, lei-
tos hospitalares, entre outros)
está contida na Portaria 1631 de
2015. Nela, estão descritos cri-
térios e parâmetros assistenciais
Ever-Current Topic. Int J Mol
Sci. 2022;23(20):12223.Ravani P,
Palmer SC, Oliver MJ, Quinn
RR, MacRae JM, et al. Asso-
ciations betweenhemodialysis
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mes: a systematic review. J Am
SocNephrol. 2013;24(3):465-73.
Mendelssohn DC, Malmberg C,
Hamandi B. An integratedreview
of unplanned dialysis initiation:
reframing the terminology to su-
boptimal initiation.BMC Nephrol.
2009;10:22. McBrien KA, Ivers
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zetti DL,Nicholas D, et al. (2018)
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chronic disease: A systematicre-
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Vassalotti JA, DeVinney R, Luka-
sik S, McNaney S,Montgomery
E, Voss C, Winn D. CKD qua-
lity improvement intervention
with PCMHintegration: health
plan results. Am J Manag Care.
2019;25(11):e326-e333.
para o planejamento e programa-
ção de ações e serviços de saúde
no âmbito do SUS6. Globalmen-
te, na assistência à DRC, estudos
que compararam o número de
consultas e exames realizados
com a necessidade da população
são escassos.
OBJETIVOS
Determinar a cobertura de pro-
cedimentos relacionados com o
diagnóstico e assistênciaà DRC
no SUS de em um município do
Estado de São Paulo no quadri-
ênio 2019-2022.À título de com-
paração, determinar a cobertura
de procedimentos não relaciona-
dos comDRC no mesmo período.
25

Descrever as ações adotadas por
esse município para corrigiralgu-
mas das discrepâncias observa-
das e avaliar o impacto inicial das
ações realizadas.
METODOLOGIA
O município sede do estudo pos-
sui aproximadamente 147.000
habitantes, 12 unidades básicas
de saúde (UBS) e um centro de
especialidades. Ele está locali-
zado na Rota dos Bandeirantes,
microrregião pertencente à re-
gião metropolitana de São Paulo.
O estudo foi desenhado em três
partes. A primeira parte se ba-
seou na determinação do mon-
tante de consultas e exames rela-
cionados com DRC realizados no
quadriênio 2019-2022.Esse dado
foi obtido a partir do sistema de
informação ambulatorial do SUS(-
SIA/SUS)7. O montante obtido foi
dividido pela quantidade ideal,
calculada a partir de parâmetros
de necessidade definidos pela
Portaria 1631/2015 e por dados
demográficos extraídos do Por-
tal DATASUS6,8. Essa razão foi
multiplicada por 100 para, então,
obter-se a cobertura, em percen-
tual, de cada procedimento ava-
liado. Na segunda parte, à título
de comparação com a cobertura
de procedimentos relacionados
com DRC, foi calculada a cober-
tura de consultas e exames não
relacionados com essa condição,
com objetivo de avaliar, indireta-
mente, a negligência ou não ao
enfrentamento da DRC. Na ter-
ceira e última parte, descrevemos
brevemente as ações tomadas
frente aos resultados obtidos e
apresentamos o impacto, parcial-
mente, dessas medidas.
RESULTADOS
Entre 2019 e 2022, a cobertura
dos procedimentos relaciona-
dos com DRC foi: 235%,203%,
249% e 271% para as dosagens
de creatinina, 151%, 121%, 151%
e 147% para ultrassonografias
renais e 15%, 9%, 17% e 27%
26
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
para as dosagens de microalbu-
minúria(MA), respectivamente.
No mesmo período, as consultas
médicas com nefrologista repre-
sentaram 56%, 43%, 56% e 71%
da necessidade, nessa ordem. A
cobertura de dosagens de hemo-
globina glicada nos anos de 2019
a 2022 foi 188%, 171%, 245%
e303%, respectivamente. Os
exames de ecocardiograma re-
alizados corresponderam a74%,
74%, 105% e 117% da necessida-
de no quadriênio; os exames de
endoscopia digestiva alta, 114%,
75%, 102% e 70% e os de colo-
noscopia, 27%, 23%, 34% e 35%.
No mesmo período, as consultas
médicas com endocrinologista ti-
veram cobertura de296%, 224%,
289% e 324%; aquelas realizadas
com cardiologista, 91%, 59%,
69% e77% e as consultas com
clínico geral, 104%, 63%, 77% e
88%, respectivamente. As ações
adotadas foram: (1) elaboração
de protocolo municipal de DRC,
(2) realização de fóruns com equi-
pes das UBS para discutir o pro-
tocolo, sanear dúvidas e coletar
sugestões, (3) envio de comuni-
cado para os diretores das UBS e
(4) envio de mensagens de e-mail
para os clínicos gerais com um
resumo do protocolo. Entre janei-
ro e junho, antes da finalização
das ações descritas, o número
médio de dosagens de MA foi
419. Entre julho e novembro, esse
número foi: 476, 638, 761, 769 e
628,respectivamente.
CONCLUSÕES
O excesso de dosagens de cre-
atinina e de ultrassonografias re-
nais pode estar relacionado com
a facilidade de acesso a esses
serviços, o que poderia levar a
solicitações desnecessárias e re-
petição de exames9,10. As con-
sultas com nefrologista tiveram
a pior cobertura entre as espe-
cialidades médicas avaliadas e
as dosagens de MA, a cobertura
mais baixa entre os exames sub-
sidiários avaliados. Deve-se des-
tacar que não há falta de oferta
dessa especialidade em nosso
município e que o exame de MA é
simples, de baixo custo e ampla-
mente disponível no SUS. Esses
resultados estão em acordo com
estudos prévios que demonstra-
ram a negligência da DRC frente
a outras doenças crônicas, a re-
ferência tardia ao nefrologista e o
baixo conhecimento dos profis-
sionais de saúde sobre DRC11,12.
Observou-se que a maioria dos
procedimentos tiveram sua pior
cobertura no ano de 2020, possi-
velmente em função da pandemia
porCOVID-19. Felizmente, muitas
dessas coberturas tiveram recu-
peração em 2021 e 2022.Notou-
-se também que as ações adota-
das em relação à DRC estiveram
relacionadas com aumento signi-
ficativo das dosagens de MA no
segundo semestre de 2022 e com
aumento expressivo da cobertura
desse exame e da cobertura de
consultas com nefrologista nesse
ano.
PALAVRAS-CHAVE
COBERTURA DE PROCEDIMEN-
TOS,DOENÇA RENAL CRÔNICA
BIBLIOGRAFIA
Luyckx VA, Tonelli M, Stanifer
JW. The global burden of kid-
ney disease and thesustainable
development goals. Bull World
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422D. Brazil.Ministério da Saú-
de. Secretaria de Atenção à
Saúde. Departamento de Aten-
çãoEspecializada e Temática.
Clinical Guidelines for the Care
of Patients with ChronicKidney
Disease - CKD in Unified He-
alth System/Ministry of Health.
Secretaria deAtenção à Saú-
de. Departamento de Aten-
ção Especializada e Temática.
Brasília:Ministério da
Saúde, 2014. Dis-
ponível em:https://
portalarquivos2.saude.gov.br/
images/pdf/2014/marco/24/dire-
triz-cl--nica-drc-versao-final.pdf
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
Stevens PE, Levin A. Kidney
Disease: Improving GlobalOut-
comes Chronic Kidney Disea-
se Guideline Development Work
Group Members.Evaluation and
Management of Chronic Kid-
ney Disease: Synopsis of the
KidneyDisease: Improving Global
Outcomes 2012 Clinical Practice
Guideline. Ann Intern Med.2013;
158(11):825-30. Ene-lordache B,
Perico N, Bikbov B, et al. Chro-
nic kidney diseaseand cardio-
vascular risk in six regions of the
world (ISN-KDDC): a cross-sec-
tional study.Lancet Glob Health.
2016;4(5):e307-e319. United Sta-
tes Renal Data System. Chapter
2:identification and care of
patients with chronic kidney
disease. Disponível em:https://
www.usrds.org/ media/1510/
vl _ch_02_care-and-id-of-ckd-
-patients.pdf. Ministérioda Saú-
de (BR). Secretaria de Atenção à
Saúde. Departamento de Regula-
ção, Avaliação
SANTO ANDRÉ
DA INSPEÇÃO À AÇÃO EDUCATIVA EM SERVIÇO DE ACOLHIMENTO
INSTITUCIONAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
ROSEANE FERNANDES IMPROTA, ALMIR BASILIO DA SILVA, SILVANA APARECIDA
PARRA BELMIRO, JOSIVANDA ANACLETO B. DA ROCHA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Serviço de Acolhimento Institu-
cional para Crianças e Adolescen-
tes (SAICA)caracteriza-se como
uma prestação de serviço cole-
tivo e social cujo CNAE (código
nacional de atividade econômica)
é o 87.30.1-99: Atividades de As-
sistência Social prestadas em re-
sidências coletivas e particulares
não especificadas anteriormente.
Emfevereiro-2022, Santo André
possuía 106 crianças e adolescen-
tes acolhidos, dividido sem sete (7)
instituições diferentes. As institui-
ções são ONGs subsidiadas pela
Prefeitura para efetuar o acolhi-
Volume 15
e Controle. Critérios e parâmetros
assistenciais para o planejamento
e programação deações e ser-
viços de saúde no âmbito do
Sistema Único de Saúde [Inter-
net]. Brasília:Ministério da
Saúde; 2015. Dis-
ponível em:https://bvs-
ms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
gm/2015/prt1631_01_10_ 2015.
html Sistemade Informa-
ção Ambulatorial do Sistema
Único de Saúde (SIA/SUS).
DATASUS,Ministério da
Saúde do Brasil.
Disponível em:https://
datasus.saude.gov.br/acesso-a-
-informacao/producao-ambulato-
rial-sia-sus/Dados demográficos
e socioeconômicos do Sistema
Único de Saúde. DATASUS,Mi-
nistério da Saúde
do Brasil. Disponível
em:https://datasus.saude.gov.br/
populacao-residente Arena TR,
Jericó MC, Castro LC,Castilho
V, Lima AF. Gastos com exames
mento e que complementam suas
receitas com outras atividades(-
doações, parcerias, bazar, etc.).
Apesar do Serviço de acolhimento
ter como premissa reproduzir o
ambiente doméstico ao máximo,
trata-se de uma atividade sujeita
a licenciamento sanitário, de acor-
do com a Portaria CVS 01-2022
e, consequentemente, às normas
sanitárias vigentes. Em fevereiro
de 2022 recebemos solicitação do
Ministério Público para verificar as
condições sanitárias dos SAICAS
de Santo André. A partir dessa
solicitação realizamos inspeções
sanitárias em cada um dos Ser-
complementares desnecessários
parahipertensos e diabéticos nos
serviços de saúde. Rev Gaucha
Enferm. 2014;35(4):86-93.Arieta
CEL, Nascimento MA, Lira
RPC, Kara-José N. Desperdí-
cio de examescomplementares
na avaliação pré-operatória em
cirurgias de catarata. Cad Sau-
dePublica. 2004;20(1):303-10. Sa-
maan F, Fernandes DE, Kirsztajn
GM, Sesso R. The firstappoint-
ment with a nephrologist: Bra-
zilian patients demographic and
kidney functioncharacteristics.
A retrospective study. Sao Paulo
Med J. 2022;140(3):366-371. Sa-
maanF, Fernandes DE, Kirszta-
jn GM, Sesso RCC, Malik AM.
Quality indicators for primaryhe-
alth care in chronic kidney di-
sease in the public service of
a city in the State of SãoPau-
lo, Brazil. Cad Saude Publica.
2022;38(2):e00090821.
viços e tomar as medidas que
coubessem após o diagnóstico da
situação. Após verificar a dificul-
dade em seguir as Boas Práticas
de Manipulação de Alimentos nos
serviços foi proposto atividade de
educação continuada aos colabo-
radores, a fim de implantar os pro-
cedimentos para garantir a oferta
de alimentos seguros.
OBJETIVOS
Atender solicitação do Ministério
Público sobre as condições sa-
nitárias dos Serviços de Acolhi-
mento Institucional para Crianças
e Adolescentes (SAICA) no muni-
27

cípio de Santo André. - Apontar
não conformidades através de re-
latório de inspeção; - Buscar junto
com a Secretaria de Assistência
Social condições de implantação
de Boas Práticas de Manipulação
de Alimentos.
METODOLOGIA
Para verificar as condições sanitá-
rias dos Serviços de Acolhimento
Institucional para Crianças e Ado-
lescentes (SAICA), primeiramente,
buscamos os endereços e nomes
das Instituições em funcionamento
no município, através da Secretaria
de Serviço Social. Após, realiza-
mos vistorias com equipe multidis-
ciplinar das áreas de vigilância de
alimentos e de serviços de saúde.
Nas inspeções foram observadas
questões estruturais, recursos hu-
manos, procedimentos, registros
e documentação. Devido à falta de
roteiro padronizado desenvolvido
exclusivamente para a atividade
inspecionada, optamos por elabo-
rar relatório descritivo para cada
uma das unidades e de acordo
coma quantidade e gravidade das
não conformidades, determinar
o grau de risco para dar os enca-
minhamentos necessários, sendo
insatisfatório, satisfatório com res-
trição e satisfatório. Após conclu-
são das inspeções e resultados,
entramos em contato novamente
com a Secretaria de Serviço Social,
que nos comunicou das dificulda-
des em manter capacitação em
Boas Práticas de Manipulação de
Alimentos para os colaboradores
SANTO ANDRÉ
RELATO DA INVESTIGAÇÃO DO PRIMEIRO SURTO DE
LEPIDOPTERISMO OCORRIDO NO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ
SANDRA PADOVANI, EMILIA ROGÉRIA SILVA AFFONSO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O termo Lepidopterismo refere-se
aos efeitos causados pelo contato
da pele com as cerdas que se des-
28
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
dos Serviços, sendo a rotatividade
de pessoas um agravante e con-
sequentemente o custo que essas
capacitações trariam. Acordamos
de incluí-lo snas agendas de cursos
que ministramos periodicamente
para assim suprir a deficiência de
educação continuada e sem ter
custo para eles.
RESULTADOS
Com as inspeções verificamos que
as 7 unidades de SAICA/Santo
André estão instaladas em casas
adaptadas p/ a atividade desenvol-
vida. Essa característica faz com
que as cozinhas, onde são prepa-
radas todas as refeições servidas,
apresentem falhas comuns a todas:
Estrutural: falta de barreiras físicas
contra entrada de pragas, assim
como a falta de lavatório exclusivo
para lavagem das mãos. Recursos
humanos: todas as unidades pos-
suíam cozinheiras como respon-
sáveis pelo preparo dos alimentos,
porém sem capacitação atualizada
em Boas Práticas de Manipulação
de Alimentos. Procedimentos: em
todas as unidades constatamos a
falta de identificação (nome, data
de preparo e validade) nos alimen-
tos manipulados e armazenados
(refrigerados e congelados), falta
de procedimento p/ higienização
de hortifrúti, uso de panos p/ secar
louça e mãos. Registros: falta de
termômetro p/ aferir a temperatura
dos equipamentos refrigerados de
armazenamento de alimentos, e
dos alimentos prontos para servir,
assim como seus registros. Docu-
prendem do corpo e das asas de
algumas espécies de lepidópteros
do gênero Hylesia. Quando essas
mariposas se debatem durante o
mentação: falta de capacitação em
Boas Práticas de Manipulação de
Alimentos. Devido as não confor-
midades encontradas todas foram
classificadas como satisfatório c/
restrições e teriam que se ade-
quar. Para as questões estruturais
as unidades apresentaram crono-
grama de adequação. Nas ques-
tões de procedimentos, por serem
itens relacionados diretamente aos
manipuladores foi sugerida a inclu-
são destes no curso a ser ministra-
do pelo DVS em 04/2022, e após,
sempre que necessário.
CONCLUSÕES
Após o diagnóstico da situação
dos Serviços de Acolhimento Ins-
titucional para Crianças e Adoles-
centes (SAICA) em Santo André,
verificamos que a implantação de
Boas Práticas de Manipulação de
Alimentos era urgente, porém de-
mandaria custos para estas insti-
tuições que poderiam ser direcio-
nadas para outras melhorias. Para
viabilizar o conhecimento sobre os
procedimentos corretos a serem a
implantados pelos manipuladores
de alimentos, decidimos, junto com
a Secretaria de Assistência Social,
incluí-los nas capacitações minis-
tradas pelos técnicos do Departa-
mento de Vigilância à Saúde, sendo
que a primeira participação ocorreu
em abril-2022.
PALAVRAS-CHAVE
AÇÃO EDUCATIVA
voo, elas liberam essas cerdas, que
podem cair diretamente sobre pes-
soas, móveis, roupas de cama, ba-
nho ou de uso pessoal. As lesões
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
são observadas poucas horas após
o contato e são acompanhadas de
intenso prurido. A melhora do qua-
dro ocorre de sete a 14 dias após
o início dos primeiros sintomas. Há
casos em que pode ser observado
comprometimento oftalmológico,
no caso das pessoas coçarem os
olhos. A ação primária é inflamató-
ria, mas existe a possibilidade de
alguns indivíduos afetados serem
posteriormente vitimas de manifes-
tações alérgicas. Este trabalho se
justifica por ser a primeira vez que
se relata o encontro dessa mari-
posa em nosso município, especi-
ficamente na região do Recreio da
Borda do Campo, bairro situado
em área de proteção ambiental,
próximo à Mata Atlântica.
OBJETIVOS
Relatar a presença de insetos do
gênero Hylesia no município de
Santo André, desconhecida até
então; Descrever como o traba-
lho em conjunto das diferentes
áreas da saúde foram essenciais
na investigação e elucidação do
surto; Demonstrar a eficácia das
medidas de prevenção adotadas
na resolução do surto; Divulgar o
tratamento mais satisfatório entre
os disponíveis na rede pública.
METODOLOGIA
Após solicitação de auxílio da VE
na investigação de um surto de
dermatite pápulo-pruriginosa que
vinha ocorrendo na abrangência da
UBS Recreio da Borda do Campo,
foi solicita a elaboração de um rela-
tório médico dos casos atendidos.
Inicialmente, os médicos da UBS
suspeitavam que as lesões estives-
sem relacionadas ao COVID, uma
vez que alguns pacientes apresen-
tavam-se positivos p/ o vírus. Con-
tudo, constatou-se que pacientes
sem COVID também foram afeta-
dos e que as lesões melhoravam
após a utilização de anti-histamí-
nicos VO e de pomadas à base de
cortico esteróides. Assim, aventa-
mos a hipótese de que outros fa-
Volume 15
tores pudessem desencadear re-
ações alérgicas nesses pacientes.
Por se tratar de bairro rodeado de
resquícios de Mata Atlântica e ser
verão, questionamos sobre a pre-
sença de insetos, particularmente
mariposas. Prontamente a encar-
regada afirmou que dentro da UBS
estavam aparecendo várias mari-
posas e que o surto iniciou-se após
o aparecimento delas. Solicitamos
o encaminhamento de alguns des-
tes exemplares p/ a GCZ identifi-
car, a fim de verificar se perteciam
ao gênero Hylesia e comprovar a
nossa suspeita. A 1ª amostra rece-
bida da UBS, foi identificada pelo
Instituto Butantan. Tratava-se de
um exemplar do gênero Dirphia,
cuja fase alada não é causadora de
dermatites. Uma 2ª amostra, cole-
tada pela GCZ em casa da região
e enviada p/ o Instituto Biológico
p/ análise, revelou que o exemplar
pertencia ao gênero Hylesia, reco-
nhecidamente causadora de der-
matites em sua fase adulta.
RESULTADOS
- Instituto Butantan52: 82, 1990.
CONCLUSÕES
O contato da pele com as cerdas
que se desprendem do corpo de
algumas espécies de mariposas
do gênero Hylesia, podem cair
diretamente sobre as pessoas ou
sobre móveis, roupas de cama,
banho ou de uso pessoal. As le-
sões são observadas poucas
horas após o contato e acom-
panhadas de intenso prurido.
A melhora do quadro ocorre de
sete a 14 dias após o início dos
primeiros sintomas. Há casos em
que pode ser observado compro-
metimento oftalmológico, após
as pessoas coçarem os olhos. A
ação primária é inflamatória, mas
existe a possibilidade de alguns
indivíduos serem vitimas de ma-
nifestações alérgicas. O diagnós-
tico é baseado principalmente
nos sinais clínicos e na história
de exposição às mariposas. O
tratamento é sintomático, incluin-
do anti-histamínicos sistêmicos
e cremes à base de corticoides
tópicos. As áreas mais afetadas
são as descobertas, geralmente
cabeça, mãos e membros supe-
riores, mas se as cerdas estive-
rem nos lençóis e toalhas de ba-
nho, pode afetar qualquer área do
corpo. A VE elaborou e enviou às
Unidades de saúde do município
um Informe Técnico relatando a
ocorrência desse surto de Lepi-
dopterismo contendo as informa-
ções necessárias para Diagnós-
tico, prevenção e tratamento das
lesões. Após a tomada das ações
preconizadas, n
PALAVRAS-CHAVE
LEPIDOPTERISMO;
BIBLIOGRAFIA
Cardoso JLC, Borges Filho TS,
Carneiro ECG. Surto de dermati-
te por Hylesia paulex nolitoral do
Estado de São Paulo, Bertio-
ga, verão 1990. Memórias do
Dinehart SM, Jorizzo JL, Soter
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urticatinghairs of Hylesia moth.
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no GC. Surtos epidêmicos de
dermatite causada pormaripo-
sas do gênero Hylesia (Lepi-
doptera: Hemilucidae) no Esta-
do de São Paulo,Brasil. Revista
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dópteros (larvas e adultos de
mariposas): estudo de aspec-
tosepidemiológicos, clínicos e
terapêuticos. Anais Brasileiros de
Dermatologia 80: 571-578,2005.
29

SANTO ANDRÉ
RELATÓRIO DE ATENDIMENTO
DE ACIDENTE DE TRABALHO (RAAT)
ANA CLARA PEDRÃO, ELISABETE ZANATA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Documento instituído nos ser-
viços de saúde do SUS do mu-
nicípio de Santo André para o
registro das ocorrências de
acidentes ou doenças rela-
cionadas ao trabalho, abran-
gendo todos os trabalhado-
res, independente do vínculo
empregatício. O CEREST não
utiliza o RA AT para fins pre-
videnciários e/ou concessão
de benefícios, e sim para a
notificação compulsória das
Doenças e Agravos Relacio-
nados ao Trabalho (DART),-
conforme a Portaria Conso-
lidada GM/MS Nº 4 Anexo V
de 28-09-2017, que lista as
doenças de notificação com-
pulsória e a Resolução SS 63
de 30/04/2009, que define que
todo serviço de saúde público
ou privado notifique os casos
confirmados ou suspeitos de
doenças ocupacionais e os
acidentes de trabalho.
OBJETIVOS
A ação teve como objetivo
esclarecer a funcionalidade
do RA AT, com destaque para
a abertura da ficha também
nos casos de doenças ocu-
pacionais (transtorno metal
relacionado ao trabalho, cân-
cer relacionado ao trabalho,
dermatoses ocupacionais,
pneumoconioses, PAIR e LER/
DORT), bem como informar e
reforçar o papel/função do CE-
REST e as possibilidades de
interação entre os serviços. A
saúde do trabalhador depende
30
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
do olhar de quem cuida, sendo
de suma importância a com-
preensão dos profissionais
que as informações coletadas
são utilizadas para a Vigilância
em Saúde do Trabalhador.
METODOLOGIA
O CEREST promoveu rodas
de conversa nas UPAS e PA,
foram 14 encontros envolven-
do 93 profissionais de saú-
de, com objetivo de ampliar
a Rede Nacional de Atenção
à Saúde dos Trabalhadores
(RENAST) sensibilizando o
olhar das equipes na identifi-
cação dos trabalhadores com
queixas de Doenças e Agra-
vos Relacionados ao Trabalho
(DART), instruindo e sanando
possíveis dúvidas no preen-
chimento adequado do RA AT/
SINAN. Acompanharemos a
adesão dos serviços através
dos indicadores, com feedba-
ck do progresso atingido.
RESULTADOS
Após 02 meses de análise dos
indicadores, houve um aumen-
to de 102% nas notificações
via RA AT, mesmo com este ex-
celente resultado, ainda esta-
mos recebemos fichas em não
conformidade, seguiremos em
parceria com os serviços bus-
cando melhoria no indicador.
CONCLUSÕES
O RA AT é um instrumento efi-
caz para a captação de da-
dos, a educação permanente
através de rodas de conversa
também atingiu o objetivo da
ação proposta, demonstrando
adesão dos profissionais com
o tema do trabalhado.
PALAVRAS-CHAVE
SAÚDE TRABALHADOR; RAAT
BIBLIOGRAFIA
Ministério da Saúde - Se-
cretaria de Vigilância em
Saúde Depar tamento
SaúdeAmbiental,
balhador e Vigilância das
Emergências em Saúde Pú-
blica. NotaInformativa
94 de 26 de julho de 2019.
Orientação sobre as novas
definições dosagravos e do-
enças relacionados ao traba-
lho do Sistema de Informação
de Agravos deNotificação
(Sinan).
2019.
e m : h t t p s : // w w w .v s . s a u d e .
m s .g ov.b r/ w p - c o n te n t /u p l o -
a d s / 2 0 21/ 0 4 / N o t a - I n f o r m a -
tiva - 9 4 - d e f ini c a o - d e - c a s o s.
pdfPor taria de Consolida-
ção nº 4/GM/MS, de 28 de
setembro de 2017. Consoli-
dação dasnormas sobre os
sistemas e os subsistemas
do Sistema Único de Saúde.
D isponívele m:ht tps: // bvsms.
s a u d e . g o v. b r/ b v s / s a u d e l e -
gis /gm /2017/MatrizesConso -
l i d a c a o / M a t r i z- 4 - S i s t e m a s .
htmlCentro de Referência
em Saúde do Trabalhador
de Santo André, versão im-
pressa nainstituição. Santo
André, SP. 2014.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SANTOS
PRIMEIRA EPIDEMIA DE CHIKUNGUNYA NO MUNICÍPIO DE
SANTOS – EXPERIÊNCIA NA DETECÇÃO PRECOCE
CAROLINA OZAWA, NIVIA TORRES DOS SANTOS, LUCIANA SOUZA DE ASSENÇÃO
DE JESUS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Arboviroses são doenças causa-
das pelos arbovírus, sendo que os
principais no Brasil são os vírus da
dengue, zika, chikungunya e o da
febre amarela. No Estado de São
Paulo (ESP), a arbovirose prevalen-
te é a dengue assim como no Mu-
nicípio de Santos. A chikungunya
é uma doença relativamente nova
nas Américas, incluindo o Brasil,
onde os primeiros casos importa-
de dos ocorreram no ano de 2014. A
do Tra- partir desse ano, principalmente a
região nordeste do país, vivenciou
várias epidemias, porém o ESP foi
nº
um dos menos acometidos pela
doença neste período. Em Santos
ocorreram os primeiros casos im-
portados de chikungunya no ano
de 2015, sendo que os casos se
tornaram predominantemente au-
tóctones no ano de 2017, desde
Brasília,
então um número pequeno de ca-
Disponível
sos foram notificados a cada ano. A
partir de julho de 2020, o número de
casos foram aumentando progres-
sivamente, até que em 2021 en-
frentamos a primeira epidemia de
chikungunya do nosso município e
do Estado de São Paulo. O grande
desafio encontrado pela Seção de
Vigilância Epidemiológica e pelos
integrantes da rede da atenção bá-
sica do município, a princípio, foi
detectar os casos de chikungunya,
uma doença emergente, diante do
enfrentamento da pandemia da
Covid-19 e da epidemia de dengue
simultaneamente, além da dificul-
dade em estabelecer o diagnóstico
diferencial entre essas 3 doenças,
especialmente, nos primeiros dias
de sintomas.
Volume 15
OBJETIVOS
Demonstrar o trabalho realizado
pelos técnicos da Seção de Vigi-
lância Epidemiológica (SEVIEP)
do Município de Santos, principal-
mente da equipe da vigilância epi-
demiológica das arboviroses, na
identificação precoce da primeira
epidemia de chikungunya ocorri-
da no município no ano de 2021,
simultaneamente à epidemia de
dengue e pandemia de COVID19.
METODOLOGIA
Devido ao grande número de ca-
sos notificados para dengue com
resultados de exames laboratoriais
específicos negativos e a grande
semelhança na sintomatologia ini-
cial da dengue e da chikungunya,
como febre alta, mialgia, cefaléia e
artralgia, despertou-se a necessi-
dade de uma intervenção. A princi-
pal ação realizada pela equipe em
questão foi direcionar seus esfor-
ços para a detecção dos casos de
chikungunya através de uma inter-
face com o laboratório municipal,
ou seja, foi solicitado que em todas
as amostras de sangue coletadas
para o diagnóstico específico da
dengue encaminhadas para o Insti-
tuto Adolfo Lutz (IAL) também fosse
realizada a inclusão da sorologia
IgM de chikungunya. Desta forma,
conseguimos detectar casos po-
sitivos de chikungunya até então
desconhecidos.
RESULTADOS
Com a intervenção realizada pela
Vigilância Epidemiológica de San-
tos foi possível detectar o real ce-
nário das arboviroses no município
de Santos, bem como detectar
casos positivos de chikungunya de
outras cidades, uma vez que vários
munícipes da Região Metropoli-
tana da Baixada Santista (RMBS)
passam por atendimento nos hos-
pitais e UPAs de Santos. Identifi-
camos, assim, precocemente uma
epidemia de chikungunya em nos-
so município, assim como em qua-
se toda a RMBS, possibilitando a
realização de outras ações como
a sensibilização de toda a rede
de atenção à saúde, tanto pública
quanto privada para a detecção
precoce da chikungunya, manejo
adequado do tratamento da dor
, monitoramento correto dos ca-
sos graves e integração imediata
com o setor de controle de veto-
res do município. No ano de 2021
tivemos:4.461 casos de dengue e
7.373 casos de chikungunya , além
dos 34.251 casos de COVID 19.
CONCLUSÕES
O município de Santos identificou
sua primeira epidemia de chikun-
gunya com ações e iniciativas re-
alizadas pela Vigilância Epidemio-
lógica em conjunto com o controle
de vetores que puderam fazer as
devidas intervenções de combate
ao mosquito transmissor em tempo
oportuno, além de toda organiza-
ção da rede de saúde. A equipe da
vigilância epidemiológica das arbo-
viroses foi convidada a partilhar sua
experiência com outros municípios
do Estado de São Paulo e, inclusi-
ve participou como apoio técnico
do Protocolo de Manejo Clínico de
Chikungunya no ESP de 2021.
PALAVRAS-CHAVE
Ckikungunya, Epidemia, Vigilância
em Saúde
31

SANTOS
VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA: A EPIDEMIA DE CHIKUNGUNYA E
A SUPERAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SANTOS/SP
LETICIA PRETI SCHLEDER, ANA PAULA NUNES VIVEIROS VALEIRAS, CAROLINA
OZAWA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A chikungunya é um problema de
saúde pública mundial, de forte
impacto em países tropicais como
o Brasil, por apresentarem clima
propício às infestações dos mos-
quitos Aedes aegypti e Aedes al-
bopictus, seus principais vetores. É
uma arbovirose causada pelo vírus
Chikungunya (CHIKV), da família
Togaviridae e do gênero Alphavi-
rus. Os sinais e sintomas são clini-
camente parecidos aos da dengue
a principal manifestação clínica
que a difere são as fortes dores
nas articulações, que muitas vezes
podem estar acompanhadas de
edema. O CHIKV foi detectado no
ESP no final de 2014 entre casos
importados de outras localidades.
Em 2015, foram registrados os pri-
meiros casos autóctones do ESP,
identificados nos municípios de
Jandira, Ribeirão Preto, Rio Claro,
Santos, Taubaté e Várzea Paulista.
Em 2021, registrou-se a primeira
transmissão importante de CHIKV
no ESP, atingindo a Baixada San-
tista, que concentrou cerca de97%
dos casos confirmados em todo
o ESP e alcançou a incidência de
715 casos por100.000 habitantes,
caracterizando-se epidemia nes-
sa região. Diante desse cenário de
epidemia, e com todos atrativos
que a cidade de Santos oferece,
como elevada densidade vetorial,
suscetibilidade da população, in-
tensa circulação de pessoas (polo
turístico) em paralelo a pandemia
do coronavírus acontecendo, foi
necessário repensar ações de
controle entomológico, intensifi-
car outras, fortalecer parcerias in-
tersetoriais, inovar no educativo e
conscientizar a população para a
problemática.
32
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL: Relatar como
o município de Santos se organi-
zou para o planejamento e a to-
mada de decisão junto a equipe
de controle de vetor e parcerias
intersetoriais, atuando de forma
incisiva e contribuindo de forma
significativa para a saúde pública,
resultando no gerenciamento e
controle do agravo no município e
não permitindo sua disseminação
para o ESP no ano de 2021. OB-
JETIVO ESPECÍFICO: -Descrever
as ações de campo, como a ne-
bulização veicular, como estraté-
gia principal para a contenção da
epidemia. - Expor as estratégias
de superação da seção, diante
de um cenário desafiador com a
pandemia do coronavírus. - Re-
lacionar as parcerias de sucesso
intersetoriais que resultaram em
ações exitosas.
METODOLOGIA
Desde a introdução do vírus CHI-
KV no município de Santos em
2015 a média dos casos confir-
mados era muito baixa (maior va-
lor, ano 2016 com 32 casos), o que
chamou a atenção desta seção foi
que no final do ano de 2020 a par-
tir do mês de novembro houve um
aumento repentino no número de
casos entre duas regiões, Centro
e Morro, totalizando 150 casos no
ano. A partir desse cenário a se-
ção de controle de vetor se pla-
nejou se reorganizou para conter
esse aumento em 2021. Além da
novidade da CHIKV circulando na
cidade, ainda tínhamos a pande-
mia do coronavírus acontecendo
oque mudou as formas das visi-
tas dos ACE somente para peri-
domicílios e o cancelamento do
ADL no ano. A Seção ainda en-
frentava outros desafios, como a
dificuldade com a frota de carros
da Prefeitura, falta de maquinário
para nebulização veicular, retira-
da de uma equipe de campo para
atuar no enfrentamento a CHIK-
V(nebulização), manter as ações
de rotina do PNCD atingindo as
metas preconizadas, aumento
no número de ouvidorias e ne-
cessidade de engajamento da
população no controle de cria-
douros na sua residência já que
estávamos em pandemia. A partir
desses desafios, a seção criou
parcerias com diversos setores,
subprefeitura, terracom, cet e ou-
tros órgãos como Marinha, Exér-
cito, Sucen, deflagrando ações
de intensificação de combate ao
vetor. Foram planejados mutirões
semanais, nebulização veicular/
costal semanais, Dia “D” mobi-
lização contra o Aedes e ações
educativas desenvolvidas online.
RESULTADOS
Os mutirões semanais acontecia
em parceria com a Subprefeitu-
ra e terra com nos bairros com
maiores índices de casos e alta
infestação vetorial, a proposta vi-
sava os ACE vistoriando o imóvel
e a terra com retirando inserví-
veis. Visto o aumento expressivo
dos casos, fez se necessário a
nebulização veicular, novas par-
cerias foram firmadas, a Secreta-
ria do Meio Ambiente e a defesa
Civil, emprestaram carros de sua
frota, a Sucen emprestou o ma-
quinário pesado, além da CET
acompanhando a ação para con-
trole do tráfego. O Dia D mobiliza-
ção contra o Aedes foi realizado
em todo território santista, com
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
todos ACE realizando vistoria nos
imóveis acompanhados de ofi-
ciais do exército para conseguir-
mos atingir o maior número de re-
sidências e os oficiais da marinha
atuando com o setor educativo
nos pedágios (balsa, entrada da
cidade) na entrega de sal grosso
e orientações gerais a população.
O setor educativo se reinventou e
entrou nas mídias, com cursos e
capacitações on line (sipats, cur-
so de férias do aquário),criando
grupos de whatsap com mem-
bros influentes das comunidades
e criando um quadro para o ins-
tagram oficial da prefeitura deno-
minado “mosquito na rede” com
orientações em formato draw
my life e divulgação semanal das
ações de intensificação. Todas
essas ações de intensificação
somadas a programação anual
do PNCD, mostrou que a seção
estava alerta e vigilante para a
SANTOS
ESTRATÉGIA NA INTENSIFICAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE
NA TEMPORADADE CRUZEIROS 2022/2023 - SANTOS/SP
ANA PAULA NUNES VIVEIROS VALEIRAS, FABIANA TONETTO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Todos os anos, o município de
Santos recebe a Temporada de
Cruzeiros com embarque e de-
sembarque de milhares de pes-
soas no Porto de Santos, de di-
versas origens, aumentando o
risco de possíveis surtos, trans-
missão de agravos e doenças, à
população viajante e aos residen-
tes da cidade. À partir das experi-
ências do Departamento de Vigi-
lância em Saúde: 2019/2020 surto
de sarampo em navio;2020/2021
suspensão da temporada de
cruzeiros em virtude da Pande-
mia e chegada da variante Delta;
2021/2022 suspensão parcial da
temporada com aumento de ca-
sos de Covid-19 provocados pela
Volume 15
epidemia de CHIKV, entregando
uma equipe preparada, capacita-
da e compromissada com o obje-
tivo de controle do agravo.
CONCLUSÕES
A parceria com a Terra com re-
tirou centenas de inservíveis do
ambiente, foram nebulizadas 849
quadras durante 5 meses e toda
uma população educada virtu-
almente. De Janeiro a Junho fo-
ram 7177 casos confirmados de
CHIKV em Santos, nesse tempo
todas ações descritas acima fo-
ram realizadas e de julho a de-
zembro foram apenas 196casos
confirmados, resultado da sen-
sibilização e incorporação dos
profissionais no cenário da epide-
mia, bem como a dos munícipes,
permitindo que as estratégias
fossem realizadas com sucesso.
Todos aprenderam muito com as
variante Ômicron, o Departamen-
to de Vigilância de Santos produ-
ziu uma Comunicação de Risco
para rede assistencial de saúde,
sobre a temporada 2022/2023
que iniciaria em novembro/2022,
com dados sobre circulação de
passageiros, informações técni-
cas e alerta para possíveis casos
suspeitos de doenças de notifi-
cação compulsória provenientes
dos navios, com foco em Co-
vid-19, Sarampo e Monkeypox.
Essa estratégia da comunicação
de risco foi compartilhada com
os órgãos públicos e privados de
saúde, ANVISA, CIEVS Estadual e
Nacional, bem como apresenta-
do aos profissionais do SUS, em
evento de Experiências Exitosas
de Saúde da Secretaria Municipal
novas estratégias de controle e
prevenção. O Mundo enfrentou o
COVID mas somente Santos teve
a somatória da epidemia de CHI-
KV, que exigiu ainda mais calma
e esforço no momento. Testamos
nossos limites com enfrentamen-
to do novo cenário com coragem
e resiliência sem desviar do foco
e concluímos que o objetivo foi
alcançado e parcerias foram es-
tabelecidas. Em síntese o princi-
pal resultado dessa experiência,
foi a não disseminação do CHIKV
ao ESP e o controle da epidemia
no município, tendo em vista as
ações exitosas das equipes, de-
monstrando o conhecimento dos
profissionais para o enfrentamen-
to de doenças emergentes.
PALAVRAS-CHAVE
Chikungunya, Arboviroses, Vigi-
lância, Vetor
de Saúde de Santos. O alerta aos
profissionais de saúde sobrea
condição sazonal de risco no mu-
nicípio, em decorrência da Tem-
porada de Cruzeiros, permitiu a
sensibilização da rede de saúde
para a detecção precoce de uma
possível emergência em saúde
pública.
OBJETIVOS
Possibilitar e divulgar o acesso
às informações fidedignas, divul-
gando de forma rápida e eficaz de
conhecimentos às populações,
parceiros e partes intervenientes,
para que possam apoiar nos di-
álogos para tomada de medidas
de proteção e controle em situ-
ações de emergência em saúde
pública.
33

METODOLOGIA
A metodologia consistiu em fazer
um levantamento de dados e in-
formações disponíveis da Cruise
Lines International Association
– CLIA Brasil sobre as Tempo-
radas de Cruzeiros brasileiras e
do Santos Port Authority , sobre
a movimentação de passageiros
no terminal de cruzeiros Giusfre-
do Santini (Concais) de Santos.
Complementada comas orienta-
ções técnicas sanitárias, publi-
cadas pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária – ANVISA que
é a responsável por definir requi-
sitos sanitários a serem obser-
vados pelos navios, para garan-
tir a segurança de passageiros
e tripulantes durante a viagem,
o embarque e desembarque e o
cumprimento do Regulamento
Sanitário Internacional na Porta
de entrada (o Porto). A comunica-
ção de risco elaborada pelo De-
partamento de Vigilância em Saú-
de de Santos: “TEMPORADA DE
CRUZEIROS2022/2023 - PORTO
DE SANTOS - INTENSIFICAÇÃO
DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE” foi
disseminada por e-mail para ór-
gãos públicos e privados de saú-
de, ANVISA, CIEVS Estadual e
Nacional, bem como apresenta-
do aos profissionais do SUS, em
evento de Experiências Exitosas
de Saúde da Secretaria Municipal
de Saúde, no mês de novembro
de 2022.
RESULTADOS
Nos resultados obtidos, foram
destacadas informações relevan-
SANTOS
ASSISTÊNCIA NO CUIDADO AO PACIENTE CRITICO NA
PREVENÇÃO DEI NFECÇÕES RELACIONADAS A ASSISTÊNCIA
KAREN ALESSANDRA GUEDES MANSUR, SIMONE LAZARO PINCER, PATRICIA
DE ABREU COSTA, SARA DE JESUS FERNANDES DE SOUZA, JOYCE FERREIRA
CARDOSO
34
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
tes e inseridas na Comunicação
de Risco e Alerta, como: “Neste
ano a temporada brasileira de
cruzeiros terá início no dia 02 de
novembro com aproximadamente
6 meses de duração, com nove
embarcações e a disponibilidade
de 780.000 leitos, ou seja, espe-
ra-se uma circulação de 780.000
pessoas durante o período, re-
sidentes de vários municípios,
estados e países.” “A grande
movimentação/deslocamento de
pessoas de diversas localidades
e origens, brasileiros e estran-
geiros, e sua concentração em
atividades de cruzeiro, contri-
buem para o aumento do risco
da ocorrência de doenças trans-
missíveis, e exigem uma vigilân-
cia em saúde ativa neste período
sazonal. As notificações foram
imediatas, à Vigilância Epidemio-
lógica de Santos, SEVIEP, através
do e-mailseviep@santos.sp.gov.
br e também através do telefone
para contato. Na Ficha de Noti-
ficação foi necessário registrar:
viajante de cruzeiro, data de em-
barque e desembarque e nome
do Navio. Estas informações fo-
ram essenciais para a investiga-
ção epidemiológica de possível
transmissão, eventos e surtos de
doenças e agravos, para desen-
cadear as ações de resposta e
evitar a propagação dos agentes
etiológicos. A preparação e a res-
posta às emergências reduziram
os impactos na saúde pública e
a coordenação entre as esferas
de gestão do SUS, integrando os
serviços de saúde, o que foi es-
sencial para uma resposta opor-
tuna.
CONCLUSÕES
A informação aos profissionais de
saúde da assistência é primor-
dial para a detecção precoce de
possíveis casos e emergências
em saúde pública em viajantes
de cruzeiros. Uma comunicação
de risco, com função de alerta,
produz foco para questões de
saúde e não apenas para um pe-
ríodo sazonal turístico no municí-
pio. Reforçamos a necessidade
dos serviços de saúde do muni-
cípio de Santos, estarem alertas
quanto ao Cenário de Risco apre-
sentado, e aos possíveis casos
suspeitos de eventos, agravos e
doenças de Notificação Compul-
sória, em pacientes oriundos de
viagens de cruzeiros, atendidos
em consultas e/ou urgência e
emergência, sendo que a agilida-
de na notificação e identificação
deste critério é fundamental para
desencadear ações de preven-
ção, investigação epidemiológica
e respostas à alguma possível
emergência em saúde pública.
A estratégia de informação e co-
municação à rede municipal de
saúde foi um caminho positivo
para a intensificação de ações de
vigilância em saúde relacionadas
às viagens de Cruzeiros no mu-
nicípio de Santos, fortalecendo
assim, a capacidade do Sistema
Nacional de Vigilância em Saúde.
PALAVRAS-CHAVE
Vigilância em Saúde, Cruzeiros,
Comunicação
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O ambiente hospitalar oferece o
risco de infecção aos usuários,
especialmente para pacientes
com a imunidade comprometi-
da. A infecção ocorre diante a
múltiplos fatores envolvidos, e
a necessidade de reduzir e con-
trolar sua incidência determina
a aplicação de medidas preven-
tivas, educacionais e de contro-
le epidemiológico. As Unidades
de Terapia Intensiva (UTIs) são
ambientes de risco elevado,
onde os pacientes passam por
processos invasivos que po-
dem causar infecções e elevar
o tempo médio de permanência
na unidade além de aumentar o
custo da internação para suprir
os custos que são necessários
para a manutenção da vida.
Mesmo que os danos, não se-
jam intencionais, podem acarre-
tar em prejuízos indiretos e di-
retos podendo levar o paciente
a óbito. As IRAS são exemplos
dessas condições que causam
danos aos pacientes. A assis-
tência é baseada em cuidados
centrado no paciente com ên-
fase na qualidade e segurança
pela equipe multidisciplinar. Em
setembro de 2021 o Complexo
Hospitalar dos Estivadores, se-
tor da Terapia Intensiva iniciou
a participação no Projeto Saúde
em Nossas Mãos (ProadiSus)
integrando um time de 204 hos-
pitais SUS em todo país, com
objetivo interno da dissemina-
ção das boas práticas em toda
assistência.
OBJETIVOS
Reduzir em 30% a incidência
dos principais indicadores de
infecção hospitalar implemen-
tando o projeto do Saúde em
Nossas Mãos, direcionado pelo
PROADI-SUS ,além de dissemi-
nar o modelo de melhoria para
outras unidades em 2022. A lon-
go prazo, esperamos contribuir
Volume 15
com a mudança da cultura em
relação à segurança do pacien-
te.
METODOLOGIA
O projeto utiliza a metodologia
denominada “modelo de melho-
ria”, orientada pelo Institute of
Healthcare Improvement (IHI),
na qual é realizado um teste
de mudança em pequena es-
cala, em um grupo de pacien-
tes e profissionais da saúde,
que resulta em aprendizado e
adaptações. Uma vez testado
e implantado, procede-se para
o restante da unidade progres-
sivamente. É utilizado a ferra-
menta que busca uma análise
mais profunda sobre os erros
ocorridos para levantamento
das oportunidades de melhoria-
-Plan, Do- Study- Act (PDSA) e
monitorada por indicadores re-
lacionados aos protocolos insti-
tucionais. A equipe é composta
por diferentes áreas e protago-
nistas de interesse em torno da
UTI, a partir das metodologias e
ferramentas específicas de qua-
lidade e segurança do paciente.
Juntamente com o PROADISUS
é possível uma análise mais
precisa de indicadores como a
quantidade de vidas salvas e a
economia gerada para o SUS
com a redução de antibiotico-
terapia e tempo média de per-
manência. Ao final é realizado a
implementação das ferramen-
tas e técnicas necessárias para
trabalhar a redução das IRAS
em comum com os protocolos
de segurança nos hospitais.
RESULTADOS
Com as boas práticas assis-
tenciais mapeadas pela equipe
multidisciplinar, conseguimos
estabelecer padrões e rotinas
para a prevenção das IRAS di-
vidida por subitens (IPCSL,ITU
e PAV). No decorrer do projeto
conseguimos abranger nas de-
mais áreas assistenciais as pre-
venções por meio dos bundles
de inserção e manutenção dos
subitens descritos. A equipe de
saúde integra e desempenha
ações de vigilância das IRAS
dentro das instituições hospi-
talares, e atuar como multipli-
cador das ações de prevenção.
Essa atividade é facilitada pela
criação de protocolos internos
de prevenção e controle das
IRAS. Estamos há 02 meses
sem infecções relacionadas a
IPCSL. Apresentamos em 02
anos consecutivos ( Jan/2021)
sem infeção do trato urinário e
07meses sem PAV.
CONCLUSÕES
A equipe assistencial é qualifi-
cada para trabalhar no controle
e na prevenção das infecções
hospitalares, lidando direta-
mente com o paciente, e os
demais profissionais. Devemos
ser capacitados a fim de pre-
venir infecções, procurar estar
sempre retomando ações bá-
sicas, como higienização das
mãos e uso de EPI’s de maneira
assertiva, técnica asséptica na
hora de realizar procedimentos
invasivos e cuidados no prepa-
ro e esterilização de materiais.
Diversas são as maneiras de
contaminação, pelas mãos, por
objetos, ou por uma má esterili-
zação que leva até as IRAS e ao
agravamento da criticidade dos
pacientes. De uma forma geral,
concluímos por meio desse es-
tudo que os cuidados da equi-
pe multidisciplinar assistencial
para prevenção das IRAS é
uma peça fundamental, e que
suas atividades são de grande
importância para toda a comu-
nidade hospitalar, tanto os co-
laboradores como os pacientes.
PALAVRAS-CHAVE
Infecções, infecção, assistência,
ipcsl, itu, pav.
35

