JUNHO | 2023 | WWW.COSEMSSP.ORG.

BR

19ª MOSTRA DE
EXPERIÊNCIAS EXITOSAS
DOS MUNICÍPIOS

Promoção de Saúde
Volume 10
 19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
EXPEDIENTE
Presidente:
Geraldo Reple Sobrinho – SMS de São
Bernardo do Campo
1ª Vice-presidente:
Carmem Guariente – SMS de Araçatuba
2ª Vice-presidente:
Adriana Martins – SMS de Guararema
1ª Secretária:
Clara Carvalho – SMS de Mogi Mirim
2ª Secretária:
Elaine Xavier – SMS de Lucianópolis
1º Tesoureiro:
Tiago Texera - SMS Jundiaí
2ª Tesoureira:
Maristela Siqueira Santos - SMS
Guaratinguetá
Diretora de Comunicação:
Rosana Gravena – SMS de Jacareí
Vogais
Ana Paula de Oliveira - SMS Santo Antônio
da Alegria
Celia Cristina Bortoletto - SMS Mauá
Claudia Ferreira – SMS de Jaci
Danilo Oliveira – SMS de Americana
Eliana Honain – SMS de Araraquara
Lucimeire Rocha - SMS Santa Bárbara
d’Oeste
Marco Antônio da Silva – SMS de João
Ramalho
Marli Rodrigues Raymundo – SMS de
Araçoiaba da Serra
Michelle Luis Santos – SMS de São Vicente
Paula Siriani Terçariol - SMS Valparaiso
Ricardo Conti - SMS Lençóis Paulista
Roberta Meneghetti - SMS Cravinhos
Silvio Garcia – SMS de São José da Bela
Vista
Tiago de Castro – SMS de Promissão
Comissão Organizadora da 19ª
Mostra de Experiências Exitosas
dos Municípios:
Ana Lucia Pereira
Brigina Kemp
Cleide Fernandes Campos
Dirce Cruz Marques
Lidia Tobias Silveira
Marcia Marinho Tubone
Assessoria de Comunicação:
Claudia Meirelles
2 PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
PALAVRA DO PRESIDENTE
Com muita satisfação apresentamos nes-
ta edição das Revistas Eletrônicas todas
as experiências inscritas na 19ª Mostra
de Experiências Exitosas dos Municípios,
por ocasião do 36º Congresso de Secre-
tários Municipais de Saúde do Estado de
São Paulo, realizado em março de 2023,
cujo tema foi “35 anos do SUS: caminhos
para equidade, universalidade e inte-
gralidade na conjuntura atual”.
A Mostra é hoje uma das atividades mais
importantes do Congresso do COSEMS/
SP e em 2023 superou as marcas anterio-
res na produção de trabalhos.
Foram 1496 experiências inscritas, o que
muito nos orgulha, pois, revela não so-
mente o quanto os gestores municipais
prestigiam esta atividade, como também
o cuidado dos trabalhadores nos milhares
de serviços de saúde do SUS, produzindo
conhecimento e soluções para problemas
tão complexos.
Na leitura dos trabalhos, encontra-se re-
latos de experiências que refletem os pro-
cessos de trabalho na organização do cui-
dado nos serviços de saúde e na gestão,
organizadas nos 10 eixos temáticos da
Mostra: Assistência Farmacêutica; Atenção
Básica; Gestão de Pessoas, do Trabalho e
Educação Permanente; Gestão em Saúde;
Participação Social; Promoção em Saúde
e Práticas Integrativas e Complementares;
Volume 10
Regulação e Redes de Atenção em Saúde;
Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas; Vi-
gilância em Saúde; Tecnologia e Inovação.
No conjunto dos trabalhos contemplados
pode-se comprovar as potencialidades de
ações transformadoras da gestão munici-
pal garantindo os princípios norteadores
do Sistema Único de Saúde - SUS: univer-
salidade, integralidade, equidade e partici-
pação social.
Os relatos descritos representam realida-
des singulares e plurais dos municípios do
Estado de São Paulo participantes da Mos-
tra. Com suas especificidades e demandas
características expressam a riqueza e as
potencialidades de alternativas em respos-
tas aos problemas de saúde decorrentes
da diversidade sócio sanitária nas regiões
de saúde.
A edição das Revistas cumpre assim seu
papel fundamental que é dar visibilidade às
experiências registradas para milhares de
trabalhadores e gestores municipais, por-
que certamente dão esperança e forças
para seguirmos lutando pelo SUS!
Desejamos boa leitura, parabenizando de
modo especial os Autores e Autoras que
aqui compartilham suas experiências,
apontando alternativas e possibilidades na
construção de um SUS cada vez mais po-
tente.
Geraldo Reple Sobrinho
Presidente do COSEMS/SP
3
 19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS 36º CONGRESSO DO COSEMS/SP

ÍNDICE
EXPEDIENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 PELOTÃO DA SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 MONITORAMENTO DE INDICADORES DE TERAPIA I CAMINHADA DA SAÚDE DA UBS JD DAS OLIVEIRAS –
NUTRICIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 “ESTREITANDO LAÇOS E FORTALECENDO O VÍNCULO . . . 48
PALAVRA DO PRESIDENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 APLICABILIDADE DO PROTOCOLO DE DOR TORÁCICA EM
UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO . . . . . . . . . . . . . . 22 MOBILIZAÇÃO DE ENTIDADES, ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS EXPERIÊNCIA EXITOSA: PRÁTICAS INTEGRATIVAS E
ÍNDICE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 E PRIVADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 COMPLEMENTARES NA UBS VILA CANAÃ . . . . . . . . . . . 50
RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O GRUPO TERAPÊUTICO
SANTANA DE PARNAÍBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 “BOM DIA COM MÚSICA” NO CAPS ORQUIDÁRIO . . . . . 23 AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ANTICORPOS ANTI- SAÚDE DO TRABALHADOR -UVIS ITAQUERA:
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE PARA SARSCOV–2 NO LEITE MATERNO . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA
PROJETO DE ORIENTAÇÃO PARA CUIDADORES:
ATENDIMENTO ÀS PESSOAS TRANSGÊNERO EM COMPARAÇÃO DA QUANTIDADE DE ENERGIA DO LEITE REGULAR-LIANG GONG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
APRIMORANDO O CUIDADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
SANTANA DE PARNAÍBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 HUMANO PASTEURIZADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 CANTATA RECANTO 2022 – UMA CANÇÃO EM SEU LAR52
PROJETO VIRTUAL MOSQUITO NA REDE . . . . . . . . . . . . 25
FUNCIONALIDADE EM IDOSA NO TRATAMENTO COM “VER CRESCER”: AMBULATÓRIO DE SEGUIMENTO DE CIRCUITOS DA SAÚDE: UM OLHAR INTEGRATIVO NO
ACUPUNTURA NA DORSALGIA CRÔNICA POR FRATURA SÃO BERNARDO DO CAMPO . . . . . . . . . . . . . . . 27 RECÉM-NASCIDOS PRÉ-TERMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 ATENDIMENTO AOS TRABALHADORES QUE POSSUEM
VERTEBRAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
ESTRUTURAÇÃO ELABORAÇÃO DE UMA FICHA SUCESSO DA INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA DCNT’S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
ACUPUNTURA EM GONARTROSE DE IDOSO ÓRTESE- AVALIATIVA PARA GESTÃO DO CUIDADO EM FISIOTERAPIA PRECOCE EM BEBÊS PREMATUROS . . . . . . . . . . . . . . . 39
DEPENDENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 VIVENDO A VIDA NA MELHOR IDADE – UM PASSO PARA
HOSPITALAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS INDICADORES DE RISCO LONGEVIDADE E QUALIDADE DE VIDA . . . . . . . . . . . . . . 54
APLICABILIDADE DE CONDUTAS ASSERTIVAS NO AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA A POPULAÇÃO PARA A PERDA AUDITIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
CUIDADO DIRECIONADO A CURATIVOS . . . . . . . . . . . . . 10 REINVENTANDO A PRÁTICA EM TEMPOS DE PANDEMIA:
VULNERÁVEL: TRABALHO EM CONJUNTO ENTRE A UBS E
IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DA PREVALÊNCIA E BRINQUEDOTECA MÓVEL, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA . 55
O NEVS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
APLICABILIDADE DE PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DA OBESIDADE EM GESTANTES . . . . . . . . . . . . 41
QUEDAS NO PRONTO SOCORRO INFANTIL DE SANTANA AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE QUALIDADE DO LEITE MENSTRUAÇÃO SUSTENTÁVEL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
DE PARNAÍBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 HUMANO DO BANCO DE LEITE DO HMU . . . . . . . . . . . . 28 PERFIL DAS DOADORAS DO BANCO DE LEITE HUMANO
AURICULOTERAPIA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR NO
NO HMU . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
O SERVIÇO SOCIAL NO ATENDIMENTO AOS PACIENTES O IMPACTO DO USO DA MANTA TÉRMICA NO CONTROLE TRATAMENTO DO TABAGISMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
CANDIDATOS A CIRURGIA BARIÁTRICA . . . . . . . . . . . . . 13 DE TEMPERATURA DE RECÉMNASCIDOS PRÉ-TERMOS 29 EXPERIÊNCIA DO AMBULATÓRIO DE ALEITAMENTO
MATERNO EM HOSPITAL PÚBLICO . . . . . . . . . . . . . . . . 42 EMPATIA E VINCULO AFETIVO: O SEGREDO PARA
SEMANA SAÚDE NA ESCOLA: COMO UTILIZAMOS OS ADOLESCER - ESTRATÉGIAS NEUROPSICOMOTORAS CONSOLIDAÇÃO DE GRUPOS DE APOIO A LACTAÇÃO EM
RECURSOS INTERATIVOS PARA A PROMOÇÃO DE SAÚDE PARA O CORPO E SUJEITO EM DESENVOLVIMENTO . . . 30 SÃO CAETANO DO SUL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 S. MATEUS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
EM ESCOLAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL PARA A AMBULATÓRIO DE PRATICAS INTEGRATIVAS E TRATAMENTO DE DORES MUSCULOESQUELÉTICAS
SANTO ANDRÉ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 CRIANÇA NO SETOR DE REABILITAÇÃO DO CERIV-SBC 31 COMPLEMENTARES NA ASSISTÊNCIA DE CUIDADOS NÃO COMPLICADAS NA APS COM APLICAÇÃO DE
PALIATIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 ACUPUNTURA SISTÊMICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
OBESIDADE E ULTRAPROCESSADOS: ATUAÇÃO DA REDE OFICINA MULTIDISCIPLINAR DE ACOMPANHAMENTO E
DE STO ANDRÉ NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E DO GUIA ORIENTAÇÕES AO PACIENTE COM PARKINSON . . . . . . . 31 CAPILARIZAÇÃO DA AURICULOTERAPIA CHINESA NA GRUPO DE PILATES - UBS JARDIM MAGDALENA . . . . . 60
ALIMENTAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE SÃO CAETANO DO
PROJETO CAVALINHO: EQUOTERAPIA NA ATENÇÃO À SUL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 MINDFULNESS COMO RECURSO PARA REDUÇÃO DA
INCENTIVO NA ADESÃO DAS GESTANTES NO CRIANÇA COM TEA, UMA ABORDAGEM EM GRUPO . . . 32 ANSIEDADE E FISSURA EM USUÁRIOS DE ÁLCOOL E
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO: RELATO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 OUTRAS DROGAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
EXPERIÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 PALINEO ESCORE: DESENVOLVIMENTO DE UM
INSTRUMENTO QUE PODE IDENTIFICAR E CLASSIFICAR INTERSETORIALIDADE E NUTRIÇÃO: SAÚDE E MOMENTO DE PAUSA: ACOLHIMENTO E
SAÚDE MENTAL INFANTOJUVENIL LGBTQIAPN+ EM RECÉM-NASCIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 SUSTENTABILIDADE - CONSTRUÇÃO DE CIDADE AUTOCONHECIMENTO PARA MULHERES EM SITUAÇÃO
CUIDADO NO TERRITÓRIO AFETIVO DE SANTO ANDRÉ . 18 SAUDÁVEL EM SJCAMPOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 DE VULNERABILIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
O IMPACTO DA ORIENTAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
SANTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 PRÉ-OPERATÓRIA NA RECUPERAÇÃO FUNCIONAL DO SÃO PAULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO
MEMBRO SUPERIOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 CUIDADO DE SAÚDE MENTAL NO CECCO MOOCA . . . . . 63
“MOVIMENTE-SE COM A MÚSICA E COM A DANÇA” – O MÉTODO MACKENZIE® APLICADO A PACIENTES
PROGRAMA QUE MOVIMENTA O CORAÇÃO DOS IDOSOS . 20 ÁRVORE DA VIDA – ETERNIZANDO A GESTAÇÃO . . . . . . 35 INDICADOS A CIRURGIA ORTOPÉDICA . . . . . . . . . . . . . . 47 PROJETO SAÚDE NA RUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

4 PROMOÇÃO DE SAÚDE Volume 10 5

 19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
MOMENTO DE PAUSA: ACOLHIMENTO E
AUTOCONHECIMENTO PARA MULHERES EM SITUAÇÃO
DE VULNERABILIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
CAPACITANDO PROFISSIONAIS DA SAÚDE PARA
MULTIPLICAÇÃO DE PRÁTICAS MEDITATIVAS: RELATO
DE EXPERIÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
PROJETO GRUPO BEM ESTAR- RELATO DE
EXPERIÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMARIA
A SAÚDE FRENTE AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS
COMPLEMENTARES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
ATENDIMENTO AO PACIENTE DE HANSENIASE - UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
AS PICS COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO INTEGRAL
E REDUÇÃO DE DANOS EM USUÁRIOS DE ÁLCOOL E
OUTRAS DROGAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
CONTROLE DE TABAGISMO ATRAVÉS DA
ASSOCIAÇÃO DE AURICULOTERAPIA AO
TRATAMENTO HABITUAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ACOMPANHAMENTO
DA POPULAÇÃO LGBTIA+ NA SAÚDE SEXUAL E
REPRODUTIVA, CRS NORTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
“CAMINHADA COM A NUTRI”: APRENDENDO SOBRE
NUTRIÇÃO, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
AURICULOTERAPIA, PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DE
SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
PROJETO HUMANAMENTE: A APLICABILIDADE DAS
PICS NA DIMINUIÇÃO DA DOR CRÔNICA E SOFRIMENTO
PSÍQUICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
RELATO DE EXPERIÊNCIA: GRUPO DE EXERCÍCIOS COM
IDOSOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
AURICULOTERAPIA NO BEM-ESTAR DO COLABORADOR
EM MEIO À PANDEMIA DE COVID-19 . . . . . . . . . . . . . . . 79
AMPLIAÇÃO DO ESCOPO TERAPÊUTICO POR MEIO DAS
PICS PARA PCDS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
6 PROMOÇÃO DE SAÚDE
JUVENTUDES PERIFÉRICAS DA ZONA SUL: UM BATE
PAPO SOBRE PREVENÇÃO COMBINADA DO HIVA . . . . . 81
GESTÃO DE ACESSO E ALTA PARA USUÁRIOS
SUBMETIDOS A ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA E
COLONOSCOPIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
VIVÊNCIAS DE USUÁRIOS COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL NO TERRITÓRIO E A LEGITIMAÇÃO DE
DIREITOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
ESTÁGIOS EM REABILITAÇÃO: A TRANSPOSIÇÃO DO “TREINO
EM SERVIÇO” PARA A REDE DE CUIDADOS À PCD . . . . . . . 85
ESTRELAS DA NUTRIÇÃO – UMA ESTRATÉGIA DE
INCENTIVO ÀS MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO
ALIMENTAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
FORTALECER E CUIDAR: TRABALHADORAS DOMÉSTICAS
DA REGIÃO ALTO PINHEIROS DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS
NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR TERAPÊUTICA DO SAE IST/
AIDS SANTO AMARO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
LIAN GONG: PROTAGONISMO DAS TÉCNICAS DE
ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO A SAÚDE . . . . . . . . . . . 90
IMPLEMENTAÇÃO DO TRABALHO DE AGENTES DE
RETENÇÃO DAS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS . . . 91
OFERTA DA PREP E TESTAGEM EM LOCAIS DE ATUAÇÃO
DE MULHERES CIS PROFISSIONAIS DO SEXO . . . . . . . . 92
PROJETO “VIVA BEM COM DIABETES” . . . . . . . . . . . . . 94
APRIMORAMENTO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
INTEGRAL DA POPULAÇÃO LGBTIA+ NO MUNICÍPIO
DE GRUPO EDUCATIVOS DE SALA DE ESPERA NA UBS
JAÇANÃ: OPORTUNIZANDO A PREVENÇÃO E PROMOÇÃO
DE SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
PARTICIPAÇÃO EM SAÚDE E PRÁTICAS INTEGRATIVAS E
COMPLEMENTARES (PIC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
REVITALIZAÇÃO PRAÇA PEDRO LESSA: UMA
RECONFIGURAÇÃO DE USO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
COMO O GRUPO MULHERES POR SI MESMAS ESTÁ
TECENDO UM NOVO OLHAR SOBRE A SAÚDE DA MULHER
EM PIRITUBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
ENFRENTAMENTO AO RACISMO NAS UNIDADES DE CONFECÇÃO DE BONECAS DE PANO POR MEIO DE
SAÚDE DA CRS CENTRO, MUNICÍPIO DE USO DA ABORDAGEM TERAPÊUTICA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA
AURICULOTERAPIA NO PÓS COVID-19 E OUTRAS FAMILIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
PATOLOGIAS E A HUMANIZAÇÃO AOS SERVIDORES
MUNICIPAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 TABOÃO DA SERRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO A OFERTA E A INSERÇÃO HUMANIZADA DE DIU KYLEENA
CONTEXTO DO CUIDADO À SAÚDE DO SERVIDOR DO
E IMPLANON PARA AS ADOLESCENTES DA CASA DE
MUNICÍPIO DE SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
TABOÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
PADRONIZAÇÃO DO PRONTUÁRIO DE
“PROJETO INTEGRA TABOÃO – ESPORTE, SAÚDE,
AURICULOTERAPIA EM UMA UNIDADE REFERÊNCIA EM
CULTURA E INCLUSÃO” AMPLIANDO O CONCEITO DE
PICS DA SMS-SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
CUIDAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
TRILHA SENSORIAL: DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA DA
RELAÇÃO DO AUTOCUIDADO E DA NATUREZA . . . . . . 106 NÚCLEO DE CUIDADO PARA PESSOAS TRANSEXUAIS
E TRAVESTIS (NUCPTT) UMA TRAJETÓRIA DE
MOBILIZAÇÃO, ACOLHIMENTO E INTEGRAÇÃO EM FORTALECIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
ATIVIDADES DE SAÚDE, COMO MÉTODO ATIVO DE
APLICAR EQUIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 A PSICÓLOGA DA CASA DO ADOLESCENTE COMO
MEDIADORA NO GRUPO DE TEATRO NO CECO . . . . . . 121
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM
SAÚDE, INTEGRADAS E INTERLIGADAS NO ESPAÇO DE PENSAR E AGIR EM REDE - BUSCANDO OS
CUIDADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
ADOLESCENTES NO TERRITÓRIO . . . . . . . . . . . . . . . . 122
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COMO
O CUIDADO INTEGRADO COM A NATUROLOGIA NA
PROMOÇÃO DE SAÚDE VOLTADA AO CUIDADO DA
C.A.S.A DO ADOLESCENTE DE TABOÃO DA SERRA . . . 124
PESSOA IDOSA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
SOCORRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 TARUMÃ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
“DESACELERA: PERCEBENDO A VIDA COM OUTRO A EFICÁCIA DO EXERCÍCIO TERAPÊUTICO NA ATENÇÃO
RITMO” NA ACADEMIA DA SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . 110 BÁSICA PARA OS TRANSTORNOS ARTICULARES: BEM
ESTAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
SOROCABA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
VINHEDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
PROJETO CULTIVANDO SAÚDE: ALÉM DE PLANTAS
CULTIVE BEM ESTAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112 AURICULOTERAPIA COMO PORTA DE ENTRADA NA APS:
REPENSANDO ESTRATÉGIAS PARA AMPLIAÇÃO DA
GRUPO DE ARTESANATO: CONVIVÊNCIA E TROCA DE
EXPERIÊNCIA POR MEIO DA ARTE . . . . . . . . . . . . . . . . 113 OFERTA DE PIC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
SUMARÉ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115 VISTA ALEGRE DO ALTO . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
PRATICAS INTEGRATIVAS COMPLEMENTARES – PROJETO SORRINDO DE ORELHA A ORELHA, O SUS
AURICULOTERAPIA E ACUPUNTURA NO CUIDADOS DOS MERECE ESSE CUIDADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
PACIENTES COM DO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
ACOLHIMENTO AO PACIENTE COM TRANSTORNO DO
SUZANO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 ESPECTRO AUSTISTA (TEA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Volume 10 7

SANTANA DE PARNAÍBA
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE PARA ATENDIMENTO
ÀS PESSOAS TRANSGÊNERO EM SANTANA DE PARNAÍBA
MARIA APARECIDA CINA DA SILVA, VALQUIRIA DE CONTO, MARIA TERESA FANTOZZI
GIORGETTI, LUCIA MARIA PISSOLATTI DA SILVA, JOSÉ CARLOS MISORELLI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Transgênero ou pessoa trans se re-
fere a várias identidades de gênero
que diferem dos padrões hetero-
normativos tradicionalmente esta-
belecidos1. Nos últimos 14 anos, o
Brasil lidera o ranking de país que
mais mata pessoas trans. A intole-
rância no que difere do normativo
aniquila à queima roupa ou mata
aos poucos ao criar impedimentos
para que as necessidades bási-
cas humanas sejam atendidas. A
discriminação e as barreiras estão
em toda parte, inclusive no acesso
ao Sistema de Saúde 1 . Têm sido
recorrentes as queixas de usuários
trans quanto às atitudes de profis-
sionais e trabalhadores da saúde,
tais como ignorar o nome social es-
colhido, olhares enviesados e pou-
co interesse. Tais atitudes alimen-
tam o medo, a frustração pelo não
reconhecimento de sua pessoa, e
isso pode resultar em menor pro-
cura por serviços de saúde dessa
população. Nos últimos vinte anos,
a sociedade civil e Governo Federal
se articularam e conseguiram esta-
belecer atos normativos, incluindo
a área da saúde. A Política Nacio-
nal de Saúde Integral para Popula-
ção de Lésbicas, Gays, Bissexuais
e Travestis e Transexuais, de 2010
contribuiu para dar visibilidade a
uma população vulnerável, contudo
os desafios são imensos 2. A par-
tir dessa necessidade, realizamos
a organização da rede de saúde
municipal para o atendimento das
pessoas transgêneras.
OBJETIVOS
Organização da rede de serviços
de saúde para o atendimento das
pessoas transgênero no municí-
pio de Santana de Parnaíba.
8 PROMOÇÃO DE SAÚDE
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
METODOLOGIA
Atualmente, o município realiza o
atendimento a 03 mulheres trans.
Duas iniciaram o atendimento a
partir de procura espontânea em
UBS’s e uma iniciou o atendimento
após tentativa de suicídio e acolhi-
mento no CAPS, que identificou a
questão de identidade de gênero
como gerador do sofrimento emo-
cional. Os Coordenadores de Gi-
necologia, Serviço Social, Saúde
Mental e Atenção Básica organiza-
ram o fluxo do atendimento e imple-
mentaram a inclusão da opção de
identidade de gênero no sistema de
homologação do município; a inclu-
são do nome social no painel eletrô-
nico de chamada de pacientes nas
unidades de saúde; a organização
dos atendimentos pelas equipes de
psicologia, psiquiatria, fonoaudio-
logia, serviço social, ginecologia,
clínica médica e endocrinologia; a
capacitação da equipe do Serviço
Social para a organização do enca-
minhamento dos pacientes para a
equipe multiprofissional e a sensi-
bilização das equipes administrati-
vas das unidades para inclusão do
nome social no Cartão Nacional de
Saúde. O município possui endo-
crinologista que realiza todo o trata-
mento de transição hormonal com
os medicamentos disponibilizados
pelo SUS. Durante o tratamento, as
pacientes recebem orientações e
encaminhamentos do Serviço So-
cial quanto aos direitos das pesso-
as trans e quanto às questões de
preconceito vivenciadas, iniciam
psicoterapia e são encaminhadas à
psiquiatria, se houver necessidade.
RESULTADOS
A associação entre discriminação
da população trans e desfechos
adversos à saúde é sustentada
por vários estudos. Portanto, ainda
existe discriminação dentro de ser-
viços de saúde e isso faz com que
o grupo LGBTQIA+ os evite, resul-
tando em mais agravos. Nossa ex-
periência sustenta a importância da
organização do atendimento técni-
co, e principalmente, acolhedor no
qual as pessoas trans sejam reco-
nhecidas pelas equipes como se-
res de direitos que devem ser aten-
didos e legitimados. Atualmente, 03
pacientes são atendidas integral-
mente no município. Percebemos
uma maior organização do fluxo,
maior receptividade das equipes
multiprofissionais e administrativas
para o entendimento dos conceitos
envolvidos nas questões de iden-
tidade de gênero. O atendimento
organizado pela rede de saúde pro-
piciou a diminuição do sofrimento
psíquico e emocional vivenciado
pela maioria da população trans,
além de ter evitado a busca por
automedicação para transição hor-
monal, outro fato muito comumen-
te apresentado pelas pessoas trans
por falta de acesso ao tratamento
pelo SUS.
CONCLUSÕES
O mundo contemporâneo, mar-
cado por inovações científicas
e tecnológicas revolucionárias e
mantenedoras da vida, tal como
testemunhamos ao ver o mun-
do voltar a respirar após a vaci-
na para combater a COVID-19,
ainda convive com diversas in-
coerências. Transformações e
inovações tecnológicas são de-
sejadas e cobradas pela socieda-
de, contrapondo-se com a legiti-
mação dos padrões normativos
em detrimento às vidas que não
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
cessam de se reinventar” 3. A or-
ganização da rede de serviços de
saúde constituiu-se um processo
intenso e por vezes difícil. Nosso
trabalho para a visibilidade, legi-
timidade e atendimento em saú-
de para as pessoas transgênero
SANTANA DE PARNAÍBA
FUNCIONALIDADE EM IDOSA NO TRATAMENTO COM ACUPUNTURA
NA DORSALGIA CRÔNICA POR FRATURA VERTEBRAL
CLAUDIA VASCO DE PAULA MISORELLI, JOSÉ CARLOS MISORELLI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As dorsalgias e lombalgias apre-
sentam a prevalência em idosos
brasileiros de 25%. As dores crô-
nicas são fatores de redução da
capacidade funcional na terceira
idade e há consequências para
o idoso, familiares, cuidadores e
sociedade em geral, que implica
em maior risco de hospitalização
e mortalidade. A acupuntura é
descrita como método de trata-
mento de dores crônicas, inclusi-
ve a auriculoterapia.
OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é des-
crever a avaliação da funciona-
lidade em paciente idosa com
dorsalgia crônica por fratura ver-
tebral no tratamento com acu-
puntura auricular.
METODOLOGIA
A paciente iniciou quadro de dor-
salgia e lombalgia intensa bilate-
ral espontânea há 4 meses, fra-
queza na região lombar e joelhos,
VAS=10, quando permaneceu
acamada. Fazia uso diário regu-
lar de analgésico opióide. Cor da
face: levemente escurecida; Pul-
so: rápido, fino e profundo; TC de
coluna dorsal: redução da altura
dos corpos vertebrais de D7 e
Volume 10
está apenas iniciando. Há muito a
fazer. Há que sensibilizar, acolher,
garantir atendimento qualificado,
garantir mais oportunidades de
vagas para pacientes que dese-
jam a cirurgia de redesignação
sexual no Estado e principalmen-
D10. HD: Dorsalgia e Lombalgia;
Osteoporose; Fratura Vertebral
D7 e D10; DPOC O2 dependente;
Ex-tabagista; Dislipidemia; Cons-
tipação por tramadol; Trabalho
excessivo. HD MTC: Deficiência
do Yin e Yang do Rim; Deficiência
Qi do Pulmão. Tratamento: Acu-
puntura Auricular em 7 sessões
semanais com pontos dorsal, Y
lombar, quadril, Rim, Fígado, C,
IG, Shen Men, simpático, Pulmão,
traquéia e brônquios. Foi utiliza-
da a Escala Visual Analógica da
Dor(EVA), Escala de Atividades
Básicas de Vida Diária(AVDs)
Katz(8) e Barthel(9), Escala de
Atividades Instrumentais de Vida
Diária(AIVDs) Lawton&Brody(9),
Escala cognitiva Mini-Exame do
Estado Mental de Forrest(10) e
Escala de Depressão Geriátri-
ca(11) para avaliação e seguimen-
to do quadro.
RESULTADOS
A Escala Visual Analógica para
dor da paciente evoluiu semanal-
mente conforme a seguir 10, 5, 0,
0, 5, 5 e 1. Com relação à escala
de Katz, na 1ª sessão a paciente
era dependente(n=2) e houve in-
dependência para AVDs após 3ª
sessão(n=6). À escala de Barthel,
havia dependência moderada ini-
te, dirimir os agravos à saúde e o
preconceito. O SUS é para todos,
todas e todes.
PALAVRAS-CHAVE
identidade de Gênero, transsexu-
alidade, LGBTQIAP+
cial(n=40) e ao final independên-
cia(n=100). Durante infecção bac-
teriana pulmonar houve queda
para dependência ligeira(n=80).
Ao Índice de Lawton, no início
dependência para 5 AIVDs das
9 avaliadas (independência para
44,4%) e ao final 2 (independên-
cia para 77,8%). GDS: 14/15. Es-
cala MMSE: 27/30. Na 5ª sessão,
houve a intercorrência de infec-
ção pulmonar e exacerbação do
broncoespasmo, com intensifica-
ção do quadro álgico e redução
da funcionalidade. Houve melho-
ria dos indicadores com a recu-
peração das condições clínicas
da paciente. Após 42 dias da úl-
tima sessão de acupuntura médi-
ca, a funcionalidade se manteve
preservada.
CONCLUSÕES
A paciente apresentou incremen-
to na funcionalidade e melhoria da
dor com o tratamento da acupun-
tura auricular para dorsalgia crô-
nica por fratura vertebral. Houve
melhoria da independência e au-
tonomia para atividades básicas
e instrumentais de vida diária.
PALAVRAS-CHAVE
funcionalidade; idoso; acupuntu-
ra médica
9

SANTANA DE PARNAÍBA
ACUPUNTURA EM GONARTROSE DE IDOSO ÓRTESE-
DEPENDENTE
FATIMA PIMENTA DOURADO BARROS, CLAUDIA VACO DE PAULA MISORELLI, JOSE
CARLOS MISORELLI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Idosa de 75 anos, com gonartro-
se, limitação funcional grave, ne-
cessitando do uso de órtese que,
após o tratamento de acupuntura
médica, apresentou melhora da
qualidade de vida, da autonomia,
da analgesia e da deambulação.
OBJETIVOS
Relatar a importância de oferecer
a acupuntura médica, na linha de
cuidado ao idoso, pois podem se
beneficiar em vários aspectos,
tais como melhora da qualidade
de vida, da autonomia, funciona-
lidade, sono e diminuição de dor.
METODOLOGIA
O atendimento da paciente se
deu no Ambulatório de Acupuntu-
ra Médica, pelo mesmo profissio-
nal médico, no período de 05/22
até 01/e23, com atendimentos
semanais, 1x/sem/, 6 semanas.
Nesse período a paciente realizou
3 ciclos de tratamento, com inter-
valo de 4 meses entre o 1o e o 2o,
SANTANA DE PARNAÍBA
APLICABILIDADE DE CONDUTAS ASSERTIVAS NO CUIDADO
DIRECIONADO A CURATIVOS
ANA CAROLINA DE LIMA BARBOSA, JOSÉ CARLOS MISORELLI, SUELENE MACHADO
SANTANA, ALEXANDRE GRAÇA MARQUES, JULIANA MASCARA GARCIA, MARIA
SILVIA DE ALMEIDA MELLO FREIRE, HALLANA RODRIGUES AMARAL, CAMILA DE
OLIVEIRA CARVALHO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As lesões por pressão (LP) re-
presentam, na atualidade, um
significativo problema de saúde
10
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
intervalo de 1 mês entre o 2o e 3o
ciclos. Para o tratamento foram
utilizadas as técnicas de agulha-
mento sistêmico e a auriculote-
rapia. No agulhamento sistêmico
foram utilizados os pontos BP9,
BP10, VB34, E36, E35, Ex-LE-2
(Heding) e Ex-LE-4 (Neixiyan). Na
auriculoterapia foi utilizada a co-
locação de sementes nos pontos
ápice, Shenmen, joelho, articula-
ção do joelho, fossa poplítea, fí-
gado, vesícula biliar e rim. A aná-
lise da dor foi realizada pela EVA
pré e pós acupuntura e a melhora
da autonomia pela observação da
deambulação e da necessidade
da órtese.
RESULTADOS
Foi referido melhora importante
da dor e da deambulação, não
sendo mais necessária a utiliza-
ção da órtese, produzindo assim
mais autonomia e qualidade de
vida para a paciente. Na análise
da intensidade da dor foi obser-
vada uma melhora significativa,
EVA 9 pré tratamento, para EVA
pública, comprometendo a se-
gurança e qualidade de vida do
paciente e sendo consideradas
um importante evento adverso,
4 pós tratamento. Foi observa-
do também que a deambulação
da paciente estava mais segura
e rápida, fato confirmado pela
paciente, que também referiu di-
minuição do edema de membros
inferiores, melhora do sono, da
labirintite e da irritabilidade.
CONCLUSÕES
Após o tratamento de acupuntura
sistêmica e auriculoterapia, hou-
ve uma redução importante da
dor do paciente, comprovando o
efeito analgésico da acupuntura.
Após a melhora da deambulação,
a retirada da órtese e a analgesia
determinaram autonomia e me-
lhora na qualidade de vida da pa-
ciente, diminuindo assim a procu-
ra por atendimento de urgência e
emergência para analgesia, den-
tro do município de Santana de
Parnaíba, SP
PALAVRAS-CHAVE
idoso; gonartrose; acupuntura
médica
ocasionando morbidade e mor-
talidade evitáveis, tornando-se
assim um grande desafio as-
sistencial. É fonte de dor, sofri-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
mento emocional, desconforto
e risco de complicações sistê-
micas, aumentando o tempo de
internação, tendo como possí-
vel consequência comprometi-
mento da qualidade de vida, e
aumento da utilização de recur-
sos públicos. Estudos recentes
mostram que LPs têm uma in-
cidência entre 10,62% a 62,5%
em UTI e 42,6% em clínica mé-
dica.(Correia, 2019) Os públicos
com maior suscetibilidade são
os idosos, cadeirantes, por-
tadores de doenças crônicas
e pacientes com alto nível de
complexidade clínica atrelados
aos fatores de risco com perío-
dos prolongados sem mudança
de decúbito, déficit nutricional,
edema e umidade. (Oliveira,
2021) O enfermeiro deve possuir
habilidades técnicas e científi-
cas para avaliar o risco e pro-
gramar condutas preventivas às
lesões por pressão, além de ter
segurança e confiança no que
se propõem a realizar. (Mou-
ra et al, 2022) Neste contexto,
os aprimoramentos constantes
nessa área específica de atua-
ção podem ser determinantes
para o direcionamento de ações
de prevenção e tratamento, mi-
tigando as possíveis complica-
ções e possibilitando melhora
expressiva do quadro clínico.
OBJETIVOS
Multiplicar o conhecimento espe-
cífico na área de tratamento e cui-
dados direcionadas a LPs para os
enfermeiros atuantes na unidade
de internação adulto. Padronizar
as condutas da assistência de
enfermagem para o tratamento
de LPs.
METODOLOGIA
Estudo descritivo, relato de ex-
periência com abrangência aos
pacientes com lesão por pressão
(LP) atendidos na unidade de in-
ternação do hospital do municí-
pio de Santana de Parnaíba no
período compreendido de junho
Volume 10
de 2022 a janeiro de 2023, com
ênfase no cuidado das lesões
já existentes e na prevenção do
aparecimento de novas lesões.
O presente estudo contou com
a base de revisão bibliográfica
da literatura levando em consi-
deração os seguintes descrito-
res: lesão por pressão, medidas
terapêuticas, cuidados de enfer-
magem e precaução. Dos arti-
gos encontrados, foram traçadas
estratégias de alcance de todos
os enfermeiros da unidade de in-
ternação do respectivo hospital.
Desta maneira o setor de educa-
ção permanente do município de
Santana de Parnaíba em parceria
com a empresa Convatec pro-
porcionou uma capacitação de
manejo e atualização de cober-
turas de feridas com ênfase no
material disponível no município,
favorecendo o desdobramento
do conhecimento por parte dos
enfermeiros.
RESULTADOS
Para elaboração da estratégia de
multiplicação do conhecimento
na área do cuidado a LPs foram
destinados dois enfermeiros para
a Capacitação de Manejo e Atua-
lização de coberturas de feridas,
dentro de um dimensionamento
de quatro enfermeiros da unida-
de de internação, equivalente a
50% de adesão ao evento. Vale
ressaltar que também houve a
participação de uma enfermeira
do serviço de controle de infec-
ção hospitalar no papel de con-
sultoria e auditoria diária de todas
as lesões e o direcionamento do
cuidado. A partir da capacitação,
houve padronização das condu-
tas para os demais enfermeiros
da unidade e acompanhamen-
to pela enfermeira do serviço de
controle de infecção hospitalar
para minimizar desvios de condu-
ta. Com a multiplicação da capa-
citação in loco, obtivemos 100%
dos enfermeiros da unidade de
internação seguindo as padroni-
zações e novas normativas para o
cuidado seguro e efetivo em LPs,
orientando a equipe quanto ao
uso dos materiais, aplicabilidade
da escala de Braden, uso do re-
lógio de mudança de decúbito e
medidas preventivas. Quanto ao
acompanhamento evolutivo das
lesões da unidade, foi possível
observar durante o período deste
trabalho que 50% dos casos clíni-
cos, apresentaram melhora signi-
ficativa no processo de cicatriza-
ção de LPs, o que consideramos
total de seis casos em acompa-
nhamento, sendo três com evolu-
ção satisfatória.
CONCLUSÕES
A assistência de enfermagem
na prevenção e tratamento de
lesões é de extrema importân-
cia. As condutas padronizadas
para as LPs aplicam-se ao nível
de cuidado direcionado como a
mudança de decúbito frequente,
proteção de proeminências ósse-
as e aplicação diária da escala de
Braden. É de suma importância
que a equipe seja formada por
profissionais com conhecimento
técnico científico sobre a temáti-
ca, estruturando assim a “Comis-
são de Curativos, portanto por
meio desta experiência exitosa,
evidenciamos que o trabalho em
equipe e de forma coesa, possi-
bilita melhorias no processo do
cuidar, objetivando o planeja-
mento estratégico assistencial e
proporcionando transformações
contínuas na assistência de en-
fermagem ao portador de LPs.
PALAVRAS-CHAVE
curativos, lesão por pressão, cui-
dado direcionado
BIBLIOGRAFIA
CORREIA, A.S.A; SANTOS, I.B.C.
Lesão por Pressão: Medidas Te-
rapêuticas Utilizadas por Pro-
fissionais de Enfermagem. Re-
vista Brasileira de Ciências em
Saúde, Paraíba, v.23, n.1, p. 33-
42, 2019. ISSN 1415-2177. DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.
11

2317-6032.2019v23n1.36793 OLI-
VEIRA, B C D; Et al. Os Cuidados
da Enfermagem na prevenção da
lesão por pressão. Revista Pros-
pectus, v.03, n.01, p.215-223, Fev
SANTANA DE PARNAÍBA
APLICABILIDADE DE PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE QUEDAS
NO PRONTO SOCORRO INFANTIL DE SANTANA DE PARNAÍBA
ANA CAROLINA DE LIMA BARBOSA, JESSICA ANDRADE DA SILVA, JOSÉ CARLOS
MISORELLI, SUELENE MACHADO SANTANA, ALEXANDRE GRAÇA MARQUES,
JULIANA MASCARA GARCIA, MARIA SILVIA DE ALMEIDA MELLO FREIRE, FERNANDA
REIS DE PONTES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em um contexto geral, a hospitali-
zação aumenta o risco de queda,
tendo em vista que o paciente se
encontra fragilizado, em local e/
ou situações que não são familia-
res, além do uso de medicações
que podem aumentar o risco para
a ocorrência de queda. No âmbito
da assistência pediátrica este ce-
nário ainda conta com a agitação
psicomotora e com as questões
de desenvolvimento cognitivo das
crianças. (BRASIL, 2013) A queda
do paciente, sendo uma ocorrência
indesejável e que traz danos, deve-
ria ser um evento previsível e evitá-
vel. Quedas de pacientes hospitali-
zados produzem danos em 30% a
50% dos casos, sendo que 6% a
44% dos pacientes sofrem danos
de natureza grave como fraturas,
hematomas subdurais e traumas
que podem levar ao óbito (SILVA,
2008). Quedas sofridas durante a
internação contribuem para o au-
mento do tempo de permanência
hospitalar e podem levar a piora
das condições de recuperação.
(SANTOS, 2010) Diante das evi-
dências e com o intuito de melhoria
da assistência, após ocorrência de
queda de uma criança do colo da
mãe, em 2019, foi criado e implan-
tado o protocolo de prevenção de
quedas pediátrico no Pronto So-
corro Infantil do município de San-
12
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
a ago de 2021. MOURA D J M ., Et
al. Cuidados de enfermagem na
prevenção de lesão por pressão e
as dificuldades enfrentadas pelo
profissional para a implementa-
tana de Parnaíba, conforme meta
internacional de segurança para
todos os pacientes submetidos à
internação hospitalar.
OBJETIVOS
Mitigar os riscos decorrentes de
queda durante a internação de
pacientes do Pronto Socorro In-
fantil de Santana de Parnaíba, por
meio de elaboração de protocolo.
Conscientizar e envolver o acom-
panhante no processo de preven-
ção da queda.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiên-
cia, sobre a elaboração e imple-
mentação do Protocolo de Preven-
ção de Quedas do Pronto Socorro
Infantil do Município de Santana
de Parnaíba. O protocolo teve iní-
cio em janeiro de 2020, após dois
meses de trabalho e revisão biblio-
gráfica da área sobre os motivos
que levaram uma criança ao evento
queda na respectiva unidade. Após
análise rigorosa dos fatores de ris-
co, entendeu-se que a falha no pro-
cesso era a comunicação entre a
equipe e os acompanhantes, que
não se integravam e não partici-
pavam do processo de segurança
do paciente, além de hábitos que
estes traziam dos seus cotidianos
como por exemplo, deixar as gra-
des do berço abaixadas, ou dormir
ção desses cuidados. RECIMA21
- Revista Científica Multidiscipli-
nar - ISSN 2675-6218. v. 3, n. 06,
junho de 2022. DOI:https://doi.
org/10.47820/recima21.v3i7.1672.
com as crianças no colo. A partir
disso, foi traçado plano de ação a
fim de mitigar os riscos para novos
eventos, sendo criado o protocolo
de prevenção de quedas infantil.
Optou-se pela escala de Humpty
Dumpty traduzida e adaptada e a
aplicação de um termo de orienta-
ção e esclarecimento aos acompa-
nhantes, para que estes entendes-
sem que são parte do processo do
cuidar e participantes ativos das
ações de prevenção de quedas. O
presente protocolo foi criado com
base nos protocolos já existentes
no Ministério da Saúde, metas in-
ternacionais de segurança e nos
fatores determinantes para queda
como: estrutura predial, idade do
paciente, medicações em uso e li-
mitações de movimento.
RESULTADOS
Desde a implantação do protocolo
em janeiro de 2020, as crianças em
internação, mesmo que de curta
permanência, foram submetidas à
avaliação do risco de queda pelo
enfermeiro. A média de crianças
avaliadas apresentou aumento sig-
nificativo de 250 em 2020 para 550
em 2022, o que evidencia a adesão
da equipe de enfermagem e o fir-
mamento da cultura de segurança.
Os números de avaliações são de
250 crianças em 2020, 440 crian-
ças em 2021 e 550 crianças em
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
2022, o que representa 100% do
total de crianças com requisitos
para serem avaliadas. Todos os
acompanhantes, na sua maioria
mães, são orientados e assinam
um termo explicativo sobre fatores
de riscos e meios de prevenção de
queda, e tornam-se parte partici-
pativa no processo de prevenção
de quedas. As crianças que são
avaliadas com alto risco de queda
são identificadas com pulseira de
cor roxa, para que a assistência
multiprofissional esteja mais atenta
aos riscos destas. Desde a implan-
tação do protocolo, e de uma nova
cultura de segurança para prevenir
quedas em crianças e da interação
e participação dos acompanhan-
tes, não houveram mais quedas
durante o período de internação no
pronto socorro infantil de Santana
SANTANA DE PARNAÍBA
O SERVIÇO SOCIAL NO ATENDIMENTO AOS PACIENTES
CANDIDATOS A CIRURGIA BARIÁTRICA
ANDREILTON RIBEIRO DE SOUZA, VALQUIRIA DE CONTO, JOSÉ CARLOS MISORELLI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em meio à abertura de vagas do
Estado para avaliação de cirurgia
bariátrica, o Secretário Municipal
de Saúde solicitou ao Serviço So-
cial da Regulação Ambulatorial
o acompanhamento de todos os
pacientes agendados. Esta ava-
liação foi incluída no protocolo de
acesso à vaga supracitada que
contempla avaliação multidisci-
plinar: endocrinologia, nutrição e
psicologia. O atendimento social
em meio ao processo de avalia-
ção para cirurgia bariátrica possi-
bilita o suporte aos pacientes, o
conhecimento sobre a realidade
social na qual estão inseridos, a
avaliação dos recursos financei-
ros para comparecer às consul-
tas fora do município e a oferta
do transporte sanitário para o
primeiro atendimento a pacientes
Volume 10
de Parnaíba. Foi possível, desta
forma, zerar a ocorrência de danos
relacionados a este evento, além de
aprimorar constantemente a equi-
pe frente às medidas preventivas.
CONCLUSÕES
O protocolo elaborado proporcio-
nou implementar a cultura inicial de
segurança do paciente em relação
à ocorrência de quedas por meio
de ação educativa e participação
dos acompanhantes, como forma
de fortalecer o protagonismo des-
tes e aproximá-los da equipe multi-
profissional. É fundamental o papel
do Enfermeiro no acompanhamen-
to e monitoramento do Protocolo,
a fim de possibilitar a inserção de
novas condutas ou ações quando
necessárias.
sem condições financeiras. Tam-
bém possibilita averiguar a pre-
sença ou ausência de apoio fami-
liar durante o pré e pós cirúrgico,
orientar sobre direitos sociais,
contribuir com as avaliações
multidisciplinares previamen-
te realizadas e ressaltar sobre a
importância em comparecer às
consultas e exames dada a quan-
tidade limitada de vagas oferta-
das.
OBJETIVOS
Acompanhar os(as) candida-
tos(as) à cirurgia bariátrica; ga-
rantir a assiduidade aos exames
e consultas; realizar o monitora-
mento pós-consultas; entender
fluxos e diretrizes adotados pe-
los hospitais de referência em
cirurgia bariátrica de modo que
as informações obtidas com os
PALAVRAS-CHAVE
Queda, Segurança do Paciente,
Protocolo
BIBLIOGRAFIA
BRASIL, Ministério da Saúde. Por-
taria n°2095, de 24 de setembro
de 2013. Protocolos Básicos de
Segurança do Paciente, Brasília,
2013. SANTOS, M.G.S; DANTAS,
A.C.A; RAMOS, V.P.R. Protocolos
de Enfermagem; Identificação de
risco e prevenção de quedas. He-
morio, 2010. SILVA A, ALMEIDA
GJM, CASSILHAS RC, COHEN M,
PECCIN MS, TUFIK S, MELLO MT.
Equilíbrio, coordenação e agilidade
de idosos submetidos à prática de
exercícios físicos resistidos. Rev
Bras Med Esporte [Internet]. 2008.
Disponível: http://www.scielo.br/
pdf/rbme/v14n2/01.pdf
pacientes já em tratamento se-
jam utilizadas como parâme-
tros para os próximos pacientes
agendados, orientando-os ou di-
recionando-os de acordo com as
exigências e particularidades da
instituição de saúde que os rece-
berá. Acolher os pacientes diante
das dificuldades que se apresen-
tem acerca do andamento da ci-
rurgia e realizar escuta especia-
lizada aos pacientes que optem
pela desistência do procedimen-
to cirúrgico e auxiliar nos agen-
damentos de exames, desde que
o hospital cedente permita ou in-
dique sua realização em Santana
de Parnaíba.
METODOLOGIA
Inicialmente é realizado o agen-
damento de atendimento social
individual e presencial antes da
13