SÃO BERNARDO DO CAMPO
RESPOSTA COORDENADA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO A
EMERGÊNCIA EM SAÚDE PÚBLICA: MONKEYPOX
FABIANA APARECIDA TONETO PANIAGUA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Doença causada pelo Monkeypox
vírus, gênero Orthopoxvirus e famí-
lia Poxviridae, uma doença zoonó-
tica viral, em que sua transmissão
para humanos pode ocorrer por
meio do contato com animal sil-
vestre (roedores) infectado, pessoa
infectada pelo vírus e/ou materiais
contaminados com o vírus. Caso
suspeito: Indivíduo de qualquer
idade que apresente início súbito
de lesão em mucosas e/ou erup-
ção cutânea aguda sugestiva de
monkeypox, única ou múltipla, em
qualquer parte do corpo (incluindo
região genital/perianal, oral) e/ou
proctite, e/ou edema peniano, po-
dendo estar associada a outros si-
nais e sintomas. Com a evolução do
cenário epidemiológico global da
transmissão do Monkeypox-MPX,
a Organização Mundial da Saúde
declarou Emergência de Saúde Pú-
blica de Importância Internacional
em 23 de julho de 2022.Seria ne-
cessária uma organização da rede
municipal de saúde para a vigilân-
cia, prevenção, monitoramento,
controle, diagnóstico e assistência
dos casos suspeitos e confirmados
de MPX no território.
OBJETIVOS
Organizar os serviços e respon-
sabilidades por meio de fluxos de
SÃO BERNARDO DO CAMPO
CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA: PRÁTICAS DE
ENFERMEIROS PARA REDUÇÃO DE INFECÇÃO
ADRIANA WOLF
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Unidade de terapia intensiva
36
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
assistência, notificações, diag-
nóstico, apoios, vigilância, capa-
citação, orientações, comunica-
ção rápida, intervenção no risco,
ações de monitoramento e rastre-
amento de contatos para o con-
trole da transmissão da doença.
METODOLOGIA
Mediante as orientações técnicas
disponibilizadas pela Rede CIE-
VS, Federal, Estadual e municipal
em maio/2022, mediante alerta de
risco, discussões e planejamen-
tos ocorreram a partir da vigilância
epidemiológica/CIEVS em conjun-
to com a atenção básica, atenção
especializada, urgência e emergên-
cia, comunicação, hospitais públi-
cos e privados e com as outras áre-
as de vigilância em saúde, incluindo
a sanitária. Os casos suspeitos
eram de Notificação Compulsória
Imediata e a velocidade nas ações
eram imprescindíveis, para conter
a transmissão desta nova doen-
ça no município. Todos estavam
aprendendo, mas a experiência
com a pandemia de covid-1 9 e a
bagagem adquirida fez a diferença,
a união para a produção de preven-
ção e saúde entre os profissionais
de áreas distintas fluiu.
RESULTADOS
Fluxo construído. Centralização
da coleta de material na policlínica
neonatal (UTIN) é uma das áreas
da Enfermagem, dedicada ao cui-
com retaguarda dos infectologistas
qualificando os casos suspeitos
da rede pública e privada. Capaci-
tação da rede on line. Folhetos de
prevenção e orientação para a po-
pulação. Notificações ágeis. Atlas
de Imagens MPX. Comunicações
de risco e boletins epidemiológi-
cos divulgados para a rede pública
e privada de saúde, e população.
Monitoramento de casos confirma-
dos e rastreamento de contatos.
Orientações a todas as casas de
prostituição.
CONCLUSÕES
As estratégias de comunicação rá-
pida entre os profissionais de pon-
tos distintos da rede foi essencial
para a resposta ao MPX. Grupos de
whatsapp, email, telefone e orienta-
ções compartilhadas a todo tempo,
com atualizações técnicas quase
que diárias recebidas pelo MS e
rede CIEVS, permitiu que a infor-
mação fosse a maior aliada neste
processo. A vigilância nos animais
também foi estabelecida por meio
da atenção básica, controle dez
oonoses e CIEVS SBC.O SUS mais
uma vez cumpriu seu papel com
excelência.
PALAVRAS-CHAVE
Vigilância, notificação, comunica-
ção.
dado do recém-nascidos (RNS),
principalmente aqueles em situ-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
ação crítica, seja por nascimento
prematuro, seja por complica-
ções de saúde no período pré, in-
tra e pós-parto. RNs com fatores
de risco como prematuridade e
baixo peso ao nascer são consi-
derados mais suscetíveis a infec-
ções nosocomiais. A assistência
aos RNS em UTIN tem passado
por significativas mudanças, des-
se modo algumas intervenções
têm sido recomendadas e im-
plementadas como processo de
melhoria. O cateter venoso cen-
tral (CVC) de inserção periférica
PICC é amplamente utilizado nas
UTIN para infusão de drogas, me-
dicamentos e nutrição parenteral.
Porém, a inserção e manuseio do
CVC requerem equipe treinada,
técnica asséptica e manutenção
adequada da linha de infusão.
OBJETIVOS
Avaliar variáveis que influencia-
ram a redução da densidade de
infecção primária decorrente san-
guínea associada aos cateteres
PICC inseridos pelos Enfermeiros
e o impacto de medida de corte
para posicionamento central com
o cateter não cortado de PICC na
UTIN.
SÃO BERNARDO DO CAMPO
AÇÕES CONJUNTAS ENTRE NEVS E UBS: ACESSO A SAÚDE
PARA A POPULAÇÃO TRANS EM CASAS DE PROSTITUIÇÃO
FABIANA APARECIDA TONETO PANIAGUA, IMARA MARTINS DOS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
“A saúde é direito de todos e
dever do Estado, garantido me-
diante políticas sociais e eco-
nômicas que visem à redução
de risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e
recuperação”. A Política Nacional
de Saúde Integral LGBT, consi-
Volume 15
METODOLOGIA
Estudo documental descritivo,
realizado no HMU, demostran-
do a redução das densidades
de infecção primaria de corrente
sanguínea (IPCS) antes e após a
implantação da rotina de utiliza-
ção da introdução do PICC como
primeira escolha em pacientes
com necessidades de terapia in-
travenosa de no mínimo 07 dias
versus o uso habitual anterior de
cateter umbilical. Além disso, da
estratégia do uso de PICC como
primeira escolha, foram analisa-
dos os RN de 500 a 2.500 gramas
internados na UTIN, no período
de janeiro de 2021 á Abril 2022,
comparando as variáveis de tem-
po médio de permanência, perio-
dicidade de troca do curativo e
tempo gasto durante a troca do
curativo do cateter cortado e do
não cortado.
RESULTADOS
Após a introdução do PICC como
primeira escolha ocorreu uma di-
minuição da densidade IPCS no
período de janeiro de 201 8 de
4,82 para 1 ,1 8 em julho de2022.
Em relação ao cateter cortado, o
dera que as pessoas LGBTQIA+,
tenham acesso aos serviços do
SUS, com qualidade e resolução
de suas demandas e necessida-
des. A ESF, deve oferecer acesso
e atender às demandas trazidas
por cada pessoa. Dentre a po-
pulação LGBTQIA+, as pessoas
travestis e transexuais são as
que mais enfrentam dificuldades
ao buscarem atendimentos nos
tempo de permanência do cateter
de 1 5,3 dias para o não cortado
e 1 4 dias para o cortado; perio-
dicidade de troca do curativo su-
periores a 5 dias e de 2 dias e o
tempo de troca do curativo varia-
vam entre 1 5 a 1 6minutos com
os cateteres não cortados, e 6 a
7 minutos com os cateteres cor-
tados.
CONCLUSÕES
A estratégia da utilização do PICC
como primeira escolha propor-
cionou a redução da densidade
de IPCS, mostrando ser uma es-
tratégia efetiva. A utilização do
cateter não cortado tem tempo
de permanência mais prolonga-
do, menor necessidade de ma-
nuseio, menor risco de “vincos”
ou “memórias”; a troca do cura-
tivo é mais ágil e a periodicida-
de maior, consequentemente há
menos manipulação do cateter e
menor gasto de insumos. O pa-
pel do enfermeiro é fundamental
na diligência com o PICC como
educador.
PALAVRAS-CHAVE
Cateter, Infecção, curativo
serviços públicos de saúde, não
só quando reivindicam serviços
especializados, mas em diversas
outras ocasiões nas quais bus-
cam atendimento, pela enérgica
trans/travestifobia que sofrem
atrelada à discriminação por ou-
tros marcadores sociais: como
pobreza, raça/cor, aparência físi-
ca, e discriminação muitas vezes
por parte de outros usuários do
37

serviço.
OBJETIVOS
Proporcionar acesso ao serviço
prestado na unidade básica de
saúde, aos serviços especiali-
zados em ISTs e aos serviços
coligados à vigilância em saúde
do Município, deforma mais con-
fortável e menos discriminatória
a uma população sabidamente
marginalizada e discriminada tan-
to pelo seu gênero como pela sua
profissão, visto serem profissio-
nais do sexo.
METODOLOGIA
Informações foram trazidas pela
ACS da área, das dificuldades
apresentadas pelas travestis que
residem na “Casa da Duda”, onde
as moradoras tinham dúvidas
sobre os acessos aos serviços
do SUS no município. A articula-
dora em vigilância em saúde do
NEVS, promoveu a discussão e
planejamento de ações com os
profissionais da UBS, vigilância
SÃO BERNARDO DO CAMPO
A ESTRATÉGIA PARA A CAPACITAÇÃO MULTIPROFISSIONAL
EM RELAÇÃO A FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA
FABIANA AP TONETO PANIAGUA, QUELI CRISTINA BISPO DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A violência é um problema de
saúde pública em todo o mundo.
É um agravo de notificação com-
pulsória e deve ser feita por todos
os profissionais da saúde. Exis-
tem diversos tipos de violência, e
todas devem ser notificadas: físi-
ca, psicológica, sexual, negligên-
cia, lesão autoprovocada, entre
outras. A análise proveniente das
notificações pode subsidiar políti-
cas públicas e elaboração de leis.
Através desses dados temos a
evidência epidemiológica, permi-
tindo orientações e intervenções
38
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
e o gerente da casa, com a ofer-
ta de levar em um primeiro mo-
mento coleta debaciloscopia de
escarro e um bate papo informal,
explicando o acesso aos servi-
ços, promovendo a formação de
vínculo. Realizado contato com a
equipe da prevenção de ISTs, o
qual disponibilizou preservativos
para as usuárias e ofereceu par-
ceria, retornando posteriormente
à casa com testagem de sífilis e
HIV. A Odontologia da UBS tam-
bém esteve presente, para avalia-
ção e orientação.
RESULTADOS
Uma importante ação de vigi-
lância em saúde, articulada pelo
NEVS, visto que, na testagem
de sífilis foram 4 casos positivos
e foram detectados 3 mulheres
trans em abandono de tratamen-
to de HIV. Todas foram orientadas
e encaminhadas para os serviços
de referência. O vínculo começou
a ser desenhado, o programa de
IST levou informações importan-
na capacitação dos profissionais
nos serviços de saúde para o cui-
dado e a proteção às pessoas e
família sem situação de violência.
Para melhorar e qualificar o pro-
cesso de trabalho sobre a violên-
cia na UBS Vila São Pedro, houve
uma articulação entre o Núcleo
em Vigilância em Saúde - NEVS,
a vigilância de violências e a Es-
tratégia Saúde da Família – ESF.
OBJETIVOS
O objetivo deste estudo é apre-
sentar a estratégia utilizada para
capacitar a equipe multiprofis-
tes sobre hormonioterapia. Foi
confeccionada uma cartilha com
os equipamentos disponíveis na
rede e disponibilizada para o ge-
rente da casa.
CONCLUSÕES
As profissionais do sexo fazem
parte de um recorte da sociedade
que sofre com estigma sobre seu
comportamento sexual, vivendo
em importante condição de vul-
nerabilidade, do mesmo modo
que os travestis e transexuais,
isto se reflete em medo de buscar
atendimento médico e de revelar
a profissão, acarretando lacunas
no acesso e direito à saúde des-
ta população. Através de ações
como essa, onde o serviço de
saúde vai até essa população,
praticamos uma das principais
primícias do SUS, a acessibilida-
de!
PALAVRAS-CHAVE
Vigilancia. doenças.
sional da UBS Vila São Pedro
em relação a ficha de notificação
compulsória de violência inter-
pessoal e autoprovocada. Forta-
lecer o vínculo da vigilância com
a UBS.
METODOLOGIA
Foram realizadas capacitações
com pequenos grupos de cola-
boradores (NASF, enfermeiros e
médicos). Nestas capacitações
foram discutidos o preenchimen-
to da ficha de notificação, que
todos os colaboradores devem
preencher independente da cate-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
goria profissional e a importância
dos encaminhamentos para ga-
rantir os cuidados e a proteção.
Houve reuniões de equipe se-
manais para discussão de casos
isolados das violências da área
de abrangência. Cartaz informati-
vo na unidade sobre violência no
trabalho no quadro de aviso.
RESULTADOS
Os resultados foram positivos,
com aumento considerável nos
números de notificações e me-
lhora na qualidade da informa-
ção. Criação do comitê de vio-
SÃO BERNARDO DO CAMPO
NEVS EM EXPANSÃO, UMA ARTICULAÇÃO POSITIVA ENTRE
VIGILÂNCIA EM SAÚDE E A ATENÇÃO BÁSICA
FABIANA APARECIDA TONETO PANIAGUA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O NEVS como estratégia de
articulação entre as áreas
de vigilância(epidemiológica,
LMSP, SVO, sanitária, saú-
de do trabalhador, ambiental,
controle dezoonoses, CIEVS
e Comitê de MMFI) e a aten-
ção básica, foi implantado em
2018.Iniciativa de trabalhado-
res e gestores das vigilâncias,
consiste na presença de um
articulador em vs em uma UBS
e uma rede de apoio dos pro-
fissionais do Depto. de Pro-
teção à Saúde e Vigilâncias.
Até 2021 eram 5 UBSs com
o NEVS, passando para 9em
2 0 2 2:U B S Ta b o ã o, P l a n a l t o,-
SãoPedro,VlEuclides,Ferrazó-
polis,Na zareth,União,Demar-
chi e Areião. O articulador, é
um dispositivo para operar a
coprodução de coletivos com
maior capacidade de compre-
ender os determinantes singu-
lares do processo saúde-do-
ença no território da UBS e
Volume 15
lência na UBS para planejamento
de ações e discussão dos casos.
Conscientização dos profissio-
nais de saúde de que notificação
de violência é uma forma de cui-
dado com a vítima. Através da
ação com a vigilância foi possível
desmistificar mitos apresentando
a seriedade no sigilo dos dados,
evitando exposições.
CONCLUSÕES
Conclui-se que foi de suma im-
portância a conscientização das
equipes sobre o preenchimento
da ficha de notificação de violên-
produzir intervenções sobre o
risco à saúde. O NEVS derivou
outros arranjos de articulação,
para apoiar outras equipes/
UBSs que não contavam com
o articulador em vs executan-
do ações, qualificando pro-
cessos, capacitando equipes
e realizando educação sanitá-
ria.
OBJETIVOS
Fortalecer a articulação entre
as áreas de vigilância em saú-
de com a atenção básica no
município de São Bernardo do
Campo, visando a qualificação
dos processos de trabalho e
ações de promoção, preven-
ção, vigilância e proteção à
saúde.
METODOLOGIA
Aproximação das áreas técni-
cas da atenção básica, aten-
ção especializada e áreas de
vigilância para discussões,
planejamentos e pactuações.
cia, o monitoramento dos casos,
para qualificarmos o perfil epide-
miológico da área e através disso
produzir ações educativas com
os fluxos pertinentes aos diversos
tipos de violência. A articulação
com a vigilância epidemiológica
das violências e as equipes da
UBS foi primordial para alcançar
os resultados, apresentando uma
potente integração para a qualifi-
cação do cuidado.
PALAVRAS-CHAVE
Capacitação, profissional saúde.
Na atenção especializada,
particularmente as áreas de
Tuberculose e ISTs/AIDS, que
apoiam os articuladores emvs
em suas ações nestas temáti-
cas junto as equipes de ESF
das UBSs. Na atenção básica
além dos profissionais técni-
co assistenciais, a saúde bu-
cal. Discussões de estratégias
viáveis e dinâmicas em um
formato diferenciado foram
criadas para apoiar e articu-
lar tecnicamente as UBSs que
não contavam com o NEVS im-
plantado, e a saúde bucal pas-
sou a contar com o apoio dos
articuladores em vs e do CIE-
VS para a sistematização de
indicadores epidemiológicos e
análises sobre esta temática,
devolvidos as equipes.
RESULTADOS
Encontros mensais das vigi-
lâncias com os RTs enfermei-
ros das 33 UBSs, com temas
de vigilância escolhido por
39

eles, em formato bate papo,
com esclarecimentos de dú-
vidas, fluxos, casos, ações de
campo, pactuações de ações
específicas entre os setores,
nas áreas de abrangência da
UBS de acordo com a neces-
sidade. Projeto conjunto de-
senvolvido com a saúde bucal,
para a sistematização de índi-
ce CPO-d na sáreas de abran-
gência das UBSs com NEVS
para conhecimento da reali-
SÃO BERNARDO DO CAMPO
AÇÕES EDUCATIVAS SOBRE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E USO
RACIONAL DE MEDICAMENTOS POR ARTICULADORES DO NEVS
FABIANA AP TONETO PANIAGUA, ANA PAULA SEBASTIÃO DOMINGUES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Por meio de visitas domicilia-
res na área de abrangência da
UBS Areião, feitas pelos ACSs
e a articuladora em vigilância
em saúde, foram identificados
diversos pacientes com difi-
culdades na alimentação e no
uso de medicamentos contí-
nuos. A questão foi discutida
em reunião da equipe de ESF,
que desencadeou a articula-
ção do NEVS com a farmacêu-
tica da unidade e ACS para um
trabalho de orientações casa
a casa na comunidade, sobre
os assuntos. Ações educati-
vas eram necessárias quanto
ao uso racional de medica-
mentos, seu armazenamento
nas residências, práticas de
administração. A experiência
da vigilância em saúde com a
temática, através da articula-
dora em vs do NEVS, facilitou
a identificação da questão na
comunidade e articulação en-
tre os profissionais de saúde
da unidade para a educação
sanitária da população.
OBJETIVOS
40
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
dade epidemiológica de cáries
na população.
CONCLUSÕES
A articulação entre as áreas
exige proximidade e com-
prometimento dos envolvi-
dos,estratégias de comuni-
cação intensas e cuidadas,
educação permanente como
espaçode problematização
e continuidade do trabalho,
qualificação e formação pro-
Identificar os munícipes na re-
gião com dificuldades sobre
alimentação e medicamentos
e realizar ações de promoção
da saúde no local, em conjunto
com a equipe da UBS, sugerin-
do melhorias para diminuição
dos riscos à saúde vinculados
à alimentação saudável e uso
racional de medicamentos, pela
conscientização sanitária.
METODOLOGIA
O NEVS-Núcleo em Vigilância
em Saúde e equipe da UBS
AREIÃO realizaram levanta-
mento dos pacientes hiperten-
sos que utilizam medicamen-
tos, por meio do registro no
sistema EPHEALTH os quais
cada ACS monitora. A par-
tir desta identificação, visitas
casa a casa foram realizadas
com ação educativa a cada
paciente no local, envolvendo
a farmacêutica da unidade, o
ACS e a articuladora em vs do
NEVS. A orientação farmacêu-
tica é fundamental para o uso
correto dos medicamentos, e
a participação extra muros da
unidade deste profissional, no
fissional emato no encontro
com o outro. O movimento e
deslocamento dos profissio-
nais das áreasdas vigilâncias
para dentro da UBS produz
fortalecimento ao processo e
à abertura denovos olhares e
possibilidades na integração,
para ambas as equipes.
PALAVRAS-CHAVE
Estratégia , articulação, vigilância
território, foi essencial na es-
tratégia combinada de educa-
ção em saúde. Uma alimenta-
ção saudável é uma dieta que
ajuda a manter ou melhorar a
saúde, tendo sido a pauta da
visita do articulador e do ACS.
RESULTADOS
Orientadas 1 2 famílias que
fazem uso de medicação. In-
formadas sobre a presença
do farmacêutico na ubs. Estas
famílias foram orientadas so-
bre alimentação saudável e os
riscos à saúde. Distribuição de
folhetos educativos. O NEVS
articulou com as áreas das vi-
gilâncias com a atenção básica,
por meio do articulador em vs,
sendo um dispositivo de apoio
local às equipes da unidade bá-
sica de saúde na identificação
de demandas e iniciativas de
ações referentes à vigilância em
saúde.
CONCLUSÕES
As orientações para as famí-
lias territorialmente são pon-
tos positivos para implemen-
tar ações educativas sobre
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
alimentação saudável e uso
racional de medicamentos,
bem com produzir a conscien-
tização sanitária. Essas ações
envolvem equipe multiprofis-
SÃO BERNARDO DO CAMPO
A IMPORTÂNCIA DA ARTICULAÇÃO INTERSETORIAL EM
CASOS DE TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO DE ANIMAIS
FABIANA AP TONETO PANIAGUA, AMABILE OLIVEIRA ROSSANEZ, JOSE AILTON
ALVES DE OLIVEIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Demanda recebida em 07/07/2022
sobre um imóvel habitado por
um idoso de 63 anos, na área
de abrangência da UBS Planal-
to, que estava oferecendo risco
sanitário aos vizinhos. Em visita
domiciliar ao local constatou-se
a existência de aproximadamente
20 felinos, diversos materiais em
desuso, excrementos, excretas,
odores fétidos, falta de asseio e
descuido com a higiene pessoal.
O cadastrado referiu diversas co-
morbidades, demonstrava forte
vinculo afetivo aos animais. Es-
tudo realizado por pesquisado-
res da PUCRS (201 6) considera
o Distúrbio de Acumulação de
Animais uma nova categoria No-
sológica, com característica dis-
tinta de transtorno, associado à
falta de cuidado pessoal, perda
de vínculo afetivo familiar, laços
afetivos aos animais em convívio
domiciliar, em alguns casos estão
associados ao acúmulo de outros
materiais e condições precárias
de moradia. As articulações e in-
tervenções em vigilância em saú-
de para estes casos são essen-
ciais para o cuidado.
OBJETIVOS
Fortalecer a articulação interse-
toriais entre UBS, NASF, CAPS,
Volume 15
sional. O NEVS pode contribuir
em ações de intervenção nos
riscos à saúde territorialmente
nestes cenários fortalecendo
a integralidade do cuidado e
Zoonoses, SU, e familiares, para
proporcionar a redução de da-
nos, a integralidade no atendi-
mento em rede, a eliminação dos
riscos sanitários, por meio de um
olhar sobre o transtorno como
uma questão de saúde pública.
METODOLOGIA
Buscamos o envolvimento dos
familiares para intermediar a en-
trada no imóvel e no acompa-
nhamento ao serviço de saúde,
discutimos o caso nas reuniões
de equipe Saúde da Família na
UBS, encaminhamos o caso para
o NASF e CAPS, articulamos com
a Veterinária e Controle de Zoo-
noses para analisar as condições
de saúde dos animais no tocante
a vacinação e castração. Conta-
mos com envolvimento da equipe
de endemias para ações de pre-
venção as arboviroses, realiza-
mos várias visitas domiciliares ao
local em conjunto com a Agente
Comunitária de Saúde objetivan-
do, portanto, o fortalecimento do
vínculo para que ações de inter-
venções fosse possível. O articu-
lador em vigilância em saúde do
NEVS foi o ponto focal das articu-
lações e ações.
RESULTADOS
Fortalecimento do vínculo com
prevenção/promoção à saúde.
PALAVRAS-CHAVE
Comunidade, alimentação.
o idoso, envolvimento dos fa-
miliares no caso, articulação do
NEVS, engajamento da ESF em
garantir a integralidade de aten-
dimento médico, psicológico pelo
NASF e CAPS-AD. Zoonoses for-
neceu uma gaiola para a captura
dos felinos, executado pelo pró-
prio munícipe, os animais foram
levados para o procedimento de
castração e vacinação. Os fami-
liares conseguiram uma pessoa
para limpar o imóvel a cada quin-
ze dias e alguns materiais inserví-
veis foram descartados.
CONCLUSÕES
A articulação e intervenção inter-
setorial proporcionou uma refle-
xão continua sobre a necessidade
de acompanhamento sistemático
do caso. Não se constitui tarefa
fácil, pois requer muita paciência,
princípios éticos, respeito e hu-
manismo. O envolvimento de fa-
miliares é primordial, assim como
a integralidade do atendimento
com intervenção no momento
oportuno a fim de preservar o
vínculo estabelecido. O suporte
da UBS constitui um fator impor-
tante para garantir a evolução do
tratamento e bem-estar.
PALAVRAS-CHAVE
Vigilância, visita domiciliar.
41

SÃO BERNARDO DO CAMPO
CICLO DE MELHORIA NA SEPSE NEONATAL TARDIA
CIBELE LEBRÃO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A sepse neonatal é uma das con-
dições mais graves de um ne-
onato criticamente enfermo e é
importante causa de morbidade
e mortalidade. A incidência é ele-
vada, especialmente nos recém-
-nascidos pré-termo (RNPTs). A
morbidade e mortalidade signifi-
cativas justificam a preocupação
com o diagnóstico e antibioticote-
rapia adequados, acompanhados
do manejo apropriado dos distúr-
bios metabólicos, respiratórios e
hemodinâmicos. Portanto, aper-
feiçoar o cuidado na prestação de
serviços de saúde é um desafio.
A aplicação de metodologias de
melhoria continua, busca aper-
feiçoar seus produtos, serviços e
processos. Ela consiste na análise
detalhada dos processos internos
procurando quais atividades po-
dem ser melhoradas, desse modo,
busca encontrar onde estão as
ineficiências, gargalos, atrasos e
desperdícios para serem corta-
dos. Realizar a gestão da adesão
e do engajamento da equipe são
fundamentais para as mudanças
do processo de trabalho visando
a prevenção da sepse neonatal.
SÃO BERNARDO DO CAMPO
UMA EXPERIÊNCIA DE AÇÕES INTRA E INTERSETORIAIS EM
SAÚDE NAS ALDEIAS INDÍGENAS
ROSELAINE BENAVIDES PEIXOTO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em São Bernardo do Campo
existem, atualmente, três aldeias
(tekoa) Guarani Mbya: Tekoa
Guyrapaju, Tekoa Kuaray Rexakã
e Tekoa Nhanderu Mirim, localiza-
42
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
OBJETIVOS
Demonstrar as estratégias utiliza-
das como um conjunto de medi-
das que norteiam as atividades a
serem desenvolvidas na preven-
ção da sepse neonatal tardia.
METODOLOGIA
Análise documental das ações de
melhoria implantadas no HMU,
no período de 201 5 a 2021 para
controle das infecções neonatais.
Foram realizadas análises críticas
dos casos notificados que gera-
ram um pacote de medidas de
intervenção na pneumonia asso-
ciada a ventilação mecânica (PAV),
infecção do trato urinário relacio-
nada ao cateter vesical (ITU) e as
infecções primárias da corrente
sanguínea (IPCS) relacionadas ao
cateter venoso central. Demons-
trar as principais medidas vigen-
tes.
RESULTADOS
A diminuição dos casos de sepse
tardia na Neonatologia de 201 5
para 2021 foi de 92%.As principais
medidas adotadas foram geren-
ciamento do número máximo de
das no Pós-Balsa, Bairro Curucu-
tu, onde vivem cerca de 42 famílias,
aproximadamente 210 pessoas. A
água é um dos elementos funda-
mentais para a sobrevivência dos
seres vivos e os povos indígenas
punção vascular por dia, análise
crítica mensal, auditorias diárias
de processos e procedimentos,
tempo médio de permanência dos
cateteres centrais elegíveis para
instalação de PICC precocemente
preferencialmente ao cateter um-
bilical como primeira abordagem,
tempo de transição da dieta pa-
renteral para enteral e gerencia-
mento dos Bundles
CONCLUSÕES
As medidas implantadas ao longo
dos anos foi fruto de um trabalho
conjunto da equipe multidiscipli-
nar da UTI, com SCIH e gestão
do setor, possibilitando na enorme
melhora nos indicadores de resul-
tados da sepse neonatal tardia.
Apesar do aumento do número de
leitos na UTI neonatal, as implan-
tações dessas medidas contribu-
íram fortemente para minimizar
ainda mais a ocorrência dos ca-
sos de sepse/bacteremia no hos-
pital ao longo dos anos de 201 5
a 2021 .
PALAVRAS-CHAVE
SEPSE, UTI
a usam como símbolo material,
espiritual e social, em suas tradi-
ções e costumes, contudo com
a inclusão de outras culturas em
seu cotidiano, como o consumis-
mo e a globalização, os levou aos
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
problemas do mundo atual, como
à falta de água potável, e as do-
enças decorrentes destes pro-
cessos, portanto são objeto de
grande interesse para a Saúde.
A Vigilância em Saúde Ambiental
tem como universo de atuação os
fatores ambientais de riscos que
interferem na saúde humana, com
a finalidade de identificar as medi-
das de prevenção e controle dos
mesmos. Portanto sua atuação,
em todos os níveis de governo, re-
quer articulações com os diferen-
tes atores institucionais públicos,
privados e com a comunidade, a
fim de assegurar que os setores
assumam suas responsabilida-
des de atuar sobre os problemas
de saúde e de ambiente em suas
respectivas áreas.Com o intuito de
verificar a qualidade da água utili-
zadas nas aldeias, foi organizado
visitas conjuntas com os técnicos
da Vigilância em Saúde Ambiental
e os representantes das Secreta-
rias de Saúde - UBS Santa Cruz,
Meio Ambiente, Cultura, Assis-
tência Social, Cidadania e Pessoa
com Deficiência.
OBJETIVOS
Identificar as soluções alternati-
vas coletivas de abastecimento
de água (poços, minas e bicas)
utilizadas nas aldeias indígenas e
realizar a coleta da água destas
fontes para análise da sua quali-
dade e seu padrão de potabilida-
de. Articular ações conjuntas com
os órgãos competentes envolvi-
dos para que condutas integradas
sejam implementadas de forma
eficiente, a fim de assegurar que
os setores assumam suas res-
ponsabilidades de atuar sobre os
problemas de saúde e do ambien-
te em suas respectivas áreas e
sugerir melhorias para diminuição
dos riscos à saúde vinculados à
qualidade da água para consumo
humano cultivando a conscienti-
zação sanitária.
METODOLOGIA
Reuniões intra e intersetoriais com
Volume 15
a Vigilância em Saúde Ambien-
tal, os representantes do Comitê
Intersetorial de Assuntos Indíge-
nas de São Bernardo do Campo,
representados pelas Secretarias
de Saúde -UBS Santa Cruz, Meio
Ambiente e Proteção Animal, Cul-
tura, Assistência Social - SAS,
Cidadania e Pessoa com Defici-
ência, foram realizadas primei-
ramente para definir estratégias
operacionais da realização da visi-
ta em campo nas aldeias e coleta
da água para análise. Através das
visitas conjuntas nas terras indíge-
nas, foram realizados os levanta-
mentos das soluções alternativas
coletivas de abastecimento de
água utilizadas nas aldeias e reali-
zado a coleta da água destas fon-
tes, para a realização de análises
dos parâmetros (cor, turbidez, pH,
cloro residual livre, coliformes to-
tais e Escherichia coli). Posterior-
mente com o resultado das análi-
ses foi realizada uma nova reunião
com os líderes e membros das
aldeias indígenas, os integrantes
do Comitê Intersetorial de Assun-
tos Indígenas de São Bernardo
do Campo e o representante da
Fundação Nacional do Índio - Fu-
nai. Trata-se de uma atividade
permanente desenvolvida pelos
membros do Comitê, objetivando
uma melhor qualidade de vida dos
indígenas, e do meio ambiente
sustentável.
RESULTADOS
A visita em campo nas aldeias,
nos propiciou verificar que utilizam
água sem tratamento e de fontes
locais para consumo humano, hi-
gienização, criação dos animais e
irrigação agrícola. O resultado das
coletas de água realizadas nas al-
deias, indicaram que a água está
imprópria para consumo humano,
contudo como a única forma de
abastecimento de água é através
dos cursos d´água, houve a dis-
tribuição de hipoclorito de sódio
a 2,5%, e os líderes e integrantes
indígenas presentes, foram es-
clarecidos e conscientizados so-
bre a importância do uso, visto o
risco a saúde, a forma correta de
como utilizar, bem como houve a
distribuição de panfletos educa-
tivos. Foi oficializado a Fundação
Nacional de Saúde – Funasa e a
Secretaria Especial de Saúde In-
dígena – Sesai, responsáveis em
diferentes momentos pela gestão
pública do saneamento indígena,
para realizar um projeto de capta-
ção de água e efetivamente ações
de qualidade da água para consu-
mo humano nas aldeias indígenas,
incluindo a operação, a manuten-
ção, o monitoramento e a adoção
de boas práticas. Portanto, a pre-
sença do olhar coletivo especiali-
zado com os diferentes atores en-
volvidos através de ações intra e
intersetoriais, proporcionou inter-
venções “in loco” territorialmente
junto aos indígenas.
CONCLUSÕES
A coleta da água, informações e
conhecimento das terras indíge-
nas são pontos positivos para im-
plementar ações educativas sobre
vigilância da qualidade da água e
consequentemente a conscien-
tização sanitária. A criação do
Grupo de Trabalho demostrou
grande potencial de ações intra e
intersetoriais, produzindo sentido
para diferentes atores e contex-
tos a partir de uma abordagem
participativa, demostrando assim
ótima capacidade de aglutinação
temática (transversalidade), para
importantes demandas dos cam-
pos da Saúde Ambiental. Essas
ações em conjunto com os indíge-
nas, busca levar melhorias sanitá-
rias aos moradores das aldeias. A
metodologia participativa refletiu
uma tentativa de ampliar a relação
entre o governo e a sociedade civil
para o desenvolvimento territorial
a partir da capacidade de media-
ção do governo local, portanto as
ações conjuntas, apesar de ainda
ser um desafio a ser conquista-
do, é viável, e que através de um
movimento coletivo com os diver-
sos atores envolvidos na temática
43

saúde e meio ambiente, e de es-
tratégias que interdisciplinarmen-
te sejam planejadas, articuladas
e pactuadas para estruturação
SÃO BERNARDO DO CAMPO
SÍFILIS EM GESTANTE: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS
EM SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP EM 2021-2022
KEILA DA SILVA OLIVEIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A sífilis é uma infecção sexual-
mente transmissível (IST), tem
como agente a bactéria Trepo-
nema Pallidum, de acometimen-
to sistêmico e evolução crônica.
Quando adquirida durante a ges-
tação pode causar serias compli-
cações. Considerada como um
grave problema de saúde pública
a Sífilis em Gestante foi estabele-
cida como agravo de notificação
compulsória para fins de vigilância
epidemiológica desde 2005, ainda
há casos subnotificados, refletin-
do um grande risco para a trans-
missão vertical da sífilis. Possui
cura, porém quando não diagnos-
ticada e tratada precocemente,
progride ao longo dos anos por
vários estágios clínicos, que se di-
videm em sífilis recente (primária,
secundária, latente recente) e tar-
dia (latente tardia e terciária). Em
São Bernardo do Campo são rea-
lizadas análises e monitoramentos
epidemiológicos através da Vigi-
lância Epidemiológica e Centro de
Informações Estratégicas em Vigi-
lância em Saúde (CIEVS), que são
disponibilizados para o Programa
IST/HIV e Atenção Básica para
direcionar a rede de serviços de
saúde, gestores e profissionais a
fim de ajudar na identificação pre-
coce para evitar a Sífilis Congêni-
ta. Este estudo teve o objetivo de
proporcionar uma análise simples,
imprescindível para apoiar o moni-
toramento da Sífilis em Gestante e
Transmissão Vertical.
44
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
de uma rede cooperativa, é uma
prática possível, principalmente
quando amparada e estimulada
por uma boa gestão local.
OBJETIVOS
Realizar análise epidemiológica
para descrição dos casos de Sífilis
em Gestante no município de São
Bernardo do Campo em 2021-
2022, identificando o perfil epi-
demiológico em pessoa, tempo e
lugar a fim de direcionar as ações
de enfrentamento do plano de eli-
minação de sífilis. Apoiar e pro-
mover suporte técnico cientifico
através da epidemiologia para a
visualização e viabilização do ce-
nário epidemiológico no município
dos casos em sífilis. Proporcionar
informação e articulação entre as
diversas áreas e departamentos
para as ações de prevenção e
controle.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo epide-
miológico descritivo, quantitati-
vo, onde foram utilizados dados
secundários extraídos do Siste-
ma de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN) de gestantes
residentes no município de São
Bernardo do Campo que está lo-
calizado na região metropolitana
de São Paulo e possui divisão de
9 territórios de saúde. Foram uti-
lizadas as notificações do banco
com Cid 0981(Sífilis em Gestante),
no período de janeiro de 2021 a
dezembro de 2022. Para identi-
ficação do perfil epidemiológico
a análise foi realizada através de
tabulação de dados pelos progra-
mas Tabwin, EpiInfo e planilhas
de Excel. As Variáveis analisadas
PALAVRAS-CHAVE
ALDEIAS INDIGENAS
no estudo foram: Idade, raça, es-
colaridade, município e bairro de
residência, trimestre gestacional,
ano de diagnóstico, classificação
clínica, tratamento da gestante e
do parceiro. Para o cálculo de in-
cidência utilizou se a população
Sead de mulheres em idade fértil:
População geral 2021: 243.640 ha-
bitantes e População geral 2022:
242.384 habitantes. As análises
epidemiológicas são fornecidas
para gestores, reuniões com co-
mitê municipal, matriciamentos de
Unidades Básicas de Saúde, ser-
viços de saúde e capacitações de
profissionais como forma de di-
vulgação da informação, suporte
técnico, apoio e direcionamento.
RESULTADOS
Entre 2021 e 2022 foram notifica-
dos 455 casos de Sífilis em Ges-
tante (SG) no município de São
Bernardo do Campo, sendo 196
(43,17%) casos, incidência de
80,44/100mil habitantes no ano de
2021 e 259 (56,82%), incidência
de 106,85/100mil habitantes em
2022. Houve aumento de 24,33%
dos casos em relação ao ano de
2021, está variação está relacio-
nada a detecção e aumento de
testagens no município. A média
de idade 24 anos, mediana 23
com variação mínima de 13 anos
e máxima de 43 anos. A faixa etá-
ria mais acometida no período foi
20-29 anos com 289 (63,52%). A
raça mais prevalente foi a bran-
ca, com 213 (46,81%), seguida da
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
raça parda 186(40,87%) e a esco-
laridade 199 (43,73%) concluíram
até o ensino médio. O bairro com
maior número total de casos no
período foi o Montanhão com 97
(21,36%) localizado no território de
saúde 5. Com relação ao trimes-
tre gestacional, a maior parte das
gestantes estavam no 1º trimestre
da gestação 320 (70,32%). O es-
quema de tratamento mais pres-
crito foi a Penicilina G benzatina
7.200.000UI em 435 (95,60%) das
gestantes e a sífilis latente foi a
classificação clínica predominan-
te, com 428 (94,28%) dos casos.
Sobre o seguimento do parceiro,
248 (54,50%) foram tratados con-
comitantemente e 195 (42,85%)
não foram tratados.
CONCLUSÕES
SÃO BERNARDO DO CAMPO
INVESTIGAÇÃO ZOOSSANITÁRIA: CASO POSITIVO DE
LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA EM SÃO BERNARDO DO CAMPO
MARCO AURÉLIO FERREIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Leishmaniose Visceral é uma
zoonose causada por um protozo-
ário denominado Leishmania, que
necessita de um inseto vetor e de
um animal vertebrado para com-
pletar o seu ciclo. O cão é o princi-
pal reservatório da leishmaniose no
ambiente urbano. A transmissão da
doença ocorre somente por meio
da picada do flebotomíneo, vetor
da doença, que vive em locais ricos
em matéria orgânica em decompo-
sição, com presença de umidade,
ausência de movimentação de ar
e ausência parcial ou total de luz.
Não existe a cura parasitológica da
doença, no tratamento é possível
melhorar as manifestações clíni-
cas, porém, não elimina o parasi-
ta do organismo do animal. O cão
será sempre um portador do pro-
Volume 15
Conclui-se que os casos de Sífilis
em Gestante no município preva-
leceram entre as idades de 20-29
anos, raça branca, com ensino
médio concluído, o diagnóstico foi
identificado no primeiro trimestre
de gestação, com prescrição de
tratamento, tornando possível a
cura se a gestante realizar o tra-
tamento dentro do esquema pres-
crito a fim de evitar a Sífilis Con-
gênita. A detecção, diagnóstico
precoce e tratamento dos casos
são imprescindíveis para a eficá-
cia das ações de combate a Sífilis.
Além da conscientização do tra-
tamento adequado pela gestante
e seu parceiro o qual em muitos
casos não têm aceitação ou con-
tinuidade, caracterizando risco
de reinfecção para a gestante. As
análises contribuíram na compre-
tozoário e irá necessitar de acom-
panhamento do médico veterinário
o resto de sua vida. As medidas de
proteção, consistem em diminuir o
contato dos cães com os vetores.
A partir de um cão positivo em São
Bernardo do Campo-SP, o Centro
de Controle de Zoonoses traçou
estratégias para investigação e vi-
gilância do caso.
OBJETIVOS
Descrever a investigação de um
caso positivo de leishmaniose vis-
ceral canina no município de São
Bernardo do Campo-SP e rever as
estratégias de vigilância e controle
da doença.
METODOLOGIA
A partir do conhecimento de um
caso suspeito canino, foi realiza-
ensão e divulgação da informação
em saúde, com possibilidades
para futuras ações e projetos. Re-
alizar análises epidemiológicas e
comparar os dados é a principal
ferramenta para identificar a si-
tuação atual, riscos, problemas e
vulnerabilidades, pois agrega in-
formações, vão direcionar as es-
tratégias e tomadas de decisão de
gestores, serviços, profissionais
de saúde e população, auxiliando
nas medidas de prevenção, con-
trole e monitoramento dos casos
de Sífilis Adquirida, visando a mi-
tigação dos casos de Sífilis em
Gestantes.
PALAVRAS-CHAVE
diagnóstico precoce e tratamento
da a coleta de sangue para soro-
logia e punção de linfonodo com
confirmação positiva pelo Institu-
to Adolfo Lutz. Realizada vistoria
nos locais de possível infecção
(LPI), análise das características
ambientais e levantamento da po-
pulação de cães no entorno com
realização de inquérito sorológi-
co em duas áreas distintas, uma
vez que o animal positivo foi res-
gatado na região do pós-balsa e
mantido pela tutora na região do
Riacho Grande. Foram realizadas
ações educativas junto à popu-
lação, bem como, assinatura de
termo de compromisso pela tu-
tora do animal para garantir o uso
de coleira repelente e tratamento
adequado. Concomitantemente
notificamos a Secretaria de Esta-
do da Saúde e realizamos Pesqui-
sa Entomológica nas duas áreas.
45

RESULTADOS
A paisagem de ambas as áreas
é favorável a presença de flebo-
tomíneos. Em cada área realiza-
mos 120 visitas com orientação à
população e coleta de sangue de
100 cães (240 visitas e 200 amos-
tras). Com 01 resultado de cão
positivo na área do Riacho Gran-
de. Este cão é mantido no mesmo
ambiente que o primeiro animal
investigado e foi resgatado de ou-
tro município da Região Metropo-
SÃO BERNARDO DO CAMPO
AS ESTRATÉGIAS DO CONTROLE DE ZOONOSES DE SÃO
BERNARDO DO CAMPO-SP, PARA CASO AUTÓCTONE DE MALÁRIA
MARCO AURÉLIO FERREIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A malária é uma doença infecciosa
febril aguda, causada por protozo-
ários, transmitidos pela fêmea in-
fectada do mosquito Anopheles. A
maioria dos casos se concentram
na região Amazônica, endêmica
para a doença. Nas demais regiões,
apesar das poucas notificações,
observa-se uma letalidade mais
elevada. Nas regiões de Mata Atlân-
tica, os anofelinos do subgênero
Kerteszia podem ser responsáveis
por surtos ocasionais de malária.
Essas espécies têm, como criadou-
ros, plantas que acumulam água,
como as bromélias, muito comuns
nessa região. O conhecimento da
área e caracterização das espécies
serve de subsídio para definição de
áreas receptivas e para a tomada
de decisões de controle vetorial. O
seu tratamento é simples, eficaz e
gratuito, mas se não tratada pode
evoluir para forma grave e até para
óbito. Em 03 de março de 2022,
através da Vigilância Epidemiológi-
ca do município de São Bernardo
do Campo-SP, recebemos a notifi-
cação de um caso autóctone, o que
ensejou várias estratégias.
46
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
litana de São Paulo endêmica para
leishmaniose visceral canina, não
há ainda resultado da pesquisa
entomológica.
CONCLUSÕES
O município é classificado como
silencioso, vulnerável e não re-
ceptivo para leishmaniose visce-
ral. Desde 2019 mantemos o mo-
nitoramento de casos da doença
em cães, conforme protocolo
com a confirmação pelo Instituto
OBJETIVOS
Investigar e montar estratégias de
vigilância e controle vetorial para a
Malária no munícipio de São Ber-
nardo do Campo/SP.
METODOLOGIA
Investigação zoossanitária in loco
por técnicos do Centro de Contro-
le de Zoonoses e da Secretaria de
Saúde do Estado de São Paulo.
Visita casa a casa para orientação
pela equipe de Combate à dengue
com realização de bloqueio pa-
drão para controle de mosquitos.
Entrevista com familiares do caso
autóctone notificado, instalação de
armadilha de barraca de Shannon,
com uso de aspiradores elétricos
de pequeno e grande porte, realiza-
do no peridomicílio para captura de
mosquitos e a produção de folheto
informativo sobre a Malária.
RESULTADOS
A vigilância entomológica resul-
tou em 04 amostras, contendo 12
Anopheles (Kertezia) cruzzii, espé-
cie vetora implicada na transmissão
da doença nessa região. Não foi re-
Adolfo Lutz, o acompanhamen-
to do tratamento ou eutanásia,
o uso de coleira repelente, reali-
zação do inquérito sorológico e
ações educativas. Essa é a pri-
meira vez que temos um animal
positivo sem origem conhecida.
O caso ainda está em investiga-
ção podendo alterar a classifica-
ção atual.
PALAVRAS-CHAVE
LEISHMANIOSE VISCERAL
alizado o exame de PCR nas amos-
tras, sendo assim, não há a informa-
ção se estavam infectados. Trata-se
de uma área de mata, com 20 imó-
veis no entorno, todos visitados e
orientados pela equipe de Combate
à dengue, com controle mecânico e
larvicida. Foi produzido um folheto
sobre a Malária para subsidiar as
ações de educação em saúde.
CONCLUSÕES
A equipe técnica do Controle de
Zoonoses, não observou a pre-
sença de árvores com bromélias
em abundância na localidade, nem
cultivo de flores e cultura de subsis-
tência. Acompanhou e participou
da captura dos Anophelinos e pela
quantidade capturada em pouco
tempo, podemos concluir que o
município tem uma presença con-
siderável deste vetor. O que requer
um olhar atento, com o objetivo de
orientar o planejamento das ações
de rotina, bem como, o acompa-
nhamento e avaliação para controle
da doença.
PALAVRAS-CHAVE
Controle de Zoonoses
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO BERNARDO DO CAMPO
WEBINAR: INOVAÇÃO EM SAÚDE EM TEMPOS DE PANDEMIA.
ESTRATÉGIA INTERSECRETARIAL CONTRA AS ARBOVIROSES
MARCO AURÉLIO FERREIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Arboviroses são doenças causadas
pelos chamados arbovírus, que in-
cluem o vírus da dengue, zika vírus,
febres chikungunya e amarela. São
afecções multifacetadas, com sé-
rios agravos à saúde da população.
As condições climáticas, como
temperaturas elevadas, mostram
relação importante na transmissão
dessas doenças. Características
sazonais em relação ao tempo,
influenciam na proliferação do Ae-
des aegypti, principal vetor dessas
arboviroses. As ações humanas
contribuem para a sua proliferação,
que viabilizam criadouros artificiais,
permitindo sua manutenção e infes-
tação. As estratégias de educação,
comunicação, mobilização social
são fundamentais. Assim, a Secre-
taria de Saúde, por meio do Con-
trole de Zoonoses e a Secretaria de
Educação, produziu uma Webinar,
a fim de capacitar professores da
rede municipal de ensino, para tra-
tar a temática de forma transversal
como estratégia de mobilização so-
cial visando o Dia D da Dengue a
ser realizado em 19/11/2022.
OBJETIVOS
Capacitar profissionais da rede mu-
nicipal de educação de São Bernar-
SÃO BERNARDO DO CAMPO
O USO DA TECNOLOGIA SISAMOB PARA COLETA DE DADOS DE
CAMPO DA DENGUE EM SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP
MARCO AURÉLIO FERREIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Dengue é uma doença viral
causada por arbovírus, que são
Volume 15
do do Campo-SP, sobre a temática
das arboviroses, na busca de estra-
tégias pedagógicas, dentro de um
contexto educando para a saúde,
permitindo ao aluno participar ativa
e criticamente no seu cotidiano de
forma a mobilizar sua comunidade,
incentivando das ações cotidianas.
METODOLOGIA
A estratégia foi organizada dentro
do comitê das Arboviroses em julho
de 2022. Utilizando-se da platafor-
ma virtual StreamYard, com trans-
missão simultânea via Youtube por
meio do Nead (Núcleo de Educação
a Distância) da Secretaria de Educa-
ção do município de São Bernardo
do Campo-SP, para a dissemina-
ção de conhecimentos sobre as
Arboviroses, com a participação de
técnico especialista da Divisão de
Veterinária e Controle de Zoonoses.
Abordando as estratégias do con-
trole do vetor, como o manejo am-
biental, a vigilância entomológica,
ações de educação em saúde e a
importância da mobilização social e
da intersetorialidade para promoção
e prevenção da saúde.
RESULTADOS
Realização da Webinar intersecre-
tarial Saúde e Educação em 04 de
vírus transmitidos pelo mosqui-
to Aedes aegypti, que se proli-
fera em ambientes onde existe
outubro de 2022, com transmis-
são on-line com a participação de
1.811 profissionais da educação
assistindo ao vivo, interação por
meio de 408 perguntas via chat. O
vídeo permanece disponível com
mais de 13.700 visualizações no
youtube, demonstrando o grande
alcance do evento. A Secretaria
de Educação emitiu uma REDE
as unidades escolares municipais,
com orientação para uma semana
de mobilização e para o DIA D da
dengue em 19/11/2022
CONCLUSÕES
Ações de educação e comunica-
ção em saúde sobre as arboviro-
ses, exige a elaboração de estra-
tégias dialógicas que fomentem o
agir comunicativo e a transforma-
ção das práticas cotidianas, além
de uma visão holística do problema
em questão, afinal, a prevenção e
o controle das arboviroses depen-
dem da participação comunitária. A
adesão por parte da Secretária de
Educação em articular a Webinar
demonstra a importância destes
eventos, com estratégias articula-
das e pactuadas intersetorialmente.
PALAVRAS-CHAVE
EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO.
água parada. Apesar de ampla-
mente conhecida hoje, a den-
gue não é uma doença nova.
47

Pessoas de todas as idades po-
dem ser infectadas com o vírus
da dengue. Contudo, pessoas
mais idade estão em maior risco
de desenvolver os casos graves
da dengue, que podem levar à
morte. Indivíduos com doenças
crônicas, como diabetes ou hi-
pertensão, e pacientes imuno-
deficientes também estão no
grupo de risco para maior gravi-
dade e risco de morte. Caracte-
rísticas sazonais em relação ao
tempo, influenciam na prolifera-
ção do Aedes aegypti, principal
vetor da dengue. Com o avan-
ço tecnológico e a necessidade
de maior agilidade no processo
de coleta de dados de campo
das atividades do programa de
controle de dengue, a Superin-
tendência de Controle de Ende-
mias (SUCEN) desenvolveu uma
ferramenta que permite aos mu-
nicípios e estado fazer a coleta
de dados de forma automática.
Isso permite uma maior agilida-
de na informação e análise dos
dados para tomada de decisão.
Tendo em vista a dificuldade em
atingir a meta de visitar 80%
dos imóveis cadastrados a cada
ciclo, explorar essa ferramenta
de trabalho para otimizar as vi-
sitas de Dengue, processo de
digitação e principalmente au-
mentar a produção de visitas
OBJETIVOS
Capacitar os Agentes Comu-
nitários de Saúde e Agente de
Controle de Endemias para co-
leta de dados de trabalho de
campo da dengue por meio do
dispositivo chamado Sisamob,
que é integrado ao sistema Si-
saweb – base oficial do estado
de São Paulo para registro das
informações de controle de ve-
tores. A ferramenta permite a
coleta de dados dando maior
agilidade na informação e aná-
lise dos dados para tomada de
decisão. Fazer a implantação
48
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
do sistema em 09 Unidades Bá-
sicas de Saúde como projeto
piloto.
METODOLOGIA
A estratégia do uso da Tecno-
logia da Informação por meio
do dispositivo Sisamob foi dis-
cutida junto aos técnicos da
Superintendência de Controle
de Endemias do Estado de São
Paulo no início do segundo se-
mestre de 2022 e discutida den-
tro do comitê das Arboviroses.
Em seguida foi organizado jun-
to ao Departamento de Apoio
a Gestão (DAG) uma forma de
viabilizar a instalação do dis-
positivo Sisamob nos tablet´s
dos Agentes Comunitários de
Saúde. Em 01/09 uma técnica
da SUCEN capacitou profissio-
nais da Divisão de Veterinária e
Controle de Zoonoses, do NEVS
(Núcleo em Vigilância em Saú-
de) do Departamento de Prote-
ção à Saúde e Vigilâncias e do
Departamento de Atenção Bási-
ca do município sobre o uso do
dispositivo tecnológico. A partir
daí foi montado um cronogra-
ma de capacitação de Agentes
Comunitários de Saúde em 09
Unidades Básicas de Saúde
(UBS) que tem profissionais do
NEVS que fazem a articulação
entre o Departamento de Vigi-
lância e a UBS em seu território.
A partir daí começou a implan-
tação dos registros dos dados
no dispositivo nestas unidades,
os dados estão sendo avalia-
dos, a segunda fase do projeto
será a implantação em todas as
33 Unidades Básicas de Saúde
do município de São Bernardo
do Campo/SP e posteriormente
também pelos Agentes de Con-
trole de Endemias.
RESULTADOS
Em 01/09/2022 foram capaci-
tados por técnicos da SUCEN
22 profissionais de saúde no
auditório da Divisão de Veteri-
nária e Controle de Zoonoses e
entre 21/11/2023 e 19/12/2023
foram capacitados 144 Agen-
tes Comunitários de Saúde
nas respectivas UBS: União;
Vila Euclides; Vila São Pedro;
Ferrazópolis; Areião; Planalto;
Nazareth; Taboão e Demarchi.
Já é possível observar um au-
mento das visitas domiciliares
de dengue comparadas aos ou-
tros meses. O município de São
Bernardo do Campo/SP é o pri-
meiro do Estado de São Paulo
a utilizar a ferramenta para os
Agentes Comunitários de Saú-
de.
CONCLUSÕES
Com a implantação da ferra-
menta de forma definitiva no
município de São Bernardo do
Campo/SP em todos os terri-
tórios tanto pelos Agentes Co-
munitários de Saúde, quanto
pelos Agentes de Controle de
Endemias, o gestor conseguirá
interpretar os dados gerados
pelas diversas atividades de
controle de vetor executadas e
servir como apoio à tomada de
decisões, permitindo a geração
de mapas de forma automática
e simples e com a possibilidade
de emissão de relatórios, com
geração de gráficos tornando
a análise, apenas fazendo uso
do sistema, com a mesma sim-
plicidade com que se emite um
relatório tabular. Assim espera-
-se que o recurso otimize o tem-
po do trabalho de campo, bem
como o processo de digitação e
lançamento do sistema. O que
se espera é que com a implan-
tação do sistema em todo muni-
cípio a meta de 80% em imóveis
domiciliares visitados em cada
ciclo seja atingida de forma
mais eficiente
PALAVRAS-CHAVE
TECNOLOGIA
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO BERNARDO DO CAMPO
O NEVS NA UBS REPRESA: UM ENFOQUE NO
MONITORAMENTO DA SÍFILIS
FABIANA TONETO, ILVANA PEREIRA DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A sífilis é uma infecção se-
xualmente transmissível que
constitui grave problema de
saúde pública apesar da exis-
tência de medidas eficientes
de diagnóstico, tratamento e
prevenção1. É causada pelo
Treponema pallidum. A doen-
ça é curável, porém se não
tratada, pode evoluir para for-
mas mais graves ao longo de
muitos anos, comprometendo
especialmente os sistemas
nervoso e cardiovascular 2. Na
gestação, se não tratada ade-
quadamente pode levar a sífi-
lis congênita, podendo acar-
retar graves consequências ao
concepto. Além disso, aumen-
ta o risco de aquisição do HIV
2. Devido à alta incidência de
Sífilis adquirida, em gestantes
e de sífilis congênita, se faz
importante a detecção e o mo-
nitoramento desses pacientes
para o controle e prevenção
da transmissão vertical 2. To-
dos os profissionais de saúde
devem estar aptos a reconhe-
cer as manifestações clínicas
da sífilis, além de saber inter-
pretar os resultados dos exa-
mes laboratoriais para confir-
mar o diagnóstico e monitorar
a resposta do tratamento2
OBJETIVOS
Volume 15
Aprimorar o monitoramento
dos pacientes com sífilis, res-
gatar pacientes sem acom-
panhamento e fortalecer os
fluxos de diagnóstico e mo-
nitoramento nas equipes da
UBS Represa.
METODOLOGIA
Foi realizado o levantamento
de todas as receitas médicas
com prescrição de tratamento
de sífilis na farmácia da UBS
dos anos de 2021 e 2022. A
partir daí, foi realizado um le-
vantamento de todos os pa-
cientes notificados para a vi-
gilância epidemiológica e para
o programa IST/AIDS do muni-
cípio, além de um levantamen-
to minucioso dos prontuários
e dos exames laboratoriais
desses pacientes, resgatando
assim vários pacientes com
tratamento inadequado ou
sem acompanhamento. Cada
paciente foi colocado em uma
planilha para monitoramento
de acordo com o histórico le-
vantado. Além disso foi intro-
duzido um caderno de monito-
ramento com todos os fluxos
desde o diagnóstico, trata-
mento e acompanhamento
além de intensificar as orien-
tações para toda a equipe.
RESULTADOS
Foram encontrados 13 casos
de sífilis adquirida dos anos de
2021 e 2022 sem notificação
e acompanhamento, muitos
do serviço privado, os quais
passaram a ser acompanha-
dos pela equipe da UBS.Além
disso, foi intensificada a bus-
ca de gestantes, parceiros e
crianças em acompanhamen-
to. Intensificação no monitora-
mento de tratamentos e cole-
tas de VDRL em data oportuna
através da confecção de um
caderno e uma planilha para
monitoramento dos pacientes.
CONCLUSÕES
Após as estratégias de arti-
culação junto às equipes da
UBS, com a vigilância epi-
demiológica e com o progra-
ma IST/AIDS, alcançamos o
objetivo de intensificação do
monitoramento e controle de
sífilis dos pacientes da UBS
Represa, além de fortalecer as
equipes em relação ao conhe-
cimento e melhoria dos fluxos.
Com isso houve aumento de
notificações e do índice de
tratamentos adequados, além
de aumento na busca ativa de
coletas de VDRL de controle
em data oportuna, alcançando
os objetivos propostos.
PALAVRAS-CHAVE
Monitoramento
49

SÃO BERNARDO DO CAMPO
IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO EM VIGILÂNCIA
EM SAÚDE (NEVS) NA UBS UNIÃO
FABIANA TONETO, ANDRESSA BEZERRA SOBRAL LIMA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As vigilâncias são plurais, comple-
xas e requerem desenvolvimento
para maior efetividade de suas
ações, diante disto, o Núcleo em
Vigilância em Saúde – NEVS, que
pertence ao Departamento de
Proteção à Saúde e Vigilâncias
(DPSV), realizou em junho de 2022
a implantação do NEVS da Unida-
de Básica de Saúde (UBS) União.
A Unidade pertence ao território 7,
e foi escolhida a partir de critérios
como, perfil socioeconômico, po-
pulação cadastrada na UBS, área
de manancial, problemas com
grandes e pequenos animais, nú-
mero de notificações compulsó-
rias de doenças, agravos e even-
tos em saúde pública, indicadores
de imunização, entre outros.
OBJETIVOS
Aprimorar, implementar e quali-
ficar processos de trabalho por
meio de um profissional treinado
em todas as áreas de vigilância
para articular, apoiar e executar “in
loco” ações de vigilância na UBS.
Devendo ir a campo junto com as
equipes do PSF conhecer o terri-
SÃO BERNARDO DO CAMPO
AÇÕES CONJUNTAS DO ARTICULADOR EM VIGILÂNCIA EM
SAÚDE COM OUTRAS SECRETARIAS E ATENÇÃO BÁSICA
FABIANA TONETO, CARLOS EDUARDO MARINHO GARON
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Bairro Cooperativa ganhou um
novo olhar para percepção de as-
50
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
tório, a fim de identificar e propor
ações com o olhar de vigilância
em saúde.
METODOLOGIA
A implantação do NEVS na UBS
União consistiu em um cronogra-
ma de 30 dias, onde as equipes
das Vigilâncias (Epidemiológica,
Sanitária, Imunização, Ambiental,
CEREST, Zoonoses, Laboratório
de Saúde Pública e Serviço de
Verificação de Óbito) estiveram “in
loco” dando apoio ao articulador
do NEVS, participando das reu-
niões de equipe, técnica e geral,
apresentando as especificidades
de cada área das vigilâncias, seus
fluxos, preenchimento das noti-
ficações, formas de orientações
para a população e entrega de
materiais educativos. Após os 30
dias de implantação, mantendo-
-se a retaguarda à distância pelos
trabalhadores e gestores de cada
área do DPVS.
RESULTADOS
Foram obtidos resultados muito
positivos desde a implantação,
sendo que o maior fator de agre-
gação é estar inserido no dia a dia
suntos pertinentes às Vigilâncias
em Saúde. Com seu território di-
versificado, abrangendo empre-
da UBS, podendo auxiliar na reso-
lução de demandas da VS com a
agilidade exigida e de forma eficaz.
Com o apoio das equipes está
sendo possível dar devolutivas de
números e dados epidemiológicos
mês a mês a toda a unidade, in-
centivando a gestão à vista, para
que juntos consigamos propor e
criar ações visando a promoção e
prevenção à saúde da população
CONCLUSÕES
A UBS União atende a uma área
de muitas vulnerabilidades, locais
de difícil acesso e muitas deman-
das complexas. Ser facilitadora
da VS em um território tão carente
de políticas públicas e sociais tem
sido um desafio e alegria, pois a
cada demanda solucionada ou
apenas facilitada, torna-se em
uma recompensa diária de satis-
fação. A união entre Atenção Bá-
sica e o Núcleo em Vigilância em
Saúde – NEVS, tem fortalecido as
necessidades da população, na
ótica da integralidade da atenção
à saúde
PALAVRAS-CHAVE
PROMOÇÃO, SAÚDE
sas, escolas, vários condomínios
e até um CDP, possui muitas de-
mandas envolvendo as vigilâncias:
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
Sanitária, Saúde do Trabalhador,
Zoonoses, Epidemiológica e Am-
biental. A população é altamente
dependente do SUS, causando
um alto número de demandas
dentro da UBS, que é a porta de
entrada do paciente. A Vigilância
em Saúde tem por objetivo a aná-
lise e monitoramento da situação
de saúde da população, articulan-
do um conjunto de ações desti-
nadas a controlar determinantes,
riscos e danos à saúde de popu-
lações, garantindo a integralidade
da atenção, o que inclui tanto a
abordagem individual como cole-
tiva dos problemas de saúde. A in-
tegração do NEVS, do DPSV, ESF
e as interações com outras Se-
cretarias, foram primordiais para
os resultados obtidos desde sua
implantação.
OBJETIVOS
Prevenir doenças, agravos e aci-
dentes em geral por meio de de-
mandas territoriais trazidas por
moradores do bairro e pelo olhar
crítico do ponto de vista da Vigi-
lância contribuindo para o desen-
volvimento de estratégias e ações
a serem executadas.
SÃO BERNARDO DO CAMPO
O PAPEL DO ARTICULADOR EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE –
NEVS SBC NA BUSCA ATIVA DOS PACIENTES COM SILICOSE
FABIANA TONETO, QUELI CRISTINA BISPO DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A silicose é uma doença pulmonar
causada pela inalação continua
e constante da sílica cristalina,
quando instalada nos pulmões
enrijece as estruturas pulmonares,
que precisam ser flexíveis facili-
tando a entrada e saída de ar, é re-
lacionada entre as pneumoconio-
ses de notificação compulsória ao
CEREST (vigilância em saúde do
Volume 15
METODOLOGIA
O articulador do NEVS levou ca-
sos e situações do território, ao
Depto de Proteção à Saúde e Vi-
gilâncias, buscando orientações,
ações e processos de trabalho
conjuntos com as Vigilâncias e ou-
tras Secretarias, visando melhoria
da qualidade de vida e prevenção
à saúde, tais como: desratização
em diversos locais, retirada de
lixo acumulado em antigo teatro,
educação em saúde para a po-
pulação, reorganização de fluxos
de assuntos relacionados às Vi-
gilâncias dentro da UBS, parceria
com CDHU para Informações de
prevenção nos jornais dos condo-
mínios, elaboração de materiais
informativos para a população,
participações em ações conjun-
tas com a UBS, principalmente no
Setembro Amarelo, convocação e
tratamento de 95% dos pacientes
testados positivos para Sífilis do
território, dentre outros.
RESULTADOS
Foram obtidos resultados muito
positivos das ações realizadas
durante todos os meses desde a
implantação do NEVS na UBS Na-
trabalhador), por ser relacionada a
ambientes de trabalho, como mar-
morarias, carvoarias e garimpo A
exposição a sílica é reconhecida
como agente causador de diver-
sas doenças, os casos diagnos-
ticados devem ser notificados ao
SUS, por meio da ficha de notifi-
cação do SINAN e a previdência
social por meio do CAT- Comuni-
cado de acidente de Trabalho pre-
zareth. Diversas parcerias foram
feitas, demandas encaminhadas
a Zoonoses, CIEVS, Secretaria da
Educação, Secretaria da Habita-
ção, CDHU, Serviços Urbanos,
Limpeza Urbana, Defesa Civil,
dentre outras. Destacamos que
diversas doenças podem ter sido
evitadas. É muito importante que
as parcerias e a retaguarda téc-
nica continuem, pois no território
ainda há muito a ser trabalhado.
CONCLUSÕES
Com ações desenvolvidas pelas
Vigilâncias e Secretarias, a popu-
lação e os profissionais da UBS,
entenderam a importância do
olhar de risco à saúde, monitora-
mento, e notificação de diversos
casos do território, e o compar-
tilhamento de demandas para o
articulador em vigilância em saú-
de articular com setores respon-
sáveis, realizar ações, direcionar
problemas, apoiar criação de po-
líticas públicas e compreender a
situação epidemiológica, magni-
tude e gravidade dos fatores de
risco do território.
PALAVRAS-CHAVE
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
enchida pelo médico. A principal
medida de prevenção é o controle
de situações de risco inalatório
na geração e na disseminação de
aerossóis nos ambientes de traba-
lho. O controle de emissão de né-
voas e poeiras se estende ao meio
ambiente de modo a evitar danos
à saúde da população vizinha aos
estabelecimentos empregadores
51

OBJETIVOS
Articular os casos de silicose com
os departamentos de proteção
à saúde e vigilâncias e atenção
básica, apresentar a importância
da prevenção, e do tratamento
oportuno como forma de reduzir
a gravidade da doença de silico-
se. Fortalecer para equipe da UBS
a importância das notificações
compulsórias
METODOLOGIA
O articulador do NEVS e a equipe
de ACS realizaram a busca ativa
em toda área de abrangência da
UBS. Como ferramentas foram
utilizadas rodas de conversas em
reuniões de equipe explicando
sobre a doença. O CEREST em
reunião com os articuladores em
vigilância em saúde do NEVS,
orientou a busca ativa desses
casos, visando conscientização
e capacitação de todos. OS pa-
cientes foram encaminhados para
SÃO BERNARDO DO CAMPO
AS AÇÕES DOS ARTICULADORES DO NEVS SBC JUNTO DAS
EQUIPES DA ATENÇÃO BÁSICA NO SETEMBRO AMARELO
FABIANA TONETO, SILVANA PEREIRA DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O suicídio é um importante pro-
blema de saúde pública trazendo
impactos para toda sociedade.
Segundo a Organização Mundial
da Saúde- OMS (201 9), estima-se
que mais de 700.000 pessoas se
suicidam no mundo, sendo a 4ª
causa de morte entre jovens de 1
5 a 29 anos no mundo (OMS, 201
9). O suicídio é um fenômeno com-
plexo e multifatorial, porém pode
ser prevenido com intervenções
individuais e coletivas (Ministério
da SaúdeMS, 2021 ). A prevenção
do suicídio é uma das prioridades
do Ministério da Saúde apresen-
tando ações estratégicas para
promoção da saúde, vigilância e
52
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
tratamento na policlínica e no IN-
COR, articulado pelo CEREST,
mantendo o acompanhamento
com a equipe da ESF da UBS.
Participação da equipe do NEVS
no curso de pneumoconiose mi-
nistrado pela equipe do INCOR.
A partir daí iniciou-se um trabalho
de prevenção e educação sobre a
doença através das ações educa-
tivas aos profissionais da unidade
e busca ativa de caráter epidemio-
lógico.
RESULTADOS
Articulação entre a UBS, NEVS
e vigilância em saúde do traba-
lhador - CEREST. Qualificação
dos profissionais de saúde para
identificação de casos suspeitos,
manejo e prevenção da doença
silicose. Trabalho de prevenção,
educação, esclarecimento sobre
a doença por meio de ações edu-
cativas aos profissionais do NEVS
e UBS. Busca ativa de casos na
prevenção do suicídio sugerindo
ações relacionadas à qualificação
da vigilância e ao fortalecimento
das ações de promoção da saúde,
prevenção do suicídio e atenção
às vítimas de tentativas de suicí-
dio e seus familiares. Desde 2006,
com a publicação da Portaria nº
1 .876, de 1 4 de agosto de 2006
que instituiu as Diretrizes Nacio-
nais para a Prevenção do Suicídio,
o MS vem desenvolvendo ações
neste campo (MS, 201 7).
OBJETIVOS
No contexto do setembro amare-
lo, mês de prevenção do suicídio
visamos ações de qualificação da
vigilância como formação para as
área de abrangência da unidade.
Fortalecimento da vigilância em
saúde do trabalhador por meio da
articulação do NEVS. Importância
da Notificação Compulsória
CONCLUSÕES
Articulação entre a UBS, NEVS
e vigilância em saúde do traba-
lhador - CEREST. Qualificação
dos profissionais de saúde para
identificação de casos suspeitos,
manejo e prevenção da doença
silicose. Trabalho de prevenção,
educação, esclarecimento sobre
a doença por meio de ações edu-
cativas aos profissionais do NEVS
e UBS. Busca ativa de casos na
área de abrangência da unidade.
Fortalecimento da vigilância em
saúde do trabalhador por meio da
articulação do NEVS. Importância
da Notificação Compulsória.
PALAVRAS-CHAVE
AÇOES EDUCATIVAS
equipes sobre a importância do
monitoramento e notificação de
lesões autoprovocadas e de vio-
lências em geral, além da cons-
cientização da população e oferta
de cuidado
METODOLOGIA
Cada articulador do NEVS desen-
volveu ações junto com as equipes
das UBSs; ações na temática da
prevenção do suicídio. As UBSs
participantes foram: Taboão, Pla-
nalto, Vila Euclides, Jd. Nazareth,
Ferrazópolis, Areião, Vila União,
Vila São Pedro e Demarchi. Todas
as ações foram voltadas para a
importância do monitoramento e
notificação de lesões autoprovo-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
cadas e de violências em geral,
além da conscientização da po-
pulação e oferta de cuidado. Fo-
ram utilizadas várias ferramentas e
ações diversas como: confecção
de folheto informativo e de cons-
cientização sobre a prevenção do
suicídio, painéis interativos com
frases de valor da vida, caixinha
do desabafo, caminhada da cons-
cientização, rodas de conversas e
cinema com as equipes e com a
população.
RESULTADOS
Foram obtidos resultados muito
positivos das ações realizadas
durante todo o mês de setembro.
Todas as equipes se envolveram
nas ações e isso foi de suma im-
portância para o conhecimento e
divulgação de informações úteis
e desmistifica a necessidade de
atenção e cuidado com os senti-
SÃO BERNARDO DO CAMPO
AVALIAÇÃO QUALITATIVA DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE SBC, 2022
FABIANA TONETO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A dengue é uma arbovirose ur-
bana transmitida por mosquitos
do gênero Aedes e possui como
agente etiológico o vírus dengue
(DENV), com quatro sorotipos
distintos.Doença febril aguda,
sistêmica e dinâmica, que pode
apresentar um amplo espectro
clínico, variando de casos assin-
tomáticos a graves.Endêmica no
município com potencial epidê-
mico, exige constante vigilância e
monitoramento. A operacionaliza-
ção de um sistema de vigilância
em saúde da dengue efetivo, em
um município de grande porte é
um desafio, como em São Ber-
nardo do Campo-SP, com uma
população estimada em 849.874
hab.(IBGE, 2021 ), demandando
Volume 15
mentos. Houve um aumento con-
siderável na procura dos usuários
gerando a criação de grupos de
saúde mental. Houve também um
aumento nas notificações de vio-
lência nas UBSs onde as ações
foram desenvolvidas.
CONCLUSÕES
Graças às ações desenvolvidas,
as equipes entenderam a impor-
tância do monitoramento e notifi-
cação dos casos de violência para
a garantia de intervenção e dire-
cionamento do cuidado além de
subsidiar políticas públicas e na
compreensão da situação epide-
miológica. Conhecer a magnitude
e a gravidade das violências é de
suma importância para as equipes
de saúde para planejamento das
ações. A integração do Núcleo de
Vigilância e das equipes da Aten-
ção Básica foi primordial para os
revisões e avaliações. Uma ava-
liação pode indicar se o agravo
está sendo monitorado de forma
eficiente e efetiva e/ou apontar a
necessidade de implementações
e modificações para fortalecer
e qualificar o sistema, para atin-
gir o seu objetivo de monitorar e
intervir no risco à saúde da po-
pulação, prevenir a transmissão
de casos, controlar epidemias e
evitar a ocorrência de óbitos pelo
agravo.
OBJETIVOS
Avaliar o atributo qualitativo sim-
plicidade do sistema de vigilân-
cia epidemiológica da dengue do
município de São Bernardo do
Campo de acordo com as Upda-
ted Guidelines for Evaluating Pu-
resultados obtidos
PALAVRAS-CHAVE
INTEGRAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA
SAÚDE. Suicídio, World Health
Organization. Disponível em: < ht-
tps://www.who.int/newsroom/fact-
sheets/detail/suicide>. Acesso em
21 set. 2022. BOLETIM EPIDEMIO-
LÓGICO DA SECRETARIA DE VIGI-
LÂNCIA EM SAÚDE DO MINISTÉ-
RIO DA SAÚDE. Brasília: Ministério
da Saúde, set.2021 . Vol. 52. AGEN-
DA DE AÇÕES ESTRATÉGICAS
PARA A VIGILÂNCIA E PREVEN-
ÇÃO DO SUICÍDIO E PROMOÇÃO
DA SAÚDE NO BRASIL 201 7 A
2020. Brasília: Ministério da Saúde,
201 7.
blic Health Surveillance Systems
do Centers for Diseases Control
and Prevention (CDC) dos EUA.
METODOLOGIA
O atributo simplicidade refere-se
à estrutura e facilidade de opera-
ção do sistema. Foi avaliado na
perspectiva do desenho do siste-
ma de vigilância da dengue sobre
os seguintes aspectos: o registro
do evento, o processamento e
análise de eventos por meio da
facilidade de coleta e consolida-
ção dos casos, o tipo de análi-
se de dados e a informatização;
distribuição das informações do
evento (métodos de divulgação
de informações e relatórios e o
acesso a estes); uso das informa-
ções (interpretação dos achados
53

e utilização para a ação de vigi-
lância em saúde). Foi desenhado
dois fluxogramas do sistema de
vigilância da dengue no município
para a avaliação na perspectiva
de sua operacionalização.
RESULTADOS
Fluxograma 1 e 2 nas imagens.
Demostrou complexidade de de-
talhes e os vários setores e profis-
sionais envolvidos. Há interação e
articulação entre os diversos sa-
beres desde o conhecimento do
território, assistência, informática,
mapas, análises epidemiológicas,
entomologia, entre outros. Ra-
pidez e qualidade das informa-
ções, permitindo a intervenção
direta na transmissão da doença
de modo assertivo minimizando o
risco à saúde da população.
CONCLUSÕES
A disseminação das informações
é um componente forte neste sis-
tema, permitindo o conhecimen-
to da propagação da doença em
SÃO BERNARDO DO CAMPO
TUBERCULOSE PULMONAR E DENGUE? O NÚCLEO EM
VIGILÂNCIA EM SAÚDE - NEVS JUNTO A ESF, NA PREVENÇÃO
FABIANA TONETO, QUELI CRISTINA BISPO DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Tuberculose pulmonar é uma
doença infecciosa altamente
transmissível que afeta prioritaria-
mente os pulmões, podendo co-
meter outros órgãos ou sistemas.
Causada pelo Mycobacterium tu-
berculosis ou bacilo de Koch. Os
sinais e sintomas são tosse seca
e persistente, com evolução para
tosse produtiva, cansaço exces-
sivo, febre vespertina, sudorese
noturna e emagrecimento acen-
tuado, em casos mais graves
comprometimento respiratório.
A transmissão é direta através
54
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
tempo oportuno e sua sazonali-
dade.Concluímos ser um sistema
simples de fácil operacionalização
por sua estruturação bem defini-
da,mas complexo pelo detalha-
mento de procedimentos para
a garantia de uma informação
consistente e ágil. Atualização de
processos de trabalhos,devem
ocorrer sempre que necessário
para que o sistema de vigilância
da dengue mantenha o objetivo
pretendido.
PALAVRAS-CHAVE
VIGILANCIA, DENGUE
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Se-
cretaria de Vigilância em Saúde.
Coordenação-Geral
de Desenvolvimento da Epide-
miologia em Serviços. Guia de
Vigilância em Saúde :
volume único [recurso eletrônico]
/ Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em
Saúde, Coordenação-Geral de
de gotículas, onde comunidades
com alta densidade populacional
são mais vulneráveis para propa-
gação da doença, característica
encontrada na área de abran-
gência da UBS. O diagnóstico é
realizado através da baciloscopia
baseado em evidências clínicas,
ou através de busca ativa de pa-
cientes em maior risco. Ações
territoriais de prevenção e vigi-
lância ativa dos fatores de risco
de transmissão são primordiais
para o controle da doença. A
UBS possui um território com alta
densidade populacional e famílias
Desenvolvimento da Epidemiolo-
gia em Serviços. – 3ª.
ed. – Brasília : Ministério da Saú-
de. Cap.7 p. 41 1 a 423. Acesso
em 06 de outubro de
2022. Disponivel em: https://
www.paho.org/pt/topicos/den-
gue EUA. Updated Guidelines
for Evaluating Public Health Sur-
veillance Systems do Centers for
Diseases Control and
Prevention (CDC). July,21 , 2001
. 50(RR1 3);1 -35. Disponível em:
https://www.researchgate.net/
profile/LisaLee- 29/publication/51
40871
8_Updated_Guidelines_ for_
Evaluating_Public_Health_Sur-
veillance_Syst
ems_Recommendations_from_
the_Guidelines_
Working_Group/links/54048b3b-
0cf2c48563b0
b0de/Updated-Guidelines-for-
-EvaluatingPublic-Health-Sur-
veillance-SystemsRecommenda-
tions
com diversas vulnerabilidades.
OBJETIVOS
Apresentar a importância da pre-
venção como forma de reduzir a
transmissão, planejar ações de
busca ativa para controle da do-
ença por meio da articulação do
NEVS com a UBS . Demostrar a
relevância do articulador em vigi-
lância em saúde localmente junto
aos profissionais da atenção pri-
mária a saúde.
METODOLOGIA
Em reunião de equipe, com a par-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
ticipação do articulador do NEVS,
discutiu-se as áreas de maior ris-
co de transmissão partindo da
concentração de casos em trata-
mento ativo. Dessa forma elabo-
rou se um projeto para realizar a
busca de pacientes sintomáticos,
com posterior coleta de bacilos-
copia para controle da doença no
território. Ação conjunta do arti-
culador e ACSs foi desencadea-
da na realização de casa a casa
na procura de pacientes elegíveis
para investigação. Esta ação dis-
parou um movimento macro na
unidade, expandindo a busca
de sintomáticos no momento da
casa a casa de dengue, nos mu-
tirões realizados semanalmente,
onde todos os ACSs de todas as
equipes da UBS participam vi-
sando o controle das arboviroses,
SÃO BERNARDO DO CAMPO
ARTICULADORES EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE NEVS, CENTRO
DE CONTROLE DE ZOONOSES E EQUIPES ESTRATÉGIA SAÚDE
FABIANA APARECIDA TONETO PANIAGUA, NAYRA MANCINI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Um dos principais problemas
de Saúde Pública no Brasil e no
mundo, a dengue, é uma doença
tropical que atinge anualmente
de 50 a 80 milhões de pessoas,
em mais de 100 países, incluindo
o Brasil, sendo 20 mil, aproxima-
damente o número de mortos. O
ambiente dos centros urbanos fa-
vorece sobremaneira a dispersão
e a elevação da densidade das
populações do Aedes Aegypti,
o vetor transmissor, havendo fa-
lhas nas estratégias de combate,
assim, a circulação dos vírus da
dengue se estabeleceu e se ex-
pandiu, passando a constituir um
grave problema de saúde pública.
(199, p13). A partir de 1999 a sa-
zonalidade das infecções pelos
vírus da dengue torna-se muito
Volume 15
potencializando as ações de pre-
venção e promoção a saúde em
relação a tuberculose
RESULTADOS
No momento da busca ativa, foi
realizado educação em saúde
sobre sinais/sintomas de tuber-
culose de forma verbal e escrita,
através de panfletos, fornecido
também recipiente para coleta,
no caso de pacientes sintomáti-
cos e posterior entrega da amos-
tra, para o responsável do setor
de vigilância interna da unidade.
Esta ação gerou a análise de 6
amostras de sintomáticos, todos
com resultado negativo. Otimi-
zação do trabalho sistematizado
para arboviroses com a agrega-
ção da prevenção da Tuberculo-
se.
evidente na maioria dos estados.
Este padrão sazonal, tem sido ex-
plicado em virtude das condições
de temperatura e umidade da es-
tação, observadas em grandes
extensões do território brasileiro.
(TEIXEIRA, BARRETO E GUER-
RA,1999). Aos municípios cabem
as ações de bloqueio da trans-
missão, vigilância epidemiológica
e entomológica, ampliação do sa-
neamento, notificação dos casos,
coleta de material para sorologia
e isolamento viral, organização de
plano de contingência que inclui
assistência e mobilização social
e a busca de estratégias locais
para o controle da doença.
OBJETIVOS
Realizar ações de qualificação
em vigilância em saúde, desen-
volvendo ações de mobilização
CONCLUSÕES
No momento da busca ativa, foi
realizado educação em saúde
sobre sinais/sintomas de tuber-
culose de forma verbal e escrita,
através de panfletos, fornecido
também recipiente para coleta,
no caso de pacientes sintomáti-
cos e posterior entrega da amos-
tra, para o responsável do setor
de vigilância interna da unidade.
Esta ação gerou a análise de 6
amostras de sintomáticos, todos
com resultado negativo. Otimi-
zação do trabalho sistematizado
para arboviroses com a agrega-
ção da prevenção da Tuberculo-
se.
PALAVRAS-CHAVE
DENGUE, TURBECULOSE
e conscientização da população/
Equipe Saúde da Família; forma-
ção para as equipes das UBS
reforçando a importância em
manter o ambiente domiciliar e o
peridomicílio livres de criadouros
do vetor
METODOLOGIA
O articulador do NEVS em par-
ceria com o coordenador e a su-
pervisora da dengue do território,
solicitou uma “conversa” com o
gerente da unidade e o seu res-
ponsável técnico, com o intuito
de fortalecer as ações de com-
bate e enfrentamento à dengue.
Considerando que os estudos
apontam que ampliar o conheci-
mento sobre a dengue é algo mui-
to positivo, reduzindo a incidência
de casos, pactuamos a participa-
ção do coordenador e/ou super-
55

visor da dengue nas reuniões de
equipes e reuniões gerais, para a
construção de novas estratégias,
considerando o contexto pós
pandemia onde algumas ações
foram “esquecidas”, como a di-
minuição das visitas realizadas e
ainda a resistência dos munícipes
em abrir a porta
RESULTADOS
Apesar de recente foi percebido
resultados positivos. Todas as
equipes tiveram acesso a infor-
mação, entenderam a importân-
cia e seriedade do problema e
mostraram engajamento no pro-
cesso de melhoria dos resultados.
Houve um aumento significativo
no casa a casa que são as visitas
realizada pelos agentes comuni-
tários de saúde. Um aumento no
SÃO BERNARDO DO CAMPO
ESTRATÉGIAS PARA O CONTROLE DO SARAMPO NO
MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP
KEILA DA SILVA OLIVEIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Sarampo é uma doença exan-
temática, transmissível, viral, al-
tamente contagiosa podendo ser
em alguns casos uma doença
fatal. De acordo com a Organi-
zação Mundial da Saúde (OMS),
entre crianças menores de 5 anos
de idade é uma das principais
causas de morbimortalidade1,2.
Em contexto global no ano de
2018 mais de 140.000 pessoas
morreram de sarampo. Para o
ano de 2019 até o novembro esti-
mou-se que mais de 413.000 ca-
sos da doença foram notificados
no mundo3. Com a reemergência
do sarampo no Brasil, tornou se
necessário reconhecer a impor-
tância dessa doença no contexto
de saúde pública e seus fatores
correlacionados, sendo de extre-
ma relevância pensar em formas
56
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
preenchimento do boletim de ati-
vidades de vigilância e controle.
E ainda, com a participação do
responsável técnico do territó-
rio que entendeu a gravidade da
situação, solicitou que a partici-
pação da equipe do Controle de
Zoonoses fosse realizada nas de-
mais unidades de saúde do terri-
tório 1, composto por 3 UBSs. O
envolvimento de um profissional
de vigilância integrado a rotina
da equipe de estratégia saúde da
família é de extrema importância
para o desenvolvimento de um
trabalho com maior qualidade,
pois ambos caminham através do
mesmo propósito
CONCLUSÕES
Como resultado da participação
da equipe do Controle de Zoo-
de promover a eliminação da do-
ença no País e obter novamente a
certificação de país livre da circu-
lação do sarampo4,5. A doença
acometeu vários munícipios do
Estado de São Paulo, dentre eles
o município de São Bernardo do
Campo que apresentou transmis-
são sustentada da doença no ano
de 2019 com interrupção e cessa-
ção dos casos em 2021 5,6. Dian-
te do cenário de epidemia é de
grande relevância estudos apro-
fundados desta doença de alto
potencial de disseminação, bem
como sua vigilância e monitora-
mento para obter conhecimentos
que ajudem na gestão, implanta-
ção e implementação de ações
para o enfrentamento da doença.
O presente estudo teve como ob-
jetivo descrever as estratégias e
as medidas de prevenção e con-
noses, do Articulador do NEVS
às reuniões de equipes e reuni-
ões gerais, as equipes das UBSs
entenderam a importância em
mobilizar e conscientizar a po-
pulação da remoção do lixo, re-
tirada de utensílios que possam
acumular água parada, comba-
tendo o Aedes aegypti e reduzin-
do a incidência das enfermidades
que ele transmite. Juntos, a área
de vigilância em saúde articulada
com a atenção básica, potencia-
liza a prevenção, monitoramento,
promoção e proteção à saúde
evitando surtos e epidemias das
doenças causadas pelo vetor
PALAVRAS-CHAVE
SAUDE PUBLICO
trole que contribuíram no enfren-
tamento da doença no município.
OBJETIVOS
• Descrever e compartilhar as
principais estratégias, ideias e
experiências que foram realiza-
das para prevenção, controle e
enfrentamento durante a epide-
mia de sarampo no município
de São Bernardo do Campo. •
Implementar, apoiar, qualificar,
aperfeiçoar e promover estra-
tégias de prevenção, detecção,
tratamento, monitoramento dos
casos de sarampo de acordo
com as diretrizes do Ministério da
Saúde, Conasems e CVE/CIEVS-
-SP. • Estruturar, proporcionar e
estabelecer adequação dos ní-
veis de resposta e melhor articu-
lação entre os diferentes pontos
de atenção à saúde para mitigar
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
e interromper a transmissão da
doença no município. • Apoiar e
promover suporte a gestão muni-
cipal e rede de atenção à saúde.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descri-
tivo, qualitativo, com finalidade
de mostrar e compartilhar as
estratégias que foram utilizadas
e ajudaram nos anos de 2019
a 2022, controlar e interromper
os casos de Sarampo no muni-
cípio. O município de São Ber-
nardo do Campo está localizado
na região metropolitana de São
Paulo com população 849.874
hab/IBGE2022. Foram adotadas
estratégias que foram fundamen-
tadas e estruturadas em quatro
níveis. Estas estratégias e ações
foram guiadas de acordo com o
Plano de Contingência para Res-
posta às Emergências em Saúde
Pública do Sarampo, seguindo
os níveis de reposta que foram
subdividos em 4 níveis descritos:
Nível 0-Monitoramento de casos
suspeitos de sarampo no País,
sem confirmação. Nível 1-Identi-
ficação de caso importado ou re-
lacionado à importação, com in-
terrupção da transmissão em até
90 dias. Nível 2-Persistência de
transmissão do sarampo por mais
de 90 dias, restrita a uma unidade
federada (UF). Nível 3-Persistên-
cia de transmissão do sarampo
por mais de 90 dias, envolvendo
mais de uma UF. No plano a sub-
divisão de níveis é para unidades
federadas, portanto as ações dos
níveis foram implementadas e or-
ganizadas com adaptação para à
realidade e cenário epidemioló-
gico do município para nortear e
ajudar de forma estruturada o en-
frentamento durante a epidemia
de sarampo em São Bernardo do
Campo. A identificação de cada
nível foi norteada pelos Boletins
de Notificação Semanal nacional,
estadual e monitoramento e vigi-
lância municipal.
RESULTADOS
Volume 15
Na avaliação Nível 1 em 2019, foi
identificado que a primeira notifi-
cação suspeita de sarampo ocor-
reu na SE 21, onde foi realizada
confirmação de 1 caso importado
(homem, 35 anos), tendo como
fonte contato com caso confir-
mado de sarampo no local de
trabalho. A vigilância epidemioló-
gica em conhecimento do cenário
iniciou análises diárias para forta-
lecer a detecção oportuna dos
casos e disparou alertas. Foi cria-
do planilha interna de doenças
exantemáticas. Atualização e es-
tabelecimento de fluxo assisten-
cial para manejo e casos. Capa-
citações para aumentar o número
de profissionais treinados para
registro das fichas de notificação
e monitoramento do Sistema de
Informações de Agravos (SINAN).
Adaptação/Implementação de
ferramenta de notificação: A ficha
de notificação foi implementada
no verso com informações com-
plementares, que no município
é de preenchimento obrigatório.
Identificação de áreas de risco
propagação do sarampo. Além
de promover a vigilância epide-
miológica ativa, o trabalho em
conjunto com a gestão articula-
da entre as diversas áreas para
o desenvolvimento das ações e
atividades de prevenção e con-
trole da rede de saúde. Criação
de grupo de gestão para o recebi-
mento dos e-mails de sinalização
de bloqueios, enviados para rede
de Atenção Básica executar blo-
queio oportuno. Bloqueio vacinal
em até 72 horas da identificação
do caso suspeito. Campanhas
nacionais, ação de intensificação,
tendas de vacinação e orienta-
ções em eventos, visando ampliar
a proteção da população.
CONCLUSÕES
As estratégias utilizadas demons-
tram impactos positivos que con-
tribuíram para a mitigação e por
fim interrupção da transmissão
com a cessação dos casos. Não
houve óbitos pela doença no mu-
nicípio. As estruturações dentro
dos Níveis do Plano de Respos-
ta ajudaram de forma concisa
no direcionamento das ações.
Medidas especificas diferencia-
das como implementação da fi-
cha de notificação, capacitação,
análises e monitoramento foram
imprescindíveis. As estratégias
de bloqueio vacinal articuladas
com a atenção básica e vigilância
epidemiológica contribuíram para
maior cobertura de vacinados e
diminuição dos casos. O fator pro-
tetor mais eficiente é a vacinação.
A vacinação é a estratégia mais
efetiva de prevenção para evitar a
doença. Portanto são estratégias
fundamentais contra o sarampo:
1.Vigilância epidemiológica ativa,
qualidade nas informações, res-
posta rápida. 2. Ações e articu-
lações em rede, campanhas de
vacinação, bloqueios, promoção
do conhecimento, capacitações
de manejo clínico e imunização.
3.Monitoramento e análise das
doenças exantemáticas e seus
indicadores. 4. Promover o alcan-
ce da cobertura vacinal. 5.Manu-
tenção e atualizações dos planos
de ação e contingência para dire-
cionar todos os gestores, profis-
sionais e comunidade.
PALAVRAS-CHAVE
Sarampo, Doenças Exantemáti-
cas, Vacinação, Surto
BIBLIOGRAFIA
1. WORLD HEALTH ORGANIZA-
TION (WHO), Measles. Disponível
em . Acesso em 05
de julho de 2020. 2. ORGANI-
ZAÇÃO PAN - AMERICANA DA
SAÚDE (OPAS).
Sarampo. Disponível em . Acesso
em 01 de janeiro de 2022. 3. OR-
GANIZAÇÃO PAN -
AMERICANA DA SAÚDE (OPAS).
Mais de 140 mil morrem de sa-
rampo no mundo à
medida que casos aumentam.
Disponível em . Acesso em 12 de
julho de 2020. 4. S.S.
PORTO; Et al. Incidência das do-
57

enças exantemáticas infantis nas
regiões brasileiras.
Brazilian Journal of Health Re-
view, Curitiba, v.4, n.1, p 1706-
1717 jan./feb. 2021 5. SÃO
PAULO, Secretaria da Saúde. In-
forme Epidemiológico. Situação
Epidemiológica do
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
VIGILÂNCIA DA ESPOROTRICOSE HUMANA NO MUNICÍPIO DE
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP: UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA
ANA PAULA MUNHOZ BOLGUE GASPARINI, MARCIA WAKAI CATELAN, PRISCILA
FUSCO COSTA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Esporotricose é uma micose de
implantação globalmente distri-
buída, frequente na América La-
tina e Ásia, causada por fungos
do gênero Sporothrix. A forma
humana tem evolução subaguda
ou crônica, geralmente benigna
e restrita à pele e vasos linfáticos
adjacentes, acarretando úlceras,
nódulos e abscessos. As espé-
cies do fungo mais comuns no
Brasil são Sporothrix brasiliensis
e S. schenckii. O S. schenckii foi
descrito pela primeira vez nos Es-
tados Unidos em 1898. No Bra-
sil, os primeiros casos em seres
humanos foram descritos em
1907. Desde os anos 80, o gato
é o principal agente transmissor
da doença ao homem, especial-
mente no Brasil, devido à sua
domesticação e livre circulação
na vizinhança. Conforme Guia de
Vigilância em Saúde, observou-
-se o crescimento descontrolado
do número de casos de Espo-
rotricose nas regiões metropo-
litanas das capitais das Regiões
Sudeste e Sul nos últimos anos.
Concomitantemente, o município
de São José do Rio Preto, pelo
projeto de monitoramento da Es-
porotricose felina realizado pelo
Centro de Controle de Zoonoses
do munícipio também estava re-
58
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Sarampo no Estado de São Paulo
em 23 de agosto de 2019. BEPA;
16 (188). São
Paulo, SP, 2019. Disponível em: .
Acesso em 12 de julho de 2020.
6. BRASIL, Ministério
da Saúde. Secretaria de Vigilân-
cia em Saúde. Departamento de
gistrando um aumento gradativo
do número de gatos positivos
para a doença, principalmente
entre os anos de 2016 a 2020.
Dessa maneira, levantou-se o
questionamento quanto aos pos-
síveis casos humanos da doença
e assim medidas foram realizadas
para diagnóstico precoce dos ca-
sos, diagnóstico laboratorial com
apoio do Instituto Adolfo Lutz-
-SJRP (IAL) e, consequentemente
dispensação de tratamento em
tempo oportuno
OBJETIVOS
Contextualizar a implementação
da Vigilância de Esporotrico-
se humana no município de São
José do Rio Preto a partir de 2018,
após o diagnóstico situacional do
aumento de casos de Esporotri-
cose felina no município. Garantir
diagnóstico clínico e laboratorial
precoce, tratamento em tempo
hábil e identificar áreas de risco
no município.
METODOLOGIA
Diante do cenário preocupante
da epidemia da doença, ações
como: informe clínico foi encami-
nhado no final de 2018 a todos os
profissionais de saúde para sen-
sibilizar as equipes com informa-
ções quanto à clínica, tratamento,
Vigilância das Doenças
Transmissíveis. Plano de Contin-
gência para Resposta às Emer-
gências de Saúde
Pública: Sarampo. 1º Ed, 64.p.
Brasília, DF, 2019. [Recurso ele-
trônico]. Disponível em: .
Acesso em 20 de julho de 2020.
medidas de controle e quanto à
forma felina da doença. Em 2019,
criada ficha de notificação de ca-
sos suspeitos de Esporotricose
Humana e habilitada no Sistema
de Informação de Agravos de No-
tificação (SINAN Net). Além disso,
criado fluxograma de atendimen-
to de casos suspeitos de Esporo-
tricose Humana e encaminhado à
todas as unidades de Saúde para
orientação quanto a definição de
caso, coleta de material, notifica-
ção e dispensação de tratamento.
Com o apoio do IAL, foram dispo-
nibilizados meios de cultura para
coleta de amostra de lesão ulce-
rada a fins de diagnóstico labora-
torial. Assim, foram determinadas
seis unidades de referência para
coleta. A fim de aumentar o nú-
mero de notificações e sensibili-
zar mais ainda os profissionais de
Saúde, capacitações presenciais
foram realizadas em Dezembro
de 2022 e a fim de qualificar as in-
formações da investigação inicial
dos casos, a ficha de notificação
foi atualizada. Para este trabalho
foi realizado estudo transversal,
utilizando epidemiologia des-
critiva para relatar a situação da
Esporotricose humana no muni-
cípio.
RESULTADOS
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
O município de São José do Rio
Preto a fins de diagnostico territo-
rial foi delimitado em 10 macroá-
reas, sendo elas Central, HB, Vila
Toninho, Cidade da Criança, CEU,
Bosque, Pinheirinho, Talhado, Re-
presa e Schmitt. Além disso, con-
ta com 28 unidades de saúde que
são consideradas como áreas
de abrangência no município. As
seis unidades de referência para
coleta foram selecionadas em
diferentes macroáreas a fim de
facilitar o deslocamento da po-
pulação. As unidades elencadas
foram Jaguaré, Parque Industrial,
Solo Sagrado, Santo Antônio, Vila
Toninho e Vetorazzo. O IAL dispo-
nibiliza dois meios de cultura para
cada uma dessas unidades para
coleta de lesão ulcerada em ca-
sos suspeitos de Esporotricose.
Do início de 2019 com a implan-
tação da Vigilância de Esporotri-
cose humana até Dezembro de
2022 foram notificados 104 casos
de Esporotricose Humana, sen-
do 89 casos confirmados para o
agravo. Destes, 32 foram confir-
mados laboratorialmente. Dos 89
casos confirmados para Esporo-
tricose Humana, 71 % dos casos
são do sexo feminino e 29% do
sexo masculino. As faixas etárias
predominantes foram dos 20 aos
59 anos, correspondendo a 74%
dos casos confirmados. Destes,
30% corresponde a faixa etária
de 50 a 59 anos. Das macroáre-
as, a maioria dos casos ocorreu
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
MONITORAMENTO DE ESCORPIONISMO
CAMILA SANTANA DE OLIVEIRA, CESAR LEANDRO JERONIMO, FRANCISCO DE
SOUZA PONTES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Considerando o elevado núme-
ro de acidentes causados por
escorpiões, acima da incidência
dos anos anteriores, demons-
trando agravo de importância
Volume 15
nas áreas Central e Pinheirinho,
sendo 19% dos casos confir-
mados em ambas. As áreas de
abrangência com maior número
de casos confirmados foram Ma-
ria Lucia, Vetorazzo e Santo Anto-
nio com 12,3%, 11,2% e 7,9% dos
casos respectivamente.
CONCLUSÕES
A Esporotricose humana vem
sendo descrita como uma do-
ença relacionada a hábitos e
condições de vida. Locais com
condições ambientais desfavorá-
veis, somado à grande presença
de felinos sem assistência pre-
ventiva e/ou após doentes sem
assistência tornam-se áreas de
risco favoráveis para esse ciclo
de transmissão entre felinos e
homem. Com a implantação da
Vigilância da Esporotricose Hu-
mana foi possível identificar que
para melhoria da saúde humana,
animal e ambiental cabe um tra-
balho de abordagem intersetorial
constante e fortalecido. Dessa
maneira, a vigência da Vigilância
da Esporotricose Humana soma-
da ao Projeto de Ações da Es-
porotricose Felina realizado pelo
Centro de Controle de Zoonoses
do munícipio é um processo de
trabalho conjunto para melhoria
das ações, identificação de ca-
sos mais rapidamente e garantir
qualidade de vida aos munícipes.
PALAVRAS-CHAVE
Municipal, com aumento da gra-
vidade, elevado número de ou-
vidorias e pontos de descartes
irregulares, bem como, a elevada
ocorrência de acidentes na faixa
etária de risco, cito crianças com
Vigilância, Esporotricose
BIBLIOGRAFIA
1. Brasil. Ministério da Saúde. Se-
cretaria de Vigilância em Saúde.
Coordenação-Geral de Desenvol-
vimento da Epidemiologia em Ser-
viços. Guia de Vigilância em Saú-
de [recurso eletrônico] / Ministério
da Saúde, Secretaria de Vigilância
em Saúde. Coordenação-Geral de
Desenvolvimento da Epidemiolo-
gia em Serviços. – 5. ed. – Brasília
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: il. Modo de acesso: World Wide
Web: https://bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/guia_vigilancia_
saude_5ed.pdfISBN 978-65-5993-
102-6 2. Orofino-Costa R, Freitas
DF, Bernardes-Engemann AR, Ro-
drigues AM, Talhari C, Ferraz CE,
et al. Human sporotrichosis:Re-
commendations from the Brazilian
Society of Dermatology for the cli-
nical, diagnostic and therapeutic
management. An Bras Dermatol.
2022; 97:757---77. DOI referente
ao artigo: https://doi.org/10.1016/j.
abd.2022.07.001. 3. Prefeitura do
Município de São Paulo. Secretaria
Municipal da Saúde. Coordenado-
ria de Vigilância em Saúde – CO-
VISA. Nota técnica 09 DVE/DVZ/
COVISA/2020 – Vigilância e Manejo
Clínico da Esporotricose Humana
no Município de São Paulo. Dis-
ponível em: https://www.prefeitura.
sp.gov.br/cidade/secretarias/uplo-
ad/saude/Nota%20tecnica%20
09%20d
idade menor que 14 anos. Des-
de 2020 a Vigilância Ambiental
vem atuando no monitoramento
e mapeamento de todos os aci-
dentes, ocorridos por picada de
escorpião, bem como a notifica-
59

ção do avistamento desses ani-
mais registrados pela canal ofi-
cial ouvidoria da saúde, através
do software ArcGIS, desenvolvi-
do em parceria com a Gerência
de Informação de Vigilância em
Saúde/ Departamento de Moni-
toramento (atualmente). A partir
dos dados inseridos, o sistema
georreferencia esses acidentes,
possibilitando que em campo os
agentes de saúde, através do ta-
blet realizem o atendimento das
notificações, vistoriando os imó-
veis verificando se há ambiente
propício para o animal, orientan-
do munícipe quanto as medidas
preventivas, bem como outros
encaminhamentos. Esse sistema
nos proporciona de forma rápi-
da a visualização das áreas com
maior incidência de acidentes,
tornando os direcionamentos das
ações, de educação, captura no-
turna e ações de manejo ambien-
tais, mais eficientes
OBJETIVOS
Diagnosticar e estratificar áreas
de risco para intensificação de
ações de vigilância e controle do
escorpião, com foco na redução
da infestação, do escorpionismo
e da mortalidade, reduzindo o nú-
mero de acidentes por escorpião
em humanos, com desenvolvi-
mento de ações de educação
em saúde, mobilização social,
integração com intersetorialida-
de e manejo ambiental e conse-
quentemente, reduzir o número
de óbitos, por meio do estímulo
à qualificação e atualização dos
profissionais que prestam assis-
tência aos acidentados, com foco
no tratamento oportuno e ade-
quado;
METODOLOGIA
Os atendimentos de notificação
de escorpião, seja ele acidente
ou avistamento começaram a ser
inserido em sistema próprio de-
senvolvido pelo software ArcGIS,.
A partir dos dados inseridos, o
sistema georreferencia essas
60
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
notificações possibilitando que
em campo os agentes de saúde,
através do tablet realizem o aten-
dimento das notificações, visto-
riando os imóveis verificando se
há ambiente propício para o ani-
mal, orientando munícipe quan-
to as medidas preventivas, bem
como, outros encaminhamento.
Realizamos o atendimento das
seguintes demandas: OUVIDO-
RIAS: As ouvidorias são registra-
das diretamente pelos técnicos
da Coordenação de Ouvidoria,
A partir do registro, a demanda
é encaminhada automaticamen-
te via sistema para Gerência de
Controle de Vetores – Vigilância
Ambiental para atendimento casa
a casa. Neste momento uma
equipe especializada é direciona-
da até o endereço da solicitação
para orientações e encaminha-
mentos pertinentes, bem como
busca ativa diurna do animal.
ACIDENTE COM ESCORPIÃO:
Todas as ocorrências de acidente
por escorpião residentes do mu-
nicípio de São José do Rio Preto,
deverão ser atendidas por equi-
pe especializada, que realizará
atendimento e investigação in
loco, orientando sobre meios de
prevenção e em caso de irregula-
ridades ambientais em quaisquer
circunstâncias, seja ela no en-
dereço do acidente, encontro ou
em suas proximidades, dá-se os
encaminhamentos pertinentes a
cada demanda.
RESULTADOS
Com a facilidade do georrefe-
renciamento em tempo real das
notificações de avistamento e
acidentes com escorpiões, são
desencadeadas as ações especí-
ficas para cada área do município
de São José do Rio Preto. Este
serviço já resultou 2000 atendi-
mentos a domicílios de pessoas
acidentadas por picada de es-
corpião e e/ou avistamento do
animal, 17 feiras educacionais e
105 capturas noturnas, até janei-
ro de 2023. As priorizações de
ação são baseadas com análises
de diversos indicadores, como
relevo, cluster de acidentes, e
cluster de ouvidorias. A captura é
voltada para as áreas que o siste-
ma aponta serem de maior risco,
priorizando locais onde a popula-
ção exposta tenha risco elevado
de evoluir com gravidade e óbito
por este tipo de acidente, como
escolas e unidades de saúde.
Essa captura ocorre no período
noturno, executada pelos técni-
cos da Vigilância Ambiental. As
ações de manejo ambientais são
realizadas em imóveis de risco,
bem como através do Programa
Mutirão da Limpeza e da Saúde
desenvolvido em conjunto com a
Secretaria Municipal de Serviços
Gerais, visando a eliminação de
possíveis abrigos para escorpi-
ões.
CONCLUSÕES
A compilação e análise do histó-
rico de todos os dados referentes
à prevalência e localização dos
acidentes, índice de aparecimen-
to de escorpiões, locais onde há
identificação de imóveis de ris-
co, locais onde há historicamen-
te e culturalmente a pratica de
descarte irregular de resíduos,
áreas onde culturalmente existe
a pratica da venda de materiais
recicláveis, dados pluviométri-
cos, de temperatura, de postos
de visitas e bueiros, construção
de novos loteamentos, pontos
estratégicos, pontos de apoio,
linhas de comercio de carga e
descarga, de contrução civil, de
madeireiras, de horti frutis, den-
tre outros, são um dos fatores e
indicadores que podem interferir
no direcionamento e precedência
das ações de cada área de risco.
Com análise georreferenciada, é
possível incorporar diferentes va-
riáveis, possibilitando uma avalia-
ção epidemiológica mais asser-
tiva e consequentemente melhor
direcionamento de ações de pro-
moção, prevenção e controle de
escorpiões.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
PALAVRAS-CHAVE
escorpião; vigilância.
BIBLIOGRAFIA
1. Brasil. Ministério da Saúde.
Manual de diagnóstico e trata-
mento de acidentes por
animais peçonhentos.Ministério
da Saúde, 2 ed. – Brasília-DF:
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
PROJETO PILOTO PARA A REALIZAÇÃO DE AÇÕES EM
ESPOROTRICOSE PELO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES
DANIEL HENRIQUE DE CAMARGO ABRAHÃO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O monitoramento da esporotri-
cose realizado pelo Centro de
Controle de Zoonoses (CCZ)
municipal vinha registrando um
aumento gradativo do número
de gatos positivos na cidade de
São José de Rio Preto. No perí-
odo compreendido entre os anos
de 2016 até 2020 foi observado
um significativo crescimento da
doença. No ano de 2020 foram
contabilizados 206 casos positi-
vos em um total de 270 amostras
analisadas. O grande aumento na
incidência da doença em felinos
no decorrer dos anos fez com
que o CCZ iniciasse novas ações
de trabalho para conter a disse-
minação da esporotricose no mu-
nicípio objetivando controlar sua
expansão e consequente acome-
timento de humanos. Juntou-se a
isso também a percepção de que
o corpo técnico do CCZ mostra-
va-se desgastado profissional e
emocionalmente com o grande
número de ocorrências de espo-
rotricose cuja única alternativa
naquele momento era a eutanásia
dos animais, mesmo esta sen-
do uma zoonose curável. Dessa
forma, pensando em implemen-
tar o monitoramento e o controle
da doença, mudar os processos
Volume 15
Fundação Nacional de
Saúde, 2001. 120 1. Zoonose. I.
Fundação Nacional de Saúde. 2.
Amaral NAC, Soares
MLM,Silva Araújo CJ, Souza Al-
ves BM, Guimarães ALS. Análise
dos casos de
acidentes escorpiônicos no Bra-
sil. Revista Saúde. v. 10, n.1 (ESP),
de trabalho, entender melhor a
doença, seu tratamento e mane-
jo, iniciou-se o Projeto de Ações
em Esporotricose, onde a oferta
dessa assistência aos animais
passou a dar uma esperança de
vida para felinos acometidos pela
doença.
OBJETIVOS
O presente projeto tem por ob-
jetivo analisar a viabilidade da
implantação do tratamento da
esporotricose felina na cidade de
São José do Rio Preto – SP, no
intuito de diminuir/evitar o acome-
timento de humanos e reduzir ao
mínimo estritamente necessário
o número de eutanásias dos ani-
mais. O projeto está sob a coor-
denação do Centro de Controle
de Zoonoses (CCZ), mediante
realização do tratamento de ga-
tos errantes capturados. Serão
avaliadas as respostas clínicas
frente da utilização do itracona-
zol no tratamento dos animais
diagnosticados, com ênfase na
regressão das lesões e/ou dos
sintomas respiratórios, velocida-
de de cicatrização das feridas,
possíveis reações adversas e re-
sistência do microrganismo frente
ao tratamento aplicado. O proje-
to também vai realizar ações de
2016 3. Brasil.
Ministério da Saúde. Manual de
controle de escorpiões. Secreta-
ria de Vigilância em
Saúde, Departamento de Vigi-
lância Epidemiológica. – Brasília,
2009. 72p. : il. – (Série B.
Textos Básicos de Saúde) ISBN
978-85-334-1573-7
educação em saúde, monitora-
mento dos casos suspeitos e po-
sitivos no município e visitas nas
residências com casos positivos
em animais, os quais deverão es-
tar devidamente inseridos no pro-
grama de tratamento.
METODOLOGIA
Foi realizada a implantação de
algumas atividades adicionais no
Centro de Controle de Zoonoses,
para controle e tratamento da es-
porotricose felina, promovendo
assim o controle da doença em
humanos. A metodologia des-
sas atividades foi dividida em: •
Ações internas: separação de fe-
linos com esporotricose para tra-
tamento, organização de manejo
dos animais em baias e gaiolas,
além do entendimento do trata-
mento seguro; • Ações externas:
trabalho realizado visando o mo-
nitoramento dos casos suspeitos
e positivos, vistorias técnicas de
locais suspeitos, educação em
saúde de profissionais e publico
em geral e tratamento de animais
com tutoria.
RESULTADOS
Entre julho de 2021 e janeiro de
2023 o projeto contabilizou como
positivos para esporotricose e
61