primeira consulta de avaliação
para cirurgia bariátrica, de acor-
do com as concessões das vagas
pelo estado via SIRESP - Sistema
Informatizado de Regulação do
Estado de São Paulo. Após a ava-
liação, o Serviço Social elabora
relatório social e insere, em pla-
nilhas específicas, os dados pes-
soais do paciente, o hospital para
o qual foi agendado o atendimen-
to e a unidade de saúde de refe-
rência no município. Na planilha é
registrada a evolução de todo o
acompanhamento pré cirúrgico.
Já no primeiro atendimento social
o paciente está consciente de que
o Serviço Social fará contato pos-
terior à primeira consulta e que o
canal de comunicação permane-
ce disponível caso sejam neces-
sárias mais orientações ou para
a intervenção em dificuldades de
qualquer natureza referente ao
prosseguimento do tratamento
de saúde em tela.
RESULTADOS
Desde o início do atendimento,
em agosto de 2022, foram agen-
dados 61 pacientes para avalia-
ção de cirurgia bariátrica, com
100% de assiduidade na primeira
consulta, exames e interconsul-
tas propostos pelos hospitais.
As vagas foram ofertadas pela
Santa Casa de Misericórdia (8
vagas), Hospital Mário Covas (37
vagas) e Hospital Heliópolis (16
SANTANA DE PARNAÍBA
SEMANA SAÚDE NA ESCOLA: COMO UTILIZAMOS OS RECURSOS
INTERATIVOS PARA A PROMOÇÃO DE SAÚDE EM ESCOLAS
MONIZE MENON, DOUGLAS RICCI TORI ROSA, HELOISA MORISHITA, FABIANA
FERREIRA NARDI, AMÉRICA CRISTIANE LEAL DO NASCIMENTO, ALEXANDRE
VILAS BOAS MELO , JULIANA ZERBINI, REGINA ASSUMPÇÃO CARREIRO DE
FRIAS, WELLINGTON GODOI ROSSETTI, CLAUDENICE RIBEIRO, LIONAI DIAS DA
SILVA LIMA, TATIANE MAGALHÃES SENA, KEROLYN ALVES RIBEIRO DE FREITAS,
MELISSA GOMES DE OLIVEIRA TRIDA, JANAINA CRUZ MARINI, NATÁLIA CALDEIRA
PONTES LIMA, SILVIA GORGONE ZAMPIERI JUSTO, JOSÉ CARLOS MISORELLI
14
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
vagas). A partir do contato com
os pacientes com obesidade, foi
possível notar que os mesmos
têm seus direitos diminuídos em
vários âmbitos. A dificuldade no
uso do transporte público coleti-
vo (reclamação recorrente entre
o público atendido) pela inade-
quação em atender às pessoas
com obesidade também foi ver-
balizada como um dos motivos
determinantes para baixa autoes-
tima e reclusão social. Outro fator
associado às dificuldades que as
pacientes do sexo feminino rela-
taram foi a pressão social e fami-
liar, sendo os companheiros os
principais atores deste precon-
ceito. A associação ao conceito
de que o belo é magro é um dos
principais fatores de exclusão so-
cial vivenciados pelos pacientes
atendidos. Estas questões são
determinantes sociais que inter-
ferem no processo de tratamen-
to. O Serviço Social, durante os
atendimentos, atua para dirimir
estas iniquidades com ações de
orientação, encaminhamentos à
equipe multiprofissional, em es-
pecial à equipe de Saúde Mental
e aos serviços de garantia de di-
reitos.
CONCLUSÕES
Segundo os dados publicados no
site da ABESO - Associação Bra-
sileira para o Estudo da Obesi-
dade e Síndrome Metabólica que
cita dados da OMS - Organização
Mundial de Saúde, “a obesidade
é uma doença crônica e no Bra-
sil, essa doença aumentou 72%
nos últimos treze anos, saindo de
11,8% em 2006 para 20,3% em
2019”. Com base nessas informa-
ções, é necessária a adoção de
estratégias que preparem o SUS
para comportar essa demanda
atual e garantir o atendimento
desse público e, mais imperioso:
que estas estratégias sejam mul-
tisetoriais e consolidadas através
de políticas públicas integradas.
O atendimento do Serviço Social
aos pacientes obesos proporcio-
na maior integralidade das ações
ofertadas, melhor qualidade no
encaminhamento para a cirurgia
bariátrica, mediação de direitos
dos pacientes e a possibilidade
de indicação e proposição de
ações conjuntas para a melhoria
da qualidade do atendimento aos
pacientes com obesidade.
PALAVRAS-CHAVE
obesidade, acolhimento, serviço
social
BIBLIOGRAFIA
Mapa da Obesidade. Disponível
em: https://abeso.org.br/obesida-
de-e-sindrome-metabolica/ma-
pa-da-obesidade/#:~:text=A%20
Organiza%acesso em 25/01/2023
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Semana Saúde na Escola,
ocorre desde 2012 e tem por ob-
jetivo iniciar a mobilização sobre
temas prioritários de saúde a
serem trabalhados ao longo do
ano letivo nas escolas. Os temas
são definidos pelo Ministério da
Saúde (MS), com possibilidade
de adição de novos em conso-
nância com os eixos temáticos
prioritários e com a demanda ob-
servada no território. Mediante o
retorno das aulas cem por cento
presenciais e a flexibilização das
restrições impostas pela crise
sanitária em 2020, foi necessário
ressignificar novamente as ações
do PSE para permanecer ofertan-
do assistência contínua universal
e integral. A equipe do programa
saúde na escola retornou com as
atividades in loco nos colégios do
município, porém com o retorno,
observou-se a necessidade de
utilização de recursos multimídia
e interativos para melhor inter-
vir nas ações propostas com os
alunos dos colégios municipais.
Dessa forma, o presente projeto
visa descrever o retorno da equi-
pe do Programa Saúde na Esco-
la (PSE) aos colégios municipais
com a totalidade da presença do
quadro funcional e descrever a
reconexão com o cuidado inte-
gral à saúde dos alunos utilizando
recursos interativos e de platafor-
ma multimídia que modificaram
os processos de trabalho duran-
te a pandemia e demonstraram
adesão e eficácia para intervir
com o público-alvo. Para além da
inovação no método do cuidado,
as ações durante 2022 obtiveram
resultados de forte impacto com
o surgimento, posteriormente, de
uma lei da Semana Saúde na Es-
cola no município
OBJETIVOS
O objetivo da Semana Saúde na
Escola de 2022 foi colocar em
prática os saberes e experiên-
cias adquiridos no setor durante
os anos de PSE no município,
Volume 10
por intermédio de tecnologias,
recursos interativos e mídias so-
ciais. Os principais objetivos da
intervenção foram guiados pela
Política Nacional de Promoção da
Saúde (BRASIL, 2014), e, foram
elencados para execução do tra-
balho seus dois principais eixos:
Intersetorialidade e Educação
Permanente. Os objetivos espe-
cíficos realizados durante a Se-
mana Saúde na Escola dos dois
eixos foram: 1. Articular saberes,
potencialidades e experiências; 2.
(R)estabelecer vínculos; 3. Imple-
mentar ações assertivas e com-
partilhar as boas práticas com a
comunidade escolar; 4. Promo-
ver metodologia ativa através da
Educação Permanente em Saúde
(EPS).
METODOLOGIA
O Grupo Trabalho Interseto-
rial das Secretarias de Saúde e
Educação, selecionou um colé-
gio, para a realização do dia D
da Semana Saúde na Escola. O
dia D foi definido, para receber
a Equipe do PSE e profissionais
convidados para a realização
de palestras, jogos, dinâmicas,
orientações sobre promoção de
saúde e prevenção utilizando os
recursos interativos e plataforma
multimídia. Os temas propostos
para a intervenção no colégio
foram: 1. Prevenção à Covid-19
nas Escolas 2. Alimentação Sau-
dável: Prevenindo a Obesidade
na Criança e no Adolescente 3.
Saúde Auditiva: Dia Internacional
da Conscientização Sobre o Ru-
ído 4. Vacinação: Entendendo a
Importância das Vacinas 5.Saúde
mental: Empatia - Não ao Bullying
6. Saúde Humana e Animal: 5
Chaves para Prevenir Mordida de
Cães O material utilizado para a
realização da Semana Saúde na
Escola, foram: 1. Folders com
conteúdo sobre promoção de
saúde e prevenção de agravos.
2. 01 Tablet e 01 Fone de ouvi-
do para elucidar e demonstrar o
loudness de diversos equipamen-
tos e de ambientes em relação
ao ruído e a poluição sonora. 3.
Sala equipada com retroprojetor
e computador para realizar pales-
tras, demonstrar figuras, elucidar
as atividades com vídeos explica-
tivos, entre outros. 4. Material di-
dático (lápis e caneta) para os alu-
nos preencherem as informações
solicitadas durante as dinâmicas.
5. Sala de informática para repro-
dução de recursos audiovisuais,
dinâmicas interativas e aplicação
de formulário de opinião sobre a
intervenção realizada.
RESULTADOS
Durante as ações, participa-
ram 19 profissionais do PSE de
maneira ativa, ou seja, estavam
presentes no colégio realizando
uma ação direta com os alunos.
Participaram 346 alunos, sendo
trabalhados 08 temas durante a
intervenção nos períodos da ma-
nhã e da tarde. Participaram das
ações alunos do 1o, 2o, 3o, 4o,5o,
6o, 7o,8o e 9o do Ensino Funda-
mental. Para realizar a compila-
ção dos dados, foi realizado um
dashboard para ser disponibiliza-
do ao colégio e aos profissionais
que participaram da ação, um
conteúdo multiplataforma que foi
inserido no processo de trabalho
da equipe durante o retorno às
atividades do PSE. Na semana
seguinte da realização das ações,
foi realizada a aplicação de um
formulário, para nortear as próxi-
mas intervenções, visando o prin-
cípio organizativo de participação
popular colocando os alunos
como protagonistas da validação
dos métodos adotados. Respon-
deram ao formulário 303 alunos,
onde a maioria dos alunos infor-
mou que gostou da forma que
as informações de saúde foram
apresentadas, ou seja, de manei-
ra interativa, e consideraram que
as informações foram realizadas
de maneira clara e objetiva.
CONCLUSÕES
O desenvolvimento pleno biopsi-
15

cossocial de crianças e adoles-
centes depende da articulação
inter e intrassetorial que o Pro-
grama Saúde na Escola realiza
no município em parceria com
a Secretaria de Educação. Para
desenvolver novos processos
de trabalho visando a melhoria
da assistência e também o mo-
nitoramento da qualidade das
ações planejadas, o PSE, utiliza
atualmente, recursos interati-
vos, mídias sociais e o conceito
de trabalho de multiplataformas,
considerando que as crianças e
adolescentes estão a cada dia
mais envolvidas e apresentam
interesse em ambientes virtuais
e em atividades virtuais. Devido
ao impacto da Semana Saúde na
Escola, em 2022 entrou em vigor
a lei que regulamenta a Semana
SANTO ANDRÉ
OBESIDADE E ULTRAPROCESSADOS: ATUAÇÃO DA REDE DE
STO ANDRÉ NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E DO GUIA ALIMENTAR
JULIANA PARREIRA VASCONCELOS SCIORILLI, MARIA CAROLINA PESTANA
DE ANDRADE DO NASCIMENTO, LUCIANE SUZANO PEREIRA CUNHA, ANTONIO
CARLOS DO NASCIMENTO, VICTOR CHIAVEGATO, EDENEIA MULTINI, GILVAN
FERREIRA DE SOUZA JUNIOR
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A promoção da saúde consiste
num conjunto de estratégias fo-
cadas na melhoria da qualidade
de vida dos indivíduos e cole-
tividades por meio de diversas
ações com intuito de atuar sobre
os condicionantes e determinan-
tes sociais de saúde, de forma
intersetorial e com participação
popular, favorecendo escolhas
saudáveis no território. Uma das
políticas da saúde, a Política Na-
cional de Alimentação e Nutrição
(PNAN),visa contribuir para a re-
dução da prevalência do sobre-
peso e obesidade e de outras
doenças crônicas não transmis-
síveis. Como a obesidade é uma
16
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
no município para a aplicação
da Semana nos próximos anos.
Espera-se com esse trabalho a
adesão e a reprodutibilidade des-
se trabalho em demais atividades
desempenhadas pela equipe do
Programa Saúde na Escola ten-
do em vista os resultados alcan-
çados até o presente momento.
Para além da reprodutibilidade no
município de Santana de Parnaí-
ba, espera-se que esse trabalho
seja utilizado como instrumen-
to de inspiração e renovação de
metodologias para a realização
da Semana Saúde na Escola em
todos os municípios do estado de
SP e do Brasil.
PALAVRAS-CHAVE
semana saude na escola, sus,
doença multifatorial que pode
ser um fator de risco para outras
doenças, tais como: hipertensão
arterial sistêmica, diabetes tipo 2,
dislipidemia, doenças articulares,
cânceres de intestino, pâncreas,
próstata, mama, ovário, endomé-
trio e outros, é importante a cons-
cientização da população, de uma
forma geral, sobre as orientações
do Guia Alimentar para a Popula-
ção Brasileira (GAPB) em relação
a classificação dos alimentos re-
alizada de acordo com seu pro-
cessamento, visto que em nosso
País mais de 60% da população
apresenta excesso de peso, e em
Santo André mais de 200 mil in-
divíduos adultos estão acima do
peso e 100 mil são obesos.
pse, saude, educação
BIBLIOGRAFIA
1. Sistema Único de Saúde (SUS):
estrutura, princípios e como fun-
ciona [Internet][cited 2022 May
10]. Available from: https://www.
gov.br/saude/pt-br/assuntos/
saude-de-a-a-z/s/sus-estrutu-
ra-princi pios-e-como-funciona.
2. Paim, JS e outros. O Que É o
SUS: e-book interativo. Rio de Ja-
neiro: Editora Fiocruz; 2015[Inter-
net][cited 2022 May 10]. Available
from:http://www.livrosinterativo-
seditora.fiocruz.br/sus/1/. 3. Ca-
derno do gestor do PSE [recurso
eletrônico] / Ministério da Saúde,
Ministério da Educação. – Brasília
: Ministério da Saúde, 2022. 46 p.
: il.
OBJETIVOS
Realizar ações de promoção da
saúde para prevenção e trata-
mento da obesidade em todos os
pontos da rede.
METODOLOGIA
Foram realizadas oficinas com
profissionais da saúde para am-
pliar as ferramentas de cuidado
na oferta de ações nos territórios
e na Rede; incluindo orientações
de alimentação saudável base-
adas no Guia Alimentar para a
População Brasileira (GAPB) e
práticas integrativas e comple-
mentares (PICS) aos usuários
do SUS. Além disso, criou-se o
Núcleo de Obesidade para aten-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
dimento de casos graves por
equipe multiprofissional encami-
nhados pela Regulação Munici-
pal. Complementando-se a isso
formou-se uma Comissão mu-
nicipal da Linha de Cuidado de
Sobrepeso e Obesidade com en-
contros mensais para avaliação e
discussão das ações realizadas
na Rede.
RESULTADOS
A Rede de Atenção à Saúde reali-
zou várias oficinas com os profis-
sionais, e ofertou ações coletivas
de promoção da saúde e práticas
integrativas e complementares
aos usuários do SUS dos diver-
sos territórios. No momento, 1400
pessoas com excesso de peso
são acompanhadas no Núcleo de
Obesidade, com avaliação indivi-
dual do consumo de alimentos,
através da aplicação de recorda-
tórios alimentares de 24h, sendo
mais freqüentemente relatado
entre os ultraprocessados ingeri-
dos pelos pacientes com excesso
de peso os seguintes alimentos:
margarina, sucos, refrigerantes e
SANTO ANDRÉ
INCENTIVO NA ADESÃO DAS GESTANTES NO TRATAMENTO
ODONTOLÓGICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
RAISSA BARBOSA DA SILVA, CAMILA MARTINEZ DE GIOVANNI, ALIKA CATTANEO
HAMMEL, ADRIANA MIOTTI, CRISTIANE DA COSTA
OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho, portan-
to, é orientar e conscientizar as
gestantes sobre a importância do
pré-natal odontológico para uma
gestação saudável, afim de que
se tornem agentes multiplicado-
ras de hábitos saudáveis também
a sua família, e propor a implan-
tação de atividades voltadas para
a saúde bucal das gestantes ads-
tritas da Unidade de Estratégia de
Saúde da Família Parque Miami,
no Município de Santo André. Ob-
Volume 10
embutidos. Diante disto, têm sido
indicadas as substituições dos
mesmos por alimentos in natura
ou minimamente processados e
apresentada orientações sobre
os 10 passos para uma alimenta-
ção adequada e saudável. Além
disso, 45 pacientes que realiza-
ram cirurgia bariátrica e que são
acompanhados desde o pré-ope-
ratório com avaliações do consu-
mo alimentar,também receberam
instruções para evitarem a inges-
tão de ultraprocessados, limita-
rem a ingestão de processados
e fazer dos alimentos in natura
e minimamente processados a
base de sua alimentação para
prevenção do reganho de peso e
melhoria na qualidade de vida.
CONCLUSÕES
Observou-se que a promoção
da saúde e produção de cui-
dado em rede é imprescindível
para o tratamento da obesidade,
pois permite organizar o acesso,
compartilhar experiências, cor-
responsabilizar o cuidado con-
forme as necessidades de saúde
jetivos Específicos Conscientizar
a equipe e as gestantes da impor-
tância do pré-natal odontológico.
Implantar atividades voltadas
para a saúde bucal das gestan-
tes. Esclarecer e quebrar tabus
e receios quanto ao tratamento
odontológico durante a gestação.
Tornar a gestação com menos
riscos e com mais qualidade de
vida. Incorporação gradativa de
novos conhecimentos e práticas
de saúde bucal.
dos usuários do SUS. O apoio da
Prefeitura de Santo André com
ações intersetoriais como proje-
tos Merenda Legal, Moeda Verde
e ações de lazer com estímulo à
prática de atividades físicas em
espaços públicos também tem
colaborado para a prevenção da
obesidade no município.
PALAVRAS-CHAVE
Guia Alimentar, Obesidade, Ultra-
processados.
BIBLIOGRAFIA
Brasil. Ministério da Saúde. Se-
cretaria de Atenção Primária à
Saúde. Departamento de Aten-
ção Básica. Guia Alimentar para
a população Brasileira. -2.ed. –
Brasília, 2014 Brasil. Ministério
da Saúde. Secretaria de Atenção
Primária à Saúde. Departamento
de Promoção da Saúde. Manual
de Atenção às pessoas com So-
brepeso e Obesidade no âmbito
da Atenção Primária à Saúde do
Sistema Único de Saúde. Brasília,
2022.
RESULTADOS
A adesão de gestantes ao pré-na-
tal odontológico no mês de junho
de 2022 era de baixo acesso com
apenas 43,14%, após o envolvi-
mento da equipe odontológica
juntamente com os médicos, en-
fermeiros e os agentes comuni-
tários de saúde, notou-se que no
mês de Dezembro o acesso era
de 90% das gestantes na adesão
ao pré-natal odontológico, por-
tanto de Junho a Dezembro de
2022 notou-se um aumento de
17

47% de adesão das gestantes.
Verificamos no gráfico 1 um au-
mento significativa na cobertura
do pré- natal odontológico, onde
no mês de junho/2022 das 102
gestantes que estavam realizan-
do o pré-natal, apenas 44 aderi-
ram ao pré-natal odontológico, já
em dezembro/2022 das 150 ges-
tantes, 135 aderiram.
CONCLUSÕES
Com esta ação foi possível iden-
tificar a importância da partici-
pação dos dentistas, médicos,
enfermeiros e os agentes comu-
nitários de saúde na vida da ges-
tante, ressaltando a importância
da presença do pré-natal odonto-
lógico, tornando a gestante com
menos risco, adquirindo hábitos
saudáveis e melhor qualidade de
vida e compartilhando conheci-
mento e práticas de saúde bucal.
SANTO ANDRÉ
SAÚDE MENTAL INFANTOJUVENIL LGBTQIAPN+ EM CUIDADO
NO TERRITÓRIO AFETIVO DE SANTO ANDRÉ
MARCOS VINICIUS FONSECA, JOSIANE MARIE DE VITA RAMOS PRADO, PAULO
HENRIQUE DE SOUZA ALMEIDA, TALITA MAURÍCIO DA ROCHA, GLÓRIA FERREIRA,
LUCIANA BATISTA
TRABALHO VENCEDOR DO
12º PRÊMIO DAVID
C A P I S T R A N O
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Saúde Mental na Infância-A-
dolescência no Brasil ainda se
apresenta como desafio, visto
que as Políticas Públicas e in-
centivos financeiros têm sido in-
suficientes no cuidado desse pú-
18
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
PALAVRAS-CHAVE
TRATAMENTO BUCAL; GESTAN-
TES
BIBLIOGRAFIA
Concha Sánchez, S., Almario
Barrera, A., & Pabón Ordoñez,
H. (2020). Percepciones y fac-
tores asociados a la salud bu-
cal y la atención odontológica
en el periodo perinatal en las
mujeres y susbebés. Odonto-
logía Sanmarquina,23(3), 241-
251. https://doi.org/10.15381/
os.v23i3.18399. https://pesquisa.
bvsalud.org/portal/resource/pt/
biblio-1116689 Silva, C. C. da,
Savian, C. M., Prevedello, B. P.,
Zamberlan, C., Dalpian, D. M., &
Santos, B. Z. dos. (2020). Acesso
e utilização de serviços odon-
tológicos por gestantes: revisão
integrativa de literatura. Ciência
& Saúde Coletiva, 25(3), 827-835.
blico. Em Santo André, o CAPS
IJ é referência p/ crianças-ado-
lescentes que apresentam inten-
so sofrimento psíquico, incluindo
o uso de substâncias psicoati-
vas. Composto por uma equi-
pe multidisciplinar, tendo como
diretriz o Modelo de Atenção
Psicossocial de base territorial
e comunitária. Em 2018, devido
à necessidade de uma resposta
municipal p/ acompanhamen-
to de crianças-adolescentes c/
variabilidade de gênero, a Área
Técnica de Prevenção do Progr.
de Agravos Crônicos Transmissí-
veis inicia uma aproximação c/ o
CAPS IJ p/ promover estratégias
de cuidado à estes. A partir do
ht tps://doi.org /10.159 0/1413 -
81232020253.01192018.https://
www.scielo.br/scielo.php?scrip-
t=sci_Saliba, T. A., Custódio, L. B.
de M., Saliba, N. A., & Moimaz, S.
A. S. (2019). Dental prenatal care in
pregnancy. RGO - Revista Gaúcha
de Odontologia, 67, e20190061.
ht tps://doi.org /10.1590/1981-
863720190006120180003
t p s : // w w w. s c i e l o . b r/ s c i e l o .
p h p? s c r i p t= s c i _ a r t t e x t & p i -
d=S1981-86372019000100329
Nunes Neto, R.A., & Frutuoso,
M.F.P. (2018). Oral health and
the care of pregnant women:
workshops as a strategy to pro-
blematize practices in basic he-
alth care in residents living in
the peripheral areas of the hills
in the city of Santos. RGO, Rev
Gaúch Odontol. 66(4), 305-316.
http://dx.doi.org/10.1590/1981-
863720180004000033504.
tps://www.scielo.br/scielo.php
compartilhamento de experiên-
cias das 2 áreas, marcadas por
atenderem uma população so-
cialmente excluída e estigmati-
zada, se inicia um processo de
trabalho compartilhado, dividido
em 3 espaços terapêuticos: Gru-
po “DiVeraCidade”, Sarau + Di
Versos e Grupo de Família das
crianças-adolescentes LGBT-
QIAPN+. A experiência promove
o aprimoramento dos profissio-
nais p/ reconhecerem sofrimen-
tos mentais relacionados à iden-
tidade de gênero, proporciona
escuta e acolhimento às famílias
das que modificam às concep-
ções c/ os filhos. Os usuários ex-
pressam novos sentimentos so-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
bre suas identidades e desejos,
saindo do campo da patologia e
entrando no social, que se reco-
nhece em suas singularidades,
fortalecendo seus processos de
autonomia da vida
OBJETIVOS
Os profissionais do CAPS IJ e da
ht- Área Técnica de Prevenção do
Programa de Agravos Crônicos
Transmissíveis atentos em ga-
rantir às pessoas adolescentes
LGBTQIAPN+ espaços para ex-
pressão de sua identidade de gê-
nero e orientação sexual, tiveram
como propositura romper com
processos de adoecimento e pre-
venir o aprofundamento de crises
e sofrimentos psíquicos vivencia-
dos por LGBTQIAPNfobia.
ht-
METODOLOGIA
O CAPS IJ e a Área Técnica
de Prevenção do Programa de
Agravos Crônicos Transmissí-
veis percorreram alguns passos
p/ construção deste projeto.
Nos momentos iniciais, são re-
alizados espaços de estudos e
discussões sobre identidade de
gênero e diversidade sexual com
os trabalhadores. Com as crian-
ças e adolescentes, encontros
p/ escuta e diálogo, estimulados
por meio de jogos de socializa-
ção, teatrais e estudos sobre o
mapa da cidade, na tentativa de
elencar geograficamente locais
seguros p/ os adolescentes. Por
diversas vezes, a equipe promo-
veu o acolhimento dos usuários
LGBTQIAPN+, visto o medo de
circular pela cidade. O reconhe-
cimento de equipamentos da
cidade, com a criação do Mapa
Afetivo, desenvolveu a valoriza-
ção e reflexão sobre os territó-
rios de residência dos usuários e
seus familiares, fortalecendo-os
através de recursos apresenta-
dos in loco, p/ os projetos de vida
e o exercício aos direitos à cida-
dania. É consolidado o Grupo de
Família para escuta, acolhimen-
to, orientações, dúvidas, deba-
Volume 10
tes em relação aos filhos LGBT-
QIAPN+. Os grupos se unem p/
os encontros nos territórios, que
acontecem em diversos locais da
cidade. No território o grupo ga-
nha força ao somar-se às pesso-
as interessadas nas discussões
pertinentes ao coletivo, através
de: rodas de conversa; trocas de
experiências vividas; produção
de criações artísticas e criações
expressivas; atividades de entre-
tenimento; exploração dos espa-
ços ampliando a percepção de
cidadania, repertório comunica-
tivo e territorial.
RESULTADOS
Após as primeiras estratégias os
adolescentes apresentaram me-
lhoras excepcionais. Há o caso
da adolescente, que traz sobre a
lesbofobia no meio familiar. Com
apoio dos profissionais e do gru-
po, trocando experiências com
outras famílias que passaram
por dificuldades, a adolescente
inicia projetos de vida. Outras
adolescentes LGBTQIAPN+ tive-
ram melhoras, saindo do quadro
depressivo e resgatando autono-
mia. Adolescente “S” de 14 anos,
que se entende como menina cis
homossexual, relatou que con-
seguiu se declarar homossexual
ao pai, após performance artís-
tica do grupo. A adolescente foi
acolhida e recebeu o apoio do
pai, que também frequentava o
grupo. Mãe “T” de uma adoles-
cente trans, traz no grupo que a
filha não apresenta mais a gran-
de ansiedade p/ a aquisição de
hormônios e que isto se deu a
partir da roda de conversa com
a enfermeira. Relata que a filha
percebeu que é arriscado usar
hormônios por conta própria.
Hoje, nas discussões em grupo,
a mãe assume a fala “nós viemos
p/ o tratamento” (sic.), e/ou, “Os
passeios é o nosso momento de
relaxar” (sic). A mãe “T” diz mul-
tiplicar com as demais pessoas
da família o que ela “aprende”
no grupo, caracterizando a ne-
cessidade de que toda a família
esteja disponível e em cuidado.
Atualmente, o grupo é compos-
to por 21 adolescentes. Os re-
sultados revelam a potência em
promover espaços terapêuticos
de autonomia e protagonismo
às pessoas frente às suas condi-
ções de existências no mundo e
a importância do apoio prestado
às famílias.
CONCLUSÕES
A experiência foi conduzida nas
diretrizes da Política Nacional
de Saúde Integral da População
LGBT e do Modelo de Atenção
Psicossocial, a partir da apro-
priação de tecnologias leves nos
territórios afetivos dos usuários
LGBTQIAPN+ do CAPS IJ e fa-
miliares. O preconceito e estigma
vivenciado pelos usuários se in-
tensificam na infância e adoles-
cência, pois são fases de menor
escuta e validação social de de-
sejos, que implica muitas vezes
em direitos negligenciados e bai-
xo/nenhum estímulo à autonomia.
Quando é possível friccionar as
barreiras a ponto de romper os
estigmas, ficam evidentes os be-
nefícios e a melhora dos usuários.
A partir das estratégias descritas,
foram observadas mudanças de
percepções sobre a sexualida-
de não cisheteronormativa. Ou
seja, os usuários conseguiram
expressar novos sentimentos so-
bre suas identidades e desejos,
promovendo a despatologiza-
ção da vida e percebendo que
ser LGBTQIAPN+ não é doença.
Esta mudança nas narrativas dos
usuários indica que as introjeções
objetais (Klein) que inicialmente
traziam sofrimento por serem in-
trojeções homofócias, lesbofóbi-
cas e transfóbicas, agora concor-
rem c/ novas introjeções objetais,
promovidas pelas trocas de vi-
vências, que apresentam novas
concepções frente às identidades
PALAVRAS-CHAVE
LGBTQIAPN+
19

BIBLIOGRAFIA
Política Nacional de Saúde Inte-
gral de Lésbicas, Gays, Bissexu-
SANTOS
“MOVIMENTE-SE COM A MÚSICA E COM A DANÇA” – O
PROGRAMA QUE MOVIMENTA O CORAÇÃO DOS IDOSOS
ANA PAULA RODRIGUES FERNANDES SOUZA MARQUES, CAROLINE DOS SANTOS
MELO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Programa Movimente-se com
a Música e com a Dança (PMMD)
foi idealizado em 2008 como uma
estratégia da Secretaria Munici-
pal de Saúde de Santos (SMS)
para o enfrentamento do proces-
so de envelhecimento, através do
trabalho em grupo com ativida-
des recreativas físicas e culturais,
visando a promoção de saúde.
O público-alvo do programa são
os idosos, adultos com sintomas
psíquicos ou portadores de algu-
ma limitação funcional. O PMMD
começou a partir de uma expe-
riência de sucesso na Unidade
de Saúde do Bom Retiro com os
pacientes do Programa de Cuida-
dos para Hipertensão e Diabetes
(HIPERDIA). Uma funcionária da
Unidade, que era capacitada em
Dança Sênior, resolveu oferecer
uma pequena prática da moda-
lidade na sala de espera do HI-
PERDIA. Os servidores da Uni-
dade observaram uma crescente
adesão dos pacientes e idealiza-
ram a estruturação desta prática
como um programa a ser imple-
mentado em outras Unidades do
Município.
OBJETIVOS
Promover uma melhor qualida-
de de vida através de exercícios
físicos leves e atividades sociais
de integração. A dança aumenta
a flexibilidade, a agilidade, a re-
sistência e o equilíbrio. Trabalha
a lateralidade, a coordenação
20
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
ais, Travestis e Transexuais. Bra-
sília, Ministério da Saúde, 2017.
Prevenção Combinada do HIV:
Bases Conceituais para Profis-
motora e a segurança no domínio
do corpo. Estimula a mobilidade
das articulações e músculos e
facilita os movimentos respira-
tórios e a circulação sanguínea.
Ao aprender as coreografias, os
participantes treinam a concen-
tração e trabalham a memória e a
cognição. A convivência em gru-
po traz bem-estar, acolhimento,
aumenta a autoestima e melhora
os sintomas depressivos, além
de aprimorar significativamente o
vínculo entre o paciente e a Uni-
dade. Além das aulas são realiza-
das oficinas de artesanato, pas-
seios e atividades de educação
em saúde. O PMMD fortalece as
capacidades e aptidões do idoso
para que ele possa ser um agente
de seu bem-estar pleno.
METODOLOGIA
O PMMD é realizado dentro das
Unidades de Saúde, ou em es-
paços próximos a elas, por meio
do trabalho com grupos, em en-
contros semanais de uma hora
de duração. Os participantes são
posicionados sentados num cír-
culo de cadeiras e realizam movi-
mentos de cabeça, braços, mãos,
tronco, pernas e pés, conduzidos
pelos dirigentes. O PMMD ba-
seia-se principalmente na Dança
Sênior e na Dança Circular em
Cadeiras, que são consideradas
práticas integrativas e comple-
mentares em saúde. Utiliza tam-
bém coreografias criadas pelas
dirigentes e coordenadoras com
sionais, Trabalhadores(as) e ges-
tores(as) do SUS. Brasilia, Minis-
térios da Saúde, 2017.
músicas populares. Inclui ainda,
como complemento, dinâmicas
de grupo, confraternizações em
datas comemorativas, atividades
de educação em saúde, oficinas
de artesanato, passeios, apresen-
tações em eventos, entre outros.
Quanto à organização do pro-
cesso de trabalho, cada Unidade
de Saúde elege profissionais de
referência, que são capacitados
para conduzir o grupo. Em 2016
passou a contar com uma coor-
denação dentro do DEAB para a
estruturação do trabalho em rede,
e a partir daí são realizadas capa-
citações anuais para a formação
de novos dirigentes dentro das
Unidades, bem como oficinas
de atualização para os profissio-
nais já capacitados. Atualmen-
te, acontece em 23 Unidades de
Saúde espalhadas pelas quatro
regiões do Município, contando
com 2 coordenadoras, 75 dirigen-
tes e mais de 400 participantes.
RESULTADOS
A adesão expressiva dos partici-
pantes ao Programa fez com que
ele venha se expandindo e con-
solidando gradativamente desde
2008, quando começou em uma
única Unidade. Durante a pan-
demia foram realizadas diversas
ações com o intuito de minimizar
os efeitos negativos do isolamen-
to, como a gravação periódica de
vídeos de coreografias pelas co-
ordenadoras, que eram comparti-
lhados nos grupos de WhatsApp
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
dos participantes e o “Movimen-
te-se On-line”, aulas “ao vivo”
semanais através da plataforma
Google Meet. Houve também
uma parceria com o Museu do
Café, em que educadores do Mu-
seu conversavam com os partici-
pantes nos grupos de WhatsApp,
trazendo explicações sobre a cul-
tura do café e propondo trocas de
experiências e relatos. Algumas
dirigentes desenvolveram estra-
tégias, como as do Morro São
Bento, que fizeram o “Movimen-
te-se Delivery” na porta da casa
dos participantes e a do Gonza-
ga, que comprou telas e tintas e
entregou aos participantes para
pintarem sobre o isolamento. O
retorno às atividades presen-
ciais ocorreu a partir de agosto
de 2021. Em todos os encontros,
os participantes manifestam sua
alegria por frequentarem as au-
las, e relatam o quanto o PMMD é
importante para sua saúde, tanto
SANTOS
RODRIGO BARROS PINHEIRO DE SOUZA, MAURO HAMILTON ASENJO RODRIGUES,
LUCINEIA ALVES DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A ideia do “Pelotão da Saúde”
surgiu quando identificamos por
meio de visitas domiciliares e no
contato diário da equipe com os
usuários da UBS e de alguns do
CAPS, que a maioria idosos em
isolamento social, apresentavam
a “necessidade” de voltarem a
vida cotidiana e ao convívio so-
cial. Criamos então, um grupo se-
manal de “caminhada leve” com
o propósito de socialização, pre-
venção de doenças e promoção
de saúde. É feito regularmente
o monitoramento da saúde dos
participantes com o controle da
glicemia e da pressão arterial
(semanalmente), medidas antro-
pométricas (semestralmente),
Volume 10
física quanto mental e emocional.
Observamos também a melho-
ra significativa dos sintomas de-
pressivos dos pacientes, através
de sua integração aos demais
participantes do grupo, assim
como um aumento do vínculo en-
tre os servidores que participam
do programa e os munícipes.
CONCLUSÕES
Consideramos que o PMMD é
uma estratégia importante para
a promoção de saúde à popula-
ção idosa, que no Município de
Santos é muito expressiva. Ati-
vidades sociais que estimulem
uma vida associativa e saudável
são contribuições cujos efeitos
vão além da manutenção da ca-
pacidade funcional, melhorando
também outras esferas da saúde
e a qualidade de vida como um
todo. Os resultados, segundo os
relatos espontâneos dos próprios
participantes, são significativos,
PELOTÃO DA SAÚDE
exames de laboratório (semes-
tralmente) e avaliação médica
(semestralmente). Para estreitar
os laços com os integrantes do
grupo, além das caminhadas, re-
alizamos festas temáticas e visi-
tas aos equipamentos turísticos
do município.
OBJETIVOS
Promover saúde, prevenir doen-
ças, socialização e a valorização
da qualidade de vida e do bem-
-estar físico, mental e social.
METODOLOGIA
A divulgação do projeto é feita
com a distribuição dos convites
pelos médicos, enfermeiros e
agentes comunitários de saúde
tanto no âmbito físico como men-
tal. Muitos apontam melhora de
dores articulares, aumento de
amplitude de movimentos, mais
agilidade, e principalmente mais
alegria e entusiasmo. O fato de
estarem participando do grupo
faz com que fiquem mais cuida-
dosos e assíduos em consultas
e exames, além de receberem
orientações de saúde importantes
durante as atividades educativas.
O Movimente-se é um Programa
que traz benefícios tanto para a
população quanto para os servi-
dores, pois o retorno emocional
é imenso, o carinho e a gratidão
dos participantes fazem com que
os dirigentes fiquem mais moti-
vados e dedicados, aumentando
o vínculo entre a população e o
serviço público.
PALAVRAS-CHAVE
Grupos, promoção de saúde, ido-
sos, dança, música.
nas salas de espera da unidade e
durante as visitas domiciliares. A
caminhada é democrática e não
tem restrição de idade, necessita
apenas de disposição. Iniciamos
o Pelotão da Saúde fora do expe-
diente de trabalho (final da tarde),
pois na época ainda não tínha-
mos autorização para implanta-
ção fora que naquele horário não
havia grande adesão dos muníci-
pes. Depois da anuência do Se-
cretário de Saúde, começamos
as caminhadas as quintas-feiras
às 7h00, exceto em condições
climáticas adversas (chuva, ven-
tania, frio intenso).
RESULTADOS
A melhora na saúde física, mental
21

e social dos integrantes é eviden-
te e muito gratificante para equi-
pe. Alguns participantes nos re-
lataram redução nos quadros de
depressão, diminuição de medi-
camentos, controle da ansiedade
e melhoria na qualidade de vida e
no bem-estar. Iniciamos o projeto
SANTOS
APLICABILIDADE DO PROTOCOLO DE DOR TORÁCICA EM
UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO
PATRICIA D\’ ANTONIO FIGUEIREDO, LILIAN MORAIS DA CRUZ, CAROLINA
PROSDOSSIMI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As unidades de pronto atendi-
mento (UPA) são serviços clas-
sificados como de complexidade
intermediária entre as unidades
básicas de saúde e a unidade
hospitalar, devendo funcionar 24
horas por dia, com o propósito de
promover o atendimento rápido
nos casos graves e encaminha-
mento aos hospitais quando ne-
cessário. Incorporado na rede or-
ganizada de atenção às urgências
e emergências no Sistema Único
de Saúde. O Infarto Agudo do
Miocárdio está entre as maiores
causas de morte no Brasil e no
Mundo, sendo a segunda doença
cardiovascular que mais mata. O
Infarto com Supradesnivelamento
do ST (IAMCSST) é a mais críti-
ca apresentação das Síndromes
Coronarianas Agudas (SCA), ca-
racterizada por uma situação clí-
nica de extrema gravidade, com
risco de vida em que se caracte-
riza como emergência médica. A
deficiência na padronização do
atendimento aos pacientes com
queixa de Dor Torácica pode
gerar dificuldade no diagnósti-
co das Síndromes Coronarianas
Agudas (SCA) e atraso no trata-
mento, aumentando a gravida-
de dos pacientes e alto índice
22
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
com três munícipes e, hoje, con-
tamos com uma média de qua-
renta componentes.
CONCLUSÕES
Atualmente, o projeto se expandiu
para outras 18 unidades de saúde
nas quatro regiões do município
de mortalidade. Baseado nesse
contexto, a UPA CENTRAL loca-
lizada na cidade de Santos, junto
a Secretaria Municipal de Saúde
e o Departamento de regulação
de vagas do município, estabe-
leceu a criação de um protocolo
no atendimento dos pacientes
com DOR TORÁCICA visando a
identificação dos casos graves,
a otimização no atendimento e
transferência para as unidades
hospitalares.
OBJETIVOS
Padronizar o atendimento dos
pacientes com dor torácica, iden-
tificando os casos de síndrome
coronariana aguda e os diag-
nósticos diferenciais de forma
ágil e precisa com as melhores
estratégias diagnósticas. Inter-
vir o quanto antes no tratamento
deste paciente, para que em ca-
sos de trombólise, seja realizado
o tratamento recomendado pelas
diretrizes, uma vez que, quanto
menor o intervalo entre o início da
dor e a administração do fárma-
co, a melhor o prognóstico.
METODOLOGIA
A partir da pactuação da Secre-
taria Municipal de Saúde (SMS)
com a nova Organização Social
(orla, morros, centro e zona no-
roeste) com grande satisfação e
aprovação dos munícipes.
PALAVRAS-CHAVE
Práticas Integrativas, Grupo de
caminhada.
de Saúde (Insaúde) em FEVEREI-
RO/2022, foi determinada a obri-
gatoriedade da implantação de
Protocolos clínicos gerenciáveis
visando a melhoria no atendimen-
to dos pacientes considerados
graves; que veio ao encontro de
um evento adverso ocorrido em
nossa unidade em ABRIL/2022,
levando a óbito um paciente com
quadro sugestivo de Infarto Agu-
do do Miocárdio. Baseado neste
caso, foi aplicada uma ferramenta
da qualidade (Protocolo de Lon-
dres) pelo núcleo de Qualidade
e Segurança do paciente, onde
iniciou-se o levantamento das
possíveis causas, fatores contri-
buintes e ações como plano de
melhorias, com o objetivo de evi-
tar novos eventos. Em MAIO/2022
iniciou-se o desenvolvimento
do protocolo de Dor Torácica.
O processo de elaboração, de-
terminação dos fluxos, sensibi-
lização e capacitação da equipe
multiprofissional finalizou-se em
JULHO/2022,sendo monitorado
mensalmente pela qualidade e
gestores assistenciais.
RESULTADOS
Desde a implantação ate dezem-
bro/2022, foram abertos 622 pro-
tocolos pela equipe assistencial
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
(enfermeiros e médicos). Obtive-
mos 57 casos com diagnóstico
de IAM confirmados (9%), dentre
estes, 24 casos (4%), com supra-
desnivelamento de STemergência
médica absoluta, com transfe-
rência imediata para a unidade
hospitalar de referência. Embora
o número de pacientes com es-
sas queixas seja grande, apenas
uma pequena porcentagem tem
o diagnóstico de doenças cardio-
SANTOS
RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O GRUPO TERAPÊUTICO
“BOM DIA COM MÚSICA” NO CAPS ORQUIDÁRIO
MARTA BRAGA VIEIRA BATISTA, GISELE GARCIA COSTA, RAFAELA RCOHA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Os Centros de Atenção Psicosso-
cial (CAPS) são pontos de aten-
ção estratégicos que integram a
Rede de Atenção Psicossocial
(RAPS), e contam com uma equi-
pe multiprofissional que assistem
pessoas com sofrimento e/ou
transtorno mental grave e seus
familiares (BRASIL, 2001). Entre
as diversas formas de cuidado no
CAPS, o grupo terapêutico atua
como excelente recurso auxilian-
do na construção de sentido de
vida, expressão de sentimentos,
além de favorecer a reflexão con-
junta sobre a existência humana
ajudando no desenvolvimento
de estratégias para lidar com os
desafios diários que implicam o
viver. (LIMA et al., 2015). No es-
paço do grupo o uso da música
funciona como um instrumento
terapêutico essencial, capaz de
promover um ambiente acolhe-
dor, espaço de cuidado ampliado,
estímulo pela busca da autono-
mia e interação entre os usuários
(SANTOS, 2014). Colaborando
também para novas possibilida-
des de fala e escuta qualificada e
ferramenta de vinculação. Favo-
Volume 10
vasculares graves.
CONCLUSÕES
Após a implantação do Protocolo,
identificou-se melhoria significati-
va, quanto a assertividade dos
diagnósticos devido ao empenho
dos profissionais quanto ao en-
tendimento e adesão ao proto-
colo de dor torácica, sendo um
ganho na assistência à saúde do
usuário. O Protocolo permitiu re-
rece o resgate de memórias afe-
tivas importantes, auxiliando no
processo de redução da ansie-
dade e do estresse (FRANZON et
al., 2016). Espera-se que o relato
dessa experiência exitosa possa
contribuir para a criação de ou-
tros grupos terapêuticos a fim de
construir outras formas de cuida-
do na saúde mental. O estudo po-
derá colaborar para uma reflexão
sobre o cuidado singular e inte-
gral, baseado nas necessidades
de cada usuário compreenden-
do-o como um ser com dimen-
sões biopsicossociais.
OBJETIVOS
Relatar a experiência de pro-
fissionais da Saúde Mental na
condução do Grupo Terapêutico
“Bom Dia com música” em um
Centro de Atenção Psicossocial
em Santos/SP.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experi-
ência de profissionais da saúde
mental na condução do grupo te-
rapêutico “Bom dia com música”.
O grupo terapêutico teve início
em maio de 2022, acontece às
conhecer que o fluxo implantado,
possibilitou a otimização do aten-
dimento, melhor identificação dos
casos graves e melhor diferencia-
ção dos casos de dor torácica,
facilitando a tomada de decisão
do profissional.
PALAVRAS-CHAVE
Dor torácica, Unidade de pronto
atendimento.
segundas-feiras no horário das
9:00 da manhã no CAPS Orqui-
dário. Possui cerca de 10 parti-
cipantes, todos são pacientes do
CAPS que estejam em acompa-
nhamento intensivo ou em aco-
lhimento integral. A condução do
grupo é feita por uma enfermeira
e uma assistente social, ambas
especialistas em saúde mental.
São realizadas atividades envol-
vendo reflexão com letras de mú-
sicas, jogos, danças, dinâmicas
grupais, diversas atividades de
expressão corporal, meditação,
alongamento, relaxamento físico
e mental de modo a sempre ter a
música como eixo norteador.
RESULTADOS
Um dos pilares do grupo é pro-
mover ações terapêuticas através
da música favorecendo o resgate
de memórias afetivas, história de
vida, ativação de boas emoções,
estímulo à criatividade, reflexão
sobre si, redução da ansiedade
e do estresse. O grupo se inicia
com o relato dos usuários so-
bre os acontecimentos do final
de semana e diante dos relatos
vão s ocorrendo trocas a fim de
23