colocou em tratamento um total
de 291 animais. Desses, 151 ani-
mais ainda estão em tratamento,
distribuídos entre os que estão
iniciando a medicação no pre-
sente mês, até aqueles que em
breve serão considerados cura-
dos e disponibilizados para ado-
ção especial. Os 140 animais res-
tantes distribuem-se da seguinte
forma: Totalmente curados: 38
animais. Retirados do projeto por
desistência do tutor, óbito por
motivos que não a esporotrico-
se: 102 animais. O percentual de
cura em números parciais está
em 24,66%. A primeira etapa do
processo de educação em saúde
foi realizado com a guarda muni-
cipal, em especial com a equipe
que faz o monitoramento da re-
gião da represa municipal, local
onde há muitos gatos errantes
distribuídos em colônias e se faz
necessário esse conhecimento
mais apurado sobre a doença.
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
FEIRA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL
CAMILA SANTANA DE OLIVEIRA, LUIZ ALBERTO FEBOLI FILHO, CESAR LEANDRO
JERONIMO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Feira de Educação em Saúde
Ambiental foi motivada pelo fato
da importância e da necessida-
de de mudança de hábitos da
população, visando minimizar a
transmissão de diversas doen-
ças graves, que hoje se faz per-
manecer constante e cada vez
mais abrangente no município
de São José do Rio Preto, como
Dengue, acidentes com escorpi-
ões, leishmaniose, esporotricose,
febre amarela, febre maculosa e
demais assuntos relevantes que
atingem a necessidade da área
trabalhada. O projeto foi implan-
tado em 2019, na semana de Meio
Ambiente no Complexo Integrado
de Educação Ciência e Cultura,
62
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Uma capacitação também foi re-
alizada com os médicos da rede
pública municipal para que a do-
ença em humanos seja melhor e
mais prontamente diagnosticada
e tratada, havendo assim a corre-
ta notificação.
CONCLUSÕES
Pelos resultados obtidos na exe-
cução do projeto estabelecido,
o CCZ de São José do Rio Preto
estabelece que o uso do Itraco-
nazol de 100mg a cada 24horas,
apresenta resultados favoráveis
aos animais expostos ao trata-
mento e fornece a população ca-
rente uma alternativa para cuidar
de seus animais, e ainda promo-
ve controle populacional em áre-
as classificadas como zona de
risco. Assim como a opção de
tratamento de animais doentes é
uma alternativa estabelecida no
controle da propagação da do-
do município de São José do Rio
Preto em parceria com a Secreta-
ria Municipal de Meio Ambiente e
Educação. Na ocasião consegui-
mos trabalhar com estudantes da
rede pública municipal, aproxima-
damente 600 alunos. Trata-se de
um conjunto de materiais, jogos,
vídeos, totens, bancada científi-
ca, fantasias,e outros atividades
que apresentam e conscientizam
a população de forma lúdica, vi-
sando maior compreensão do
público alvo, referente a vetores
e animais peçonhentos que ofe-
recem risco a saúde pública. Atu-
almente realizamos a exposição
da Feira de Educação em Saúde
Ambiental, estrategicamente em
áreas com situações epidemio-
ença, e permite ao CCZ que faça
um acompanhamento de perto
dos casos envolvidos nesta en-
fermidade, podendo por assim
executar de maneira assertiva o
controle desta doença na cidade.
Ressalta-se ainda o estabeleci-
mento da Lei nº 14.228/21 que em
seu artigo primeiro dispõe sobre
a proibição da eliminação de cães
e gatos pelos órgãos de contro-
le de zoonoses, canis públicos e
estabelecimentos oficiais congê-
neres, salvo as disposições espe-
cíficas que permitam a eutanásia.
Diante disso, nos certificamos
que a distribuição e a execução
do tratamento de Esporotricose
impõe um novo e melhor caminho
de controle desta enfermidade
em nossa cidade.
PALAVRAS-CHAVE
esporotricose; vigilância; zoono-
ses
lógicas importantes para um de-
terminado agravo, e as atividades
desenvolvidas são direcionadas
estrategicamente para alcançar a
promoção e prevenção da comu-
nidade trabalhada.
OBJETIVOS
O objetivo da Feira de Educação
em Saúde Ambiental é alcançar a
compreensão da população alvo,
de forma lúdica e interativa, para
que haja o entendimento da im-
portância da integração da popu-
lação nas ações para combate de
vetores transmissores de doen-
ças e acidentes ocasionados por
animais peçonhentos, utilizan-
do método inclusivo e ativo, que
permite que as crianças e adultos
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
aprendam entrando em contato
com os objetos de ensino, con-
tribuindo no desenvolvimento da
população alvo e auxiliando na
aprendizagem, no desenvolvi-
mento social, cultural e pessoal,
assim proporcionando a sociali-
zação e a aquisição do conheci-
mento
METODOLOGIA
A feira é aplicada pelos técni-
cos da vigilância ambiental e
por agentes de saúde, de forma
continua e permanente. O pro-
jeto é composto por diversos
componentes lúdicos, interati-
vos, e inclusivo, que são monta-
dos em espaços como escolas,
shopping, a partir da avaliação
epidemiológica de cada área. ?
Jogo de Percurso Dengue: Jogo
de tabuleiro Corrida contra o Ae-
des aegypti, que se encontra em
tamanho macro (35m²), no qual
a criança ou o adulto é o próprio
“pino” do jogo, que vão transitan-
do de casa em casa conforme o
giro dos dados e as instruções
das caselas determinarem. Nes-
sa atividade, o jogador aprenderá
hábitos corretos de como evitar a
presença e a proliferação do mos-
quito Aedes aegypti. Todo partici-
pante desta atividade, ganha um
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
ESTUDO DAS TENTATIVAS DE SUICÍDIO POR MEDICAMENTOS:
O SUBSIDIO PARA QUALIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS
RITA DE CÁSSIA VILELLA, FABIANA SPINETI DOS SANTOS, CARMEN LIGIA MARQUES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O suicídio é um sério proble-
ma de saúde pública, sendo a
quarta causa de morte entre in-
divíduos de 15 a 29 anos1. Para
cada indivíduo que se suicida,
existem pelo menos outros 20
que atentaram contra a própria
vida2. Diante da magnitude e
da gravidade desses eventos,
Volume 15
jogo miniatura do percurso para
ser recreado em casa. ? Banca-
da - Exposição de estruturas de
vetores através de lupas e mi-
croscópio. Nesse módulo, o par-
ticipante, identificará e conhecerá
através de mostruários e cardes
as estruturas de diversos vetores,
como por exemplo: Ovo, larva,
pupa e adulto do mosquito Ae-
des aegypti, mosquito adulto do
Lutzomya, escorpião, e barbeiro.
? Cabine de escorpião vivo: essa
cabine proporciona um bloqueio
da entrada de luz, afim de deixar
o ambiente mais escuro, sen-
do assim conseguimos mostrar
como o escorpião reflete frente
a luz ultravioleta. Tudo isso com
o acompanhamento direto de um
monitor da Vigilância Ambiental,
visando toda segurança da ação,
além da capacidade técnica para
tal feito.
RESULTADOS
Desde 2019 até o momento re-
alizamos 17 Feiras de Educação
em Saúde Ambiental, distribuídos
conforme gráfico abaixo, sendo
94% realizados em parceria com
outras instituições públicas como
escolas e 6% em instituições pri-
vadas (Shopping), alcançando
diretamente aproximadamente
o Ministério da Saúde conside-
ra a tentativa de suicídio como
um agravo à saúde de notifica-
ção compulsória imediata. Os
medicamentos são os agentes
tóxicos mais utilizados nas ten-
tativas de suicídios por envene-
namento3. Conhecer quais me-
dicamentos são mais utilizados
e o perfil epidemiológico da po-
pulação é importante para pro-
30.000 participantes. Durante a
execução das feiras, recebemos
diversos feedbacks positivos,
tanto dos participantes, alunos,
pais e gestores dos espaços, nos
diversos canais de comunicação,
oficial através da ouvidoria muni-
cipal de saúde, bem como infor-
mal através das demais redes de
comunicação, corroborando com
a expectativa e experimentações
dos técnicos envolvidos nessa
ação.
CONCLUSÕES
Concluímos esse relato de ex-
periência de forma satisfatória
e exitosa visto que alcançamos
o objetivo proposto conforme
os feedbacks dos participantes,
demonstrando que as ações lú-
dicas, interativas são uma boa
forma de alcançar e de transmi-
tir conhecimento, fazendo com
que a população alvo absorva e
retransmita aos demais, fazendo
com que as atitudes corretas se
tornem hábito, e aos poucos mu-
dem os cenários epidemiológicos
importante no nosso município.
PALAVRAS-CHAVE
feira educacional; vigilância
por ações de controle e preven-
ção mais específicas e eficazes.
OBJETIVOS
Caracterizar o perfil epidemio-
lógico das tentativas de suicídio
por medicamentos e os medica-
mentos utilizados.
METODOLOGIA
A população do estudo foi
63

constituída por munícipes de
São José do Rio Preto notifi-
cados por tentativa de suicídio
que utilizaram medicamentos
como agente tóxico nos anos
de 2020 e 2021. Para coleta de
dados, foram utilizados dois
bancos do Sistema de Informa-
ção de Agravos de Notificação
(SINAN): o banco de intoxicação
exógena que foi utilizado para
obter o nome do princípio ati-
vo do medicamento e o banco
de violência autoprovocada que
foi utilizado para obter o perfil
epidemiológico da população
em estudo (sexo, idade, raça/
cor, escolaridade, presença de
deficiências e transtornos, lo-
cal e repetição da violência).
Os dois bancos foram cruzados
em busca de eventos que foram
notificados em ambos. Foram
excluídas as notificações dupli-
cadas notificações duplicadas
e sem informação do princípio
ativo. Para análise dos dados
foram utilizadas estatísticas
descritivas, com apresentação
de frequências e medidas de
tendência central e dispersiva.
RESULTADOS
A amostra é constituída por 891
casos de tentativas de suicídio
por medicamentos no período
de 2020 e 2021 com residen-
tes de São José do Rio Preto.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
VACIMÓVEL: EXEMPLO DE EQUIDADE
E UNIVERSALIDADE DO SUS
TEREZA MONTEIRO RIBEIRO CARDOZO, MARIANA KESSEN DE SOUZA LIMA,
MARGARETE CARLOS DA SILVA CORREIA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Vacimóvel é uma ação estratégi-
ca do SUS para ampliar a cobertura
vacinal contra a covid 19 no muni-
64
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Os resultados revelaram que
as tentativas de suicídio foram
mais prevalentes em indivídu-
os do sexo feminino (75%, N =
669), com idade entre 15 e 49
anos (83,2%, N = 741), solteiros
(53,9%, N = 480), que se decla-
raram de cor branca (77,9%, N=
693), com, no mínimo, ensino
fundamental completo (62,8%,
N = 559) e que já haviam tenta-
do suicídio outras vezes (48,7%,
N=434). Aproximadamente 170
medicamentos foram relatos,
abrangendo desde medicamen-
tos controlados pela portaria
344/08 até os medicamentos
isentos de prescrição médica.
Porém os mais utilizados foram
clonazepam, sertralina e dia-
zepam, sendo utilizado nessas
ocasiões apenas um medica-
mento. As informações dos ca-
sos investigados por violência
autoprovocada/tentativa de sui-
cido apontam que, em grande
parcela, essa medicação são
de prescrição e uso contínuo.
A ingesta de medicamento con-
comitante com outros agentes
tóxico estava presente 11,7%
da população, sendo o álcool,
seguido da cocaína, os agentes
mais utilizados.
CONCLUSÕES
O estudo subsidiou a qualifica-
ção dos profissionais da rede de
cípio de São José dos Campos.
Conta com uma ambulância e uma
equipe de vacinadores que visitou
os bairros da cidade para atingir
saúde: assistência farmacêuti-
ca, clínica médica, enfermagem
e saúde mental. Os achados
confirmam que as ações de pre-
venção devem abranger a iden-
tificação precoce e a redução
dos fatores de riscos voltados
para o público jovem, feminino,
de modo a contar com a cola-
boração de outros setores so-
ciais, além da saúde. Ademais,
deve-se incentivar uso racional
de medicamentos, diminuir a
quantidade de medicamentos
a ser prescrita ou dispensada,
priorizado aqueles com menor
perfil de toxicidade.
PALAVRAS-CHAVE
Violência Autoprovocada, Tentati-
va de Suicido
BIBLIOGRAFIA
1. WHO (World Health Organiza-
tion). Suicide worldwide in 2019:
global health estimates. Geneva,
WHO, 2021. 2. WHO (World Heal-
th Organization). Preventing suici-
de: a global imperative. Geneva,
WHO, 2014. 3. DATASUS. Notifi-
cações de intoxicações exógenas
registradas no SINAN NET em
2019. 4. DATASUS. Notificações
de violência interpessoal/auto-
provocada registradas no SINAN
NET em 2019.
as pessoas que pela dificuldade
de acesso e horário estavam com
as doses em atraso. O princípio da
equidade norteia as políticas pú-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
blicas brasileiras e busca reduzir o
impacto das diferenças das con-
dições de vida e trabalho entre as
diversas camadas da sociedade,
para que todos- princípio da uni-
versalidade- tenham igualmente o
direito à saúde. O alcance de ade-
quadas coberturas vacinais contra
doenças é um dos grandes desa-
fios da saúde no Brasil e no mundo.
Desde janeiro de 2021, o Ministério
da Saúde realiza a Campanha de
Vacinação contra a covid 19, doen-
ça considerada como pandêmica
pela Organização Mundial de Saú-
de desde março de 2020. O Va-
cimóvel atuou no município de 30
de novembro de 2021 a 27 de maio
de 2022. Importante salientar que
esta ação aconteceu em horários
não comerciais a fim de favorecer
os trabalhadores.
OBJETIVOS
O Objetivo Geral foi contribuir
com a interrupção da transmis-
são da doença no município. O
objetivo específico foi diminuir
o número de pessoas que não
haviam tomado a segunda dose
ou a doses de reforço nas datas
programadas e assim aumentar a
cobertura vacinal.
METODOLOGIA
Para a escolha dos locais a se-
rem visitados pelo Vacimóvel,
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
IMPLANTAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DO SISTEMA GAL EM
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
EDWARD ALEXANDRE RIBEIRO, MARCELO BELVEL FERNANDES, MARGARETE
CARLOS DA SILVA CORREIA, ROBERTO CARLOS DE SÁ SILVA, ROSEMEIRE DOS
SANTOS CRUZ, JOSÉ AFONSO DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em 2015 o Instituto Adolfo
Lautz decide adotar o Sistema
de Gerenciamento de Ambien-
Volume 15
informações como número de
pessoas em atraso para receber
a segunda dose e a dose de re-
forço, por bairro, eram extraídas
mensalmente dos bancos de da-
dos de registros da vacina contra
a Covid-19. Foram visitados os
bairros com as maiores somas de
pessoas em atraso. O Vacimóvel
estacionava em locais pré-esta-
belecidos e de fácil acesso, de
acordo com as orientações da
Unidade Básica de Saúde de re-
ferência do bairro, levando-se
em consideração a segurança
da equipe e da população. Os
locais escolhidos foram prefe-
rencialmente praças, parques,
estacionamento de igrejas ou
ruas. A equipe de vacinação era
composta por aplicadores, ano-
tadores e motoristas. Um carro
de som percorria previamente
todas as ruas do bairro escolhido
para avisar sobre a presença do
Vacimóvel, com os dizeres: “Aten-
ção! Atenção! É o Vacimóvel pas-
sando no seu bairro!”. Os dias e
horário de atuação do Vacimóvel
foram às quartas, quintas e sex-
tas-feiras, das 18:00h às 21:30h,
no período entre 30 de novembro
de 2021 a 27 de maio de 2022.
Considerando os quatro tipos de
vacina disponíveis para adultos,
os munícipes eram orientados a
levarem a carteira de vacinação
com as doses já aplicadas, uma
te Laboratorial (GAL), desen-
volvido pelo DATASUS como
gerenciador dos exames rea-
lizados em seus laboratórios.
vez que não havia internet dispo-
nível para consultar doses ante-
riores, e um documento de iden-
tidade com foto. Os dados das
pessoas e das vacinas aplicadas
eram anotados em planilhas e no
dia seguinte eram registrados no
sistema informatizado de vacina.
RESULTADOS
Foram aplicadas 11.277 doses de
vacina contra covid 19 em adul-
tos com 18 anos ou mais, nos 74
bairros visitados, no período de
atuação do Vacimóvel, o que di-
minuiu o número de pessoas com
o esquema vacinal em atraso no
município de São José dos Cam-
pos, contribuindo para o aumento
da cobertura vacinal.
CONCLUSÕES
O Vacimóvel foi uma experiência
bem-sucedida que contemplou
as pessoas que desejavam se va-
cinar, mas que devido o horário
de funcionamento das Unidades
Básicas de Saúde apresentavam
dificuldade de acesso ao benefí-
cio. Esta ação estratégica cum-
priu os princípios preconizados
pelo SUS da universalidade e da
equidade.
PALAVRAS-CHAVE
Vacina, covid 19, Equidade, Uni-
versalidade
Assim sendo, nós do Labora-
tório Central do Município de
São José dos Campos tería-
mos que nos adequar para im-
65

plantação e descentralização
do novo Sistema para todas
unidades de Saúde que fazem
coletas de amostras de vigi-
lância. Neste, o GAL se de-
monstrou como uma ferramen-
ta robusta e imprescindível no
âmbito de Saúde Pública.
OBJETIVOS
Apresentar o relato da ex-
periência de implantação e
descentralização do sistema
Gerenciador de Ambiente La-
boratorial (GAL) para todas
unidades de Saúde Púbica e
Privada que realizam coleta e
envio de amostras de doenças
de interesse epidemiológico
METODOLOGIA
O processo de descentraliza-
ção foi dividido em 4 momen-
tos que com ferramentas edu-
cativas, administrativas, apoio
do Departamento de Informáti-
ca, Vigilância Epidemiológica,
Gerência do GAL-SP, Gerência
GAL- Taubaté e Secretaria Mu-
nicipal de Saúde de São José
dos Campos demos início ao
processo de implantação e
descentralização do Sistema
Gal para as Unidades de Saú-
de do Município 1º Momento:
Estabelecer o Sistema GAL no
Laboratório Central onde são
acolhidas as amostras/exa-
mes e realizado a triagem para
serem enviados posteriormen-
te ao IAL. 2º Momento: Des-
centralização do Sistema GAL
para as Unidades Públicas de
Saúde, UBSs, UPAs, Centro
de Referência no Tratamen-
to de Doenças Infecto Con-
tagiosas (CRMI), Ambulatório
de Hepatites (UES), Hospitais
Públicos e Hospital Regional.
3º Momento: Implantação do
Sistema GAL no Centro de
66
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Controle de Zoonoses (CCZ).
4º Momento: Descentraliza-
ção do Sistema GAL para as
Unidades de Saúde privada do
Município. Em todos os mo-
mentos foram feitas reuniões
previas para apresentar o novo
sistema e avaliar necessidades
locais. Em seguida realizamos
treinamentos em salas de aula
com computadores para terem
acesso direto ao sistema e aos
seus logins e senhas.
RESULTADOS
Ao final conseguimos com a
ajuda de nossos parceiros, e
implantar, treinar e descentra-
lizar gradativamente, confor-
me foi-se inserindo novos exa-
mes no roll do Sistema GAL,
para todas unidades de Saúde
do Município num espaço de
tempo de 3 anos. Sendo que
agora, todas unidades estão
aptas a gerenciar seus exames
independemente. As unidades
de Saúde foram:. • CRMI (Cen-
tro de Referência de Moléstia
Infectocontagiosa) • Ambula-
tório de Hepatites: • Hospital
Municipal: • Hospital de Clíni-
cas Sul. • CCZ • Todas UPAs
• Ambulatório de Tisiologia e
Hanseníase (CTP) • Unidades
de Saúde Privadas.. Com a
descentralização do GAL a Vi-
gilância Epidemiológica pas-
sou a ter acesso a todos os
registros no GAL bem como
acesso a todos resultados de
todas as Unidades contempla-
das com o Sistema, o que isso
significa que todas as doenças
de notificação obrigatória ou
interesse epidemiológico não
tem como mais passar imper-
ceptível e se poderá acompa-
nhar a dinâmica das doenças
e evolução dos pacientes no
referente aos exames de diag-
nóstico em vigilância.
CONCLUSÕES
Em um Município do tamanho
de São José dos Campos todo
trabalho além de ser grande,
também se torna complicado
pois trabalhamos com Unida-
des de distinção próprias e
realidades diferentes mesmo
uma UBS. O Sistema GAL se
adequou a realidade de cada
Unidade em nosso Município,
inicialmente foi trabalhoso,
tivemos várias divergências
entre unidades, mas nunca
pensamos em desistir ou dei-
xar de ajudar quem precisas-
se. Podemos observar isso
nos resultados porque todas
as unidades hoje não se veem
trabalhar sem o GAL que se
tornou uma ferramenta de
suma importância em todos
os âmbitos de Saúde Pública.
Um grande importância que
beneficiou todos os entes fe-
derados ao GAL é que assim
que o paciente é cadastrado
todas unidades podem acom-
panhar a evolução dos resul-
tados. Como exemplo, um
paciente colhe sorologia para
dengue em uma UPA e a UBS
de abrangência não haverá
necessidade de novo coleta
visto que o paciente tem uma
sorologia em andamento. Ago-
ra, aplica-se isso na pandemia
de COVID, em que os pacien-
tes passavam várias vezes em
atendimento e que em cada
atendimento se colhia uma
nova amostra. O COVID foi um
desafio para todos setores,
mas com o GAL o gerencia-
mento dos exames foi muito
mais eficaz e ágil obedecendo
os princípio do SUS.
PALAVRAS-CHAVE
GAL, Descentralização, Impla-
tação, SUS
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE E
AVALIAÇÃO DE INDICADORES EPIDEMIOLOGICOS
SORAIA NOGUEIRA FELIX, VANESSA LEONORA GOMES, RAQUEL XAVIER DE
SOUZA SAITO, CARLA ROBERTA FERRAZ RODRIGUES, CAMILA MATIAS MODESTO,
IOLANDA BASTOS BRITIS BEZERRIL, KARLA REGINA HARAMI PEREIRA ALVES,
PEDRO YOSHITAKA FUKUYAMA, LUIZA DA LUZ QUINTELA, RENATA FERREIRA DE
CALDAS, TATIANA CRUZ VITÓRIO DOS SANTOS, ANDRÉIA REIS GARCIA, ALETUZA
NUNES DINIS, JULIANA PAULA DOS SANTOS, SABRINA ARYELLE DA NOBREGA
DOS SANTOS, LÍVIA REGINA FREITAS MEDEIROS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO: divulgação das informações e reuniões mensais, pelo menos
Ação de Integração da UVIS (uni- conhecimento, ou seja, proceder 10 encontros, entre a vigilância
de forma sistemática e periódica epidemiológica e os serviços que
dade de Vigilancia em Saude) de
ações de educação permanen- compõem a rede. A meta é a de
Itaquera e as demais Unidades
te e avaliação de indicadores de que 70% dos serviços enviem re-
de Saude do Territorio da STS
Itaquera, municipio de São Paulo saúde do território. presentantes a essas reuniões. A
pauta envolve: capacitação sobre
Periodo de janeiro a Dezembro de
OBJETIVOS as principais doenças e agravos,
2022. A vigilância em saúde tem
Relatar a experiência da Unida- indicadores epidemiológicos e
por objetivo a observação e análi-
de de Vigilância em Saúde de de saúde do território, discussão
se contínua e permanente da situ-
Itaquera município de São Paulo de metas e processos relaciona-
ação de saúde da população. As
equipes que atuam nesse setor na sistematização das ações de dos a eventos específicos, tais
tem sob sua responsabilidade um educação permanente e avalia- como campanhas de vacinação.
conjunto de ações destinadas a ção sistemática de indicadores A modalidade pode variar entre
controlar determinantes, riscos e epidemiológicos e de saúde du- presencial e remota, com maior
danos à saúde de populações de rante o ano de 2022. tendência a presencial.
determinados territórios, desse
modo, visam garantir a integrali- METODOLOGIA RESULTADOS
dade da atenção, tanto individu- A Supervisão técnica de Saúde No período de janeiro a dezembro
al quanto coletiva. Dividida em de Itaquera tem em sua área de de 2022 foram realizadas 11 reu-
quatro seguimentos de vigilância: abrangência 4 bairros (ou distritos niões com a equipe de vigilância
epidemiológica; ambiental, saú- administrativos): Itaquera, Cidade epidemiológica e as unidades de
de do trabalhador e a vigilância Líder, José Bonifácio e Parque do saúde do território da Supervisão
sanitária. A integração entre a Carmo com uma população esti- Técnica de Saúde de Itaquera, 3
Vigilância em Saúde e a Atenção mada, em mais de 523.848 habi- remotas (online) e 8 presenciais.
Primária à Saúde é de suma im- tantes, ou seja, maior que muitos Em média, das 36 unidades de
portância para a construção da municípios brasileiros (6). A rede saúde, pelo menos 30 delas esta-
integralidade da atenção e para o de serviços de saúde é composta vam presentes em cada uma das
alcance dos resultados. Para tan- por: 24 Unidades Básicas de Saú- reuniões. Os temas abordados
to, processos de trabalho devem de (UBSs), 4 CAPS, 1 UPA, 4 hos- incluíram: Introdução a vigilância
ser desenvolvidos de forma inte- pitais (1 público e 1 filantrópico e em saúde (normas, rotinas, siste-
grada e de acordo com a real situ- 2 particulares apenas com pron- mas utilizados), Meningite, Sífilis,
ação de cada localidade (diversi- to atendimento e ambulatório), 1 AIDS/HIV, Imunização, COVID e
dade, vulnerabilidade, recursos e SAE, 1 unidade de pronto atendi- Influenza, Tuberculose, Hansení-
tecnologias disponíveis . A equipe mento/ambulatório (particulares), ase, Monkeypox, Doenças Exan-
de vigilância epidemiológica tem 1 ambulatório particular, com um temáticas (Sarampo e Rubéola),
entre suas responsabilidades as- total de 36 unidades relacionadas Paralisia Flácida Aguda, Hemo-
sessorar equipes e profissionais a atendimento em saúde. É rotina vigilância, Dengue, entre outros
da rede, principalmente da Aten- que, no ultimo mês do ano ante- temas e resolução de dúvidas e
ção Primária à Saúde, utilizando- rior se defina e divulgue entre os casos de agravos diversos. Além
-se para isso de ampla e regular serviços uma agenda anual de disso, se constituiu espaço para
Volume 15 67

a esclarecimentos de dúvidas e
discussão de casos específicos.
Vale destacar que, em algumas
reuniões as vigilâncias ambien-
tais e sanitárias solicitaram pau-
ta. As reuniões mensais da vigi-
lância epidemiológica junto aos
serviços de saúde da supervisão
Técnica de Saúde de Itaquera se
constituíram espaço privilegiado
para ações de educação perma-
nente e avaliação de indicadores
epidemiológicos e de saúde da
região.
SÃO PAULO
VIGILÂNCIA E MANEJO INTEGRADO DA ESPOROTRICOSE
HUMANA E ANIMAL – UVIS ITAQUERA
SANDRA REGINA MIEKO MURAYAMA, ANDRE CESAR DA SILVA, CARLA ROBERTA
FERRAZ RODRIGUES, NATHALIA FERNANDA MINAS DE SOUSA, DANIELA
GONÇALVES MANIEZO, MARCIA REGINA PEIXOTO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Entre as zoonoses com aumento
expressivo de incidência ao longo
dos anos, a esporotricose huma-
na e animal têm se destacado.
A partir de 2018, houve um au-
mento significativo do número de
casos em felinos, acompanhado
do aumento de casos humanos.
A Esporotricose é uma infecção
fúngica de implantação, subagu-
da ou crônica, causada por fungo
do complexo Sporothrix schenkii.
No Brasil, a espécie mais fre-
quente é S.brasiliensis. Atinge
habitualmente a pele, o tecido
subcutâneo e os vasos linfáticos,
mas pode disseminar-se pela via
linfática e/ou pela via hematogê-
nica, afetando também orgãos
internos. (São Paulo- SMS, 2022).
Considera-se que a detecção de
casos humanos ocorre na maioria
das vezes a partir da identificação
em animais, sinalizando para a
importância do trabalho conjun-
to da Vigilância em saúde (UVIS)
e rede de assistência. A intensi-
dade do problema tem sido rela-
68
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
CONCLUSÕES
A experiência da Unidade de Vi-
gilância em Saúde de Itaquera
município de São Paulo na sis-
tematização das ações de edu-
cação permanente e avaliação
sistemática de indicadores epi-
demiológicos e de saúde durante
o ano de 2022 realizada por meio
de reuniões junto aos serviços
de saúde foram eficientes. Estas
ações contribuíram para fortale-
cimento das relações interpesso-
cionada, na região de Itaquera, às
condições de vulnerabilidade do
território, sendo uma região com
cerca de 560 mil habitantes e com
grandes iniquidades sociais e de
saúde. (São PauloSMS, 2022).
Em resposta ao desafio posto, a
UVIS Itaquera tem se organizado
para melhorar sua capacidade de
atuação, integrando ações e pro-
fissionais, por meio das seguintes
ações: reconhecimento do territó-
rio, avaliação de risco e compar-
tilhamento das informações com
os serviços de saúde locais, bus-
ca ativa direcionada e avaliação,
encaminhamento e monitoramen-
to da evolução de cada caso, seja
humano ou animal.
OBJETIVOS
Descrever a experiência da UVIS
Itaquera sobre as ações realiza-
das para a vigilância e controle
da esporotricose humana e ani-
mal na região.
METODOLOGIA
Ao longo dos últimos dois anos,
ais entre as unidades de saúde e
a Vigilância Epidemiológica. Hou-
ve melhora do fluxo de trabalho,
dos retornos em relação às ações
solicitadas e da comunicação en-
tre os setores. O estabelecimen-
to de um fluxo contínuo e regular
de informações proporcionou
melhores resultados nas ações
de vigilância e maior exatidão na
execução das ações propostas.
PALAVRAS-CHAVE
INTEGRAÇÃO VIGILANCIAS
particularmente, tem sido realiza-
da um conjunto de ações siste-
máticas e planejadas, a partir da
identificação das necessidades,
obstáculos e potencialidades do
território, objetivando ampliar e
qualificar a vigilância e controle
do agravo, sendo elas: Todos os
casos humanos e animais têm
sido notificados como esporotri-
cose humana e epizootia, confor-
me orientação de COVISA e DVZ.
Monitoramento e apoio contínuos
da evolução dos casos animais
por meio de entrega regular de
medicamentos (itraconazol dis-
pensado pelo SUS), avaliação e
diagnóstico (swab em meio de
cultura) em domicílio pela médi-
ca veterinária, até a cura. Enca-
minhamento para o Hospital Pú-
blico veterinário para tratamento
de suporte, quando necessário.
Construção permanente de rede
por meio de colaboração e orien-
tação às equipes da Atenção Pri-
mária do território; Busca ativa de
casos animais e diagnósticos dos
riscos no território; Monitoramen-
to, orientação e apoio aos casos
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
humanos, até a cura; Práticas
sistemáticas de monitoramen-
to e análise dos resultados das
ações; Campanhas de vacinação
anti-rábica nas regiões dos casos
animais suspeitos e confirmados
para ampliar a busca ativa, des-
vinculada da ocorrência de ca-
sos, para que não haja a morte
indiscriminada dos animais nas
comunidades, juntamente com
orientação e esclarecimentos so-
bre tratamento, cura e posse res-
ponsável de animais domésticos.
RESULTADOS
Temos observado os seguintes
resultados: os casos humanos
têm sido detectados precoce-
SÃO PAULO
IMPLANTAÇÃO DE UM FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO À
GESTANTE EM SITUAÇÃO DE RUA COM SÍFILIS
LINA SOLANGE VARGAS PEREZ TAKAYANAGI , ADENILDE ANDRADE DA SILVA,
ELZA MARIA BRANCO PADRAO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Introdução: Vivenciamos um au-
mento da população em situação
de rua nos últimos anos, com a
recorrência de situações de des-
continuidade do cuidado. Fato
este agravado, desde 2020, prin-
cipalmente pelas consequências
econômicas e sociais da pande-
mia de COVID-19. Sabemos que
esta população historicamente
sofre com o estigma, preconcei-
to e dificuldade de acesso aos
serviços essenciais. Justificati-
va: A fragmentação do cuidado
da gestante em situação de rua
acontece, desde o pré-natal, por
vezes nem realizado, até a assis-
tência ao parto e puerpério na
Maternidade e acolhimento insti-
tucional precoce da criança pelo
Sistema judiciário. A fragilidade
dos vínculos de mães e bebês,
por meio da concessão da guar-
da a seus familiares ou da perda
Volume 15
mente, na maioria das situações
com lesões cutâneas, únicas e
localizadas. Aumento da adesão
ao tratamento animal, com signi-
ficativa diminuição de abandono
e com taxas de cura em torno de
41,7% no ano de 2022. Melho-
ra da detecção dos casos pelas
equipes, particularmente pela
identificação de animais doentes
por ACS em suas ações rotinei-
ras.
CONCLUSÕES
Manter e qualificar o que tem sido
feito e superar os desafios tem
pautado às ações da UVIS Ita-
quera no enfrentamento do agra-
vo. Embora a doença humana
judicial do poder familiar nas pri-
meiras semanas de vida do bebê,
impossibilita a continuidade de
fortalecimento dos vínculos.
Muitas crianças passam grande
parte da vida, senão a vida toda
em instituições/ centros de aco-
lhimento. Após o atendimento de
uma puérpera e recém-nascido
em situação de rua com sífilis,
que apesar da mobilização das
equipes, culminou com a perda
do seguimento, descontinuidade
do tratamento e rompimento do
binômio mãe-bebê, identificou-se
a necessidade de trabalhar esta
questão com os serviços, mater-
nidades e equipes do território, e
articulação dos equipamentos de
saúde com a UVIS e Supervisão
Técnica de Saúde.
OBJETIVOS
Os objetivos do trabalho foram:
Mapeamento das gestantes em
situação de rua e com diagnós-
tenha manifestações localizadas
em pele e tecido subcutâneo, as
lesões têm aparência desagradá-
vel e são frequentemente dolo-
rosas. O tratamento de primeira
escolha, itraconazol - oral, é mais
longo que o humano e demanda
a posse responsável dos animais
domésticos e a sua domiciali-
zação no período, dificilmente
mantida pelos tutores. Portas de
entrada dos casos animais pelo
DVZ, Hospital Público veterinário
e clínicas veterinárias.
PALAVRAS-CHAVE
ESPOROTRICOSE; MANEJO;
VIGILÂNCIA
tico médico de Infecções sexual-
mente transmissíveis (IST´s- HIV,
Sífilis, Hepatites B e C, Toxoplas-
mose, Condilomas) no território
de Jabaquara/ Vila Mariana, por
UBS de abrangência; Sensibiliza-
ção das gestantes em situação
de rua para o acesso oportuno
aos métodos contraceptivos dis-
ponibilizados pelo SUS; Comuni-
cação entre os equipamentos de
Saúde da região de Jabaquara/
Vila Mariana sobre as informa-
ções de atendimento das gestan-
tes em situação de rua, através
de planilha/ e-mail das UBS e
Consultório na Rua Parque Impe-
rial para a UVIS Jabaquara/ Vila
Mariana, comunicação da UVIS
com a Maternidade, articulação
da Maternidade com os equipa-
mentos sociais; Fortalecimento
da Rede de Atenção à Saúde Ma-
terna e InfantilRede Cegonha na
região de Jabaquara/ Vila Maria-
na; Continuidade do cuidado em
69

saúde das gestantes e puérperas
com Sífilis e outras IST´s.
METODOLOGIA
Foi realizada uma reunião em se-
tembro, no Hospital e Materni-
dade, referência de Pré-Natal de
Alto risco na região de Jabaqua-
ra, para discutir sobre o fluxogra-
ma de atendimento à gestante e
puérpera em situação de rua, que
integrasse os serviços de saúde
e oportunizasse um olhar dife-
renciado e acolhedor do binômio
mãe-bebê em situação de vul-
nerabilidade. Na reunião mensal
do Comitê de Sífilis Congênita,
realizada na semana seguinte foi
apresentada uma atualização so-
bre as mulheres em situação de
rua na Vila Mariana/ Jabaquara.
Participaram representantes de
todas as Unidades básicas de
saúde da região, Maternidades
e Hospitais públicos e privados,
UVIS e Supervisão técnica de
saúde (saúde da criança e saúde
da mulher), além da supervisão
técnica e planejamento da SPDM/
PAIS. Inicialmente foi elaborada
uma Planilha de Acompanhamen-
SÃO PAULO
COLMEIA DA DENGUE DIGITAL
GUILHERME CORDEIRO SILVA, IACY MILLONE
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Fazer a gestão da Vigilância em
Saúde é definitivamente uma ta-
refa complexa. Planilhas manuais
que precisam ser alimentadas
constantemente e formulários
impressos com informações que
ficam paradas e causam também
um acúmulo de papel, dificulta a
gestão da Vigilância em Saúde.
Promover o uso inovador, criativo
e transformador da tecnologia é
o propósito da Política Nacional
de Informação e Informática em
Saúde, com vistas à melhoria dos
processos de trabalho em saúde
Ação desenvolvida pela equipe
70
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
to das mulheres em situação de
rua e doenças de transmissão
vertical durante o ciclo gravídico
puerperal. Após a discussão so-
bre o fluxograma, pactuou-se o
envio semanal de uma planilha,
toda segunda-feira, junto com a
semana negativa, por e-mail das
UBS e CnR Pq Imperial para a
UVIS Jabaquara/ Vila Mariana.
Semanalmente, a UVIS fica res-
ponsável por comunicar estas
informações com a Maternidade.
A partir destas informações, a
Maternidade realiza a articulação
com os equipamentos sociais do
território.
RESULTADOS
A partir do último quadrimestre
de 2022 foram realizadas dis-
cussões em rede e implantado
um fluxograma de acolhimento
e atendimento à gestante em si-
tuação de rua, como estratégia
de melhorar a articulação entre
os equipamentos de Saúde da
região de Jabaquara/ Vila Maria-
na: UVIS, UBS (quinze, no total),
Consultório na Rua Parque Impe-
rial e Hospital e Maternidade Vila
da UBS/AMA INTEGRADA JD
SÃO FRANCISCO II, no bairro de
São Mateus, cidade de São Pau-
lo, a partir de abril/2022
OBJETIVOS
Objetivo deste trabalho é fazer
uma ferramenta que possa subs-
tituir a colmeia impressa em uma
colmeia digital e diminuir o con-
sumo de papel sulfite dentro da
UBS. Esse método digital possi-
bilita que os agentes comunitá-
rios de saúde (ACS) preencham
a colmeia digital em seu tablet,
diretamente no território e sinali-
zem para o agente de promoção
Santa Catarina, e equipamentos
sociais. Este olhar diferenciado
para as gestantes em situação de
rua no território possibilitou a ar-
ticulação entre os serviços, con-
tinuidade do cuidado (garantindo
o tratamento de doenças trans-
missíveis como sífilis, hepatites
virais, toxoplasmose, rubéola e
HIV/AIDS), proteção das crianças
nascidas de mães em situação de
vulnerabilidade no território e o
fortalecimento dos vínculos entre
gestantes/ puérperas e serviços
de saúde e delas com seus filhos.
CONCLUSÕES
É importante reconhecer as pecu-
liaridades do território, ampliando
o olhar dos trabalhadores e dos
serviços sobre a população mais
vulnerável, e buscando a garantia
do acesso e proteção de gestan-
tes e recém-nascidos, bem como
a implantação e continuidade do
cuidado.
PALAVRAS-CHAVE
Fluxograma, gestante, rua, sífilis
ambiental (APA) que na família
determinada a um criadouro de
dengue. Esse preenchimento
acontece de forma mensal, quan-
do preenchido no papel esses
dados eram consolidados e com-
partilhados em uma planilha on-
line, perdendo quais microáreas
tinham casas com criadouros e
quais precisam de uma interven-
ção da UBS com outros serviços.
Criar uma série histórica, onde os
dados preenchidos ficam arma-
zenados em uma planilha, sepa-
rados por microáreas e podemos
avaliar quais microáreas diminuí-
ram os criadouros de dengue
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
METODOLOGIA
Em reuniões desistimos quais
programas utilizamos para a cria-
ção da colmeia digital. Um dos
programas de geração de plani-
lhas online, com compartilhamen-
to e gratuito é o Google Sheets.
Por esses motivos optamos por
fazer a colmeia digital nessa fer-
ramenta. Sendo um programa
que já vem instalado nos tablets.
A colmeia visualmente já é bem
intuitiva, por esse motivo não
precisou mexer no layout, pre-
cisando somente fazer a trans-
ferência para o Google Sheets.
Houve também a implantação de
uma planilha que conseguisse de
maneira automatizada receber os
dados das colmeias, separa por
micro e adicionar mês de referên-
cia. Para uma futura análise. Com
a escolha do programa e como
seria feito, o Agente de Promoção
Ambiental se encarregou de criar
a colmeia digital e criar a planilha
de dados. Com a colmeia digital
pronta, começaram os treina-
mentos dos agentes comunitários
de saúde, para que acontecesse
SÃO PAULO
AÇÕES DO COMITÊ DE SÍFILIS CONGÊNITA
DA VILA MARIANA/JABAQUARA
ELZA MARIA BRANCO PADRÃO, ADENILDE ANDRADE DA SILVA, LINA SOLANGE
VARGAS PÉREZ TAKAYANAGI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A sífilis congênita representa um
problema de saúde pública im-
portante no Brasil e no mundo.
A Organização Mundial da Saú-
de estabeleceu um objetivo geral
de eliminação da sífilis congênita
(SC). Existe a meta da redução de
5% ao ano do coeficiente de in-
cidência de SC no Município de
São Paulo. A SC é um agravo de
notificação compulsória desde
1986 e a sífilis em gestante desde
2005. Justificativa: A ausência ou
Volume 15
o preenchimento correto da col-
meia no tablet e de forma mensal.
RESULTADOS
Quando a equipe conseguiu utili-
zar de maneira satisfatória a col-
meia digital, as visitas do agente
de promoção ambiental começa-
ram a ser direcionadas nas casas
que eram consideradas amarelas
e vermelhas. Diminuindo assim
a quantidade de criadouros e os
casos de dengue dentro do ter-
ritório da AMA/UBS Integrada
Jardim São Francisco II. Quan-
do comparamos as casas qua-
lificadas em amarelo e vermelho
(Figura 4), com os meses que
choveu no estado de São Paulo
(Figura 3). Reparamos que muitas
pessoas acabam deixando al-
gum recipiente que acumule água
nesses períodos e favorecem
a reprodução da dengue. Com
a colmeia digital, conseguimos
comparar esses dados e fazer
uma vigilância intensa com toda
a equipe da UBS. Com a colmeia
digital, conseguimos comparar
esses dados e fazer uma vigilân-
cia intensa com toda a equipe da
incompletude do tratamento ade-
quado na gestação pode resultar
em aborto, baixo peso, prematu-
ridade e recém-nascido com SC
que pode apresentar alterações
no desenvolvimento e sérios pro-
blemas neurológicos, intelectu-
ais, auditivas, ósseas e dentários.
Além das ações de tratamento
adequado da sífilis adquirida e
das gestantes diagnosticadas
com sífilis, testagem de 100%
das gestantes atendidas nos ser-
viços de saúde e seguimento dos
UBS. Ocorreu uma diminuição no
papel sulfite por partes dos ACS,
pois quando acontecia um erro
na colmeia impressa, aquela fo-
lha acabava indo para na lixeira.
E o agente precisava recomeçar
o preenchimento novamente. A
colmeia digital não precisa fazer
um retrabalho ou realocar uma
mão de obra para que haja uma
consolidação dos dados.
CONCLUSÕES
Com a colmeia digital, o trabalho
de vigilância se tornou mais di-
nâmico, com preenchimentos de
dados em tempo real. A unidade
aceitou de maneira favorável a
colmeia digital sem grandes di-
ficuldades para o preenchimen-
to dela. A equipe já pensa em
expandir a colmeia para outros
fluxos e que precisam ser preen-
chidos mensalmente, estão uti-
lizando folhas sulfite para esses
fluxos.
PALAVRAS-CHAVE
PANILHA DIGITAL, CONTROLE
CASOS DENGUE
casos de recém-nascido exposto
à sífilis ou SC, foi pactuado desde
2021 a organização de um comi-
tê regional de sífilis no Estado de
São Paulo. A região da Vila Maria-
na/ Jabaquara conta com um Co-
mitê de sífilis congênita do qual
participam a Supervisão técnica
de Saúde- interlocução de saú-
de da criança e saúde da mulher,
equipe técnica e de planejamento
da SPDM/PAIS, as UBS, Consul-
tório na Rua e Hospitais e Mater-
nidades do território, que se reú-
71

ne mensalmente.
OBJETIVOS
Os objetivos deste trabalho são:
Avaliar, discutir o acompanha-
mento e manejo da sífilis gesta-
cional e congênita pelas equipes
de saúde do território da Vila
Mariana/Jabaquara; o esclareci-
mento de dúvidas; o compartilha-
mento das dificuldades e desa-
fios enfrentados pelas equipes; a
sensibilização sobre a importân-
cia da priorização do atendimento
das gestantes com sífilis.
METODOLOGIA
A região da Vila Mariana/ Jaba-
quara conta com um Comitê de
sífilis congênita do qual parti-
cipam a Supervisão técnica de
Saúde- interlocução de saúde da
criança e saúde da mulher, UBS,
Consultório na Rua e Hospitais
e Maternidades do território. Em
2022 foram realizadas reuniões
mensais no auditório da UNIFESP
com a participação de todas as
SÃO PAULO
ERROS DE IMUNIZAÇÃO: CONHECENDO PARA PREVENIR
CILENE APARECIDA DE FREITAS NEVES, ROSÂNGELA ELAINE MINÉO BIAGOLINI,
MARIA CELIA LAMY DE FREITAS, NEUSA PERRELA MADEIRA LOPES, ANA PAULA
CAVALCANTE, SOLANGE VIOTTO DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A vacinação é uma das interven-
ções de saúde pública mais efi-
cazes para proteger as pessoas
enquanto indivíduos e a popu-
lação geral, quanto a ocorrência
de doenças imunopreveníveis.
Segundo o Manual de Vigilância
de Eventos Adversos Pós-Imuni-
zação, um Erro de Imunização (EI)
é qualquer evento evitável que
pode levar ao uso inapropriado
de vacinas ou acarretar dano ao
paciente. Os EI são preveníveis
por meio de treinamento de pes-
soal, de suprimento adequado de
equipamentos, de identificação
72
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Unidades básicas de saúde, Hos-
pitais e Maternidades, Centro
Especializado em Reabilitação,
Supervisão técnica de Saúde- in-
terlocução de saúde da criança e
saúde da mulher, equipe técnica e
de planejamento da SPDM/PAIS.
O Comitê de SC da UVIS Vila Ma-
riana desenvolveu ações de for-
talecimento da investigação dos
casos evitáveis de SC e crianças
expostas à Sífilis por meio do mo-
nitoramento adequado dos casos
pelas UBS, identificação de fragi-
lidades nos serviços, discussão e
avaliação das oportunidades per-
didas no acompanhamento. Fo-
ram discutidos nas reuniões cer-
ca de 80 casos e seus desfechos,
estreitando a comunicação entre
os equipamentos que compõem
a Rede de Atenção à Saúde.
RESULTADOS
O Comitê de SC da UVIS Vila Ma-
riana desenvolveu ações de for-
talecimento da investigação dos
casos evitáveis de SC e crianças
correta dos imunobiológicos, de
insumos para a vacinação, de
supervisão dos serviços, e várias
outras medidas. Os EI podem
causar danos aos vacinados,
com ocorrência de eventos ad-
versos e proteção imunológica
inadequada; aumentando os cus-
tos diretos, como por exemplo a
necessidade de revacinação; ou
mesmo indireto ficando o traba-
lhador impossibilitado de exercer
sua função, além disso desgatam
e desacreditam a equipe de saú-
de. Diante do exposto é impor-
tante conhecer a natureza dos EI
para que se possa traçar planos
expostas à Sífilis por meio do mo-
nitoramento adequado dos casos
pelas UBS, identificação de fragi-
lidades nos serviços, discussão e
avaliação das oportunidades per-
didas no acompanhamento. Fo-
ram discutidos nas reuniões cer-
ca de 80 casos e seus desfechos,
estreitando a comunicação entre
os equipamentos que compõem
a Rede de Atenção à Saúde.
CONCLUSÕES
O Comitê de sífilis congênita da
Vila Mariana/ Jabaquara se mos-
trou um importante elemento que
torna possível a proximidade en-
tre os equipamentos que com-
põem a Rede de atenção à saú-
de. Por meio do Comitê de SC foi
possível a compreensão e com-
partilhamento dos obstáculos e
sucessos de cada equipe no terri-
tório com vistas à melhoria cons-
tante do processo de trabalho.
PALAVRAS-CHAVE
Comitê, Sífilis, congênita
para prevenir a ocorrência de no-
vos eventos.
OBJETIVOS
Caracterizar os EI notificados pe-
las Unidades Básicas de Saúde
(UBS) da região da Supervisão
Técnica de Saúde da Penha (ST-
S-Pe)/São Paulo, no ano de 2022
METODOLOGIA
Pesquisa de caráter documen-
tal com abordagem quantitativa
que utilizou dados provenientes
das notificações realizadas pelas
22 UBS da região da Supervisão
Técnica de Saúde (STS) Penha-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
São Paulo/SP. Mediante a iden-
tificação de um Evento Adverso
Pós Imunização (EAPI) ou um EI
os serviços preenchem uma ficha
única denominada: Ficha de no-
tificação/Investigação de Eventos
Adversos pós vacinação (disponi-
bilizada pelo Ministério da Saúde)
e enviam para Unidade de Vigi-
lância em Saúde (UVIS). A UVIS
Penha selecionou todas fichas de
notificação de EI, digitou os da-
dos em uma planilha de excel, de
forma que possibilitasse o compi-
lar e analisar os dados. No ano de
2022 foram notificados 115 casos
de EI.
RESULTADOS
Das 22 Unidades de Saúde da
Região da STS Penha, apenas
02 não notificaram casos de EI,
o número de EI notificado variou
de 14 (19,4%) notificações (duas
Unidades que tiveram maior nú-
mero de ocorrências) a 01 (0,9%)
notificação (três Unidades notifi-
caram apenas um EI). Em relação
ao imunobiológicos envolvido
nos EI, as vacinas de rotina e as
contra a COVID tiveram núme-
ro de ocorrência semelhantes.
58 EI (50,4%) ocorreram com
a administração de vacinas de
rotina, destacando-se a vacina
SÃO PAULO
CARTOGRAFIA SOCIAL MIRIAM -
MAPEANDO NOSSO TERRITÓRIO
GISELI PEDRO DOS SANTOS, WESLEY PIETRO CUSSIGH DE JESUS, LÍDIA
FLORÊNCIO DE OLIVEIRA, AMARILTON SILVA LIMA, GUILHERME BORREGO RUIZ,
VANUZA SOUSA DA SILVA, JERUSA APARECIDA DE SOUZA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em continuidade ao projeto Lep-
tospirose Não, iniciado em 2020,
que surgiu a partir de uma de-
manda numa reunião de conse-
lho gestor, o Projeto Cartografia
Social Mirim - Mapeando nosso
território, surge a partir da ne-
Volume 15
contra Meningite ACWY que foi
responsável por 20 EI (17,4%). E
57 EI (49,6%) referem-se a vaci-
na contra COVID, sendo a vacina
fabricada pelo Instituto Butantan
– CORONAVAC responsável pelo
maior número de ocorrências (26
EI – 22,6%). Em relação a essas
Unidades com maior número de
EI, em uma delas os 14 EI ocor-
reram com 9 imunobiológicos di-
ferentes a maioria deles de rotina
(apenas 03 EI foram referentes a
vacina contra COVID19) e na ou-
tra os 14 erros foram todos com
vacina contra a COVID19 O inter-
valo entre as doses foi o tipo de
erro mais frequente (56 – 48,7%),
seguido por tipo de imunobioló-
gicos (30 – 26,1%). O mês com
maior ocorrência de EI foi janeiro
(20 – 17,4%) e o de menor ocor-
rência outubro (2 – 1,7%). A faixa
etária mais acometida pelos EI
foram as crianças menores de 10
anos (75 – 76,5%).
CONCLUSÕES
Deve-se considerar as duas UBS
que tiveram maior número de EI
(14) apresentam diferenças, em
uma os EI são todos da vacina
contra COVID19 e na outra refe-
rem-se a 09 tipo de imunobiológi-
cos. A ocorrência de EI na maio-
cessidade da construção de um
fluxo de coleta para um resíduo
específico e bastante gerado no
território da Mooca (retalhos pro-
duzidos pelas oficinas de costu-
ra). Pensando nisso, em parceria
com o equipamento AME+ (Área
de abrangência UBS Belenzinho),
a equipe do programa PAVS –
ria das vezes em menores de 10
anos justifica-se dado ao volume
maior de vacinação para essa
faixa etária. O fato de 02 UBS
não apresentarem EI precisa ser
avaliado com cautela, estariam
os vacinadores preparados para
notificar os EI? Estariam cientes
da importância e da finalidade
da notificação? Há muitos fatores
que contribuiem para ocorrên-
cia de EI, tais como, mudanças
constantes nos calendários va-
cinais; horário de trabalho; nú-
mero reduzido e rotatividade de
profissionais, no entanto cabe ao
gestor identificar fatores que con-
tribuíram para ocorrência do EI e
traçar medidas para dificultar a
recorrência desses. Os dados do
presente estudo devem ser ana-
lisados considerando como limi-
tação o fato de que o número de
doses de vacinas aplicadas pelas
diferentes Unidades sofre varia-
ções, havendo algumas Unida-
des que concentram o número de
vacinados, à depender da locali-
zação, da facilidade de acesso,
podendo assim concentrar maior
número de EI.
PALAVRAS-CHAVE
IMUNIZAÇÃO, Supervisão Técni-
ca de Saúde da Penha
Programa Ambientes Verdes e
Saudáveis atuantes em Mooca/
Aricanduva, implementou o pro-
jeto com levantamento de dados
para estudo do perfil ambiental
da comunidade local, com 64 fa-
mílias das crianças matriculadas
no equipamento.
73

OBJETIVOS
Sensibilizar e mobilizar a comuni-
dade para a redução dos riscos
socioambientais, identificados
através do Diagnóstico Participa-
tivo.
METODOLOGIA
A metodologia para levantamento
do perfil das famílias e ambiente
em que residem realizamos os
seguintes levantamentos: - Apre-
sentação do projeto para diretor,
colaboradores do Equipamento
AME+ e gerente da UBS; - Le-
vantamento das crianças que
atuam no equipamento e rela-
taram a presença de roedores e
demais sinantrópicos em suas
residências; - Mapeamento das
potencialidades e riscos da co-
munidade onde reside a popula-
ção; - Elaboração de documento
norteador para potencializar a vi-
sita domiciliar ambiental com (fai-
xa etária das pessoas visitadas,
vacinados contra febre amarela,
vacinas faltantes, etnia da popu-
lação visitada, locais com poten-
SÃO PAULO
PROJETO DETETIVES AMBIENTAIS - CAÇA AO AEDES
GISELI PEDRO FERREIRA , JERUSA APARECIDA DE SOUZA, VANUZA SOUSA DA
SILVA, GUILHERME BORREGO RUIZ, AMARILTON SILVA LIMA, LÍDIA FLORÊNCIO
DE OLIVEIRA, WESLEY PIETRO CUSSIGH DE JESUS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Diante do aumento de casos de
Arboviroses no território, levan-
tamento de dados dos mapas de
calor e alto risco e necessidade
de ações de educação ambien-
tal, a equipe do programa PAVS
– Programa Ambientes Verdes e
Saudáveis atuantes em Mooca/
Aricanduva implementou o Proje-
to Detetives Ambientais - Caça ao
Aedes, nas escolas inscritas no
PSE - Programa Saúde na Escola
(1 escola por UBS), para fortaleci-
mento da atuação intersecretarial
74
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
cial para focos de Aedes Aegypti
e demais sinantrópicos, presença
de focos ou animais sinantrópi-
cos); - Diagnóstico participativo
com as crianças para que eles
fossem protagonistas, fortale-
cendo a educação ambiental com
(roda de conversa, formas de pre-
venção e mapeamento); - Conso-
lidação e apresentação de resul-
tados; - Exposição itinerante e
expansão do projeto para órgãos
locais para articulação e apoio no
planejamento de construção de
fluxo para os pontos de descarte
irregular dos retalhos identifica-
dos no mapeamento.
RESULTADOS
O projeto teve como resultado os
seguintes dados: Das 64 famílias,
realizamos a visita domiciliar am-
biental onde: (43 foram visitadas,
188 receberam orientações com
abordagens ambientais preven-
tivas contra doenças, 1 mudou
de endereço - fora da área, 8 não
residem mais na área e 2 perten-
cem a outra UBS). Da faixa etá-
e intersetorial, diminuição de fo-
cos e fomentação da sustentabi-
lidade nos territórios com empo-
deramento e efetiva participação
da comunidade escolar.
OBJETIVOS
Sensibilizar a comunidade esco-
lar cadastrada no PSE – Progra-
ma Saúde na Escola, através de
ações educativas voltadas para
Saúde Ambiental com foco no
Aedes aegypti.
METODOLOGIA
ria do público visitado, o maior
número é de 30-59 e em seguida
as crianças de 4 a 10 anos. Em
relação as vacinas contra febre
amarela, 99% das pessoas esta-
vam vacinas, porém das vacinas
faltantes identificamos COVID-19
e HPV.
CONCLUSÕES
Grandes partes das doenças in-
fecciosas estão relacionadas
aos hábitos dos indivíduos com
o ambiente em que vivem, por-
tanto faz-se necessário e impres-
cindível a expansão de projetos
como este, onde temos desde
a base do problema, com foco
evidenciado através de dados,
até a construção de indicadores
que possibilitam o planejamento
e aplicação de ações preventivas
que melhoram consideravelmen-
te o ambiente e qualidade de vida
da população.
PALAVRAS-CHAVE
CARTOGRAFIA SOCIAL, DIAG-
NÓSTICO PARTICIPATIVO
Metodologia realizada em 2 eta-
pas: 1 etapa: - Apresentação de
proposta para os profissionais
técnicos envolvidos no proje-
to, Diretoria Regional de Ensino
e Supervisão Técnica de Saúde
Mooca/Aricanduva; - Escolha da
Escola e envio para STS Mooca/
Aricanduva e Gestor Ambiental
Local; - Apresentação do projeto
para as escolas e professores; 2
etapa: - Todas as turmas rece-
beram orientações em forma de
palestra com foco no mosquito
Aedes aegypti e identificação dos
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
focos das larvas, incluindo todo
ciclo de vida do mosquito. Cada
faixa etária recebeu a palestra
adaptada para sua faixa etária
(crianças e adolescentes); - Quin-
tal do Aedes: Foi criado um cená-
rio no ambiente escolar para que
os alunos pudessem identificar
todos os possíveis locais propí-
cios para desenvolvimento do
mosquito; - Exposição do ciclo
de vida do Aedes Aegypti e de-
mais animais sinantrópicos. No
final da atividade houve a realiza-
ção de um quiz (verdadeiro ou fal-
so), com algumas perguntas para
garantir que os participantes te-
nham absorvido as orientações.
- A ideia foi replicar a atividade
também com os pais dos alunos
para fortalecimento do conheci-
SÃO PAULO
APLICAÇÃO DA AURICULOTERAPIA EM UM GRUPO DE
TABAGISMO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
SAMUEL CAMPANA ARNDT
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O tabagismo é considerado um
problema de saúde pública, sen-
do a principal causa de morte evi-
tável no mundo e seus malefícios
estão associados a mais de 50 ti-
pos de doenças. Neste contexto,
torna-se relevante a articulação
das práticas integrativas, dentre
elas a auriculoterapia, para pes-
soas tabagistas. Essas práticas
buscam substituir modelos de
atenção biomédicos, por práticas
que favoreçam a integralidade
dos cuidados à saúde, por meio
da prevenção e promoção de
saúde, trazendo melhora na qua-
lidade de vida das pessoas, bem
como incentivando os participan-
tes para que consigam diminuir
ou cessar com o hábito de fumar.
OBJETIVOS
Este relato de experiência tem
Volume 15
mento, garantir maior efetividade
do projeto, formação de vínculo
e corresponsabilidade nas ações
cotidianas; - Foi realizada uma
cerimônia de encerramento com
entrega de medalhas e/ou cer-
tificado de detetives ambientais
para os alunos participantes do
projeto.
RESULTADOS
Ao final do projeto, conseguimos
abordar aproximadamente 2.400
pessoas (crianças, adolescentes
e adultos). O projeto foi realiza-
do em duas escolas na região da
Mooca sendo elas (EMEI João
Mendonça Falcão e EMEF Aná-
lia Franco Bastos) e na região do
Aricanduva foram contempladas
as escolas (EMEI Profª Thereza
como objetivo demonstrar a efe-
tividade de aplicação de auriculo-
terapia, melhorando a qualidade
de vida dos usuários e ampliando
o acesso as Práticas Integrativas
e Complementares em Saúde
(PICS) no SUS. As práticas acon-
teceram no grupo de tabagismo
da UBS Jardim Miriam II e abran-
geram os usuários com o objetivo
de cessar o fumo.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experi-
ência de uma intervenção de auri-
culoterapia realizada no Grupo de
Tabagismo da UBS Jardim Miriam
II do município de São Paulo, que
tinha o intuito de aliviar sintomas
físicos e emocionais principal-
mente em relação à ansiedade,
advindos da abstinência à nicoti-
na. Foram realizados dez encon-
tros com o grupo de tabagismo,
The de Carvalho, EMEI Profº João
Ortale, EE Duque de Caxias e CEI
Teresa Dávila).
CONCLUSÕES
Considerando que as ações pre-
ventivas em saúde são estraté-
gias eficazes, visto que, levamos
para a população conhecimento,
corresponsabilidade, conscien-
tização, autonomia e que esse
conjunto de atitudes pode levar a
redução de riscos a doenças, as-
sim como, proporcionar melhora
na qualidade de vida e diminuição
de impactos ambientais e na saú-
de.
PALAVRAS-CHAVE
Educação, ambiental, prevenção,
Aedes
das quais eram divididos em dois
momentos. O primeiro momento
envolvia uma roda de conversa
a fim de os tabagistas socializa-
rem e problematizarem sobre as
dificuldades e facilidades em re-
lação ao tabagismo. O segundo
momento envolvia a aplicação da
auriculoterapia, com sementes
de mostarda, sendo utilizado os
pontos auriculares previstos no
protocolo da Universidade Fede-
ral de Santa Catarina (UFSC) para
tabagismo: shen men, san jiao,
ansiedade, relaxamento muscu-
lar, pulmão superior e inferior, fí-
gado, rim e vício.
RESULTADOS
A auriculoterapia favoreceu a in-
tegralidade do cuidado com vis-
tas a melhoria da qualidade de
vida dos integrantes do grupo de
tabagismo. Os resultados positi-
75

vos, tanto físicos como psicoe-
mocionais, foram verificados já
nas primeiras sessões, apontan-
do para a efetividade da prática
em um curto período. Ao longo
dos grupos em 2022 percebemos
a redução da média de cigarros
utilizados diariamente e em al-
guns casos a completa parada
do uso de cigarro pelo paciente.
Tal experiência permitiu identifi-
car a prática da auriculoterapia
como medida de promoção e re-
cuperação da saúde do paciente
tabagista, além disso, a adesão à
auriculoterapia pode ainda con-
tribuir para avaliar a necessidade
ou a minimização da utilização
de fármacos, uma vez que, esta
técnica tem se mostrado de bai-
SÃO PAULO
TUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO,
TRATAMENTO E MONITORAMENTO DA SÍFILIS EM GESTANTES
ALLYSSON ANTONIO RAIMUNDO, LEILANE PINTO GAMA, SAMARA NOGUEIRA DA
ROCHA, NATHALIA RODRIGUES DE ALMEIDA ROSA, ROSELI DE SOUSA, FERNANDA
SANTOS DE CASTRO, MARIA EUNIDES RIBEIRO DA SILVA, RENATA CARVALHO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Sifilis é uma infecção sexual-
mente transmissível e um grave
problema de saúde pública mun-
dial, mesmo que na maioria dos
casos o tratamento apresente um
desenlace satisfatório. A benzil-
penicilina benzatina é o medi-
camento de escolha para o tra-
tamento de sífilis, sendo a única
droga com eficácia documentada
durante a gestação. Não há evi-
dências de resistência de T. palli-
dum à penicilina no Brasil e no
mundo. Protocolos do Ministério
da Saúde e pareceres da Secre-
taria Municipal de São Paulo e do
Conselho Federal de Enferma-
gem apóiam sobre a prescrição
da penicilina benzatina pelos en-
fermeiros da atenção básica e ad-
ministração pelos profissionais de
enfermagem, reafirmando o papel
76
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
xo custo, ampla aceitação e com
resultados promissores para inú-
meras intervenções terapêuticas,
incluindo controle da vontade de
fumar e auxiliar frente à abstinên-
cia. Outro fator importante ob-
servado, é que mesmo sendo um
grupo para cessar o tabagismo,
muitos dos pacientes não o fize-
ram, mas podemos considerar
que houve ganho na qualidade de
vida dos pacientes que diminuí-
ram a quantidade de cigarros dia-
riamente, diminuindo os impactos
negativos que a nicotina traz ao
paciente tabagista e trazendo tal-
vez uma nova oportunidade para
este paciente repensar o que foi
aprendido no grupo e futuramen-
te cessar de vez o uso do tabaco.
fundamental da categoria profis-
sional no cuidado à saúde. A par-
tir da problemática do aumento
do número de casos de Sífilis em
Gestante, as fragilidades obser-
vadas principalmente nas ações
de monitoramento, prevenção,
tratamento e controle da Sífilis no
âmbito da atenção básica, sur-
giu à seguinte indagação: Quais
ações podem ser desenvolvidas
para qualificar e empoderar os
enfermeiros da atenção primária
a saúde quanto ao diagnóstico,
tratamento e monitoramento da
sífilis em gestante, de modo que
controle e reduza o número de
casos de Sífilis Congênita?
OBJETIVOS
Contribuir na qualificação das
ações realizadas pelos enfermei-
ros da APS quanto ao diagnósti-
CONCLUSÕES
A auriculoterapia mostrou-se pro-
missora neste contexto, podendo
trazer benefícios diretos aos pa-
cientes tabagistas, em relação à
disposição para cessar com o há-
bito de fumar e diminuição da an-
siedade quanto para a promoção
da qualidade de vida. Além disso,
torna-se relevante enfatizar que a
auriculoterapia pode ser estendi-
da a toda população e realizada
com o objetivo de minimizar con-
dições patológicas e contribuir
para a melhora da qualidade de
vida.
PALAVRAS-CHAVE
Auriculoterapia, Tabagismo
co, tratamento e acompanhamen-
to com a finalidade de prevenção
da sífilis congênita.
METODOLOGIA
O tipo de estudo realizado foi re-
lato de experiência das atividades
realizadas nas Unidades Básicas
de Saúde da região Sudeste (UBS
Engenheiro Trindade, UBS Padre
José de Anchieta, UBS Antonio
Vila Lobo, , UBS Jardim São Ni-
colau) em uma escola estadual
da área de abrangência da UBS
Engenheiro Trindade e nas Unida-
des Básicas de Saúde da região
Norte (UBS Vila Dionísia e UBS
Vila Espanhola), além de reuniões
técnicas com as respectivas su-
pervisões de saúde regionais.
RESULTADOS
Realizamos várias ações com
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
gestantes e estudantes na fai-
xa etária dos 11 aos 18 anos,
quanto a conscientização sobre
Infecções Sexualmente Trans-
missiveis, dentre elas a Sífilis,
bem como sua prevenção, uso
adequado dos métodos de bar-
reira (condons), saúde sexual e
reprodutiva e planejamento fa-
miliar. Essa abordagem com os
adolescentes foi feita visando a
educação em saúde para auxilio
na prevenção dos casos de sifi-
lis adquirida, que impacta no in-
cidência da sífilis em gestantes
e congênita. Foram realizados
treinamentos com as equipes de
enfermagem e agentes comunitá-
rios de saúde para fortalecimento
do vínculo com os usuários e en-
fatizar a responsabilidade sanitá-
ria de cada coloborador no aten-
dimento e fluxo de casos de sifilis
SÃO PAULO
CONTRIBUIÇÃO DA ASSITÊNCIA FARMACÊUTICA NO PROGRAMA
DE TRATAMENTO DA TUBERCULOSE NA UBS CUPECÊ
EDNA XAVIER BARROS PERIOTO, CLAUDIA FONSECA MENDES ALBUQUERQUE
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A tuberculose é uma doença in-
fectocontagiosa causada pela
bactéria Mycobacterium tubercu-
losis, (bacilo de Koch). A doença
afeta prioritariamente os pulmões
(forma pulmonar), embora pos-
sa acometer outros órgãos e/ou
sistemas (forma extrapulmonar).
A tuberculose é uma doença
curável em praticamente todos
os casos, em pessoas com ba-
cilos sensíveis aos medicamen-
tos antituberculose, desde que
obedecidos os princípios básicos
da terapia medicamentosa e que
haja a adequada operacionaliza-
ção do tratamento. A Assistência
Farmacêutica é um conjunto de
ações relacionadas com o medi-
camento, contribuindo para o uso
racional do medicamento, pres-
Volume 15
em gestantes, visando a preven-
ção e a redução da sifilis conge-
nita. Além disso, abordamos so-
bre a importância do enfermeiro e
de sua autonomia no tratamento
adequado da Sífilis na Atenção
Primária a Saúde, a importância
do rastreamento e do pré-natal
da parceria e do monitoramento
do casos.
CONCLUSÕES
Houve duas reuniões técnicas
com as supervisões de saúde
sudeste e norte (uma com cada
região), buscando discutir sobre
a prescrição da penicilina benza-
tina pelos enfermeiros da atenção
primário, dado que já temos as
evidências cientificas e pareceres
públicos e profissionais/legais à
favor e precisamos resgatar a au-
tonomia e empoderamento des-
tando apoio a equipe de saúde
na assistência ao paciente. Base-
ado neste princípio, realizamos a
implementação de novos fluxos e
procedimentos de dispensação
dos medicamentos para Tubercu-
lose e implementação da consul-
ta e acompanhamento farmacêu-
tico obrigatório para os pacientes
em tratamento medicamentoso
na unidade Cupecê, a fim de inse-
rir o profissional farmacêutico no
programa de tratamento de Tu-
berculose da unidade e garantir o
vínculo do usuário ao tratamento.
OBJETIVOS
Contribuir com a Equipe de Estra-
tégia de Saúde da Família através
do cuidado Farmacêutico integral
nas pessoas com Tuberculose
da unidade, de modo a garantir
o tratamento medicamentoso e
tes profissionais. Houve questio-
namentos sobre por qual motivo
as regiões são tão distintas nessa
autonomia e o impacto disso nos
indicadores e na morbimortalida-
de materno-infantil. Concluímos
que a enfermagem tem um pa-
pel fundamental na prevenção,
rastreio/diagnóstico, tratamento,
monitoramento da Sifilis e com a
atuação e autonomia dos profis-
sionais enfermeiros, podemos ter
um impacto positivo na redução
dos casos de Sífilis em gestantes
e congênitas. Precisamos empo-
derar estes profissionais para de-
senvolvimento de estudos clíni-
cos, randomizados que mostrem
a importância da sua atuação na
redução dos casos.
PALAVRAS-CHAVE
SÍFILIS EM GESTANTES
acompanhamento farmacêutico
dos casos diagnosticados, pro-
movendo a redução do abandono
e aumento dos índices de cura.
METODOLOGIA
Os medicamentos para tubercu-
lose foram concentrados na far-
mácia, armazenados em caixas
plásticas individuais identificadas
com nome do paciente, data do
início e data aproximada do tér-
mino do tratamento, fase do tra-
tamento medicamentoso e identi-
ficação para diferenciar o uso dos
medicamentos da Fase II. A se-
gunda via da prescrição médica
é armazenada nas gavetas. Nas
dispensações de medicamento,
o paciente é orientado a vir até
a unidade diariamente e buscar
a sala da medicação se identi-
ficando. A enfermagem retira a
77

medicação na farmácia e entrega
para o paciente. Padronizamos
as prescrições contendo infor-
mações relevantes para o acom-
panhamento medicamentoso da
equipe como a fase do tratamen-
to que o paciente está realizando,
o mês de tratamento da fase, nº
do sus do paciente, nº do SINAN,
data do início do tratamento,
peso do paciente. Criamos pla-
nilha de dispensação para cada
paciente, contendo data da reti-
rada do medicamento, assinatura
da enfermagem que fez a retirada
e assinatura do técnico de far-
mácia que realizou a dispensa-
ção, também são registradas as
faltas do paciente. Para garantir
que o paciente realizou os 30 dias
do tratamento medicamentoso,
criamos outra planilha carimba-
da pela farmácia a cada dispen-
sação, garantindo o tratamento
medicamentoso do ciclo a cada
30 dias. Após passar em consulta
médica os pacientes passam em
SÃO PAULO
MAIS SAÚDE, MENOS PLÁSTICO
GISELI PEDRO DOS SANTOS, ANA CAROLINE DA SILVA VENANCIO, VANUZA SOUSA
DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
No centro da iniciativa da Nova
Economia do Plástico está a vi-
são de uma economia circular
para o plástico na qual ele nun-
ca se torna resíduo, com adoção
de seis estratégias principais: -A
eliminação de embalagens plásti-
cas problemáticas ou desneces-
sárias por meio de redesenho,
inovação e novos modelos de
entrega; -Aplicação dos mode-
los de reutilização quando rele-
vante, reduzindo a necessidade
de embalagens de uso único;
-Todas as embalagens plásticas
serem 100% reutilizáveis, reciclá-
veis ??ou compostáveis; -Todas
78
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
consulta farmacêutica, no dia do
início do tratamento e quinze dias
após o início e a próxima consulta
será na mudança de fase.
RESULTADOS
A contribuição da Assistência
Farmacêutica no programa de
tuberculose da unidade Cupecê,
favoreceu a interação do Farma-
cêutico com a equipe de saúde
e o fortalecimento entre as equi-
pes, a melhoria dos aspectos
relacionados ao tratamento me-
dicamentoso do paciente, detec-
ção de possíveis abandonos do
tratamento medicamentoso, ra-
pidez nas informações quanto ao
tratamento medicamentoso dos
pacientes para a equipe, erro zero
de prescrições de medicação
para tuberculose, acompanha-
mento farmacêutico ao paciente,
detecção das possíveis reações
adversas ao medicamento e di-
recionamento ágil para a equipe
deste paciente, diminuição do
as embalagens plásticas serem
reutilizadas, recicladas ou com-
postadas na prática; -A total au-
sência de correlação do uso do
plástico com o consumo de re-
cursos finitos; -Todas as emba-
lagens plásticas serem livres de
produtos químicos perigosos, e
a saúde, segurança e direitos de
todas as pessoas envolvidas se-
rem respeitados. Dada a relação
direta desse compromisso com a
promoção de saúde, o Programa
Ambientes Verdes e Saudáveis
(PAVS), que tem o objetivo de
contribuir para o desenvolvimen-
to de políticas de saúde ambien-
tal, visando fomentar o desen-
volvimento de uma nova prática
número de abandono ao trata-
mento.
CONCLUSÕES
A assistência farmacêutica é es-
sencial para o cuidado ao pacien-
te em tratamento da tuberculose.
A sua contribuição junto a equipe
de saúde é capaz de promover
não só o uso racional do medica-
mento, mas de estabelecer for-
talecimento do vínculo entre os
profissionais de saúde nos pro-
cessos do cuidado ao paciente
acometidos por esta doença. A
dificuldade de adesão ao trata-
mento medicamentoso, devido a
vários fatores relacionados aos
adventos do tratamento, torna
essencial a presença do profis-
sional farmacêutico no programa
de tratamento da tuberculose.
PALAVRAS-CHAVE
ASSITÊNCIA FARMACÊUTICA,
TUBERCULOSE
de saúde, propõe o Projeto Mais
saúde, menos plástico. Em par-
ceria e trabalho integrado com a
Gestão Ambiental da SPDM/PAIS
, pensou-se em unificar as ações
e realizá-las através da Comis-
são de Sustentabilidade da UBS
Belenzinho, pertencente a região
onde atua a STS Mooca/Arican-
duva.
OBJETIVOS
Contribuir para a formação de
territórios saudáveis e sustentá-
veis por meio da adoção de estra-
tégias de economia circular, em
consonância com o Compromis-
so Global para a Nova Economia
do Plástico.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
METODOLOGIA
- Realização de diagnóstico de
vistoria com profissionais da saú-
de e participantes da comissão
de Sustentabilidade da unidade
básica de saúde; - Análise da
disposição das lixeiras, identifi-
cação e estratégias para melho-
ria de descarte de recicláveis;
- Estímulo à eliminação de em-
balagens plásticas e/ou produtos
problemáticos ou desnecessá-
rios através de intervenções in-
ternas, reuniões, grupos e visitas;
- Fomentação para aumento das
taxas de coleta, separação e re-
ciclagem; - Acompanhamento e
monitoramento dos dados atra-
vés da elaboração de relatórios
mensais para observação de ade-
são dos profissionais em relação
as ações de melhoria propostas;
- Apresentação de resultados aos
profissionais de saúde para con-
tinuidade e potencialização dos
processos.
SÃO PAULO
AÇÕES DESENCADEADAS PARA IMPLANTAÇÃO DO ATENDIMENTO
DA ESPOROTRICOSE HUMANA NA UBS JARDIM JAPÃO
ROSILENE LOPES CARNEIRO DA SILVA, FLÁVIO CARLOS CARDOSO, TATIANA
TARGINO SANCHES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Esporotricose é uma Infecção
fúngica que atinge habitualmen-
te a pele, tecido subcutâneo e
os vasos linfáticos, mas pode
afetar também órgãos internos;
O diagnóstico é confirmado por
micológico direto e cultura com
identificação do Sporothrix nas
amostras do tecido infectado;
Observamos em nosso território,
que a forma em que se apresenta
a transmissão é por arranhadura
ou mordedura de felinos contami-
nados com o fungo esporotrix; O
tratamento de escolha é o medi-
camentoso por via oral pois tem
pouco efeito colateral e é bem
Volume 15
RESULTADOS
Para diminuição do uso de copos
descartáveis foi implementado o
Termômetro Sustentável onde, no
início de 2022 tínhamos em média
a utilização de 2.200 copos/mês.
Após as ações propostas, no final
de 2022, observamos pela plani-
lha de monitoramento que houve
diminuição. Atualmente, a unida-
de utiliza em média 458 copos/
mês, apenas em sala de medi-
cação e odonto (para pacientes).
Hoje, os profissionais possuem
suas próprias garrafas e canecas,
contribuindo para o sucesso do
projeto.
CONCLUSÕES
A economia circular ajuda a en-
frentar as mudanças climáticas,
a perda da biodiversidade e a
proliferação de enfermidades de-
correntes de: resíduos; sinantró-
picos; contaminação da água, do
tolerado; A UBS Jardim Japão
é uma unidade de saúde tradi-
cional pertencente a Supervisão
Técnica de Saúde Vila Maria/Vila
Guilherme cujo território possui
maior incidência de casos de Es-
porotricose animal e humana do
Município de São Paulo, por isso
se fez necessário a elaboração
de um fluxo interno e alinhamento
dos processos para melhor dire-
cionamento dos casos.
OBJETIVOS
Capacitar a equipe multiprofissio-
nal da unidade básica de saúde
em relação as ações de vigilân-
cia em saúde da Esporotricose;
ar e do solo. Além disso, promove
a geração de renda, combaten-
do a insegurança alimentar e cria
cidades e economias prósperas
(2022, Ellen MacArthur Founda-
tion). Sendo assim, no dia 08 de
Março de 2019 a cidade de São
Paulo, por meio da Secretaria
Municipal de Relações Interna-
cionais, tornou-se signatária do
Compromisso da Nova Economia
Global do Plástico.
PALAVRAS-CHAVE
SAÚDE, PLÁSTICO
BIBLIOGRAFIA
Ellen MacArthur Foundation. O
Relatório de Progresso do Com-
promisso Global 2021.
Disponível em: https://ellenma-
carthurfoundation.org Secretaria
Municipal de Saúde.
P O R T A R I A
1573/2011-SMS.G.2011
Construir fluxo dentro da unidade
de saúde para agilizar o atendi-
mento dos pacientes; Qualificar
a equipe técnica para identifica-
ção dos novos casos, despertar
o olhar para o gato contaminado
com Esporotricose, por estar inti-
mamente relacionado à fonte de
infecção dos casos humanos.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo qualitati-
vo, onde foi realizado pela equi-
pe de enfermagem a capacitação
e sensibilização da equipe para
atendimento dos casos de Espo-
rotricose Humana, tendo em vista
que para este agravo a consulta
79

na unidade de referência é dispo-
nibilizada no máximo em 10 (dez)
dias pela regulação, favorecendo
o acesso ao diagnóstico labora-
torial e início do tratamento com
mais rapidez. O acolhimento do
paciente é realizado pela equipe
multiprofissional da unidade de
saúde, que percebeu a neces-
sidade de realizar ações extra
muro com objetivo de sensibili-
zar a população do seu território.
Foi escolhido a feira livre como
ação extra muro com objetivo de
alcançar o maior número de mu-
nícipes, sensibilizar a população
e realizar a busca-ativa de novos
casos. A abordagem utilizada foi
distribuição de folders fornecido
pela UVIS Vila Maria, orientação
SÃO PAULO
IMPLANTAÇÃO DE COMITÊ LOCAL DE PREVENÇÃO DE
TRANSMISSÃO VERTICALDE SÍFILIS DE GUAIANASES/SP
RITA DE CASSIA BORGES DA SILVA, ELIANE APARECIDA SALA, EVELYN DE SOUZA
VIANA CONCEIÇÃO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
No ano de 2021, o território de
Guaianases, bairro localizado na
periferia da capital paulista, teve
o acompanhamento de 4090 ges-
tantes na rede pública de saúde,
sendo que 201 destas apresenta-
ram alteração de sorologia para
sífilis durante o pré-natal (PN),
onde 35 destas gestantes de-
ram à luz a crianças congênitas
e 5 evoluíram com aborto/óbitos
por sífilis. Com recomendação e
apoio da Coordenadoria Regio-
nal de Saúde Leste (CRSL) diante
da necessidade de melhorar os
processos de diagnóstico, trata-
mento, seguimento, investigação
de casos de sífilis, foi implantado
em 08 de abril de 2022, o Comi-
tê Local de Transmissão Vertical
do território de Guaianases. A Sí-
filis é uma infecção sexualmente
transmissível (IST) sistêmica, de
80
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
oral aos munícipes sobre suspei-
ta e busca da unidade.
RESULTADOS
Os resultados obtidos das diver-
sas ações realizadas pela UBS
Jardim Japão, foi o maior quanti-
tativo de notificações deste agra-
vo no território da STS Vila Maria/
Vila Guilherme, segundo levanta-
mento realizado pela Unidade de
Vigilância em Saúde Vila Maria
no SINAN (Sistema de Informa-
ção de Agravos de Notificação). A
UBS Jardim Japão realizou iden-
tificação precoce dos casos, com
alto índice de tratamento e cura,
rapidez no encaminhamento ao
serviço especializado, envolvi-
evolução crônica, causada por
uma bactéria Gram Negativa –
Treponema pallidum. A doença é
exclusiva do ser humano e é curá-
vel. Se não tratada pode evoluir
para formas mais graves ao lon-
go de muitos anos, costumando
comprometer especialmente os
sistemas nervoso e cardiovas-
cular. A Organização Mundial da
Saúde (OMS) considera a sífilis
como um problema de saúde pú-
blica mundial, mesmo já existindo
diagnóstico e tratamento estabe-
lecidos e de baixo custo1 (Proto-
colo de Prevenção Vertical, 2021).
Na gravidez, caso a sífilis seja
transmitida da mãe para o bebê,
os principais riscos para crian-
ça são: parto prematuro, abor-
tamento, morte fetal e sequelas
neurológicas.
OBJETIVOS
mento da equipe multiprofissional
no reconhecimento do evento e
encaminhamento.
CONCLUSÕES
Atuação como prevenção e pro-
moção a saúde gerando conheci-
mento e cuidado a população do
território, através da apropriação
da Esporotricose Humana, efeti-
vidade no atendimento compar-
tilhado em equipe, melhoria na
identificação precoce do agravo
e encaminhamento do paciente
conforme fluxo estabelecido na
Nota Técnica.
PALAVRAS-CHAVE
Esporotricose Humana
• Contribuir para a melhoria da
qualidade do PN; • Reduzir a taxa
de transmissão vertical por sífilis
no território; • Promover ações
educativas baseadas na proble-
matização e erros de processos
de trabalhos; • Contribuir para
que os profissionais desenvol-
vam o trabalho com proprieda-
de, conhecimento e segurança;
• Expandir conhecimento e im-
plantar os fluxos estabelecidos
nos Protocolos de Diretrizes Te-
rapêuticas de transmissão verti-
cal municipal e do Ministério da
Saúde; • Investigar os casos de
transmissão vertical do território
de Guaianases de forma efetiva e
com caráter educativo; • Desen-
volver novas técnicas de monito-
ramento de gestantes com sífilis e
crianças expostas.
METODOLOGIA
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
O presente trabalho aborda os
pressupostos para o conheci-
mento científico, cuja modali-
dade a ser tematizada é o relato
de experiência da implantação
de Comitê Local de Transmissão
Vertical do Território de Guaia-
nases. Este comitê tem como
membros diretos profissionais de
saúde da Supervisão Técnica de
Saúde e Vigilância Epidemiológi-
ca de Guaianases. São realizadas
reuniões mensais e onde partici-
pam profissionais de saúde das
14 unidades básicas de saúde
(UBS) do território, a maior parte
enfermeiros, médicos e gerentes
das unidades, além de profissio-
nais de outros equipamentos de
saúde como Consultório na Rua e
Hospital Regional de Guaianases
que é a referência de maternidade
da região. De abril de 2022 a de-
zembro de 2022, foram realizadas
8 reuniões de comitê de trans-
missão vertical, com duração
de 3 horas, sendo realizadas na
Supervisão Técnica de Saúde de
Guaianases. Nas reuniões foram
discutidos e elucidados casos de
transmissão vertical de gestantes
e de crianças acompanhadas nas
UBS da região. O comitê, quando
necessário também realiza ação
de auditoria de prontuário e dis-
cussão do caso na própria unida-
de de saúde. Também foi criado
um grupo de WhatsApp para que
profissionais de saúde tirem suas
dúvidas e se mantenham conec-
SÃO PAULO
APERFEIÇOAMENTO DE TESTAGEM RÁPIDA PELA ENFERMAGEM
EMUNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE EM GUAIANASES
RITA DE CASSIA BORGES DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Através de análise de dados
epidemiológicos de sífilis con-
gênita de Guaianases, região
periférica da capital paulista,
Volume 15
tados com o tema.
RESULTADOS
Através do comitê local de trans-
missão vertical foi possível iden-
tificar os principais erros de
processo de trabalho e de as-
sistência de PN como: • Erro de
diagnóstico: quando profissional
pressupõe que o caso é uma ci-
catriz sorológica e a infecção
está ativa de sífilis; • Divergên-
cias do resultado de testagem
rápida e sorologia, o que impacta
no atraso do inicial do tratamen-
to da gestante; • Aprazamentos
de tratamento em discordância
o Protocolo de Prevenção de
Transmissão Vertical; • Dificulda-
de no tratamento do parceiro da
gestante; • Casos de gestantes
não notificadas; • Falhas no mo-
nitoramento mensal do exame
VDRL; • Dificuldade de revelação
do diagnóstico. Com base nesses
erros de processos de trabalhos
podemos ter um olhar diferen-
ciado para a assistência ao PN
da atenção primária do território,
podendo melhorar nossos indica-
dores e atingir nossos objetivos
em ralação a qualidade ao PN de
gestantes com sífilis.
CONCLUSÕES
Concluímos que a implantação
do Comitê Local de Transmissão
Vertical é efetiva para atuação da
vigilância em saúde e contribui
verificou-se que em 2021, o ter-
ritório teve 201 gestantes com
sífilis e dessas 40 evoluíram
para casos de sífilis congênita.
Através destes dados a Vigilân-
para a diminuição de falhas de
processos e consequentemente
a diminuição de sífilis congêni-
ta. Através desse comitê local
podemos identificar os erros e
pensar em novas estratégias para
o monitoramento de gestantes
com sífilis, crianças expostas e
crianças que nasceram com sífilis
congênita. Evidenciamos que por
ser o comitê de caráter educativo
os profissionais apresentam mais
segurança em compartilhar ca-
sos e dúvidas, aumentando deste
modo o vínculo com a vigilância e
supervisão de saúde e tomando
as decisões dos casos de forma
compartilhada.
PALAVRAS-CHAVE
SIFILIS, COMITE DE PREVEN-
ÇÃO, VIGILANCIA
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA 1. São Paulo, Se-
cretaria Municipal da Saúde, Co-
ordenadoria de
IST/Aids, Coordenadoria de Vigi-
lância em Saúde, Coordenadoria
de Atenção Básica,
Protocolo de prevenção da trans-
missão vertical da sífilis e da sífilis
congênita/
Secretaria Municipal da Saúde,
Coordenadoria de IST/Aids, Co-
ordenadoria de
Vigilância em Saúde, Coorde-
nadoria de Atenção Básica. São
Paulo, 2021
cia Epidemiológica e a Super-
visão de Saúde de Guaianases
realizaram um levantamento
identificando os principais er-
ros de acompanhamento de
81

Pré-Natal (PN) e de processos
de trabalho. Os pontos críticos
observados foram: início tardio
de PN, esquemas de tratamen-
to diferentes do protocolo do
Ministério da Saúde, falha no
tratamento de parceiros, ges-
tantes não notificadas durante
o PN e números expressivos de
erros de testagem rápida de Sí-
filis. O apontamento de erros de
testagens rápidas foi identifica-
do através de análises de pron-
tuários de diversas Unidades
Básicas de Saúde (UBS) onde
constatamos resultados diver-
gentes entre testes laborato-
riais e teste rápido (TR), ou seja,
exame coletado no mesmo dia
onde o resultado do TR de sífilis
era negativo e teste treponêmi-
co e VDRL laboratorial positi-
vos. Sabendo-se que os testes
rápidos são de alta sensibilida-
de e especificidade quando re-
alizados de forma correta e que
esses resultados falsos negati-
vos levam ao tratamento tardio
das gestantes com sífilis, fez-se
necessário planejarmos uma
qualificação da testagem rápi-
da em campo, ou seja, através
de vistorias, sensibilização e
requalificação dos profissionais
de enfermagem para realização
da técnica correta
OBJETIVOS
• Requalificar os profissionais de
Enfermagem: Auxiliares de Enfer-
magem e Enfermeiros para téc-
nica correta de testagem rápida
de IST; • Evitar resultados falsos
negativos de testagem rápida por
erro de execução; • Diminuir ca-
sos de sífilis congênita do territó-
rio, por erros de testagem rápida
e tratamento tardio; • Aproximar
os interlocutores da vigilância
epidemiológica e supervisão de
saúde dos profissionais de enfer-
magem das UBS do território.
METODOLOGIA
82
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Em Guaianases os auxilia-
res de enfermagem realizam a
maior parte das testagens rá-
pidas. Para que isso aconteça
é necessário que o enfermeiro
responsável técnico da unida-
de realize a capacitação dessa
categoria profissional e que os
demais enfermeiros auxiliem
na supervisão desse procedi-
mento. A requalificação para
aprimoramento de testagem
rápida ocorreu por meio de de-
monstração direta da execução
dos testes por punção digital
e revisão criteriosa da técnica.
Foi realizado um cronograma
para visitas de requalificação
dos profissionais nas 14 UBS
do território e em outros equi-
pamentos como Consultório na
Rua (CnR) e Atendimento Médi-
co Ambulatorial (AMA). Foi cria-
do um instrumento em forma de
questionário para identificação
das principais dificuldades e er-
ros de execução da técnica de
testagem. As visitas de requali-
ficação foram realizadas em ho-
rário amplo para que todos os
auxiliares de enfermagem das
instituições pudessem partici-
par. Após cada visita de requa-
lificação foram realizados os
apontamentos das falhas e das
dificuldades para o enfermeiro
responsável técnico de cada
unidade, foram enviados rela-
tórios para todas as unidades
contendo os pontos deficientes
e que necessitavam de maior
atenção.
RESULTADOS
Os principais erros e dificulda-
des de execução de testagem
rápida realizados pela enferma-
gem foram: • Dificuldade na ma-
nipulação das pipetas; • Volume
de sangue insuficiente puxados
pela pipeta; • Pipetas trocadas;
• Volume inadequado de diluen-
te; • Tempo de leitura errado; •
Identificação do usuário errada;
• Armazenamento dos testes em
locais inadequados e sem mo-
nitoramento de temperatura; •
Anotação de enfermagem defi-
ciente. Com o aperfeiçoamento
da técnica pudemos evidenciar
alguns pontos relevantes para
que esse trabalho seja referên-
cia para vigilância em saúde: •
Boa aceitação da metodologia
pelos auxiliares de enferma-
gem e enfermeiros; • Melhora
na qualidade de diagnósticos
realizados por testagens rápi-
das; • Início de tratamento em
tempo mais oportuno quando
diagnosticados precocemente;
• Melhor adequação dos fluxos
e dos processos de trabalho no
que se refere ao monitoramento
de gestantes com sífilis e pes-
soas com infecções sexualmen-
te transmissíveis (IST).
CONCLUSÕES
Através desse trabalho foi possí-
vel sensibilizar toda rede da aten-
ção primária à saúde de Guaiana-
ses da importância de execução
da técnica de testagem rápida ser
realizada com qualidade e res-
ponsabilidade. Pudemos ampliar
o vínculo da Vigilância Epidemio-
lógica e a Supervisão de Saúde
com os profissionais de enferma-
gem de todo território, fazendo
com que os profissionais tiras-
sem suas dúvidas e se sentissem
mais seguros para as realizações
das testagens. Percebemos que
uma supervisão vigilante e ativa
pode ser algo além de cobran-
ças de resultados e aplicação de
protocolos, podendo ser uma fer-
ramenta potente de vínculo com
os profissionais para um trabalho
qualificado possibilitando a extra-
ção de dados reais de monitora-
mento e vigilância, pontos funda-
mentais para que a saúde pública
seja desenvolvida com qualidade.
PALAVRAS-CHAVE
TESTAGEM RAPIDA - DOEÇAS
SEXUALMENTE TRANSMISSIVE
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
UVIS MOOCA/ARICANDUVA SUSTENTÁVEL
GISELI PEDRO DOS SANTOS, THALITA MATHEUS NEDER
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em parceria com o PAVS - Pro-
grama Ambientes Verdes e Sau-
dáveis atuantes no território da
STS Mooca/Aricanduva , a UVIS
- Unidade de Vigilância em Saú-
de de Mooca/Aricanduva, imple-
mentou o espaço ambiental de
coleta para alguns resíduos como
tampinha de garrafa plástica, em-
balagem de aerosol, eletrônicos,
medicamentos vencidos, pilhas,
bateriais e também iniciativas
para o reaproveitamento de folha
de sulfite. O intuito deste projeto
é orientar corretamente os pro-
fissionais e agentes de ende-
mias sobre os resíduos, desde a
sua separação, armazenamento
e destinação final. Reforçamos
também as questões dos male-
fícios que o descarte inadequa-
do traz para a nossa saúde e
também da comunidade local, o
quanto hábitos saudáveis podem
mudar todo contexto de viver em
um ambiente de trabalho saudá-
vel e o qual o papel de cada um
enquanto cidadão na sociedade
civil.
OBJETIVOS
Oportunizar os profissionais da
UVIS Mooca/Aricanduva a reali-
zar descarte adequado, apoian-
do as ações contra impactos
ambientais, promoção à saúde e
SÃO PAULO
PROJETO CUIDADO REVERSO
NAYSLA PIMENTEL DA SILVA, CAMILA PEREIRA VICO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Brasil é o sétimo país que mais
consome medicamentos do mun-
do, mas existe pouca legislação
Volume 15
prevenção de doenças e agravos.
METODOLOGIA
As unidades básicas de saúde
que implantaram os PEVs - Pon-
tos de entrega voluntária e atuam
desde 2015 nas Unidades Bási-
cas de Saúde com ESF – Estraté-
gia Saúde da Família no território
de Mooca/Aricanduva. Pensando
em ampliação e potencialização,
implementamos os PEVS , atra-
vés de parceria com o Programa
PAVS, que por sua vez, possuem
parceria com empresas ambien-
tais, que realizam a destinação
correta de alguns resíduos. Utili-
zamos a sensibilização e fomen-
tamos a participação efetiva dos
profissionais da saúde no com-
bate a eliminação dos resíduos
problemáticos e desnecessários.
s unidades básicas de saúde que
implantaram os PEVs - Pontos de
entrega voluntária e atuam des-
de 2015 nas Unidades Básicas
de Saúde com ESF – Estratégia
Saúde da Família no território de
Mooca/Aricanduva. Pensando
em ampliação e potencialização,
implementamos os PEVS , atra-
vés de parceria com o Programa
PAVS, que por sua vez, possuem
parceria com empresas ambien-
tais, que realizam a destinação
correta de alguns resíduos. Utili-
zamos a sensibilização e fomen-
referente ao descarte correto de
medicamentos vencidos ou sem
uso. Porém, devido aos grandes
riscos à saúde humana e ao meio
tamos a participação efetiva dos
profissionais da saúde no com-
bate a eliminação dos resíduos
problemáticos e desnecessários.
RESULTADOS
Desde que foram implantados,
obtivemos os seguintes resulta-
dos: Coletor de Aerossóis - 0,675
kg Coletor de eletrônicos - 1,810
kg Coletor de tampinhas plásticas
- 5,795 kg
CONCLUSÕES
Através deste projeto e que hoje
se tornou uma prática incorpora-
da no processo de trabalho dos
profissionais de saúde, pudemos
oportunizar o descarte adequado
dos resíduos, além de promover
ações de orientação promovendo
cultura e comunicação, saúde do
trabalhador, evidenciando os ris-
cos à saúde humana e ao meio
ambiente.
PALAVRAS-CHAVE
SUSTENTÁVEL. DESCARTE
BIBLIOGRAFIA
São Paulo. Secretaria da Saúde.
Guia PAVS/Secretaria da Saúde.
Coordenação da
Atenção Básica. Programa Am-
bientes Verdes e Saudáveis. - São
Paulo: SMS, 2012.
ambiente, o descarte de medica-
mentos deve ser feito em pontos
de coleta específicos, para serem
posteriormente encaminhados à
83

destinação final ambientalmente
correta. A Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS) estabe-
lece como obrigatoriedade o des-
carte correto de medicamentos A
Anvisa possui uma lista de postos
de coleta credenciados - o pro-
cesso todo é regido pela norma
descarte de medicamentos é um
problema que ocorre no mundo
todo e é relativamente novo. Ele
apresenta riscos à água, ao solo,
aos animais e também à saúde
pública. Os fármacos que inge-
rimos são metabolizados e eli-
minados pelo nosso corpo indo
parar nas redes de esgoto junto
com aqueles que descartamos
em pias e vasos sanitários. Ele
percorre todo o caminho até uma
estação de tratamento de esgoto
onde também sofre metaboliza-
ção, mas muitos não são total-
mente degradados e se tornam
imprevisíveis. As estações de
tratamento não foram projetadas
para eliminar fármacos - eles são
apenas atenuados. Existem téc-
nicas de remoção de fármacos
como ultrafiltração, ozonização,
oxidação avançada, mas os ele-
vados custos não viabilizam sua
implantação para o tratamento de
SÃO PAULO
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE ESPOROTRICOSE
RESIDENTES NA REGIÃO DA UVIS PENHA/SÃO PAULO - SP
CÉLIA MARIA PIRES DE ANDRADE, ARLETE SOLERA, ROSÂNGELA ELAINE MINÉO
BIAGOLINI, SOLANGE VIOTTO DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A esporotricose é uma infecção
fúngica causada por um fungo,
que acomete animais e humanos.
A doença ocorre pelo contato do
fungo com a pele ou mucosa de-
corrente de acidentes com espi-
nhos, palha ou lascas de madeira;
contato com vegetais em decom-
posição; arranhadura ou morde-
dura de animais doentes, sendo
84
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
esgoto em larga escala.
OBJETIVOS
Aumentar a quantidade de me-
dicamentos descartados corre-
tamente na farmácia da unidade
em 50%
METODOLOGIA
Orientação em saúde ambiental
através das visitas domiciliares
ambientais, grupos da unidade,
salas e filas de espera das UBS.
RESULTADOS
No primeiro semestre a arrecada-
ção de medicamentos vencidos
ou inutilizados na Farmácia da
UBS Reunidas 2 onde foi iniciado
o projeto era em média de 646 li-
tros e durante o segundo semes-
tre com as ações de promoção
em saúde com o tema Descarte
Correto de Medicamentos foi em
média de 1138 litros. Com este
resultado mais 6 Unidades Bási-
cas de Saúde iniciaram o Projeto
Cuidado Reverso como: UBS Jd
dos Eucaliptos, UBS Iaçapé, UBS
Parque Santa Madalena, UBS
Mascarenhas de Moraes, UBS
Pastoral, UBS Iguaçu e UBS Fa-
zenda da Juta 2, minimizando a
mais comum o gato. A dissemi-
nação da transmissão se dá pelo
deslocamento por regiões que
não apresentam barreiras geo-
gráficas. Desde os anos 1980, os
gatos domésticos ganharam rele-
vância na transmissão da doença
no Brasil. A partir dos anos 1990
houve um aumento no número
de casos e uma distribuição da
transmissão para os estados do
contaminação dos corpos hídri-
cos assim como do solo e conse-
quentemente da saúde humana.
CONCLUSÕES
Observa-se que a Educação Am-
biental em Saúde se fez muito efi-
caz quando fica evidenciado que
Educação Ambiental é Educação
em Saúde Coletiva pois através
da contaminação dos corpos hí-
dricos a saúde humana fica com-
prometida uma vez que esses
contaminantes podem retornar
para nossas casas sem o devido
à falta do tratamento dos resí-
duos químicos que podem estar
presente na água.
PALAVRAS-CHAVE
Resíduos, medicamentos, des-
carte
BIBLIOGRAFIA
https://www.gov.br/mma/pt-br/
noticias/governo-federal-regula-
menta-correto-descarte-de-me-
dicAcessado em 10.05.2022
ht tps: //s aude.mg.gov.br/ce r/
s to r y/ 9 819 - d e s c a r te - i r r e g u -
l a r- d e - m e d i c a m e n t o s - c a u -
sa-impactos-a-Acessado
10.05.2022
sudeste. A partir de 2018, tivemos
o estabelecimento da transmis-
são em Pernambuco, Rio Grande
do Norte e, a partir de 2021, no
Amazonas. A Notificação Com-
pulsória para os casos de Espo-
rotricose Humana e Animal foi
instituída no Município de São
Paulo a partir de 1º de dezembro
de 2020, por meio da Portaria nº
470/2020, o que permitiu identifi-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
car a ocorrência de casos e traçar
um perfil da doença. Muitos casos
em seres humanos são identifica-
dos por meio das ações de bus-
ca ativa desencadeadas a partir
de um caso de esporotricose em
animal, permitindo a detecção e
tratamento precoce em pessoas.
Conhecer o perfil epidemiológi-
co das pessoas acometidas por
esporotricose, é importante para
adoção de abordagens e de polí-
ticas públicas efetivas de preven-
ção e controle da disseminação
da doença.
OBJETIVOS
Identificar o perfil epidemiológico
dos casos de esporotricose noti-
ficados e residentes na região da
Supervisão Técnica de Saúde Pe-
nha (STS-Pe)/São Paulo – SP no
ano de 2022.
METODOLOGIA
Pesquisa de caráter documen-
tal com abordagem quantitativa
que utilizou o banco de dados
elaborado pela UVIS Penha, com
todos os casos notificados/resi-
dentes, no período de 01/01/2022
a 31/12/2022. A região do estudo
em
compreende a STS Penha, locali-
zada na região Leste do Municí-
pio de São Paulo, que tem uma
população estimada para 2022
de 472.569 habitantes, perten-
ce a Divisão Regional de Saúde
SÃO PAULO
GINCANA DE SUSTENTABILIDADE
NAYSLA PIMENTEL DA SILVA , CAMILA PEREIRA VICO, ANA CAROLINE DA SILVA
VENANCIO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Educação Ambiental é um ramo
da educação cujo objetivo é a
disseminação do conhecimento
sobre o ambiente, a fim de ajudar
à sua preservação e utilização
sustentável dos seus recursos
tendo em vista sua importância
Volume 15
(DRVS) Sudeste é composta por
04 Distritos Administrativos (DA),
a saber: Artur Alvim, Cangaíba,
Penha e Vila Matilde, que tem
características populacionais e
sociais diferenciadas. A região
possui 20 Unidades Básicas de
Saúde que fazem suspeição da
doença, coleta de exame e notifi-
cação dos casos de esporotrico-
se. Após a confirmação do caso,
o paciente é encaminhado para
acompanhamento médico em
uma Unidade de Referência Se-
cundária que atende os casos da
região e também referenciados
por outras regiões.
RESULTADOS
Em 2022 forma notificados à
Unidade de Vigilância em Saúde
Penha (UVIS-Pe) 58 casos sus-
peitos de esporotricose, sendo
43 (69,0%) confirmados labora-
torialmente, perfazendo o CI de
8,5 casos/100.000 habitantes.
Do total de casos notificados
35 (60,3%) são do DA Cangaíba
que concentram o maior número
de casos, já o DA Vila Matilde é
o que apresenta melhor número
de casos 04 (6,9%). Em relação
as Unidades notificantes 08 ca-
sos (13,79%) foram identificados
por serviços de saúde de outras
regiões, e 50 (86,21%) pelos ser-
viços da região. Não houve sazo-
nalidade nas notificações, sendo
na manutenção da saúde huma-
na. Sendo assim, o objetivo da
educação ambiental é desen-
volver nas pessoas a consciên-
cia dos problemas ambientais e
estimulá-las a buscar soluções
sustentáveis dentro do cotidia-
no. A partir de conversas com
a média de 4,8 casos por mês.
Os casos notificados predomi-
naram na faixa etária de 40 a 59
anos (20 – 34,5%), a menor idade
entre os casos foi de 2 anos e a
maior 79 anos, sendo a média de
idade de 39,25 anos. Dos casos
notificados 42 (72,4%) ocorreram
no sexo feminino. Em relação aos
58 casos notificados foram con-
firmadas laboratorialmente 40
(69,0%), foram descartados 12
(20,7%) e 06 (10,3%) aguardam
encerramento. Dos casos posi-
tivos 21 (52,5%) casos já foram
encerrados com cura do paciente
CONCLUSÕES
Os casos concentraram-se no
DA Cangaíba, e foram notificados
em sua maioria pelos serviços da
própria região, o que indica uma
sensibilidade ao diagnóstico da
doença. Os casos não apresen-
taram sazonalidade, ocorrendo
durante todos os meses de for-
ma uniforme. A faixa etária mais
acometida foi de adultos do sexo
feminino. Os casos identificados
pelos diferentes serviços de saú-
de foram atendidos pelo Serviço
de Referência Secundária da re-
gião, resultando em cura.
PALAVRAS-CHAVE
Perfil, epidemiologia, esporotri-
cose
os profissionais da unidade foi
possível identificar que existem
muitos temas pouco conhecidos
sobre a temática ambiental sen-
do assim, utilizar metodologias
lúdicas visando sensibilizar para
transformar, será uma boa forma
para contribuir com o aumento da
85

consciência ambiental nos profis-
sionais e consequentemente mu-
dança de hábitos dentro e fora da
unidade básica de saúde.
OBJETIVOS
Criar espaço de educação am-
biental online, com metodologias
participativas e interação entre os
profissionais de saúde, visando a
mudança de hábitos para hábitos
mais sustentáveis Objetivos es-
pecíficos: Promover interação en-
tre as equipes através da Gincana
da Sustentabilidade. Sensibilizar
sobre a baixa dos reservatórios
de água e estimular hábitos de
consumo econômico deste re-
curso natural; Sensibilizar sobre
o processo de geração de ener-
gia hidrelétrica e a importância da
economia de energia; Sensibilizar
para a importância da separação
de resíduos e estimular o hábito
da reciclagem; Sensibilizar sobre
a relação da poluição do ar e as
consequências para a saúde e
estimular hábitos saudáveis de
menor emissão de gases na at-
mosfera; Sensibilizar sobre a im-
portância das áreas verdes para a
saúde mental, produção de água,
diminuição da temperatura e cap-
tação de impurezas do ar, estimu-
lar o contato com áreas verdes e
estimular o plantio de mudas.
METODOLOGIA
A Gincana da Sustentabilidade
surgiu diante da impossibilidade
de reuniões presenciais devido à
Pandemia de COVID-19 no Brasil
e na mudança de estratégia para
SÃO PAULO
PROJETO FAROL AMBIENTAL
FERNANDA DA SILVA BATISTA, ÉLEN SOARES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A saúde é definida no contexto
histórico da sociedade e no seu
desenvolvimento, sendo produto
da interação entre as condições
86
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
promoção de Educação em Saú-
de Ambiental o projeto foi elabo-
rado para ser trabalhado online
através do aplicativo Whatsapp,
com o intuito de promover educa-
ção instantânea. Todos os profis-
sionais convidados entraram em
um único grupo, divididos entre si
por equipes; 5 temas de sustenta-
bilidade foram elencados e traba-
lhados semanalmente ou a cada
3 dias; A cada tema trabalhado
uma missão prática é enviada e
deve ser cumprida por cada par-
ticipante e comprovada através
do grupo com fotos ou vídeos. Ao
final de cada tema a pontuação
é contabilizada e a equipe que
terminou o envio das missões de
todos seus integrantes em menor
tempo tem vantagem; Em parale-
lo a este grupo, a equipe gesto-
ra do projeto tem outro grupo de
whatsapp para tomada de deci-
sões com relação ao andamento
do projeto. Ao término dos temas
tem-se uma equipe vencedora e
uma avaliação é enviada; É pro-
movida a entrega de certificado
de forma presencial no equipa-
mento de saúde e é feita motiva-
ção para as equipes participantes
com entrega de itens sustentáveis
para o dia a dia como por exem-
plo copos retráteis de silicone
para diminuição de uso de copo
descartável.
RESULTADOS
Adesão de aproximadamente
70% dos profissionais de saú-
de, em suas categorias diversas
e adesão de 65% dos partici-
de alimentação, habitação, edu-
cação, renda, ambiente, trabalho,
emprego, lazer, liberdade, acesso
e posse da terra e acesso a ser-
viços de saúde. Com o processo
pantes dos grupos de whatsapp
no cumprimento das missões.
Projeto desenvolvido em 8 equi-
pamentos de saúde sendo: UBS
Vila Califórnia UBS Vila Renato
UBS Jd Sapopemba UBS Fazen-
da da Juta I UBS Mascarenhas de
Moraes UBS Parque São Lucas
UBS Reunidas 1 e Casa de Parto
Sapopemba Planejado para Fe-
vereiro de 2023 na UBS Teotônio
Vilela Na avaliação de resultados
da UBS Califórnia tivemos 100%
dos avaliados consideraram a
Gincana da Sustentabilidade
uma ferramenta para integrar as
questões ambientais nas rotinas
de trabalho; 100% dos avaliados
consideraram as missões da Gin-
cana promoveram saúde; 79%
consideraram uma mudança sig-
nificativa de hábitos em seu dia a
dia; 20,8% dos avaliados já esta-
vam habituados a fazer no seu dia
a dia. 95% dos avaliados multipli-
cou os conhecimentos adquiridos
para familiares e-ou amigos entre
outros indicadores.
CONCLUSÕES
O projeto tem previsão de realiza-
ção em 2023 e os resultados são
positivos.
PALAVRAS-CHAVE
Educação, ambiental, sustentabi-
lidade
BIBLIOGRAFIA
https://site.sabesp.com.br/site/
imprensa/noticias-detalhe.aspx?-
secaoid=65&id=6110
Acessado em: Fevereiro de 2021
de industrialização, a crescente
concentração populacional ur-
bana e o incentivo ao consumo
como características básicas da
sociedade moderna, os proble-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
mas sociais, ambientais e de saú-
de pública se agravam, refletindo
os impactos ocasionados por
uma geração de resíduos decor-
rente da acumulação de bens (Si-
queira e Moraes, 2009). A Agenda
21 refere que a problemática do
resíduo remete a uma ampla e
necessária discussão sobre saú-
de coletiva, discussão essa que
considera a estimativa de que,
no âmbito mundial, aproximada-
mente 5,2 bilhões de indivíduos
- incluindo 4 milhões de crianças
– morrem anualmente em conse-
quência de doenças relacionadas
ao lixo (Siqueira e Moraes, 2009).
OBJETIVOS
Objetivo geral: Este projeto tem
como objetivo fomentar a forma-
ção de valores de sustentabili-
dade e vida saudável na área de
abrangência mais vulnerável da
AMA/UBS Integrada Vila Nova
Jaguaré, por meio da orientação
sobre gestão adequada de re-
síduos sólidos, com enfoque na
minimização de riscos sanitários
para leptospirose e acidentes
com escorpião. Objetivos espe-
cíficos: - Promover atividades
de transformação de espaços
comunitários e revitalização de
espaços públicos, estimulando a
valorização de um ambiente sau-
dável e da interação social para
o bem-estar de todos. - Apoiar
o aprimoramento da coleta sele-
tiva na comunidade do Jaguaré,
preferencialmente no território
de ESF. - Fomentar a adoção de
medidas de prevenção contra ro-
edores e escorpiões.
METODOLOGIA
Este projeto tem como metodo-
logia, a execução de ações cole-
tivas em formato de exposições,
oficinas, jogos, mutirões comu-
nitários de revitalização de espa-
ços públicos e visitas casa a casa
para aumentar a divulgação dos
objetivos do projeto, bem como
ações intersetoriais integradas
com parceiros ligados à coleta de
Volume 15
resíduos. Para isso, a implanta-
ção do projeto seguiu as seguin-
tes etapas e atividades: 1. Plane-
jamento 1.1. Levantamento com
as equipes ESF, e atualização em
campo, dos pontos de descarte
inadequado de resíduos nas áre-
as de abrangência da UBS; 1.2.
Definição das ações coletivas
sobre resíduos e zoonoses, em
áreas estratégicas do território
(locais públicos, praças, ONG,
escolas, etc). 2. Ações e visitas
2.1. Visitas em residências próxi-
mas aos pontos viciados selecio-
nados, com entrega de materiais
informativos (resíduos e zoono-
ses) e divulgação das ações do
projeto e sobre descarte adequa-
do de resíduos; 2.2. Articulação
com ECOSS/Loga para parce-
ria nas revitalizações de pontos
viciados de resíduo sólido; 2.3
Ações educativas e revitalizações
de espaços públicos, de acordo
com as metas estabelecidas. O
monitoramento do projeto foi re-
alizado por meio questionários às
equipes de ESF, registros quan-
titativos e fotográficos. Ao final
do projeto, houve avaliação dos
questionários para avaliação do
alcance dos resultados.
RESULTADOS
Após revitalização de cinco pon-
tos viciados de descarte inade-
quado de resíduos em parceria
com a ECOSS Ambiental e ações
de conscientização socioambien-
tal de porta a porta, também em
parceria com a Loga e consórcio
Novo Rio Pinheiros/SABESP, no-
ta-se o envolvimento dos mora-
dores e a mudança de compor-
tamento em relação ao descarte
adequado de resíduos, melhoria
e manutenção no entorno das
áreas revitalizadas. A partir de
análise dos indicadores, foi cons-
tado o aumento significativo de
descarte adequado de resíduos
sólidos realizado pela comunida-
de, diminuição da incidência de
animais sinantrópicos e conse-
quentemente dos riscos sanitá-
rios para leptospirose, acidentes
com escorpião, dentre outros
indicadores verificados a partir
dos resultados dos questionários
de avaliação, que vão de encon-
tro com o objetivo do projeto. Os
pontos revitalizados permanece-
ram limpos, sem descarte inade-
quado de recicláveis e inservíveis,
até a finalização do p A partir de
análise dos indicadores, foi cons-
tado o aumento significativo de
descarte adequado de resíduos
sólidos realizado pela comunida-
de, diminuição da incidência de
animais sinantrópicos e conse-
quentemente dos riscos sanitá-
rios para leptospirose, acidentes
com escorpião, dentre outros
indicadores verificados a partir
dos resultados dos questionários
de avaliação, que vão de encon-
tro com o objetivo do projeto. Os
pontos revitalizadas permanece-
ram limpos, sem descarte inade-
quado de recicláveis e inservíveis,
até a finalização do projeto.
CONCLUSÕES
Durante a execução do projeto
e após análise de indicadores e
contínuas visitas porta a porta no
território, nota-se o envolvimen-
to dos moradores em relação ao
descarte adequado de resíduos,
e a manutenção dos pontos já
revitalizados, refletindo o alcan-
ce dos objetivos nestes locais.
Agente de promoção ambiental,
agentes comunitários de saúde e
gestora local do projeto, realiza-
ram ações educativas e vistorias
mensais no entorno dos locais
revitalizados, o que viabilizou a
continuidade da sensibilização da
população para manutenção do
descarte adequado de resíduos e
consequente diminuição da inci-
dência de animais sinantrópicos
e agravos com doenças e aciden-
tes, permeando assim, a promo-
ção de saúde da população na
área de abrangência de atuação
do projeto. O projeto concentrou
as ações nas áreas mais vulne-
ráveis do território da AMA/UBS
87