construir novos significados que
favoreçam o desenvolvimento
pessoal. No momento de dinâmi-
ca grupal pedimos para que fosse
escolhida uma música que reme-
tesse à infância e que também o
contexto afetivo fosse descrito.
Houve indicação de cantigas de
rodas onde todos os participantes
do grupo interagiram, cantando e
batendo palmas, entre outras mú-
sicas, inclusive que despertavam
emoções positivas e choro de ale-
gria. Outra atividade grupal foi o
Just Dance, um jogo com música
onde os usuários deveriam repro-
duzir os movimentos mostrados
na tela. Durante o jogo foi possí-
vel perceber a emoção e alegria
dos usuários, teve até um usuário
SANTOS
PROJETO DE ORIENTAÇÃO PARA CUIDADORES:
APRIMORANDO O CUIDADO
NATHÁLIA LOBOSQUE DOS SANTOS, SABRINA NOBREGA SILVA FERNANDES,
GABRIELLE FABREGA JUSKEVICIUS OISHI, LEVI MATHEUS RODRIGUES DOS
SANTOS, PATRICIA DE ABREU COSTA, ANA LUIZA MORENO JACOB, ANDRESSA
DE MELO RODRIGUES, DEBORAH REBOUÇAS SILVA, ALESSANDRA RODRIGUES
DA SILVA, TERESA SOARES DOS SANTOS SANTANA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Cuidar é um ato permeado por
sentimentos complexos e, muitas
vezes, essa “tarefa” é desempe-
nhada por indivíduos que não es-
tão preparados para praticar esse
cuidado. Quando o paciente sai
do hospital em uma condição di-
ferente da qual internou, limitado
e dependente, os familiares pre-
cisam se reorganizar, assumin-
do o papel de “cuidador”. O ato
de cuidar no domicílio vai muito
além de acompanhar diariamente
as atividades de vida diárias dos
pacientes, exige boa vontade e
disposição, habilidade e conhe-
cimento para a efetivação do cui-
dado adequado, é um aprendiza-
do constante, em que o cuidador
adquiri experiência pela repetição
24
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
que relatou que tinha sido o dia
mais feliz da vida dele. Neste dia,
houve a participação de uma mãe
junto de seu filho e ao término ela
referiu que há muito tempo não
via o filho alegre vivenciando uma
tarefa prazerosa. Fica evidente
que o grupo funciona como um
excelente espaço terapêutico re-
velando-se como uma experiên-
cia exitosa e positiva de conexão
consigo mesmo e com o outro,
troca de afeto, proporcionando
um ambiente terapêutico e huma-
nizado.
CONCLUSÕES
O grupo terapêutico “Bom dia
com música” é um espaço enri-
quecedor e desempenha um pa-
e pela observação dos profissio-
nais que atuam junto ao familiar.
A equipe multiprofissional é uma
importante aliada no aprendizado
do cuidado no domicílio. Os pro-
fissionais de saúde devem respei-
tar o potencial de cada pessoa,
individualizando as necessidades
de educação e reforçando conti-
nuamente os cuidados essenciais
para atender as demandas da
pessoa doente, para isso, se faz
necessário realizar articulação
com a rede de atenção em saú-
de, que proverá a continuidade
do acompanhamento no domicí-
lio. Ante o exposto, o Complexo
Hospitalar dos Estivadores (CHE)
entendendo a necessidade de
promover um plano de ação edu-
cativo, que tem por meta propor-
pel importante para o tratamen-
to efetivo do usuário, visto que
o processo de cuidar em saúde
mental envolve pensar na integra-
lidade do sujeito e suas necessi-
dades biopsicossociais. Por isso
é indispensável atividades que in-
centivam o resgate da autonomia
do sujeito, proporcione ambien-
te acolhedor, espaço de escuta,
ativação de boas emoções, cria-
ção e fortalecimento de vínculos,
além de influenciar no controle da
ansiedade e do estresse, os es-
timulando a serem protagonistas
de suas próprias vidas.
PALAVRAS-CHAVE
Saúde Mental; CAPS; Grupos;
Música.
cionar a desospitalização segura
do paciente, bem como empode-
rar o cuidador para realizar o cui-
dado no domicílio, promove men-
salmente, desde agosto/2022, um
encontro de orientação para os
cuidadores.
OBJETIVOS
Objetivo Geral Promover, incenti-
var e orientar a continuidade do
cuidado por meio de um conjun-
to de ações integradas à rede
de atenção em saúde. Objetivos
específicos • Contribuir para que
não ocorram internações e/ou
reinternações desnecessárias; •
Diminuir o risco de infecções e
agravos de saúde; • Fortalecer as
relações entre familiares e com a
rede de atenção em saúde; • Pre-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
servar a autonomia do paciente;
• Estimular vínculos afetivos e re-
des de solidariedade; • Compar-
tilhar experiências, informações e
conhecimento técnico.
METODOLOGIA
O presente artigo que surge des-
se projeto, trata-se de um estudo
qualitativo, do tipo exploratório e
descritivo, que faz uso do méto-
do de estudo de caso com ênfase
na educação. Inicialmente, o es-
tudo apresenta como cenário os
pacientes hospitalizados que têm
perfil para ingressar no programa
de Atenção Domiciliar (AD) e rece-
berão auxílio de cuidadores infor-
mais (familiares), bem como das
equipes técnicas que compõem
a AD na região da Baixada San-
tista. O encontro de orientações
para cuidadores é realizado uma
vez ao mês, no auditório do CHE,
contando com o auxílio de proje-
tor, manequim de demonstração
e atividades práticas. As orienta-
ções são ministradas pela equipe
multiprofissional, composta por
enfermeiro(a), fisioterapeuta, nu-
tricionista, farmacêutico e assis-
tente social. Participaram, entre
agosto e dezembro de 2022, 27
cuidadores informais, munícipes
das 9 regiões da Baixada San-
tista. A inscrição dos cuidado-
res, ocorreu por meio de busca
ativa nas unidades de internação
SANTOS
PROJETO VIRTUAL MOSQUITO NA REDE
LISEANE MARIA DE QUADROS OLIVEIRA, SARAH ERMENEGILDO DO NASCIMENTO,
ISABELA DE JESUS NASCIMENTO, GEOVANA LÚCIA BATISTA LOUREIRO, VINICIUS
CÂMARA BAILONI ROBERTO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O início da pandemia de CO-
VID-19 estabeleceu um marco di-
visório em relação as formas de
comunicação em todos setores
da sociedade. Com a necessida-
de do distanciamento social, mui-
Volume 10
do CHE. Foram realizadas ava-
liações com 8 participantes por
meio de contato telefônico, com
perguntas fechadas, realizadas
após a alta do paciente a fim de
verificar se as orientações dispo-
nibilizadas durante o encontro fo-
ram efetivas no cuidado em casa.
RESULTADOS
O perfil dos pacientes com ne-
cessidade de cuidado para as
atividades de vida diárias é, em
sua maioria, do sexo masculi-
no (75%) e idosos. A faixa etária
prevalente é a partir de 70 anos
(50%). Segundo os familiares re-
alizar a tarefa do cuidado pode
parecer simples para os profis-
sionais de saúde, mas são ativi-
dades inicialmente consideradas
complexas para os cuidadores
avaliados. Geralmente o cuidador
é um membro familiar, do sexo fe-
minino, sendo 50% filhas dos pa-
cientes; 37,50% companheiras e
12,50% irmãs. Segundo os fami-
liares 75% dos cuidadores estão
recebendo suporte da rede de
atenção em saúde (UBS, Ambu-
latório de especialidades, Aten-
ção domiciliar, etc.) e 25% não
tem recebido suporte, haja vista
falecimento do paciente. Para os
avaliados os assuntos abordados
no encontro de orientação fize-
ram a diferença para proporcio-
nar os cuidados em casa, mes-
tas formas tradicionais de edu-
cação em saúde e suas práticas
não se faziam viáveis. Projetos
normalmente utilizados como pa-
lestras, vivências, orientação em
escolas, instituições e até mes-
mo visitas domiciliares dentre
mo que em alguns casos tenha
ocorrido um desfecho negativo.
Ainda assim, observamos que os
cuidadores expressaram o dese-
jo de participar de outros encon-
tros, pois seguem auxiliando no
cuidado de outros familiares com
necessidade de suporte para as
atividades de vida diária.
CONCLUSÕES
Muitas famílias apresentam difi-
culdades no processo de cuidar,
haja vista o déficit de conheci-
mento sobre cuidados domicilia-
res, ocasionando dúvidas e in-
certezas comprometendo, assim,
a realização de cuidados gerais
como: o uso correto das medica-
ções, o horário e a dose, a manei-
ra correta em realizar o banho, as
adaptações necessárias no do-
micílio para proporcionar um am-
biente seguro, a assepsia e troca
de curativos, os cuidados com le-
sões por pressão, a higiene cor-
reta das mãos, como desprezar a
urina, a conservação de nutrição
enteral e os meios para manter
uma alimentação saudável, com
os nutrientes necessários, con-
sistência adequada, boas práti-
cas na hora de ofertar e sinais de
alerta para evitar emergências.
PALAVRAS-CHAVE
Atenção domiciliar, Alta Respon-
sável, Cuidadores.
outros, ficaram total ou parcial-
mente impedidos neste período.
A introdução deste novo vírus de
preocupação mundial, veio a so-
mar com os já estabelecidos ví-
rus da dengue e da chikungunya
que nunca deixaram de estar pre-
25

sentes na cidade de Santos nos
últimos anos. Se fazia urgente,
dessa forma, o repensar de es-
tratégias que fossem eficientes e
adequadas a este novo cenário e
suas implicações. Apresentando
vários sintomas virais semelhan-
tes ao COVID-19, as doenças
transmitidas pelo mosquito Ae-
des aegypti poderiam ainda gerar
um agravamento deste panorama
de enfrentamento pandêmico,
prejudicando o diagnóstico des-
tes agravos e sobrecarregando
ainda mais a rede de pronto aten-
dimento. Neste contexto, no de-
correr de 2020, as redes sociais
se consolidaram como meios de
comunicação de grande alcance.
O Instagram em especial despon-
ta como uma rede cada vez mais
poderosa, sendo escolhido neste
projeto para que o trabalho de
educação em saúde não fosse in-
terrompido e continuasse atingin-
do o maior número de pessoas
possível de forma rápida, criativa
e eficiente.
OBJETIVOS
O projeto “Mosquito na Rede”
tem como objetivos gerar mul-
tiplicadores de informações de
prevenção as arboviroses dengue
e chikungunya. A “rede” no título
do projeto lembra as telas para
proteger ralos, janelas e berços
contra o mosquito além da alusão
a rede virtual internet. Os hábi-
tos de vida do mosquito Aedes
aegypti apontam para um inseto
extremamente adaptado ao meio
urbano com ocorrência de 90%
peri ou intradomiciliar. Incentivar
justamente as pessoas dentro
de casa a também reservarem
um tempo para cuidarem do seu
espaço doméstico e se eliminar
possíveis criadouros do mos-
quito se fazia necessário neste
momento. Orientar quanto a pro-
cedimentos em casos suspeitos
da doença sugerindo sempre o
encaminhamento a unidade de
saúde mais próxima ao invés da
auto medicação ou auto diagnós-
26
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
tico. Atingir diferentes públicos ao
mesmo tempo, através de uma
linguagem de fácil entendimento
que estimule e promova mudan-
ças de comportamento em prol
de uma melhor qualidade de vida
para todos.
METODOLOGIA
O “Mosquito na rede” é um pro-
jeto da Secretaria da Saúde de
Santos, departamento de vigilân-
cia (DEVIG) e executado na seção
de controle de vetores (SECOVE)
por seu respectivo setor educa-
tivo IEC (informação, educação
e comunicação) composto por
agentes de combate a endemias
e agentes de zoonoses. Estabele-
ceu-se parceria com a secretaria
de comunicação (SECOM), para a
confecção de vinheta de abertura
do quadro a partir de sugestões
de roteiro do setor e também para
postagem dos vídeos no Insta-
gram oficial da prefeitura de San-
tos (@santoscidade). Foi escolhi-
da como técnica de abordagem
uma variação do estilo “Draw My
Life”, que consiste na criação de
vídeos curtos que enquadram so-
mente o movimento das mãos dos
integrantes manipulando diversos
desenhos ilustrando os diferentes
temas que, unidos as gravações
das narrativas, se complemen-
tam para formar os quadros. O
cuidado com o espaço domés-
tico em tempos de pandemia , a
chegada do vírus chikungunya na
cidade de Santos, o uso correto
do repelente, a importância dos
mutirões , as nebulizações e suas
implicações, as formas de contá-
gio, o ciclo do mosquito, as medi-
das a serem tomadas em casos
suspeitos, dentre outros, foram
alguns dos temas abordados .Fo-
ram utilizados materiais diversos
de papelaria muitas vezes reapro-
veitados de outros projetos, lápis
coloridos e canetinhas disponí-
veis no setor para a realização
autoral das ilustrações. Todas as
gravações de voz e vídeo foram
executadas com aparelhos celu-
lares da equipe.
RESULTADOS
O projeto “Mosquito na Rede”
atingiu o objetivo esperado com
a produção de seis quadros dife-
rentes na rede social Instagram @
santoscidade. A estratégia provou
sua eficácia no momento em que
conseguimos computar seu gran-
de alcance através da verificação
do número de visualizações, que
em sua somatória, ultrapassou
12.000 até o momento. Tendo-se
em vista ainda que estas podem
atingir um número ainda maior já
que se encontram disponíveis na
rede até o presente momento. Um
projeto que surgiu com o intuito
de suprir uma carência na capa-
cidade de transmitir informações
em grande escala em um período
pandêmico repleto de restrições,
com certeza se consolidou com
possibilidades de ampliação para
novos temas e abordagens. A lin-
guagem dinâmica, leve, simplifi-
cada e direta utilizada no projeto
fez com que o mesmo conseguis-
se ter êxito e ser muito visuali-
zado em um período em que as
atenções todas estavam voltadas
para a pandemia de COVID-19 e
suas implicações.
CONCLUSÕES
Novos cenários inesperados
como ocorreu com a pandemia
de COVID-19 podem acontecer a
qualquer tempo e nos mostraram
que exigem adequações rápidas
e eficientes em cada época para
que não se perca o objetivo maior
de uma ação educativa em saúde
que é a prevenção e suas impli-
cações positivas dentro de uma
sociedade. A pandemia estimulou
novas estratégias para se atender
as necessidades de orientação
da população, sem necessaria-
mente se precisar estar fisica-
mente próximo as pessoas, mas
de alguma forma presente, mes-
mo que virtualmente, cumprindo
esse objetivo. Se estar atento e
aberto a essas novas formas de
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
educação com projetos inova-
dores, de baixo custo e criativos
que se adequem ao cotidiano das
pessoas se torna condição indis-
pensável para se alcançar êxito
nessas situações. Com o projeto
SÃO BERNARDO DO CAMPO
ESTRUTURAÇÃO ELABORAÇÃO DE UMA FICHA AVALIATIVA
PARA GESTÃO DO CUIDADO EM FISIOTERAPIA HOSPITALAR
MARIA JULIANA MARTINS DE MORAES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A hospitalização é conside-
rada de grande risco de efei-
tos deletérios para pacientes
adultos jovens e idosos princi-
palmente, tendo causas mais
frequentes complicações res-
piratórias, circulatória e queda
de funcionalidade que pode
prejudicar a qualidade de vida
do paciente a curto, médio e
até em longo prazo. A fisiote-
rapia é a ciência capaz de pro-
mover a recuperação e a pre-
servação da funcionalidade,
minimizando complicações.
Atualmente não existe um ins-
trumento de avaliação de fun-
cionalidade cardiorrespirató-
ria e motora simultaneamente
que garanta a uniformidade
entre os membros da equipe
evitando a adversidade assis-
tencial, assim como um instru-
mento capaz de gerar um índi-
ce de confiança e consistência
que represente a qualidade da
assistência fisioterapêutica.
OBJETIVOS
Criar um instrumento que
identifique a necessidade de
fisioterapia na internação do
paciente, norteado por diag-
nostico clinicofuncional, clas-
sificar a complexidade do
Volume 10
“Mosquito na Rede” as redes so-
ciais se mostraram eficientes no
papel da multiplicação de infor-
mações de prevenção e controle
das arboviroses podendo assim
dessa forma, também promover
cuidado, a periodicidade dos
atendimentos e extrair infor-
mações relevantes afim de
monitorar a qualidade assis-
tencial.
METODOLOGIA
O instrumento é composto por
avaliação respiratória e funcio-
nal através da escala de PER-
ME e de força muscular pelo
Medical Research Coincil, le-
vando em consideração co-
morbidades prévias. Foi reali-
zada a atribuições ponderada
de pontos por fisioterapeutas
especialistas. Com a pontua-
ção gerada na avaliação fun-
cional do paciente é possível
indicar em qual fase do proto-
colo de reabilitação o paciente
se enquadra. E no cálculo final
resultante da somatória de to-
das as etapas é possível clas-
sificar o cuidado e o quantita-
tivo de 1 a 4 atendimentos/dia.
O instrumento foi aplicado em
pacientes adultos internados
em terapia intensiva e/ou en-
fermaria de perfil clínico, on-
cológico, cirúrgico e obstétri-
co com boa correlação com o
quadro clínico e programação
de atendimento prévio.
RESULTADOS
em outras áreas e programas, a
educação em saúde.
PALAVRAS-CHAVE
Instagram, Educação em Saúde,
Rede Social, vídeo
A validação do instrumento
decorreu após a aplicação em
uma amostra de 357 pacientes
nas unidades hospitalares do
Complexo de Saúde de SBC. E
demonstrou que os resultados
obtidos foram congruentes a
opinião dos especialistas. As
avaliações periódicas e reava-
liações foram de grande valia
para quantificar a recuperação
do paciente frente às estraté-
gias adotadas no tratamento
fisioterapêutico.
CONCLUSÕES
O presente instrumento mos-
trou acurácia para nortear as
condutas fisioterapêuticas,
através de avaliação abran-
gendo componentes clínicos
e funcionais do sistema res-
piratório e motor, programan-
do um plano de atendimento
eficiente, individualizado de
acordo com as necessidades,
impactando positivamente no
desfecho clínico do paciente,
além de corroborar na ges-
tão assertiva e proporcionar a
oportunidade de identificar os
pontos de melhoria e processo
de assistência da Fisioterapia.
PALAVRAS-CHAVE
Assistência Fisioterapia.
27

SÃO BERNARDO DO CAMPO
AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA A POPULAÇÃO
VULNERÁVEL: TRABALHO EM CONJUNTO ENTRE A UBS E O NEVS
IMARA MARTINS DOS SANTOS, FABIANA AP TONETO PANIAGUA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Ações da Vigilância em Saúde
devem estar articuladas com a
Atenção Básica (AB). A integra-
ção entre a vigilância e a AB é
condição essencial para resulta-
dos que atendam às necessida-
des de saúde da população, na
ótica da Universalidade – Integra-
lidade - Equidade. Considerado o
conceito ampliado de saúde, as
discussões em torno da questão
de como educar indivíduos e gru-
pos para que estes atinjam um
nível desejado de autocuidado
tem gerado propostas de mudan-
ças. A educação em saúde é um
dos principais dispositivos para
viabilizar a promoção da saúde
na atenção primária à saúde no
Brasil. O reconhecimento de que
a saúde tem um caráter multidi-
mensional e de que o usuário é o
protagonista em busca de educa-
ção e autonomia, são condições
essenciais à prática no âmbito da
atenção à saúde primária. Com a
diminuição dos casos de Covid-1
9, retomamos os trabalhos dentro
da comunidade, levando ações
de educação em saúde para a
Sede de moradores no Bairro
Limpão.
OBJETIVOS
Proporcionar conhecimento,
orientação, discussão, reflexão
e empoderamento, através da
SÃO BERNARDO DO CAMPO
AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE QUALIDADE DO LEITE
HUMANO DO BANCO DE LEITE DO HMU
NERLI PASCOAL ANDREASSA
28
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
acessibilidade a informação com
profissionais capacitados e inte-
ressados em levar informações
confiáveis para a população ads-
crita, para que estes possam to-
mar para si o conhecimento e a
corresponsabilidade pelo seu es-
tado de saúde.
METODOLOGIA
Através dos Agentes comunitários
de saúde, peças fundamentais
nessa articulação, a população
toma conhecimento das ações
que já estão pré programadas até
o final do ano. (Prevenção ao cân-
cer cabeça e pescoço, ao suicí-
dio, ao câncer de colo do útero e
mama, (HPV), tabagismo). Esses
informes são repassados para a
população diariamente nas visi-
tas aos cadastrados, através do
“status do whatsapp” do tablet e
em alguns casos, listas de trans-
missão dos agentes da área de
abrangência. Em conjunto com
as ações educativas, são ofer-
tadas outras ações de interesse
da população, como consulta
odontológica, vacinação, pesa-
gem do auxílio Brasil, busca ativa
de tuberculose, assim tornando-
-se chamariz da população para
a ação educativa e facilitando o
acesso para as demais ofertas da
UBS.
RESULTADOS
O feedback recebido tanto no
momento da ação como poste-
riormente através das falas dos
Agentes Comunitários de Saúde,
foi bem satisfatório. Conforme
os encontros foram se foram se
fortalecendo. Houve por parte
dos usuários o entendimento de
que estes encontros seriam para
aproximar cada vez mais o usu-
ário ao serviço de AB, auxiliando
na compreensão do funciona-
mento do serviço. Disseram que
no período pré pandemia havia
esse tipo de trabalho, e que esta-
vam muito felizes pela retomada
do trabalho.
CONCLUSÕES
A ESF deve usar a educação,
como fonte de conhecimento e
promoção à saúde, um dos pres-
supostos da atenção primária,
e o NEVS tem demonstrado ser
uma potente estratégia de par-
ceria entre a AB e a população,
estimulando o usuário a conquis-
tar autonomia para decidir sobre
sua vida e saúde. Cada vez mais
é necessário fortalecer o vínculo
entre os profissionais da AB e a
comunidade que durante o perí-
odo pandêmico, ficou um pouco
adormecido. Ações extramuros,
contribuem para este fortaleci-
mento.
PALAVRAS-CHAVE
Educação em saúde
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O leite humano ordenhado é um
alimento que não possui uma
proteção física que impeça o
acesso da microbiota aos seus
nutrientes. Suas propriedades
antimicrobianas retardam a de-
composição causada pela micro-
biota primária, no entanto, têm
menor efetividade contra os con-
taminantes secundários advindos
do ambiente, de utensílios, das
doadoras e dos profissionais do
Banco de Leite Humano (BLH)1
, sendo considerado, portanto
uma fonte de transmissão de mi-
crorganismos patogênicos quan-
do não manipulado em condições
adequadas. A qualidade micro-
biológica do leite humano (LH)
distribuído por BLH é assunto de
interesse para a saúde pública2,
para a garantia da segurança sa-
nitária temos os indicadores de
qualidade como são instrumen-
tos fundamentais, atuando tam-
bém para o manejo do risco para
a saúde dos receptores.
SÃO BERNARDO DO CAMPO
O IMPACTO DO USO DA MANTA TÉRMICA NO CONTROLE DE
TEMPERATURA DE RECÉMNASCIDOS PRÉ-TERMOS
CIBELE WOLF LEBRÃO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A hipotermia neonatal contribui
para altas taxas de morbimorta-
lidade em prematuros. Sua pre-
venção é hoje considerada um pi-
lar no sucesso da ressuscitação
neonatal e um indicador prognós-
tico para neonatos. Diante disso,
uma nova tecnologia vem sendo
implementada em serviços de
saúde: a manta térmica. No Hos-
pital Municipal Universitário de
São Bernardo do Campo (HMU),
a partir de julho de 2021 foi insti-
tuído um protocolo de uso da MT
em todos os RNPT desde o seu
nascimento, na transferência e
Volume 10
OBJETIVOS
Analisar as causas de descarte
do leite humano por não confor-
midades por meio dos indicado-
res de qualidade do Banco de
Leite Humano do Hospital Muni-
cipal Universitário de São Bernar-
do do Campo (BLH-HMUSBC).
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo transver-
sal, descritivo com utilização de
dados de janeiro a dezembro
2021 dos frascos descartados
por não conformidade por Cultu-
ra Positiva (BGBL), Acidez Dornic,
Sujidade e Frascos Rachados.
RESULTADOS
Foram doados 2.646 litros de leite
humano, pasteurizados e analisa-
dos 2.550 litros. Desse total, fo-
ram descartados 203L (8%) por
não conformidade, sendo que,
34L (1 %) por cultura positiva, 64L
(3%) por acidez dornic, 74L (3%)
por sujidade e 31 L (1 %) por fras-
admissão em UTIN. Nossa hipó-
tese é de que o uso da MT reduz
o tempo que os RN admitidos hi-
potérmicos em UTIN atingem sua
temperatura ideal (36,5-37,5oC).
OBJETIVOS
Avaliar o impacto do uso da man-
ta térmica na recuperação da
temperatura de RNPT com me-
nos de 1 500g após sua admis-
são em UTI neonatal
METODOLOGIA
Estudo retrospectivo observacio-
nal, em 62 recém-nascidos pre-
maturos com menos de 34 sema-
cos rachados (Gráfico 1 repre-
senta o total de leite descartado
e o gráfico 2 o total de frascos de
leites liberados para consumo).
CONCLUSÕES
Os indicadores demonstraram
que o LH apresentou condições
sanitárias satisfatórias de quali-
dades das diretrizes. Por meio da
série histórica não se verificou au-
mento do descarte do LH doado
para o BLH, esse fato pode estar
associado ao monitoramento e
treinamento da equipe e orien-
tações as doadoras, garantindo
um maior aproveitamento e se-
gurança do alimento fornecido.
A gestão dos indicadores é uma
ferramenta importante para o pla-
nejamento de ações de melhoria
e garantia dos processos.
PALAVRAS-CHAVE
INDICADORES, BANCO DE LEI-
TE.
nas de idade gestacional e menos
de 1 500g de peso de nascimen-
to, antes e após a implementação
do protocolo de uso da manta
térmica na sala de parto. Período
de estudo de março de 2021 a
março de 2022. Na sala de parto,
os prematuros foram recebidos
em manta térmica, transferidos
para a UTIN por incubadora de
transporte e permanência do uso
da manta térmica na UTIN por um
período de seis horas. A tempera-
tura da sala de parto foi controla-
da entre 23 e 26oC. Foi analisado
a presença da hipotermia na ad-
missão da UTIN e o tempo para
29

normalizar a temperatura axilar.
Para todas as análises, foi con-
siderada significância estatística
de valor de p < 0,05. Análises es-
tatísticas realizadas software Sta-
ta 1 3.0.
RESULTADOS
A implementação do uso da
manta térmica precocemente ao
nascimento reduziu a hipotermia
na admissão em UTI neonatal
SÃO BERNARDO DO CAMPO
ADOLESCER - ESTRATÉGIAS NEUROPSICOMOTORAS PARA O
CORPO E SUJEITO EM DESENVOLVIMENTO
MILENA FERRARI FRATIN
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A equipe multidisciplinar de Neu-
rologia infantil do Centro Especia-
lizado em Reabilitação se utilizou
da abordagem em grupo de ado-
lescentes com deficiência afim de
fornecer suporte e apoio no com-
partilhamento das necessidades
e dificuldades do corpo em cres-
cimento. No ano de 2022, com a
retomada gradual de atendimen-
tos pós pandemia, verificou-se
que muitos adolescentes atendi-
dos pela equipe precisavam do
dispositivo grupal para compar-
tilhar sentimentos vivenciados na
pandemia, bem como encontrar
uma identidade com outros ado-
lescentes com deficiência física e
singularidades do seu desenvol-
vimento.
OBJETIVOS
Acompanhar e apoiar adolescen-
tes para além do desenvolvimen-
to neuropsicomotor, mas tam-
bém suas demandas psíquicas
que estivessem prejudicando o
convívio social e a construção de
sonhos e objetivos do sujeito em
desenvolvimento.
30
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
(83,8% vs 67,7%; p=0,04), reduziu
a chance de hipotermia na admis-
são (OR 0,1 5; p=0,02) e resultou
em menor tempo para normalizar
a temperatura axilar (21 8 minutos
vs 70 minutos; p=0,05)
CONCLUSÕES
O uso de manta térmica em pre-
maturos < 34 semanas e < 1
.500g desde o nascimento me-
lhora o controle da temperatura,
METODOLOGIA
Realizado grupo aberto e misto de
aproximadamente 6 participantes
com idades de 12 a 17 anos, com
alguma deficiência física. O grupo
semanal teve o desenvolvimento
sequencial de temáticas variadas
sugeridas pela equipe multidisci-
plinar, bem como assuntos que
os adolescentes julgavam mais
importantes nesse momento. En-
tre as temáticas desenvolvidas
destacou-se o auto-cuidado; a
participação em atividades da ro-
tina da casa; as perspectivas de
vida envolvendo trabalho, renda e
estudos; a Importância da ativida-
de física para o desenvolvimento
do crescimento e manutenção de
força; namoro, relações interpes-
soais e sexualidade; bullying em
decorrência da deficiência; reper-
cussões emocionais em função
da deficiência.
RESULTADOS
Diante do que se propôs inicial-
mente, observamos que ao longo
dos atendimentos os adolescen-
tes puderam expressar livremen-
te suas frustrações, medos e ex-
resultando em menos quadros de
hipotermia na admissão na UTIN.
Estudos prospectivos futuros e
maiores examinando o impacto
dessa intervenção são necessá-
rios para informar ainda mais as
recomendações de melhores prá-
ticas para esses bebês prematu-
ros.
PALAVRAS-CHAVE
AVALIAÇÃO, HIPOTERMIA
pectativas, encontrando no grupo
uma escuta empática e proble-
matizadora, além de encontrarem
novos objetivos de vida, como
sujeitos autônomos e indepen-
dentes, destacando-se o empo-
deramento e a capacidade de se
superar, respeitando suas dificul-
dades momentâneas e futuras.
CONCLUSÕES
A equipe multidisciplinar tem pa-
pel fundamental na facilitação
de estratégias para acompanhar
e apoiar estes adolescentes em
desenvolvimento, tanto nos as-
pectos motores para um bom de-
senvolvimento das atividades de
vida diária, logo, aumentando os
níveis de autonomia nos diversos
ambientes, quanto nos aspectos
psíquicos envolvidos que per-
meiam este novo corpo e a expe-
riência singular de como se forma
e se inter-relaciona nas diversas
esperas sociais.
PALAVRAS-CHAVE
ESTRATÉGIAS, DESENVOLVI-
MENTO
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO BERNARDO DO CAMPO
A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL PARA A CRIANÇA
NO SETOR DE REABILITAÇÃO DO CERIV-SBC
MILENA FERRARI FRATIN
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A partir da articulação municipal
entre CER IV de São Bernardo do
Campo e CBP (Centro Brasileiro
Paraolímpico) pudemos promo-
ver a oportunidade de inserção
de crianças e adolescentes aten-
didos pela equipe de Reabilitação
Infantil nas atividades esportivas
adaptadas do CPB, facilitando
a participação social neste con-
texto. Com a retomada total das
atividades pós pandemia e cons-
tatando os prejuízos causados
pela rotina empobrecida do isola-
mento social a equipe multidisci-
plinar e da dificuldade de acesso
a informação, a equipe de Reabi-
litação Infantil e a coordenação
do CER observou necessidade
importante de encontrar novas
ferramentas para inclusão desses
pacientes em atividades significa-
tivas além da pratica terapêutica
no CER IV, compreendendo que
uma das metas terapêuticas a ser
alcançada é a inclusão, direito ga-
SÃO BERNARDO DO CAMPO
OFICINA MULTIDISCIPLINAR DE ACOMPANHAMENTO E
ORIENTAÇÕES AO PACIENTE COM PARKINSON
LUIZA FRANCO DE ANDRADE RIBEIRO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A doença de Parkinson (DP) é a
segunda doença neurodegene-
rativa mais comum, por se tratar
de uma doença de característica
progressiva que demanda cuida-
dos por toda a vida. Estima-se que
esteja presente em 1% da popula-
ção mundial acima de 50 anos de
idade. Pessoas acometidas com
Volume 10
rantido por lei e de compromisso
do SUS, além de outros setores
sociais.
OBJETIVOS
Promover a inclusão dos usuários
da equipe multidisciplinar da Re-
abilitação Infantil Neurológica do
CER em espaços de participação
social.
METODOLOGIA
Desta forma, a partir dos critérios
de elegibilidade do CPB a equipe
de Reabilitação Infantil em arti-
culação com o CPB encaminhou
diretamente seus pacientes para
avaliação no esporte.
RESULTADOS
Observamos que a utilização de
outros ambientes e espaços não
especificamente relacionados a
saúde, trouxe ganhos significa-
tivos para pacientes e familiares
na qualidade de suas relações
DP, sofrem de um distúrbio neu-
rodegenerativo idiopático, que
se apresenta de forma crônica e
progressiva no sistema nervoso
central (SNC), levando a perda da
dopamina que é um neurotrans-
missor responsável regulação dos
movimentos, aprendizado, humor,
emoções, cognição, sono e memó-
ria. O diagnóstico é feito através de
e interações, facilitando ganhos
de habilidades sociais prejudica-
das durante o isolamento social.
O convívio, a autonomia, o ama-
durecimento e compartilhamento
das dificuldades e da percepção
das potencialidades do corpo
para além da deficiência promo-
ve qualidade de vida, melhora da
capacidade cognitiva e motiva
ganhos neuropsicomotores, faci-
litando a participação no cotidia-
no como um todo.
CONCLUSÕES
A equipe multidisciplinar foi fa-
cilitadora para que esta parceria
entre serviço de saúde e esporte
pudesse acontecer e contribuir
para a maior participação social
e minimizar prejuízos que o isola-
mento trouxe em todos os níveis
desenvolvimento.
PALAVRAS-CHAVE
REABILITAÇÃO. DESENVOLVI-
MENTO
exames laboratoriais e característi-
cas clínicas apresentadas por es-
ses pacientes. Apesar de não haver
cura, as intervenções medicamen-
tosas e de reabilitação com equipe
multidisciplinar tem como objetivo
à desaceleração da progressão
da doença à prevenção de danos,
controle dos sintomas e manuten-
ção da qualidade de vida. Diante
31

do exposto a equipe de reabilitação
adulto do CER-VI de SBC, elaborou
uma modalidade de acompanha-
mento dos pacientes por meio de
grupos multidisciplinares.
OBJETIVOS
Melhorar o acompanhamen-
to do paciente com Doença de
Parkinson, por meio de grupos
sistemáticos de atendimentos e
orientações multidisciplinares (fo-
noaudiologia, fisioterapia, terapia
ocupacional e psicologia) específi-
cas para cada estágio da doença,
melhorando assim a qualidade de
vida e mantendo o quadro estabi-
lizado por mais tempo.
METODOLOGIA
Foram aplicadas as escalas de
PDQ-39 e Hoen & Yahar (H&Y).
Após essa classificação os pacien-
tes foram separados em grupos de
acordo com a pontuação e classi-
ficação de estadiamento da doen-
ça, divididos em nove encontros
semanais. No primeiro encontro,
realizamos uma aula explicativa da
doença e abrimos para discussão
e dúvidas sobre a mesma com pa-
cientes e familiares, seguido por
dois encontros de cada categoria
profissional envolvida no grupo (fi-
sioterapia, fonoaudiologia, terapia
ocupacional e psicologia), onde
uma categoria elabora a tarefa e
outra categoria apoia a execução
SÃO BERNARDO DO CAMPO
PROJETO CAVALINHO: EQUOTERAPIA NA ATENÇÃO À
CRIANÇA COM TEA, UMA ABORDAGEM EM GRUPO
VANESSA AFONSO SARAIVA.
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Equoterapia é um método tera-
pêutico que, junto ao cavalo e seu
ambiente, no contexto interdiscipli-
nar, busca o desenvolvimento biop-
sicossocial do ser humano. Este
tipo de terapia engloba todas as
32
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
da atividade. Algumas das ativida-
des realizadas foram: alongamento,
treino de equilíbrio e dupla tarefa,
dissociação de cinturas, habilida-
des motoras e funcionais de mem-
bros superiores para realização das
atividades básicas e instrumentais
de vida diária, exercícios articulató-
rios, voz, estimulação de linguagem
e atividades que contribuem para o
alívio de estresse, ansiedade res-
gatando a identidade do paciente.
Após os nove encontros os partici-
pantes do grupo têm um intervalo
de 9 semanas, onde nesse período
é realizado a abordagem com outro
grupo com diferente classificação
de estadiamento da doença. Dessa
forma conseguimos realizar cada
grupo de 2 a 3 vezes no ano.
RESULTADOS
A equipe observou que o atendi-
mento multidisciplinar com foco na
prevenção e promoção de saúde
na DP, realizado semanalmente em
grupo, levou os pacientes a uma
prática sistemática de exercícios
em domicílio, conforme orientações
transmitidas pela equipe multidisci-
plinar, onde os mesmos também
começaram a realizar mais ativida-
de física na comunidade. Também
foi possível observar que o grupo
dividido em módulos por especia-
lidades favoreceu maior conheci-
mento por parte dos pacientes e fa-
miliares em relação ao impacto da
atividades e técnicas que utilizam
o cavalo como mediador, visando
educar ou reabilitar indivíduos que
apresentam algum tipo de defici-
ência, seja física e/ou psíquica. O
cavalo apresenta movimentos tri-
dimensionais e estes movimentos
doença sobre o indivíduo de forma
global, sendo possível compartilhar
experiências e vivencias entre pa-
cientes e familiares, gerando me-
lhor qualidade de vida para ambos.
Observou-se maior aderência dos
pacientes no acompanhamento em
modo de gerenciamento, uma vez
que os pacientes deixaram de vir
sozinhos e começaram a ter maior
interação social com pessoas com
dificuldades semelhantes no grupo.
CONCLUSÕES
Observa-se que as atividades em
grupo estimulam o paciente e o cui-
dador a buscarem esclarecimentos
sobre a doença, descoberta de
habilidades significativas, além de
melhora da interação social, resga-
te da autonomia e independência.
Nota-se que as vivências compar-
tilhadas em grupo proporcionam
ao usuário maior comprometimento
com tratamento, promovendo o seu
protagonismo para melhor geren-
ciamento da doença e qualidade de
vida, uma vez que a DP é progres-
siva e não tem cura, os pacientes
necessitam de acompanhamento
ao decorrer do processo de pro-
gressão da doença e dessa forma
em grupos estamos tendo grande
aderência e empolgação dos indiví-
duos durante os encontros.
PALAVRAS-CHAVE
Doença de Parkinson
promovem grande variedade de
estímulos sensoriais, como a visão,
tato, olfato e audição, favorecendo
a conscientização corporal, desen-
volvimento da força muscular, apri-
moramento da coordenação moto-
ra bem como equilíbrio. Visto que,
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
segundo o DSM-5, o autismo é
um transtorno do neurodesenvolvi-
mento caracterizado por dificulda-
des na interação social, comunica-
ção e comportamentos repetitivos
e restritos, as crianças com Trans-
torno do Espectro Autista (TEA) se
beneficiam da terapia assistida por
equinos, obtendo avanços na saú-
de mental, bem como interação so-
cial, regulação emocional, melhora
na atenção e concentração, dentre
outras respostas. Este projeto justi-
fica-se pela intenção de mostrar a
experiência do trabalho em grupo
assistido por uma equipe multidis-
ciplinar na expectativa de auxiliar
no desenvolvimento biopsicosso-
cial de crianças com TEA, utilizan-
do a Equoterapia como recurso te-
rapêutico
OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é evi-
denciar que o atendimento em
grupo pela Equoterapia, pode
proporcionar ganhos substan-
ciais e perceptíveis nos aspectos
biopsicossociais nas crianças
com Transtorno do Espectro Au-
tista (TEA).
METODOLOGIA
Este trabalho é descritivo e referen-
cia os atendimentos terapêuticos
que foram oferecidos no Centro
Municipal de Equoterapia Governa-
dor Mario Covas localizado no mu-
nicípio de São Bernardo do Campo.
Após decisão técnica e análise do
prontuário dos praticantes, a equi-
SÃO BERNARDO DO CAMPO
PALINEO ESCORE: DESENVOLVIMENTO DE UM INSTRUMENTO
QUE PODE IDENTIFICAR E CLASSIFICAR RECÉM-NASCIDOS
VIVIAN TACIANA SIMIONI SANTANA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Há um número significativo de
recém-nascidos afetados por
condições limitantes ou ameaça-
Volume 10
pe da Equoterapia foi responsável
por agendar avaliação e efetivar
a inclusão dos perfis aderentes
ao programa. O projeto iniciou-
-se em Julho de 2022, constituído
por grupo fechado, e teve duração
de 6 meses. O público alvo foram
crianças encaminhadas do Centro
de Atenção Psicossocial Infanto
Juvenil (CAPS) de São Bernardo do
Campo, onde, foram selecionados
19 praticantes, com faixa etária en-
tre 4 e 11 anos. As atividades envol-
vidas foram: aproximação através
da escovação e contato físico com
animal, alimentação, condução e
montaria. Foi aplicado um questio-
nário não validado aos responsá-
veis pelas crianças após 3 meses
do início do grupo e ao término dos
6 meses, para avaliar os avanços
percebidos. Este questionário con-
siste em queixas trazidas por eles
na avaliação inicial, no qual assi-
nalaram os aspectos que notaram
melhora.
RESULTADOS
Dentre os 19 praticantes incluí-
dos, 05 ficaram inativos devido
a questões pessoais e médicas,
restando 14 praticantes, os quais
responderam o questionário elabo-
rado. O instrumento apresenta os
seguintes aspectos: irritabilidade,
tolerância, sensibilidade tátil, con-
tato com animais, autonomia, foco,
agitação, comunicação, inseguran-
ça e interação social. Analisando
os resultados, podemos observar
que 2 aspectos se destacaram:
doras de vida cujo prognóstico
é incerto, tornando primordial a
abordagem paliativa precoce. A
introdução precoce de cuidados
contato com animais e interação
social. Mediante a este resultado,
podemos afirmar que o contato
com o animal favoreceu o contato
social com os demais, permitindo
um contato afetivo e uma melhora
nas relações sociais de uma forma
geral. Além disso, outros 2 aspec-
tos se mostraram relevantes; foram
eles a autonomia e a tolerância ao
tempo de espera. Segundo relato
dos responsáveis, esses ganhos
colaboram para a melhora na fun-
cionalidade, resultando em eleva-
ção de qualidade de vida, e não
somente para o praticante, mas,
também para toda a família.
CONCLUSÕES
Segundo Bender e Guarany (2016)
os atendimentos grupais favorecem
a melhora nas interações sociais e
envolvendo aspectos como lingua-
gem, desenvolvimento cognitivo,
autoconhecimento e conhecimento
da existência do outro. Segundo a
interação social uma das dificul-
dades do TEA, observou-se que
as atividades em grupo nos aten-
dimentos de Equoterapia são im-
portantes para o desenvolvimento
e aquisições de habilidades como
autonomia e tolerância ao tempo
de espera, as quais segundo rela-
tos dos responsáveis transcende-
ram do espaço terapêutico para o
dia a dia das crianças.
PALAVRAS-CHAVE
REABILITAÇÃO, TEA
paliativos é necessariamente ba-
seada nas necessidades clinicas
e funcionais, justificando o pre-
sente estudo com a elaboração
33

de um instrumento que visa indi-
car a abordagem paliativa, assim
como classificar o cuidado de
acordo com sua complexidade
do paciente entre intenção paliati-
va (cuidado às crianças com pos-
sibilidades de cura e/ou controle),
paliativo associado (cuidado que
deve ser prestado àqueles sem
perspectivas de cura, mas com
probabilidade de sobrevivência)
ou paliativo especializado (cor-
respondendo as crianças com
necessidades complexas para
adequação de recursos terapêu-
ticos), visando abordagem siste-
matizada nas necessidades reais
do bebê e da família.
OBJETIVOS
Avaliar a acurácia de um escore
desenvolvido com finalidade de
identificar e classificar precoce-
mente a necessidade de cuida-
dos paliativos em recém-nasci-
dos com doenças limitantes e/ou
ameaçadoras da vida internados
em unidade de terapia intensiva
neonatal.
METODOLOGIA
SÃO BERNARDO DO CAMPO
O IMPACTO DA ORIENTAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA PRÉ-OPERATÓRIA
NA RECUPERAÇÃO FUNCIONAL DO MEMBRO SUPERIOR
VIVIAN TACIANA SIMIONI SANTANA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O câncer de mama é um proble-
ma de saúde pública em todo
mundo. No Brasil é a neoplasia
mais acometida entre a popula-
ção feminina. O procedimento
cirúrgico é o principal tratamento
pela possibilidade de erradicar o
tumor e aumentar a sobrevida.
Este pode ser conservador (qua-
drantectomia com esvaziamen-
to axiliar e/ou setorectomia) ou
não conservador (mastectomia,
seguida ou não de reconstrução
34
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Foram avaliados 1 73 RN interna-
dos em UTIN. Para preenchimen-
to do escore foram analisados
dados do prontuário inicialmen-
te do terceiro e sétimo dia de
internação, posteriormente os
pacientes foram avaliados se-
manalmente até seu desfecho. 7
chaves clinicas compõe o Pali-
neo escore (idade gestacional de
nascimento, peso de nascimento,
condições limitantes que coloque
a vida em risco, condições clini-
cas desfavoráveis, dependência
de drogas vasoativas, suporte
ventilatório e uso de dispositivos).
A atribuição dos pontos por cate-
goria foi indicada por experts em
paliativo neonatal. A classificação
se dava entre intenção paliativa,
paliativo associado ou paliativo
especializado. Foi adotado nível
de significância de 5% (p<0,05)
na análise estatística.
RESULTADOS
Foram considerados para análise
final 1 70 pacientes. Observou-
-se que a classificação do cui-
dado estabelecida pelo escore
proposto, condizia com a clínica
mamária). O tratamento cirúrgico
pode causar alteração da funcio-
nalidade do membro superior do
lado operado, tendo a fisioterapia
o papel de preservação ou recu-
peração da funcionalidade assim
como a melhora da qualidade
de vida de mulheres submetidas
a cirurgia de mama. Observa-se
por muitas vezes que a perda da
funcionalidade do membro, trata-
-se de falta de orientação, medo
e questões álgicas. Vários estu-
dos afirmam que a orientação ao
e prognóstico do recémnascido,
sendo observado mudança de
classificação em relação a abor-
dagem paliativa (p<0,001 ) inten-
ção paliativa, paliativo associado
e paliativo especializado durante
a internação com boa acurácia
entre sensibilidade e especifici-
dade entre as três abordagens
paliativas.
CONCLUSÕES
Palineo escore pode auxiliar na
introdução precoce da especiali-
dade, embora tenha apresentado
boa acurácia, os valores discre-
pantes devem ser considerados
com cautela, devido pequena
amostra dos paliativos associa-
dos e especializado não permi-
tindo explorar amplas variações
da ferramenta. Sugere-se a repli-
cação dos resultados em número
amostral maior. Para saber mais
acesse - https://www.scorepali-
neo.com
PALAVRAS-CHAVE
IDENTIFICAÇÃO, RECÉM- NAS-
CIDOS
paciente cirúrgico contribui para
sua recuperação, diminuindo o
medo e a ansiedade e prevenindo
complicações, justificando a pre-
sente pesquisa.
OBJETIVOS
O impacto da orientação fisiote-
rapêutica pré- operatória na re-
cuperação funcional do membro
superior de pacientes submetidas
a cirurgia de mama.
METODOLOGIA
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
74 pacientes participaram do es-
tudo, essas foram divididas em
dois grupos igualitários. Grupo
1 não recebeu orientações pré-
operatórias e Grupo 2 recebeu
informações pré-operatórias. Fo-
ram realizadas a avaliação dos
seguintes dados: valor do DASH
(questionário para avaliar a fun-
cionalidade de membros supe-
riores em indivíduos com CA de
mama e seu impacto na qualida-
de de vida) e goniometria para
avaliar amplitude de movimento
(flexão, abdução, rotação interna
e rotação externa) do membro
acometido no pré e no pós rea-
bilitação. Durante as sessões de
fisioterapia eram realizados alon-
gamentos, exercícios ativos para
SÃO BERNARDO DO CAMPO
ÁRVORE DA VIDA – ETERNIZANDO A GESTAÇÃO
NÁDIA DINIZ SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O nascimento no ambiente hos-
pitalar se caracteriza pela adoção
de várias tecnologias e procedi-
mentos com o objetivo de torná-
-lo mais seguro para a mulher e
seu bebê1 . A experiência vivida
por elas neste momento pode
deixar marcas indeléveis, positi-
vas ou negativas, para o resto das
suas vidas. A placenta humana é
considerada um órgão fetoma-
terno, pois se desenvolve apenas
durante a gestação num traba-
lho conjunto entre mãe e bebe e
é expulsa após o nascimento. A
placenta exerce diversas funções
fisiológicas durante a gestação
e é notório entre as culturas o
seu valor simbólico e os misté-
rios que permeiam esse órgão2,
sendo mencionada em vários lo-
cais como ¨ arvore da vida¨ Des-
sa forma, o design único de cada
placenta pode ser registrado no
papel, o carimbo da placenta,
Volume 10
ganho de amplitude de movimen-
to e fortalecimento de acordo
com a tolerância das pacientes,
massagem cicatricial e liberação
da cintura escapular.
RESULTADOS
Observa-se nos gráficos (anexo)
que todas as pacientes, indepen-
dente do grupo recuperaram sua
funcionalidade, com grande im-
pacto na qualidade de vida como
demonstrado no DASH com me-
lhora de 90% no grupo I e 94% no
grupo II, com melhora significati-
va da amplitude de movimento,
porém com a vantagem de que
no grupo II essa recuperação se
deu em 3 sessões, enquanto no
grupo I se deu em 7 sessões.
criando uma linda memória em
forma de arte e eternizando aque-
la que é considerada pelos nos-
sos ancestrais como o fio condu-
tor, a conexão física entre mãe e
bebê durante toda a gestação.
OBJETIVOS
Relatar a experiência de profis-
sionais da enfermagem do Centro
obstétrico do HMU na confecção
do carimbo da placenta
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experi-
ência realizado por enfermeiros,
no período de 1 0/07/2021 até a
presente data no Centro Obsté-
trico do HMU. A família é orien-
tada sobre a proposta e em con-
cordância antes do parto a mãe
escolhe a cor de sua preferência
para a realização da pintura. Ao
final do parto, a mãe pode assis-
tir à produção da pintura junto ao
seu acompanhante. Primeiro a
CONCLUSÕES
Conclui-se que o atendimento
fisioterapêutico pré-operatório
contribui para sua recuperação
mais rápida da paciente, dimi-
nuindo o medo e a ansiedade e
prevenindo complicações, pois
as mesmas se tornam conscien-
tes e iniciam a movimentação se-
gura do membro precocemente,
otimizando o tempo de tratamen-
to corroborando para diminuição
do número de sessões de fisiote-
rapia, preparando assertivamente
a paciente para o retorno à suas
atividades com grande impacto
na qualidade de vida.
PALAVRAS-CHAVE
REABILITAÇÃO, FISIOTERAPIA
placenta é disposta na bancada
com sua face fetal voltada para
cima e é retirado o excesso de
sangue com gazes, em segui-
da realizado a pintura do cordão
umbilical e dos vasos. Após o pa-
pel ofício é posicionado sobre a
placenta pintada e feito uma leve
pressão no papel ofício contra a
placenta. Posteriormente a seca-
gem da pintura os profissionais
deixam mensagens de carinho e
dados relacionados ao nascimen-
to do bebê.
RESULTADOS
Até o presente momento já rea-
lizamos mais de 1 000 árvores
da vida, e ao entregarmos aos
pais evidenciamos sentimentos
e emoções marcadas pela che-
gada de um filho na família, eter-
nizado pela impressão da Árvore
da Vida, como uma recordação
artística, como uma forma mar-
cante de tornar a experiência de
35