Integrada Vila Nova Jaguaré, e
abordou a integralidade do cui-
dado em saúde, à medida que
contribui para a melhoria de con-
dições sanitárias locais e ressal-
ta à população que o ambiente
também é determinante social de
saúde. E favoreceu a participação
social e a integração dos indivídu-
os à sociedade, reforçando a im-
portância da adoção de hábitos
mais saudáveis para o bem-estar
comunitário.
SÃO PAULO
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MONKEYPOX (MPXV)
ARLETE SOLERA , ROSÂNGELA ELAINE MINÉO BIAGOLINI, HILDA MARIA MARQUES
MENEGALDO, CÉLIA MARIA PIRES DE ANDRADE, SOLANGE VIOTTO DA SILVA,
THAMIRES CRISTIANE DE MEDEIROS BORRALHO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
No dia 7 de maio de 2022 a Agên-
cia de Segurança da Saúde do
Reino Unido (UKHSA), reportou o
primeiro caso de varíola causada
pelo vírus Monkeypox (MPXV), o
nome deriva de uma doença que
foi inicialmente descrita em 1958.
Em 23 de julho de 2022, a Orga-
nização Mundial da Saúde decla-
rou a doença causada pelo vírus
MPXV como uma emergência de
saúde pública global. E no Brasil o
primeiro de MPXV ocorreu em 09
de junho de 2022, registrado no
município de São Paulo/SP, pelo
laboratório de referência Adolfo
Lutz, após análise metagenômica,
A transmissão do vírus Monkeypox
se dá principalmente pelo contato
próximo/ íntimo com lesões de
pele de pessoas infectadas. Tam-
bém pode ocorrer transmissão
por meio de contato com obje-
tos, tecidos e superfícies que fo-
ram utilizadas recentemente pela
pessoa infectada. Dada a rápida
disseminação da doença, é funda-
mental a identificação precoce de
casos suspeitos para que se pos-
sa proceder ao isolamento e ras-
88
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
PALAVRAS-CHAVE
Resíduos, Vigilância, Sinantrópi-
cos,Socioambiental
BIBLIOGRAFIA
São Paulo (SP). Secretaria Muni-
cipal da Saúde. Coordenadoria
de Vigilância em Saúde.
Alerta para o maior risco de lep-
tospirose na estação chuvosa
2020/2021, Janeiro, 2021.
MACHADO, J.M.H., et al. Terri-
treamento dos contatos, além da
adoção de medidas de vigilância
e controle adequadas para conter
o avanço do MPX. Sendo assim,
todos casos suspeitos devem ser
notificados de forma imediata.
Conhecer o perfil epidemiológico
de uma doença nova como a va-
ríola causada pelo MPXV, permite
melhor compreender o comporta-
mento do vírus, e assim auxiliar na
prevenção de novos casos.
OBJETIVOS
Identificar o perfil epidemiológico
dos casos de varíola MPXV en-
tre os residentes na Supervisão
Técnica de Saúde da Penha (ST-
S-Pe)/São Paulo – SP no ano de
2022, como subsídio para o pla-
nejamento de ações de preven-
ção da doença.
METODOLOGIA
Pesquisa de caráter documen-
tal com abordagem quantitativa
que utilizou o banco de dados do
CEVESP/SP, sendo selecionado
todos os casos notificados como
suspeita de MPXV ocorridos no
ano de 2022 entre residentes na
tórios saudáveis e sustentáveis:
contribuição para saúde
coletiva, desenvolvimento sus-
tentável e governança territorial.
Com. Ciência Saúde.
Brasília, 28(2):243-249, 2017. SI-
QUEIRA, M. M.; MORAES, M. S.
Saúde coletiva,
resíduos sólidos urbanos e os ca-
tadores de lixo. Ciência & Saúde
Coletiva. Rio de
Janeiro, v. 14, n. 6, p. 2115-2122,
2009.
STS Pe. A região do estudo com-
preende a STS Pe, localizada na
região Leste do Município de São
Paulo, que tem uma população
estimada para 2022 de 472.569
habitantes. Sendo composta por
04 Distritos Administrativos (DA), a
saber: Artur Alvim, Cangaíba, Pe-
nha e Vila Matilde, que tem carac-
terísticas populacionais e sociais
diferenciadas. Todas os serviços
de saúde da região à saber: 20
Unidades Básicas de Saúde, 01
SAE, 04 unidades de Assistência
Médicas Ambulatorial (AMA) e
01 Hospital Municipal, tiveram a
orientação de notificar ao serviço
de Vigilância Epidemiológica a re-
gião, todos casos que se enqua-
drassem nos critérios de suspeita
da doença, elencados pelo Minis-
tério da Saúde
RESULTADOS
O primeiro caso de MPXV notifica-
do na STS-Pe ocorreu em 06.07.22.
Ao final de 2022 haviam sido notifi-
cados 327 casos suspeitos, e des-
ses 93 (28,42%) foram confirmados
laboratorialmente, sendo o CI na re-
gião de 19,67 casos/100.000 habi-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
tantes. Os meses de julho e agosto
concentraram o maior número de
casos confirmados (74 – 79,5%), e
nos meses seguintes ocorreu uma
diminuição drástica. O Distrito Ad-
ministrativo que apresentou maior
número de casos foi o DA Penha
(32 - 34,4%), o maior número de ca-
sos confirmados ocorreu entre re-
sidentes da área de abrangência da
UBS Vila Esperança. Os casos pre-
dominaram na faixa etária de 20 a
39 anos (63 – 67,7%), a menor idade
entre os casos confirmados foi de
13 anos e a maior 74 anos., sendo a
média idade 34,4 anos. Dos 93 ca-
sos confirmados 86 (92,47%) ocor-
reram no sexo masculino, houve
predominância da raça/cor branca
40 (43,01%). Dos 85 pacientes que
informaram o comportamento se-
xual 94,1% declararam-se homo ou
SÃO PAULO
A IMPLANTAÇÃO DE UM FÓRUM DE ENFRENTAMENTO AS
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA SMS/SP
RENATA SCANFERLA SIQUEIRA BORGES, NATALIA GASPARETO, PAULO TENÓRIO
DE CERQUEIRA NETO, ALEXANDRE GOMES LOPES, BETINA BLACK DALARMELINO,
FATIMA MADALENA DE CAMPOS LICO, JOSIE CLEIA SANTOS MIRANDA, KARINA
MAURO DIB, MONICA MASUMI HOSAKA, EDYRA DAMASCENO DA COSTA E SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As Doenças Crônicas Não Trans-
missíveis (DCNT) representam a
principal causa de mortalidade
da população paulistana. São
também responsáveis por alta
carga de doenças, custos para
o Sistema Único de Saúde e
menor qualidade de vida para
a população. O seu enfrenta-
mento requer um conjunto de
ações e estratégias de saúde
que podem ser organizadas em
três eixos: Cuidado Integral; Vi-
gilância, informação, avaliação
e monitoramento; e Promoção
da Saúde, assim como a articu-
lação de políticas intra e inter-
Volume 15
bissexuais (80 casos), sendo que 34
(42,5%) desses declararam múlti-
plos parceiros sexuais. Há informa-
ção autorreferida sobre testagem
HIV para 74 casos, e destes 42 de-
clararam-se positivos. A febre foi o
sintoma mais prevalente ocorrendo
em 54 casos, seguida por mialgia
(40) e cefaleia (36). As lesões mais
comuns foram vesículas (14), sendo
a região com maior número de le-
sões região genital (50) e o tronco
(47). Todos os casos evoluíram para
cura, sendo que ocorreram 05 in-
ternações devido ao agravamento
da doença.
CONCLUSÕES
Os casos de MPXV concentraram-
-se nos meses de julho e agosto e
nos meses seguintes ocorreu uma
diminuição drástica. O Distrito Ad-
setoriais. Nesse sentido, o Nú-
cleo de Doenças e Agravos Não
Transmissíveis (NDANT) da Divi-
são de Vigilância Epidemiológi-
ca (DVE) - Coordenadoria de Vi-
gilância em Saúde (COVISA) da
Secretaria Municipal de Saúde
de São Paulo (SMS/SP) propôs
a implantação de um Fórum de
Enfrentamento as Doenças Crô-
nicas Não Transmissíveis, em
conjunto com áreas de interfa-
ce desta secretaria: Divisão de
Doenças Crônicas Não Trans-
missíveis (DDCNT), Divisão
de Promoção da Saúde (DPS)
da Coordenadoria da Atenção
Básica e Escola Municipal de
Saúde (EMS). Formando assim
ministrativo que apresentou maior
número de casos foi o DA Penha
(32 - 34,4%). Os casos confirma-
dos foram prevalentes em adultos
jovens, raça branca, e homo e bis-
sexuais. A febre foi o sintoma mais
prevalente, e as lesões na região
genital o sinal mais prevalente. To-
dos os casos evoluíram para cura,
sendo que ocorreram 05 interna-
ções devido ao agravamento da
doença. Dado ao fato que a varíola
pelo MPXV é uma doença nova, o
perfil epidemiológico identificado
na região da STS-Pe, é importante
para ampliar os conhecimentos so-
bre a doença.
PALAVRAS-CHAVE
Perfil, epidemiológico, Monke-
ypox
um grupo potente, e um espa-
ço permanente para lidar com
a complexidade e desafios im-
postos pelas DCNT. Ratifica-se
a importância desse espaço
pela inclusão da realização do
fórum como meta no Plano Mu-
nicipal de Saúde (2022-2025) do
município de São Paulo.
OBJETIVOS
Constituir um espaço de dis-
cussão permanente para reunir
os diferentes atores necessá-
rios para o enfrentamento das
DCNT – Fórum de Enfretamento
as DCNT, a partir das necessi-
dades e potencialidades das
Áreas Técnicas e dos territó-
89

rios que compõem o Município
de São Paulo e assim promover
a aproximação das diferentes
áreas; organização do trabalho
de forma integrada; comparti-
lhamento de informações sobre
o perfil epidemiológico da po-
pulação e ações e projetos em
andamento; planejamento de
ações necessárias ao enfrenta-
mento das DCNT.
METODOLOGIA
A proposta de um Fórum rela-
cionado as DCNT vinha sendo
pleiteada há algum tempo pelo
NDANT, mas sua concretização
ganhou força em 2021 durante
reuniões realizadas para discu-
tir as ações e metas da SMS/SP
relacionadas aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável e
Plano Municipal de Saúde, que
contemplam metas relaciona-
das a redução da mortalidade
precoce por DCNT e da des-
nutrição e controle de obesida-
de. Soma-se ainda, o apoio da
DDCNT e da EMS, que resultou
na inclusão do fórum com 8 en-
contros anuais como meta no
PMS 2022-2025. Para organi-
zação dos encontros do Fórum
de Enfrentamento as DCNT,
constituiu-se um grupo con-
dutor (GT) com representantes
das áreas de interface da SMS,
que decidem conjuntamente a
periodicidade dos encontros,
pautas, convidados, etc. O GT
é composto pelo NDANT, DDC-
NT, DPS (responsável pela área
técnica de Saúde Nutricional,
Práticas Integrativas e Comple-
mentares, Programa Ambientes
Verdes e Saudáveis - PAVS) e
EMS. Definiu-se a periodicida-
de mensal dos encontros, toda
última quarta-feira do mês, com
duração de 2h. Inicialmente de
forma virtual, via plataforma te-
ams. Uma semana antes dos
encontros, um e-mail convite
é enviado com o link, pauta e
90
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
outras informações. As pautas
são definidas conforme neces-
sidades e prioridades levanta-
das pelo GT. Dependendo da
pauta, atores de outras áreas,
secretarias e da academia são
convidados. Após os encontros,
o NDANT elabora a ata e enca-
minha para todos os participan-
tes.
RESULTADOS
Em 2022, primeiro ano do Fó-
rum de Enfrentamento as DCNT,
foram realizados nove encon-
tros, sendo um encontro além
do previsto na meta do PMS
2022-2025. Os principais temas
foram: Dados epidemiológicos
(Isa Capital, VIGITEL, COVITEL,
SISVAN); Linha de Cuidado de
Sobrepeso e Obesidade; Pro-
grama Viva a Vida com diabetes
na Cidade de São Paulo; Proto-
colo e Linha de Cuidado DCNT;
Iniciativa Cuidando de Todos;
Ações do Programa Municipal
de Tabagismo; Diagnóstico So-
cioambiental - PAVS; Estudos e
experiências em Promoção da
Saúde (PS), com foco na ati-
vidade física, na rede de aten-
ção à saúde da SMS; Programa
Academia da Saúde; Importân-
cia do ambiente urbano e a PS;
Ações voltadas para a Promo-
ção da Saúde Mental nas uni-
dades básicas de Saúde; Novas
regras de rotulagem de alimen-
tos; Guia Alimentar para a Po-
pulação Brasileira: experiências
dos territórios. Também no es-
paço dos encontros do fórum
foram compartilhados estudos,
materiais técnicos e links de in-
teresse. Além das áreas e com-
ponentes do GT, ao longo dos
encontros houve a participação
de outras áreas da SMS, como
Coordenadoria de Epidemiolo-
gia da Informação e Divisão de
Saúde Mental; e professores da
Escola de Artes, Ciências e Hu-
manidades (EACH/USP). A par-
tir do 5º encontro, os convites
foram estendidos para interlo-
cuções regionais da rede muni-
cipal de vigilância e assistência,
e conforme pauta definida tam-
bém foram convidados profis-
sionais da ponta, que enrique-
ceram os encontros com relatos
de experiências práticas.
CONCLUSÕES
A experiência da implantação
do Fórum de Enfrentamento as
DCNT em nível central ao longo de
2022, foi importante para aproxi-
mação das áreas e troca de infor-
mações. A partir desta, pretende-
-se gradativamente implantar os
fóruns em níveis regionais. O GT
e convidados participaram ativa-
mente das reuniões. Sabe-se que
as áreas e núcleos tem muitas
demandas e, por vezes, recursos
humanos escassos, no entanto, o
absenteísmo nos fóruns foi bai-
xo. A cada encontro foi possível
perceber a avaliação positiva dos
participantes, com relatos sobre
a importância da existência deste
tipo de espaço, dos temas abor-
dados e da aproximação entre as
áreas, e entre os diferentes níveis
de organização da SMS. Assim
como verificou-se a necessidade
de agregar ao grupo representan-
tes da academia e das regiões,
a perspectiva é que futuramente
representantes de outras secre-
tarias e instituições venham a
participar, tendo em vista que, o
enfrentamento as DCNT requer
também articulação intersetorial.
Um outro ponto a ser destaca-
do, é a intenção de que a partir
do fórum possa-se também es-
tabelecer ações de planejamento
e articulações, avaliação e moni-
toramento de indicadores, entre
outros.
PALAVRAS-CHAVE
FORUM DCNT
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
ESTRATÉGIAS PARA ADESÃO VACINAL DURANTE O PRÉ-
NATAL NA PANDEMIA
CATIANE ALVES DE MOURA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
No pré natal é extremamente va-
lioso a imunização da gestante,
protege a mulher e o bebê, redu-
zindo mortalidade materno infan-
til. Além da proteção individual, a
vacinação é um ato de civilidade,
que contribui na diminuição de
diversas doenças entre a popu-
lação geral. Durante a pandemia
a imunização contra COVID-19
mostrou-se aliada para controle
da doença e redução da mortali-
dade global. A UBS Real Parque,
unidade mista, no município de
São Paulo, composta por Estra-
tégia Saúde da Família (A e V),
Equipe Saúde Indígena (ESI) e
área de UBS Tradicional monitora
e identificou baixa adesão vacinal
durante pré natal em 2022. Moni-
toramento da vacina no pré natal
demonstrou cobertura de 39%
em janeiro, 12,28% em feverei-
ro, 59% em março e 31,66% em
maio de 2022, considerado es-
quema dupla adulto (DA) com trí-
plice bacteriana acelular (DTPa),
hepatite B (HepB), Influenza e
vacina contra COVID-19. A UBS
apresenta cobertura diferente
entre as equipes ESF, ESI e área
posto, primeiro trimestre cobertu-
ra da ESF A constava 4%, ESF V
47,69% , ESI 33,33% e área pos-
to 0% de esquema concluído. A
área posto registrava 28% de
gestante com dose aplicada de
Influenza, 28% com esquema ro-
tina completo (DT/DTPa e HepB)
e 42,85% com vacina contra CO-
VID-19, contudo nenhuma ges-
tante apresentou neste período
concomitante esquema completo
de rotina, Influenza e contra CO-
VID.
OBJETIVOS
Volume 15
Sensibilização das técnicas da
sala de vacina, registro no cader-
no de busca ativa e revisão pe-
las ESF e ESI, reforçar o registro
no sistema municipal, apoio dos
colaboradores administrativos
para convocação via telefone,
vacinação domiciliar, inserção de
instrumento para monitoramen-
to, reforçar o encaminhamento
da gestante com prioridade para
sala de vacina e avaliação per-
centual mensal com meta de co-
bertura de 90%.
METODOLOGIA
Adotamos a estratégia de PDCA:
(P): Por meio do monitoramento
mensal dos indicadores da vaci-
na das gestantes foi percebido
pelo enfermeiro baixa cobertura
vacinal e importante resistên-
cia a vacina COVID associado a
medo e informações errôneas.
Realizado avaliação situacional
desde de janeiro de 2022 e le-
vantamento das possíveis causas
para elaboração de ações.(D): (1)
Realizado reunião com ESF e ESI,
discutido com equipe de enfer-
magem e agente comunitário de
saúde (ACS) e agente indígena
de saúde (AIS) para reforçar pa-
péis, responsabilidade e abordar
a mortalidade materno-infantil
associado a baixa cobertura va-
cinal, (2) Reunião com médicos
para sensibilizar a vacinação no
pré natal, esclarecer dúvidas a
respeito do calendário vacinal da
gestante, apresentação do novo
instrumento de monitoramento
da vacina e reforçar fluxo de di-
recionamento da gestante com
prioridade .(3) Sensibilização das
ACS e AIS, reuniões quinzenais
para avaliação dos indicadores,
discutir potencialidades, desa-
fios e ações para apoiar área de
UBS tradicional. (C) As ações re-
alizadas foram coordenadas pelo
enfermeiro responsável pela imu-
nização e colaboração direta dos
ACS e AIS.(A): Os resultados fo-
ram apresentados após as ações
para equipe e gestão, verificamos
um aumento expressivo na ade-
são do calendário vacinal das
gestantes
RESULTADOS
Demonstramos a computação
trimestral dos dados, sendo que
segundo trimestre atingimos ESF
A 58,30%, ESF V 95,45%, ESI
88,88% e área posto 37,5%. Ob-
servamos no terceiro trimestre
percentual ESF A 79,16%, ESF V
95,45%, ESI 100% e área posto
37,5% e concluímos o quarto tri-
mestre com ESF A 79,16%, ESF
V 100%, ESI 100% e área posto
75% de cobertura considerando
esquema completo rotina, In-
fluenza e imunobiológico contra
COVID-19 na gestante.
CONCLUSÕES
Destaca-se a importância sensi-
bilizar todos os colaboradores e
gestante, rompendo
com medo e oferecendo informa-
ções confiáveis sobre as vacinas
e sua relevância para
prevenir mortalidade materno-in-
fantil. Ressalto protagonismo dos
técnicos de
enfermagem, ACS e AIS para ob-
termos êxito nesta intervenção.
PALAVRAS-CHAVE
pré-natal, imunização, PDCA
BIBLIOGRAFIA
Brasil. Ministério da Saúde. Se-
cretaria de Vigilância em Saúde.
91

Departamento de
Vigilância das Doenças Transmis-
síveis. Manual de Normas e Pro-
cedimentos para
SÃO PAULO
IMPLANTAÇÃO DA FICHA SÍNTESE DE INVESTIGAÇÃO DE
SÍFILIS CONGÊNITA PRECOCE NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
GISELLE GARCIA ORIGO OKADA, ALINE MACIEL VIEIRA LIMA, THEMIS
MIZERKOWSKI TORRES, RAPHAELA KARLA DE TOLEDO SOLHA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A sífilis congênita (SC) é um
agravo de notificação compul-
sória, evitável, causado pelo
Treponema pallidum, decor-
rente da transmissão vertical
(TV) da gestante infectada não
tratada ou inadequadamente
tratada para seu concepto. No
município de São Paulo (MSP),
desde 2011, com a Portaria
1549/2011 houve a constitui-
ção da Comissão Municipal
de Normatização e Ações de
Controle da Transmissão Ver-
tical de sífilis e HIV na Se-
cretaria Municipal de Saúde
(SMS), e também dos seis Co-
mitês Regionais de Investiga-
ção da Transmissão Vertical
(CRITV) de HIV e Sífilis, sob
a coordenação das Coorde-
nadorias Regionais de Saúde
(CRS).Em 2014 o Ministério da
Saúde publicou o Protocolo de
Investigação da Transmissão
Vertical para dar apoio aos co-
mitês estaduais e municipais
na investigação dos casos, e
assim identificar os principais
problemas na atenção à saúde
da gestante com sífilis e dos
recém -nascidos. Em conso-
nância com o processo de
certificação da eliminação da
transmissão vertical da sífilis
proposto pelo MS e o Plano
Municipal de Enfrentamento
da Sífilis Congênita do MSP
92
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Vacinação / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saú-
de, Departamento de
Vigilância das Doenças Transmis-
de 2021, o Núcleo de Vigilân-
cia em Infecções Sexualmente
Transmissíveis (NVIST) da Di-
visão de Vigilância Epidemio-
lógica da Coordenadoria de
Vigilância em Saúde (DVE/CO-
VISA), em dezembro de 2021,
desenvolveu instrumento ele-
trônico para o registro sinté-
tico das investigações reali-
zadas pelos CRITV da cidade,
denominado ficha síntese de
investigação de sífilis congê-
nita precoce do município de
São Paulo-2021.
OBJETIVOS
Os objetivos do desenvolvi-
mento do instrumento foram:
Padronizar e sistematizar a
investigação e registro indivi-
dual dos casos SC no MSP;
Gerar banco de dados eletrô-
nico que possibilite o aprofun-
damento da análise epidemio-
lógica; Identificar e monitorar
o número de casos de sífilis
congênita investigados/ano;
Subsidiar os Comitês Regio-
nais de Investigação da Trans-
missão Vertical da sífilis para
a identificação dos principais
problemas na atenção à saúde
da gestante e recém-nascido
e assim propor ações de acor-
do com as especificidades de
cada território.
METODOLOGIA
síveis. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2014.
Um primeiro esboço foi elabo-
rado pelo NVIST e comparti-
lhado entre os envolvidos dos
CRITV, para revisão. Novas
sugestões permitiram o aper-
feiçoamento do instrumento,
composto dos campos: região
de residência (CRS e super-
visão de saúde), número do
SINAN, data do diagnóstico,
data do nascimento ou aborto/
natimorto, evolução do caso
(aborto, natimorto, óbito por
SC, nascido vivo, óbito por
outra causa), eixos de atendi-
mento que abrangem os prin-
cipais problemas encontrados
após a investigação (individu-
al/social, serviço e gestão),
especificação dos princi-
pais problemas encontrados,
ações e encaminhamentos re-
alizados após a investigação,
conclusão da investigação
(caso confirmado ou descar-
tado), data do encerramento
do caso pelo comitê e os res-
ponsáveis pela investigação.
Utilizou-se a ferramenta For-
ms® da Microsoft®, empre-
sa contratada pela MSP, que
permite o desenvolvimento de
formulário eletrônico persona-
lizado e compartilhável com
pessoas autorizadas. O instru-
mento, intitulado Ficha Sínte-
se, foi submetido à aprovação
a DVE/ COVISA recebendo a
autorização para sua utiliza-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
ção em dezembro de 2021.
O instrumento aprovado foi
apresentado formalmente às
DRVS, com treinamento para
sua correta utilização, solici-
tação da digitação de todas as
investigações realizadas dos
casos diagnosticados a partir
do ano de 2021 e disponibili-
zação de acesso ao banco de
dados gerado a partir do ins-
trumento eletrônico para futu-
ras análises pelos CRITV.
RESULTADOS
Em 2021, pelo banco do Siste-
ma de Informação de Agravos
de Notificação (SINAN) foram
diagnosticados 969 casos,
desses, 729 (75,2%) tiveram
suas investigações registradas
na ficha síntese. Analisando a
comparação proporcional en-
tre número de caso no SINAN
e registro das investigações
realizadas na ficha síntese por
CRS temos o registro de 100%
dos casos pela CRS Centro,
seguida pela CRS Leste (93%),
CRS Norte (82,4%), CRS Sul
(67,5%), CRS Sudeste (60,1%)
e Oeste, com 15,8%. Em rela-
ção aos casos com desfechos
desfavoráveis (aborto, nati-
morto, óbito por sífilis con-
gênita), dos 177 casos no SI-
NAN, 142 (80,2%) tiveram suas
investigações registradas na
ficha síntese. Considerando
os eixos determinantes para a
transmissão vertical da sífilis
e que alguns nós críticos po-
dem estar relacionados a mais
de um eixo, das 729 investiga-
ções realizadas, houve o re-
gistro de 531 (72,8%) menções
ao eixo vulnerabilidade indivi-
dual e social, 358 (49,1%) para
o eixo serviço e 93 (12,8%)
para o eixo gestão. A partir
destes dados ações imediatas
para melhoria do eixo serviço
foram implantadas de acordo
com a especificidade de cada
Volume 15
região, são exemplos: reforço
do protocolo clínico junto ao
profissional da Unidade, revi-
são do fluxo de laboratório na
UBS, melhora na qualidade de
informações do pre-natal para
a Maternidade.
CONCLUSÕES
A implantação do registro
eletrônico da síntese das in-
vestigações realizadas pelos
CRITV nos possibilitou a pa-
dronização e sistematização
das informações no municí-
pio, bem como a geração de
banco de dados com todas
as variáveis contidas na ficha.
Essa ação permitiu análise
dos principais problemas por
CRS e assim suporte para o
planejamento de ações. Tam-
bém nos proporcionou através
da comparação com o banco
SINAN, identificação dos ca-
sos que ainda não tinham suas
investigações afim de adequar
a agenda de reuniões dos CRI-
TV, priorizando a investiga-
ção de 100% dos casos com
desfecho desfavoráveis e os
CRITV que estão com menos
de 75% dos casos investiga-
dos. Por fim, o uso da ficha
síntese possibilitou visualizar
a complexidade e quantidade
de discussões realizadas pe-
los CRITV, contribuindo para
a elaboração de seu relató-
rio anual de trabalho e subsí-
dio para tomada de decisões
rumo as boas práticas para
a eliminação do agravo sífilis
congênita.
PALAVRAS-CHAVE
Sífilis congênita, pré-natal, vigi-
lância
BIBLIOGRAFIA
1-Estado de São Paulo. Palá-
cio dos Bandeirantes. Delibe-
ração da Comissão
Intergestores Bipartite do Es-
tado de São Paulo – CIB/SP nº
151, de 24 de novembro de
2021. Aprova a Nota Técnica
CIB - Implantação da Linha de
Cuidado da Criança com
Sífilis Congênita ou exposta a
Sífilis, no âmbito do Estado de
São Paulo. Diário Oficial
do Estado de São Paulo, São
Paulo, 2021 nov, nº 224, Seção
1, p36. 2-BRASIL.
Ministério da Saúde. Secre-
taria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Doenças de
Condições Crônicas e Infec-
ções Sexualmente Transmissí-
veis. Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas para
Prevenção da Transmissão
Vertical de HIV, Sífilis e
Hepatites Virais. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2022b.
Disponível em:
ht tp://w w w.aids.gov.br/pt-br/
pub/2022/protocolo-clinico-e-
-diretrizes-terapeuticas-para-
-prevenca3-SES-SP. Secreta-
ria de Estado da Saúde de São
Paulo. Centro de Referência e
Treinamento em DST/Aids.
Programa Estadual de IST/
Aids. Boletim Epidemiológico
AIDST. 2021; vol 38, nº1. ISSN
1987-641x. 4-São Paulo, Se-
cretaria Municipal da
Saúde, Coordenadoria de IST/
Aids, Coordenadoria de Vigi-
lância em Saúde,
Coordenadoria de Atenção
Básica, Protocolo de preven-
ção da transmissão vertical da
sífilis e da sífilis congênita/
Secretaria Municipal da Saú-
de, Coordenadoria de IST/
Aids,
Coordenadoria de Vigilância
em Saúde, Coordenadoria de
Atenção Básica. São Paulo,
2021 5-Workowski KA, Ba-
chmann LH, Chan PA, et al.
Sexually Transmitted Infec-
tions
Treatment Guidelines, 2021.
MMWR Recomm Rep.2021;70
(4):39-60.
93

SÃO PAULO
PREVENÇÃO: ESTRATEGIAS QUE REDUZIRAM A INFECÇÃO
POR HIV PELO 5°ANO CONSECULTIVO
MÁRCIA DA SILVA OLIVEIRA , ADRIANO QUEIROZ DA SILVA, ALINE PILON MAURICIO
DA SILVA, FERNANDA MEDEIROS BORGES BUENO, MARIA CRISTINA ABBATE
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em 2021, o município de São
Paulo apresentou pelo 5° ano
consecutivo queda nos números
de notificação por HIV. Os dados
foram coletados no Sistema de
Informação de Notificações de
Agravos (SINAN) e sua série his-
tórica vem sendo divulgada no
Boletim Epidemiológico. Desde
1981, é a primeira vez que a que-
da se mantém na Cidade.
OBJETIVOS
O objetivo da coordenadoria de
IST/Aids é criar estratégias de
acesso à prevenção para que o
numero de novas infecções ao
HIV continue em declínio, até que
se possa zerar as infecções no
município.
METODOLOGIA
A Coordenadoria de IST/Aids for-
mulou estratégias de prevenção
SÃO PAULO
FORTALECIMENTO DO PROGRAMA VIGIAR COM A IMPLANTAÇÃO
DE NOVAS UNIDADES SENTINELA NO MUNICÍPIO DE SP
PATRICIA SALEMI, ALEXANDRE MENDES BATISTA, JULIANA YURI NAKAYAMA,
MAGALI ANTONIA BATISTA, CLEUBER JOSÉ DE CARVALHO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A estratégia da Unidade Senti-
nela foi idealizada pelo Ministé-
rio da Saúde, que exerce a vi-
gilância epidemiológica para as
doenças respiratórias, com um
ou mais sintomas respiratórios
como: dispneia, sibilos e tosse
que podem estar associados a
94
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
em toda a Rede Municipal Espe-
cializada (RME), dentre elas testa-
gem regular das populações mais
vulneráveis e prioritárias, acesso
à PEP (Profilaxia Pós Exposição)
em 92 unidades de saúde e à
PrEP (Profilaxia Pré-Exposição)
com atendimento em demanda
espontânea, intensificação de
distribuição de preservativos e
gel nas 6 regiões da cidade e em
locais de grande circulação de
pessoas, bem como ações extra-
muros para atender a população
fora do horário comercial e em
locais de maior vulnerabilidade
ao HIV e a redução de dias entre
diagnóstico e início de tratamen-
to.
RESULTADOS
No período de 2017 a 2021, redu-
zimos em 36,6% as novas infec-
ções no município. Esse resulta-
do é reflexo da intensificação de
outros sintomas, asma, bron-
quite, e infecção respiratória
aguda. O município, optou por
trabalhar com as crianças me-
nores de 5 anos, visto que são
as mais suscetíveis aos efeitos
deletérios da poluição. Em 2016
foram implantadas 7 US distri-
buídas pelas 6 Coordenadorias
estratégias de prevenção da Co-
ordenadoria de IST/Aids em con-
junto com as unidades. A oferta
de PrEP para sexo consentido, o
início de TARV no momento do
diagnostico, 23 mil usuários em
uso de PrEP e mais de 394 mi-
lhões de preservativos internos
e externo distribuídos em toda a
acidade em uma ação conjunta,
reduziram as infecções.
CONCLUSÕES
A prevenção e as ações voltadas
para as populações mais vulne-
ráveis ao HIV vem mostrando o
quanto é importante estar além
dos muros das unidades tradicio-
nais, garantir o acesso dessa po-
pulação é assegurar a queda da
infecção.
PALAVRAS-CHAVE
HIV, IST, PrEP, PEP, Prevenção
HIV
Regionais de Saúde (CRS). Em
2015, com o Acordo de Paris,
o governo nacional assumiu o
compromisso de implementar
medidas que levem à neutra-
lidade de emissões até 2050.
O Plano de Ação Climática do
Município de São Paulo 2020 a
2050, PlanClima SP foi elabo-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
rado para identificar ações que
apoiem esses compromissos.
Em sua meta de ação 33, esta-
belece a ampliação das US do
Programa VIGIAR, com a pre-
tensão de chegar a uma US por
área de abrangência das Uni-
dade de Vigilancia em Saúde
(UVIS), totalizando 28. Em 2022
foram implantadas seis novas
US tornando relevante pela
coleta de dados primários que
ocorrem nas Unidades de Saú-
de, bem como a identificação e
notificação dos agravos e do-
enças que podem estar relacio-
nados à emissão dos poluentes
atmosféricos, afetando a saúde
da população, principalmente
os mais vulneráveis. Além dis-
so, a maior cobertura desse
serviço no município, possibili-
tará avaliação do cenário local
e a implementação de políticas
públicas.
OBJETIVOS
Fortalecer o Programa VIGIAR
com a implantação de mais seis
US no MSP, totalizando treze US
METODOLOGIA
Foram selecionadas Unidades
de Saúde com base no Manual
de Instruções US 2015 do MS,
priorizando áreas com presença
de fontes de poluição, agravos
respiratórios observados na lo-
calidade. A equipe técnica con-
sultou os dados de atendimento
pediátrico no Sistema Integra-
do de Gestão da Assistência
à Saúde (SIGA) para realizar a
pré-seleção de 3 Unidades de
Saúde (AMA ou AMA/UBS Inte-
grada) por CRS que registraram
mais atendimentos de crianças
menores de 5 anos no ano de
2021. Em seguida foi avaliado
os dados de fontes estacioná-
rias de poluição, identificadas
pelas UVIS, e de vias de grande
movimentação a partir do mapa
de classificação viária da Com-
panhia de Engenharia de Trá-
Volume 15
fego (CET). Essas informações
foram apresentadas na reunião
do Núcleo Técnico de Acom-
panhamento das Atividades
Descentralizadas, para que as
equipes das Divisões Regionais
de Vigilância em Saúde (DRVS)
de cada CRS realizasse a esco-
lha da Unidade de Saúde com o
perfil para implantação da US.
Após a escolha das Unidades
de Saúde pelas DRVS, a equipe
apresentou o programa VIGIAR
com ênfase nas US para os pro-
fissionais da UVIS das DRVS e
das Supervisão Técnica de Saú-
de - STS. Na etapa seguinte foi
realizada a capacitação para
os profissionais supracitados e
dos profissionais das Unidades
de Saúde e das Organizações
Sociais de Saúde que adminis-
tram as unidades indicadas. Os
dados inseridos foram incluídos
nas avaliações da US e divul-
gados mensalmente no boletim
VIGIAR, publicado no site da
COVISA.
RESULTADOS
Foram implantadas 6 Unidades
Sentinela no ano de 2022, tota-
lizando 13 US no município. Na
implantação foram realizadas
doze reuniões, com objetivo de
capacitação as equipes do ter-
ritório, totalizando 119 profis-
sionais capacitados. As US ini-
ciaram a inserção dos dados da
ficha de atendimento no formu-
lário eletrônico logo após a se-
gunda reunião, para o período de
avaliação da DVISAM. A partir da
Semana Epidemiológica 44/2022
(30/10/22 a 05/11/2022), os dados
passaram a ser inseridos no Bole-
tim VIGIAR, um boletim eletrônico
mensal onde são divulgadas as
informações sobre os atendimen-
tos das Unidades Sentinela, bem
como informações relacionadas
a temperatura, umidade relativa
do ar e chuvas (disponibilizados
pelo Centro de Gerenciamento
de Emergências Climáticas), qua-
lidade do ar (CETESB) e notícias
relevantes relacionadas a polui-
ção do ar e mudanças climáticas.
CONCLUSÕES
A poluição atmosférica provo-
ca adoecimento da população
em geral, em especial dos mais
vulneráveis, como as crianças
menores de 5 anos, idosos e
pessoas com doenças respirató-
rias pré-existentes. As irritações,
alergias, doenças respiratórias e
câncer são exemplos de agravos
que trazem impactos na qualida-
de de vida da população exposta.
As Unidades Sentinela do muni-
cípio de São Paulo fortalecem o
Programa VIGIAR porque são im-
portantes serviços de saúde que
auxiliam na identificação e noti-
ficação de agravos respiratórios,
nas crianças menores de 5 anos,
que possam estar relacionados à
poluição atmosférica. As ações
bem embasadas pelos profis-
sionais da saúde podem ajudar
a reduzir a enorme carga das
doenças causadas em crianças
pela exposição à poluição do ar.
Além disso, com o fortalecimento
do Programa VIGIAR é possível
ampliar a identificação, investiga-
ção e notificação das populações
expostas aos poluentes atmosfé-
rico, propondo medidas de pre-
venção e promoção à saúde no
MSP.
PALAVRAS-CHAVE
Vigilância epidemiológica, do-
ença respiratória
BIBLIOGRAFIA
https://central3.to.gov.br/arqui-
vo/296210/ acesso em 19/01/2023
https://www.prefeitura.sp.gov.br/
cidade/secretarias/upload/gover-
no/secretaria_executiva_de_ma-
cesso em 19/01/2023
https://iris.paho.org/bitstream/
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B R A19 0 0 4 _ p o r.p d f ?s e q u e n -
ce=1&isacesso em 19/01/2023
95

SÃO PAULO
GESTÃO DESCENTRALIZAÇÃO DE AÇÕES DA VIGILÂNCIA EM
SAÚDE AMBIENTAL PARA UNIDADE DE VIGILÂNCIA
CLAUDIA WALLESKA RONAIB SILVA , MAGALI ANTONIA BATISTA, CLEUBER JOSÉ
DE CARVALHO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A descentralização da gestão e
das políticas é um dos princípios
organizativos do SUS, com ob-
jetivo de prestação de serviços
com mais eficiência e qualidade.
O Decreto 7.508 de 2011, regula-
menta a Lei 8.080/90, estabele-
ceu um novo arranjo para a des-
centralização, definindo que os
serviços prestados permanece-
rão organizados em níveis cres-
centes de complexidade, em uni-
dades geográficas específicas.
No município de São Paulo a úl-
tima reorganização da Secretaria
Municipal de Saúde, se deu com
a publicação do decreto 59.685
de 2020, onde exigiu dos técnicos
da Coordenadoria de Vigilância
em Saúde do Município (COVISA)
um processo efetivo de capacita-
ção das ações a serem descen-
tralizadas para as 28 Unidades de
Vigilância em Saúde (UVIS) que
atuam nos 96 distritos adminis-
trativos da capital. A COVISA tem
5 divisões de vigilâncias: Saúde
Ambiental, Saúde do Trabalha-
dor, Epidemiologia, Zoonoses e
Produtos e Serviços de Interesse
a Saúde (Sanitária). Neste con-
texto a Divisão de Vigilância em
Saúde Ambiental (DVISAM) se
reorganizou e definiu um novo e
estratégico fluxo para gerenciar
e capacitar os técnicos e agen-
tes de endemias para as ações
descentralizadas, ficando com a
coordenação, monitoramento e
gestão de ações e processos de
trabalho. Em meio a um momento
pandêmico de COVID-19, com 12
profissionais, visando a qualida-
de nas ações, sem interromper
as atividades durante o processo
de transição, destinada para uma
96
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
população alvo com mais de 12
milhões de habitantes.
OBJETIVOS
Descrever sobre as estratégias de
capacitação ocorrida na descen-
tralização de ações da Divisão da
Vigilância em Saúde Ambiental
para as Unidades de Vigilância
em Saúde do município, no perío-
do de 2021 a 2022. As UVIS foram
capacitadas pela DVISAM para:
Atendimento à denúncias, avaliar
e monitorar as análises de contro-
le da água para consumo humano
realizadas pela Concessionária
Pública (SABESP) e pelos res-
ponsáveis das Soluções Alterna-
tivas Coletivas (SAC), além de ter
que aprender a utilizar o Sistema
de Informação de Vigilância da
Qualidade da Água para Consu-
mo Humano, o sistema Gerencia-
dor de Ambiente Laboratorial, o
georreferenciamento dos locais
vulneráveis para elaboração do
Plano de Amostragem e a avaliar
as empresas e estabelecimentos
potencialmente poluidoras do ar,
Cadastrar de acordo com a legis-
lação vigente os locais com Clas-
sificação Nacional de Atividades
Econômicas (CNAE), cuja a atua-
ção e disponibilidade de licença
sanitária era até então vinculada
a DVISAM.
METODOLOGIA
A estratégia institucional criada
para o processo de capacitação
das Unidades de Vigilância em
Saúde (UVIS) foi feita com meto-
dologia de aspecto teórico-prá-
tico. Inicialmente a equipe multi-
disciplinar da DVISAM elaborou
um documento de apresentação
norteador, composto de informa-
ções e orientações sobre inspe-
ção, analise documental, atendi-
mento à denúncias provenientes
do Ouvidor-SUS, cadastro e au-
tuações nos locais com a Clas-
sificação Nacional de Atividades
Econômicas (CNAE) relacionada
a esgoto, coleta e transporte de
resíduos perigosos e não peri-
gosos; tratamento e disposição
e resíduos perigosos e não peri-
gosos; usina de compostagem;
captação, tratamento e distribui-
ção de água (estações de trata-
mento e caminhão pipa); aluguel
de palcos e coberturas de uso
temporário. Posteriormente foi
agendado com as UVIS dois dias
de capacitação do conteúdo teó-
rico e agendado visitas técnicas
in loco para inspeções conjunta
com a UVIS, a fim de orientar na
prática as ações recebidas na te-
oria.
RESULTADOS
A partir de uma reestrutura da
secretaria da saúde do municí-
pio, se fez necessário se prepa-
rar e programar, com qualidade,
a descentralização de algumas
ações de vigilância em saúde
ambiental para as unidades de
vigilância em saúde, sem prejudi-
car o atendimento aos munícipes
com relação a qualidade e tempo
oportuno. A DVISAM se organi-
zou e conseguiu criar conteúdo,
treinamento teórico e prático, flu-
xo de monitoramento e acesso
a dúvidas técnicas com êxito se
sem interrupção das atividades
prestada aos cidadãos do municí-
pio de São Paulo, que atualmente
tem o profissional para atendi-
mento das demandas de licença
de funcionamento sanitário e ou-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
tras ações mais próximo. Foram
capacitados 158 profissionais em
2021 e 284 profissionais em 2022
das 28 UVIS, neste período e rea-
lizado 06 inspeções conjuntas em
empresas que realizam transpor-
te de água para consumo huma-
no e 06 visitas técnicas conjun-
tas em áreas contaminadas em
reabilitação, que passaram a ser
monitoradas pela UVIS, a fim de
vivenciar na prática o programa
de vigilância em saúde ambiental
de populações exposta em área
contaminada no município. Além
disso foram 06 realizadas inspe-
ções conjuntas nas estações de
tratamento de água para consu-
mo humano do município e ficou
pré-estabelecido um cronograma
de capacitações anuais e um es-
paço de dúvidas aberto para to-
das os técnicos da UVIS.
CONCLUSÕES
No município de São Paulo, a
SÃO PAULO
ANÁLISE DE ÁGUA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO PERA –
PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS E DE DESINFECÇÃO
THAÍS DE SOUZA CORDEIRO, ELIANE SATI NISHIMURA, CLEUBER JOSÉ DE
CARVALHO, MAGALI ANTONIA BATISTA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Mensalmente a equipe de Vigilân-
cia em Saúde Ambiental do Muni-
cípio de São Paulo realiza o plano
de amostragem que varia entre
256 e 363 coletas de água no Sis-
tema Público de Abastecimento
a fim de verificar a qualidade da
água distribuída à população. Os
parâmetros mínimos analisados
são preconizados pelo Ministério
da Saúde, sendo turbidez, fluore-
to, cloro residual livre (CRL), co-
liformes totais e Escherichia Coli
(E.Coli), cujos resultados são dis-
ponibilizados no Sistema de Infor-
mação de Vigilância da Qualidade
da Água para Consumo Humano
(SISAGUA).
Volume 15
Vigilância em Saúde se faz por
processos contínuos e sistemá-
ticos de coleta, consolidação,
análise de dados e disseminação
de informações sobre eventos re-
lacionados à saúde no território
de abrangência. A descentrali-
zação, em unidades territoriais,
visa ao planejamento e a imple-
mentação de medidas de saúde
pública, incluindo a regulação,
intervenção e atuação sobre os
condicionantes e determinantes
da saúde. Para tanto, ações de
proteção e promoção da saúde,
prevenção, assistência e reabili-
tação de doenças e agravos são
desenvolvidas numa perspectiva
longitudinal. Mesmo diante dos
mais diversos desafios da pan-
demia do COVID-19, o Decreto
59.685, instituído em agosto de
2020 trouxe uma restruturação
importante para o setor da saú-
de e a Divisão de Vigilância em
Saúde Ambiental consegui fazer
OBJETIVOS
Análise de parâmetros microbio-
lógicos e correlação da desinfec-
ção nas amostras do plano de
amostragem de vigilância no Mu-
nicípio de São Paulo entre 2017 e
2021.
METODOLOGIA
Análise de relatório do SISAGUA
de amostras de vigilância do pla-
no de amostragem coletadas em
cavalete/hidrômetro do Sistema
Público de Abastecimento de
Água do Município de São Paulo
entre 2017 e 2021. Foram analisa-
dos os resultados dos parâme-
tros Coliformes Totais, E. Coli e
CRL, sendo excluídas da análise
o seu processo de transição de
ações para as Unidades de Vigi-
lância em Saúde sem prejudicar
a qualidade de atendimento pres-
tado aos mais de 12 milhões de
habitantes do município.
PALAVRAS-CHAVE
Vigilância Ambiental, UVIS
BIBLIOGRAFIA
DECRETO Nº 59.685, DE 13 DE
AGOSTO DE 2020. Reorganiza a
Secretaria Municipal
da Saúde, regulamenta o § 2º do
Artigo 45 da Lei nº 17.433, de 29
de julho de 2020,
bem como transfere, altera a de-
nominação e a lotação dos car-
gos de provimento em
comissão que especifica. Dispo-
nível em:
http://documentacao.camara.
sp.gov.br/iah/fulltext/decretos/
D59685.pdf.
as amostras em que algum de-
les não tenha sido realizado. Em
relação à análise do CRL, foram
considerados insatisfatórios os
resultados com valores abaixo
de 0,2, visto este ser o valor míni-
mo para ocorrência de inativação
bacteriana.
RESULTADOS
De 2017 a 2021 foram realizadas
18738 coletas e análises de água
de cavalete/hidrômetro através
do plano de amostragem, com
mediana de 3727 amostras por
ano. Das análises realizadas para
coliformes totais, foi identificada
mediana de presença deste pa-
râmetro em 4,3% das amostras,
97

variando entre 2,3% em 2017 e
5,1% em 2018. Em relação à pre-
sença de E. Coli, houve mediana
de 0,5% de amostras positivas
para esse parâmetro, variando
entre 0,2% em 2021 e 0,8% em
2019. Considerando a correlação
destes 2 parâmetros com o pro-
cesso de desinfecção, verificou-
-se que dentre as amostras com
ausência coliformes totais, 2,8%
estavam com CRL insatisfatório,
enquanto aquelas com presença
deste parâmetro, 10,5% estavam
com CRL insatisfatório. Quanto
às amostras com ausência de
E. Coli, 3,1% estavam com CRL
insatisfatório, enquanto aquelas
com presença de E. Coli, 21,6%
estavam com CRL insatisfatório
CONCLUSÕES
A atual portaria de potabilidade,
Portaria GM/MS 888/2021, preco-
niza que toda água para consumo
SÃO PAULO
A OPERACIONALIZAÇÃO DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO
CONTRA A COVID-19 NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
MARIANA DE SOUZA ARAUJO, MELISSA PALMIER, LUCIANA URSINI NUNES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O novo coronavírus SARS-COV-2
faz parte de uma família viral que
causa infecções respiratórias em
seres humanos e em animais. Em
janeiro de 2020, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) notifi-
cou casos de pneumonia de cau-
sa desconhecida, numa cidade
da China, denominada Wuhan,
onde houve a detecção deste
novo vírus, que causa uma doen-
ça respiratória chamada covid-19.
A OMS declarou em 30 de janeiro
que o surto da doença causada
pelo SARS-CoV-2 tratava-se de
emergência em saúde pública de
importância internacional, sen-
do o mais alto nível de alerta da
Organização, conforme previs-
98
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
humano deve passar por proces-
so de desinfecção, estabelecen-
do o valor mínimo e máximo para
CRL. Apesar do parâmetro de
desinfecção estar adequado na
saída do tratamento realizada nas
Estações de Tratamento de Água,
há variação deste valor no siste-
ma de distribuição, e a partir da
análise realizada neste trabalho,
verificou-se maior presença de
parâmetros microbiológicos em
amostras cujo CRL estava insa-
tisfatório, corroborando a impor-
tância da adequada desinfecção
da água para consumo humano
e manutenção deste parâmetro
em toda a rede para a garantia
de menor risco de contaminação
microbiológica na água. Além
disso, a possibilidade de se reali-
zar este tipo de análise reafirma a
importância da coleta sistemática
de água pela vigilância em saúde
ambiental a fim de acompanhar a
qualidade da água distribuída à
to no Regulamento Sanitário In-
ternacional. Em 11 de março de
2020, a covid-19 foi caracterizada
pela OMS como uma pandemia.
O município confirmou seu pri-
meiro caso da doença em 23 de
fevereiro de 2020. A partir de sua
primeira detecção o novo vírus
encontrou população suscetível
e rapidamente se disseminou na
cidade, estado e país. Somente
no final do ano de 2020, as indús-
trias farmacêuticas disponibiliza-
ram vacinas aprovadas por agên-
cias regulatórias e a campanha
de vacinação contra a covid-19
teve início em 19 de janeiro de
2021 na cidade de São Paulo. Ao
longo dos anos 2021 e 2022, de-
safios foram superados durante a
população e cobrar medidas ca-
bíveis aos responsáveis pelo sis-
tema de abastecimento.
PALAVRAS-CHAVE
potabilidade, VIGIAGUA, SISA-
GUA, contaminação agua
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério da Saúde.
Portaria GM/MS 888/2021. Altera
o Anexo XX da Portaria
de Consolidação GM/MS nº 5, de
28 de setembro de 2017, para dis-
por sobre os
procedimentos de controle e de
vigilância da qualidade da água
para consumo humano
e seu padrão de potabilidade.
Brasília, DF: Diário Oficial da
União, 2021. BRASIL.
Ministério da Saúde. Vigilância e
Controle da Qualidade da Água
para Consumo
Humano. Brasília, 2006.
operacionalização da campanha,
onde a capital recebeu reconhe-
cimento internacional como a:
“Capital Mundial da Vacina”, jun-
to à ampla adesão da população
paulistana.
OBJETIVOS
As vacinas são o meio mais se-
guro e eficaz para a prevenção
individual e coletiva contra de-
terminadas doenças infecciosas.
São obtidas a partir de partícu-
las do próprio agente agressor,
na forma atenuada ou inativada.
A vacinação contra a covid-19 é
importante para a redução do
número de pessoas com mani-
festações graves, internações e
mortes pela doença. De acordo
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
com a Lei 6259/75, Título II, Artigo
3º, cabe ao Ministério da Saúde a
elaboração do Programa Nacio-
nal de Imunizações, que define
a implementação dos programas
de imunização em diferentes pú-
blicos. Embora o Programa Na-
cional de Imunizações norteie os
grupos prioritários, o Programa
Municipal de Imunizações, com
seu caráter de operacionalização
da campanha, teve que delinear
estratégias e condutas de públi-
co-alvo referente as doses que
eram disponibilizadas ao muni-
cípio.O trabalho tem como obje-
tivo apresentar a construção das
estratégias de vacinação contra
a covid-19 adotadas pela cidade
de São Paulo nos anos de 2021
e 2022.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo,
com abordagem qualitativa, do
tipo relato de experiência, realiza-
do por técnicos do Programa Mu-
nicipal de Imunizações (PMI), du-
rante a campanha de vacinação
contra a COVID-19 no município
de São Paulo no período de janei-
ro de 2021 a dezembro de 2022.
RESULTADOS
O PMI seguiu as orientações
técnicas do Ministério da Saúde
e do Governo Estadual. No iní-
cio da campanha, o objetivo foi
a redução da morbidade e mor-
talidade, portanto, os grupos de
maior risco para agravamento e
óbito foram priorizados. As apli-
cações do imunizante iniciaram-
-se em 21/01/2021 para os pro-
fissionais da saúde, nos grupos
de indígenas, idosos e pessoas
com deficiência institucionaliza-
das e funcionários destes locais.
Posteriormente, em 18/02/2021,
iniciou-se a aplicação nas Unida-
des Básicas de Saúde (UBS) e 05
Drive Thrus, aos idosos acima de
90 anos, profissionais da saúde
com 60 anos ou mais e profissio-
nais de serviços públicos de saú-
Volume 15
de. O cronograma da vacinação
foi avançando e outros grupos
prioritários sendo incluídos, gra-
dativamente, sempre alicerçado
em base técnica, dentro dos pila-
res do SUS, à medida do recebi-
mento dos imunizantes. Além dos
Postos Fixos nas unidades de
saúde envolvidas na vacinação
(469 UBS, AMAs, 03 Centros de
Saúde e 17 SAEs), mais 21 Me-
gapostos, Postos Volantes/Far-
mácias/Drive-Thrus em UBS e 20
Mega Drive-Thrus. Cerca de 10 mil
profissionais foram mobilizados
para imunizar a população. Além
disso, mais de nove mil agentes
de saúde realizaram ações junto
à comunidade e busca ativa com
atendimentos em domicílio. Foi
disponibilizado instrumentos que
facilitaram a vida da população
paulistana, como os instrutivos
de priorização de doses da vaci-
na, disponível no site VacinaSam-
pa, o aplicativo e-saúdeSP e a
plataforma de Olho na Fila.
CONCLUSÕES
O município de São Paulo até de-
zembro de 2022, já tinha aproxi-
madamente 37 milhões de doses
aplicadas da vacina covid-19. A
cobertura vacinal de adultos que
se imunizaram com as duas do-
ses ou com a dose única é de
107,8% nesse mesmo período.
Por ter sido direcionada inicial-
mente em adultos, a vacinação
foi extremamente exitosa, pois o
histórico de sucesso nas campa-
nhas é muito maior em crianças.
Além disso, houve um baixo ín-
dice de judicialização da solicita-
ção de vacina covid-19. Até outu-
bro de 2021, início da campanha,
foram analisadas 70 ações judi-
ciais para mais de 15 milhões de
adultos vacinados, comprovan-
do a condução da campanha de
forma assertiva, sempre respei-
tando as normativas e orienta-
ções do Ministério da Saúde no
escalonamento de doses. Nesse
momento, a estratégia principal
é esclarecimento da população
acerca da necessidade de doses
de reforço, e a manutenção das
altas coberturas vacinais.
PALAVRAS-CHAVE
PMI, Vacinação COVID-19
BIBLIOGRAFIA
1.?Secretaria Municipal da Saúde
– Coordenadoria de Vigilância em
Saúde –
Coronavírus –
(https://www.prefeitura.sp.gov.
br/cidade/secretarias/saude/vi-
gilancia_em_saude/doencas_e_
ag2OO?Ministério da Saúde -
Agencia Nacional de Vigilância
Sanitária
(https://www.gov.br/anvisa/pt-br/
assuntos/noticias-anvisa/2021/
testes-para-diagnostico-de-co-
vi3.?Ministério da Saúde - Agen-
cia Nacional de Vigilância Sanitá-
ria - Covid e testes para
avaliar a efetividade das vacinas:
entenda
(https://www.gov.br/anvisa/pt-br/
assuntos/noticias-anvisa/2021/
covid-e-testes-para-avaliar-a-e-
fe4.? Lei nº 6.259 de 30 de outu-
bro de 1975 -
(http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/leis/l6259.htm) 5.?Decreto
nº 78.231 de 12 de
agosto de 1976 - http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/decre-
to/1970-1979/d78231.htm)
6.?Organização das Nações Uni-
das - Roteiro da OMS SAGE para
priorizar o uso de
vacinas COVID-19 no contexto de
fornecimento limitado –
(https://www.who.int /publica-
tions/i/item/who-sage-roadma-
p-for-prioritizing-uses-of-covid-
-19-vac7.?Secretaria Municipal da
Saúde – Coordenadoria de Vigi-
lância em Saúde –
Coronavírus – Vacinômetro
29/01/2023
(https://www.prefeitura.sp.gov.br/
cidade/secretarias/saude/vigilan-
cia_em_saude/doencas_e_ag
99

SÃO PAULO
DECLARAÇÃO DE VACINAÇÃO ATUALIZADA DE ESCOLARES:
ESTRATÉGIA SAÚDE E EDUCAÇÃO NA CIDADE DE SÃO PAULO
MARIA DE FÁTIMA SOARES, MARIANA DE SOUZA ARAÚJO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
x A vacinação em queda no Bra-
sil desde 2016, foi agravada ain-
da mais a partir de 2020 com a
pandemia de covid-19. Graças ao
avanço na vacinação contra co-
vid-19, inciada em 2021, foi pos-
sível a flexibilização das medidas
preventivas ao novo coronavírus
e retorno gradual da população
às atividades. Contudo, as baixas
Coberturas Vacinais (CVs) para
as vacinas de rotina, o acúmu-
lo de indivíduos suscetíveis e o
alto risco de retorno de doenças
imunopreveníveis, se tornou er-
mergencial a implementação de
tecnologias inovadoras para re-
cuperação das CVs e o controle
de futuras epidemias. A mobili-
zação popular e a participação
ativa dos indivíduos em busca de
vacinação, consolidaram o Pro-
grama Nacional de Imunizações
(PNI) como um dos melhores do
mundo. Nesse sentido, o PMI
adotou, como principal estraté-
gia para a Campanha Nacional
de Vacinação contra Poliomielite
e Multivacinação 2022 no municí-
pio de São Paulo, o controle da
Declaração de Vacinação Atuali-
zada (DVA), documento compro-
batório de vacinação, solicitado
pelas unidades educacionais
para crianças de até seis anos
de idade matriculadas na rede
municipal.A DVA, regulamenta-
da pela Portaria Conjunta SME/
SMS nº1/2021, visa controlar a
situação vacinal da comunidade
escolar, estimulando a ida das
famílias às salas de vacinas para
atualização da situação vacinal. A
parceria entre saúde e educação
é essencial para aproximação
com a comunidade, comunica-
ção de informações confiáveis
100
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
sobre vacinas e sua importância
para a saúde global.
OBJETIVOS
• Oportunizar o acesso às vacinas
oferecidas pelo PNI • Atualizar a
situação vacinal dos estudantes
e, indiretamente, também das
famílias • Contribuir para o con-
trole, eliminação e/ou erradicação
das doenças imunopreveníveis •
Melhorar as coberturas vacinais
METODOLOGIA
Para a execução do trabalho, foi
utilizado o Planejamento Estraté-
gico Situacional (PES) em saúde
no âmbito local, em que quem
planeja (ator social) desenvolve
o processo em articulação com
outros atores, dentro do mesmo
cenário social e político, foco do
planejamento. O PES permite es-
tabelecer, no território, a prática
de compromisso e a de respon-
sabilização que envolve equipes
de saúde e população. A popu-
lação alvo foram as crianças ma-
triculadas em creches e pré-es-
colas de até seis anos de idade
da rede municipal de Educação.
Por meio do plano de interven-
ção, os gestores regionais, locais
e as equipes de Vigilância em
Saúde, Atenção Básica à Saú-
de e Educação, implementaram
a estratégia de forma ordenada,
com as seguintes operações:
reuniões regionais e locais com
gestores de saúde e educação
para apresentação e alinhamento
das ações, segundo competên-
cias e hierarquia; reuniões com
pais/responsáveis sobre a DVA;
entrega das DVAs pelas escolas
aos pais/responsáveis com prazo
para devolução; recebimento das
DVAs pelas escolas; registro pe-
las Unidades Básicas de Saúde
(UBS) dos dados de devolução
de DVA em formulário eletrônico;
avaliação de dados pelas Divi-
sões Regionais de Vigilância em
Saúde (DRVS) e suas respectivas
Unidades de Vigilância em Saúde
(UVIS); busca ativa de crianças
que não devolveram o documen-
to por meio da lista de controle de
entrega de DVA; agendamento de
vacinação nas escolas com baixo
percentual de devolução de DVA;
Análise da ação pelo PMI.
RESULTADOS
Das 3.395 escolas de ensino in-
fantil, 2.227 são do tipo convenia-
das, 1025 da administração direta
e 743 particulares, distribuídas
em 13 Diretorias Regionais de
Educação e 6 Coordenadorias
Regionais de Saúde no município
de SP. Informaram a devolução
de DVA, 1.604 escolas (40,2%),
a maioria, 669 (65,3%) da admi-
nistração direta, seguida de 916
(41,1%) conveniadas, 15 (2,0%)
particulares e 4 estaduais. Os alu-
nos, se concentram, nas escolas
de administração direta (159.044),
conveniadas (136.628), particula-
res (1.083) e estaduais (564). Dos
matriculados (297.319), devolve-
ram a DVA 158.993 (53,5%). As
escolas particulares tiveram o
maior retorno, seguidas das con-
veniadas, da administração direta
e estaduais, com respectivamen-
te, 637 (58,8%), 78.352 (57,3%),
79.725 (50,1%) e 279 (49,5%) DVAs
devolvidas. Das 90.809 crianças 0
a 2 anos, 50.268 (55,4%) devolve-
ram a DVA, das 161.927 de 3 a 5
anos, retornaram 90.351 (55,8%)
e das 44.583 de 6 anos e mais,
entregaram 18.374 (41,2%) DVAs.
Foram realizadas 2.312 ações
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
de vacinação em escolas, sendo
aplicadas 46.301 doses de vaci-
nas. Os resultados demonstram
uma boa adesão das escolas e
um grande alcance às famílias
dos alunos, mesmo os que não
devolveram a DVA. Mais da me-
tade das crianças que receberam
a solicitação, compareceram às
salas de vacinação para certifi-
cação da situação vacinal, sendo
vacinadas quando necessário. As
equipes das UBSs realizaram um
alto número de ações de vacina-
ção nas escolas com menor ade-
são à estratégia.
CONCLUSÕES
A estratégia reforça a importân-
cia da vacinação e o comprome-
timento dos pais e responsáveis,
SÃO PAULO
IMPLEMENTAÇÃO DA RENAVEH NA CIDADE DE SÃO PAULO
MARIA ANGÉLICA CREVELIM, PAULA BISORDI FERREIRA, NANCY DE CASTRO
STOPPE, RAPHAELA KARLA DE TOLEDO SOLHA, ANA BEATRIZ PAGLIARO AMORIM
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Vigilância Epidemiológica Hos-
pitalar (VEH) tem o objetivo de
fortalecer e descentralizar a VE
no âmbito hospitalar. É definida
como conjunto de serviços que
proporciona o conhecimento e
detecção de mudanças nos fato-
res determinantes e condicionan-
tes da saúde individual e coletiva,
com a finalidade de recomendar
e adotar medidas de prevenção
e controle das doenças trans-
missíveis e não-transmissíveis e
agravos à saúde. Seu objetivo é
o conhecimento, detecção opor-
tuna e resposta imediata às do-
enças e aos agravos que ocorrem
no território, e detecção precoce
de Emergências em Saúde Pú-
blica de Importância Nacional ou
Internacional, proporcionando
aos gestores elementos para to-
mada de decisão. Deve ser exe-
Volume 15
estimulando-os a participarem
ativamente do processo. Além de
ser o local ideal para a vacinação,
a ida à sala de vacinas possibilita
o acesso de alunos e pais/respon-
sáveis às outras ações de promo-
ção e prevenção à saúde da UBS,
fomentando assim o auto cui-
dado. Para que a estratégia seja
exitosa, torna-se fundamental o
envolvimento dos profissionais da
educação, profissionais da saúde
e pais/responsáveis em todas as
etapas da ação, sendo a família,
principal elemento do processo,
tornando-se fundamental a rea-
lização de ações educativas que
orientem sobre a DVA, melhoran-
do o entendimento e aumentando
a adesão. A ação combinada à
outras estratégias, como a bus-
cutada pelos Núcleos Hospitala-
res de Epidemiologia (NHEs), que
devem realizar notificações de
doenças, agravos e eventos de
saúde pública, oferecer informa-
ções para a gestão, preparação e
resposta aos eventos de interes-
se à saúde, bem como subsidiar
o planejamento e fortalecimento
da vigilância em saúde local. São
fundamentais para alertar sobre
eventos de interesse à saúde pú-
blica ocorridos em ambiente hos-
pitalar, além da caracterização do
perfil epidemiológico de doenças
e agravos em seu território e sen-
tinelas para investigação e moni-
toramento de surtos e epidemias.
Atendendo a legislação vigente, a
SEABVS e a SEAH, por meio da
DVE/COVISA e CAH, desenvolve-
ram proposta de implementação
dos NHE na rede hospitalar mu-
nicipal.
ca ativa pelas UBSs, divulgação
em associações, igrejas e locais
de grande circulação de pessoas,
além da vacinação nas escolas
com menor percentual de devolu-
ção, possibilitam maior efetivida-
de da ação. A estratégia permite
o diagnóstico da situação vacinal
dos alunos, direcionando a to-
mada de decisão pelos gestores
de saúde e educação, facilitando
a criação de estratégias para o
maior controle da vacinação da
comunidade escolar, contribuin-
do para o aumento das cobertu-
ras vacinais.
PALAVRAS-CHAVE
PNI, Declaração de Vacinação
Atualizada
OBJETIVOS
Descrever o processo de implan-
tação dos NHE nos Hospitais Mu-
nicipais de São Paulo, Implantar
os NHE em Hospitais Municipais
da Secretaria Municipal da Saúde
em duas fases: 1ª fase – Hospi-
tais com adesão à RENAVEH 2ª
fase – Hospitais restantes, até
completar 100% da rede hospita-
lar municipal.
METODOLOGIA
A definição dos hospitais muni-
cipais que foram contemplados
pela primeira fase do projeto foi
realizada pelo Gabinete do Se-
cretário Adjunto, conforme segue:
Hospitais Municipais Prof. Dr. Alí-
pio Corrêa Netto, Dr. Arthur R. de
Saboya, Dr. Benedicto Montene-
gro, Dr. Fernando Mauro Pires da
Rocha, Dr. Ignácio Proença de
Gouvêa, Dr. José S. Hungria, Ma-
101

ternidade Prof. Mário Degni, Tide
Setúbal, Prof. Waldomiro de Pau-
la, Maternidade Escola Dr. Mario
de Moraes Altenfelder Silva, Bela
Vista, Brigadeiro, Carmen Pru-
dente, Josanias Castanha Braga -
Parelheiros, Dr. Moysés Deutsch -
M´Boi Mirim, Ver. José Storopolli.
Foi elaborado plano de trabalho
pelos 16 Hospitais participantes
da primeira fase de implantação
e foi entregue kit de informática
para os NHE. A implantação se-
guirá as seguintes etapas: 1) Ela-
boração de proposta de implan-
tação com submissão às áreas
técnicas de DVE/COVISA e gabi-
netes COVISA e CAH; 2) Informe
conjunto (COVISA/CAH) às CRS,
DRVS e hospitais sobre o proje-
to; 3) Diagnóstico situacional com
visitas às unidades hospitalares
para averiguação de recursos
disponíveis, estrutura e discus-
são sobre processo de trabalho;
4) Elaboração de relatório final; 5)
Elaboração de documento técni-
co norteador e documentos perti-
nentes; 6) Elaboração de capaci-
tação, com envolvimento de DVE/
DRVS; 7) Execução da capacita-
ção; 8) Monitoramento da execu-
ção das atividades previstas para
os NHE e 9) Avaliação - análise de
indicadores de implementação e
operacionalização dos NHE.
RESULTADOS
Foram elaborados: proposta
de implantação dos NHE e do-
cumento norteador (em anda-
mento). A proposta de implan-
tação foi apresentada aos 16
Hospitais Municipais (HM) da 1ª
fase do projeto. Até o momento,
foram realizadas 12 visitas e 2
reuniões online com o objetivo
de identificar a estrutura e os
recursos disponíveis para a im-
plantação dos NHE, os proces-
sos de trabalho das equipes en-
volvidas com a VEH, bem como
as necessidades e desafios
elencados pelas equipes para
a implantação e fortalecimento
102
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
dos NHE, considerando as atri-
buições definidas pela Portaria
GM/MS Nº 1.693/21. Foi apre-
sentado um breve histórico so-
bre a RENAVEH e do Projeto de
Implantação dos NHE nos HM.
Foi utilizado um roteiro estru-
turado para apoio no diagnós-
tico situacional e do processo
de trabalho de cada unidade.
Foram elaborados relatórios
conjuntos, destacando os prin-
cipais pontos discutidos e ne-
cessidades levantadas. A partir
dos relatórios foi elaborado um
quadro síntese para o diagnós-
tico situacional das unidades vi-
sitadas. Os principais desafios
identificados foram: carência
de recursos humanos com for-
mação ou experiência em VEH,
segmentação das atividades
relacionadas à vigilância entre
setores distintos, necessidade
de treinamento em análise e di-
vulgação de dados epidemioló-
gicos. Aspectos positivos: boa
relação entre as equipes que
desenvolvem atividades de vi-
gilância, experiência adquirida
durante a pandemia, fluxos bem
estabelecidos com as Unidades
de Vigilância em Saúde do ter-
ritório.
CONCLUSÕES
Reconhecendo a importância
da Renaveh na identificação,
monitoramento e no preparo
da resposta para a potenciais
emergências em saúde pública
no âmbito hospitalar, SEABVS
e a SEAH, por meio da DVE/
COVISA e CAH, desenvolveram
proposta de implantação dos
NHE na rede hospitalar munici-
pal. O diagnóstico inicial reali-
zado junto às unidades hospita-
lares evidenciou a importância
de apoio e incentivo para ca-
pacitação dos profissionais em
vigilância epidemiológica e aná-
lise da dados, fortalecimento
das relações entre as equipes,
estreitando a articulação entre
os diversos setores do hospital,
ampliando assim, a sensibilida-
de do sistema de vigilância na
unidade. Mostrou-se também
fundamental o trabalho conjun-
to com as equipes das Unida-
des de Vigilância em Saúde e
Divisões Regionais de Vigilân-
cia em Saúde no apoio técnico
e pactuação de fluxos em vigi-
lância com as unidades hospi-
talares.A partir dos resultados
obtidos foram detectados: ca-
rência de profissionais com ex-
periência em Vigilância Epide-
miológica Hospitalar para atuar
nos NHE e necessidade de trei-
namento em análise e divulga-
ção de dados epidemiológicos.
O próximo passo da equipe de
implementação será a formação
dos profissionais da rede.
PALAVRAS-CHAVE
Vigilância Epidemiológica Hospi-
talar
BIBLIOGRAFIA
Brasil. Ministério da Saúde. Se-
cretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Saúde
Ambiental, do Trabalhador e Vigi-
lância das Emergências em Saú-
de Pública. Plano de
Fortalecimento e Ampliação da
Rede Nacional de Vigilância Epi-
demiológica Hospitalar –
Renaveh [recurso eletrônico]. Mi-
nistério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde,
Departamento de Saúde Ambien-
tal, do Trabalhador e Vigilância
das Emergências em
Saúde Pública – Brasília: Ministé-
rio da Saúde, 2021. 34 p.: il. Dis-
ponível em
https://w w w.gov.br/saude/pt-
-br/centrais-de-conteudo/pu-
blicacoes/publicacoes-svs/vi-
gilancia-epPALAVRAS-CHAVE
- Vigilância em Saúde, Vigilânciaa
Epidemuiológica Hospitalar,
Atenção Hospitalar
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
A ESTRUTURAÇÃO DA COMISSÃO DO NÚCLEO DE PREVENÇÃO
A VIOLÊNCIA - NPV NA ATENÇÃO BÁSICA.
VALÉRIA NUNES NOGUEIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As situações de violências ocor-
rem de forma intencional, poden-
do ser evitável e sendo causador
de lesões físicas e/ou emocio-
nais, em vários ambientes sociais
como: casa, trabalho, trânsito,
escola, esporte e lazer, em di-
versos grupos e classes sociais,
ocasionando danos físicos, emo-
cionais e morais a si próprio e a
outros. Não resultando necessa-
riamente em óbitos, mas a morta-
lidade e a morbidade são causas
externas, mas as situações de
violência é caracterizada em di-
versas formas: a agressão física,
abuso sexual, violência psicoló-
gica, patrimonial, institucional e
o suicídio. Com o Sistema Único
de Saúde - SUS, preconizado na
Lei nº 8.080, de 19 setembro de
1990; propõe ações em todos os
níveis de complexidade voltadas
à prestação de atenção integral
aos usuários, estabelecendo
diretrizes e responsabilidades,
como medidas à promoção da
saúde e à prevenção de agravos
externos. Surge a Rede Nacio-
nal de Prevenção da Violência e
Promoção da Saúde em 2004, no
qual é Implantado os Núcleos de
Prevenção à Violência em Esta-
dos e Municípios. E por isso, as
unidades Básica de Saúde (UBS),
sendo um serviço da Atenção Pri-
maria à Saúde, torna-se um dos
serviços de saúde responsáveis
pelo acolhimento, acompanha-
mento e monitoramento das situ-
ações de violência aos pacientes
do território, realizando o cuidado
da saúde e a prevenção de situa-
ções, com famílias e comunidade,
possibilitando de forma educativa
novos significados para o enfren-
tamento da situação de violência.
Volume 15
OBJETIVOS
Se tratando de uma Unidade Bá-
sica de Saúde (UBS) 100%, com-
posta por Equipe de Estratégia
Saúde da Família - ESF. O nosso
objetivo foi ampliar a composi-
ção de profissionais por meio da
criação da Comissão do NPV na
Atenção Básica, incluindo a in-
serção dos agentes comunitários
nesta comissão, no qual outros
profissionais como o psicólogo,
assistente social e enfermeiro já
fazem parte, contribuindo com o
cuidado e monitoramento dos ca-
sos notificados por meio do ins-
trumental SINAN do território.
METODOLOGIA
A metodologia é baseada e rea-
lizada dentro do documento nor-
teador Linha de Cuidado (LA),
para Atenção Integral à Saúde da
Pessoa em Situação de Violên-
cia, no qual define o Núcleo de
Prevenção a Violência – NPV que
traz a sua definição, composição
e atribuições para que venha dar
seguimento nas ações/interven-
ções no cuidado com a pessoa
em situação de violência. Sendo
de suma importância a realização
das reuniões mensais da equipe
para que venha sendo construído
a linha de cuidado no campo da
violência.
RESULTADOS
Os resultados que obtivemos,
com a estruturação da Comis-
são do Núcleo de Prevenção a
Violência - NPV na Atenção Bá-
sica (UBS- Jova Rural), foi a in-
clusão dos profissionais Agentes
Comunitários da Saúde, no qual
vem participando nas reuniões
mensais de NPV realizadas den-
tro da UBS e nas ações de mo-
nitoramento/ acompanhamento
dos casos notificados juntamente
com a equipe multiprofissional
(Psicólogo, Assistente Social e
Enfermeiro(a), que também faz
parte desta comissão. E por meio
da realização de educação per-
manente, estes profissionais fo-
ram capacitados sobre a temática
NPV e a Cultura de Paz, no qual
também foi esclarecido sobre a
importância da realização noti-
ficação de todos só casos sus-
peitos e confirmados de violência
que chegam até a UBS, realizan-
do o preenchimento da ficha de
notificação SINAN, e sendo todos
orientados sobre a importância
de manter o sigilo e a ética pro-
fissional. Essas reuniões mensais
realizadas pela comissão de NPV
traz a reflexão, discussão e a apri-
moramento entre os profissionais
do serviço de saúde, uma vez que
o atendimento dos casos de vio-
lência é de responsabilidade de
todos os profissionais que atuam
nos serviços de saúde, trazendo
ainda o cuidado mais próximo de
forma integral a pessoa em situa-
ção de violência.
CONCLUSÕES
Quando pensamos na construção
de uma linha de cuidado no cam-
po da violência dentro da área da
saúde, é de suma importância
pensar e desenvolver ações em
rede. Estabelecendo os fluxos e
investir na educação permanente,
na orientação dos profissionais
de saúde para a importância da
integralidade do cuidado nas di-
mensões do acolhimento, atendi-
mento, notificação e seguimento
na rede de cuidado e de proteção
social. Assim a composição de
uma comissão do Núcleo de Pre-
venção de Violência na atenção
103

básica, amplia a inserção e o co-
nhecimento dos profissionais que
também atuam dentro do servi-
ço de saúde, trazendo de forma
SÃO PAULO
PROJETO ECO-MADEIRITE
FERNANDA DA SILVA BATISTA , ÉLEN SOARES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O processo saúde-doença se
configura como um processo
multidimensional por englobar as-
pectos biológicos, psicológicos,
socioculturais, econômicos, am-
bientais e políticos, sendo resulta-
do de uma complexa inter-relação
entre estes fatores tanto no âmbito
individual, quanto dentro de uma
sociedade (Cruz, 2012). Segun-
do essa perspectiva, a resolução
das demandas de saúde de uma
população exige planos de ação
igualmente complexos, sendo a
intersetorialidade uma condição
essencial na operacionalização da
Atenção Primária à Saúde (Feix,
s/d), bem como a participação so-
cial (Rolim, Cruz e Sampaio, 2013).
Neste cenário a adequada gestão
de resíduos também é essencial
para a preservação da saúde co-
letiva, uma vez que a disposição
inadequada agrava enchentes e
a disseminação de doenças (Cin-
quetti, 2004). No território da Co-
ordenadoria Regional de Saúde
Oeste (município de São Paulo) o
número de uma dessas enfermi-
dades, a leptospirose, aumentou
entre os anos de 2017 e 2019, su-
bindo de 12 para 19 casos. O dis-
trito administrativo da Vila Leopol-
dina, um dos territórios com casos
confirmados de leptospirose no
ano de 2019, possui 3 áreas de
risco, estando uma delas situada
na área de abrangência do Cin-
gapura Madeirite (COVISA, 2020),
local vítima de enchentes. Portan-
to, faz-se necessário o desenvolvi-
mento de projetos que capacitem
a população do Cingapura nos
104
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
positiva, resultados que venham
possibilitar na superação da vio-
lência e promoção da cultura de
paz no território.
mecanismos de defesa contra a
morbimortalidade por doenças
infecciosas, como o Projeto ECO-
-Madeirite.
OBJETIVOS
Desenvolver ações que orientem
a construção de espaços mais
saudáveis e sustentáveis na área
de abrangência do Conjunto Ha-
bitacional “Cingapura Madeirite”,
estimulando o fortalecimento das
relações sociais, cidadania e vín-
culo com o território, por meio de
atividades socioambientais educa-
tivas, com prioridade para a correta
gestão dos resíduos sólidos, inter-
setorialidade e efetiva participação
da comunidade. Objetivos especí-
ficos: Sensibilizar os moradores do
“Cingapura Madeirite” sobre a cor-
reta segregação e disposição de
resíduos e sobre seu impacto so-
cial, ambiental e econômico; Orien-
tar os moradores do “Cingapura
Madeirite” sobre as medidas de
defesa contra doenças infecciosas,
com enfoque nas transmitidas por
enchentes e por vetores advindos
da inadequada gestão de resíduos;
Favorecer o surgimento de novas
perspectivas de relação com espa-
ços comunitários, construindo um
conjunto de valores socioambien-
tais essenciais para a promoção de
saúde.
METODOLOGIA
O monitoramento e avaliação do
projeto foram efetuados por meio
de questionários (antes e depois)
aplicados aos usuários, depoimen-
tos e registros fotográficos das
ações. A vigência do projeto foi de
PALAVRAS-CHAVE
violência, núcleo de prevenção a
violência
maio de 2021 a julho de 2022. Ini-
cialmente foi realizada uma reunião
com os líderes comunitários, para
apresentação do projeto e defini-
ção das primeiras torres do Con-
junto Habitacional Cingapura nas
quais daríamos início à aplicação
do questionário e ações do projeto
(torres 17 e 18 - piloto). Instalamos a
Big Bag para recebimento e acon-
dicionamento de materiais reciclá-
veis, no Centro Comunitário CEA-
SA Nossa Casa, em parceria com o
líder comunitário. Quinzenalmente
realizamos ações educativas para
sensibilização da população lo-
cal sobre separação e destinação
correta dos resíduos sólidos, pre-
venção aos animais sinantrópicos
e arboviroses, atividades sobre
doenças transmitidas por vetores
e enchentes, alimentação saudá-
vel, PANC (plantas alimentícias
não convencionais), redução do
consumo de sódio e apresentação
da receita de sal de ervas, guarda
responsável, saúde do catador de
materiais recicláveis, além do uso e
entrega de EPI
RESULTADOS
Após um ano de atividades, os
questionários foram aplicados
novamente e o projeto foi finali-
zado com o evento de celebração
“Cinga Day”, no qual realizamos
ações educativas lúdicas a partir
de jogos infantis, oficina de chá,
distribuição de mudas ornamen-
tais aos moradores e entrega da
placa Selo Eco-Madeirite. Tam-
bém foram apresentados os indi-
cadores aos líderes comunitários
e moradores. Seguem alguns: 1)
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
Diminuição da incidência de ro-
edores a) Antes: 18,5% dos mo-
radores responderam que havia
presença de ratos ou sinais de
roedores (fezes, gordura ou ro-
ídas) em sua casa. Depois: 0%.
b) Antes: 92,9 % viram roedores
ou tocas de ratos no condomí-
nio ou nas ruas ao redor. Depois:
60%. 2) Aumento de pessoas que
passaram a separar os materiais
recicláveis a) Antes: 35,7% das
pessoas separavam materiais re-
cicláveis Depois: 65%. Foi notável
o aumento da adesão dos mora-
dores em relação ao descarte
adequado de resíduos sólidos,
separação dos resíduos reciclá-
veis e diminuição da incidência
de animais sinantrópicos nos
apartamentos e no entorno das
torres contempladas pelo pro-
jeto. Foram coletados 731kg de
recicláveis, encaminhados para
o estabelecimento ECO CEASA
- C. A. Beraldo, uma iniciativa de
cooperativa local, responsável
pela venda dos resíduos para em-
presas de reciclagem. Os valores
arrecadados com a venda dos
materiais são revertidos para o
Centro Comunitário CEASA Nos-
sa Casa, que desenvolve diversas
SÃO PAULO
DIAGNOSTICOU, TRATOU: CONTROLE DO HIV NOS CENTROS
DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO NA CIDADE DE SP
MONIQUE EVELYN DE OLIVEIRA, MARCIA DA SILVA OLIVEIRA, SILVIA LETICIA
OLIVEIRA PEIXOTO DE FREITAS, TATIANE PAVAN RAMOS OLIVEIRA, MARIA
CRISTINA ABBATE
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
São Paulo é uma cidade plural e
dinâmica com dificuldades es-
truturais, por isto a ampliação do
acesso ao diagnóstico é impor-
tante para início do tratamento
precoce e diminuição da carga
viral social, sobretudo para popu-
lações com maior vulnerabilidade
à epidemia de HIV. A vinculação
Volume 15
ações sociais em benefício da
comunidade do entorno.
CONCLUSÕES
O Projeto ECO-Madeirite apre-
sentou resultados positivos que
vão ao encontro dos seus obje-
tivos. Através de um importante
trabalho de fomento à partici-
pação social e atuação integra-
da com líderes comunitários, as
ações educativas socioambien-
tais sensibilizaram os moradores
do Cingapura Madeirite para im-
portância do descarte adequado
de resíduos sólidos; adoção de
medidas de prevenção aos ani-
mais sinantrópicos e cuidados
com os espaços comunitários.
Estes avanços evidenciaram-se
na crescente quantidade de ma-
terial reciclável segregado de ma-
neira correta no local, bem como
através dos indicadores finais,
resultantes dos questionários e
o progressivo engajamento da
população. O projeto orientou
e facilitou a melhoria das condi-
ções sanitárias do conjunto ha-
bitacional, fortaleceu a equidade
do trabalho em saúde, a partir do
atendimento à um grupo social
é uma etapa do cuidado que é
imprescindível para evitar perda
de seguimento entre o Centros
de Testagem e Aconselhamento
(CTA) e o Serviço de Atendimento
Especializado (SAE). Na Coorde-
nadoria de IST/Aids, facilitamos o
acesso com a disponibilização do
antirretroviral em CTAs.
mais susceptível ao adoecimen-
to físico e mental, além de ter se
destacado pelas contribuições à
integralidade do cuidado, à medi-
da que considera o indivíduo em
sua totalidade, avaliando riscos
intra e peridomiciliares à saúde,
condições de habitação, geração
de renda e saneamento.
PALAVRAS-CHAVE
resíduos; saúde coletiva; comuni-
dade
BIBLIOGRAFIA
CINQUETTI, H. S. Lixo, resíduos
sólidos e reciclagem: uma análise
comparativa de
recursos didáticos. Educar, Curi-
tiba, n. 23, p. 307-333, 2004. Edi-
tora UFPR. CRUZ, M.
Concepção de saúde-doença e
o cuidado em saúde. São Paulo:
Qualificação de
Gestores do SUS, 2012. FEIX, R.
Atenção primária à saúde: con-
ceituação e evolução
histórica. Uberlândia: Departa-
mento de Clínica Médica, Centro
de Ciências Biomédicas,
Universidade Federal de Uberlân-
dia, s/d. (mimeogr.).
OBJETIVOS
Analisar o tempo entre o diag-
nóstico e o início do tratamen-
to antirretroviral (TARV) de HIV
por meio dos CTAs garantindo o
acesso ao tratamento em tempo
hábil às Pessoas Vivendo com
HIV (PVHIV) a fim de alcançar su-
pressão viral e melhor qualidade
de vida e redução da carga viral
105

social circulante.
METODOLOGIA
As unidades da RME atendem à
população por demanda espon-
tânea e com equipe multiprofis-
sional, facilitando o acesso de
populações vulneráveis. Para que
seja possível reduzir o tempo en-
tre diagnóstico e início da TARV a
RME vem adotando cada vez mais
a recomendação da Organização
Mundial da Saúde de 2013 que é
tratar todas as Pessoas Vivendo
com HIV (PVHIV), independente
da contagem de células TCD4 e
a RME se empenha em reduzir o
tempo de vinculação, dedicando-
-se a iniciar o tratamento no mes-
mo dia do diagnóstico.
SÃO PAULO
PROCESSO ORGANIZACIONAL DA IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO
DEDESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E PROMOÇÃO À SAÚDE
CLAUDIA WALLESKA RONAIB SILVA, MAGALI ANTONIA BATISTA, CLEUBER JOSE
DE CARVALHO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Segundo o Ministério da Saúde, o
campo da Saúde Ambiental com-
preende a área da saúde pública
afeita ao conhecimento científico, à
formulação de políticas públicas e
às ações relacionadas à interação
entre a saúde humana e os fato-
res do meio ambiente, com vistas
a melhorar a qualidade de vida do
ser humano sob o ponto de vista da
sustentabilidade, por isso a susten-
tabilidade sempre fez parte de uma
das políticas vinculada a vigilância
em saúde ambiental. Em 2022 a
Assembleia Geral das Nações Uni-
das (ONU), aprovou uma resolução
declarando que todas as pessoas
no planeta têm direito a um meio
ambiente limpo e saudável. Um
ambiente saudável não depende
apenas de recursos naturais pre-
servados, mas todo o contexto so-
cioeconômico em que o indivíduo
está inserido, principalmente em
106
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
RESULTADOS
Segundo a Coordenadoria de
IST/Aids, em 2018, a mediana de
dias para início de TARV era de
40 após o diagnóstico para o HIV
no Serviços de Assistência Espe-
cializada em IST/Aids. No ano de
2022 apenas nos CTAs a mediana
é de apenas 06 dias. Sendo as-
sim, os CTAs têm reduzido o tem-
po entre o diagnóstico e a TARV,
facilitando a adesão ao tratamen-
to, garantindo um atendimento
integral da PVHIV. Resultando na
queda por cinco anos consecuti-
vos no número de novos casos de
HIV. Em 2021, foram 2351 casos.
Entre 2016 e 2021 houve a redu-
ção de 37,5% de incidência do
HIV e 43,7% da Aids de acordo
uma região altamente urbanizada
como São Paulo. Assim, é neces-
sário ampliar o olhar sobre a saúde,
não se limitando a uma abordagem
biofísica, mas cultural e mental
também. Neste contexto, a Divisão
de Vigilancia em Saúde Ambiental
(DVISAM), da Coordenadoria de
Vigilancia em Saúde (COVISA), da
Secretaria Municipal de Saúde de
São Paulo (SMS) se organizou para
iniciar ações de implantação do
Núcleo de Desenvolvimento Sus-
tentável e Promoção à Saúde.
OBJETIVOS
Apresentar as ações para a im-
plantação do Núcleo de Desen-
volvimento Sustentável e Pro-
moção à Saúde, da Divisão de
Vigilancia em Saúde Ambiental
(DVISAM), da COVISA com início
em outubro de 2022 a janeiro de
2023 que fomente práticas sus-
tentáveis e saudáveis nas Uni-
com o boletim epidemiológico de
IST/Aids da cidade de São Paulo
de 2022.
CONCLUSÕES
A RME em IST/Aids de São Paulo,
têm promovido o acesso a TARV
facilitando o
acesso a medicação em tempo
hábil, aumentando a qualidade de
vida das PVHIV em
consonância com as metas glo-
bais e contribuindo para o con-
trole da epidemia de
HIV/Aids.
PALAVRAS-CHAVE
HIV, acesso a TARV, INICIO IME-
DIATO
dades de Vigilância em Saúde
(UVIS).
METODOLOGIA
Foi composto um grupo de traba-
lho com técnicos que representas-
sem os programas de Vigilancia da
Qualidade da Água para Consumo
Humano (VIGIAGUA), de Popula-
ções Expostas em Áreas Contami-
nadas (VIGISOLO), Expostas aos
Poluentes Atmosféricos (VIGIAR),
aos Contaminantes Químicos (VI-
GIQUIM) e populações Expostas
aos Desastres Naturais e Tecnoló-
gicos (VIGIDESASTRES). Reunidos
semanalmente para leitura de do-
cumentos técnicos sobre susten-
tabilidade, meio ambiente e saú-
de, com discussões e brainstorm,
fazendo análises prospectivas de
ações e projetos. Com a meta de
fazer ações de sustentabilidade
que fossem factíveis para as UVIS
e do escopo da vigilância em saú-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
de ambiental, a importante de co-
nhecer o território, os profissionais
e os programas já existentes no
município. A partir desta premissa
foi elaborado e implantado 3 proje-
tos, com particularidades e parce-
rias intersetoriais distintas, projetos:
Lian Gong nas UVIS, DVISAM e
COVISA em parceria com a Coor-
denação de Práticas Integrativas da
Atenção Básica o projeto Povos ori-
ginários indígenas em parceria com
a Saúde da População Indígena e
Programa de Ambientes Verdes e
Saudáveis (PAVS), e o projeto de
sustentabilidade e reciclagem de
resíduos em parceria com a SP Re-
gula (que gerencia os contratos de
coleta seletiva no município realiza-
do pelas empresas LOGA e EcoUr-
bis). Em fase final elaboramos uma
cartilha sobre sustentabilidade,
meio ambiente e os programas da
DVISAM
RESULTADOS
A primeira reunião do grupo de
trabalho para implantação do
núcleo de desenvolvimento sus-
tentável e promoção a saúde se
deu em julho de 2022, três meses
depois iniciou-se a implantação
do primeiro projeto, em parceria
com a coordenação de práticas
integrativas, que foi ofertar ca-
pacitação de Lian Gong, como
cuidado de exercício laboratorial
nas UVIS e COVISA. Foram feitas
visitas nas aldeias indígenas e
SÃO PAULO
CAÇA A DENGUE: FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO COMBATE
AS ARBOVIROSES
LUCAS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Programa Saúde na Escola
(PSE), política intersetorial dos
Ministérios da Saúde e da Edu-
cação, foi instituído pelo Decre-
Volume 15
elaborado um questionário para
compreender melhor as necessi-
dades da população local e, jun-
tamente com o PAVS e atenção
básica, será realizado neste ano
de 2023 uma parceria de avalia-
ção dos parâmetros da água des-
tinada para consumo humano,
estamos realizando reuniões e
capacitações dos servidores das
UVIS para implantação de coleta
seletiva. A cartilha está em fase fi-
nal de escrita e correção para ser
divulgada.
CONCLUSÕES
Desenvolvimento sustentável é
aquele que ocorre com baixo im-
pacto ambiental e diminuição das
desigualdades internas por conta
de uma distribuição equilibrada
das riquezas geradas. O ser hu-
mano não é reduzível a partes.
Por isso, precisamos lidar com a
complexidade das questões que
o envolvem, assim como, con-
siderar o meio ao qual ele está
inserido. A DVISAM, no início de
julho iniciou um grupo técnico de
trabalho para fomentar a implan-
tação do núcleo de desenvolvi-
mento sustentável e promoção
à saúde, com implantação de
grupo técnico de trabalho, pro-
jetos na vigilância em saúde e
Inter secretariais que favoreçam
politicas publicas sustentáveis.
Todo o processo organizacional
da Implantação do Núcleo de
to Presidencial nº 6.286, de 5 de
dezembro de 2007, as políticas
voltadas às crianças, adolescen-
tes, jovens e adultos da educa-
ção pública brasileira se unem
para promover saúde e educação
Desenvolvimento Sustentável e
Promoção à Saúde foram proje-
tadas para melhorar a educação
ambiental, aumentar a conscien-
tização de ambientes susten-
táveis e a capacidade humana
e institucional sobre mitigação,
adaptação, redução de impacto
de resíduos. Ter constituído um
grupo de trabalho que já esteja
qualificado com as questões téc-
nicas de vigilância em saúde am-
biental e fomentar parcerias inter-
setoriais foi fundamental para o
sucesso da implantação.
PALAVRAS-CHAVE
Vigilância Ambiental
BIBLIOGRAFIA
Brasil. Ministério da Saúde. Con-
selho Nacional de Saúde. Subsí-
dios para construção da
Política Nacional de Saúde Am-
biental / Ministério da Saúde,
Conselho Nacional de
Saúde. – Brasília: Editora do Mi-
nistério da Saúde, 2009. Disponí-
vel em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/subsidios_constru-
cao_politica_saude_ambiental.
pdAcessado em: 27/01/2023. Na-
ções Unidas Brasil. Os Objetivos
de Desenvolvimento
Sustentável no Brasil. Disponível
em: https://brasil.un.org/pt-br/
sdgs . Acessado em:
31/01/2023.
integral, a intersetorialidade para
o desenvolvimento das ações do
PSE implica mais do que ofertas
de serviços num mesmo territó-
rio, pois deve propiciar a susten-
tabilidade das ações a partir da
107

formação de redes de correspon-
sabilidade, a articulação entre as
escolas e as Unidades Básicas
de Saúde é a base do Programa
Saúde na Escola que é uma es-
tratégia de integração para o de-
senvolvimento da cidadania e da
qualificação das políticas públi-
cas. Considerando a dengue um
dos principais problemas de saú-
de pública no mundo segundo a
Organização Mundial de Saúde
OMS estima que 2,5 milhões de
pessoas - ? da população mun-
dial - estão sob o risco de contrair
dengue, e que ocorram anual-
mente cerca de 50 milhões de ca-
sos, deste total, cerca de 550mil
necessitam de hospitalização e
pelo menos 20 mil morrem em
consequência da doença e esse
é um dos temas prioritários do
PSE. Reconhece-se que as crian-
ças são a força motriz de suas fa-
mílias, e possuem o potencial de
protagonizar ações de prevenção
a agravos e promoção à saúde
e as escolas têm o potencial de
formar agentes transformadores
mirins, sendo os principais difu-
sores de boas práticas nas res-
pectivas famílias e comunidade.
OBJETIVOS
Contribuir com as ações de com-
bate e controle da dengue e for-
mar alunos da rede pública, como
agentes ambientais mirins, multi-
plicadores de boas práticas de
combate às arboviroses.
METODOLOGIA
SÃO PAULO
MEDIDAS ESTRATÉGICAS DE PREVENÇÃO À SAÚDE PARA
AGRAVOS DE VÍNCULOS AMBIENTAIS
VALQUIRIA GOTADO JARUSSI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
São Paulo possui grande di-
versificação nos aspectos
108
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Através do jogo elaborado pela
equipe do Programa Ambientes
Verdes e Saudáveis – PAVS, de-
nominado “Caça a Dengue” as
crianças foram sensibilizadas a
identificar, eliminar e/ou corres-
ponsabilizar adultos à: identificar
e eliminar potenciais ou criadou-
ros do mosquito Aedes Aegypt,
principal vetor da Dengue, Zica
Vírus e Chikungunya. O jogo con-
siste em: Propositalmente a equi-
pe espalha materiais propícios a
se tornar criadouro, previamente
a atividade. Após uma palestra
ilustrando o mosquito, seu ciclo e
as condições para a proliferação
do vetor, junto aos educadores,
a equipe de saúde direciona e
monitora as crianças, que saem
em busca de capturar os poten-
ciais criadouros. Para encerrar a
atividade, as crianças recebem o
título de “agentes ambientais”, e
saem com incumbência de identi-
ficar, eliminar e/ou sensibilizar sua
família, amigos e comunidade.
RESULTADOS
No total de 21 Centro de Ensino
Infantil (CEI), foram mais de 1.260
alunos sensibilizados, na área de
abrangência das Unidades Bási-
cas de Saúde Bom Retiro, Bora-
cea e Santa Cecília, localizadas
na região central do município de
São Paulo.
CONCLUSÕES
O projeto alcançou os resulta-
dos previstos através da criati-
vidade pedagógica e articula-
ambientais, e proteger a po-
pulação de morte visa medi-
das protetoras e de cuidado
ção viabilizadas pelo Programa
Ambientes Verdes e Saudáveis
junto as equipes de Saúde e de
educação. Evidenciando-se, na
prática, o potencial de políticas
públicas Inter-secretariais e in-
ter-setoriais como o Programa
Saúde na Escola (PSE), no de-
senvolvimento infantil integral. E
consequentemente contribuindo
na formação de uma sociedade
mais justa e equilibrada, seja no
presente, através das ações e
inquietações dos agentes mirins
em suas respectivas comunida-
des, ou no futuro com, socieda-
de formada por pessoas mais
conscientes e corresponsáveis.
Conforme resultados apresenta-
dos, o projeto alcançou objetivo
formando agentes ambientais
mirins e multiplicadores de boas
práticas, evidenciando a necessi-
dade de continuidade das ações
para o fortalecimento do exercí-
cio, especialmente na vigilância
ambientalbuscando a identifica-
ção de potenciais criadouros do
mosquito Aedes Aegypti-princi-
pal vetor da dengue, doença que
promove recorrentes epidemias
em todo território nacional, espe-
cialmente em centros urbanos.
PALAVRAS-CHAVE
PSE, PAVS, Arboviroses, agen-
tes-mirins
BIBLIOGRAFIA
ht tps://app.box.com /s /0xgq-
ni4hxlcxv7rqlzgtpuo6v8c3v2jf
https://aps.saude.gov.br/ape/pse
as questões socioambientais,
culturais e demográficas, isto
explica a variação dos perfis
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
epidemiológicos no Centro da
Cidade. A região da Bela Vista
abrange bairros com moradias
tombadas e residenciais, e o
antigo bairro do Bixiga, com
tradições culturais, festa típi-
cas e cantinas. Já na região da
Paulista há empreendimentos
valorizados e modernos como
Museus de artes e faculda-
des importantes, enquanto
distritos da República, Sé e
Cambuci se conectam devi-
do à proximidade geográfica.
A nova Unidade de Vigilância
em Saúde Sé partiu da divisão
do serviço da Santa Cecilia,
estando sob coordenação da
COVISA. A UVIS é subdividida
em: Vigilância Ambiental, Vi-
gilância Sanitária e Vigilância
Epidemiológica. O desempe-
nho das atividades de vigi-
lância, quando em inspeção
técnica, é de responsabilidade
das Autoridades Sanitárias do
município, quadro composto
por veterinários, biólogos, far-
macêuticos e outros. Ações
conjuntas proporcionam de-
tecção de riscos e doenças
que fazem interfaces entre
saúde ambiental e saúde co-
letiva. O PAVS e UVIS realizam
intervenções socioambientais
com agentes de endemias e
de promoção ambiental para
monitorar e dar suporte às
equipes técnicas e deman-
das de cada território. Desta
forma, a saúde da população
é traçada pelo levantamento
de dados que a vigilância am-
biental realiza, descrevendo o
perfil epidemiológico.
OBJETIVOS
Compor estratégias de saúde
nos territórios da Supervisão
Técnica de Saúde Sé em par-
ceria com as equipes de ESF,
Programa Ambientes Verdes e
Saudáveis (PAVS) e Unidade
de Vigilância em Saúde (UVIS).
Volume 15
METODOLOGIA de-Cama, Pulgas e Sarnas.
Utilização do mapa de área Outro eixo trabalhado foi a
para acompanhamento de ca-
saúde dos animais domésti-
sos positivos de doenças de
notificações compulsórias, cos dos territórios, realizando
e elaboração/atualização do educação permanente com
diagnóstico socioambiental,
mais de 140 Agentes Comu-
através do levantamento de
dados realizado em conjunto nitários de Saúde para iden-
com equipes de ESF, para efe- tificação dos possíveis casos
tivar intervenções casa a casa de esporotricose no território,
e educações em saúde.
e contínua campanha de vaci-
RESULTADOS nação e castração para mais
Realizou-se notificações vol- de 500 animais, tudo de forma
tadas as doenças infecciosas gratuita.
e parasitárias, com aborda-
gem diferente da epidemiolo-
gia ambiental e relacionada as CONCLUSÕES
barreiras de contenção para Este projeto se propôs como
as principais doenças de ani-
objetivo geral, elaborar um
mais sinantrópicos, como re-
conjunto de elementos para
dução dos focos de dengue
nos territórios acompanhados atender aos usuários das uni-
pelas equipes de ESF com 250 dades de saúde de modo que
visitas de bloqueio, e classifi-
permitam a redução na disse-
cações de baixo, médio e alto
risco. Além disso foram reali- minação e agravos de doen-
zadas dez capturas de escor-
ças com vínculo ambiental e
piões-amarelos, uma captura
saúde humana. Para que não
de Quilópode (lacraia). A iden-
tificação foi feita por profissio- houvesse limitações no proje-
nais capacitados e dada devo-
lutiva para os munícipes com
to apenas em ações, buscou-
devidas informações de cuida-
-se juntamente aos usuários e
funcionários orientações acer-
dos e prevenção. Foram reali-
zadas campanhas de educa- ca da prevenção e promoção
ção em saúde para aproximar
munícipes com mesas exposi-
de saúde com temas como:
leptospirose/roedores, arac-
tivas de animais sinantrópicos
e fornecidos folder’s autoex- nídeos de interesse médico e
plicativos acerca do assunto. também alguns insetos. Para
Também foi efetivada redução
em dois pontos do território da finalizar, várias formas de bus-
UBS Cambuci, com frequente ca e efetiva pratica para com o
ocorrência de caramujos-a- cuidado da saúde coletiva não
fricanos. São mantidas ativi-
são possíveis em todas ações
dades de vigilância em todos
territórios das Unidades da mais sim estrategicamente
STS Sé, inclusive em serviços
de acolhidas, como os CAEIS,
com outras possibilidades.
moradias e hotéis sociais, que
apresentam grande percentual PALAVRAS-CHAVE
das demandas de Percevejos- Vigilância. Pavs
109