ser mãe, ainda mais significativa,
por meio de uma lembrança do
parto.
CONCLUSÕES
A placenta por muitas vezes é
considerada lixo hospitalar e para
Organização Mundial de Saúde,
SÃO BERNARDO DO CAMPO
MONITORAMENTO DE INDICADORES DE TERAPIA
NUTRICIONAL
CIBELE WOLF LEBRÃO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Incluiu-se dentro do plano de
ação para redução da densidade
de infecção na UTI Neonatal, in-
dicadores relacionados a terapia
nutricional, tendo em vista que a
instituição e progressão adequa-
da da nutrição enteral permite re-
tirada da nutrição parenteral e por
conseguinte o cateter de inserção
central. Desenvolver ações para
a desinvasão do recém-nascido
associam-se a redução de taxas
de infecções, pois quando se
entende o cenário de ocorrência
das infecções é possível implan-
tar medidas para minimização de
riscos
OBJETIVOS
Demonstrar que o incremento
diário da dieta enteral na UTI Ne-
onatal de forma planejada e mo-
SÃO BERNARDO DO CAMPO
MOBILIZAÇÃO DE ENTIDADES, ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS E
PRIVADAS
NERLI PASCOAL ANDREASSA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A doação de leite humano é um
verdadeiro ato de amor, que exige
36
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
ao nascimento a placenta per-
tence as mulheres e elas tem o
direito de dar o destino que de-
sejam para a mesma, sendo que
a sua impressão como Arvore da
Vida, proporciona uma forma de
humanização, de carinho, de lem-
brança do hospital onde nasce
nitorada tem relação direta com
a redução da dieta parenteral,
permitindo a retirada do cateter
venoso central.
METODOLOGIA
Análise retrospectiva e observa-
cional, com avaliação de pron-
tuários no Hospital Municipal
Universitário de São Bernardo
do Campo da população de re-
cém-nascidos prematuros < 1
500 gramas ao nascimento, nos
seguintes períodos comparativa-
mente: janeiro a dezembro 2020,
janeiro a dezembro 2021 , janeiro
a julho 2022. Considerados res-
pectivamente indicadores nutri-
cionais e metas: 1 .Incremento do
volume de nutrição enteral (NE)
(ml/kg/dia) Meta: 20mL/kg/dia
RESULTADOS
orientação, preparo e disposição
das mães doadoras. Algumas mu-
lheres quando estão amamentan-
do produzem um volume de leite
o bebê e do momento único do
nascimento e esta experiência
tem sido ímpar para os profissio-
nais do Centro Obstétrico.
PALAVRAS-CHAVE
GESTAÇÃO.
Entre 2021 a 2022 observou-se
melhora dos indicadores avalia-
dos. O aumento da média do vo-
lume do incremento da NE (1 0,1
±4,7 vs. 8,1 ±4,4 ml/kg/dia), pro-
moveu redução no tempo de NPP
(1 1 ,5±7,4 vs. 1 9,1 ±1 4,1 dias) e
menor tempo para se atingir NE
plena (1 9,3±1 1 ,2 vs. 25,1 ±1 4,8
dias).
CONCLUSÕES
Apesar da melhora, os indicado-
res ainda não atingirem as me-
tas estabelecidas. Destacamse
o incremento da nutrição enteral
como aquele que necessita de
maior intervenção (processo) por
impactar de forma direta nos de-
mais (resultado)
PALAVRAS-CHAVE
MONITORAMENTO
além da necessidade do bebê, o
que possibilita que sejam doado-
ras de um banco de leite humano,
tornando possível uma nutrição
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
de qualidade para outros bebês
cujas as mães por diversos mo-
tivos estão impossibilitadas para
amamentar. O incentivo à prática
da doação de leite humano deve
ser praticado de forma contínua,
à medida que diversos estudos
comprovam os benefícios do lei-
te humano (LH) para redução da
morbimortalidade dos bebês.
OBJETIVOS
Relatar experiências de ações
desenvolvidas por um Banco
de Leite Humano (BLH) de São
Bernardo do Campo (SBC) para
orientação e captação de doado-
ras, realizadas nos eventos do dia
Mundial da Doação de Leite Hu-
mano, Semana Mundial de Aleita-
mento Materno (SMAM) e Agosto
Dourado (AD).
METODOLOGIA
SÃO BERNARDO DO CAMPO
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ANTICORPOS ANTI-SARSCOV–2
NO LEITE MATERNO
FABÍOLA ISABEL SUANO-SOUZA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Pacientes grávidas com COVID-1
9 podem apresentar quadro as-
sintomático, leve, moderado,
grave ou crítico. Os principais
sintomas são febre e mal-estar,
e os menos comuns são dor de
garganta e falta de ar. Oleitema-
ternoéconsideradoaprincipalfon-
tedei munidadepassivaeativa-
pararecém-nascidos. Trabalhos
recentes confirmam a presença
de IgA anti-SARS-CoV2 no leite
materno de mulheres que tiveram
infecção por COVID-1 9, entretan-
to, não se sabe por quanto tempo
podem ser identificados. O me-
lhor conhecimento das repercus-
sões da infecção por COVID-1 9
sobre a saúde, crescimento e de-
senvolvimento dos filhos de mu-
Volume 10
Refere-se a um relato de experi-
ência de ações de conscientiza-
ção e mobilização realizadas com
produção de vídeo e palestras,
no período de maio a agosto de
2022 do BLH do Hospital Munici-
pal Universitário de São Bernar-
do do Campo. As ações foram
divulgadas pela comunicação do
Município de SBC e Complexo de
Saúde, SESC, Shopping e mem-
bros da Comissão Iniciativa Hos-
pital Amigo da Criança.
RESULTADOS
Para o dia Mundial da Doação
de Leite Humano - Sensibiliza-
ção das doadoras foram reali-
zadas produção de vídeo mos-
trando o destino do leite doado.
Para SMAM e AD foram desen-
volvidas palestras realizadas no
SESC com o tema Manutenção
da Amamentação, Volta ao Tra-
balho e Doação de LH para pro-
lheres que tiveram COVID-1 9 du-
rante a gestação, assim como a
evolução dos níveis de anticorpos
nas mães, leite materno e seus fi-
lhos pode ajudar a compreender
melhor a evolução dessa doença
no período perinatal e colaborar
com os protocolos assistenciais
institucionais e as políticas públi-
cas dentro do país.
OBJETIVOS
Descrever a presença de IgA anti-
-SARS-CoV2 no leite materno de
mulheres infectadas por COVID-1
9 durante a gestação. Relacionar
os níveis de IgA anti-SARS-CoV2
no leite com os de IgA e IgG anti-
-SARS-CoV2 nas mulheres e lac-
tentes amamentados.
fissionais que atuam em creches
e Rede Básica; Workshop realiza-
do no shopping Grand Plaza para
captação de doadoras e palestra
para gestantes da UBS.
CONCLUSÕES
As experiências vivenciadas nas
atividades desenvolvidas trou-
xeram um aumento em 33% no
volume de leite doado e 31% no
número de cadastro de novas do-
adoras. Considera-se, portanto,
fundamental o planejamento sis-
temático de ações de incentivo à
doação de leite humano em nos-
so município, de forma a garantir
um estoque de leite humano sa-
tisfatório para o atendimento aos
bebês.
PALAVRAS-CHAVE
ALEITAMENTO MATERNO E DO-
AÇÃO DE LEITE HUMANO
METODOLOGIA
Estudo longitudinal com 86 du-
plas (mães e filhos) avaliados
com 90 dias (±1 5dias) após o
nascimento. Foram incluídas na
casuística mulheres que tiveram
infecção confirmada por COVID-1
9 na gestação e parto (sorológi-
co e/ou RT-PCR) e seus bebês.
Dados coletados: informações
clínicas sobre a saúde da mulher
e lactente, peso, altura, perímetro
cefálico do bebê, peso e altura da
mulher e prática de aleitamento
materno. Foi realizada a dosagem
semiquantitativa de IgA anti-SAR-
S-CoV2 no leite materno e IgA e
IgG anti-SARS-CoV2 no plasma
da nutriz e lactente (ELISA, Ki-
tEUROIMMUNAG, Luebeck, Ger-
many, ponto de corte para positi-
37

vidade >1 ,1 ).
RESULTADOS
A média de idade dos lactentes
de 1 1 4 ± 30 dias. A mediana do
tempo do aleitamento materno
total de 1 05 dias e em aleitamen-
to materno no momento da ava-
liação 62 (72,1 %). Nas nutrizes,
46 (53,5%) com positividade de
IgG anti-SARS-CoV2. Presença
de IgA antiSARS-CoV2 em 9 (1
SÃO BERNARDO DO CAMPO
COMPARAÇÃO DA QUANTIDADE DE ENERGIA DO LEITE
HUMANO PASTEURIZADO
NERLI PASCOAL ANDREASSA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O crematócrito (CT) tem sido am-
plamente utilizado para orientar
os profissionais de saúde na aná-
lise da quantidade de energia (E)
e gordura no leite humano (LH)
doado que será utilizado para
recém-nascidos hospitalizados.
O analisador infravermelho (IF)
mede diretamente a quantida-
de de energia e macronutrientes
presentes no leite humano, ofere-
cendo maior precisão em relação
a composição nutricional e pres-
crição individualizada para essas
crianças. Entretanto, esse méto-
do não está disponível na maio-
ria dos Bancos de Leite Humano
(BLH) no Brasil.
OBJETIVOS
Comparar a quantidade de ener-
gia estimada pelo crematócrito
(CT) e medida pelo analisador
infravermelho (IF) de amostras
de leite humano pasteurizado de
doadoras e propor uma estimati-
va mais precisa da quantidade de
energia estimada pelo CT.
METODOLOGIA
38
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
3,8%) amostras de leite materno.
Os níveis de IgA anti-SARS-CoV2
no leite materno correlacionaram-
-se de forma positiva com os ní-
veis de IgG (rho=0,255; p=0,041 )
e IgA (rho=0,432; p<0,001 ) anti-
-SARSCoV2 séricos maternos.
CONCLUSÕES
A detecção de IgA anti-SARS-
-CoV2 no leite materno de mu-
lheres que tiveram infecção por
Por meio de estudo transversal
foram incluídas 1 858 amostras
de LH, de 31 7 doadoras do BLH
do Hospital Municipal Universitá-
rio de São Bernardo do Campo,
durante os anos de 201 9 a 2020.
Dados coletados: idade materna,
tempo em dias pósparto do mo-
mento da doação, sexo e idade
gestacional do recém-nascido. A
quantidade de energia das amos-
tras de LH foi realizada por meio
da técnica do crematócrito e pela
mensuração direta analisador IF
(INFRARED ANALYSIS, Miris, Hu-
man Milk Analizer). Para as análi-
ses foi utilizado o pacote estatísti-
co SPSS 25.0. A comparação dos
valores de energia do CT e IF foi
realizada por meio de regressão
linear após análise de resíduos
utilizando dois terços da amostra,
a fórmula (F) gerada a partir da re-
gressão foi validada no outro um
terço restante da casuística.
RESULTADOS
A quantidade de E estimada
pelo CT foi inferior à medida
pelo IF(60,9±1 1 ,0 kcalvs69,9±1
0,5kcal;p< 0,001 ). A correlação
das medidas de E foi de r=0,597(p
COVID-1 9 durante a gestação é
por volta de 20% aos três meses
de lactação. Os níveis de hemo-
globina se relacionam com os an-
ticorpos séricos maternos. O que
pode significar proteção contra
infecção por COVID-1 9 nos lac-
tentes amamentados.
PALAVRAS-CHAVE
covid-19
< 0,001 ).O resultado da equação
de regressão gerada para valida-
ção da comparação dos valores
de E do CT e IF foi CT final ajusta-
do pelo IF=38,43+(0,51 6xkcal do
CT).A diferença da quantidade de
E obtida pelos dois métodos(CT–
IF)sem e com o ajuste da F foi de
-8,6±1 0,0 kcal (p < 0,001 ) e -0,1
3±8,4 kcal (p = 0,695) para cada 1
00 mL,respectivamente.
CONCLUSÕES
Por meio dessas análises iniciais
observou-se que o CT subesti-
mou a quantidade de energia de
amostras de leite humano pas-
teurizado. A utilização da equa-
ção de validação reduz a dife-
rença entre os dois métodos em
quase 1 0 kcal para cada 1 00 mL
de leite humano. O melhor conhe-
cimento da composição do lei-
te humano pode reduzir a oferta
de fórmulas infantis e aditivos do
leite materno em recémnascidos
hospitalizados, especialmente, os
pré-termo.
PALAVRAS-CHAVE
LEITE MATERNO
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO BERNARDO DO CAMPO
“VER CRESCER”: AMBULATÓRIO DE SEGUIMENTO DE RECÉM-
NASCIDOS PRÉ-TERMO
FABIOLA ISABEL SUANO DE SOUZA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A imaturidade e agravos desen-
volvidos durante a hospitalização
repercutem de forma combinada
sobre o crescimento e desenvol-
vimento dos prematuros sendo
fundamental o acompanhamento
multiprofissional desde o nas-
cimento. No seguimento após a
alta a recuperação do crescimen-
to e desenvolvimento desses lac-
tentes é importante para atingir o
melhor potencial em relação a sua
saúde e qualidade de vida. Nesse
sentido o Ambulatório Multidisci-
plinar “Ver Crescer” foi criado em
2004, que possuiu 1 01 7 crian-
ças cadastradas, tem como obje-
tivo realizar o acompanhamento
multiprofissional em RNPT com
menos de 34 semanas e/ou 1 500
gramas até os sete anos de ida-
de, em conjunto com as Unidades
Básicas e demais componentes
do serviço de Saúde, na premissa
de continuar o cuidado holístico e
humanizado, focado na promo-
ção da amamentação, funcionar
como centro de treinamento para
profissionais do município que li-
dam com questões relacionadas
a prematuridade e contribuir com
conhecimento científico do país.
SÃO BERNARDO DO CAMPO
SUCESSO DA INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA PRECOCE EM
BEBÊS PREMATUROS
RENATA MENDONÇA DE BARROS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Os bebês que nascem prematu-
ros (até 36 semanas e 6 dias de
idade gestacional) apresentam
necessidades nutricionais dife-
Volume 10
OBJETIVOS
Descrever os principais avanços
do ambulatório “Ver Crescer” do
Hospital Municipal Universitário
nos últimos 1 2 meses.
METODOLOGIA
O presente trabalho trata-se de
uma narrativa sobre os avanços
ocorridos no ambulatório de se-
guimento ao RNPT, sobre a pers-
pectiva multidisciplinar, realizada
por pediatra neonatologista, fisio-
terapeuta, psicólogo e assistente
social simultaneamente, verifi-
cando as principais questões de
saúde da criança, monitorando o
crescimento, amamentação, ali-
mentação, suplementação de mi-
cronutrientes, desenvolvimento e
o cuidado integrado com a rede
básica, especialidades e reabili-
tação.
RESULTADOS
Foi implantado o prontuário ele-
trônico resultando em agilidade
no atendimento, informações
padronizadas e evolução coor-
denada dos profissionais. Essa
estratégia também facilitou a
construção de indicadores assis-
rentes dos bebês nascidos a ter-
mo e podem apresentar riscos
como falha de crescimento, atra-
so no desenvolvimento neuropsi-
comotor e enterocolite necrosan-
tenciais. Foi adquirido o teste de
Bayley (considerado “ouro” para
avaliação de desenvolvimento) e
revisados protocolos assisten-
ciais reduzindo a ruptura causada
na pandemia. De 568 agendados,
368 foram atendidos, 95 remar-
cados, reduzindo o número de
faltas para 1 05 (1 8%).
CONCLUSÕES
O olhar multidisciplinar, após a
alta hospitalar dos RNPT, é estra-
tégia fundamental para vigilância
do seu crescimento, desenvol-
vimento e intervenção oportuna
para redução de morbimortalida-
de. Esse olhar deve ser integrado
com a atenção básica, especia-
lizada e reabilitação dentro do
sistema de saúde (SUS). Nesse
processo é possível oferecer ca-
pacitação profissional, conhe-
cimento científico e indicadores
mais precisos possibilitando me-
lhores caminhos para ampliação
racional do cuidado.
PALAVRAS-CHAVE
DESENVOLVIMENTO, PRÉ MA-
TUROS
te entre outros. Diversos estudos
apontam os benefícios do leite
materno nesta população, (1 ) ob-
servando-se menor tempo de in-
ternação hospitalar, melhor prog-
39

nóstico para o desenvolvimento
neurológico, diminuição da perda
de peso, diminuição do índice
de doenças crônicas e agudas e
aumento de sobrevida em rela-
ção àqueles amamentados com
leite industrializado. Em nosso
serviço, com o objetivo de pro-
teger o aleitamento materno, os
bebês prematuros permanecem
fazendo uso de via alternativa de
alimentação com infusão de leite
humano exclusivo e através da
intervenção fonoaudiológica pre-
coce, é realizada a transição para
o seio materno exclusivo.
OBJETIVOS
Avaliar a eficácia da intervenção
precoce no trabalho fonoaudio-
lógico em bebês prematuros in-
ternados no Hospital Municipal
Universitário de São Bernardo do
Campo na manutenção do aleita-
mento materno exclusivo durante
a internação hospitalar.
SÃO BERNARDO DO CAMPO
IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS INDICADORES DE RISCO
PARA A PERDA AUDITIVA
CAMILA SAMPAIO DOS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Triagem Auditiva Neonatal é
uma estratégia utilizada para
identificar alterações auditivas
precocemente. As perdas auditi-
vas na infância podem ser causa-
das por intercorrências pré, peri
e pós-natais e são chamadas de
Indicadores de Risco para a Defi-
ciência Auditiva (IRDA).Os princi-
pais IRDA segundo o Ministério da
Saúde são: antecedente familiar
de surdez permanente; consan-
guinidade; permanência na UTI
por mais de cinco dias, ventilação
extracorpórea; ventilação assis-
tida; exposição a drogas ototó-
xicas; hiperbilirrubinemia; anóxia
40
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
METODOLOGIA
Foi realizado um estudo descri-
tivo, retrospectivo, de janeiro a
agosto de 2022, através do ban-
co de dados da equipe de Fono-
audiologia Do Hospital Municipal
Universitário de São Bernardo do
Campo. Participaram deste estu-
do o total de 233 bebês nascidos
prematuros no Hospital Municipal
Universitário de São Bernardo
do Campo neste período. 1 00%
destes bebês foram atendidos
pela equipe de Fonoaudiologia.
RESULTADOS
82,3% (N=233) dos bebês prema-
turos atendidos pela equipe de
Fonoaudiologia receberam alta
hospitalar em seio materno exclu-
sivo. Dos 1 7,7% dos bebês que
não alcançaram a manutenção
do aleitamento materno exclusi-
vo apontamos os seguintes fato-
res: 89,7% (N=39) receberam alta
em seio materno concomitante à
perinatal grave; apgar neonatal
de 0 a 4 no primeiro minuto, ou
0 a 6 no quinto minuto; peso ao
nascer inferior a 1 .500 gramas;
Infecções congênitas (toxoplas-
mose, rubéola, citomegalovírus,
herpes, sífilis, HIV); anomalias
craniofaciais; síndromes genéti-
cas; distúrbios neurodegenera-
tivos; infecções bacterianas ou
virais pós-natais como citomega-
lovírus, herpes, sarampo, varicela
e meningite; traumatismo crania-
no; quimioterapia.
OBJETIVOS
Identificar e analisar os IRDA na
população estudada a fim de re-
translactação por baixa produção
de leite, 7,7% por impossibilidade
materna devido alteração ana-
tômica das mamas e 2,6% por
impossibilidade materna devido
doença infecto contagiosa.
CONCLUSÕES
A intervenção precoce fonoau-
diológica em recém-nascidos
prematuros associada ao apoio
para manutenção da produção de
leite materno durante a interna-
ção hospitalar é de fundamental
importância para o processo de
transição do uso da sonda gás-
trica ao seio materno e o sucesso
do aleitamento materno exclusi-
vo. Este processo visa minimizar
os riscos de broncoaspiração e
confusão de fluxo de leite quando
se utiliza bicos artificiais, favore-
cendo desta forma o sucesso do
aleitamento materno exclusivo.
PALAVRAS-CHAVE
FONOAUDIOLÓGIA
duzir a ocorrência de tais inter-
corrências e minimizar a preva-
lência da deficiência auditiva.
METODOLOGIA
Para realização deste trabalho, foi
realizada uma consulta ao banco
de dados do serviço de triagem
auditiva neonatal do Hospital
Municipal Universitário de SBC e
analisados os exames realizados
nos últimos 06 meses (janeiro a
junho de 2022). Para este estudo
foram selecionados apenas re-
cém-nascidos que apresentavam
IRDA. Estes, foram separados em
dois grupos: Grupo Alojamento
Conjunto (AC) e Grupo Unida-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
de de Cuidados Neonatais (UTI,
Canguru e Unidade de Cuidado
Intermediário Convencional).
RESULTADOS
Foram triados 1 .933 recém-nas-
cidos e 326 (1 6,8%) apresenta-
vam IRDA. Os IRDA mais preva-
lentes nos recém-nascidos do
alojamento conjunto foram infec-
ções congênitas (63,78%), sen-
do que só a sífilis atinge 56,2%;
malformações/síndromes (1 4,1
SÃO BERNARDO DO CAMPO
IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DA PREVALÊNCIA E
RISCOS DA OBESIDADE EM GESTANTES
RODOLFO STRUFALDI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Obesidade é a condição médica
mais comum em mulheres em
idade reprodutiva, e durante a
gravidez têm consequências ad-
versas a curto e longo prazo, tan-
to para a mãe como para o filho. A
obesidade pode acarretar proble-
mas de infertilidade, e no início da
gestação eventualmente resultar
na perda espontânea de gravidez
e anomalias congênitas. Metabo-
licamente, as mulheres obesas
tendem a aumentar a resistência
à insulina no início da gestação, o
que se manifesta clinicamente ao
final como intolerância à glicose e
crescimento excessivo do feto. A
longo prazo, aumenta o risco de
parto cesárea e complicações da
ferida operatória. Após o parto,
as mulheres obesas têm um risco
aumentado de tromboembolismo
venoso, depressão e dificuldade
em amamentar. Os neonatos de
mulheres obesas incrementam a
gordura corporal ao nascimento,
e consequentemente aumentar o
risco de obesidade infantil.
OBJETIVOS
Volume 10
%); apgar neonatal (1 1 ,4%) e he-
reditariedade (8,6%). No grupo de
cuidados neonatais: uso de me-
dicamentos ototóxicos (55,3%);
permanência em UTI (53,9%);
ventilação mecânica (31 ,2%) e
apgar neonatal (21 ,3%).
CONCLUSÕES
Foi possível observar a situação
atual da população estudada
sendo que a sífilis congênita apa-
receu como o indicador de risco
Conhecer a prevalência de obe-
sidade em gestantes que reali-
zaram o pré natal nas Unidades
Básicas de Saúde do Município
de São Bernardo do Campo.
METODOLOGIA
Foi realizado o levantamento do
Sistema de Vigilância Alimen-
tar e Nutricional (SISVAN), onde
constam as informações sobre
estado nutricional e marcadores
de consumo alimentar da popula-
ção atendida na Atenção Primária
à Saúde (APS) com os seguintes
critérios de seleção: ano de 2021
, Município de São Bernardo do
Campo, por estabelecimento de
saúde, gestante, idade. Foram re-
alizadas análises descritivas dos
resultados. Utilizamse para isto
os critérios de obesidade relacio-
nados ao índice de massa corpó-
rea.
RESULTADOS
No ano de 2021 foram 3497 ges-
tantes, destas 9,1 5 % adolescen-
tes. Observamos 28,6% de obe-
sidade, 30,43% de sobrepeso, 31
,83% eutróficas e 9,1 5% baixo
de maior prevalência na materni-
dade e utilização de medicamen-
tos ototóxicos o maior índice de
IRDA nas unidades de cuidados
neonatais. Sugerimos apresenta-
ção dos dados para que possa-
mos fomentar maior cuidado pré-
-natal e manejo nas UTIS desta
população.
PALAVRAS-CHAVE
HOSPITAL, MATERNIDADE
peso. As adultas apresentavam
maior sobrepeso 31 ,8% e obe-
sidade 30,5%, enquanto as ado-
lescentes 22,52% de baixo peso
e 44,31 de eutróficas. O Território
9 e o 3 apresentaram maior por-
centagem de baixo peso (1 2,3%
e1 0,8%) e o Território 1 , 2 e 7
maior obesidade, 34,9%, 30,6% e
30,4% respectivamente.
CONCLUSÕES
Há clara importância em conhe-
cermos os dados do estado nutri-
cional das gestantes para melho-
rar possibilidade de intervenções
na assistência prestada no pré-
-natal, visando a prevenção da
obesidade na gravidez, assim
como os resultados adversos a
curto e longo prazo para o binô-
mio. No entanto, é necessário a
realização de ações concentra-
das e sustentadas por parte dos
prestadores de saúde, no senti-
do de melhorar a saúde a longo
prazo das mulheres obesas e dos
seus filhos.
PALAVRAS-CHAVE
OBSESIDADE, GESTANTE
41

SÃO BERNARDO DO CAMPO
PERFIL DAS DOADORAS DO BANCO DE LEITE HUMANO NO
HMU
NERLI PASCOAL ANDREASSA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Os bancos de leite humano
(BLHs) são polos de incentivo e
promoção do aleitamento ma-
terno e também realizam a cole-
ta, processamento e controle de
qualidade1 . São consideradas
doadoras as nutrizes saudáveis
que apresentam secreção lácti-
ca superior às exigências de seu
filho e que se dispõem a doar o
excedente por livre e espontânea
vontade2. O leite humano (LH)
proporciona uma combinação
única de proteínas, lipídios, car-
boidratos, minerais, vitaminas,
enzimas e células vivas, assim
como benefícios nutricionais,
imunológicos, psicológicos e
econômicos reconhecidos e in-
questionáveis2- 3. Essas qualida-
des adquirem relevância especial
em se tratando de recém-nasci-
dos pré-termo (RNPT), por sua
maior vulnerabilidade4.
SÃO BERNARDO DO CAMPO
EXPERIÊNCIA DO AMBULATÓRIO DE ALEITAMENTO MATERNO
EM HOSPITAL PÚBLICO
FABIANA MARGONARI DE OLIVEIRA SOUSA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Introdução e Justificativa: O am-
bulatório de aleitamento materno
(AAM) surgiu para dar continui-
dade ao atendimento as mães e
Recém-Nascidos (Rns) interna-
das em alojamento conjunto que
durante o período de internação
apresentaram algum tipo de difi-
culdade com a lactação.
OBJETIVOS
Objetivo: Descrever a experiência
42
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
OBJETIVOS
Descrever o perfil das doadoras
de LH cadastradas no BLH do
Hospital Municipal Universitá-
rio de São Bernardo do Campo
(HMU-SBC).
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo quantita-
tivo, descritivo e observacional
com avaliação dos dados da ficha
de anamnese de 283 doadoras
cadastradas em 2021 que forne-
ceram LH para BLH do HMUSBC.
Para a coleta de dados foi utiliza-
do um questionário semiestrutu-
rado, sendo consideradas as va-
riáveis: idade, grau de instrução
materna, desmame prévio e tipo
de retirada de leite.
RESULTADOS
Das 283 fichas analisadas, 76%
das doadoras eram provenien-
do AAM no Hospital Municipal de
São Bernardo do Campo.
METODOLOGIA
Metodologia: Analise transversal
e descritiva de maio de 2021 a
maio 2022 de mães e Rns aten-
didos pelas equipes treinadas no
manejo clínico em aleitamento
materno, odontologia neonatal e
Banco de Leite Humano. O acom-
panhamento foi direcionado de
acordo com as dificuldades rela-
tes de SBC com idade média de
29 anos. 57% haviam cursado o
ensino superior completo e 92%
retiraram o leite de forma manual.
O tempo médio de doação é re-
presentado pelo gráfico 1 . O vo-
lume médio doado foi de 5 litros e
84% não haviam desmamado seu
bebê antes dos 6 meses.
CONCLUSÕES
A prática da doação de leite hu-
mano deve ser incentivada em
campanhas de engajamento so-
cial de forma sistemática. Su-
gere-se a realização de ações
educativas durante o pré- natal e
maternidades e novos estudos de
forma a evidenciar a melhor es-
tratégia de captação de doadoras
e manutenção do estoque de LH.
PALAVRAS-CHAVE
DOADORAS, BANCO DE LEITE
cionadas ao aleitamento materno
quando não sanadas totalmente
antes da alta. O agendamento da
primeira consulta é realizado pela
equipe multiprofissional e se dá
em até 5 dias após a alta, com
retornos previstos até o ajuste da
lactação (mãe e RN). Os itens ava-
liados durante a visita ao AAM fo-
ram: frenotomia, anquiloglossia,
dificuldade no manejo, presença
de trauma mamilar, necessidade
da aplicação da técnica de trans-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
lactação, não evolução adequada
de peso e amamentação de ge-
melares.
RESULTADOS
Resultados: No período de 1 ano
necessitaram de acompanha-
mento ambulatorial 573 mães e
Rns, sendo que 20,2% por fre-
notomia realizada durante a inte-
nação, 1 5,2% por anquiloglossia
diagnosticada porém sem neces-
sidade de intervenção, 6,3% por
SÃO CAETANO DO SUL
AMBULATÓRIO DE PRATICAS INTEGRATIVAS E
COMPLEMENTARES NA ASSISTÊNCIA DE CUIDADOS PALIATIVOS
CIBELE CRISTINE REMONDES SEQUEIRA, REGINA MAURA ZETONE GRESPAN,
RAQUEL DA SILVA TEREZAM, CHRISTIANE LAPORTA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Com o crescimento da popula-
ção, o aumento da expectativa
de vida, a multiplicação de dis-
ciplinas e técnicas médicas hou-
ve o enriquecimento do setor da
saúde (TELESI, 2016). Desde a
Alma Ata, a Organização Mun-
dial de Saúde (OMS), criou o
Programa de Medicina Tradi-
cional que teve como objetivo,
formular políticas em defesa
dos conhecimentos tradicionais
da saúde. A OMS estabeleceu o
compromisso de incentivar os
países membros a formularem
políticas públicas para o uso in-
tegrado e racional das Medici-
nas Tradicionais Complementa-
res e Alternativas nos sistemas
nacionais de saúde. No Brasil,
se iniciou as práticas integrati-
vas e complementares (PICS) a
partir dos anos 80, após a cria-
ção do Sistema Único de Saúde
(SUS). Em 2002, a Secretaria de
Saúde de São Paulo, procurou
fortalecer ações de promoção à
saúde para aprimorar recursos
existentes e ampliar o campo de
ação com a inclusão de técni-
Volume 10
fissura, 9,2% por manejo, 7,3%
por translactação, 2,6% por ge-
melaridade, 4,0% por perda de
peso. O número de consultas de
retorno dependeu do diagnósti-
co, em média 2 a 3 consultas para
ajuste do aleitamento materno.
CONCLUSÕES
Considerações Finais: Os itens
estudados demonstram que o
apoio ao aleitamento materno
durante o período de internação
cas terapêuticas em benefício
a população. A partir disso, há
uma ampla oferta de práticas
integrativas e complementares
que contribuem na integralida-
de da assistência ao usuário
de uma forma humanizada. Na
Universidade Municipal de São
Caetano do Sul (USCS), a disci-
plina As Práticas Integrativas e
Complementares está presente
na grade curricular dos discen-
tes da área da saúde, de forma
teórica, mas notou-se a neces-
sidade da prática da disciplina,
para a melhor aprendizado dos
discentes.
OBJETIVOS
Diante da necessidade obser-
vada pelos docentes da USCS,
foi elaborado e implantado o
Ambulatório de PICS para que
os discentes adquiram maior
experiência durante sua gradu-
ação, com base nas metodo-
logias ativas que consiste em
formas de desenvolver o exer-
cício do aprendizado, utilizando
experiências reais ou simuladas
(BERBEL, 2011). O ambulatório
ainda requer reforço e ajustes
através de intervenções e orien-
tações que são facilitadores para
garantir o progresso do ato de
amamentar. Portanto os AMM
podem ser considerados uma
estratégia eficaz para fomentar,
fortalecer, apoiar e promover a
prática do aleitamento materno.
PALAVRAS-CHAVE
ALEITAMENTO MATERNO.
de PICS presta assistência aos
munícipes usuários do SUS que
estão recebendo tratamento de
cuidados paliativos. Esse am-
bulatório foi criado em 2018,
para suprir a necessidade dos
discentes de cursos da área da
saúde, com o objetivo de apren-
der a executar o que foi ensina-
do em sala de aula e auxiliar os
pacientes em cuidados paliati-
vos.
METODOLOGIA
Esse estudo é descritivo, com
abordagem qualitativa, do tipo
relato de experiência. A obser-
vação dessa experiência foi re-
alizada com o intuito de verificar
o resultado tanto do aprendiza-
do dos discentes dos cursos da
área da saúde da USCS, como a
satisfação dos usuários do SUS
em tratamento de cuidados pa-
liativos.
RESULTADOS
O projeto de implantação do
ambulatório foi de iniciativa da
docente da USCS, onde se fir-
mou parceria com a Secreta-
43

ria Municipal de Saúde de São
Caetano do Sul para garantir o
fluxo de atendimento dos usu-
ários do SUS. Os tratamentos
oferecidos aos usuários, foram
de acordo com a formação da
docente preceptora do ambu-
latório de PICS, sendo eles tra-
tamentos como reiki, shiatsu,
terapia de florais e auriculote-
rapia. Notou-se que houve uma
grande adesão aos tratamentos,
e muitos pacientes relataram,
no retorno de seus atendimen-
tos, melhora na qualidade do
sono, apetite, dores e, também,
no estado emocional. Todos os
atendimentos são realizados
pela docente acompanhada de
discentes de diversos cursos da
SÃO CAETANO DO SUL
CAPILARIZAÇÃO DA AURICULOTERAPIA CHINESA NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE SÃO CAETANO DO SUL
CHRISTIANE LAPORTA, WILSON ROBERTO EMILIANI JÚNIOR, CIBELE CRISTINE
REMONDES SEQUEIRA, REGINA MAURA ZETONE GRESPAN
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A auriculoterapia é prática mi-
lenar, pertencente à Medicina
Tradicional Chinesa (MTC), que
envolve o uso do pavilhão au-
ricular para fins terapêuticos e
diagnósticos (BRASIL, 2018),
sendo reconhecida pela Organi-
zação Mundial de Saúde (OMS)
como terapia para promoção e
manutenção da saúde e trata-
mento de doenças desde 1990
(WHO, 1990). Legalmente é de
livre atuação, considerando a
falta de legislação específica, e
o artigo 5º, inciso II da Constitui-
ção Brasileira (BRASIL, 1988).
Tem seus efeitos clínicos ampla-
mente estudados e comprova-
dos (BIBLIOTECA VIRTUAL EM
SAÚDE, 2023) e está inserida
na Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares
44
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
área da saúde, sendo montada
uma equipe multiprofissional, o
que proporcionou ricas discus-
sões sobre os casos atendidos
e um vasto conhecimento ad-
quirido.
CONCLUSÕES
A implantação do ambulatório
acadêmico de PICS tem con-
tribuído para o aumento da
percepção dos discentes em
relação as diferentes práticas
terapêuticas que podem bene-
ficiar no tratamento de pacien-
tes que necessita de cuidados
paliativos. Além do conheci-
mento adquirido dos discentes,
os usuários se beneficiam com
tratamentos diferenciados que
(PNPIC) (BRASIL, 2015). A prá-
tica da auriculoterapia requer
insumos de baixo custo e não
necessita de ambiente e mobi-
liário específico. Desta forma, é
de fácil capilarização na rede de
saúde já implantada, não sendo
necessária a criação de centro
ou unidade de saúde destina-
da apenas às Práticas Integra-
tivas e Complementares (PIC),
colaborando para a diretrizes
do SUS na Atenção Primária à
Saúde (APS), especialmente a
resolutividade e o cuidado cen-
trado na pessoa (BRASIL, 2017).
O Plano Municipal de Saúde vi-
gente de São Caetano do Sul
(2022-2025) prevê a implanta-
ção das PIC’s em toda a APS
(Atenção Primária à Saúde), po-
rem atualmente não tem política
ou regulamentação interna, e
sua execução depende apenas
estimulam a melhoria de sinto-
mas de uma forma mais natural.
O ambulatório PICS da USCS
manifesta o desejo de mostrar
que é possível implementar ou-
tras práticas de saúde no coti-
diano da população usuário do
SUS em São Caetano do Sul.
Esse projeto é, antes de mais
nada, um impulso na participa-
ção ativa de um processo capaz
de mostrar que são possíveis
outras formas de aprender, pra-
ticar e cuidar da saúde da po-
pulação em cuidados paliativos.
PALAVRAS-CHAVE
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E
COMPLEMENTARES, PALIATI-
VOS
de iniciativas individuais (SÃO
CAETANO DO SUL, 2021).
OBJETIVOS
Capacitar e formar profissionais
de saúde, atuantes na APS, em
auriculoterapia chinesa. Implan-
tar sua prática no dia-a-dia das
Unidades Básicas de Saúde
(UBS’s), sem criar ambulató-
rios específicos, capilarizando-
-a nas ações já executadas nas
unidades – tais quais consultas,
visitas domiciliares, acolhimen-
tos e colaborando com a resolu-
tividade da APS, sem desvirtuar
sua rotina.
METODOLOGIA
Os participantes (profissionais
de nível superior e médio atuan-
tes nas UBS) foram convidados
e os interessados agrupados
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
por categoria, formando turmas
de (1) enfermeiros e equipe mul-
tiprofissional; (2) agentes comu-
nitários de saúde (ACS); e (3)
auxiliares/técnicos de enferma-
gem. O ministrante é profissio-
nal fisioterapeuta, professor de
acupuntura há 11 anos, atuante
na Diretoria de Atenção Básica
(DAB). Cada capacitação du-
rou 5 encontros semanais de
4 horas, totalizando 20 horas.
Conteúdo aplicado: Aspectos
legais; Introdução à MTC; Ana-
tomia e aspectos fisiológicos
do pavilhão auricular; Exame da
orelha e sinais clínicos; Formas
de estimulação e Prática clínica.
Registro em prontuário e fatura-
mento. O material inicialmente
utilizado para o curso e práticas
clínicas foram, em sua maior
parte, adquiridos pelos próprios
participantes e fornecidos pela
Secretaria de Saúde. A certi-
ficação foi emitida pela Secre-
taria Municipal de Saúde sendo
válida para atuação profissional
dentro e fora do âmbito público.
Esta foi a contrapartida do mu-
nicípio para o material adquirido
pelos participantes.
RESULTADOS
A primeira turma foi composta
por 30 profissionais e a capaci-
tação foi finalizada em dezem-
bro de 2021, com 22 partici-
pantes. Na maioria enfermeiros,
também dois nutricionistas, um
fisioterapeuta, um dentista, um
farmacêutico, um profissional
de educação física e um assis-
tente social. A segunda turma,
de março a abril de 2022, se
iniciou com 35 participantes,
todos Agentes Comunitários de
Saúde (ACS), sendo que 33 fi-
nalizaram. A terceira turma es-
tava planejada para agosto de
2022, com auxiliares e técnicos
de enfermagem, mas fora adia-
da, neste período, por solicita-
ção do prefeito do município.
Volume 10
Posteriormente, a capacitação
foi realizada com profissionais
de serviço especializado, di-
recionado à população idosa.
Foram 25 profissionais entre
fisioterapeutas, enfermeiros,
auxiliares e técnicos de enfer-
magem. Em todas as turmas foi
orientado que a auriculoterapia
fosse ofertada ao usuário, em
quaisquer situações, mas sem-
pre que se verificasse não só
a necessidade, mas também a
disponibilidade de tempo e es-
paço. Foi também frisado que
não fossem abertas agendas
específicas nas UBS. Ao lon-
go do projeto, foi monitorado
o registro do procedimento da
tabela SUS no sistema de infor-
mação eletrônico do município.
Em 2021, foram 1109 registros
em cinco unidades de saúde.
Em 2022, foram 2935 em 10
unidades, aumento de 165% no
total de registros e em 100% no
total de unidades que ofertaram
o procedimento.
CONCLUSÕES
A capacitação estruturada em
poucas horas e baixo custo de
material, permitiu que a prática
da auriculoterapia chinesa fos-
se inserida dentro das ações já
executadas nas UBS, tais quais
consultas, procedimentos, aco-
lhimentos e visitas domiciliares,
sem prejudicar as ações já reali-
zadas. Para dados mais sólidos,
o projeto será continuado para
verificação de possível relação
entre a prática de auriculotera-
pia e taxa de encaminhamento
e/ou retirada de medicamentos
analgésicos e anti-inflamató-
rios, por exemplo.
PALAVRAS-CHAVE
PRATICA INTEGRATIVA COM-
PLEMENTAR, AURICULOTERA-
PIA
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOTECA VIRTUAL E SAÚ-
DE. Medicinas Tradicionais,
complementares e integra-
tivas. Mapas de Evidência,
2023. Disponível em https://
mtci.bvsalud.org/pt/mapa-de-
-evidencias-sobre- acupuntu-
ra-e-auriculoterapia/ BRASIL.
Presidência da República.
Constituição da República Fe-
derativa do Brasil, 1988. Dispo-
nível em https://www2.camara.
le g.br/ le gin /fe d /consti /1988/
constituicao-1988-5- outubro-
-1988 -322142-publicacaoori-
ginal-1-pl.html BRASIL. Minis-
tério da saúde. Secretaria de
atenção à saúde. Departamen-
to de atenção Básica. Política
nacional de práticas integrati-
vas e complementares no sus:
atitude de ampliação de aces-
so. 2. ed. – Brasília: Ministério
da saúde, 2015. Disponível em
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/politica_nacional_
praticas_integrativas_complem
entares_2ed.pdf. Acesso em
13/10/2021. BRASIL. Ministé-
rio da Saúde. Portaria nº 2.436,
de 21 de setembro de 2017 que
aprova a Política Nacional de
Atenção Básica, estabelecendo
a revisão de diretrizes para a or-
ganização da Atenção Básica,
no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS). Diário Oficial da
União, 2017. BRASIL. Ministério
da saúde. Secretaria-Executiva.
Secretaria de Atenção à Saúde.
Glossário Temático Práticas In-
tegrativas e Complementares
em Saúde. Brasília, DF, 2018.
SÃO CAETANO DO SUL. Planos
Municipais. Plano Municipal de
Saúde 2022/2025. 2021. Dispo-
nível em https://www.saocaeta-
nodosul.sp.gov.br/page/planos-
-municipais WORLD HEALTH
ORGANIZATION. Report of the
working group on auricular acu-
puncture nomenclature. Lyon,
1990.
45