SÃO PAULO
TESTAGEM PARA ISTS NA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
E USUÁRIOS DE SUBSTANCIAS PSICO ATIVAS
MARIA JOSÉ DO NASCIMENTO, MONICA DOS SANTOS RABELO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em abril de 2018, iniciou-se o tra-
balho da equipe Redenção na Rua
(RNR), que atua nas cenas de uso
de álcool e outras drogas no ter-
ritório Campos Elísios, através de
abordagens diárias, vinculação
com os usuários e atendimentos
compartilhados entre a rede de cui-
dado da região do centro Atuamos
24 horas todos os dias da semana,
como porta de entrada para aten-
ção básica e toda rede de atenção
à saúde do SUS, buscando prestar
o atendimento integral aos usuá-
rios, afim de ampliarmos o cuidado
que é ofertado com diversos fluxos
de atendimento, esses fluxos se
fazem necessários para conseguir-
mos sanar as demandas que che-
gam a nós diariamente através da
busca ativa e livre demanda. Diante
das doenças e agravos que asso-
lam essa população a infecção por
ISTs, apresenta riscos letais se não
diagnosticadas e tratadas, assim
implementamos como experiência
a introdução da testagem para os
atendidos nessa região e a capa-
citação de outras categorias pro-
fissionais como psicólogos e pro-
fissionais de educação física, não
apenas médicos e enfermeiros,
afim de ampliar a cobertura, aco-
lhimento e cuidado com o olhar
para além, como estratégia oferta-
mos os testes 24 horas e 7 dias por
semana
OBJETIVOS
Ampliar o diagnóstico precoce,
com intuito de prevenção e início
rápido do tratamento, lembrando
que algumas ISTs são silenciosas
e podem não apresentar sinais e
sintomas, com a testagem amplia-
110
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
da e direcionada numa conduta de
aconselhamento, aumentamos a
prevenção e garantimos a promo-
ção em saúde.
METODOLOGIA
A premissa do Redenção na Rua
é levar o atendimento ao usuário
em loco garantindo o princípio da
equidade, visto que essa popu-
lação não se desloca do território
para buscar esse atendimento. Os
testes para diagnóstico das ISTs
são realizados na rua diariamen-
te e através de ações territoriais.
Mesmo sendo realizado na rua, a
equipe realiza o teste de forma indi-
vidual, respeitando as orientações
do Programa Estadual de ISTs, Vi-
gilância Sanitária, com garantia de
sigilo independentemente do resul-
tado. Em casos positivos para sífilis
o médico da equipe dará início ao
tratamento de imediato e caso seja
necessário, quando se confirma o
diagnóstico de HIV e Hepatites, en-
caminhamos para os serviços de
referência, compartilhando o cui-
dado e início imediato do tratamen-
to. Os casos negativos, é realizado
orientações de saúde, com conti-
nuidade no cuidado para que esse
atendido não saia de nosso radar.
RESULTADOS
Após a implementação da experi-
ência e análise dos dados, obtive-
mos resultados com maior adesão
por parte dos atendidos, havendo
um aumento importante da testa-
gem, com diminuição somente no
período da pandemia (COVID-19).
Observamos que a equipe terri-
torial passa a ser referenciada na
procura da testagem, sendo que
a vinculação da equipe multipro-
fissional é extremamente impor-
tante na continuidade do cuidado,
pois muitos usuários não aceitam
o diagnóstico ou demoram muito
para início do tratamento e com a
equipe de psicólogos e profissio-
nais de educação física na testa-
gem, diagnostico e aconselhamen-
to, o atendido tem um maior aceite
para esse tratamento.
CONCLUSÕES
O Redenção na Rua é pioneiro na
atuação do diagnóstico e trata-
mento para ISTs para a população
em situação de rua dessa região. A
experiência vivenciada com a intro-
dução da testagem, assim como a
capacitação dos psicólogos e pro-
fissionais de educação física, não
foi apenas inovadora, mas também
transformadora. É emocionante
acompanhar vários casos de cura
de ISTs e também pacientes com
carga viral indetectável do HIV. Se
torna inegável a transformação so-
cial alcançada pela experiência,
pessoas sem expectativas de diag-
nóstico e tratamento se deparando
com essa oferta diariamente.
PALAVRAS-CHAVE
ISTs, Multiprofissional
BIBLIOGRAFIA
Kaloustian SM & Ferrari M 1994. In-
trodução, pp. 11-15. In SM Kalous-
tian (org.). Família
brasileira, a base de tudo. Ed. Cor-
tez-Unicef, São Paulo-Brasília.
https://presrepublica.jusbrasil.
com.br/legislacao/91972/constitui-
cao-da-republica-federativa-do-
-https://bvsms.saude.gov.br/bvs/
folder/saude_populacao_situa-
cao_rua_direito_humano.pdf
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
PROMOÇÃO DA SAÚDE, FORTALECIMENTO DE PRÁTICAS
INTERSETORIAIS ENTRE AB E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
ELAINE DANOVA CAMACHO, LEANDRO CARNEIRO SANCHES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O combate ao Aedes aegypti no
Brasil foi institucionalizado de
forma sistematizada, a partir do
século XIX, quando diversas epi-
demias de febre amarela urbana
ocorriam no país, levando à mor-
te milhares de pessoas. O Plano
de Erradicação do Aedes aegypti
(PEAa) nasceu em 1996. O PEAa
incorporou novas práticas e con-
ceitos da erradicação e também
princípios do SUS, como a des-
centralização da política e das
ações de controle do vetor para
Estados e Municípios, alterando
o modelo atual vigente de ges-
tão centralizada e verticalizada.
A ocorrência de dengue tem sido
motivo de grande preocupação
por parte dos entes federativos,
considerando a freqüentes trans-
missões em nível epidêmico, com
aumento dos registros de casos
graves e óbitos, causando enor-
me dano à sua população. Sen-
do notório saber que o controle
da transmissão destes agravos
envolve uma sequência de ações
diferenciadas, planejadas e exe-
cutadas de acordo com cenário
epidemiológico, de forma inte-
grada, articulada e coordenada
intra e intersetorialmente e com
a participação da sociedade civil.
Sendo desafiador o enfrentamen-
to das transmissões das arbovi-
roses, principalmente a dengue.
Quando se faz necessário nortear
as ações dos principais eixos en-
volvidos no controle das arbovi-
roses: vigilâncias epidemiológica,
laboratorial e sanitária, controle
vetorial, a assistência à saúde,
educação/comunicação e mobi-
lização social, para os diversos
cenários de transmissão, tanto
municipal quanto regional e esta-
dual.
Volume 15
OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo
melhorar o cenário epidemiológi-
co das arboviroses urbanas (den-
gue, chikungunya e Zika) com o
intuito de diminuir o impacto na
população de São Pedro através
do combate à esses agravos.
Sistematizar o desenvolvimento
das ações de maneira integrada
e articulada nos diferentes perí-
odos e cenários de transmissão,
para um melhor direcionamento
dos processos, atividades e de
tomada de decisão, de modo a
garantir o desenvolvimento das
ações de maneira intersetorial.
Ainda apresentar e avaliar a ex-
periência exitosa do município de
São Pedro (SP) onde foi possível
ampliar a cobertura dos ciclos de
visitas bimensais, através da par-
ceria entre agentes de combate a
endemias e os agentes comunitá-
rios da saúde.
METODOLOGIA
Para essa parceria primeiramente
foi importante a gestão municipal
e da saúde se sensibilizar para
efetivar a contratação de agentes
comunitários de saúde, com a fi-
nalidade de ampliar e completar
as equipes de saúde da família
que estavam em defasagem. A
partir desse momento intensifica-
ram-se os treinamentos, e então
foi possível mudar a concepção
do combate ao Aedes aegypti e
controle da dengue com estra-
tégias de promoção da saúde,
mobilização comunitária e articu-
lação intersetorial nos territórios
da atenção básica. Para isso, foi
promovida capacitação com to-
dos os agentes comunitários da
saúde, agentes de endemias e
enfermeiros (as) coordenadores
(as) das UBS e USF, sobre visita
domiciliar, mobilização comuni-
tária, articulação intersetorial e
combate às arboviroses. Para
qualificar essas visitas os agen-
tes foram orientados quanto às
ações preconizadas para o com-
bate à dengue: descobrir focos,
destruir e evitar a formação de
criadouros, impedir a reprodução
de focos e orientar a comunidade
com ações educativas. Essas es-
tratégias adotadas oferecem uma
nova perspectiva e possibilidades
de desenvolvimento de ações de
prevenção e promoção da saúde
a partir dessa parceria no comba-
te ao Aedes aegypti.
RESULTADOS
Tendo em vista que a configura-
ção do papel dos Agentes Comu-
nitários da Saúde e os Agentes de
Combate à Endemias manifestam
os sentidos atribuídos ao seu ob-
jeto de atuação e a respectiva
organização da sua intervenção
pelas políticas públicas de saú-
de, recorremos à pesquisa do-
cumental e à análise de dados
de fontes oficiais, assim como à
literatura relacionada à temática
do trabalho dos ACS e ACE e a
Promoção da Saúde, buscando
responder as seguintes questões:
Como a Promoção de Saúde, en-
quanto centralidade da atuação
do ACS e do ACE, é compre-
endida na literatura? E quanto à
orientação institucional para am-
pliação das equipes, capacitação
e reorientação quanto ao modelo
de atenção à saúde? Seguindo
essas análises, apresentamos a
avaliação dos dados referente ao
ano de 2022, quando no primeiro
semestre representa a fase antes
da intervenção e o segundo se-
mestre após a intervenção. No 1º
111

semestre foram realizadas 12.486
visitas a imóveis, atingindo ape-
nas 1,02 do ciclo. Já no 2º semes-
tre com a nova estratégia foram
29.184 visitas a imóveis fechando
o ciclo com 3,36, considerando
um total de imóveis cadastrados
de 15.887 (100%).
CONCLUSÕES
Considerando que O ACS é figura
“central” para atender a diferen-
tes perspectivas da prática sa-
nitária e reorientação do modelo
SÃO ROQUE
PANDEMIA: PARCEIRIAS QUE SALVARAM VIDAS
VERÔNICA APARECIDA DOMINGUES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A COVID-19 é a maior pandemia
da história recente da humanida-
de causada pelo novo coronaví-
rus (SARS-CoV-2). Trata-se de
uma infecção respiratória agu-
da, potencialmente grave, e de
distribuição global, que possui
elevada transmissibilidade entre
as pessoas por meio de gotícu-
las respiratórias ou contato com
objetos e superfícies contamina-
das. As medidas não farmacoló-
gicas para conter a transmissão
do novo coronavírus, que apesar
de terem sido fundamentais até o
presente momento, têm elevado
custo social e econômico, tor-
nando-se imprescindível dispor
de uma vacina contra a doença.
Diante dos estudos de efetivi-
dade publicados com dados de
milhões de pessoas em diversos
países, incluindo o Brasil, cons-
tatando a proteção em torno de
70 a 90% em favor dos vacina-
dos quando comparados aos
não imunizados na população em
geral, a intenção de uma maior
cobertura vacinal em um perío-
do menor de tempo foi traçado
como meta do município. Com
112
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
de atenção pela Equipe de Saúde
da Família voltadas para Promo-
ção da Saúde. Cujas principais
atribuições são prevenção de do-
enças, a promoção da saúde por
intermédio de atividades individu-
ais e coletivas, o desenvolvimento
de ações educativas e o incentivo
à participação popular na busca
pela promoção da ‘qualidade de
vida’, ainda a mediação entre os
serviços e setores, educação em
saúde, organização comunitária,
intersetorialidade e reorientação
o envio de um quantitativo cada
vez maior de doses e visando a
meta de vacinação, foi lançado o
desafio de conseguir otimizar as
vacinas de forma rápida e com
acesso a todas as classes sociais
de forma igualitária e, para atingir
o propósito, parcerias com os di-
versos departamentos da prefei-
tura foram realizadas.
OBJETIVOS
Objetivo geral: Envolver profis-
sionais de diversos departamen-
tos para a realização das cam-
panhas de vacinação, evitando
a interrupção dos atendimentos
nos serviços de saúde presta-
dos na rede, alcançando a maior
cobertura vacinal em um menor
período de tempo. Objetivos es-
pecíficos: • Redução da média
móvel de óbitos pelo coronavírus;
• Redução de internações de alta
complexidade pelo coronavírus; •
Redução da circulação do vírus
decorrente da imunização; • Con-
tinuidade dos serviços de saúde
prestado a população.
METODOLOGIA
Conforme os avanços nas faixas
da atenção à saúde; articuladas
ao trabalho pela Vigilância em
Saúde pode-se inferir que o tra-
balho no território, com alta capi-
larização dos serviços de saúde
e proximidade na identificação
das necessidades de saúde da
população, representa o caráter
central da Equipe de Saúde da
Família.
PALAVRAS-CHAVE
promoção, vigilância, dengue
etárias aptas para a vacinação,
foram adotadas estratégias que
visavam a melhor e mais rápida
cobertura. O quadro de profissio-
nais de saúde em trabalho ativo
não era suficiente para realizar a
ação desejada, o que gerou a ne-
cessidade de agregar mais cola-
boradores para a estratégia, e foi
com a colaboração de servidores
dos diversos departamentos da
prefeitura, estagiários e voluntá-
rios das escolas de nível técnico
de enfermagem que a campanha
de vacinação do município foi re-
ferência no combate a Pandemia
do Coronavírus. O departamento
de saúde e as escolas de nível
técnico em enfermagem dispu-
seram de funcionários que eram
treinados pelo serviço de vigilân-
cia epidemiológica com base nas
informações do informe técnico
disponibilizado pelo governo es-
tadual para o preparo e a admi-
nistração das vacinas. Os demais
departamentos dispuseram de
funcionários para a realização de
cadastros, organização de filas e
inserção dos dados no sistema.
Foram realizadas campanhas de
grande proporção em finais de
semana, horários estendidos, em
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
sistema “Drive Thru” na área cen-
tral do município, vacinação em
sistema de fila em todas as uni-
dades de saúde e as domiciliares
nos casos de portadores de ne-
cessidades especiais.
RESULTADOS
Entre o mês de março (início da
estratégia envolvendo as parce-
rias) a dezembro de 2021 foram
aplicadas 163005 doses da va-
cina, apresentando 67,18% do
total de doses até o presente mo-
mento. (02/02/23 – 242649 doses)
Com a estratégia de trabalho de-
senvolvida o município apresen-
tou rapidez na cobertura vacinal
gerando indicadores de queda
no número de óbitos e diminui-
SÃO VICENTE
CAMINHOS DA INFORMAÇÃO: APRIMORANDO A LINHA DO
CUIDADO DA GESTANTE COM SÍFILIS E SEU BEBÊ
MICHELE LUIS SANTOS, PAULA COVAS BORGES CALIPO, PAULA JAYME DE
ARAUJO, VILMA CERVANTES, DÉBORA MENDONÇA RABELO CARVALHO, DANIELA
CRESCENTE ARANTES ARAUJO MARQUES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A sífilis é uma infecção sexual-
mente transmissível (IST) milenar,
que tem fácil diagnóstico e trata-
mento. Apesar disso, os indica-
dores epidemiológicos continu-
am altos na maioria das cidades
da região da Baixada Santista
(BS) e no Estado de São Paulo. A
sífilis torna-se mais grave quan-
do acomete bebês que nascem
de gestantes infectadas, trazen-
do uma série de conseqüências
como neurosífilis, perda auditi-
va, má formação congênita e até
abortamento. A cidade de São
Vicente tem a maior taxa de de-
tecção de sífilis em gestante (49,8
em 2020) da região da BS e taxa
de incidência de sífilis congênita
de 13,9 (2020). Diante dessa rea-
lidade, a Comissão de Investiga-
ção de HIV e Sífilis, junto com o
Volume 15
ção das hospitalizações de casos
graves pelo vírus.
CONCLUSÕES
A ampla transmissão do SARS-
-CoV-2 mostrou a precariedade
dos sistemas de saúde de todo o
mundo e, mesmo com a implan-
tação de barreiras sanitárias, o
índice de mortes pelo vírus alcan-
çou números alarmantes, além
de ter causado perdas irrecupe-
ráveis no contexto mundial. Des-
sa forma, a pandemia provocada
pela COVID-19 trouxe a notabili-
dade da vacinação em massa e a
vacina tornou-se símbolo de es-
perança para vencer a pandemia.
Levando em consideração as ad-
versidades enfrentadas na saú-
Departamento Regional de Saú-
de (DRS) e o Centro de Referên-
cia e Treinamento em DST/Aids
(CRT Aids) iniciaram um processo
de discussão do caminho de cui-
dado da gestante na rede de saú-
de. Durante esse processo, foram
identificados vários nós críticos,
e foi priorizada a dificuldade da
“circulação da informação” pro-
duzida em cada ponto do cuida-
do para transformar. Tal processo
ocorreu na Comissão de Investi-
gação de HIV e Sífilis da Secreta-
ria da Saúde de São Vicente, que
é composta de profissionais de
saúde das várias diretorias, com
participação da DRS e CRT Aids
OBJETIVOS
Melhorar a produção e a circula-
ção da informação entre os vários
pontos de atenção, tendo a linha
de pública e as consequências
dessa realidade na campanha de
vacinação durante a pandemia
de COVID-19, a gestão realizada
neste processo salvou muitas vi-
das. A meta da estratégia adota-
da pelo município foi alcançada
com a colaboração dos funcio-
nários dos diversos setores e ga-
rantiu que a cidade fosse um dos
grandes destaques no campo da
saúde de acordo com a Edição
2022 da revista “As Melhores Ci-
dades do Brasil”, publicação da
Revista IstoÉ.
PALAVRAS-CHAVE
PANDEMIA, VACINAÇÃO, ES-
TRATEGIAS, PARCEIRIAS.
de cuidado da gestante com sífilis
e seu bebê aprimorada para a re-
dução da sífilis congênita do mu-
nicípio de São Vicente. Aprimorar
a linha de cuidado da gestante
com sífilis e seu bebê, melhoran-
do a produção e a circulação da
informação nos diversos pontos
de atenção, visando a redução da
sífilis congênita no Município de
São Vicente (vejam se assim dá
mais impacto)
METODOLOGIA
Foram realizadas três oficinas
com Comissão de Investigação de
HIV e Sífilis. Na primeira, o grupo
foi dividido em pontos de atenção
(Atenção Primária À Saúde, Ma-
ternidade, Serviço Especializa-
do, Laboratório e Vigilância Epi-
demiológica) onde trabalharam
duas perguntas: “o que trago?” e
113

“o que preciso?” em relação à in-
formação da gestante com sífilis
e seu bebê. Na segunda oficina,
os mesmos subgrupos respon-
deram à outro questionamento
“o que eu faço?”. Com o produto
dessas perguntas, elencamos os
nós críticos do caminho da infor-
mação. O grupo percebeu que a
informação de todo o cuidado es-
tava centrada na gestante (na car-
teirinha ou no resumo de alta da
maternidade). Existia um instru-
mento que já era utilizado on line,
mas que não estava sendo efetivo
e não contemplava o cuidado in-
tegral. Os pontos de cuidado não
se conversavam para transmitir
as informações e coletivamente
concluímos que era necessária a
criação de uma ferramenta onde
todos os pontos de atenção pu-
dessem informar sua produção
de cuidado e visualizar a dos ou-
tros. Na última oficina, foi cons-
truída e apresentada uma planilha
on line única com informações de
todo caminho da gestante com
sífilis e seu bebê. Em meio a esse
processo, tivemos uma reunião
com a gestora da Secretaria da
Saúde, que reforçou a impor-
tância desse processo, pactuou
prazos e ações a curto e médio
prazo para responder os desafios
encontrados.
SERTÃOZINHO
ERRADICAÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV EM
CRIANÇAS DA REDE PÚBLICA DE SAÚDE EM SERTÃOZINHO-SP
FABIA JUNQUEIRA TOLVO, THAIS JULIA DEAMO DE ARAÚJO, FERNANDA MARTINS
FELIPELLI, GISELE DAYANE MILANI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O vírus da imunodeficiência huma-
na (HIV), causador da AIDS, ataca o
sistema imunológico do indivíduo,
deixando-o fragilizado atingindo
principalmente os linfócitos deno-
minados T CD4+. Sua transmissão
114
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
RESULTADOS
Foram realizadas 3 oficinas com
18 participantes e uma reunião
com 20 gestores dos pontos de
atenção e a Secretária da Saúde.
Sensibilizamos os profissionais
de saúde e a gestão para a linha
do cuidado da gestante com sífi-
lis e seu bebê. Novos acordos e
novas pactuações aconteceram
entre os representantes na for-
mulação e compartilhamento das
informações, responsabilizando
os vários pontos de atenção no
aprimoramento do cuidado da
gestante e do bebê. Ocorreram
mudanças nos processos de tra-
balho, com criação de quatro re-
ferências nos pontos de atenção
para aprimorar a linha de cuidado:
na Maternidade, para checagem
e complementação das informa-
ções a serem compartilhadas; no
Programa de IST/Aids, para apri-
morar a discussão dos casos de
sífilis congênita na Comissão; na
Vigilância Epidemiológica, para
apoiar a APS na produção da in-
formação epidemiológica desses
agravos; no Grupo de Humani-
zação, para proporcionar rodas
de conversa no território sobre a
humanização do cuidado. O novo
instrumento será gerenciado pe-
las diversas diretorias da SESAU.
Houve o compromisso de realizar
uma capacitação para os profis-
pode ocorrer através do contato
com sangue contaminado, assim
como fluidos sexuais, líquido peri-
toneal, pleural, pericárdico, articu-
lar, líquor e líquido amniótico, ou
seja, pela transmissão vertical. A
transmissão vertical do HIV ocorre
sionais que irão inserir os dados
na planilha on line.
CONCLUSÕES
A informação sobre a gestante
com sífilis e seu bebê é funda-
mental para o manejo clínico do
recém nascido, para a notifica-
ção, para o acompanhamento de
bebê e da própria mãe. O proces-
so realizado na Comissão de In-
vestigação de HIV e sífilis trouxe
luz à essa questão tão fundamen-
tal e disparou uma série de ações
dentre os diversos atores pra me-
lhorar a linha do cuidado. A pers-
pectiva é continuarmos atentos à
essa questão, monitorarmos em
conjunto o funcionamento da pla-
nilha, discutirmos casos de sífilis
congênita na Comissão, e buscar
fortalecer os pontos de cuidado.
O envolvimento da gestão da Se-
cretaria da Saúde, estabelecen-
do prazos e ações foi decisivo
pra dar visibilidade à questão da
sífilis e para que o grupo se mo-
bilizasse. Esperamos, com esse
processo, criar mecanismos para
reduzir a sífilis congênita no mu-
nicípio e buscar, a longo prazo,
a Certificação da Eliminação da
Sífilis Congênita em São Vicente.
PALAVRAS-CHAVE
Sífilis Congênita Gestante
da mãe para o feto ainda no perío-
do de gestação, durante o parto ou
na amamentação do bebê. Nestas
fases, o contato com fluidos conta-
minados, tanto no líquido amniótico
quanto no leite materno, pode levar
a criança a desenvolver a doença
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
antes mesmo do momento de tra-
balho do parto como o mais pro-
penso a infectar o bebê, uma vez
que é responsável por cerca de
65% dos casos. A infecção intrau-
terina,que ocorre ainda no período
gestacional aparece com 35% dos
casos, 5% a mais que a transmis-
são por meio da amamentação,
que corresponde a 30% dos casos
quando a mãe é infectada durante
o período de aleitamento. O Cen-
tro de Referência de Infectologia
de Sertãozinho, através de sua
equipe interdisciplinar, atua atra-
vés de ações de aconselhamento
e acompanhamento às gestantes
que vivem com HIV, com o intuito
de erradicar a transmissão vertical
pelo HIV o que faz com que o mu-
nicípio não registre nenhum caso
de TV desde 2013. Este trabalho
trouxe ao município de Sertãozinho
o reconhecimento pelo Governo do
Estado de São Paulo através do
prêmio “Luiza Matida”.
OBJETIVOS
- Possibilitar o planejamento fami-
liar e o direito reprodutivo às PVHIV;
- Acompanhar as gestantes que
vivem com HIV durante a gestação
e tratamento em centro especiali-
zado; - Favorecer o acesso a TARV
às gestantes que vivem com HIV; -
Garantir o fornecimento de fórmula
SOROCABA
PLANILHA ONLINE DE MONITORAMENTO DA SÍFILIS:
QUALIFICANDO O CUIDADO DE GESTANTES E TERRITÓRIOS
HELENA SOLLA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O cenário epidemiológico da sífilis
no município de Sorocaba, bem
como em outras localidades do
país, apresenta estado de alerta. A
taxa de detecção de sífilis adquiri-
da ainda no período pré-pandemia
de COVID-19 (2015-2019) aumen-
tou de 34 para 108 casos/100.000
Volume 15
infantil ao recém nascido até com-
pletar 1 ano de idade; - Erradicar a
Transmissão Vertical pelo HIV no
município de Sertãozinho.
METODOLOGIA
O início do acompanhamento se
dá de duas formas: através da ma-
nifestação do desejo da paciente
que vive com HIV em engravidar (
com orientação e aconselhamento)
ou através da confirmação do diag-
nóstico de HIV em gestantes ( as
quais são encaminhadas pela aten-
ção básica). O acompanhamento
do tratamento durante a gestação
se dá através do SICLOM, com o
monitoramento das retiradas de
TARV. Se constatada baixa adesão,
é realizada busca ativa à gestante
e se necessário, solicitado apoio da
rede ( quando consentido). Após o
nascimento do bebê há o acompa-
nhamento pela atenção básica e
pelo serviço social do CRI, o qual
faz o controle das retiradas das uni-
dades de fórmula infantil com ga-
rantia de fornecimento até o mes-
mo completar 1 ano.
RESULTADOS
Nos últimos 10 anos foram atendi-
das cerca de 25 gestantes as quais
seguiam ou não acompanhadas
pelo Centro de Referência de Infec-
tologia após o diagnóstico de HIV.
habitantes (SINAN), influenciando
o aumento da taxa de detecção de
sífilis em gestantes e se tornando
um desafio às equipes que traba-
lham para prevenir a transmissão
vertical. A fragilidade dos serviços
de saúde, por conta do aumento
das demandas de rotina e da redu-
ção das equipes, se potencializou
no período pandêmico e pós-pan-
Todas as gestantes foram encami-
nhadas para o pré-natal no centro
de referência especializado – HC
Ribeirão Preto, e após o parto con-
tinuaram o seguimento pelo CRI de
Sertãozinho. Durante esse período
nenhum recém - nascido teve diag-
nóstico positivo para o HIV.
CONCLUSÕES
As gestantes que diagnosticadas
com HIV durante o pré-natal têm
indicação de tratamento com os
medicamentos antirretrovirais du-
rante toda gestação e, se orientado
pelo médico, também no parto. O
tratamento previne a transmissão
vertical do HIV para a criança. O
recém-nascido deve receber o me-
dicamento antirretroviral (xarope)
e ser acompanhado no serviço de
saúde. A não amamentação tam-
bém é importante, evitando a trans-
missão do HIV para a criança por
meio do leite materno.
PALAVRAS-CHAVE
Gestantes, prevenção, HIV.
BIBLIOGRAFIA
Brasil. Ministério da Saúde. De-
partamento de HIV/AIDS, Tuber-
culose, Hepatites Virais e
Infecções Sexualmente Transmis-
síveis. – Brasília : 20122.
dêmico e se evidenciou na comu-
nicação intersetorial inefetiva tanto
para fins de manejo clínico quanto
de vigilância da gestante com sí-
filis e criança exposta. Diante da
compreensão da sífilis congênita
enquanto um agravo que exige in-
tervenção prioritária, haja vista as
implicações no desenvolvimento
da criança e sua família e no indica-
115

dor de mortalidade infantil, e reco-
nhecendo-a como um reflexo dos
processos de trabalho instituídos,
bem como do contexto social (de-
terminante de saúde), as equipes
do Programa Municipal IST/AIDS,
da Vigilância Epidemiológica e da
Gestão da Rede de Atenção em
Saúde de Sorocaba desenvolve-
ram uma ação articulada no ano de
2022 que contemplou os seguintes
eixos: resgate da relevância da sífi-
lis no cuidado individual e coletivo,
informação em saúde e metas de
transmissão vertical.
OBJETIVOS
• Desenvolver um instrumento
compartilhado remotamente (onli-
ne) de registro do monitoramento
clínico das gestantes com sífilis. •
Implementar o uso do instrumento
desenvolvido na rotina da Atenção
Primária, Especializada e Vigilância
Epidemiológica de Sorocaba. • Au-
mentar a consistência dos dados
registrados no sistema de informa-
ção oficial. • Utilizar os casos regis-
trados na planilha e/ou notificados
na base de dados oficial para fins
de matriciamento da Rede.
METODOLOGIA
Em janeiro/2022, foram realizadas
discussões intersetoriais entre re-
presentantes do Programa Muni-
cipal IST/AIDS, Vigilância Epide-
miológica, Núcleo de Políticas de
Saúde e Rede de Atenção em Saú-
de com o objetivo de problematizar
a situação epidemiológica da sífi-
lis congênita e levantar hipóteses
de respostas institucionais. Hou-
ve consenso de que uma planilha
compartilhada remotamente pela
Rede atenderia as necessidades
naquele primeiro momento de in-
tervenção. Este grupo gestor sele-
cionou as informações essenciais
de monitoramento para fins clíni-
cos e epidemiológicos e construiu
uma planilha na plataforma Goo-
gle com abas por UBS/USF e aba
permanente de sugestões. Além
116
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
disto, definiu as configurações dis-
poníveis para manter a segurança
das informações e criou usuários
e senhas para cada responsável
das unidades de saúde envolvi-
das. O protótipo foi compartilhado
com as equipes assistenciais em
três oficinas (março-maio/22), onde
houve exposição detalhada da si-
tuação epidemiológica dos territó-
rios e foram levantadas propostas
para aprimorar o instrumento antes
da implementação. Em maio/22, o
monitoramento clínico programáti-
co e contínuo das gestantes com
os devidos registros nas planilhas
online iniciou e o grupo gestor es-
teve acessível e responsável pelas
devolutivas e alinhamentos. Atual-
mente, este processo de trabalho
se mantém e o Núcleo de Vigilância
da Transmissão Vertical da Sífilis
acessa diariamente as planilhas
para as devidas investigações, no-
tificações e articulações.
RESULTADOS
O processo de trabalho relativo ao
monitoramento clínico tem se tor-
nado sistemático nos serviços que
prestam cuidados às gestantes
com sífilis, assim como tem otimi-
zado a vigilância epidemiológica
deste agravo relevante à saúde
pública. O construto foi desenvol-
vido e implementado em 100%
das unidades de saúde da Atenção
Primária, além de duas unidades
ambulatoriais especializadas, onde
as gestantes e crianças expostas
passam por interconsultas. Abre-
viou-se o tempo médio de investi-
gação de uma ficha de notificação
de sífilis em gestante: de um dia útil
(antes da intervenção) para 30 mi-
nutos, dada a facilidade de acesso
às informações do caso. Também
houve uma redução significativa da
quantidade de casos de sífilis em
gestantes e congênita sem conclu-
são por falta de informações. Inten-
sificou-se o monitoramento clínico
e busca ativa pelas equipes dos
territórios, de modo que atualmen-
te toda gestante identificada com
sífilis é inserida na planilha para o
acompanhamento oportuno e re-
gistro das informações pelos diver-
sos profissionais da Rede. Isto fa-
cilitou o acesso das maternidades
às informações necessárias para o
manejo clínico emergencial da ges-
tante, parturiente, puérpera e/ou
criança exposta. Os casos “em an-
damento” têm sido utilizados para
reflexões e discussões diárias entre
Vigilância Epidemiológica e UBS/
USF/maternidades. Já, os casos
“concluídos” têm sido utilizados
para a transformação de processos
de trabalho junto a estes mesmos
equipamentos.
CONCLUSÕES
As informações em saúde favo-
recem uma análise adequada do
contexto epidemiológico e respos-
tas efetivas com vistas à produção
de saúde coletiva e individual no
macro e nos microterritórios. Para
tanto, se faz necessária a qualifica-
ção desses dados já na etapa de
identificação de um caso de sífilis
em gestante, por exemplo. Neste
sentido, os serviços assistenciais
de saúde devem estar sensíveis
e organizados para cumprir esta
etapa e as demais, como a notifi-
cação compulsória em si. E é papel
da Vigilância em Saúde apoiar este
processo na Rede de Atenção. Esta
integração possibilita que os dados
oficiais de sífilis em gestante e con-
gênita de Sorocaba estejam mais
atualizados e fidedignos e que as
equipes que prestam cuidado dire-
to aos munícipes estejam mais en-
gajadas com o agravo, de tal modo
que se gera um ciclo estratégico de
informação-ação que oportunizará
a redução da transmissão vertical
e da mortalidade infantil e fetal por
sífilis em médio prazo.
PALAVRAS-CHAVE
monitoramento, sífilis, gestante,
território
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SUZANO
A IMUNIZAÇÃO COMO PROJETO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA: A
EXPERIÊCIA DE SUZANO NA VACINAÇÃO - COVID-19
TALINY CAMILA SILVA SANTOS, GLAZIELLE OLIVEIRA DE JESUS, MARIA CRISTINA
ABRÃO AUED PERIN, MAGNA BARBOZA DAMASCENO, SELMA OLIVEIRA CESAR
SACRAMENTO BONFIM, EDUARDO HENRIQUE DA COSTA GONZAGA COSME,
PEDRO AUGUSTO FRANÇA LOPES SALA, PEDRO CHARLES SHIRAKAWA ISHI,
FLÁVIA DE SOUZA VERDUGO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO: tica Nacional de Imunização é Para a investigação, as ques-
O Programa Nacional de Imu- fundamental para disponibilizar tões levadas em consideração
nização gerenciado pelo Siste- o acesso gratuito a toda popu- na amostra diziam a respei-
ma Único de Saúde alcançou lação, assim garantindo o direi- to sobre: unidade de saúde da
100% da população na vacina- to constitucional a vida. Neste qual o participante falava; ida-
ção de doenças como Varíola, sentido, além do SUS promover de; sexo; raça/cor; deficiência/
Sarampo, Poliomielite que fo- a saúde integral aos seus usuá- transtorno; ocupação/profissão;
ram erradicadas no território, rios, promove a valorização da motivo que o levou a se vacinar
vida por meio da vacina. ao sábado e meio informativo
tornando-se uma referência
que soube da campanha. A par-
internacional. Atualmente de-
OBJETIVOS ticipação dos usuários do servi-
vido a desinformação sobre as
Legitimar ampliação dos horá- ço ocorreu de forma voluntária,
vacinas, foi questionado a sua
eficácia no sistema imunológico rios de vacinação a fim de au- de modo que era previamente
humano. As taxas de imuniza- mentar os índices de cobertura perguntado a quem lá estava se
vacinal como estratégia de va- queriam participar da pesqui-
ção vem caindo no mundo, e no
Brasil o resultado dessa queda lorização da vida, fortalecen- sa respondendo de forma oral
é o aparecimento de doenças do o acesso. Identificar quais a um questionário. A intenção
que já estavam erradicadas. as principais motivações que de todo esse trabalho, foi co-
letar dados importantes sobre
Entretanto, durante a pande- levam os munícipes a procu-
mia da COVID-19 notamos que rar a vacinação aos sábados. a vacinação contra a COVID-19
o índice de proteção a vida por Verificar se houve aumento da e H1N1, como uma alternativa
meio da vacina aumentou. Após adesão da vacinação em horá- viável ao final de semana no
a vacinação da Covid-19 a taxa rio ampliado. dia de sábado, para beneficiar
de letalidade no município caiu parte da população Suzanense
de 3,62% para 2,96%. Segundo METODOLOGIA que não conseguem de vacinar
Instituto Butantan os não vaci- A pesquisa se desenvolveu de durante o horário comercial em
nados representam 75% das forma quantitativa e qualitativa. dias úteis, promovendo a valo-
mortes por Covid–19. O serviço Foram entrevistados 300 indi- rização à vida através da imu-
de saúde da cidade de Suzano víduos que compareceram aos nização. Ao final do dia da va-
realiza a imunização da popula- polos de vacinação ao sábado cinação houve a contagem da
ção de forma estratégica, aos entre três Unidades Básicas cobertura vacinal realizada.
finais de semana, com o objeti- de Saúde, distribuídas em di-
vo de manter o acesso à popu- ferentes regiões do município, RESULTADOS
lação fora do horário comercial sendo, respectivamente, UBS A meta a ser alcançada era de
em dias úteis. No período da Prefeito Alberto Nunes Martins 90% na imunização contra In-
pandemia de COVID-19 foram CSII, UBS Alzira Pereira Mayer fluenza e de 70% nas imuniza-
realizadas 508.119 aplicações Alterópolis e UBS Palmeiras. ções de Covid-19, sendo que
da vacina, somando todas as Para a coleta de dados, foi uti- foram aplicadas 1778 doses
doses, com a média diária de lizado um questionário objetivo da vacina contra a Influenza e
1,3 mil atendimentos, que neste semiaberto e autodeclaratório, 1466 das doses de Covid-19,
ano contemplou com a primeira com a possibilidade de especi- em comparativo com um dia da
dose 100% do público maior de ficar alguma resposta que não semana e um sábado temos o
12 anos. A valorização da Polí- estava entre as alternativas. aumento de 6,54% de pessoas
Volume 15 117

em busca da imunização. Dos
usuários entrevistados 19% de-
les eram estudantes boa parte
trazidos pelos pais que traba-
lham durante semana, do lar ou
desempregados correspondiam
a 81% e estavam em algum tipo
de trabalho remunerado em ho-
rário comercial, sendo que des-
tes 68% optaram por se vacinar
ao sábado por conta de seu
horário de trabalho. 20% rela-
tam que preferem aos sábados
devido a praticidade e rapidez
do procedimento realizado, 2%
compareceram seguindo as
orientações da unidade básica
de saúde/família sobre vacina-
ção 10% desta população en-
trevistada deram motivações
variadas. Desta maneira, a vaci-
nação nos finais de semana se
configura uma estratégia posi-
tiva, ampliando a imunização à
população.
CONCLUSÕES
Prevenindo cerca de 87% no ris-
co de mortes por COVID-19, as
campanhas de vacinação se de-
mostram efetivas. Deste modo,
uma gestão que atue junto com
as políticas de imunização, po-
tencializa a valorização da vida
TABÕAO DA SERRA
ANÁLISE COMPARATIVA DOS CAMPOS DA DECLARAÇÃO DE
NASCIDOS VIVOS COM ANOMALIAS CONGÊNITAS
DENISE ROCHA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Município de Taboão da Serra
localiza-se na região sudeste da
Grande São Paulo, sendo delimi-
tado pelos municípios de Embu
das Artes, Cotia e São Paulo;
apresenta área de 20,39 km², pe-
rímetro de 22,28 km, e segundo
estimativa do IBGE (2020) 293.652
habitantes, sendo 153.468 (63%)
mulheres de 10 a 49 anos. As
118
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
por meio da vacinação de sua
população. Conforme foi levan-
tado nesta pesquisa, é eviden-
te a importância de promover o
acesso aos munícipes a vacina-
ção fora do horário comercial e
dos dias úteis como estratégia
de ampliação de vacina. Os re-
sultados demonstram que no
período da vacinação, o mu-
nícipio conseguiu acolher aos
grupos vulneráveis se manten-
do ainda a uma variante estável
no controle epidemiológico. Por
meio desse acesso, o município
de Suzano, eleva a prevenção
da vida através da vacinação, e
de campanhas de conscientiza-
ção que reforcem a importância
de estarem com o calendário de
vacinação em dia.
PALAVRAS-CHAVE
vacinação; imunização; acesso;
ampliação; campanha
BIBLIOGRAFIA
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Acesso
a informações. Ações e progra-
ma. Programa
Nacional de Imunização - Vacina-
ção. Disponível em: <
https://www.gov.br/saude/pt-br/
anomalias congênitas (AC) po-
dem ser definidas como um gru-
po de alterações estruturais ou
funcionais que ocorrem durante
a vida intrauterina. Cerca de 50%
das anomalias congênitas não
estão ligadas a um condicionan-
te específico, entretanto existem
algumas causas conhecidas que
podem estar relacionadas. Tais
ocorrências se configuram em
acesso-a-informacao/acoes-e-
-programas/programa-nacional-
-de>. Acesso em: out. 2022. MI-
NISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de
Vigilância em Saúde.
Secretaria de Vigilância em Saú-
de. Coordenação Geral de De-
senvolvimento e
Epidemiologia em Serviços. 5 ed.
2021. Disponível em: <
https://www.cevs.rs.gov.br/uplo-
ad/arquivos/202111/11102007-a-
f- g vs - 5 e d i c a o - 9 n ov 21- i s b n -
-3-gu>. Acesso em: dez. 2022.
SECRETARIA DE SAÚDE. Estudo
aponta redução de 87% no
risco de óbitos por covid-19 em
pessoas com vacinação comple-
ta. Rio Grande do Sul,
2021. Disponível em: <
https://saude.rs.gov.br/estudo-
-aponta-reducao-de-87-no-ris-
co-de-obitos-por-covid-19-em-
-pesso>. Acesso em: dez. 2022.
TEMPORÃO, J. G. O Programa
Nacional de Imunizações
(PNI): origens e desenvolvimento.
História, Ciências, Saúde Man-
guinhos, 10 suppl 2,
2003. Disponível em: <
https://www.scielo.br/j/hcsm/a/
XqLKLcj6NYjHdywSF6XPRZs/
abstract/?lang=pt# >.
Acesso em: out. 2022.
importantes agravos geradores
de morte na infância, doenças
crônicas e deficiências que po-
dem ser detectadas no pré-na-
tal, no parto ou ao longo da vida.
Podem ser causadas por um ou
mais fatores genéticos, infec-
ções, estado nutricional1materno
e fatores ambientais, demográfi-
cos e socioeconômicos. O Sis-
tema de Informações sobre Nas-
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
cidos Vivos (SINASC), por meio
da Declaração de Nascidos Vivo
(DNV), é a principal fonte de in-
formação para conhecimento dos
recém-nascidos com anomalias
congênitas (RNAC). As AC são a
segunda causa de mortalidade
infantil e impactam também na
morbidade, demonstrando que o
conhecimento do perfil dos RNAC
é fundamental na prevenção dos
fatores de risco associados e
desenvolvimento de políticas de
saúde voltadas ao planejamento
familiar, pré-natal, assistência ao
parto e acompanhamento dos
RNAC
OBJETIVOS
Estimar as prevalências de AC nos
nascidos vivos no município de
Taboão da Serra, São Paulo, no
período de 2017 a 2021; Conhecer
a distribuição das AC do municí-
pio, segundo a lista de AC priori-
tárias, subdivididas em 08 grupos,
conforme o código no CID 10 e
descrição, propostas em 2021
pelo Ministério da Saúde. Iden-
tificar o percentual das variáveis
apontadas nos campos da De-
claração de Nascidos Vivos (DNV)
em relação aos dados do total de
recém-nascidos (RNTotal), nas-
cidos no município de Taboão da
Serra, São Paulo, no período de
2017 a 2021.
METODOLOGIA
Estudo descritivo baseado no total
de registros dos RNAC e RNTotal
no SINASC, no no município de
Taboão da Serra, São Paulo, no
período de 2017 a 2021. Os dados
apresentados neste trabalho in-
cluem o total de registros de nas-
cidos vivos - com e sem AC, no SI-
NASC, no período de 2017 a 2021.
Foram estimadas as prevalências
de AC no município de Taboão
da Serra, bem como o percentual
das variáveis apontadas em ou-
tros campos(quadros) da DNV, a
saber: Quadro I - Identificação do
Volume 15
RN: sexo, peso e Apgar 5º minuto
Quadro II - Local de Ocorrência:
estabelecimento Quadro III - Par-
turiente: Escolaridade, ocupação,
idade, naturalidade, situação con-
jugal e raça/cor Quadro IV - Pai:
idade Quadro V - Gestação e Par-
to: Histórico gestacional, IG, nº de
consultas do pré natal, mês de
gestação em que iniciou o pré-na-
tal, tipo de gravidez, apresentação
e tipo de parto. Quadro VI - Ano-
malia Congênita: CID e descrição.
RESULTADOS
O estudo demonstra que dos
20.449 nascidos vivos entre 2017
a 2021, 2,02% apresentaram al-
gum tipo de anomalia, variando
de 1,5% em 2017 a 2,57% em
2021. Distribuição das AC priori-
tárias, (MS), corresponde ao es-
perado (Cardiopatias Congêni-
tas (35%), Defeitos de Membros
(28%), Síndrome de Down (10%),
Defeitos do Tubo Neural (5%),
Fendas Orais (5%), Defeitos de
Órgãos Ge-nitais (4%), Deformi-
dades da Parede Abdominal (3%)
e Microcefalia (1%)). Os NV, na
maioria, foram a termo (84,7%),
com peso adequado para a ida-
de gestacional (80%), do sexo
masc(54,2%) com Apgar satisfa-
tórios no 5º min(91,24%) e nas-
ceram na maternidade municipal
(46%); nascidos de mães de 20
a 34a (68,8%), solteiras (44,4%),
com ensino médio completo
(51,4%),donas de casa (41%),
pardas (55%), sem abortos ante-
riores (80%), que iniciaram o pré-
-natal no 1º ou 2º mês de gesta-
ção (73%), realizaram de 07 a 12
consultas (73%), de gravidez úni-
ca (99,4%), apresentação cefálica
(95,9%) e parto cesáreo (59%).
As características dos RNAC
apresentadas nos campos, não
apresentam diferenças significa-
tivas em 65% das apresentadas
pelo RNTotal, no período. Ob-
servamos, que o peso do RNAC
entre 1.500 a 2.499 g é de 13%
enquanto que no RNTotal é de
7%; que a mãe com mais de 35a
de RNAC é de 25% e do RNTotal
20%, a escolaridade ensino fun-
damental é 21,8% enquanto na
RNTotal 7,6%, número de abortos
é > que 01 nos RNAC 4,6% para
RNT 2,8%, que parto vaginal no
RNAC é 41% e no RNTotal 34% e
realizado em maternidade de bai-
xo risco.
CONCLUSÕES
Conhecer o perfil das crianças
nascidas com anomalias congê-
nitas é uma importante ferramen-
ta para a gestão, subsidiando o
planejamento, desenvolvimento
e coordenação das ações de im-
pacto na redução da morbimor-
talidade. Importante destacar no
estudo, que o peso ao nascer en-
tre 1.500 a 2.499, a idade da mãe
acima de 35 anos, a escolaridade
até o ensino fundamental, a ocor-
rência de ? 02 abortos anteriores
e o número de partos em mater-
nidade para partos de baixo ris-
co, diferenciaram os RNAC dos
RNTotal. A compreensão, que no
município, em 2021, 2,57% dos
nascidos vivos foram notificados
com AC contribui para a propos-
ta das seguintes ações: aprimorar
os protocolos voltados a linha de
cuidado da saúde da mulher, am-
pliando o acesso ao planejamento
familiar de mulheres que não de-
sejam ter filhos, dependentes quí-
micas, com doenças crônicas e
idade superior a 35 anos; garantir
o acesso a exames laboratoriais e
de imagem para o diagnóstico de
AC durante o pré-natal; aumentar
o número de vagas para o pré-na-
tal de médio e alto risco, de leitos
nas maternidades com UTI neo-
natal; garantir acompanhamento
multiprofissional para assistência
ao RNAC na atenção básica e es-
pecializada.
PALAVRAS-CHAVE
nascido vivo, declaração, epide-
miologia
119

UBATUBA
CERTIFICADO DE SITUAÇÃO VACINAL PARA CRIANÇAS E
ADOLESCENTES EM UNIDADES ESCOLARES MUNICIPAIS
ALYNE CHRISTINA BITTENCOURT AMBROGI COLI
TRABALHO VENCEDOR DO
12º PRÊMIO DAVID
C A P I S T R A N O
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O acesso universal e integral à
saúde é um “direito de todos e
dever do Estado”, ou seja: a ga-
rantia de acesso a serviços de
qualidade e em sua totalidade é
para todo e qualquer cidadão,
desde a concepção até a mor-
te. Considerando o Estatuto da
Criança e do Adolescente – Lei
8.069 de 13 de julho de 1990, Art.
14, § 1 o É obrigatória a vacina-
ção das crianças nos casos re-
comendados pelas autoridades
sanitárias. (Renumerado do pa-
rágrafo único pela Lei nº 13.257,
de 2016)”. Considerando a Lei
estadual Nº 17.252, de 17 de mar-
ço de 2020, que dispõe sobre a
obrigatoriedade da apresentação
nas redes pública e particular da
carteira de vacinação no ato da
matricula escolar, bem como a
necessidade de estar atualizada.
Considerando que os profissio-
nais da educação não possuem
habilidade técnica para avaliação
das condições vacinais dos cida-
dãos e que apresentar somente
a cópia da carteira de vacina no
ato da matrícula não garante que
esteja com as condições vacinais
adequadas, bem como ao ser
analisada as coberturas vacinais
da faixa etária de 0 a 18 anos, po-
demos identificar uma queda da
cobertura vacinal de imunobioló-
120
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
gicos essenciais para a preserva-
ção da saúde individual e coleti-
va. Diante desse cenário pode-se
perceber o quão importante é a
integração entre saúde e educa-
ção e que, diante de respaldo le-
gal, a criação de instrumento que
validasse a situação vacinal da
criança e adolescente anualmen-
te durante o período de matrícula
e rematrícula nas unidades esco-
lares da rede municipal.
OBJETIVOS
Garantir a vacinação integral de
acordo com o calendário nacio-
nal e estadual de imunização a
todas as crianças e adolescentes,
resgatando o binômio saúde e
educação. Através da confecção
de um impresso – “Certificado
de situação vacinal”, que exigido
pela rede municipal de educação
e emitido por salas de vacinas da
rede municipal de saúde e por
profissionais da enfermagem,
qualificados a analisar a carteira
de vacina e administrar imunobio-
lógicos, que por ventura estejam
em atraso na aplicação, teremos
melhoria das coberturas vacinais,
impactando na saúde individual
e coletiva e podendo minimizar
surtos e epidemias de doenças
graves além de contribuir para
erradicação de patologias infec-
to-contagiosas.
METODOLOGIA
O impresso “Certificado de Situ-
ação Vacinal” foi confeccionado
com nome do cidadão, atestando
que o mesmo está com as vaci-
nas de rotina administradas, data
de quando deverá receber outro
imunobiológico de acordo com
o calendário e faixa etária, iden-
tificação da Unidade Básica de
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
POLIOMIELITE ATÉ UM ANO DE CONCLUSÕES trabalho em parceria, em prol de
IDADE ANO 1° QUADRIMESTRE Ao fazer a análise dos dados de uma infância e adolescência com
2º QUADRIMESTRE 3º QUADRI-
MESTRE Média do Ano 2020
coberturas vacinais utilizando
como base as vacinas Pentava-
acesso à saúde.
48% 55% 49% 50,66% 2021
34% 32% 25% 30,33% 2022 79
lente e Poliomielite inativada para
faixa etária até 1 ano, é possível
PALAVRAS-CHAVE
% 79% 82% 80% COBERTURA vacinação, cobertura vacinal, pó-
verificar que houve melhoria da lio, penta, escola
VACINAL DE CAMPANHA NA-
Saúde, do profissional, carimbo e adesão, bem como o município
CIONAL CONTRA POLIOMIELI-
data. . Após o alinhamento entre TE 2022 UBATUBA ANO 1 ANO ter conseguido ficar com sua BIBLIOGRAFIA
os gestores municipais das se- 2 ANOS 3 ANOS 4 ANOS 2022 cobertura vacinal da Campanha
https://www.jusbrasil.com.br/
cretarias envolvidas, houve reuni- 74,24 63,33 76,95 80,00 COBER- de Poliomielite acima da média
topicos/10618559/artigo-14-da-
ões com os profissionais das uni- TURA TOTAL DO MUNICÍPIO DE nacional, chamando a atenção
para as faixas etárias com maior - l e i - n - 8 0 6 9 - d e -13 - d e - j u l h o -
dades escolares e das unidades UBATUBA: 73,61 % COBERTU-
freqüência em unidade escolar -de-1990
básicas de saúde e definiu-se a RA VACINAL DE CAMPANHA
data para a primeira solicitação NACIONAL CONTRA POLIOMIE- – 3 e 4 anos. O município conse- https://www.al.sp.gov.br/repo-
aos responsáveis: outubro de LITE 2022 2022 77,54% 67,81% guiu melhorar a integração entre sitorio/legislacao/lei/2020/lei-
2021. No início da implantação al- 70,15% 75,21% COBERTURA saúde e educação, estreitando 17252-17.03.2020.html
guns profissionais demonstraram TOTAL NACIONAL: 72,57% os vínculos e podendo fazer o https://egestorab.saude.gov.br/
resistência, porém após os cons-
tantes encontros e reuniões, bem
como a relação estreitada entre a
Vigilância Epidemiológica, Educa-
ção e Atenção Básica, ocorreu a
boa adesão e consequentemente
o aumento da cobertura vacinal.
No ano de 2022, após a efetiva
adesão neste município, foi pos-
sível aliar o período de Campanha
Nacional de Multivacinação com
o de rematrícula escolar, o que
contribuiu para que fosse feita a
avaliação da adesão vacinal e do
impacto nas coberturas vacinais
que o projeto trouxe.
RESULTADOS
As unidades escolares da rede
municipal de ensino infantil e fun-
damental solicitaram nas matrí-
culas e rematrículas a partir do
mês de agosto de 2022, a entre-
ga da cópia da carteira de vaci-
nas e o Certificado de Situação
Vacinal validando a vacinação
individual de cada aluno na faixa
etária de 0 a 18 anos, com data
atualizada (partindo de agosto de
2022). Desse modo as Unidades
de Saúde da Família puderam
aliar a emissão deste documen-
to com a Campanha Nacional de
Multivacinação e de Poliomielite,
e que contribuiu para melhoria da
vacinação e consequentemente a
cobertura vacinal. COBERTURA
VACINAL DE PENTAVALENTE E
VIGILÂNCIA EM SAÚDE Volume 15 121