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
INTERSETORIALIDADE E NUTRIÇÃO: SAÚDE E SUSTENTABILIDADE
- CONSTRUÇÃO DE CIDADE SAUDÁVEL EM SJCAMPOS
ARETHA DE FÁTIMA AMARAL, RONALDO GONÇALVES MADUREIRA, JUAREZ
DOMINGUES DE VASCONCELOS, MARGARETE CARLOS CORREIA, MARCELO
PEREIRA MANARA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Diante do aumento na prevalên-
cia de excesso de peso na po-
pulação e considerando-se o
impacto do consumo de alimen-
tos in natura na prevenção e/ ou
tratamento de doenças crônicas
não transmissíveis de origem
nutricional, a Prefeitura de São
José dos Campos, por meio das
Secretarias de Saúde (SS) e de
Urbanismo e Sustentabilidade
(SEURBS), incluiu dentro de suas
atividades educativas ações de
promoção da saúde voltadas ao
resgate da alimentação saudável
e sustentável. Atenção especial é
dedicada ao estímulo do cultivo
de alimentos em nível local, prá-
tica considerada sustentável em
termos energéticos, uma vez que
incentiva o consumo de produtos
sazonais e dispensa o transpor-
te de bens alimentares de locais
mais distantes e encontra-se
contemplada dentro de algumas
metas propostas pelos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável,
dentre eles a erradicação da fome
(alcançar a segurança alimentar,
melhorar a nutrição e promover a
agricultura sustentável), saúde e
bem estar, preservação da água
limpa e implantação do sanea-
mento (garantir a disponibilidade
e manejo sustentável da água e
saneamento para todos) e, o con-
sumo responsável (assegurar pa-
drões de produção e de consumo
sustentáveis). Estimulando o cul-
tivo orgânico de alimentos em pe-
quenos espaços e resgatando o
consumo de plantas alimentícias
não convencionais e frutas na-
tivas dos biomas Mata Atlântica
e Cerrado, como ferramenta de
46
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
promoção da saúde e da segu-
rança alimentar e nutricional.
OBJETIVOS
Contribuir para a ampliação do
repertório alimentar, permitir
acesso aos alimentos saudáveis,
por meio da modificação da prá-
tica alimentar da população, am-
pliando o acesso aos alimentos
produzidos de forma orgânica
e sustentável no território (como
hortas comunitárias dentro dos
estabelecimentos de saúde, cen-
tros de assistência social e vazios
urbanos) e, resgatando o consu-
mo de plantas alimentícias não
convencionais (PANC) e frutas
nativas. As ações tiveram início
em abril de 2006, por meio do
Programa Hortas Urbanas, com
objetivo de orientar quanto aos
benefícios da alimentação saudá-
vel na prevenção de doenças crô-
nicas de origem nutricional por
meio de oficinas teórico/ práticas
para estímulo ao cultivo de ali-
mentos saudáveis em pequenos
espaços como vasos, floreiras,
hortas verticais. A difusão de hor-
tas e pomares pela cidade con-
tribui com políticas de segurança
alimentar e nutricional, redução
de terrenos baldios e com o res-
gate à cultura alimentar regional e
da história oral.
METODOLOGIA
Hortas Comunitárias nas UBS,
implantado em 2016, preferen-
cialmente no quintal das Unida-
des de Saúde ou em outro esta-
belecimento público do território.
Usuários e funcionários recebem
treinamento, mudas e apoio téc-
nico da Divisão de Educação Am-
biental e as Unidades de Saúde
recebem do Núcleo de Nutrição
equipamentos de proteção indivi-
dual, ferramentas, composteira e
sementes. Conta com a participa-
ção da comunidade local e apre-
senta critérios para inclusão de
beneficiários e para distribuição
da safra. Roda de Conversa so-
bre PANC, implantada em 2018,
periodicidade mensal, direciona-
da a usuários e funcionários das
UBS, aberta à população. Cada
encontro aborda determinada
PANC, valor nutricional, presença
de compostos bioativos, modo
de consumo e cultivo. Ocorre vi-
sita à horta modelo para familiari-
zação das espécies, degustação
da PANC in natura e em prepa-
rações, bem como distribuição
de mudas, com objetivo de ga-
rantir o acesso ao alimento (uma
vez que não estão disponíveis no
mercado comum) e estímulo ao
desenvolvimento de habilidades
culinárias. Pomares Nativos, im-
plantado em 2019, preservação
dos biomas Mata Atlântica e Cer-
rado, de ocorrência local, plantio
de frutas não convencionais, com
gestão participativa da comuni-
dade, incluindo diálogos sobre
a cultura regional do uso destas
frutas e benefícios nutricionais.
Resgatando o contato com frutas
regionais e colaborando para o
desenvolvimento sustentável e o
reconhecimento dos Biomas.
RESULTADOS
- Hortas Urbanas: Participação
de 16095 munícipes até o mo-
mento. - Hortas Comunitárias
nas UBS: Atualmente participam
do projeto, 37 estabelecimentos,
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
sendo 23 Unidades de Saúde
(57,5% do total, distribuídas em
09 Unidades de Saúde da Família
e 14 Unidades Básicas de Saúde),
CAPS AD, Caps Sul, Caps Cen-
tro Norte (vertical), CRMI, CCZ ,
07 CEDINs, Fundação Casa, EE
João Cursino e a sede da Secre-
taria de Saúde. - Roda de Con-
versa sobre PANCS: Realização
de 21 rodas de conversa, com a
participação de 930 pessoas (mé-
dia de 44 por reunião), que atuam
como multiplicadores nos territó-
rios sanitários. Livros das receitas
degustadas pela população nos
encontros (volume 1 e 2) e edição
comemrativa – Dia Mundial da Ali-
mentação: Disponível em https://
www.sjc.sp.gov.br/servicos/sau-
de/nucleos-de-saude/nutricao 19
Vídeos curtos: https://m.youtu-
SÃO PAULO
MÉTODO MACKENZIE® APLICADO A PACIENTES INDICADOS A
CIRURGIA ORTOPÉDICA
LUIZ CARLOS DOS SANTOS DA SILVA, ANTONIA GILMARA FEITOSA DE OLIVEIRA,
ADRIANO AUGUSTO FERREIRA DOS SANTOS, JANNY KELLY OLIVEIRA DOS
SANTOS, JONATAS DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Ação ocorrida a partir de agosto
de 2022, no Hospital Dia/Hora
certa de São Miguel, Supervisão
Tecnica de Saude de São Miguel
da cidade de São Paulo. No Brasil
estima-se que uma em cada dez
pessoas sofram com algum tipo
de dor crônica. Entre os tipos de
dores crônicas, as ortopédicas,
destacam-se. Uma das manei-
ras terapêuticas é a interven-
ção cirúrgica. Contudo, estudos
apontam que o nível de eficácia
do tratamento em pacientes sub-
metidos a cirurgia se comparado
àqueles pacientes que realizam
o processo conservador, pode
ser o mesmo ou menor. Partin-
do deste princípio, foi levantado
o percentual de pacientes que
Volume 10
be.com/playlist?list=PL9UjDTX-
8VbX_jptubbZ6Pj2kiqT1pEYHU -
Pomares Nativos: Até o momento
foram implantados 32 Pomares,
contemplando as espécies: Abiu
(Pouteria torta), Araçá (Psidium
cattleyanum), Araticum (Anno-
na sylvatica), Bacupari (Garcinia
gardneriana, Sinonímia Botânica:
Rheedia gardnerina), Cambucá
(Plinea edulis), Cambuci (Cam-
pomanesia phaea), Cereja do
Rio Grande ( Eugenia aggregata),
Gabiroba (Campomanesia xan-
thocarpa), Grumixama (Eugenia
brasiliensis), Jaboticaba (Plinia
peruviana), Jaracatiá (Jaracatia
spinosa), Jatobá (Hymenaea sp),
Juçara (Euterpe edulis), Pitanga
(Eugenia uniflora) e Uvaia (Euge-
nia pyriformis).
aguardam em fila de espera para
o procedimento cirúrgico deriva-
do de dores ortopédicas com a
proposta de tirar esses pacien-
tes da fila de indicação cirúrgica
e promover mais qualidade de
vida aos mesmos. Sendo assim,
a aplicação do método Macken-
zie® se faz pertinente, pois traz
benefícios tanto aos pacientes
envolvidos como pode reduzir os
gastos públicos com cirurgias.
OBJETIVOS
O presente trabalho teve por ob-
jetivo aplicar o método Macken-
zie® em pacientes com indicação
de cirurgia ortopédica, visando
requalificar e reduzir o número de
pacientes que aguardam em fila
de espera pre cirúrgica do Siste-
CONCLUSÕES
As ações desenvolvidas ao lon-
go destes anos caracterizam-se
como estímulo concreto à alimen-
tação saudável que envolvem a
comunidade local e trabalham
questões como solidariedade,
cooperativismo, cidadania, sus-
tentabilidade, economia solidária,
promoção da saúde, auto- cuida-
do, socialização, resgate à cultu-
ra regional e prática de atividade
física, por meio de um processo
educativo com gestão participa-
tiva em constante transformação,
que busca responder às deman-
das locais.
PALAVRAS-CHAVE
nutrição, sustentabilidade, inter-
setorialidade
ma Único de Saúde, no municí-
pio de São Paulo, com melhoria
a qualidade de vida, reduzindo
custos ao município.
METODOLOGIA
Para tornar possível tal estudo, foi
necessário a participação de pro-
fissionais como: assistente social,
enfermeiro, fisioterapeuta, psicó-
logo e nutricionista. A captação
de pacientes iniciou-se com a
atuação da profissional do servi-
ço social, que entrou em contato
com os pacientes da fila, realizou
agendamento de triagem. A tria-
gem foi realizada pelo enfermei-
ro, na primeira consulta, onde
foi aplicado um questionário. A
ação do fisioterapeuta foi realiza-
da em conjunto com o psicólogo,
47

em consulta compartilhada. O
fisioterapeuta utilizou o Método
Mackenzie® para avaliar e sub-
grupar os pacientes em potencial
de melhora da dor e incapacida-
de funcional sem necessidade
de realização de cirurgia. Com
um protocolo de cinco semanas
de acompanhamento e reavalia-
ção após o período, o psicólogo
atuou em todas as consultas,
visando quebrar crenças limitan-
tes de cada paciente e trabalhar
mudanças de comportamento,
melhorando aspectos biopsicos-
sociais. Os pacientes que foram
classificados com IMC (Índice de
massa corporal) < 18,5 kg/m² ou
>24,99 kg/m² foram encaminha-
dos a nutricionista que, realizou
anamnese, avaliação qualitativa
da dieta habitual, e a partir daí,
trabalhou a melhora do perfil nu-
tricional, visando promover bons
hábitos, reduzindo a ingesta de
alimentos ultra processados, e
assim, auxiliar na perda de peso,
SÃO PAULO
I CAMINHADA DA SAÚDE DA UBS JD DAS OLIVEIRAS –
“ESTREITANDO LAÇOS E FORTALECENDO O VÍNCULO
DHANILO SANTOS CRUZ, FAGNER MENDES, TALITA COSTA CASIMIRO, TAINÁ
DE FARIAS SILVA, FERNANDA BONILLO FIORELI, THIAGO PAULO DE MACEDO
FERREIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O evento foi realizado em de-
zembro de 2022 no Parque San-
ta Amélia, localizado no Itaim
Paulista – Zona Leste, proxi-
mo a UBS Jd oliveiras, OUTU-
BRO/2022 (Aulas nos grupos
de atividades físicas da Equipe
Multidisciplinar AMA/UBS In-
tegrada Jardim das Oliveiras)
DEZEMBRO/2022 (execução
do evento). Tendo em vista o
momento pandêmico que vive-
mos nos últimos anos e o au-
mento de agravos e síndromes
48
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
que também e benéfica na redu-
ção de dores crônicas.
RESULTADOS
Foram avaliados 32 pacientes
com indicação de cirurgia orto-
pédica (coluna lombar, joelho e
ombro). 34% foram retirados da
fila ou não encaminhados pos-
teriormente para cirurgia; 44%
em acompanhamento com bom
prognóstico; 13% de absenteís-
mo (desistência por parte do pa-
ciente); 9% mantiveram a indica-
ção cirúrgica.
CONCLUSÕES
Diante da experiência pode-se
constatar a importância do tra-
balho interdisciplinar no cuidado
do paciente usuário do SUS. Re-
força a necessidade de repensar
de inovar cada vez mais, na in-
serção de diferentes profissionais
no cuidado do cidadão, sempre
pensando em humanização, no
cuidado integral do indivíduo. Por
que acercam a saúde mental,
os grupos de atividades físi-
cas da Equipe Multidisciplinar
AMA/UBS Integrada Jardim das
Oliveiras, retomam com nova
abordagem de estímulo a prá-
tica física e efetividade/adesão
nas atividades ofertadas nos
grupos. Ampliando olhar para
o fortalecimento de vínculo e
cuidado integral dos usuários
do território do Itaim Paulista
- Jardim das Oliveiras na Zona
Leste de São Paulo. A impor-
tância do Profissional de Edu-
cação Física na Equipe Multi-
ser um método de baixo custo,
pode ser aplicado facilmente em
outros locais, desde que o pro-
fissional seja capacitado para
tal avaliação. Levando em con-
sideração à baixa confiabilidade
no uso dos exames de imagens
como critério para indicação de
diversas patologias ortopédicas,
da mesma forma que as evidên-
cias cientificas atuais não revelam
superioridade das cirurgias orto-
pédicas em efetividade para me-
lhora funcional e redução da dor,
em comparação com tratamento
conservador, a aplicação da uti-
lização do método em pacientes
com patologias musculoesquelé-
ticos que tenham indicação cirúr-
gica, alinhada a abordagem inter-
disciplinar, mostrou-se efetiva por
sua confiabilidade, resultados e,
novamente, baixo custo.
PALAVRAS-CHAVE
ORTOPEDIA METODO MACKE-
NZIE
disciplinar em parceria com a
Estratégia Saúde da Família, se
reflete através dos grupos de
Exercícios e Atividades Físicas,
no suporte e matriciamento das
equipes para ampliar as orien-
tações e incentivo da prática
física e acesso dos munícipes
a eventos de saúde, esporte,
lazer e educação, possibilitan-
do um novo olhar para atuação
das Unidades Básicas de Saúde
no território. Objetivando o cui-
dado integral dos munícipes em
todas as fases da vida. Logo,
uma sociedade mais saudável,
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
ativa e feliz. (CREFSP/4, 2019 e
Ministério da Saúde, 2021).
OBJETIVOS
- Democratizar o acesso a even-
tos de saúde e lazer dos usuá-
rios do território; - Engajar os
participantes nas atividades fí-
sicas realizadas na UBS duran-
te todo ano letivo; - Promover
atividade física na população
do território; - Aumentar o nível
de atividade física e comporta-
mento ativo; - Reduzir o número
de pessoas sedentárias e com-
portamento sedentário; - Avaliar
anualmente, através de evento,
a efetividade dos exercícios e
atividades físicas dos grupos;
- Ampliar a organização e exe-
cução do evento para outras
unidades de saúde para fortale-
cimento e unificação da catego-
ria dos profissionais de Educa-
ção Física.
METODOLOGIA
Para elaboração e execução do
evento, foi organizado o projeto
escrito com todos os detalhes
do evento, tais como: objeti-
vos, desenvolvimento, imagem
e delimitação do espaço/par-
que, data, horário e público a
ser atingido; materiais; check
list para melhorar a comuni-
cação e ações das equipes e
definição da data principal do
evento. O projeto foi enviado
por e-mail para aprovação das
gerências do AMA/UBS Inte-
grada Jardim das Oliveiras e a
do Parque Santa Amélia. Parti-
ciparam do evento os pacien-
tes que frequentam os grupos
de atividades físicas ofertados
na AMA/UBS Integrada Jardim
das Oliveiras pela Equipe Multi-
disciplinar. Na equipe de apoio,
participaram os Agentes Comu-
nitários de Saúde (21), a Equi-
pe de Enfermagem (2) e Equipe
Multidisciplinar (5). Para orga-
nização e elaboração do even-
Volume 10
to, foram necessárias reuniões
com as equipes de Estratégia
Saúde da Família, para explica-
ção e engajamento; detalhar os
resultados a serem alcançados
a curto, médio e longo prazo.
Assim, conseguimos envolver
todos no processo de elabora-
ção para que possamos entre-
gar aos munícipes uma experi-
ência exitosa de fortalecimento
de vínculo entre paciente e pro-
fissionais. O evento foi realizado
em dezembro de 2022 no Par-
que Santa Amélia, localizado
no Itaim Paulista – Zona Leste.
O parque possui área de 400
metros para caminhada livre e
possibilitou que o trajeto fosse
realizado por todos(as). Partici-
param do evento 150 munícipes.
Os mesmos foram divididos em
grupos (6 munícipes para cada
agente
RESULTADOS
• Resultados - MÉDIA DA FRE-
QUÊNCIA E PARTICIPAÇÃO
DOS PACIENTES NAS AULAS
DE GINÁSTICA (ADULTOS E
IDOSOS); Semanal: 240 Men-
sal: 960 GRUPO DE EXERCÍ-
CIO RESISTIDO (2 X SEMANA)
- Alongamento global – 3x de 10
a 15 segundos - Marcha Esta-
cionária – 3x de 10 a 20 segun-
dos - Exercícios resistidos com
peso do próprio corpo (agacha-
mento, flexão plantar, sentar e
levantar da cadeira) 3x de 10 a
15 repetições - Exercícios com
bastões (Rosca direta, elevação
lateral e frontal, pulley frente e
costas e exercícios combinados
de MMII e MMSS) 3x de 10 a 15
repetições GRUPO DE ATIVIDA-
DE FUNCIONAL (1 X SEMANA)
- Exercícios e atividades funcio-
nais circuitadas (Escada de Agi-
lidade, Bola de borracha, Elás-
tico de compressão, exercícios
resistidos com peso do próprio
corpo e Caminhada/corrida).
GRUPO DE CAMINHADA (1 X
SEMANA) - Caminhada no terri-
tório de 30 minutos com interva-
los para descanso e hidratação.
RESULTADOS OBTIDOS NO
EVENTO/CAMINHADA Partici-
pantes: 150 Espaço percorrido:
400mts / Tempo: 30mnts
CONCLUSÕES
Vale ressaltar a importância do
trabalho integrado das Equipes
de Estratégias Saúde da Família
e Equipe Multidisciplinar, onde
todo o processo foi direcio-
nado em entregar experiência
exitosa para o munícipe; mos-
trar que além das questões de
saúde e doença que são dia-
riamente acolhidas na Unidade
Básica da Saúde, são ofertados
espaços saudáveis de cuidado
integral. Foi possível notar que
grande parte dos participantes
do evento/caminhada, não ti-
nham experenciado um evento
ao qual foi oferecido. Com to-
dos cuidados que foram reali-
zados nos processos do even-
to: na divulgação semanal nos
grupos de atividades físicas,
com os Agentes Comunitários
de Saúde, que ao passar nas
casas dos assistidos, foram re-
forçando e convidando os mes-
mos para o evento (segundo os
Agentes Comunitários de Saú-
de, a expectativa e animação
estavam em evidências, pois foi
possível notar nas visitas que
eles faziam nas casas). Por fim,
precisamos ampliar o olhar, to-
dos nós, desde a equipe assis-
tencial até administrativa, que
na Unidade Básica de Saúde
também é um espaço saudável,
de cultura e lazer. E que juntos,
em harmonia, nosso trabalho
se fortalece e conseguimos ser
mais exitosos em nossas ações.
Promovendo saúde, bem-estar
e qualidade de vida para popu-
lação.
PALAVRAS-CHAVE
CAMINHADA, VINCULO
49

SÃO PAULO
EXPERIÊNCIA EXITOSA: PRÁTICAS INTEGRATIVAS E
COMPLEMENTARES NA UBS VILA CANAÃ
WEDER LÚCIO TORRES, SILVANIA SANTANA NEVES, VANESSA LEONEL PETERKA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde
(PICS) fazem referência a um
conjunto de abordagens in-
tegrativas e complementares
com uma visão abrangente
do ser humano e dos proces-
sos de saúde/doença. Coe-
rente com as necessidades e
as demandas em sua área de
abrangência, a Atenção Bási-
ca da Secretaria Municipal da
Saúde de São Paulo, a partir
de 2002, procurou fortalecer
as ações de promoção da saú-
de ainda não praticadas nesse
setor, de modo a enriquecer o
arsenal de recursos já existen-
tes e ampliar o campo de ação
para incluir outros modos te-
rapêuticos de atuação em be-
nefício das políticas públicas e
da comunidade. Desde então,
a oferta das práticas integra-
tivas e complementares vem
aumentando e contribuindo
para ampliar a integralidade da
assistência, de forma humani-
zada e acolhedora. As PICS
são poderosas aliadas no cui-
dado do sofrimento e das do-
enças mentais, bem como na
prevenção de doenças. Os
profissionais que utilizam es-
tas abordagens valorizam a
humanização do cuidado, pro-
movendo uma escuta acolhe-
dora. Valorizam o estímulo ao
autocuidado e o protagonismo
dos usuários e a aproximação
com a família e comunidade.
50
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
OBJETIVOS
Relatar a experiência do uso
de Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde e
avaliação direcionada em pa-
cientes de uma Unidade Bási-
ca de Saúde na região Sudes-
te do Município de São Paulo.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de ex-
periência de cunho descritivo,
efetivado mediante a prática e
avaliação aplicada aos pacien-
tes atendidos pelo programa
de PICS na UBS Vila Canaã.
RESULTADOS
Para avaliação da experiên-
cia e percepção da popula-
ção na aplicação das PICS na
Unidade Básica de Saúde Vila
Canaã, foi aplicado um ques-
tionário contendo 3 questões
objetivas e 1 subjetiva. Dis-
ponibilizado questionário para
preenchimento no período de
janeiro a dezembro de 2022 e
contou com 25 respostas ao
total. A idade das pessoas que
responderam ao questioná-
rio foi de 23 a 72 anos. Após
o recolhimento das respostas
do questionário, foi possível
observar a inexistência de res-
postas negativas em relação a
experiência dos usuários com
as PICS. Todas as 25 respos-
tas continham elogios e/ou
observações positivas acerca
da experiência autorreferida.
CONCLUSÕES
A utilização das PICS pro-
porciona a visão ampliada do
processo saúde-doença, bem
como possibilita aos indiví-
duos o desenvolvimento de
maior autonomia sobre sua
própria saúde, contribuindo
para a promoção do autocui-
dado e o cuidado da coleti-
vidade. Dentre os principais
benefícios terapêuticos com o
uso das PICS podemos citar:
maior relaxamento e bem-es-
tar; melhora da qualidade do
sono, ansiedade e quadros
depressivos; redução e alívio
da dor; diminuição de sinais
e sintomas de diversas doen-
ças; fortalecimento do siste-
ma imunológico; estimula o
contato profissional-intera-
gente; redução do uso de me-
dicamentos; diminuição de re-
ações adversas à medicação e
melhoria da qualidade de vida.
Dessa forma, as atividades
aplicadas na UBS Vila Canaã
demonstram potencial de pro-
moção de saúde, e de manei-
ra autorreferida os pacientes
com sintomas de ansiedade,
estresse, depressão e cansa-
ço informaram redução das
queixas, o que refletiu na boa
satisfação sobre o projeto.
PALAVRAS-CHAVE
INTEGRATIVAS, COMPLEMEN-
TARES, UBS VILA Canaã
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
SAÚDE DO TRABALHADOR -UVIS ITAQUERA: CONTRIBUIÇÕES
DA PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA REGULAR-LIANG GONG
AMANDA PUOSSO ALMEIDA, SORAIA NOGUEIRA FELIX, JOÃO GABRIEL ZERBA
CORRÊA, SÔNIA APARECIDA LEITE, GILDETE SANTOS ROSA, LUANA ROSA
PEREIRA, LÍVIA REGINA FREITAS MEDEIROS, VANESSA LEONORA GOMES, RAQUEL
XAVIER DE SOUZA SAITO, ELIO RAMOS, CARLA ROBERTA FERRAZ RODRIGUES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Na UVIS Itaquera, unidade de
Saude da cidade de São Pau-
lo, trabalham atualmente 141
funcionários (94 destes Agen-
tes de Saúde/Saúde Ambiental/
Combate a Endemias), divididos
entre os setores de Vigilância
Epidemiológica, Ambiental e
Sanitária, além de funcionários
administrativos, que se alter-
nam no trabalho administrativo.
A rotina de trabalho inclui ativi-
dades no computador e aten-
dimento telefônico e visitas às
unidades de saúde, estabeleci-
mentos comerciais, serviço de
vigilância ambiental e controle
de vetores, entre outros. Duran-
te o ano de 2022 buscou-se a
implementação de uma prática
integrativa e complementar em
Saúde (Lian Going) para os ser-
vidores de forma longitudinal e
sistemática
OBJETIVOS
Apresentar a experiência da
Unidade de Vigilância em Saú-
de (UVIS) Itaquera, município
de São Paulo, na implementa-
ção de uma prática integrativa e
complementar em Saúde (Lian
Going) para os servidores de
forma longitudinal e sistemática
durante o ano de 2022; desta-
car benefícios terapêuticos e a
integração da equipe, decorren-
tes da incorporação no ambien-
te laboral da prática do Liang
Gong
METODOLOGIA
Na UVIS Itaquera trabalham
Volume 10
atualmente 141 funcionários (94
destes Agentes de Saúde/Saú-
de Ambiental/Combate a Ende-
mias), divididos entre os setores
de Vigilância Epidemiológica,
Ambiental e Sanitária, além de
funcionários administrativos,
que se alternam no trabalho ad-
ministrativo. A rotina de traba-
lho inclui atividades no compu-
tador e atendimento telefônico
e visitas às unidades de saúde,
estabelecimentos comerciais,
serviço de vigilância ambien-
tal e controle de vetores, entre
outros. A prática do Lian Gong
foi realizada no período de fe-
vereiro a dezembro de 2022, se-
manalmente e período da tarde
por 15 minutos (3 a 5 vezes) e foi
focada na parte anterior - pes-
coço, ombros, região lombar,
joelhos, coxas e tornozelos).
Após os exercícios mensalmen-
te houve a divulgação de temas
de promoção à saúde conforme
calendário da SMS, com pales-
tras curtas com a duração apro-
ximada de 10 a 20 minutos
RESULTADOS
A média de participação, em
cada sessão, foi de aproxima-
damente 50% dos funcionários
em trabalho interno. Daqueles
que atuavam em trabalho ex-
terno, sempre que estavam na
UVIS participavam e manifes-
tavam satisfação. Entre os de-
poimentos destacam: aumento
da integração e diálogo entre as
equipes das Vigilâncias Epide-
miológica, Sanitária, Ambiental
e setores administrativos, in-
centivo e mobilização para que
todos participassem, motivação
a incorporar outras práticas de
atividades físicas, diminuição
de dores associadas à falta de
circulação sanguínea nos mem-
bros inferiores e outras queixas
por falta de atividade física; me-
lhora da mobilidade física e bem
estar geral. Além desses, me-
lhora do humor e fortalecimento
das relações interpessoais no
ambiente laboral. Como fatores
limitadores deve-se mencionar
que, a maior parte dos funcio-
nários se encontravam em tra-
balho externo e a oferta da prá-
tica de Liang Gong, apenas no
período da tarde limitou o aces-
so. Além disso, após os exercí-
cios o espaço foi aproveitado
mensalmente para divulgação
de temas de educação em saú-
de, por um período aproximado
de 15 a 20 minutos e conforme o
calendário da Secretaria Muni-
cipal de Saúde de SP, tais como
prevenção de suicídio, câncer
de mama, saúde do homem e
problemas na próstata, AIDS/
HIV e doenças sexualmente
transmissíveis, ansiedade e de-
pressão, violência, entre outros.
CONCLUSÕES
A prática da atividade física Lian
Going instituída na Unidade de
Vigilância em Saúde (UVIS) Ita-
quera, município de São Pau-
lo, favoreceu a integração da
equipe de trabalho e refletiu em
melhoria do bem-estar geral da
saúde física e mental dos servi-
dores, além do incentivo à pra-
51

ticas e cuidados em saúde com
foco na prevenção. Dadas as
constatações se ressalta a im-
portância de se incorporar prá-
ticas integrativas complementa-
SÃO PAULO
CANTATA RECANTO 2022 – UMA CANÇÃO EM SEU LAR
PRISCILA DE ALMEIDA OLIVEIRA PARRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Diante da necessidade de promo-
ver saúde, garantir o entendimen-
to da população quanto a sua
importância e consequentemente
melhorarmos os resultados dos
tratamentos previamente pactua-
dos, identificamos que o vínculo
entre os profissionais e popula-
ção precisa estar muito alinhado
e fortalecido. Desta forma, surgiu
a idéia da retomada do Projeto
Cantata da UBS Recanto Verde
Sol, porém, com adaptações de-
vido ao contexto “pós” pandêmi-
co e com o cuidado necessário
com a população de maior fragi-
lidade, cantando as canções pre-
diletas do pacientes acamados.
Essa ação ocorreu em dezembro
de 2022
OBJETIVOS
Esta ação teve como objetivo de-
monstrar humanização, empatia
nos processos saúde e doença,
além de promover o fortalecimen-
to do vínculo junto à população
cadastrada, trabalhar a credibili-
dade dos munícipes junto a equi-
pe da unidade, com o alcance de
maior adesão aos tratamentos
pactuados.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi a visi-
tação casa a casa dos munícipes
acamados e restritos indicados
52
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
res dentre as quais o Lian Going
no ambiente laboral, de modo a
contribuir com a saúde do tra-
balhador.
por cada equipe, 2 pacientes por
equipe, para realização da ho-
menagem. A música escolhida
dentro do repertório era cantada
para o paciente e cuidador/fami-
liares. A cantata foi realizada na
parte externa das casas, devido
ao contexto “pós pandêmico”
(ex. quintal, corredor, garagem,
calçada). As agentes comunitá-
rias informaram as famílias para
que posicionassem os pacientes,
de forma que pudessem nos ou-
vir. Toda a equipe da unidade foi
representada na equipe da Can-
tata e não só os Agentes Comuni-
tários de Saúde. Contamos com
auxiliares de enfermagem, En-
fermeiros, técnicos de farmácia,
Administrativos, equipe multipro-
fissional, Odontologia e gerência.
RESULTADOS
Foram alcançado 36 pacientes
restritos e acamados juntamente
a seus cuidadores e familiares em
2 (dois) dias de visitação realizada
pela equipe. Os munícipes e seus
familiares manifestaram grande
satisfação com o cuidado pres-
tado e com a homenagem rece-
bida. A visão das famílias para o
cuidado prestado pela unidade se
tornou mais positivo, o aumento
do vínculo foi identificado. O fato
de diversas categorias e setores
terem participado da visitação,
mostrou a realidade do território e
famílias, que são desconhecidas
PALAVRAS-CHAVE
ATIVIDADE FISICA, SAUDE DO
TRABALHADOR, VIGILANCIA
para alguns trabalhadores, tra-
zendo sensibilização e empatia.
CONCLUSÕES
A Cantata da UBS RECANTO
VERDE SOL já é um projeto an-
terior a 2022, mas devido a pan-
demia ficou paralisado nos anos
anteiores. Pode parecer algo de
pouca relevância, quando traze-
mos apenas a dinâmica da mu-
sicalidade em época de Natal (a
cantata foi realizada nos dias 21
e 22/12/2022), mas, quando fala-
mos de vínculo, de produção de
cuidado, de dar visibilidade ao
paciente e cuidador que se en-
contram num momento de fragi-
lidade, lidamos com algo muito
mais abrangente e importante, a
humanização do nosso trabalho.
É olhar muito além das necessi-
dades físicas do paciente, é trazer
diferencial no cuidado prestado a
cada família, é mostrar a impor-
tância que ele tem para nós. É
sensibilizar também nossos tra-
balhadores para a realidade do
nosso território. E finalmente lutar
contra o preconceito arraigado
contra o Sistema Único de Saú-
de, mostrar que somos diferen-
tes, que o nosso olhar é voltado
para a universalidade, integralida-
de do cuidado, fortalecimento da
equidade e promoção de saúde.
PALAVRAS-CHAVE
MUSICOTERAPIA - SAUDE
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
CIRCUITOS DA SAÚDE: UM OLHAR INTEGRATIVO NO
ATENDIMENTO AOS TRABALHADORES QUE POSSUEM DCNT’S
MARCELO SPIANDON, SILVANA FERREIRA GOMES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Circuitos multiprofissionais de
saúde, intitulados: “Circuitos da
Saúde – prevenção das DCNT’s”
foram estruturados no auditório
da subprefeitura de São Mateus,-
com ações de prevenção à saude
e ações de PICS. Essa ação ocor-
re desde Outubro de 2021
OBJETIVOS
Atender de modo integrativo (cor-
po, mente e emoções) os pro-
fissionais de saúde da RAS que
apresentam DCNT ; Orientar os
participantes sobre a prevenção
de agravos que as PIC’s e as mu-
danças nos hábitos de saúde po-
dem proporcionar.
METODOLOGIA
Ao adentrarem os circuitos, os
participantes assinavam as listas
de presença e recebiam o “Inven-
tário do Traço e Estado de Ansie-
dade de Spielberger” para pre-
enchimento. Posteriormente, os
participantes recebiam cuidados
desde o atendimento inicial pela
equipe de enfermagem, aferindo
suas pressões arteriais e glice-
mia capilares, até os atendimen-
tos pela equipe de nutrição, que
orientava os participantes sobre a
alimentação saudável, pela equi-
pe do Serviço de Atendimento
Especial / Centro de Testagem
e Aconselhamento São Mateus,
que orientava sobre a prevenção
de IST’s e pela equipe do CRPI-
CS São Mateus, que promovia
os atendimentos integrativos em
PICS, tais como auriculotera-
pia; reflexologia nas mãos; rei-
ki; cromoterapia, dentre outros.
Volume 10
Os participantes eram avaliados
bioenergeticamente previamen-
te e após os atendimentos inte-
grativos com as PICS, através
de um instrumento radiestésico
(“aurímetro” ou “aurameter”), o
que possibilitava identificar nos
participantes quais eram as re-
giões que apresentavam maiores
obstruções energéticas, estas
que poderiam gerar desequilí-
brios físicos, caso não fossem
trabalhados. Após os atendimen-
tos integrativos, os participantes
eram novamente aferidos bioe-
nergeticamente, e respondiam o
“Inventário do Traço e Estado de
Ansiedade de Spielberger” , elen-
cando os seus quadros emocio-
nais finais.
RESULTADOS
Os participantes dos circuitos da
saúde recebiam tratamentos hu-
manizados, com escutas qualifi-
cadas e eram avaliados energe-
ticamente através do instrumento
radiestésico “aurímetro” no início
e final dos atendimentos, com-
provando a eficácia de reequilí-
brio energético propiciados pelas
PICS aplicadas. Após a coleta
dos indicadores presentes nos
“Inventários do Traço e Estado
de Ansiedade de Spielberger”
, elencando os quadros emo-
cionais finais dos participantes,
tabelas foram construídas com
os resultados obtidos e gráficos
comparativos entre o início do
circuito e o término. Dentre os ín-
dices coletados, ganharam des-
taque os seguintes indicadores:
• “Sinto-me calmo”: neste índice,
o quantitativo de participantes
que alegaram estar “muitíssimo”
calmos sofreu uma elevação de
98% no comparativo ao início do
circuito; • “Sinto-me ansioso”:
neste índice, houve um aumento
de 29,7% nos participantes que
alegaram “Absolutamente não”
estarem ansiosos; • “Sinto-me
alegre”: neste índice, o quantitati-
vo de participantes que alegaram
estar “muitíssimo” alegres sofreu
uma elevação de 116% no com-
parativo ao início do circuito; •
“Sinto-me bem”: neste índice, o
quantitativo de participantes que
alegaram estar “muitíssimo” bem
sofreu uma elevação de 90,9% no
comparativo ao início do circuito;
Os resultados obtidos demons-
tram a importância do cuidado in-
tegral no equilíbrio emocional dos
participantes que apresentam
DCNT’s, que podem contribuir
positivamente para a prevenção
de agravos
CONCLUSÕES
Atitudes de cuidado integral como
as apresentadas neste trabalho
podem servir de inspiração para
que outros territórios também te-
nham um olhar diferenciado junto
aos seus trabalhadores de saúde
que possuem alguma DCNT e que
eles possam receber tratamentos
integrativos e humanizados, na
melhoria da qualidade de vida, na
diminuição do estresse diário, na
melhoria da qualidade do sono,
possibilitando a superação das
adversidades diárias vividas por
esses participantes.
PALAVRAS-CHAVE
CORPO, MENTE, EMOÇÕES
53

SÃO PAULO
VIVENDO A VIDA NA MELHOR IDADE – UM PASSO PARA
LONGEVIDADE E QUALIDADE DE VIDA
VALÉRIA MENDONÇA FLORIANO, GENALI RUBIO DE OLIVEIRA, RAQUEL OLIVEIRA
PALMA LONER, VIVIANE CORREA NAMEN
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A UBS Jd Tiete II está localizada
no Distrito Administrativo de São
Mateus e atua com 2 eSF, 1 eSB
e 1 equipe Multiprofissional, que
atua de maneira a identificar as
necessidades do território. Com o
levantamento dos cadastros dos
ACS, a equipe multiprofissional
identificou um número expres-
sivo de pessoas idosas e verifi-
cou-se a necessidade de ofertas
complementares a esse público.
A população idosa foi convida-
da a compor o grupo Vivendo a
Vida na Melhor idade com intuito
de trabalhar suas necessidades
de vida e melhora da qualidade.
Foi pensando em abordar prati-
cas integrativas complementares
junto a ações específicas dos te-
rapeutas, como a dança circular
e a auriculoterapia. A dança cir-
cular é uma expressão artística
que sempre esteve presente na
história; são danças coletivas que
integralizam grupos e fortalecem
valores como empatia, compre-
ensão e sentimento de pertenci-
mento. São dispostas em círculos
com a realização de coreografias
conjuntas, agregando todas as
idades. A auriculoterapia é uma
técnica da Medicina Tradicional
Chinesa que possibilita o trata-
mento de diversas patologias
(físicas e emocionais) com a es-
timulação de pontos no Pavilhão
auricular. Através da auriculote-
rapia observa-se constante mu-
dança nos hábitos alimentares da
população, auxiliando na com-
pulsão alimentar, ansiedade e
depressão, além da melhora nos
dores e desconfortos causados
54
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
pelo envelhecimento
OBJETIVOS
Estimular convivência saudável
entre os idosos, promover a par-
ticipação do grupo em ativida-
des sociais, culturais e artísticas;
favorecer a qualidade de vida, o
equilíbrio, alongamento, movi-
mentação, combate ao estres-
se e a depressão; proporcionar
consciência corporal e coordena-
ção motora; estimular a atenção,
memória e concentração; desen-
volver a lateralidade, equilíbrio,
disposição física e energia para
as atividades diárias. Promover
através da orientação nutricional
a mudança no comportamento
alimentar auxiliando no combate
a obesidade e desnutrição, auxi-
liando na compulsão alimentar. A
integração com a auriculoterapia
tem o objetivo de promover dimi-
nuição da ansiedade, controle da
depressão e agir como coadju-
vante na terceira idade na redu-
ção das dores, reabilitação, insô-
nia e doenças respiratórias
METODOLOGIA
Promover encontros semanais
em espaço adequado para roda
de dança, acolhimento e acom-
panhamento para auriculoterapia
e orientações nutricionais.
RESULTADOS
Durante o ano de 2022 a equipe
multiprofissional composta pela
fisioterapeuta, farmacêutica e
nutricionista desenvolveram com
os idosos a dança circular, auri-
culoterapia e orientações nutri-
cionais, semanalmente. Foram
realizados 300 atendimentos
no período de junho à dezem-
bro/2022, com média de 10 usuá-
rios em cada grupo. Os usuários
atendidos relataram melhora na
autoestima, qualidade de vida e
equilíbrio corporal. As terapeutas
observaram que os usuários com
participação ativa desenvolveram
melhor condicionamento físico,
com equilíbrio e bem estar psi-
cossocial. Melhora nas crises de
ansiedade e depressão, onde por
meio dos grupos semanais pu-
deram socializar e criar vínculos
afetivos. Mostraram mudança na
qualidade de vida com escolhas
alimentares, optando sempre por
uma alimentação saudável, com
controle nas crises de compulsão
alimentar. Tivemos como parâ-
metro de ação positiva o vínculo
e a assiduidade dos idosos na
participação dos grupos
CONCLUSÕES
Destacamos que essa estratégia
foi bem aceita pelos usuários e
identificamos a necessidade de
continuidade para o próximo ano,
com convites à novos participan-
tes. As terapeutas e a equipe de
SF puderam monitorar a AMPI,
observar melhora na condição
clínica e psíquica dos pacientes
participantes do grupo com con-
trole das doenças pré existentes,
prevenção de agravos e controle
ou manutenção do estado nutri-
cional, obtendo com isso resulta-
dos significativos em sua qualida-
de de vida.
PALAVRAS-CHAVE
CONSCIÊNCIA CORPORAL, ME-
LHOR IDADE
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
REINVENTANDO A PRÁTICA EM TEMPOS DE PANDEMIA:
BRINQUEDOTECA MÓVEL, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
SUÉLLEN MARIANE RIOS VICENTE, GENILDA CAMARGO DE CAMPOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O presente estudo propôs-se a
descrever um relato de experiên-
cia sobre a mudança da estraté-
gia de atendimento da brinque-
dista, reinventando a prática em
tempos de pandemia, através da
brinquedoteca móvel/itinerante,
realizado entre os meses de agos-
to de 2020 a dezembro de 2022.
Anterior ao período pandêmico
as atividades lúdicas aos pacien-
tes pediátricos eram realizadas
na Brinquedoteca, uma sala loca-
lizada no 2º andar da instituição,
na unidade da Clínica Pediátrica.
Os atendimentos realizados pela
brinquedista eram restritos a esse
espaço físico. Em julho de 2020
foram repensadas estratégias
para retomada das atividades da
brinquedoteca, visto sua impor-
tância como parte da terapêuti-
ca da criança hospitalizada. Em
função das estratégicas de en-
fretamento à Covid-19, o serviço
foi retomado na forma itinerante,
passando a chamar Brinquedote-
ca Móvel, com intervenções lúdi-
cas realizadas nos próprios leitos
da Clínica Pediátrica. A ação foi
tão assertiva que estendemos
os atendimentos lúdicos para al-
gumas unidades como Pronto
Socorro Pediátrico, Unidade de
Terapia Intensiva Pediátrica e no
Centro Cirúrgico (hall de espera
das cirurgias eletivas pediátricas).
OBJETIVOS
- O Ludico realizado através da
brinquedoteca móvel, trazendo
qualidade de vida ao paciente
Volume 10
METODOLOGIA
atividades ludicas desenvolvidas
com a equipe multiprofissional
RESULTADOS
Uma equipe multidisciplinar se
reuniu para repensar ações e ope-
racionalizar a brinquedoteca mó-
vel. Nesse aspecto foram revistos
os brinquedos, controle de infec-
ção e local para acondicionamen-
to dos brinquedos. Oficialmente
no dia 03/09/2020 foi inaugurada
a brinquedoteca móvel com a uti-
lização de um carrinho adaptado.
Com o sucesso da brinquedote-
ca móvel houve a aquisição de
um carrinho adequado a logística
necessária. Depois da utilização
dos brinquedos a brinquedista os
recolhe acondicionando em uma
caixa plástica própria para brin-
quedos usados, posteriormente
são levados para o processo de
higienização. Antes de todas as
atividades as crianças higienizam
suas das mãos. Na manhã do dia
23/09/2020 a brinquedoteca mó-
vel começou a levar alegria para
as crianças no Centro Cirúrgico.
Relato de uma mãe: “Cada dia
meu filho vem melhorando com a
presença da brinquedoteca mó-
vel...Com a brinquedoteca tudo
se torna alegre. ” Relato de um
pai: “Como é lindo ver como as
crianças são tratadas, com mui-
to amor e carinho, obrigado, vo-
cês estão de parabéns. ” Relato
de uma criança da UTI Pediátri-
ca: “Obrigado tia, Deus abençoe,
agora melhorei. ”Relato de uma
criança da Clínica Pediátrica:
“Como é legal aqui, aprendi a fa-
zer flor de papel. ” Mensalmente
realizamos os dados estatísticos
dos atendimentos realizados.
Desde a retomada da brinque-
doteca móvel em sua forma itine-
rante já realizamos 15.402 atendi-
mentos.
CONCLUSÕES
Precisamos nos reinventar e se-
guir um novo formato de atendi-
mento, auxiliando na interação
social da criança, diminuindo o
medo, a ansiedade e o estresse,
mantendo o processo de huma-
nização. Aprendemos muito e
também compartilhamos novas
experiências com as crianças
e seus familiares. As crianças
chamam a brinquedoteca mó-
vel, “o carrinho dos sonhos dos
brinquedos”, foram momentos
difíceis durante a pandemia e a
brinquedoteca móvel trouxe um
atendimento humanizado, res-
peitando toda individualidade,
sensibilidade e necessidade da
criança. Modificar a rotina vivida
pelos pacientes pediátricos den-
tro de uma unidade hospitalar, é
uma forma de esquecer um pou-
co a dor e o sofrimento decorren-
te dos procedimentos nos quais
as crianças precisam ser sub-
metidas. Podemos concluir que
a brinquedoteca móvel contribui
para a humanização hospitalar,
promovendo a saúde integral da
criança e possibilitando um espa-
ço de direitos, autonomia, ativida-
de e expressão de subjetividade
na instituição.
PALAVRAS-CHAVE
BRINQUEDOTECA MOVEL
55

SÃO PAULO
MENSTRUAÇÃO SUSTENTÁVEL
JÉSSICA CRISTINA ANTENOR AMÉLIO, PRISCILA DE ALMEIDA OLIVEIRA PARRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em 2021, o Governo do Estado de
São Paulo publicou em Diário Ofi-
cial o decreto que estabelece o
programa Dignidade Íntima, que
se tornou lei em março de 2022
(Lei 17.525). Pensando nisso, este
projeto foi desenvolvido com o
objetivo de levar pautas como
saúde da mulher e sustentabilida-
de dentro do PSE (Programa Saú-
de na Escola). Um estudo, feito
pelo instituto Akatu, que trabalha
na área de consumo consciente,
afirmou que uma pessoa, em seu
cíclo de vida fértil, pode produzir
cerca de 200 kg de lixo, somente
consumindo absorventes descar-
táveis, e pensando no fato que
a maioria dos componentes dos
absorventes são de advindos do
plástico, cada um deles pode de-
morar cerca de 400 anos para se
decompor. Por tanto, este projeto
é voltado à saúde íntima da mu-
lher, utilizando nesse processo
ferramentas sustentáveis. Ação
realizada no territorio de São Ma-
teus, municipio de São Paulo,
pela equipe de saúde.
OBJETIVOS
SÃO PAULO
AURICULOTERAPIA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR NO
TRATAMENTO DO TABAGISMO
JULIANE BATISTA PEREIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Tabagismo é considerado uma
doença crônica e epidêmica cau-
sada pela dependência à nicotina
presente nos produtos à base de
tabaco, representando uma das
maiores ameaças à saúde públi-
ca, com mais de oito milhões de
56
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Objetivo de conscientizar as mu-
lheres, gerando discussões sobre
saúde íntima, impactos ambien-
tais dos resíduos gerados pela
menstruação e apresentação de
alternativas sustentáveis, com o
propósito de incentivar a redução
do consumo de absorventes des-
cartaveis.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada nesse
projeto é apresenta-lo nas ações
de PSE e nos grupos da unidade,
como por exemplo, as ações de
Papaitinerante. Os temas trata-
dos dentro das ações de mens-
truação sustentavel, são: pobreza
menstrual, impacto dos absor-
ventes no meio ambiente e a sua
degradação, prejuízos na saúde
íntima e, por fim, apresentar as al-
ternativas sustentaveis como: co-
letor menstrual, disco menstrual,
absorventes de pano e calcinhas
absorventes.
RESULTADOS
Já foram realizadas 20 (vinte)
ações, ao total, desde o início do
projeto, em outubro de 2021. Al-
cançando alunas do ensino fun-
mortes ao ano de acordo com a
Organização Mundial da Saúde
(OMS). Destas, mais de sete mi-
lhões são resultado do uso direto
do tabaco, enquanto mais de 1,2
milhão de mortes são resultado
de fumo passivo. O tabagismo
também é um fator importante de
damental e médio de uma escola
estadual do terrítorio, no dia da
entrega dos kits de higiene ínti-
ma; professoras e colaboradoras
de uma creche e as mulheres que
participaram das ações de Papai-
tinerante e Avança da UBS Re-
canto, em 2022.
CONCLUSÕES
Nas ações realizadas, foi possível
observar o desconhecimento de
adolescentes e mulheres do quão
prejudicial são alguns de nossos
hábitos de consumo, como a uti-
lização de produtos que contém
grandes quantidades plástico em
sua composição, no caso, os ab-
sorventes, e passam desaberce-
bidos no nosso dia a dia, porém,
são de grande impacto no meio
ambiente. Levar esse conheci-
mento as pessoas do terrítorio
está muito relacionado ao PAVS
em seu contexto de promoção
de saúde, fortalecendo a atenção
primária e as práticas de cuidado.
PALAVRAS-CHAVE
MEIO AMBIENTE, MENSTRUA-
ÇÃO SUSTENTAVEL
risco para tuberculose, infecções
respiratórias, úlcera gastrintestinal,
impotência sexual, entre outros.
Assim, o Ministério da Saúde em
parceria com o INCA, desenvolve
ações como o Programa Nacional
de Controle do Tabagismo (PNCT).
O principal objetivo do programa é
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
reduzir a prevalência de fumantes,
bem como prevenir recaídas, por
meio de intervenções cognitivas,
treinamento de habilidades com-
portamentais e tratamento farma-
cológico. As Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde (PICS)
têm ganhado destaque no contexto
do Sistema Único de Saúde (SUS).
Escolheu-se auricouloterapia, que
compreende uma série de técnicas
realizadas com sementes que esti-
mulam locais anatômicos no pavi-
lhão auricular, estimulando a pro-
moção, manutenção e recuperação
da saúde. Por meio do estímulo de
pontos específicos, é possível re-
duzir a dependência do cigarro e
facilitar o enfrentamento do vício. A
Auriculoterapia também auxilia na
melhora dos sintomas de estresse,
ansiedade, além de ser uma técni-
ca de baixo custo para SUS.
OBJETIVOS
Aliviar sintomas físicos e emocio-
nais principalmente em relação à
ansiedade, advindos da abstinên-
cia à nicotina, com o objetivo de
auxiliar no processo de cessação
do tabagismo, bem como redu-
ção das recaídas. Além disso,
pretende-se aumentar a adesão
ao grupo de tratamento com a
aplicação da auriculoterapia.
METODOLOGIA
As atividades foram realizadas se-
manalmente, totalizando 10 ses-
sões, com pessoas do grupo de ta-
SÃO PAULO
EMPATIA E VINCULO AFETIVO: O SEGREDO PARA CONSOLIDAÇÃO
DE GRUPOS DE APOIO A LACTAÇÃO EM S. MATEUS
EDJANE MÉRCIA RIBEIRO BITTENCOURT DE ARAÚJO, IRANICE SANTOS REZER,
HELINA REIS PINTO, ASTRID FARINAZZO, ERIKA CRISTINA MACHTURA DE
ALCANTARA MADEIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O CENALAC (Centro de Apoio
a Lactação) teve sua origem em
Volume 10
bagismo que tinham a ansiedade e
dependência moderada e elevada
como queixas principais, aferidas
pelo Teste de Fagerström. O pri-
meiro momento do grupo envolve
uma roda de conversa entre os ta-
bagistas e a equipe multidisciplinar
composta por Médica, Enfermeira,
Profissional de Educação Física,
Nutricionista e Farmacêutica. Nes-
sa roda de conversa, os tabagistas
socializam e problematizam as di-
ficuldades da cessação do taba-
co. O segundo momento envolve
a aplicação da auriculoterapia pela
Farmacêutica, com a utilização da
semente de mostarda no pavilhão
auricular, estimulando a liberação
de diversas substâncias pelo cé-
rebro que possibilitam ação local
no organismo. A prática consiste
no método terapêutico através da
pressão de pontos específicos da
orelha através de estímulos mecâ-
nicos, tendo como finalidade pro-
mover a diminuição da ansiedade,
dependência a nicotina , com pon-
tos específicos para tabagismo. O
procedimento dura em média 20
minutos, o paciente recebe a orien-
tação de estimular cada ponto, três
vezes ao dia durante 1 minuto, per-
manecendo com ponto por 6 dias.
RESULTADOS
Foi observado nos pacientes que
fizeram uso da terapia uma melho-
ra significativa de alguns sintomas
que fazem parte do quadro clínico
da ansiedade, como o estresse.
2018 na região de São Mateus,
como estratégia otimizada de
captação da grande demanda
Ao término das sessões auricula-
res, destaca-se o efeito benéfico
do método na redução do núme-
ro de cigarros fumados por todos
que concluíram as sessões. Além
da redução do número de cigarros
ao longo do dia, todos os tabagis-
tas que seguiram o protocolo até
o final tiveram efeitos positivos em
relação à diminuição dos sintomas
negativos relacionados ao uso da
nicotina no organismo, bem como
as alterações comportamentais
frente à abstinência. Outro resulta-
do pertinente correlaciona a aplica-
ção do teste de Fargeström ao final
do grupo, se comparados aos do
início dos encontros, apresentando
resultados de dependência baixa e
moderada.
CONCLUSÕES
O tratamento com auriculoterapia
contribuiu na redução do número
de cigarros fumados ao longo do
dia, além de ser não invasiva e de
fácil aceitação entre os pacientes,
possui um baixo custo, apresenta
bons resultados em tratamentos
como distúrbios do sono, ansie-
dade, insônia, vícios, reduzindo e
controlando os sintomas de absti-
nência, Pode-se concluir que a utili-
zação da técnica de auriculoterapia
pode trazer importantes contribui-
ções como uma terapia comple-
mentar no controle do tabagismo.
PALAVRAS-CHAVE
Auriculoterapia, Tabagismo
de leite humano, sendo amplia-
da para região Leste, cidade Sao
Paulo, em 2019. O CENALAC
57

da UBS, Jardim Paraguaçu, que
enriqueceu esse relato de ex-
periência, foi implementado em
setembro de 2022, com 12 doa-
doras. O surgimento dessa estra-
tégia deu-se a partir da Gincana
em prol da doação de LH (Leite
Humano), realizada em 2018, fa-
vorecida pelos GAAMEs (Grupos
de Apoio ao Aleitamento Materno
Exclusivo), cujo encontro ocor-
re semanalmente nas UBSs, em
roda de conversa, desde 2002,
gerando mulheres protagonistas.
Observa-se que a maioria dos
profissionais da área de saúde
tem dificuldade para consoli-
dar grupos, apresentando como
justificativa a “não adesão” aos
mesmos, porém não é o que se
evidencia nos GAAMEs, em São
Mateus, e alguns grupos de ges-
tantes, onde o vínculo afetivo e a
empatia são a base para a con-
solidação dos mesmos. Segundo
o relato de algumas “mães” elas
desejam receber, apenas, aten-
ção e cuidado. Essa experiência
Justifica-se, em sua importância
prática, como estratégia de forta-
lecimento de doação do leite hu-
mano na assistência primaria, em
nível de Unidades de Saúde, pois
antes do CENALAC, não havia
fluxo de encaminhamento efetivo
para a lactente que desejava doar
leite humano para o BLH (Banco
de Leite Humano) e não possuía
uma rede de apoio para consoli-
dar a doação
OBJETIVOS
Evidenciar a necessidade de
apoio a gestante e nutriz doado-
ra no GAAME, tendo como base
a empatia e o vínculo afetivo, in-
clusive com a família, ampliar o
numero de UBS com CENALAC
contribuindo para o aumento do
estoque do BLH, reduzir a mor-
bimortalidade em crianças me-
nores de um ano, promover a
cultura de amamentação entre as
mães e familiares, levando-os a
serem protagonistas desse pro-
cesso. Ressignificar a prática do
58
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
profissional frente à amamenta-
ção e segurança alimentar, ge-
rando promotores da amamen-
tação, inspirando a ampliação de
práticas similares. Evidenciar o
crescimento da rede de doação
de Leite Humano na Assistência
Primária e fortalecimento do SUS
através da participação popular.
METODOLOGIA
Encontros semanais em rodas
de conversas, espaço de trocas,
essa vinculação ao GAAME, es-
tabelecido por qualquer profis-
sional que atenda esse binômio:
recepção, agente comunitário,
sala de vacina, consulta; o profis-
sional deve olhar nos olhos dessa
mulher, enxergá-la em suas ne-
cessidades, sem usar conceitos e
preconceitos, ter empatia, víncu-
lo, ouvir sua voz interior, convidá-
-la: “você consegue participar?”,
“estaremos esperando você”,
aberto aos parentes e amigos.
Há dois responsáveis assíduos
no grupo, a fim de manter o vin-
culo, enfermeiro e auxiliar de en-
fermagem, ou outro, capacitados
em manejo clinico do aleitamento
materno, com agenda garantida
em escala, importante a partici-
pação efetiva de médicos, agen-
te comunitário, equipe farmácia,
odontológica, psicólogo, nutricio-
nista, fonoaudiólogo, multiprofis-
sional. Após formatura do GAA-
ME, a criança tem o seguimento
no Grupo de Apoio a Alimentação
Complementar Saudável com a
Nutricionista, que estabeleceu o
vinculo previamente no GAAME.
Ressalta-se a importância da vi-
sita domiciliar, em até 7 dias após
a alta hospitalar, inclusive para
prevenção de desmame preco-
ce, fidelizando mães e bebes ao
grupo GAAME; deve-se oferecer
escuta e acolhimento efetivos,
em qualquer horário, que a mãe
compareça a UBS. Percebe-se
que a vinculação ao grupo inde-
pende de classe social e grau de
escolaridade, todas são iguais e
valorizadas em suas falas que ex-
pressam, muitas vezes, angustias
e superações.
RESULTADOS
Redução das taxas de morbi-
mortalidade materna e infantil.
Ampliação dos CENALACS, em
destaque um resultado recente,
na UBS Jardim Paraguaçu, onde
cerca de 90 % das mães que
participam ativamente do GAA-
ME, são doadoras de LH e todas
consideram o grupo um espa-
ço de apoio e segurança afetiva,
contribuindo para seu bem estar
como mulher e mãe, apoio a mãe
trabalhadora que amamenta, pro-
longamento do tempo de ama-
mentação, prevenção de depres-
são materna. Estabelecimento de
parceria efetiva e continua entre o
BLH e a Unidade Básica de Saú-
de, aumento do estoque de ban-
co de leite humano; consolidação
do GAAME como referência para
rede de apoio a lactação na Uni-
dade de Saúde, com otimização
de recursos, gerando protagonis-
mo da mulher e fortalecimento do
SUS.
CONCLUSÕES
Em 2019, tínhamos um CENA-
LAC na região de São Mateus e
atualmente temos quatro Unida-
des, fortalecendo e favorecendo
a rede tão imprescindível de do-
ação de LH. Todos nós precisa-
mos ser ouvidos, ao falar também
nos ouvimos, para isso é neces-
sário um espaço que favoreça e
atenda essa necessidade de for-
ma que não haja julgamento e sim
apoio e informação, que seja um
ambiente terapêutico, em roda.
Ao falar, divagamos sobre nos-
sas ideias, memórias, sonhos,
ajudando a reconhecer e lidar
com as ansiedades e angústias.
O profissional de saúde tem ten-
dência em utilizar o saber técnico
cientifico como norteador para
realizar ações voltadas a produ-
ção do cuidado, tanto individual
como em grupo. O saber técnico
tende a “se impor” e “dominar”
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
o popular, não havendo espaço
para uma relação entre esses
dois saberes, sem que seja uma
transmissão unidirecional, verti-
cal, autoritária, mas uma relação
de empatia, de troca, de escuta,
de acolhimento, uma relação mul-
SÃO PAULO
TRATAMENTO DE DORES MUSCULOESQUELÉTICAS NÃO
COMPLICADAS NA APS COM APLICAÇÃO DE ACUPUNTURA SISTÊMICA
EVERTON RENATO DE ARAUJO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As Práticas Integrativas e Comple-
mentares em Saúde (PICS) são re-
cursos terapêuticos que buscam a
prevenção de doenças e a recupe-
ração da saúde. A Medicina Tradi-
cional Chinesa (MTC) compreende
a utilização de diversos métodos
terapêuticos, sendo o mais conhe-
cido a Acupuntura, uma técnica
milenar, cujo objetivo é prevenir e
curar doenças através da aplica-
ção e da manipulação de agulhas
introduzidas em pontos específi-
cos do corpo humano situados em
canais nos quais circula a energia.
Os mecanismos de ação da acu-
puntura estão sendo elucidados
evidenciando sua interação com o
sistema neuro-imuno-endócrino e
sua efetividade em diversas doen-
ças. Estudos demonstram sua efe-
tividade no alívio de dores muscu-
loesqueléticas através da liberação
de encefalinas, endorfinas e outras
substâncias, com diminuição do
uso de medicamentos analgési-
cos e antiinflamatórios e retorno do
trabalhador à vida rotineira. Desta
forma, destaca-se a aplicabilidade
e os benefícios da acupuntura sis-
têmica na APS para o tratamento
de dores musculoesqueléticas não
complicadas melhorando a qua-
lidade de vida dos pacientes por
meio de uma tecnologia leve e de
baixo custo. O curso de capaci-
tação em técnicas de acupuntura
Volume 10
tidirecional, horizontal democráti-
ca. Não é somente falar sobre a
realidade, mas como ressignificar
e buscar, juntos, propostas para
lidar com ela e transformá-la de
forma concreta, respeitando a di-
nâmica pessoal e familiar. A Rede
promovido pela Escola Municipal
de Saúde para médicos de família
foi assertivo e decisivo.
OBJETIVOS
Ampliar o escopo terapêutico volta-
do ao tratamento de pacientes com
dores musculoesqueléticas não
complicadas da UBS Vila Guacuri
utilizando técnicas de acupuntura
sistêmica com agulhamento a seco
propiciando a melhoria da qualida-
de de vida da população. Diminuir
o uso de analgésicos e anti-infla-
matórios e seus possíveis efeitos
colaterais bem como evitar o uso
excessivo de medicações. Reduzir
encaminhamentos para especiali-
dades médicas minimizando a fila
de espera. Ofertar uma terapêutica
de baixo-custo com eficácia e com
resultados robustos.
METODOLOGIA
Os pacientes por meio do diagnós-
tico clínico da medicina ocidental
realizam uma triagem prévia com
avaliação e diagnóstico da Me-
dicina Tradicional Chinesa (MTC)
através de interrogatório de sinais
e sintomas bem como da teoria
dos 5 elementos e do yin e yang
como proposta de tratamento.
Destaca-se que o atendimento e
tratamento dos pacientes da UBS
Vila Guacuri com dores musculo-
esqueléticas não complicadas é
individualizado e sistematizado. O
se torna efetiva e consolidada
quando há vinculos.
PALAVRAS-CHAVE
PUERPERA, FAMILIA, SAUDE
grupo de acupuntura somente foi
criado para fins de organização de
agenda e de espaço físico. Além
disso, a sessão de acupuntura é
realizada com frequência semanal
e demora cerca de vinte a trinta mi-
nutos com previsão de 10 sessões
de tratamento. As agulhas são es-
téreis e descartáveis. Desse modo,
utiliza-se a Escala Visual Analógica
(EVA) como instrumento para men-
suração da intensidade e duração
da dor antes e após cada sessão
de acupuntura. É relevante informar
que os pacientes são colocados
em ambiente agradável, com tem-
peratura controlada, sem ruídos e
até com boa música. Assim, a har-
monia obtida no conjunto contribui
favoravelmente para os resultados
esperados. Todos os cuidados ha-
bituais com relação ao ambiente de
trabalho e materiais perfuro-cor-
tantes são mantidos.
RESULTADOS
Evidencia-se que com a acupun-
tura sistêmica o arsenal terapêu-
tico foi ampliado para o médico
de família e comunidade na APS.
O atendimento individual e siste-
matizado voltado ao tratamento
de pacientes com dores musculo-
esqueléticas não complicadas na
UBS Vila Guacuri utilizando técni-
cas de acupuntura possibilitou a
diminuição das dores e dos seus
sintomas associados melhorando
59

a qualidade de vida da população
e por consequência reduzindo o
uso de medicações analgésicas,
anti-inflamatórios e seus possíveis
efeitos colaterais. Outro aspecto
importante a ressaltar foi a redu-
ção de encaminhamentos para as
especialidades médicas e da fila de
espera da acupuntura na regulação
da UBS. Finalmente, a mudança
de consciência e o empoderamen-
to dos pacientes enquanto sujeito
social contribuem favoravelmente
para uma participação ativa na me-
lhoria do seu tratamento clínico.
SÃO PAULO
GRUPO DE PILATES - UBS JARDIM MAGDALENA
THATIANE CRISTINA CARDOSO FARIA KLETLINGUER, WILLIAN SEVERINO DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em 1920, Joseph Pilates criava
um conjunto de exercícios com
o objetivo de desenvolver e res-
taurar a saúde de indivíduos com
condições patológicas, o mé-
todo promove o fortalecimento
da musculatura estabilizadora
profunda do abdome, mobilida-
de articular, reeducação do mo-
vimento, consciência corporal
e melhora da postura. Pode ser
realizado com aparelhos especí-
ficos ou apenas utilizando o peso
corporal. É considerada uma pra-
tica de atividade física de baixo
impacto e de média intensidade.
Realizar Práticas Integrativas em
Saúde com foco em prevenção,
promoção e reabilitação em Saú-
de.
OBJETIVOS
Realizar Práticas Integrativas em
Saúde com foco em prevenção,
promoção e reabilitação em Saú-
de. Além da redução de fila de
espera para a Especialidade de
60
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
CONCLUSÕES
A busca da melhoria na qualidade
do cuidado em saúde é inquestio-
nável. É relevante pensar que todo
processo deve ser seguro e livre de
riscos e danos e fundamentado em
evidências. Além disso, é impor-
tante salientar que o paciente está
no centro do cuidado. Ouvir as ex-
periências dos pacientes e atender
as suas expectativas e requisitos é
imprescindível. Com a implantação
regular da técnica de acupuntura
como recurso terapêutico na APS
foi possível evidenciar quão benéfi-
ortopedia.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de expe-
riência exitosa, sob demanda
espontânea, realizado sema-
nalmente as segundas-feiras e
quintas-feiras durando aproxima-
damente uma hora, em espaço
aberto, utilizando colchonetes,
tiras elásticas, bolas do tipo den-
te de leite. A pratica é iniciada
com 15 minutos de aquecimento,
30 minutos de fortalecimento de
MMII e SS, abdome e eretores
da espinha e 15 minutos de alon-
gamento. O grupo é aberto, sem
necessidade de encaminhamen-
to médico, atendendo em média
30 a 40 usuários da UBS Jardim
Magdalena e Parque Fernanda da
região do Capão Redondo.
RESULTADOS
Durante o período de realização
do grupo houve boa adesão à
proposta oferecida, observamos
a diminuição das queixas referen-
tes a dores osteomioarticulares,
ca é a acupuntura, não somente no
tratamento direto da dor, mas tam-
bém como recurso de promoção e
efetivação dos princípios da univer-
salidade, equidade e integralidade,
reiterando a APS como coordena-
dora promotora do cuidado lon-
gitudinal. Além disso, entende-se
fundamental a capacitação e quali-
ficação na rede do médico de famí-
lia e comunidade para a ampliação
da acupuntura sistêmica na APS.
PALAVRAS-CHAVE
Acupuntura, Medicina de Família,
Dor
ansiedade e diminuição da fila de
espera de fisioterapia ambulato-
rial. Além disso podemos obser-
var o desenvolvimento interpes-
soal que o espaço oferece, onde
os pacientes podem trocar infor-
mações relacionadas a saúde e
sobre o dia a dia.
CONCLUSÕES
O grupo tem se mostrado como
um espaço de troca e de constru-
ção de saberes. Fica evidente a
importância de espaços que ofe-
reçam atividades semanais aos
usuários, fortalecendo o vínculo
entre a UBS e a comunidade, tra-
zendo o empoderamento de es-
paços e saberes pelos pacientes.
Além disso podemos observar
o desenvolvimento interpessoal
que o espaço oferece, onde os
pacientes podem trocar informa-
ções relacionadas a saúde e so-
bre o dia a dia.
PALAVRAS-CHAVE
Pilates, PICS, Desenvolvimento
Interpessoal
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
MINDFULNESS COMO RECURSO PARA REDUÇÃO DA ANSIEDADE
E FISSURA EM USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
CRISTINA APARECIDA ANDRADE PEREIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A partir da construção da Políti-
ca Nacional de Práticas Integra-
tivas e Complementares (PNPIC),
em 2003, iniciou-se a inclusão de
várias práticas naturais denomi-
nadas como Práticas Integrativas
e Complementares em Saúde
(PICS) ao Sistema Único de Saú-
de (SUS), cujo objetivo é oferecer
recursos para a promoção, pre-
venção e manutenção da saúde
visando o cuidado integral do
indivíduo considerando a tríade
corpo-mente-espírito, fortalecen-
do o princípio de integralidade no
cuidado em saúde e oferecendo
suporte complementar aos tra-
tamentos médicos. Das várias
modalidades que são ofertadas a
população, a Meditação conheci-
da como Mindfulness ou Atenção
Plena vem se destacando e sen-
do muito utilizada como recurso
para a redução da ansiedade e
estresse. Esta prática integrativa
vem sendo utilizada no Caps AD
III Jardim São Luiz como estra-
tégia de cuidado em saúde men-
tal, possibilitando aos usuários
do serviço autoconhecimento de
maneira a identificar sentimen-
tos e emoções que levam ao uso
abusivo de álcool e outras dro-
gas, o reconhecimento dos sin-
tomas associados à fissura nos
períodos de redução do uso ou
abstinência e sua utilização como
estratégia para o alívio de sinto-
mas como estresse, ansiedade e
depressão e como recurso para
redução de danos, tão importan-
tes no contexto diário dos usuá-
rios de substancias psicoativas.
Este trabalho visa demonstrar a
importância das práticas medita-
tivas como recurso como estraté-
gia para redução de danos e do
Volume 10
controle dos sintomas de fissura.
OBJETIVOS
Proporcionar a redução e contro-
le de sintomas relacionados ao
uso abusivo e a fissura em usu-
ários de álcool e outras drogas.
Possibilitar a ressignificação do
contexto de uso abusivo e rela-
ções sociais, afetivas e com a
substância psicoativa.
METODOLOGIA
A prática de Mindfulness acon-
tece diariamente nas dependên-
cias do Caps AD III Jd. São Luiz,
com duração de 30 minutos, em
formato de grupo aberto e com
a participação cerca de 15 a 20
usuários de álcool e outras dro-
gas. Entende-se por grupo aber-
to a possibilidade de participa-
ção dos usuários por iniciativa
própria, não estando pré-esta-
belecidos em seus projetos te-
rapêuticos, tornando-se um fator
relevante a ser considerado em
relação a quantidade diária de
participantes.
RESULTADOS
A prática diária de Meditação
Mindfulness com os usuários do
Caps AD III Jardim São Luiz está
contribuindo para a identificação
de sentimentos e emoções con-
siderados como “gatilhos” para
o uso abusivo do álcool e outras
drogas, possibilitando ao usu-
ário reduzir ou evitar o uso das
substâncias e prevenir possíveis
recaídas através da identificação
e manejo das sensações e senti-
mentos característicos da fissura.
De acordo com relatos compar-
tilhados pelos usuários após as
práticas, percebe-se que muitos
utilizam a prática da respiração
consciente como forma de ma-
nejo em momentos de fissura e
em situações de conflitos familia-
res ou no território/cenas de uso,
possibilitando ressignificar a re-
lação com as substâncias esco-
lhidas/preferidas e suas relações
pessoais, afetivas, territoriais e
sociais. De acordo com os dados
abaixo, percebe-se a crescente
participação dos usuários após
04 anos de realização do grupo:
PICS 2020 2021 2022 Meditação
59 87 159 Dados: Média anual de
participantes
CONCLUSÕES
O usuário de substâncias psico-
ativas é constantemente julgado
e criticado pela sociedade, sendo
excluído de diversos contextos
sociais, inclusive nos espaços
destinados ao cuidado de saúde.
Além disso, o próprio dependente
químico julga a si mesmo e sen-
te-se culpado e envergonhado
por fazer uso de qualquer tipo
de drogas. O uso do Mindfulness
permite que este individuo man-
tenha sua atenção no momento
presente, sem críticas ou julga-
mentos, compreendendo o que
acontece consigo, reconhecendo
e aceitando o que lhe causa in-
cômodo e desconforto, ao invés
de buscar refúgio no álcool ou
em qualquer outra droga. Permite
que o usuário perceba que tudo
está em constante transformação
e que, ao se sentir fissurado, pos-
sa usar este recurso para manejar
este incomodo ao ponto de ame-
nizá-lo sem precisar recorrer ao
uso de alguma substância. Desta
forma, pode-se considerar a prá-
tica diária do Mindfulness como
um recurso efetivo e uma estra-
tégia eficaz no manejo da fissura
61

e suporte para redução de danos
no uso do álcool e outras drogas,
contribuindo para a mudança no
SÃO PAULO
MOMENTO DE PAUSA: ACOLHIMENTO E AUTOCONHECIMENTO
PARA MULHERES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE
MOYRA CRISTINA GUERRA FERREIRA, VIVIAN FORTUNA FÉRES DE CARVALHO,
ANA PAULA CHAVES DE JESUS QUEIROZ
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Política Nacional de Atenção In-
tegral à Saúde da Mulher(PNAISM)
tem por princípios a integralidade e
a equidade na atenção à saúde da
mulher através de ações na rede
pública de saúde, voltadas a mu-
lheres socialmente excluídas e ex-
postas a fatores de vulnerabilidade.
(BRASIL, 2004). A vulnerabilidade
social pode contribuir para uma
homogeneização e manutenção
da população em lugar de risco
(privação de renda e de acessos
a serviços públicos, violência, dis-
criminação) e para a construção de
empoderamento e estratégias dos
sujeitos para a vida (MDS, 2015). O
atendimento prioriza as mulheres
com o autocuidado prejudicado. O
grupo amplia o cuidado da Atenção
Básica por incluir socialização, in-
tegração, apoio psíquico, trocas de
experiências e de saberes e cons-
trução de projetos coletivos, favo-
recendo um processo terapêutico
em conjunto de mulheres que par-
tilham dificuldades, facilitando uma
maior identificação, apoio e enco-
rajamento das demais. As Práticas
Integrativas e Complementares em
Saúde (PICS) complementam a
ação, sendo uma das técnicas, a
auriculoterapia que estimula pon-
tos presentes nas orelhas que re-
presentam órgãos e funções cor-
póreas desencadeando uma série
de fenômenos cerebrais que au-
xiliam no processo de cura, reduz
estresse e ansiedade e melhora a
qualidade de vida (BRASIL, 2018). A
62
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
padrão de uso e a ressignificação
no contexto histórico do usuário
de álcool e outras drogas.
UBS Jd. São Carlos localiza-se em
um território de grande vulnerabili-
dade social e o grupo terapêutico
é uma estratégia de fortalecimento
e empoderamento das mulheres
nesse contexto.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL Proporcionar
às participantes um momento de
pausa da vida cotidiana em um
espaço seguro para reflexão e ex-
pressão, estimular o autoconhe-
cimento e autonomia para que se
tornem pessoas ativas capazes
de modificar a própria realidade e
contribuir para o empoderamento
e transformação da mulher na so-
ciedade. OBJETIVO ESPECÍFICO
Utilizar as práticas integrativas e
complementares em saúde como
instrumento terapêutico.
METODOLOGIA
O grupo é coordenado pelas pro-
fissionais técnicas: farmacêutica
e nutricionista. O convite para o
grupo acontece durante os aten-
dimentos individuais realizados na
unidade e através das reuniões de
matriciamento. Os encontros são
quinzenais, às quartas-feiras, no
período da tarde na igreja ao lado
da unidade. Após a acomodação
das pacientes participantes senta-
das ao redor de uma grande mesa
no estacionamento da igreja, são
propostos exercícios de respiração
para trazer a atenção ao momento
presente. Então, é colocado uma
música tema para tocar e ofere-
PALAVRAS-CHAVE
Mindfulness, Abstinência, Depen-
dência Química
cido chá para tomarem enquanto
escutam e refletem sobre a músi-
ca. A escolha da música tema, re-
alizada anteriormente ao momento
do grupo, é norteada pelo desejo
em criar provocações e estimular o
pensamento crítico acerca da vida
cotidiana das pacientes. A discus-
são tem como objetivo encorajar o
compartilhamento de experiências
e percepções pessoais, e demons-
tra o poder das relações interpes-
soais. As participantes se envolvem
no tema apresentado e comparti-
lham impressões, opiniões e histó-
rias sobre suas vidas. Para finalizar
o momento, Auriculoterapia é rea-
lizada em todas as pacientes par-
ticipantes com enfoque em pon-
tos relacionados à saúde mental
de cada uma. Os recursos para a
realização desta atividade são ob-
tidos através do envolvimento das
profissionais responsáveis que se
revezam na compra das ervas para
a preparação dos chás. O material
da auriculoterapia é fornecido pela
Secretaria Municipal de Saúde de
São Paulo.
RESULTADOS
Durante os encontros é possível
reconhecer a evolução das pa-
cientes participantes em relação à
percepção de seus próprios senti-
mentos, elaboração de resposta às
situações de conflito e exercício do
autocuidado. A prática dos exercí-
cios de respiração traz autoconsci-
ência para o corpo e mente e são
utilizados pelas pacientes também
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
fora do grupo terapêutico, em suas
rotinas.. O momento da oferta do
chá durante o grupo terapêutico
estimula o hábito, muitas vezes es-
quecido pela rotina, da paciente re-
servar um momento para cuidar de
si e observar suas emoções. O chá
é uma bebida que traz inúmeros
benefícios para a saúde e seu con-
sumo pode ser replicado em casa
para momentos de relaxamento.
A música tema, além de fomentar
o início da discussão, traz um mo-
mento de recreação para o grupo.
A música desperta sensações e
emoções e o hábito de ouvir músi-
ca e cantar também pode ser esti-
mulado como sendo um momento
de autocuidado para as pacientes.
É comum as pacientes trazerem,
em suas falas, bem como em fa-
las de pessoas de seu convívio, os
benefícios obtidos com a participa-
ção no grupo. O acompanhamento
SÃO PAULO
AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO
CUIDADO DE SAÚDE MENTAL NO CECCO MOOCA
FERNANDA DE MARCHI, ELISABETE SIMÃO, SUELI BRITO DE AZEVEDO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Práticas Integrativas e Complementa-
res no Cuidado em Saúde Mental no
Cecco Mooca, através de Politicas de
Saúde informadas por evidências e a
sustentabilidade no SUS tais como:
Dança Circular, Meditação, Terapia
Comunitária Integrativa, Lian Gong,
I QI Gong, Tai Chi Pai Lin, Tai Ji Qi
Gong, Auriculoterapia.
OBJETIVOS
Promover a convivência e qualidade
de vida de usuários do território en-
caminhado por Serviços de Saúde
e outros equipamentos. Melhorar a
qualidade de vida dos usuários que
apresentam estados depressivos,
ansiedade, relatos de estresse, insô-
Volume 10
regular propiciado pelos encontros
desse grupo terapêutico, aliado ao
estímulo proporcionado pelas prá-
ticas realizadas, possibilita o forta-
lecimento emocional, a valorização
dos vínculos afetivos, o exercício
contínuo do autoconhecimento e
consequentemente o entendimento
do empoderamento dessas mulhe-
res diante dos desafios da vida.
CONCLUSÕES
Os encontros realizados no grupo
terapêutico proporcionam às mu-
lheres residentes do território em
situação de vulnerabilidade social,
um espaço seguro de acolhimen-
to e compartilhamento através da
troca de experiências e desenvol-
vimento do autoconhecimento. É
possível que as pacientes partici-
pantes se beneficiem ainda mais
com encontros semanais, como
já até solicitado por elas próprias,
nia. Fortalecer a autoestima, diminui-
ção agravos de doenças crônicas
METODOLOGIA
Coleta de relato de experiências
dos usuários que frequentam as
oficinas ligadas as Praticas Inte-
grativas no CECCO
RESULTADOS
Melhora na qualidade de vida dos
praticantes, tais como pressão arte-
rial, diabetes, assim como promover
integração social, ampliando ativida-
des externas, aumento na consciên-
cia corporal, e da auto estima, melho-
ra da depressão e da ansiedade.
CONCLUSÕES
porém dentro da programação da
agenda das profissionais, outras
atividades também precisam ser
executadas na unidade, como con-
sultas e visitas domiciliares. Além
disso, o grupo tem um número li-
mite de 12 participantes para que
seja possível que todo o processo
terapêutico ocorra com qualidade e
que todas as pacientes participan-
tes sejam beneficiadas pela auricu-
loterapia. Com o reconhecimento
do impacto positivo desse espaço
fomentador do empoderamento
feminino que é o grupo terapêutico
Momento de Pausa, incentiva-se a
criação de outros grupos realiza-
dos por outros profissionais da uni-
dade que tenham como objetivo o
cuidado integral do paciente.
PALAVRAS-CHAVE
Auto cuidado, Momento de pausa
O CECCO Mooca é um equipa-
mento que iniciou suas atividades
em 2001, com o objetivo de traba-
lhar a integração social, prevenção
e promoção de saúde. Em 2003 fo-
ram implantadas as oficinas ligadas
as PiCS, desde então elas compõe
a grade de atividades realizadas
todos os dias da semana, para
população geral idosos, pessoas
com deficiências físicas e mental,
usuários de saúde mental e pesso-
as com vulnerabilidade social e de
saúde. Constatamos a melhora da
qualidade de vida da população e
da saúde mental.
PALAVRAS-CHAVE
PRATICAS INTEGRATIVAS, SAÚ-
DE MENTAL
63

SÃO PAULO
PROJETO SAÚDE NA RUA
TAMMY CREDENDIO SIMONASSI, UBIRATAN DE LUCAS NASCIMENTO, MÔNICA
KEIKO KUMONDA MARONEZI, ROGÉRIA VASCONCELOS RIBEIRO, LETÍCIA SILVA
DE OLIVEIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A População em situação de rua
tem aumentado nas últimas déca-
das. Esse fenômeno é um retrato
da exclusão social causada pela
urbanização acelerada (MELO,
2011) que apesar de atual, ocorre
desde a expulsão dos campone-
ses de suas terras, nas socieda-
des pré-industriais da Europa. Na
época, uma parte dos campone-
ses foram absorvidos pela indús-
tria, no entanto a maioria teve a
experiência de viver pelas ruas
(PAIVA, 2016). Em 1980 a partir
da mudança do regime político e
a globalização no Brasil a miséria
foi instalada e das favelas e cor-
tiços transbordou para as praças
e ruas da cidade. O povo de rua
foi excluído dos direitos sociais
básicos, como, saúde, educação,
moradia, lazer, segurança, dentre
outros direitos humanos, cate-
gorizado como um grupo invisí-
vel dentro da sociedade (PAIVA,
2016). A expansão da cobertura
pelas Equipes de Estratégia Saú-
de da Família nos diversos muni-
cípios do país gerou um avanço
no acesso aos serviços de saú-
de. Entretanto, a população em
situação de rua em decorrência
de suas singularidades/modo de
vida, ainda encontra dificuldade
no acesso (JUNIOR, 2010). Essa
problemática traz uma reflexão
acerca da necessidade de cons-
truir metodologias atuais de orga-
nização do cuidado, para abordar
e acolher essas pessoas (SILVA,
2015).
OBJETIVOS
Sensibilizar os profissionais de
saúde da Unidade Básica de
Saúde Jardim Maringá/Talarico
quanto a importância do cadastro
64
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
e reconhecimento da população
de rua do território; · Fortalecer
os vínculos comunitários para o
acolhimento das demandas so-
ciais; · Trabalhar sobre a Invisibili-
dade Social, por meio das ações
extramuros e dos atendimentos
realizados na unidade.
METODOLOGIA
Em abril de 2020 a equipe se
reuniu para analisar o mapea-
mento dos ricos socioambien-
tais do território realizado através
do Diagnóstico Socioambiental
PAVS e foi evidenciado 8 pontos
de concentração de população
de rua. Desde então é discutido
e elucidado sobre o cuidado e o
acolhimento voltado para a po-
pulação de rua. Foi programado
visitas in loco para a caracteriza-
ção e levantamento das necessi-
dades individuais e coletivas. Nas
visitas, foram identificados que
algumas demandas eram estrutu-
rais o que fez com que a equipe
buscasse soluções advindas do
próprio território de abrangência.
Em consequência, com a equipe
na rua, a comunidade local foi se
sensibilizando daquela problemá-
tica social e parcerias foram sur-
gindo dando assistência e sus-
tentação para as ações. Como os
coletivos União dos Comércios,
o Bloco do Chiquinho, o Centro
Automotivo Thomazini, o Rotari
Club, o Conselho Gestor de Saú-
de e a comunidade. Durante o
auge da pandemia, a equipe re-
alizou as ações periodicamente
semanais prestando assistência
continuada visando à prevenção
do Covid-19, favorecendo a cons-
trução do vínculo entre o usuário
e a unidade. Diante das inúmeras
intervenções feitas ao longo dos
últimos 3 anos, compreendeu-se
a necessidade da incorporação
do cuidado à população de rua
nas práticas e na rotina do servi-
ço. Obedecendo a complexidade,
em 2023 o Projeto tornou-se uma
Prática Incorporada na unidade.
Todos os setores passaram a re-
conhecer o projeto, fazendo parte
da rotina dos colaborador
RESULTADOS
A população em situação de rua
estava localizada na Avenida Ita-
quera, Avenida Waldemar Car-
los Pereira, Rua Pedro Talarico,
Rua Fernão Albernaz, R. Bento
Quirino, Avenida Doutor Berna-
dino Brito Fonseca de Carvalho,
Rua Bernadelle e Rua Teodoro
Lorencini. A equipe deu suporte
para esses pontos com a oferta
de serviços de saúde (consultas,
encaminhamentos para a rede,
entre outros), 84 kits de saúde
bucal contendo escova, creme
dental e fio dental, 6 mantas tér-
micas e os trabalhadores doaram
cerca de 200 peças de roupa. Os
coletivos, comércios e a comuni-
dade já descritos doaram 84 kits
de higiene contendo sabão, sa-
bonete, detergente e álcool 70,
352 máscaras e 40 cobertores.
Foi desenvolvida uma planilha
de monitoramento com informa-
ções detalhadas da localização
do usuário e o registro das ações
realizadas. E elaborado um pron-
tuário específico da população
em situação de rua; constando
a identidade visual dos usuários/
fotos para facilitar a identificação
por qualquer profissional de saú-
de, tendo em vista a possibilidade
dessas pessoas não possuírem
endereço físico ou documen-
tos pessoais. Em 2021 a unida-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
de estava com 7 usuários, dos
7 cadastrados permaneceram 6
em 2022. Já em 2023 a unidade
está com 8 pessoas cadastradas,
sendo 2 novos usuários. Hoje a
população cadastrada busca de
forma espontânea a unidade e/ou
os profissionais de saúde no terri-
tório quando necessitam.
CONCLUSÕES
A equipe compreende a impor-
tância do reconhecimento e do
cadastro da população de rua,
como um processo existente na
rotina da unidade. Os coletivos
permanecem assíduos nas inter-
venções apoiando de forma com-
plementar as ações da equipe de
saúde. As ações extramuros per-
manecem ativas, conforme com-
plexidade e é uma referência de
saúde para a população de rua
cadastrada. O Projeto Saúde na
Rua foi uma ferramenta prática
SÃO PAULO
MOMENTO DE PAUSA: ACOLHIMENTO E AUTOCONHECIMENTO
PARA MULHERES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE
MOYRA CRISTINA GUERRA FERREIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A UBS Jd. São Carlos localiza-
-se em um território de grande
vulnerabilidade social e o grupo
terapêutico é uma estratégia de
fortalecimento e empoderamen-
to das mulheres deste contexto.
O encontro estimula o cresci-
mento, possibilita acompanhar
a evolução de cada mulher, as
suas lutas e desafios que cada
uma encontra para superar di-
ficuldades, promove a sensa-
ção de esperança em relação à
possibilidade de recuperação,
previne a solidão e permite criar
uma rede maior de apoio em um
ambiente seguro.
OBJETIVOS
Volume 10
de fomento do trabalho em rede
e da força do coletivo para as
questões sociais. O que possibi-
litou o seu desdobramento para
atender também as pessoas em
situação de grande vulnerabilida-
de social provendo a distribuição
de 47 cestas básicas, 6 saídas de
maternidade e uma geladeira so-
lidária disponibilizada no território
por um comerciante a partir da
sensibilização das ações volta-
das a população. Dessa forma, a
equipe compreende que os obje-
tivos foram concluídos e que hoje
o projeto Saúde na Rua pode ser
considerado uma Prática Incor-
porada da UBS Jardim Maringá/
Vila Talarico.
PALAVRAS-CHAVE
saúde na rua
BIBLIOGRAFIA
OBJETIVO GERAL Proporcionar
às participantes um momento
de pausa da vida cotidiana em
um espaço seguro para reflexão
e expressão, estimular o auto-
conhecimento e autonomia para
que se tornem pessoas ativas
capazes de modificar a própria
realidade e contribuir para o
empoderamento e transforma-
ção da mulher na sociedade.
OBJETIVO ESPECÍFICO Utilizar
as práticas integrativas e com-
plementares em saúde como
instrumento terapêutico.
METODOLOGIA
O grupo é coordenado pelas
profissionais técnicas: farma-
cêutica e nutricionista. O convi-
JUNIOR, C. N.; JESUS, C. H.;
CREVELIM, M. A. A Estratégia
Saúde da Família para a equidade
de acesso dirigida à população
em situação de rua em grandes
centros urbanos. Saúde e So-
ciedade, v. 19, p. 709-716, 2010.
MELO, T. H. A. G. A rua e a socie-
dade: articulações políticas, so-
cialidade e a luta por reconheci-
mento da população em situação
de rua. Curitiba-PR [dissertação].
Curitiba: Universidade Federal do
Paraná, 2011. PAIVA, I. K. S. et al.
Direito à saúde da população em
situação de rua: reflexões sobre
a problemática. Ciência & Saú-
de Coletiva, v. 21, p. 2595-2606,
2016. SILVA, C. C.; CRUZ, M. M.;
VARGAS, E. P. Práticas de cui-
dado e população em situação
de rua: o caso do Consultório na
Rua. Saúde em Debate, v. 39, p.
246-256, 2015.
te para o grupo acontece duran-
te os atendimentos individuais
realizados na unidade e através
das reuniões de matriciamento
com toda a equipe multiprofis-
sional. Os encontros acontecem
às quartas-feiras, quinzenal-
mente, no período da tarde na
igreja ao lado da unidade. Após
a acomodação das pacientes
participantes sentadas ao re-
dor de uma grande mesa no
estacionamento da igreja, são
propostos exercícios de res-
piração para trazer a atenção
ao momento presente. Então,
é colocado uma música tema
para tocar e oferecido chá para
tomarem enquanto escutam e
refletem sobre a música. A es-
65

colha da música tema, realizada
anteriormente ao momento do
grupo, é norteada pelo desejo
em criar provocações e estimu-
lar o pensamento crítico acerca
da vida cotidiana das pacientes.
É, então, proposto uma discus-
são baseada na letra da música
tema relacionada aos aspectos
do viver. A discussão tem como
objetivo encorajar o compar-
tilhamento de experiências e
percepções pessoais, além de
demonstrar o poder que existe
nas relações interpessoais. As
participantes se envolvem no
tema apresentado e compar-
tilham impressões, opiniões e
histórias sobre suas vidas. Para
finalizar o momento, a prática
integrativa e complementar da
Auriculoterapia é realizada em
todas as pacientes participan-
tes com enfoque em pontos re-
lacionados à saúde mental de
cada uma. Os recursos para a
realização desta atividade são
obtidos através do e
RESULTADOS
Durante os encontros é possí-
vel reconhecer a evolução das
pacientes participantes em re-
lação à percepção de seus pró-
prios sentimentos, elaboração
de resposta às situações de
conflito e exercício do autocui-
dado. A prática dos exercícios
de respiração traz autoconsci-
ência para o corpo e mente e
são utilizados pelas pacientes
também fora do grupo terapêu-
tico, em suas rotinas. Respirar
é um ato natural e automático,
porém quando realizada de for-
ma consciente se torna uma
ferramenta capaz de modificar
a resposta às situações de es-
tresse e ansiedade. O momen-
to da oferta do chá durante o
grupo terapêutico estimula o
hábito, muitas vezes esquecido
pela rotina, da paciente reservar
um momento para cuidar de si e
66
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
observar suas emoções. O chá
é uma bebida que traz inúmeros
benefícios para a saúde e seu
consumo pode ser replicado em
casa para momentos de relaxa-
mento. A música tema, além de
fomentar o início da discussão,
traz um momento de recreação
para o grupo, podendo até es-
timular algumas pacientes a
cantarem, quando reconhecem
a música proposta. A música
tem o poder de despertar sen-
sações e emoções e o hábito de
ouvir música e cantar também
pode ser estimulado como sen-
do um momento de autocuida-
do para as pacientes. As PICS
são recursos terapêuticos que
buscam a prevenção de doen-
ças e a recuperação da saúde,
com ênfase na escuta acolhe-
dora, no desenvolvimento do
vínculo terapêutico e na integra-
ção do ser humano com o meio
ambiente e a sociedade. Nesse
contexto, a auriculoterapia, d
CONCLUSÕES
Os encontros realizados no gru-
po terapêutico proporcionam às
mulheres residentes do territó-
rio em situação de vulnerabili-
dade social, um espaço seguro
de acolhimento e compartilha-
mento através da troca de expe-
riências e desenvolvimento do
autoconhecimento. É possível
que as pacientes participantes
se beneficiem ainda mais com
encontros semanais, como já
até solicitado por elas próprias,
porém dentro da programação
da agenda das profissionais,
outras atividades também pre-
cisam ser executadas na uni-
dade, como consultas e visi-
tas domiciliares. Além disso, o
grupo tem um número limite de
12 participantes para que seja
possível que todo o processo
terapêutico ocorra com quali-
dade e que todas as pacientes
participantes sejam beneficia-
das pela auriculoterapia. Com o
reconhecimento do impacto po-
sitivo desse espaço fomentador
do empoderamento feminino
que é o grupo terapêutico Mo-
mento de Pausa, incentiva-se a
criação de outros grupos reali-
zados por outros profissionais
da unidade que tenham como
objetivo o cuidado integral do
paciente.
PALAVRAS-CHAVE
vulnerabilidade, acolhimento e
PICS
BIBLIOGRAFIA
9. Bibliografia (opcional) BRA-
SIL. Ministério da Saúde. Políti-
ca Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher. Brasília (DF):
Ministério da Saúde; 2004. Dis-
ponível em http://bvsms.saude.
gov.br/bvs/publicacoes/politica_
nac_atencao_mulher.pdf. MOU-
RA E.R.F., GUEDES T.G., FREIRE
A.S., BESSA A.T., BRAGA V.A.,
SILVA R.M. Planejamento familiar
de mulheres com transtorno men-
tal: o que profissionais do CAPS
têm a dizer. Rev Esc Enferm USP,
v.46, n.4, p. 935-43, 2012. Dis-
ponível em http://www.scielo.br/
scielo. php?script=sci_arttext&pi-
d=S0080-62342012000400022
PEREIRA, Q. L. C.; SIQUEIRA, H.
C. H. O Olhar dos responsáveis
pela política de saúde da mulher
climatérica. Esc Anna Nery Rev.
Enferm. v. 13, n. 2, p. 366-71. 2009.
Disponível em: http://www.scie-
lo.br/pdf/ean/v13n2/v13n2a18.
pdf. Brasil. Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Bá-
sica. Manual de implantação de
serviços de práticas integrativas
e complementares no SUS / Mi-
nistério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento
de Atenção Básica. – Brasília : Mi-
nistério da Saúde, 2018.
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
CAPACITANDO PROFISSIONAIS DA SAÚDE PARA MULTIPLICAÇÃO
DE PRÁTICAS MEDITATIVAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
APARECIDA BASTOS PEREIRA, ROSANA LIPPMAN MURALHA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As Práticas Integrativas e Comple-
mentares em Saúde – PICs vêm
gradativamente ocupando espa-
ço no Sistema Único de Saúde –
SUS à medida em que enfatizam
a prevenção, promoção e recu-
peração da saúde, orientando-se
pela busca do cuidado integral e
por novos modos de aprender e
praticar saúdeque tenham como
diretrizes a interdisciplinaridade
e o resgate da humanização das
ações do cuidado. A meditação,
uma das práticas incluídas no
campo das PICs, tem sido vas-
tamente reconhecida pela litera-
tura pelos benefícios propiciados
à saúde integral do ser humano.
Pesquisas realizadas a partir da
década de 60 apontam os seus
efeitos associando-os especial-
mente à diminuição dos sintomas
ligados ao estresse, à ansiedade
e à depressão; a resultados pro-
missores sobre o sistema cardio-
vascular; ao fortalecimento do
sistema imunológico;à eficácia no
tratamento de dores crônicas; à
redução do risco de recaídas nos
casos de dependência química;
a alternativas para o controle da
compulsão alimentar; à melho-
ria dos distúrbios do sono e da
atenção e concentração. Tendo
em vista esses resultados, a im-
portância dessa Capacitação
justifica-se pela necessidade de
formar profissionais capacitados
nessa prática, com condições de
disponibilizá-la nas unidades em
que atendem, de modo que cada
vez mais usuários tenham acesso
aos seus benefícios.
OBJETIVOS
2.1. Capacitar os profissionais de
saúde para a compreensão e ma-
Volume 10
nejo eficiente das práticas medi-
tativas no cotidiano das ações de
cuidado e promoção de saúde;
2.2. Ampliar o acesso dos usu-
ários dos serviços de saúde aos
benefícios proporcionados pelas
práticas meditativas; 2.3. Promo-
ver,por meio das ações realizadas
pelos facilitadores de meditação
nos equipamentos de saúde, o
desenvolvimento do autocuidado
pelos usuários,através do estí-
mulo para a incorporação dessas
práticas no seu cotidiano; 2.4.Au-
mentar a resolutividade da rede
assistencial com o uso de uma
técnica simples, de baixo custo,
sustentável e comprovadamente
eficaz. 2.5.Promover a preven-
ção de agravos e a recuperação
da saúde a partir da perspectiva
de um cuidado continuado, hu-
manizado e integral em saúde;
2.6.Estimular a promoção da saú-
de como parte da integralidade
do cuidado na rede de atenção à
saúde.
METODOLOGIA
A Capacitação tem a duração de
42 horas, sendo 16 horas de ati-
vidades síncronas e 26 horas de
atividades realizadas à distân-
cia. As 16 horas de aulas online
distribuem-se em 11 encontros,
realizados uma vez por semana,
fundamentando-se em uma me-
todologia própria para a educa-
ção de adultos (andragogia) e no
modelo do ciclo de aprendizagem
experiencial de David Kolb. Con-
soante com essas abordagens
as aulas são compostas por um
momento inicial em que os alunos
partilham suas experiências pes-
soais com as práticas, remeten-
do-as à teoria abordada; por um
segundo momento que consta
de uma exposição dialogada so-
bre conteúdos que abordam os
fundamentos das práticas, seus
aspectos históricos e benefícios
e pelo encerramento com a rea-
lização de uma prática meditativa
guiada. Ainda nesses encontros
os participantes são convidados
a apresentar os seus projetos
para a aplicação das práticas nas
Unidades em que atuam, cons-
tituindo-se esse momento tanto
em um espaço de troca de ex-
periências entre eles, como de
supervisão da sua atuação. As
atividades realizadas à distân-
cia incluem textos e vídeos, os
quais ampliam e aprofundam o
conhecimento abordado durante
as aulas, como também a reali-
zação regular de práticas medi-
tativas guiadas para as quais são
enviados os áudios de condução.
A formação das turmas centrali-
za-se na Coordenadoria Regional
de Saúde Norte, abrangendo as 6
Supervisões Técnicas de Saúde
da região.
RESULTADOS
No que se refere aos resultados
obtidos, no seu aspecto quantita-
tivo, foram capacitados entre os
anos de 2018 e 2022 o total de
212 trabalhadores, de categorias
profissionais diversas (enfermei-
ros, médicos, psicólogos, fisio-
terapeutas, terapeutas ocupa-
cionais, nutricionistas, dentistas,
agentes comunitários de saúde,
auxiliares de enfermagem e fono-
audiólogos), sendo contemplados
92 equipamentos de saúde in-
cluindo UBSs, CAPS (Adulto, Ál-
cool e Drogas e Infanto-Juvenil),
CECCOs, CERs, Ambulatórios de
Especialidades e NASFs. Obser-
vou-se pelo relato dos alunos o
67

caráter transformador e inovador
desse Projeto de Capacitação ao
referirem que a aplicação dessas
práticas tem permitido difundir
um recurso de cuidado potente,
que promove mudanças impor-
tantes na qualidade de vida dos
que a experimentam, melhoram
o autocuidado, ao mesmo tem-
po em que são de fácil aplicação.
Percebeu-se também por esses
relatos que as práticas meditati-
vas possuem grande abrangên-
cia social considerando-se que
são acessíveis aos mais diversos
públicos e com possibilidade de
integrarem-se com outras práti-
cas de cuidado já exercidas pelos
profissionais, potencializando-as
e aprofundando-as. Os partici-
pantes referiram que têm apli-
cado as práticas em Grupos de
Gestantes, Idosos, Adolescentes,
Antitabagismo, Nutrição, Saúde
Mental, Mulheres, Crianças, Ativi-
dades Físicas, em atendimentos
individuais nas diversas especia-
lidades e em grupos específicos
de meditação.
CONCLUSÕES
A motivação inicial para a reali-
zação dessa Capacitação reme-
SÃO PAULO
PROJETO GRUPO BEM ESTAR- RELATO DE EXPERIÊNCIA
FERNANDA APARECIDA ROCHA JARDIM
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Atualmente estão autorizadas
pela Secretaria Municipal de
Saúde (SMS – SP) 29 práticas
integrativas e complementa-
res (PICS), dentre elas o reiki,
aromaterapia, auriculoterapia,
massagem, cromoterapia e ou-
tros atividades que requerem
formação técnica específica e
estão regulamentadas pelo Mi-
nistério da Saúde (MS) através
da Portaria GM N° 702/2018 e
68
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
teu-se à experiência de trabalho
no cotidiano da saúde pública
que nos convoca a buscar solu-
ções criativas para a melhoria da
atenção aos usuários. Igualmente
sentimo-nos motivados a relatar
essa experiência compreenden-
do que esse modelo pode ser
reproduzido em outros territórios,
visto que, no contexto local, am-
pliou significativamente a oferta
dessas práticas, envolvendo ser-
viços de saúde de natureza diver-
sas e agregando aos saberes dos
profissionais uma tecnologia de
cuidado potente, eficaz, acessível
aos usuários na sua diversidade e
de fácil aplicação. Consideramos
ainda fundamental a percepção
de que mesmo quando há limita-
ções é possível realizar uma ação
exitosa se houver envolvimento
compartilhado na sua constru-
ção. É indubitável que o êxito
desse Projeto só foi possível por
tratar-se de uma ação conjunta
entre o HMJSH e a interlocução
de PICs da CRSN a qual possi-
bilitou o reconhecimento das
necessidades do território e a in-
tegração entre equipamentos de
saúde no sentido de atendê-las.
Podemos concluir que a ação
reconhecida pela OMS (organi-
zação Mundial de Saúde). Entre
dezembro de 2019 e Janeiro de
2020 foi anunciado pela OMS a
pandemia pelo novo coronaví-
rus, denominado SARS-Cov-2
. Com o surto de covid 19 per-
cebeu-se o pânico generaliza-
do, estresse na saúde mental
, houve impacto psicológico
imediato na população e nos
profissionais de linha de fren-
te, observou-se aumento dos
dos trabalhadores capacitados
contribuem para ampliar a poten-
cialidade da saúde individual e
coletiva e reduzir vulnerabilidades
e riscos à saúde.
PALAVRAS-CHAVE
PICS, meditação
BIBLIOGRAFIA
FILATRO, A. Teoria e Prática dos
Estilos de Aprendizagem.Brasí-
lia:Escola Nacional de administra-
ção Pública – ENAP, 2015 KABA-
T-ZINN, J. Viver a catástrofe total.
São Paulo: Palas Athena, 2017.
KENSKI, V. M. A educação corpo-
rativa: a questão da andragogia.
In: Educação a distância: o esta-
do da arte. São Paulo: Pearson
Education, 2009. LUZ, M. Novos
saberes e práticas em Saúde Co-
letiva. São Paulo: HUCITEC, 2013.
TELESI JÚNIOR, E. Práticas Inte-
grativas e Complementares em
Saúde: uma nova eficácia para o
SUS Estud. Av.,São Paulo,v. 30,
n. 86, p. 99-112,Apr.2016.http://
w w w.s cie lo.b r/s cie lo.p hp?s -
cript=sci m4014216Oct.2018
h t t p : // d x . d o i . o r g / 1 0 .1 5 9 0 /
S010340142016.00100007
sintomas ansiedade , depres-
são, dores crônicas. Estávamos
passando por algo novo e nun-
ca vivido antes na história da
saúde pública , fomos tomado
pelo medo de adoecer, medo de
morrer, medo das sequelas da
covid, incertezas sobre a rotina
diária, angústia, isolamento so-
cial pela quarentena, luto pelos
familiares e amigos, medo da
vacina, profissionais da saúde
desgastados e devastados pela
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
pandemia instalada. Neste con-
texto , sob o prisma da saúde
mental e de promover bem es-
tar físico surgiu o grupo BEM
ESTAR, iniciado na unidade em
Julho de 2021 .Este grupo é fo-
cado no atendimento em Reiki,
auriculoterapia, aromaterapia e
cromoterapia.
OBJETIVOS
O objetivo deste artigo é apresen-
tar o relato de experiência viven-
ciada na UBS/AMA JD MIRIAM
MANOEL SOARES DE OLIVEIRA
nos atendimentos em grupo, fo-
mentar a prática destas técnicas
entre os outros colegas profissio-
nais, bem como relatar os resul-
tados dos atendimentos.
METODOLOGIA
O projeto iniciou com atendi-
mento aos colaboradores com
enfoque de suporte emocional,
acolhimento e conforto no mo-
mento mais difícil e novo que
era o da pandemia de covid 19.
Devido aos resultados positivos
dos atendimentos com os pro-
fissionais de saúde da unidade
e a necessidade de dar apoio
emocional e empoderamento
ao enfrentamento às demandas
emocionais /psicológicas da
pandemia , abrimos o grupo à
população adscrita em outubro
de 2021. O público alvo deste
grupo são pessoas portadoras
de sofrimento mental, como:
ansiedade, insônia, tristeza,
luto e portador de dores crôni-
cas como: artrite, fibromialgia.
Todos os pacientes direciona-
dos a este atendimento foram
conscientizados e encaminha-
dos por um profissional técnico:
médico, enfermeiro, psicólogo
ou psiquiatra. Assim , o presen-
te artigo visa demonstrar como
o atendimento em PICS com o
grupo Bem estar , colaboram
para melhora no auto cuidado
com a saúde mental, física e
Volume 10
bem estar através de uma ava-
liação reflexiva e descritiva a
partir dos atendimentos realiza-
dos no período de 1/10/2021 à
31/12/2022 do grupo bem estar
na população e nos colabora-
dores.
RESULTADOS
Na implementação do projeto
a divulgação ocorreu por meio
de convite via whatsapp aos
colaboradores da unidade, tais
práticas eram desconhecidas
entre os colaboradores e nunca
antes realizadas na unidade. Os
atendimentos iniciais aconte-
ceram individualmente entre os
colaboradores, foi estabelecido
3 atendimentos com intervalo
semanal durante 30 minutos.
Posteriormente, com a divulga-
ção e sucesso das terapias a
demanda aumentou e então, a
estratégia usada foi iniciar gru-
pos de atendimento , o que foi
muito positivo, e não houve im-
pacto na qualidade e os bene-
fícios das técnicas. Os atendi-
dos foram submetidos à terapia
em grupo com duração de uma
hora, receberam atendimentos
em aromaterapia, cromotera-
pia, reiki e auriculoterapia na
mesma sessão de atendimento
por 8 semanas. O índice de fal-
tas e abandono foram mínimos,
o grupo cresceu com a divul-
gação entre os profissionais e
pacientes, inicialmente era dois
grupos semanais com 10 pes-
soas e atualmente são 4 grupos
semanais. Os Benefícios rela-
tados pelos atendidos foram:
melhora do sono, do humor, da
ansiedade, do medo, do stress,
da tristeza, da auto estima, da
qualidade de vida, da felicidade.
CONCLUSÕES
A magnitude de uma pandemia
como a de Covid 19 gerou pâ-
nico generalizado, estresse, an-
siedade, depressão, transtorno
sono, transtornos alimentares.
Foi perceptível através dos re-
latos dos pacientes durante os
atendimentos a melhor dimen-
são de consciência corporal,
melhora dos aspectos emocio-
nais, físico, das dores crônicas,
estresse, ansiedade, insônia,
relaxamento profundo, bem-es-
tar, e equilíbrio corpo e mente,
além, de fortalecer vínculos e
rede de apoio entre os mem-
bros do grupo e com a unidade
de saúde . Os recursos utiliza-
dos durantes os atendimentos
são de baixo custo comparados
aos benefícios da redução do
uso de automedicação, da vida
mais saudável e da busca diária
pelo bem estar físico e psíquico.
Concluiu-se que com essas téc-
nicas o enfoque dos princípios
básicos preconizados pelo SUS
que abrangem a prevenção e a
integralidade dos atendimen-
tos é assistido na sua totalida-
de com esplendor e reconhe-
cimento , o reiki e as demais
técnicas utilizadas contribuíram
para melhor aproveitamento
dos recursos públicos e para
melhoria na qualidade de vida
dos pacientes e colaboradores.
PALAVRAS-CHAVE
AUTOCUIDADO, PICS
BIBLIOGRAFIA
1. Spezzia S, Spezzia S. O uso do
Reiki na assistência à saúde e no
Sistema Único de Saúde. R. saú-
dePúbl. 2018 Jul.;1(1):108-115. 2.
https://www.gov.br/saude/pt-br/
assuntos/saude-de-a-a-z/p/pra-
ticas-integrativas-e-complemen-
tares-3. Manual de Implantação
de Serviços de Práticas Integra-
tivas e Complementares no SUS-
-BRASÍLIA-DF2018 4. J. nurs. he-
alth. 2020;10(n.esp.):e20104007.
Efeitos da pandemia do novo
Coronavírus na saúde mental de
indivíduos e coletividades
69

SÃO PAULO
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMARIA A SAÚDE
FRENTE AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS COMPLEMENTARES
PAULA OLIVEIRA GLASSER
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Com objetivo de discorrer sobre
atuação do enfermeiro frente às
práticas integrativas e comple-
mentares, (PICS) analisando seu
desenvolvimento na atenção pri-
maria a saúde (APS). Com o for-
talecimento da política nacional
de práticas integrativas tem pro-
porcionado o aumento à procura
de tais serviços, por parte dos
usuários do Sistema Único de
Saúde, devem ser exercidas pe-
los profissionais da Equipe ESF
e EMAB. São utilizadas como re-
curso terapêutico que buscam a
promoção da saúde por meio de
mecanismos que se aliam às te-
rapias convencionais e objetivam
a promoção do equilíbrio entre os
campos físico, mental, espiritual
e emocional. Dentre as ofertas
podemos destacar a auriculote-
rapia, essa abordagem visualiza
o paciente de forma integral, e
seus recursos terapêuticos são
complementares às práticas me-
dicamentosas. No trabalho de-
senvolvido na Unidade de Saú-
de da Família (USF), destaca-se
a equipe o enfermeiro como um
dos principais atuantes e respon-
sável pela utilização da prática,
e por sua continuidade, porém o
sucesso da Estratégia é o traba-
lho em equipe, onde cada um tem
seu papel e sua importância. Na
UBS Jardim Celeste o enfermeiro
é a porta de entrada do atendi-
mento onde a oferta e procura de
cuidados, em atendimentos em
RTA via acesso avançado, con-
sultas agendas, e grupos plane-
jados para cada linha de cuidado
de saúde, onde é realizado uma
avaliação e inserção do usuário a
70
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
oferta de cuidado individualizada.
OBJETIVOS
Apresentar sobre a atuação da
enfermagem no processo do cui-
dado integral à saúde a partir da
utilização de auriculoterapia no
contexto da Atenção Primária à
Saúde, associada ao processo de
trabalho da enfermagem na prá-
tica clínica centrada na pessoa
e implementação do cuidado de
forma integral, baseada em evi-
dências clínicas e na sistematiza-
ção de intervenções necessárias.
METODOLOGIA
A utilização de auriculoterapia em
atendimentos como ferramenta
instrumentalizadora para propor-
cionar benefícios a saúde, como
no grupo de tabagismo com ob-
jetivo de reduzir ansiedade uti-
lizando pontos para tratamento
do vicio coração e pulmão, em
pacientes portadores de doenças
crônicas, hipertensão, cefaleias,
neuropatias diabéticas, aborda-
gens a problemas musculoes-
queléticos, dorsalgias, em saúde
mental sendo muito relevante nos
tratamentos para de insônia de-
pressão equilíbrio físico e mental,
cuidados paliativos para auxilio
ao tratamento da dor medo an-
gustias em paciente e familiares
e em crianças e recém nascidos
para alivio de cólicas e irritabili-
dades, saúde da mulher no perí-
odo do climatério e em especial
no período gestacional para ali-
vio de náuseas, dores lombares,
em saúde do idoso para alivio de
tonturas questões emocionais re-
lacionadas ao processo das mu-
danças corporais e limitações fí-
sicas. Sendo um método utilizado
em algumas vezes associados a
terapias medicamentosas.
RESULTADOS
Aumento na procura e aplicabili-
dade das PICS (auriculoterapia)
nos atendimentos realizados,
sendo possível de ser utilizado
em todos os ciclos de vida pro-
porcionando melhora e bem-es-
tar. Descrever mais os resultados
encontrados.
CONCLUSÕES
A Estratégia de Saúde da Família
possibilita amplo acesso aos ser-
viços de saúde e atenção integral
adequada às necessidades indi-
viduais e coletivas com qualidade
e resolutividade. Almejando uma
melhoria na qualidade do proces-
so de cuidados em Enfermagem
mostrar que as técnicas Integrati-
vas e Complementares em saúde
podem ser associadas aos cui-
dados do profissional enfermeiro.
A auriculoterapia aparece como
um recurso associado aos cui-
dados, técnica que consiste na
estimulação mecânica de pontos
específicos do pavilhão auricular,
com sementes, que são presos
à pele para que fiquem pressio-
nando esses pontos atuando em
microssistemas, não sendo um
procedimento invasivo e passível
de complicações e efeitos colate-
rais, proporcionando alívio e tra-
tamento de sintomas relaciona-
dos a uma patologia de base seja
física ou emocional.
PALAVRAS-CHAVE
ENFERMAGEM, PICS
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
ATENDIMENTO AO PACIENTE DE HANSENIASE - UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA
MARIANA TIBÉRIO BERLINI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A hanseníase é uma doença in-
fecciosa curável causada pelo
bacilo de Hansen (Mycobacte-
rium leprae) bactérias que tem
predileção por células cutâneas
e nervos periféricos portanto, se
não tratada, pode deixar seque-
las. As incapacidades físicas re-
sultantes da hanseníase podem
acometer os olhos, mãos e pés
do indivíduo afetado, porém es-
tas podem ser evitadas ou redu-
zidas, desde que o diagnostico
seja realizado precocemente. O
tratamento é oferecido gratui-
tamente no Brasil somente pela
rede pública. Atualmente o Brasil
e o segundo país com mais ca-
sos no mundo, em 2016, foram
registrados mais de 28.000 novos
casos de hanseníase pelo Minis-
tério da Saúde. O diagnóstico é
feito pelo médico após avaliação
clínica dermatológica e testes de
sensibilidade, se necessário será
feita a baciloscopia e/ou biopsia
da lesão ou área suspeita. Enten-
dendo que a Hanseníase possui
ainda nos dias de hoje um grande
estigma e que os pacientes aco-
metidos pelo agravo necessitam
de acolhimento que vá além das
necessidades físicas da doença
viu-se a necessidade de criar no
serviço uma rede de acolhimento
ao paciente.
OBJETIVOS
Atendimento de qualidade de pa-
cientes acometidos por hansení-
ase captados pela atenção pri-
mária, oferecendo atendimento
especializado e completo promo-
vendo espaços e atividades que
satisfaçam as necessidades psi-
cológicas e emocionais dos pa-
Volume 10
cientes com a utilização da horta
existente na unidade, grupos de
auto cuidado e artesanato.
METODOLOGIA
Desde 2016 até o setembro de
2021 tivemos um total de 55 ca-
sos de hanseníase notificados
pela unidade, destes houveram 4
transferências para outros servi-
ços, 1 abandono 3 óbitos por mo-
tivos adversos a hanseníase e 35
pacientes foram curados e man-
tém acompanhamento na unida-
de. Foi criada na unidade grupos
de atividades de artesanato e
horto-terapia, Em todos os en-
contros dos grupos eram realiza-
das orientações de auto cuidado
como a importância da hidrata-
ção da pele e mucosas, cuidados
com o sol, atividades e exercícios
para prevenção de incapacidades
físicas, sugestões de adaptação
para realização segura das ati-
vidades diárias em casa. Foram
entregues aos pacientes também
creme para hidratação recebidos
através de doação. As atividades
eram realizadas uma vez ao mês,
abertas a todos os pacientes da
linha de cuidados que desejas-
sem participar.
RESULTADOS
Para criação das atividades de ar-
tesanato e horto-terapia, tivemos
o desafio inicial de captação de
recursos para realização segura
das atividades proposta. Para ofi-
cina de artesanato e horto-terapia
recebemos doações de materiais,
mudas de plantas e equipamen-
tos utilizados pelos funcionários
da unidade, já o protetor solar
utilizado pelos pacientes para se-
gurança durante as atividades fo-
ram recebidos através de doação
externa. As atividades de artesa-
nato eram oferecidas de acordo
com as atividades de interesse
dos pacientes. Ambas atividades
tinham objetivo de servir como
meio de socialização dos pacien-
tes, assim como promover um
ambiente de acolhimento e es-
cuta para minimizar sofrimentos
relacionados a doença e seus es-
tigmas ainda presentes na socie-
dade. Em todos os encontros dos
grupos eram realizadas orienta-
ções de auto cuidado, exercícios
para prevenção de incapacidades
físicas, sugestões de adaptação
para realização segura das ati-
vidades diárias em casa. Como
resultado tivemos uma boa parti-
cipação as atividades propostas,
tendo em média 5 a 10 pacientes
participantes das atividades por
grupo realizado, e boa adesão ao
tratamento, uma vez que no perí-
odo de 5 anos desde o início do
atendimento na unidade tivemos
taxa de apenas 1.8% abandono,
63.3% de taxa de alta por cura
e 21.8% dos pacientes estão em
tratamento regular.
CONCLUSÕES
As ações realizadas se mostra-
ram efetivas quando observada
a frequência e participação dos
pacientes nos grupos oferecidos
pela unidade, assim como na alta
taxa de adesão ao tratamento.
PALAVRAS-CHAVE
HANSENÍASE, ADESÃO AO TRA-
TAMENTO
BIBLIOGRAFIA
Sociedade Brasileira de Derma-
tologia, Hanseníase: Brasil é o
71

segundo país com maior número
de casos no mundo, atrás da Ín-
dia. Apesar disso, se descober-
ta precocemente, mais cedo é a
cura, São Paulo, disponível em:
SÃO PAULO
AS PICS COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO INTEGRAL E REDUÇÃO
DE DANOS EM USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
CRISTINA APARECIDA ANDRADE PEREIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Introdução Durante a década de
60, Franco Basaglia, psiquiatra
italiano revolucionou, através de
suas abordagens e terapias hu-
manizadas, o tratamento em hos-
pitais psiquiátricos. No Brasil, o
movimento para a reformulação
dos cuidados em saúde mental
denominado por “Reforma Psi-
quiátrica Brasileira” foi iniciado na
década de 70 com forte influên-
cia no movimento italiano. A par-
tir da Lei Federal nº 10.216/2001,
conhecida como Lei da Reforma
Psiquiátrica, confere aos Centros
de Atenção Psicossocial (CAPS) a
designação oficial de cuidado em
saúde mental como um novo mo-
delo de atenção e cuidado espe-
ciais, sendo um serviço integrado
ao SUS em substituição aos hos-
pitais psiquiátricos. O CAPS AD
III Jardim São Luiz utiliza as prá-
ticas integrativas com seus usuá-
rios como estratégia de cuidado,
buscando amenizar o sofrimento
físico, mental e emocional causa-
do pelo uso abusivo de álcool e
outras drogas, contribuindo para
redução de danos ao possibilitar
aos usuários acessar sentimen-
tos e emoções que podem ser
considerados “gatilhos” para o
uso de drogas, amenizando o
desconforto causado pelo uso
abusivo e pela fissura ocasionado
durante os períodos de redução
ou suspensão do uso (abstinên-
cia) e o sofrimento psíquico cau-
72
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/guia_de_hansenia-
se.pdf Guia para o controle da
Hanseníase, Ministério da Saúde,
Brasília-DF, 2002, Disponível em:
sado pelos estigmas sociais que
fazem dos usuários de drogas
pessoas excluídas do contexto
social. Justificativa Demonstrar a
eficácia das práticas integrativas
como recurso para o cuidado físi-
co, mental e emocional, redução
de danos e controle dos sintomas
de fissura.
OBJETIVOS
Proporcionar aos usuários de ál-
cool e outras drogas o conheci-
mento das práticas integrativas e
possibilitar a utilização destes re-
cursos como suporte durante os
períodos de redução ou suspen-
são do uso. Amenizar sintomas e
desconfortos causados pelo uso
abusivo e pela redução ou sus-
pensão do uso de drogas.
METODOLOGIA
As práticas integrativas de Me-
ditação, Automassagem, Alon-
gamentos, Dança Circular e Lian
Gong são realizadas em grupos
abertos, com cerca de 15 a 20
usuários que se encontram em
convivência diária, acolhida in-
tegral e acompanhamento in-
tensivo, como suporte durante o
processo de redução do consu-
mo e/ou abstinência. As práticas
integrativas de Auriculoterapia e
Aromaterapia são realizadas em
atendimentos individuais, com
agendamento prévio ou como re-
curso não medicamentoso nas si-
tuações de crise, solicitadas pela
https://www.sbd-sp.org.br/geral/
hanseniase-brasil-e-o-segundo-
-pais-com-maior-numero-de-ca-
sos
equipe multiprofissional ou pelos
próprios usuários.
RESULTADOS
Em 2019, eram ofertadas como
práticas integrativas as atividades
de Alongamento, Automassagem,
Meditação, Dança Circular e Auri-
culoterapia. Estas ofertas foram
intensificadas em 2022, após no-
vas capacitações, e foram inseri-
das as atividades de Lian Gong
e Aromaterapia. De acordo com
relatos dos próprios usuários,
tais práticas integrativas veem
contribuindo de maneira signifi-
cativa para amenizar sentimentos
e emoções associados ao uso
abusivo e momentos de fissura
como ansiedade, depressão, irri-
tabilidade, estresse, sentimentos
negativos, melhora no humor e na
maneira comose relacionam com
familiares e amigos.Usuários re-
latam usar algumas das práticas-
como estratégia no enfrentamen-
to do uso abusivo, diminuindo as
recaídas e a modificando o pa-
drão de uso e na maneira de lidar
com situações consideradas ga-
tilhos. A tabela abaixo demonstra
a participação dos usuários às
práticas ofertadas em 2022, de
acordo com a média anual,confir-
mando a adesão à utilização das
PICS como parte do tratamento.
PICS Média Anual 2022 Alonga-
mentos 17 Aromaterapia 5 Auto-
massagem 4 Auriculoterapia 41
Dança Circular 24 Liang Gong 19
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
Meditação 159 Total 269
CONCLUSÕES
A utilização das PICS no contex-
to da saúde mental em um CAPS
AD nos permite compreender e
pensar o cuidado de usuários de
drogas de outras maneiras além
do tratamento medicamentoso,
possibilitando a estes usuários
ter acesso a um tratamento dife-
renciado e humanizado, permitin-
do o cuidado integral e igualitário,
preservando-se sua autonomia e
participação em seu tratamento,
visando a promoção, proteção,
prevenção e reabilitação da sua
saúde física, mental, emocional
e social de forma a garantir o di-
reito de ser atendido de acordo
com os princípios e diretrizes do
SUS. Por se tratar de um público
que sofre com os estigmas de ser
usuário de drogas, onde a exclu-
são social acontece inclusive nos
espaços destinados ao cuidado
SÃO PAULO
CONTROLE DE TABAGISMO ATRAVÉS DA ASSOCIAÇÃO DE
AURICULOTERAPIA AO TRATAMENTO HABITUAL
WILLIONARDO TAMANINI GARCIA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A alta prevalência de consumo
de tabaco e dependência ao uso
de tabaco associado ao impac-
to na saúde pública decorrente
das comorbidades relacionadas
ao tabagismo evidenciam a ne-
cessidade de priorização deste
tema como problema de saúde
pública. A literatura descreve ex-
periências positivas na utilização
de auriculoterapia, cessação de
tabagismo e redução de carga ta-
bágica (PAIVA et al, 2014). A asso-
ciação da fácil utilização da auri-
culoterapia no âmbito da atenção
primária e seu potencial no trata-
mento do tabagismo e sintomas
de abstinência relacionados, jus-
Volume 10
de saúde e a dificuldade em man-
ter o tratamento é constante, ter
sua participação ativa e assídua
durante as práticas integrativas
nos permite compreender que
sua utilização vem contribuindo
de maneira significativa para o
tratamento destes usuários, fa-
zendo com que compreendam
sobre sua responsabilidade em
seu cuidado e tratamento, esti-
mulando-os a lidar com as ques-
tões que envolvem o uso abusi-
vo e, desta forma, possibilitando
amenizar seu sofrimento ao ser
cuidado de forma digna.
PALAVRAS-CHAVE
PICS,CAPS ALCOOL E DROGAS
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA. V. Contribuição das
Práticas Integrativas e Comple-
mentares do SUS. Disponível
em:http://observapics.fiocruz.br/
tifica a produção deste trabalho
que busca sintetizar a experiência
de profissionais de um grupo de
tratamento para o tabagismo no
bairro de Jardim Caiçara em São
Paulo.
OBJETIVOS
Sintetizar relatos de experiências
e percepções dos profissionais
de saúde integrantes do “grupo
de controle de tabagismo” na
unidade básica de saúde em Jar-
dim Caiçara sobre a integração
da Terapêutica Cognitivo-Com-
portamental e farmacológica as-
sociada à práticas integrativas e
complementares em saúde. Os
profissionais foram questionados
contribuicao-das-praticas-inte-
grativas-e-complementares-no-
-sus/. Acesso em 05/01/2023.
BRASIL. Lei nº 10.216, de 06 de
abril de 2001. Dispõe sobre a
proteção e os direitos das pes-
soas portadoras de transtornos
mentais e redireciona o mode-
lo assistencial em saúde men-
tal. Disponível em:https://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
leis_2001/I10216.htm. Acesso em
05/01/2023. BRASIL. Ministério
da Saúde. Secretaria de Atenção
Primária a Saúde. Política Na-
cional de Práticas Integrativase
Complementares no SUS. Dispo-
nível em: https://aps.saude.gov.
br/ape/pics/praticasintegrativas.
Acesso em 05/01/2023. BRASIL.
Ministério da Saúde. Saúde de Aa
Z. Práticas Integrativase Comple-
mentares (PICS). Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/
assuntos/saude-de-a-a-z/p/pics.
Acesso em 05/01/2023.
Qual a sua percepção e experi-
ência com a utilização da Auri-
culoterapia no tratamento inter-
disciplinar aplicado no Grupo de
Cessação do Tabagismo?
METODOLOGIA
Este trabalho sintetiza relatos so-
bre as experiências e percepções
de profissionais de equipe inter-
disciplinar do Grupo de Controle
de Tabagismo na Unidade Básica
de Saúde de Jardim Caiçara. O
grupo é formado por enfermei-
ro, nutricionista, farmacêutico e
médicos que atuam no próprio
serviço. O grupo atua através de
encontros semanais, quinzenais
e mensais com orientações e de-
73

bates coletivos associado a con-
sulta médica para avaliação clíni-
ca dos usuários e prescrição do
tratamento farmacológico. Simul-
taneamente os usuários partici-
pam de estações de aplicação de
auriculoterapia para tratamento
dos sintomas associados à abs-
tinência do tabaco.
RESULTADOS
A auriculoterapia dentro do Gru-
po de Tabagismo produziu resul-
tados satisfatórios para ambos
usuários e profissionais. É des-
crito no relato de experiência da
nutricionista: “Os resultados fo-
ram expressivos, sendo obser-
vado melhora significativa nos
pacientes, referindo melhora do
sono, diminuição da ansiedade,
vontade de fumar e compulsão
alimentar. A farmacêutica relata
a percepção de melhoria de con-
dições clínicas: “A auriculoterapia
no grupo de tabagismo auxiliou
na questão da ansiedade e irri-
tabilidade que normalmente os
pacientes apresentam durante a
cessação do tabaco.” A enfermei-
ra Patrícia percebe na prática da
SÃO PAULO
ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ACOMPANHAMENTO DA POPULAÇÃO
LGBTIA+ NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA, CRS NORTE
FLAVIA HELENA CICCONE, JOSÉ JOAQUIM RODRIGUES FILHO, ANA PAULA
KAWAHISA RODRIGUES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A População de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Transexuais,
Travestis, Intersexo, Assexuais
(LGBTIA+) é mais vulnerabili-
zada e tende a acessar menos
os serviços de saúde do que a
população não-LGBTIA+. Ain-
da assim, foi observado que as
94 Unidades Básicas de Saú-
de (UBS) da Coordenadoria
Regional de Saúde Norte (CRS
74
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
auriculoterapia uma promissora
ferramenta terapêutica na Aten-
ção Básica: “A prática da auricu-
loterapia utilizada como coadju-
vante no grupo do tabaco trouxe
maior adesão dos usuários, con-
tribuiu na redução de cigarros fu-
mados e cessação do tabagismo.
A auriculoterapia é um método
rápido e promissor que está em
expansão e a procura tem au-
mentado significativamente em
nossa unidade.” O médico des-
creve o potencial de ampliação
da acessibilidade ao tratamento
de cessação do tabagismo: “A
atuação no grupo de cessação
de tabagismo evidenciou desa-
fios que flutuam entre as condi-
ções culturais, associados aos
seus aspectos biopsicossociais.
A auriculoterapia potencializou a
melhoria das queixas relaciona-
das à ansiedade, abstinência e ao
ambiente de vida, dor crônica e
insônia, auxiliando no tratamento
farmacológico e não farmacológi-
co no tabagismo.
CONCLUSÕES
As experiências positivas, o baixo
Norte) não tem como rotina re-
ceber a População LGBTIA+
para o atendimento de saúde
sexual e reprodutiva. Entre
os principais motivos identi-
ficados estão: - Dificuldade
das(os) profissionais de saúde
na consulta ginecológica à Po-
pulação LGBTIA+, em especial
para Pessoas Transmasculi-
nas/Homens Trans, por moti-
vos variados como a falta de
familiaridade com o tema e
custo de utilização e o potencial
terapêutico da auriculoterapia
no tratamento do tabagismo evi-
denciam a necessidade de estu-
dos para análise de efetividade
e eficácia. Também considera-
mos necessário a formulação de
protocolos para implementação
da auriculoterapia como prática
complementar em saúde em uni-
dades básicas de saúde da rede
de Atenção primária em saúde do
SUS, através da informação dos
profissionais sobre utilização da
auriculoterapia e capacitação de
profissionais auriculoterapeutas.
PALAVRAS-CHAVE
TABAGISMO, AURICULOTERA-
PIA
BIBLIOGRAFIA
(https://www.scielo.br/j/reeusp/a/
W WG g Z c n K4H FL zN Y j C N y P-
7Jf/abstract/?lang=pt) (https://
r e p o s i to r i o. a n i m a e d u c a c a o.
com.br/handle/ANIMA /26568)
(http://54.205.230.206/index.php/
sma/article/view/3396)
até mesmo a insegurança na
abordagem. - Dificuldade da
População LGBTIA+, em es-
pecial da População Trans-
masculina/Homens Trans, no
acesso à assistência em saú-
de sexual e reprodutiva por
medo de constrangimento e
de discriminação.
OBJETIVOS
- Refletir e identificar as difi-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
culdades no acesso à saúde
da mulher e à saúde reproduti-
va da População LGBTIA+ nas
UBS da CRS Norte. - Desen-
volver práticas de saúde mais
inclusivas para combater as
iniquidades. - Subsidiar tecni-
camente os profissionais para
o atendimento ginecológico
mais humanizado e acolhedor,
visando ampliar o acesso à
População LGBTIA+.
METODOLOGIA
Primeiramente foi realizada
reunião entre as(os) interlocu-
toras(es) das áreas da Saúde
da Mulher e LGBTIA+ da CRS
Norte e das seis Supervisões
Técnicas de Saúde (STS) para
a integração e a discussão
sobre as ações em conjunto
dessas áreas. Posteriormente,
foi realizada uma Oficina com
a participação das(os) interlo-
cutoras(es) da Saúde da Mu-
lher e LGBTIA+ da CRS Nor-
te, STS, Organização Social
de Saúde (OSS) e Secretaria
Municipal de Saúde (SMS).
Essa oficina foi coordena-
da pela psicóloga do Centro
de Cidadania LGBTI Norte da
Secretaria Municipal de Di-
reitos Humanos e Cidadania
de São Paulo. Nessa oficina
foi realizada a discussão dos
conceitos de sexo biológico,
orientação sexual, identidade
e expressão de gênero, espe-
cificando as particularidades
de cada População LGBTIA+.
No segundo momento, as(os)
profissionais foram subdividi-
das(os) em 3 subgrupos para
discussão e dramatização da
abordagem à População LGB-
TIA+ na recepção, acolhimen-
to e consulta médica em uma
UBS. Cada subgrupo apresen-
tou a discussão em plenária
e, no final, houve o fechamen-
to dos casos apresentados,
ressaltando a importância do
acolhimento e do atendimento
Volume 10
de forma cuidadosa e humani-
zada.
RESULTADOS
Resultados Os principais resul-
tados esperados e alcançados
nas referências implantadas
em todas as STS foram: - Abor-
dagem sem discriminação e
preconceito, respeito ao nome
social e ao pronome que a pes-
soa desejar, uso de linguagem
neutra, cuidado com pergun-
tas e afirmações que indiquem
binarismo, perguntar de forma
ativa e respeitosa sobre a prá-
tica sexual, evitar exposições
desnecessárias, orientar sobre
os métodos contraceptivos: op-
ção da(o) usuária(o) de qual o
melhor método para o momen-
to atual de vida e, consideran-
do as vulnerabilidades, oferecer
os testes rápidos de HIV, Sífilis,
Hepatites B e C e orientar so-
bre as medidas de prevenção
às IST/AIDS. - Mudança na ofer-
ta de cuidados nas Unidades
de Saúde e suas equipes, tais
como a colpocitologia oncótica
(Papanicolaou): oferecer exame
ginecológico respeitando as
dificuldades, ter cuidado com
o tamanho do espéculo em es-
pecial para Homens Trans/Pes-
soas Transmasculinas, adequar
o melhor horário das consultas
e coleta de Papanicolaou, em
alguns casos específicos con-
siderar o uso de estrógeno va-
ginal antes da coleta, conside-
rar a inserção de espéculo pela
própria pessoa e no caso de
recusa oferecer a inspeção vul-
var e o toque bimanual. - Numa
fase inicial, foram implantadas
referências para o atendimen-
to ginecológico e de saúde re-
produtiva nas seis STS da CRS
Norte. Posteriormente, esse
atendimento será ampliado para
todas as UBS do território.
CONCLUSÕES
A integração das áreas da Saú-
de da Mulher e Saúde LGBTIA+
e a organização da rede de
acompanhamento da Popula-
ção LGBTIA+ na saúde sexual
e reprodutiva é essencial para
abordagem da saúde gineco-
lógica e reprodutiva de forma
mais humanizada, respeitosa,
acolhedora e inclusiva para
Pessoas LGBTIA+ nas Unida-
des de Saúde do território da
CRS Norte.
PALAVRAS-CHAVE
população LGBTIA+, saúde sexu-
al, saúde reprodutiva
BIBLIOGRAFIA
Ministério da Saúde (Brasil).
Política Nacional de Atenção
Integral à Saúde da Mulher:
Princípios e Diretrizes. Brasília,
2004. Disponível em: . Acesso
em 27/12/2022>. MISKOLCI, R.
et al. Desafios da saúde da po-
pulação LGBTI+ no Brasil: uma
análise do cenário por triangu-
lação de métodos. Ciência &
Saúde Coletiva 27 (10). Rio de
Janeiro, 2022. Disponível em: .
Acesso em: 27/12/2022. Rede
Feminista de Saúde; Conselho
Federal do Serviço Social. Dos-
siê Saúde das Mulheres Lés-
bicas: Promoção de Equidade
e da Integralidade. Belo Hori-
zonte, 2012. Disponível em: .
Acesso em: 27/12/2022. Secre-
taria Municipal da Saúde (São
Paulo). Protocolo para o atendi-
mento de pessoas transexuais
e travestis no município de São
Paulo. São Paulo. Julho, 2020.
Disponível em: https://www.
prefeitura.sp.gov.br/cidade/se-
cretarias/upload/saude/Proto-
colo_Saude_de_Transexuais_
TORRES, JT. et al. The Brazilian
LGBT+ Health Survey: metho-
dology and descriptive results.
Cad. Saúde Pública 37 (9). Rio
de Janeiro, 2021. Disponível em:
. Acesso em: 19/01/2023.
75

SÃO PAULO
“CAMINHADA COM A NUTRI”: APRENDENDO SOBRE NUTRIÇÃO,
AURICULOTERAPIA, PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DE SAÚDE
CARLA MACIEL LISBOA LEARDI LIMA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Projeto Caminhada com a Nu-
tri é uma ação realizada na UBS
Guianases, localizada na zona les-
te da cidade de São Paulo . Inicio
da ação em Julho de 2022 - Atu-
almente. A Organização Mundial
de Saúde (OMS) recomenda, por
meio de estratégia global para a
promoção da alimentação sau-
dável e atividade física, que os
governos formulem e atualizem
periodicamente as diretrizes na-
cionais sobre alimentação e nu-
trição, levando em conta mudan-
ças nos hábitos alimentares e nas
condições de saúde da popula-
ção. (Guia alimentar da população
brasileira 2° edição-2014). Con-
ceitualmente, a obesidade pode
ser definida como um acúmulo
excessivo de gordura derivado de
um desequilíbrio entre a energia
gasta e a ingerida, tornando-se
um problema de saúde pública,
relacionada com a ocorrência de
doenças crônicas não transmis-
síveis (DCNT). É evidenciada que
a prática de atividade física está
associada à longevidade, a pre-
venção de doenças, a melhora da
autonomia e autoestima. Criamos
então, o grupo de “Caminhada
com a Nutri”: espaço de motiva-
ção e atividade física, com inten-
ção de estimular a população de
maior risco cardiovascular, sobre-
tudo idosos e obesos a terem uma
rotina de atividade física, com in-
tenção de estimular a população
de maior risco cardiovascular, so-
bretudo idosos e obesos a terem
uma rotina de atividade física apli-
cadas em seu dia a dia.
76
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
OBJETIVOS
? Promover o acesso a atividades
físicas leves e orientações saudá-
veis de alimentação, com recorte
principal à população idosa; ? Pro-
mover o vínculo entre o serviço de
saúde e os pacientes com mais ris-
cos para DCNT e idosos; ? Auxiliar
no monitoramento e no controle de
doenças de base como hiperten-
são arterial e diabetes; ? Elevar o
estado de ânimo e autonomia dos
pacientes.
METODOLOGIA
Através de consultas da equipe
multidisciplinar da Unidade Bási-
ca de Saúde (UBS) Guaianases II,
os pacientes com maiores riscos
cardiovasculares são avaliados e
convidados à caminhada e ativi-
dade leve. Também são realizados
convites nos grupos de Avaliação
Multidimensional da Pessoa Idosa
(AMPI). A atividade acontece de 2ª
a 6ª feira, às 7 horas da manhã e
com duração de 45 minutos. Além
da caminhada e orientação nutri-
cional é ofertado a auriculoterapia.
A auriculoterapia é um ramo da Me-
dicina Tradicional Chinesa (MTC),
que apresenta como objetivo o
tratamento reflexo dos sintomas e
enfermidades através do pavilhão
auricular. Foi criado também um
grupo de whatsapp para melhor
entrosamento, incentivo e comuni-
cação entre os participantes.
RESULTADOS
No período de julho de 2022 até
Janeiro de 2023: • Foi identifica-
da uma melhora significativa dos
participantes, onde relatam mais
disposição, melhora na qualidade
do sono, melhora do estado emo-
cional e de ânimo. Sentem-se
muito mais próximos do serviço
de saúde, conseguem entender
melhor o fluxo de trabalho da UBS
e dos profissionais, sentem-se
mais felizes e acham incrível o ca-
minhar com a nutricionista todos
os dias; • O grupo de caminha-
da se iniciou em Julho de 2022
com 2 pessoas e já chegou a ter
quase 30 pessoas caminhando
ao redor da pracinha próxima a
UBS Guaianases II; • Devido ao
grande sucesso que se tornou a
“Caminhada com a Nutri”, inicia-
mos Auriculoterapia- Práticas In-
tegrativas e Complementares nos
serviços de saúde.
CONCLUSÕES
Concluímos que através desse
grupo de caminhada, estamos
conseguindo levar promoção à
saúde e prevenção de doenças
de forma mais integral. Através
dessas práticas tornou-se pos-
sível melhorar as condições de
saúde dos participantes do grupo
e aumentar o vínculo com a equi-
pe profissional. Esperamos con-
tinuar com o trabalho, aperfeiço-
ando a cada dia, pois a melhora
no tratamento e qualidade de vida
tem sido efetiva para essa popu-
lação e gratificante para todos os
profissionais envolvidos.
PALAVRAS-CHAVE
NUTRIÇÃO, CAMINHADA, DCNT
BIBLIOGRAFIA
Guia Alimentar da população Bra-
sileira- Brasília-DF 2014 2° Edi-
ção.
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
PROJETO HUMANAMENTE: A APLICABILIDADE DAS PICS NA
DIMINUIÇÃO DA DOR CRÔNICA E SOFRIMENTO PSÍQUICO
VANESSA LIRA VIEIRA, ANDREA DE JESUS CAPIM
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O surgimento das Práticas Inte-
grativas e Complementares em
Saúde (PICS) na Atenção Primária
à Saúde ocorreu ainda durante a
estruturação inicial do SUS, mas
foi em 2006, que as PICS foram
instituídas como política pública
de saúde, por meio da publica-
ção da Política Nacional de Prá-
ticas Integrativas e Complemen-
tares em Saúde. Discorreremos
especificamente neste trabalho
sobre a aplicabilidade das práti-
cas de PICS de Musicoterapia e
Reiki na diminuição da dor crôni-
ca e queixas de saúde mental. A
Musicoterapia e o Reiki são práti-
cas integrativas e complementa-
res em saúde, ambas necessitam
de formação técnica específica e
têm em comum o fato de possu-
írem baixo custo em sua aplica-
ção. A junção das Práticas Inte-
grativas Complementares surgiu
dentro de um grupo de mulheres
realizado na UBS Jardim Miriam
II, cujo nome é Grupo Florescer.
Durante os encontros foi obser-
vada que além das questões de
saúde mental já abordadas, as
pacientes traziam queixas de
dores no corpo de ordem crôni-
cas. Este relato se faz importante
diante do alto número de usuários
com queixas de dores crônicas
em grupos direcionados a saúde
mental. As PICS de Musicotera-
pia e o Reiki tiveram boa recep-
tividade por partes dos usuários
e ambas são de fácil aplicação,
pois não necessitam de recursos
materiais de alto custo, apenas
conhecimento técnico prévio.
Este grupo denomina-se Huma-
namente partindo da ideia que a
mente deve estar em harmonia
com o corpo visando um cuidado
Volume 10
integral em saúde.
OBJETIVOS
Descrever a efetividade das PICS
como recursos terapêuticos na
atenção à saúde dos usuários
com dores crônicas e sofrimento
psíquico.
METODOLOGIA
O grupo Humanamente ocorre em
espaços de duas unidades bási-
cas de saúde da região de Cida-
de Ademar, zona sul de São Pau-
lo. Esta atividade é direcionada a
comunidade geral, com queixas
de dores crônicas e saúde mental
associados. Participam da ativi-
dade cerca de 8 pessoas; o grupo
é semiaberto com uma sequência
de 8 encontros, inserindo novas
turmas após o encerramento. A
inserção dos participantes ocorre
a partir das discussões realizadas
durante os matriciamentos ou por
meio de indicação da equipe de
referência, quando identificada
elegibilidade para este espaço de
cuidado. O grupo ocorre às quar-
tas-feiras das 14h00 às 15h00
na Unidade Básica de Saúde do
Jardim Miriam II e às segundas-
-feiras das 11h00 às 12h00 na
Unidade Básica do Jardim Novo
Pantanal. A atividade é conduzida
pela Fonoaudióloga e Psicóloga
da Equipe Multiprofissional das
unidades citadas. Nos encon-
tros são realizadas as seguintes
práticas: breve entrevista inicial
musicoterápica, alongamento,
seguido pela aplicação da Mu-
sicoterapia associada ao Reiki;
após a aplicação das PICS, as
terapeutas realizam uma roda
de conversa breve abordando os
conteúdos emergidos durante as
aplicações. Durante a audição
musical são incluídas outras téc-
nicas musicoterápicas para levar
o paciente ao relaxamento pro-
fundo e promover o bem-estar
físico, psíquico e emocional. Para
execução da atividade além dos
recursos humanos, são utilizados
recursos materiais como apare-
lho de áudio, colchonetes e álcool
gel para higienização.
RESULTADOS
Os usuários relatam sensações
de relaxamento profundo, dimi-
nuição de dores e sintomas an-
siosos como: redução de taqui-
cardia e sudorese, sensação de
aumento do fluxo respiratório e
diminuição de agitação psico-
motora durante as experiências.
Além disso, referiram acesso a
conteúdos internos e insights
em um curto espaço de tempo,
sendo que na primeira semana já
obtivemos relatos significativos
na redução dos sintomas supra-
citados.
CONCLUSÕES
Diante dos diversos relatos de
sensação de diminuição das do-
res e de sintomas de cunho de
psíquico referidos em curto espa-
ço de tempo é notória a identifi-
cação deste grupo como sendo
um espaço potente de cuidado,
principalmente no que se refere
às queixas de diminuição de do-
res crônicas e sintomas ansiosos.
O SUS preconiza a atualização e
a realização de ações de saúde
que contemplem o paciente em
sua integralidade. Portanto reite-
ramos a relevância e a manuten-
ção da oferta de ações relacio-
nadas às PICS como estratégia
de cuidado na APS. Foi possível
identificar que a associação da
77

Musicoterapia e a aplicação de
Reiki se complementam e poten-
cializam a efetividade das prá-
ticas culminando com os resul-
tados finais evidenciados neste
relato.
PALAVRAS-CHAVE
PICS, DOR CRONICA
BIBLIOGRAFIA
MAGALHÃES, J. O Grande Livro
do Reiki: Manual Prático e Atua-
lizado sobre a Arte da Cura. Por-
tugal: Nascente, 2015. 38 p. VAN-
SÃO PAULO
RELATO DE EXPERIÊNCIA: GRUPO DE EXERCÍCIOS COM
IDOSOS
YASMIN THAINA NOVAIS SEVERINO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Este é um relato de experiência
desenvolvido pela fisioterapeuta
pertencente à equipe Multipro-
fissional da Unidade Básica de
Saúde Jardim Maringá. Visto a
alta demanda do território para
reabilitação física, foi criado um
grupo de exercícios funcionais
focando no público idoso, com
propósito inicial de trabalhar o
fortalecimento muscular global,
e a diminuição da queixa álgica
dos pacientes com patologias
crônicas. Outro objetivo impor-
tante neste processo é a socia-
lização e construção de conhe-
cimentos na coletividade que o
espaço proporciona. Sabemos
que a comunicação é fundamen-
tal para a convivência humana, e
para evitar perdas neste ramo o
espaço do grupo cria condições
sociais para que partilhem expe-
riências, vivências e conhecimen-
tos adquiridos ao longo da vida,
melhorando funções intelectuais
e desenvolvimento psicológico
Desta forma, após avaliação com
78
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
NUCCI, L. Efeitos do Reiki sobre
a viabilidade celular e a atividade
da mieloperoxidade de neutrófilos
humanos in vitro: estudo experi-
mental. 2017. 144 f. Dissertação
(Mestrado) - São Paulo: Escola
de Enfermagem, Universidade
de São Paulo. 2017. BRUSCIA,
Kenneth E. Definindo Musicotera-
pia. Rio de Janeiro, ENELIVROS,
2000 LIRA, V.S. A Musicoterapia
Vibroacústica no Tratamento da
Síndrome de Rett. Trabalho de
Conclusão de Curso de Pós-Gra-
duação em Musicoterapia Organi-
zacional e Hospitalar. Faculdades
o profissional os pacientes são
direcionados para o grupo que
acontece semanalmente em uma
quadra coberta dentro do terri-
tório, sem limite máximo de par-
ticipações analisando o principio
da integralidade, acrescentando
a promoção de saúde, prevenção
de doenças, tratamento e reabili-
tação. Mensalmente o espaço do
grupo recebe a presença da equi-
pe de enfermagem para discutir
algum tema relevante e também
a temática dos meses de acordo
com o calendário da saúde. Forti-
ficando a participação do usuário
nas ações de saúde
OBJETIVOS
O objetivo deste artigo é compar-
tilhar a experiência exitosa ao lon-
go de 10 meses da prática, com
atualmente 38 participantes no
grupo.
METODOLOGIA
Grupo realizado pela fisioterapeu-
ta da Unidade Básica de Saúde
Jardim Maringá, no território da
Metropolitanas Unidas. São Pau-
lo, 2010 Apostila Fluir com vida.
Breve Histórico sobre Práticas
Integrativas e Complementares
em Saúde. Universidade Federal
de Pernambuco, 2021 Ministério
da Saúde. Plano de Ações Estra-
tégicas para o Enfrentamento das
Doenças Crônicas Não Transmis-
síveis no Brasil. MS, Brasília-DF,
2011 MONTINI, F,T; NEMAN, F.A.
Prevalência da dor crônica nos
cadastrados da Unidade de Saú-
de do Jardim Palmira, Guarulhos/
SP. Sience in Health. v.3, n.2,
p.74-86, maio-agosto, 2012
zona leste de São Paulo, com iní-
cio do grupo em Março de 2022.
A prática dos exercícios funcio-
nais de fortalecimento muscular,
alongamento global e treino de
coordenação motora é realizada
em sedestação na cadeira, em
um campo de futebol que fica no
território da unidade. Os encon-
tros são semanais e com duração
de 1 hora. Ao final do último en-
contro do mês é discutido a te-
mática do mês colorido seguindo
o calendário da saúde.
RESULTADOS
Grupo realizado pela fisioterapeu-
ta da Unidade Básica de Saúde
Jardim Maringá, no território da
zona leste de São Paulo, com iní-
cio do grupo em Março de 2022.
A prática dos exercícios funcio-
nais de fortalecimento muscular,
alongamento global e treino de
coordenação motora é realizada
em sedestação na cadeira, em
um campo de futebol que fica no
território da unidade. Os encon-
tros são semanais e com duração
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
de 1 hora. Ao final do último en-
contro do mês é discutido a te-
mática do mês colorido seguindo
o calendário da saúde.
CONCLUSÕES
Após a análise final do relato é
possível concluir que o grupo es-
tudado é amplamente beneficiado
pelas práticas coletivas. Tanto na
questão física e álgica quanto na
questão social e de saúde men-
tal. Os participantes do projeto se
aproximam da unidade por meio
da confiança adquirida no espaço
do grupo, sendo proveitoso para
ambos os lados. Sugerindo que
outras unidades Básicas de Saú-
de implantem um programa com
este objetivo, sendo viável tanto
do ponto de vista social quanto
de promoção da saúde e recupe-
SÃO PAULO
AURICULOTERAPIA NO BEM-ESTAR DO COLABORADOR EM
MEIO À PANDEMIA DE COVID-19
NANCI VAQUERO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Com o novo cenário ao enfrenta-
mento da Covid-19, na Unidade
Básica de Saúde (UBS) Jardim
das Palmas, observou-se que os
profissionais da saúde estavam
fragilizados física, mental e emo-
cionalmente. Dentre os princi-
pais motivos estão o aumento da
demanda de trabalho por cres-
cimento da procura do serviço
pelos usuários sintomáticos res-
piratórios, sobrecarga de traba-
lho devido ao afastamento de co-
laboradores Covid-19 positivos,
perda de entes queridos para a
doença, dois colaboradores Co-
vid-19 positivos ficaram interna-
dos na UTI, medo de contaminar
seus familiares, isolamento social
(muitos profissionais deixaram de
ver seus familiares para que não
os contaminassem) e incerteza
Volume 10
ração.
PALAVRAS-CHAVE
REABILITAÇÃO, IDOSO
BIBLIOGRAFIA
GUIDETTI, Andréia Arruda; DOS
SANTOS PEREIRA, Aline. A im-
portância da comunicação na
socialização dos idosos. Revista
de Educação, v. 11, n. 11, 2008.
GUIDETTI, Andréia Arruda; DOS
SANTOS PEREIRA, Aline. A im-
portância da comunicação na
socialização dos idosos. Revista
de Educação, v. 11, n. 11, 2008.
SEGRE, Marco; FERRAZ, Flávio
Carvalho. O conceito de saúde.
Revista de saúde pública, v. 31,
p. 538-542, 1997. AZAMBUJA,
Mariana P. et al. Relato de expe-
do futuro (A pandemia vai acabar
quando? Ainda estarei emprega-
do? Se eu me contaminar vai ter
vaga no hospital?) Diante deste
cenário, foi proposto a realização
de auriculoterapia nos colabo-
radores já que a prática propor-
ciona bem-estar físico, mental e
emocional.
OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho foi de
proporcionar bem-estar físico,
mental e emocional aos colabo-
radores da UBS Jardim das Pal-
mas, durante a pandemia de Co-
vid-19.
METODOLOGIA
Pensando no bem-estar do co-
laborador, em julho de 2020, a
farmacêutica se dispôs a realizar
auriculoterapia nos profissionais,
riência: o acolhimento em grupo
como uma estratégia para a in-
tegralidade. 2007. FRIGO, Letícia
Fernandez et al. A importância
dos grupos de gestante na aten-
ção primária: um relato de expe-
riência. Revista de Epidemiologia
e Controle de Infecção, v. 2, n.
3, p. 113-114, 2012. DA FONSE-
CA, Juliany Marques Abreu et al.
Contribuições da fisioterapia para
educação em saúde e grupo de
autocuidado em hanseníase: re-
lato de experiência. Revista Ele-
trônica Gestão e Saúde, n. 1, p.
770-777, 2015. KOKUBUN, Edu-
ardo et al. Programa de atividade
física em unidades básicas de
saúde: relato de experiência no
município de Rio Claro-SP. Revis-
ta Brasileira de Atividade Física &
Saúde, v. 12, n. 1, p. 45-53, 2007.
já que esta técnica trata sinais e
sintomas comuns em diferentes
patologias, atuando no âmbito
físico, mental e emocional. Foi
criado um questionário de avalia-
ção das queixas, nível de estres-
se e intensidade das dores que
sente no corpo. Este teste foi apli-
cado antes e depois das sessões
de auriculoterapia. A ação foi
divulgada por meio de convite e
os interessados realizaram a ins-
crição, respeitando a escala de
trabalho, de forma que não pre-
judicasse o andamento do setor.
Ao todo foram atendidos 17 co-
laboradores (enfermeiro, agente
comunitário de saúde, técnico de
farmácia, auxiliar de enfermagem,
auxiliar de saúde bucal, seguran-
ça e assistente administrativo).
As sessões duraram 15 minutos,
ocorrendo uma vez por semana,
79

totalizando 4 sessões.
RESULTADOS
Durante as sessões todos os co-
laboradores relataram melhora
das dores, sendo que para al-
guns foi parcial (53%) e outros
total (29%). Os colaboradores
sentiram-se mais relaxados, dis-
postos e menos queixosos. Após
esta primeira experiência de su-
cesso, a ação teve continuidade
e o serviço foi oferecido também
para os pacientes, iniciando os
atendimentos em março de 2021.
SÃO PAULO
AMPLIAÇÃO DO ESCOPO TERAPÊUTICO POR MEIO DAS PICS
PARA PCDS
PAULA CRUCIAK ARNOLDI, CAMILA APARECIDA FERREIRA, DEBORAH MARIA
PINTO MONNERAT
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O INTS enquanto Instituição Social
possui um setor de Responsabi-
lidade Socioambiental (RSA) res-
ponsável pela execução da política
pública municipal - Programa Am-
bientes Verdes e Saudáveis – PAVS,
prevista na Secretaria de Saúde,
conforme portaria 1577/2011. Este
prevê o fortalecimento da atuação
intersetorial e intersecretarial estru-
turado na Atenção Primária à Saúde
com Estratégia Saúde da Família a
fim de promover saúde ambiental,
com eixos temáticos norteadores
para ações territoriais, bem como,
o eixo “horta e alimentação saudá-
vel”. A partir deste pilar, o RSA de-
senvolve um projeto financiado que
trata o cultivo orgânico e produção
de mudas de plantas medicinais e
hortaliças para manejo e consumo
destes vegetais pautados nas PICS
em centros comunitários e equipa-
mentos escolares. Para de garantir
a matriz orgânica e a qualidade das
plantas, o RSA construiu um viveiro
produtor de mudas com a função
de abastecer os espaços passíveis
de implantação deste projeto, bem
80
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Desde então, já foram realizadas
mais de 700 sessões (entre cola-
boradores e pacientes), propor-
cionando bem-estar para os mais
fragilizados. Pelo menos uma vez
no mês é realizado um grupo com
os colaboradores para que seja
feita uma sessão de auriculotera-
pia, a fim de descompressão.
CONCLUSÕES
Este trabalho descreveu os efei-
tos positivos das sessões de au-
riculoterapia sobre o bem-estar e
saúde mental dos colaboradores
como as Unidades Básicas de Saú-
de. No segundo semestre do ano
de 2022 durante o período letivo, o
RSA por meio do PAVS, restaurou
uma horta em ambiente escolar a
pedido da diretoria da instituição
de ensino, especificamente na Es-
cola Municipal de Educação Bilín-
gue para Surdos – EMEBS Santo
Amaro a fim de utilizar da horta
como ferramenta para contribuir
no desenvolvimento de habilidades
sensoriais para com o público com
Transtorno do Espectro Autista -
TEA e Deficiência Auditiva - DA.
OBJETIVOS
Ampliar o escopo terapêutico
para educandos com deficiência
por meio das PICS efetivando
práticas de saúde que promovam
a inclusão social.
METODOLOGIA
Em consonância com a grade cur-
ricular escolar, firmou-se um cro-
nograma de vivências terapêuticas
na horta, com o intuito de envolver
as crianças com TEA e DA, tornan-
do-as pertencentes aos processos
de uma UBS da cidade de São
Paulo, durante a pandemia de
Covid-19. Como foi percebido
que a auriculoterapia trouxe be-
nefícios físicos, mentais e emo-
cionais para os participantes das
sessões, constatou-se, também,
as potencialidades da inserção
de práticas integrativas e com-
plementares (PICs) nas rotinas de
trabalho.
PALAVRAS-CHAVE
AURICULOTERAPIA, COVID 19
pedagógicos e as beneficiando
de modo sistêmico e transversal,
com saúde, educação e meio am-
biente. Portanto, desenvolveu-se
ações toda quarta-feira de agosto
a dezembro de 2022, das 14h00 às
16h30, com um total de 25 crianças
nas oficinas. As oficinas trabalha-
das foram: · Oficinas sensoriais; ·
Oficinas de compostagem; · Ofici-
nas de degustação de chás; · Ofi-
cinas de colheita; · Oficinas de pre-
paro dos alimentos e consumo.
RESULTADOS
O manuseio de hortas e o consu-
mo dos alimentos cultivados pos-
sibilitou a ampliação do escopo
terapêutico para os educandos
que participam desta atividade.Ao
longo do semestre, os educado-
res e a equipe que conduz o pro-
jeto observou que os educandos
apresentaram melhorias referente
a concentração e socialização nas
atividades, especialmente para os
que possuem TEA. Observou-se
também que os estudantes estão
mais conscientes, respeitando a
natureza como parte integrante
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
dela e contribuindo com o convívio
com todos. Outro resultado impor-
tante tem sido a abertura dos estu-
dantes com transtorno do espectro
autista, os quais, na sua maioria,
realizam seletividade alimentar. A
horta permite a experimentação de
novos sabores por meio do contato
direto com as plantas cultivadas e
consumidas no cardápio escolar.
CONCLUSÕES
As hortas enquanto Práticas Inte-
grativas e Complementares - PICS
possui um papel de benefícios
transversais, como a conscientiza-
ção dos processos da natureza, a
corresponsabilidade no que tange
a manutenção destes espaços, a
importância do trabalho coletivo e
socialização, introdução de hábitos
saudáveis e essencialmente a pro-
moção à saúde por meio do con-
sumo frequente de plantas medici-
nais na forma de chás e hortaliças
no cardápio escolar. Além disso e
não menos importante, conside-
rando que crianças com TEA e DA
apresentam percepção sensorial
prejudicada, as hortas escolares
contribuem com desenvolvimento
destas habilidades, através do estí-
mulo em oficinas sensoriais.
PALAVRAS-CHAVE
PICS, INCLUSÃO SOCIAL
BIBLIOGRAFIA
SÃO PAULO
JUVENTUDES PERIFÉRICAS DA ZONA SUL: UM BATE PAPO
SOBRE PREVENÇÃO COMBINADA DO HIVA
PRISCILA GIL RITTER
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Boletim epidemiológico do HIV/
Aids da Cidade de São Paulo
(2022) dispõe de dados referentes
à infecção pelo HIV na população
jovem de 15 a 29 anos e esta faixa
etária ainda possui o maior núme-
Volume 10
Portaria SMS-G de 03/08/2011
– Institui o Programa Ambientes
Verdes e Saudáveis – PAVS na Es-
tratégia Saúde da Família. Política
Nacional de Práticas Integrativas
– Plantas Medicinais e Fitoterapia –
Resolução Ciplan nº 8 – 08/03/1988
Lei Municipal nº 13.717 – 08/01/2004
– Dispõe sobre a implantação da
Terapias Naturais na Secretaria
Municipal de Saúde de São Paulo,
e dá outras providências (DOC de
09/01/2004) Portaria MS/GM nº 971
– 03/05/2006 – Aprova a Política
Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) no SUS
(DOU de 04/05/2006) Decreto Fe-
deral nº 5.813 – 22/06/2006 – Apro-
va a Política Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF)
e cria Grupo de Trabalho Interminis-
terial, com participação da socieda-
de civil para elaboração do Progra-
ma Nacional de Plantas Medicinais
e Fitoterápicos – Portaria Ministerial
(DOU de 02/10/2006) Lei Estadual
nº 12.739 – 01/11/2007 – Cria o Pro-
grama Estadual de Fitoterápicos,
Plantas Medicinais e Aromáticas
(DOE de 02/11/2007) Portaria MS/
GM nº 3.237 – 24/12/2007 – Aprova
normas de execução de financia-
mento da assistência farmacêutica
na atenção básica em saúde. In-
cluiu na atenção básica o guaco e a
espinheira santa no financiamento
federal (DOU de 26/12/2007). Lei
Municipal nº 14.682 – 30/01/2008.
Institui no âmbito do município de
ro de casos novos de HIV na ci-
dade. No Boletim Epidemiológico
HIV/Aids publicado pelo Ministé-
rio da Saúde (2016), observou-se
aumento de casos em jovens,
sendo que a taxa entre os de 15
a 19 anos mais que triplicou e en-
São Paulo, o Programa Qualidade
de Vida com Medicinas Tradicio-
nais e Práticas Integrativas em Saú-
de e dá outras providências. (DOC
31/01/2008) Decreto Municipal nº
49.596 – 11/06/2008. Regulamenta
a Lei nº 14.682 de 30 de Janeiro de
2008, que institui no âmbito do Mu-
nicípio de São Paulo, o Programa
Qualidade de Vida com Medicinas
Tradicionais e Práticas Integrativas
em Saúde (DOC 12/06/2008). Por-
taria MS/GM nº 1.274 – 25/06/2008.
Institui Grupo Executivo para o
Programa Nacional de Plantas Me-
dicinais e Fitoterápicos (DOU de
26/06/2008). Portaria Interministe-
rial MS/GM nº 2.960 – 09/12/2008.
Aprova o Programa Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápi-
cos e cria o Comitê Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápicos
(DOU 10/12/2008). Lei Municipal nº
14.903 – 06/02/2009. Cria o Progra-
ma de Produção de Fitoterápicos e
Plantas Medicinais no Município de
São Paulo e dá outras providências
(DOC de 07/02/2009). Portaria MS/
GM nº 886 – 20/04/2010. Institui a
Farmácia Viva no âmbito do Siste-
ma Único de Saúde (SUS). (DOU
de 22/04/2010). Decreto Municipal
nº 51.435 – 26/04/2010. Regula-
menta a Lei nº 14.903/09 que ins-
titui o Programa de Produção de
Fitoterápicos e Plantas Medicinais
no município de São Paulo (DOC
27/04/2010).
tre os de 20 a 24 anos dobrou. O
Plantão Jovem é um projeto de
prevenção voltado para jovens
que utilizam como método a edu-
cação entre pares. Na educação
entre pares, os próprios jovens
são responsáveis pela troca de
81

informação e prevenção com
outros jovens (Brasil, 2010). Os
agentes de prevenção vinculados
ao CTA Santo Amaro Paula Leg-
no são essenciais nas estratégias
desenvolvidas para atingir este
público. A estratégia utilizada
nas intervenções é a Prevenção
Combinada do HIV a qual associa
diferentes métodos de prevenção
ao HIV conforme as característi-
cas e o momento de vida de cada
pessoa. Entre os métodos com-
binados: testagem regular para
o HIV; tratamento das infecções
sexualmente transmissíveis; imu-
nização para as hepatites A e B;
programas de redução de danos
para usuários de álcool e outras
substâncias; profilaxia pré-expo-
sição (PrEP); profilaxia pós-ex-
posição (PEP); e o tratamento de
pessoas que já vivem com HIV
(Brasil, 2017). Torna-se de suma
importância as ações preventivas
uma vez que os novos casos de
HIV em jovens aumentaram na úl-
tima década.
OBJETIVOS
Informar e dialogar sobre Preven-
ção Combinada do HIV com as
juventudes e adolescentes que
estão localizados nas periferias
da zona sul de São Paulo para
o enfrentamento da epidemia do
HIV/Aids.
METODOLOGIA
As ações preventivas foram reali-
zadas em diferentes equipamen-
tos localizados nas periferias da
zona sul de São Paulo: Casarão
Brasil (abrigo para pessoas tran-
sexuais e travestis); CEDESP
Rosa Mística (Centro de Con-
vivência); SAICA Santo Amaro
(abrigo para adolescentes); Es-
cola Estadual Professor Luís Ma-
galhães de Araújo; EMEF Padre
José Pegoraro; Empresa Voxline
parceira; ONG Viração Educomu-
nicação. As estratégias utilizadas
durante as oficinas foram: rodas
de conversa; distribuição de ma-
terial informativo; distribuição de
82
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
insumos (preservativo externo e
interno, gel lubrificante e auto-
teste de HIV); demonstração do
uso adequado de preservativos
internos e externos; dinâmicas
de grupo. As intervenções ini-
ciaram-se em fevereiro e fina-
lizaram em dezembro de 2022.
No Casarão Brasil, aconteceram
seis encontros: discussão com a
equipe técnica para levantamento
de demandas; rodas de conver-
sas conduzidas pelas agentes
de prevenção; equipe técnica
multiprofissional de diferentes
equipamentos compareceu no
abrigo para realização de PrEP.
Na EMEF acontecerem cinco in-
tervenções: três encontros online
com a equipe da escola; encon-
tro direcionado aos professores
da EMEF; encontro direcionado
aos alunos; todos com a partici-
pação da equipe multidisciplinar
de diferentes equipamentos. Uma
única intervenção ocorreu nos
outros equipamentos. A ONG Vi-
ração é focada na comunicação
jovens e nos convidou para gra-
var um podcast para divulgação
de informações com foco nas ju-
ventudes.
RESULTADOS
Nas rodas de conversas no Casa-
rão Brasil, as usuárias foram sen-
sibilizadas para a importância das
testagens e da PrEP, com isso,
obtivemos maior adesão quando
a equipe técnica multiprofissional
compareceu ao local. O público
atendido foram mulheres transe-
xuais, travestis e não binárias, en-
tre 18 a 47 anos, a maioria jovens.
Realizamos 10 PrEP. Atendemos
cerca de 130 usuárias. No CE-
DESP, SAICA, EE Professor Luís
Magalhães de Araújo, pudemos
refletir sobre prevenção combi-
nada. Ressaltamos que nenhum
adolescente/jovem tinha conhe-
cimento sobre PEP, PrEP e tam-
bém não sabiam da existência do
CTA e como poderiam acessá-lo.
Atendemos cerca de 380 jovens.
O trabalho desenvolvido na EMEF
Padre José Pegoraro é resultado
da parceria estabelecida com o
Coordenador e a equipe da Esco-
la que sempre esteve aberta para
debater aspectos da sexualidade.
Realizamos diversos encontros
que resultaram na Feira da Sexu-
alidade que aconteceu no final do
ano de 2022. Realizamos quatro
oficinas concomitantes: os alunos
puderam refletir sobre questões
diversas de sexualidade; apren-
deram a colocação correta dos
preservativos; conscientizaram-
-se sobre os serviços que podem
recorrer em diversas situações.
Atendemos cerca de 100 jovens.
A ONG Viração Educomunicação
divulgará a entrevista, em forma-
to podcast, realizada com a equi-
pe CTA Santo Amaro nas redes
sociais. *Neste formato, as fotos
das ações não puderam ser ane-
xadas.
CONCLUSÕES
A Prevenção Combinada do HIV
nos proporciona ampla estraté-
gia para lidar com a diversidade
comportamental e também com
diferentes contextos; a PrEP é
excelente como estratégia com-
binada principalmente quando
associada ao preservativo e gel.
As mudanças associadas à cir-
culação de informações por meio
dos dispositivos móveis têm sido
intensas. Notícias, imagens e ví-
deos podem ser transmitidos por
qualquer pessoa, de qualquer
ponto do planeta (Maierovitch,
2020). Essa nova realidade fa-
cilita o acesso e a circulação de
informações sobre a Prevenção
Combinada do HIV para jovens.
Porém, ainda enfrentamos bar-
reiras distanciais para que infor-
mações sobre Prevenção Combi-
nada cheguem até as juventudes
alocadas nas periferias de São
Paulo. Portanto, o trabalho apre-
sentado mostra-se de suma im-
portância visto que, de todos os
jovens acessados, eram raros
aqueles que tinham algum conhe-
cimento sobre prevenção. Pla-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
nejar e organizar para enfrentar
essas barreiras torna-se essen-
cial para que as juventudes das
periferias de São Paulo acessem
informações, reflitam sobre os
diversos contextos e sobre seu
próprio comportamento, assim
como, tenham a oportunidade de
usufruírem da Prevenção Combi-
nada do HIV.
PALAVRAS-CHAVE
Prevenção HIV, PrEP, PEP, HIV
SÃO PAULO
GESTÃO DE ACESSO E ALTA PARA USUÁRIOS SUBMETIDOS A
ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA E COLONOSCOPIAS
TELMA DENISE BELLUZZO TRIVELLATO, LUCIANA PEREIRA DE MACEDO, KARINA
DOS SANTOS OLIVEIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Endoscopia Digestiva Alta/ Co-
lonoscopia consistem em proce-
dimentos invasivos para inspeção
de órgãos e cavidades do corpo,
por meio de um endoscópio/ co-
lonoscópio com finalidade diag-
nóstica e terapêutica. A realização
desse exame é uma prerrogativa
médica, porém demanda atenção
e atuação da Enfermagem em to-
dos os momentos. No Brasil con-
sidera-se sedação como ato mé-
dico, portanto, é fundamental ao
médico endoscopista conhecer
a farmacologia e farmacocinética
dos medicamentos. Diluições po-
dem ser padronizadas e a equipe
de enfermagem está autorizada
a preparar e dispensar as medi-
cações conforme a orientação da
equipe médica. A administração
dos fármacos deve ser feita pelo
médico ou pela enfermagem sob
orientação do médico responsá-
vel pelo procedimento. O jejum
para a realização de procedi-
mentos endoscópicos faz parte
das recomendações pré-proce-
dimento por duas razões: preve-
Volume 10
Jovens
BIBLIOGRAFIA
Maierovitch, C. Fake news: pre-
venir-se e agir. In: Fundação
Oswaldo Cruz. Fake News e saú-
de. Brasília: Gerência Regional
de Brasília/Fiocruz; 2020.https://
w w w.a rc a .f io cr uz.b r/ ha ndle /
icict/42586. Brasil. Ministério da
Saúde. Prevenção Combinada
do HIV. Bases Conceituais para
profissionais trabalhadores(as) e
nir broncoaspiração do conteúdo
gástrico e permitir boa avaliação
da mucosa do trato gastrointes-
tinal.
OBJETIVOS
Auxiliar na decisão dos profis-
sionais acerca dos cuidados do
preparo, tipo de sedação e alta
hospitalar e na padronização de
condutas, procurando proporcio-
nar maior segurança e conforto a
equipe e ao paciente
METODOLOGIA
O protocolo foi revisado em rela-
ção aos procedimentos realiza-
dos pela equipe de enfermagem
e a apresentação do perfil do
usuário submetido à exames en-
doscópicos. Uma triagem prévia
é realizada em consulta de enfer-
magem para avaliação de riscos
e preparo. O exame é realizado
após checagem de preparo ade-
quado, orientações, identifica-
ção quanto ao risco de quedas,
broncoaspiração e alergia. A du-
pla checagem de medicação é
realizada na sala de exames pela
gestores (as) da saúde. Brasília,
2017. Brasil. Ministério da Saúde.
Secretaria de Vigilância em Saú-
de. Departamento de DST, Aids
e Hepatites Virais. Boletim Epi-
demiológico HIV/Aids. Brasília:
Ministério da Saúde, 2016. Brasil.
Ministério da Saúde. Secretaria
de Vigilância em Saúde. Depar-
tamento de DST, Aids e Hepati-
tes Virais. Adolescentes e jovens
para a educação entre pares.
Saúde e Prevenção nas Escolas.
Brasília, 2010.
equipe de enfermagem e médica.
Uma ferramenta para alta hospi-
talar segura é a escala de Chung,
que considera avaliação de sinais
vitais, nível de consciência, pre-
sença de náusea e vômitos, dor e
hemorragia. A soma dos critérios
sendo ? 9 pontos autorizam a alta
(quadro 1. Escala de Chung) que
ocorre após instruções delinean-
do dieta, atividade, medicamen-
tos, e hospital de referência em
caso de intercorrências.
RESULTADOS
O procedimento endoscópico é
uma intervenção que exige uma
atuação multiprofissional. A uti-
lização da escala de Chung pro-
porciona maior segurança para a
alta após procedimento sob se-
dação e uma maneira eficaz de
padronização da avaliação clínica
na sala de recuperação.
CONCLUSÕES
A vivência em elaborar um proto-
colo levou o grupo de enfermeiros
a desenvolver um pensamento
mais crítico ao rever a sua forma
83

de atuação, seus conhecimentos
sobre sua prática, de como sua
equipe realiza o trabalho e a res-
ponsabilidade de cada profissio-
nal ao desenvolver as atividades.
PALAVRAS-CHAVE
GESTÃO DO ACESSO
SÃO PAULO
VIVÊNCIAS DE USUÁRIOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO
TERRITÓRIO E A LEGITIMAÇÃO DE DIREITOS
DAIVISON LUCAS DA SILVA, CLAUDIA REGINA MONTEIRO GIMENEZ, SUZI MARY
SILVA SIMÕES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Segundo o Relatório Mundial so-
bre a Deficiência, produzido em
2011 pela organização mundial
da saúde (OMS) e o banco mun-
dial, estima-se que 15% da popu-
lação mundial vive com alguma
deficiência. No Brasil, o censo
realizado pelo Instituto Brasi-
leiro de Geografia e Estatística
(IBGE), em 2010 apontou 23,9%
da população com algum tipo de
deficiência. A partir dos dados
citados podemos destacar a ne-
cessidade que se apresenta de
políticas públicas e serviços que
atendam as demandas apresen-
tadas por esse público de forma
regionalizada, que compreenda
o contexto da comunidade. Em
âmbito nacional, temos a Rede
de Cuidados à Pessoa com De-
ficiência, que compreende a rede
que atenderá as demandas deste
público (MS, RAS, 2011). Neste
trabalho abordaremos o trabalho
de um dos serviços que com-
põem a RAS na zona sul do mu-
nicípio de São Paulo, a Estratégia
Acompanhante da Pessoa com
Deficiência(APD), que visa forne-
cer suporte diferenciado às pes-
soas com deficiência intelectual
para o cuidado em saúde no ter-
ritório, seu protagonismo, auto-
84
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
BIBLIOGRAFIA
1. Silva MG. Enfermagem em en-
doscopia: digestiva e respiratória.
São Paulo (SP): Atheneu; 2010; 2.
Publicada no D.O.U. de 12 nov.
2013, Seção I, p. 162-3 (Nova re-
dação do Anexo II aprovada pela
Resolução CFM n. 2073/2014);3.
ENDOSCOPIA GASTROINTESTI-
nomia e independência. Por meio
de ações no lar e no território,
as equipes trabalham demandas
que se apresentam, como, a in-
serção comunitária, socialização,
ampliação do repertório social,
pertencimento e protagonismo
dos usuários. Vamos abordar as
estratégias adotadas nas ativida-
des externas em grupo, realiza-
das no território, nas quais parti-
cipam os usuários, suas famílias
e os profissionais, com objetivo
de trabalhar os aspectos citados.
OBJETIVOS
Objetivos: Objetivo Geral: For-
necer suporte diferenciado às
pessoas com deficiência para o
cuidado em saúde no território,
envolvendo seu protagonismo,
autonomia e independência. Ob-
jetivos específicos: - Ampliar o
acesso, favorecer a permanência
e vinculação das pessoas com
deficiência intelectual aos diver-
sos equipamentos do território; -
Desenvolver ações que contribu-
am para a criação, manutenção e
fortalecimento de vínculos fami-
liares e sociais; - Oferecer apoio
para a participação em espaços
sociais; - Treinar trajetos, com
uso de transporte coletivo; - Infor-
mar sobre segurança no trânsito.
NAL – SEDAC?A?O parte II: PRE-
PARO, MONITORIZAÇÃO, ME-
DICAÇÕES, ALTA HOSPITALAR
Autoria: Sociedade Brasileira de
Endoscopia - SOBED Participan-
tes: Hashimoto CL, Ramos JSD,
Fang HL, Schulz RT, Bonadiman
AA, Marson FP, Nahoum RG. Ela-
boração final: 28 de agosto de
2017
METODOLOGIA
Este trabalho faz parte dos proje-
tos da Estratégia Acompanhante
de Saúde da Pessoa com Defici-
ência. As buscas de referências
sobre o tema foram realizadas
priorizando-se as Políticas Públi-
cas de Saúde voltadas à Pessoa
com Deficiência e documentos
norteadores com orientações téc-
nicas sobre cuidado para a aten-
ção integral à saúde das pessoas
com deficiência, considerando
a Rede de Atenção à Saúde. Ao
longo dos anos, foi realizado um
levantamento e mapeamento
dos equipamentos do território,
a partir das necessidades dos
usuários. Com base nessas in-
formações sobre os equipamen-
tos e serviços foram planejadas
atividades. As programações fo-
ram expostas em matriciamento
com a equipe, espaço instituído
no serviço. Posteriormente foram
feitas as divisões de responsabi-
lidades dos profissionais na ativi-
dade. Por conseguinte, sua con-
cretização e avaliação.
RESULTADOS
A Estratégia Acompanhante de
Saúde da Pessoa com Deficiên-
cia (APD), atua em território de
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
abrangência definido. A proposta
é “fazer com”, ou seja, participar
com o usuário, a família e com a
comunidade nos processos de
inclusão. Tem como ferramenta
principal o vínculo. As atividades
externas em grupo são pensa-
das a partir das necessidades
dos usuários, considerando-se o
treino de trajetos, noções de se-
gurança do trânsito, uso de trans-
porte coletivo e socialização.
Para isto, as equipes mapeiam
os recursos existentes na comu-
nidade. Segundo Lefebvre (2001),
o direito à cidade corresponde ao
direito que as pessoas possuem
de acesso à vida urbana. Possi-
bilita um processo de empodera-
mento sócio-político, para que os
usuários se apropriem e reivindi-
quem seus direitos e ocupem as
interações sociais (REIS e SOU-
SA, 2017). O que se articula com
a proposta das atividades, pode-
mos exemplificar, idas ao SESC,
Fábrica de Cultura, CEU- Cinema,
Shopping, Cinema, Teatro, Show,
Catavento, entre outros. Os usuá-
rios e suas famílias participaram
SÃO PAULO
ESTÁGIOS EM REABILITAÇÃO: A TRANSPOSIÇÃO DO “TREINO
EM SERVIÇO” PARA A REDE DE CUIDADOS À PCD
FERNANDA SENNA LOBO, INGRID ALVES CONCEIÇÃO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Segundo o Relatório Mundial
sobre a Deficiência, produzido
em 2011 pela organização mun-
dial da saúde (OMS) e o banco
mundial, estima-se que 15% da
população mundial vive com al-
guma deficiência. No Brasil, o
censo realizado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Esta-
tística (IBGE), em 2010 apon-
tou 23,9% da população com
algum tipo de deficiência. Po-
demos destacar a necessidade
Volume 10
ativamente, foi possível perceber
que muitos se apropriam destes
espaços. Temos relatos sobre
terem medo de circular nesses
espaços, e junto com os profis-
sionais com os quais tem vínculo,
ultrapassaram a barreira do medo
e circularam pelos locais. Outras
falas exemplificam projetos de
vida, ao ver espaços e imaginar
experiências futuras. Sendo as-
sim, podemos ver os resultados
por meio de seus relatos sobre
estas vivências e conquistas pes-
soais.
CONCLUSÕES
As atividades externas têm se
mostrado importantes para a le-
gitimação de direitos e socializa-
ção. A partir das vivências dos
usuários podemos observar o
desenvolvimento de habilidades
sociais, independência e auto-
nomia. Ao longo do acompanha-
mento, é possível observar seu
empoderamento para resolução
de suas necessidades e deman-
das do cotidiano. O Direito à Ci-
dade além de representar um
que se apresenta de políticas
públicas e serviços que aten-
dam as demandas apresenta-
das por esse público de forma
regionalizada. Em âmbito nacio-
nal, temos a Rede de Cuidados
à Pessoa com Deficiência, que
compreende a rede que atende-
rá as demandas deste público
(MS, RAS, 2011). Neste traba-
lho abordaremos o projeto de
um dos serviços que compõem
a RAS na zona sul do municí-
pio de São Paulo, a Estratégia
Acompanhante da Pessoa com
processo de empoderamento
dos indivíduos para que possam
reivindicar seus direitos e intera-
ções sociais, evidencia avanços
dos usuários em relação aos obs-
táculos que encontram nestas
interações. Considerando-se a
premissa de Lefebvre(2001) que
“o habitar reencontra seu lugar
acima do habitat” este possibilita
a reinvenção destes espaços no
cotidiano, na subjetividade dos
indivíduos e na inclusão social.
A prática da inclusão social é um
fator imprescindível para que o
próprio indivíduo com deficiência,
desenvolva sua percepção sobre
seu espaço de agir político e de
existência (SILVA et al., 2007). Por
fim, destacamos a importância da
atenção integral às pessoas com
deficiência, visando a socializa-
ção, autonomia e independência
como “ferramentas” que possam
fazer uso para além do acompa-
nhamento da equipe.
PALAVRAS-CHAVE
SOCIALIZAÇÃO, INCLUSÃO
Deficiência (APD). Vamos abor-
dar as estratégias adotadas na
construção do Projeto Terapêu-
tico Singular (PTS). Objetivos:
Objetivo Geral: Fornecer supor-
te diferenciado às pessoas com
deficiência intelectual através
do projeto terapêutico singular
(PTS).
OBJETIVOS
Objetivo Geral: Fornecer su-
porte diferenciado às pesso-
as com deficiência intelectual
através do projeto terapêutico
85

singular (PTS). Objetivos espe-
cíficos: - Articular a constru-
ção e execução de projetos
terapêuticos singulares junto
aos equipamentos de saúde do
território, família e pessoa com
deficiência; -Estimular o desen-
volvimento e aprimoramento de
AVD (atividades básicas de vida
diária) e AIVD(atividades instru-
mentais de vida diária); -Articu-
lar intersetorialmente; -Oferecer
suporte para a participação em
espaços terapêuticos, sociais,
de lazer e trabalho, levantados
no PTS.
METODOLOGIA
Este trabalho faz parte dos pro-
jetos da Estratégia Acompa-
nhante de Saúde da Pessoa
com Deficiência. As buscas de
referências sobre o tema foram
realizadas priorizando-se as Po-
líticas Públicas de Saúde volta-
das à Pessoa com Deficiência
e documentos norteadores com
orientações técnicas sobre cui-
dado para a atenção integral à
saúde das pessoas com defici-
ência, considerando a Rede de
Atenção à Saúde. A elaboração
do PTS inicia com avaliação sin-
gular das demandas do pacien-
te, posteriormente são traçados
coletivamente objetivos e papéis
para desenvolvimento do pro-
jeto, levando em consideração
o contexto sócio – histórico –
cultural, sendo fundamental um
olhar que incluía a complexidade
do sujeito. Realizam-se visitas
para vinculação, levantamentos
das necessidades e demandas
do usuário no lar e no território.
O PTS é construído com equipe
APD, familiares, usuários e rede
de serviços do território. Este
documento é um conjunto de
propostas articuladas e elabora-
das a partir das necessidades do
usuário. O objetivo de aprofun-
dar as possibilidades de inter-
venção de forma individualizada,
pressupondo-se discussão e
86
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
responsabilização de problemas
complexos. Preconizando ações
a curto, médio e longo prazo,
quatro pontos fazem parte do
PTS, são eles: definir hipóteses
diagnósticas; definição de me-
tas; definição de responsabili-
dades; e reavaliação (OLIVEIRA,
2010). O projeto é reavaliado pe-
riodicamente, até o momento da
alta.
RESULTADOS
Os projetos são construídos co-
letivamente, têm como objetivos
o desenvolvimento do usuário
para sua autonomia, protago-
nismo e independência. Pode-
mos exemplificar com alguns
objetivos atingidos em PTS: 1)
Sensibilização de cuidadores e
familiares quanto ao manejo com
o usuário e estímulo de suas po-
tencialidades; 2) Inserção em ati-
vidades e serviços no território;
3) Treino de atividades de vida
diária - AVD’s e atividades instru-
mentais de vida diária - AIVD’s;
4) Estimulação da comunicação
e interação correspondente para
ampliação dos processos de in-
teração, comunicação e amplia-
ção do repertório de vida; 5) For-
talecimento do autocuidado com
mais autonomia e independên-
cia. Em outros projetos tivemos
aspectos voltados ao direito à
mobilidade; aspectos escolares,
como assiduidade e bullying;
empregabilidade; prevenção de
violências e acesso a direitos
socioassistenciais. Os projetos
são produzidos de forma indivi-
dualizada, considerando a subje-
tividade dos usuários atendidos
e de suas famílias. Temos retor-
nos frequentes dos usuários e
de seus familiares sobre os im-
pactos das intervenções em seu
cotidiano e em seus projetos de
vida. Por exemplo, conquistas
em aspectos relacionados à so-
cialização, na autonomia para to-
mada de decisão em suas vidas,
sobre a conquista de vagas de
emprego e independência finan-
ceira. Por fim, são inúmeros os
exemplos dos relatos dos usuá-
rios e familiares sobre os ganhos
dos projetos para eles, sendo
esse um indicador qualitativo da
proposta.
CONCLUSÕES
A Rede de Cuidados da Pes-
soa com Deficiência constitui
política pública que apresenta
interlocução na rede, demanda
capacitações e conhecimentos
específicos para atendimento
da pessoa com deficiência. Ob-
servamos que se faz necessária
a articulação intersetorial para a
concretização do projeto tera-
pêutico singular, considerando-
-se sempre a subjetividade de
cuidados de saúde visando a in-
tegralidade, interdisciplinaridade
e intersetorialidade, essenciais
ao processo de inclusão so-
cial, autonomia e protagonismo.
Realizar atendimento e ações
conforme PTS, vem sendo uma
estratégia diferencial para a pes-
soa com deficiência. Observa-
mos os resultados ao longo do
acompanhamento da equipe e
a partir das falas e devolutivas
dos usuários e familiares. Porém,
gostaríamos de sinalizar como
desafio, entrave e dificultador
da construção de um PTS as
pactuações realizadas com os
demais serviços e situações de
desresponsabilização no âmbito
familiar, que por vezes enxergam
a deficiência como um limitante
que ultrapassa a condição hu-
mana de cuidados essencial e
integral. Sendo assim, podemos
concluir que são necessárias re-
visões dessa proposta em âm-
bito regional para seu constante
aprimoramento e efetivação.
PALAVRAS-CHAVE
PROJETO TERAPÊUTICO SIN-
GULAR
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
ESTRELAS DA NUTRIÇÃO – UMA ESTRATÉGIA DE INCENTIVO
ÀS MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO ALIMENTAR
ALESSANDRA MARTINS MENDES DA COSTA, MARIA ZAIRA BENITES GONÇALVES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A alimentação da população bra-
sileira vem passando por grandes
transformações, relacionadas às
mudanças sociais, demográficas
e epidemiológicas, este fenô-
meno é chamado de transição
nutricional e infere na estrutura
da dieta e composição corporal
dos indivíduos. Associado a este
cenário observa-se o crescimen-
to das Doenças Crônicas Não
Transmissíveis, que conferem um
grande desafio à saúde. Diante
desta perspectiva, a atenção a
alimentação e nutrição emerge
como um determinante de saúde,
orientado pelos princípios doutri-
nários e organizativos do Sistema
Único de Saúde (SUS) e dentro
do contexto do Direito Humano à
Alimentação Adequada. O nutri-
cionista se torna estritamente ne-
cessário para assegurar a vigilân-
cia e segurança alimentar, aliado
a promoção, recuperação e ma-
nutenção da saúde, pautadas nos
programas e políticas públicas de
alimentação e nutrição vigentes
no país. Diversos estudos apre-
sentam obstáculos na atuação
dos profissionais de saúde nes-
ta temática quanto a adesão ao
tratamento proposto, quando ne-
gativa, gera grande impacto nas
condições de morbimortalidade.
Embasado neste panorama, foi
criado no Ambulatório de Espe-
cialidades Vila Constância, do
SUS, o projeto Estrelas da Nutri-
ção, que visa estimular a adesão
a educação alimentar e nutricio-
nal, por meio da entrega de estre-
las adesivas a cada melhoria e a
divulgação da imagem e do resul-
tado atingido no mural. O reforço
positivo visual tem apontado um
caminho em direção a motivação
Volume 10
e adesão ao tratamento
OBJETIVOS
Objetivo Geral: Incentivar a ade-
são ao tratamento nutricional
proposto. Objetivos específicos:
1. Presentear o paciente com uma
etiqueta de estrela a cada adesão
aos objetivos propostos no plano
terapêutico 2. Motivar o paciente
a aderir a um número maior de
mudanças no comportamento
alimentar 3. Apresentar exemplos
visuais de pacientes que obtive-
ram melhora nas condições de
nutrição e saúde. 4. Organizar o
mural Estrelas da Nutrição com a
divulgação da foto do paciente e
o resultado atingido.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experi-
ência, obtido a partir do acompa-
nhamento nutricional. Durante as
consultas de retorno com a nutri-
cionista são avaliados e monito-
rados indicadores de adesão ao
tratamento, como as mudanças
alimentares, melhora de padrões
laboratoriais e dos controles gli-
cêmicos e perda ponderal. A
cada adesão a um dos indicado-
res propostos, o paciente recebe
como reforço positivo uma estre-
la adesiva no cartão de solicita-
ção de retorno. De forma geral,
os pacientes podem ganhar entre
uma (1) a três (3) estrelas. Quando
atingem consecutivamente o ga-
nho de estrelas, em ao menos 3
retornos, são convidados a parti-
cipar do mural Estrelas da Nutri-
ção, caso haja aceite é preenchi-
do um termo de autorização de
imagem e tirada uma foto para di-
vulgação do resultado atingido. O
Mural é trocado a cada 3 meses,
para propiciar que os pacientes
se vejam nele. Além disto, tam-
bém é utilizado para incentivar os
demais pacientes e demonstrar
que é possível atingir os objetivos
propostos.
RESULTADOS
No decorrer destes 2 anos, a
grande maioria dos pacientes
atendidos já recebeu o reforço
positivo a sua melhora, simboliza-
da com a estrela. A participação
no Mural Estrelas da Nutrição foi
aceita por 100 pacientes, dentre
os quais 63% apresentaram re-
dução ponderal em consequên-
cia a alimentação saudável, 22%
otimizaram os padrões glicêmi-
cos, 11% normalizaram os lipí-
deos sanguíneos, 4% saíram da
desnutrição.
CONCLUSÕES
Mudar um hábito estabelecido
a muitos anos não é uma tarefa
fácil de ser encarada, principal-
mente quando relacionada a ali-
mentação, que é influenciada por
diversos componentes, como
afetivos, familiares, culturais e
sociais. A adesão às orientações
nutricionais é o principal objetivo
do tratamento e alguns fatores
podem favorecer este processo,
como o diálogo cordial, o olhar, o
conhecimento do contexto fami-
liar, cultural, social e econômico
em que o indivíduo se encontra,
culminando assim com a parce-
ria entre o profissional da saúde
e o paciente, a construção de
objetivos factíveis e o desenvol-
vimento da consciência para o
autocuidado em saúde. O projeto
Estrelas da Nutrição traz leveza
e descontração a consulta, além
do contentamento demonstra-
do pelos pacientes ao receber a
87

estrela e poder divulga-la em seu
núcleo familiar e social. Receber
a estrela ou ter sua foto divulgada
no Mural já virou um objetivo dos
pacientes atendidos no Ambula-
tório de Nutrição, do AMA E Vila
Constância. Independentemente
da idade, o reforço positivo tem
apontado melhor engajamento a
terapêutica nutricional.
PALAVRAS-CHAVE
SÃO PAULO
FORTALECER E CUIDAR: TRABALHADORAS DOMÉSTICAS DA
REGIÃO ALTO PINHEIROS DE SÃO PAULO
BRUNA GIOVANNA BARBOSA GARCIA, CRISTINA FERNANDES PERES, VINICIUS
FIGUEIRA BOIM, MARLY RIBEIRO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A região Oeste de São Paulo tem
índices elevados de Desenvolvi-
mento Humano (IDH, 2010) prin-
cipalmente na dimensão renda,
e essa realidade traz a hipótese
do número expressivo de traba-
lhadoras domésticas que exer-
cem suas atividades laborais nos
bairros de alta renda e buscam no
contraturno atendimento na rede
de atenção à saúde. O atendi-
mento das trabalhadoras domés-
ticas identificadas pela UBS Alto
de Pinheiros com queixas de ado-
ecimento desencadeou ações de
apoio matricial pelo CRST Lapa,
bem como, a elaboração de pro-
jeto de atenção à saúde das tra-
balhadoras domésticas. Foram
triadas diversas hipóteses diag-
nósticas como: ansiedade, de-
pressão, LER, tendinites, lombal-
gias, artrose, entre outros...
OBJETIVOS
Desenvolver ações de promo-
ção da saúde das trabalhadoras
domésticas, orientar técnicas de
88
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Saúde alimentar, nutrição
BIBLIOGRAFIA
BARROS D,M, MELO M.A, OLI-
VEIRA M.H.M, et al. A atuação e
importância do nutricionista no
âmbito da saúde pública. Braz. J.
of Develop., Curitiba, v. 5, n.10, p.
17715-17728, oct. 2019 ESTRELA
K.C.A, ALVES A.C.D.C, GOMES
T.T., et al Adesão às orientações
nutricionais: uma revisão de litera-
cuidado para melhorar sua qua-
lidade de vida, refletir sobre o
processo saúde-doença e traba-
lho, orientar sobre a dimensão de
direitos sociais e articular ações
intersetoriais.
METODOLOGIA
Os grupos têm caráter participati-
vo e reflexivo com temas focados
na melhora da qualidade de vida,
saúde e fortalecimento coletivo
das trabalhadoras domésticas.
Nos encontros participam a tera-
peuta ocupacional e a fisiotera-
peuta da UBS, o assistente-social
e psicóloga do CRST. São reali-
zados orientações práticas de
mudanças nas atividades do dia-
-a-dia e exercícios ativos visan-
do a saúde física do trabalhador,
assim como conversas e orienta-
ções sobre questões trabalhistas.
Os encontros foram realizados na
UBS Alto de Pinheiros e são de
periodicidade semanal.
RESULTADOS
O grupo se constituiu como im-
portante espaço de reflexão so-
tura. Demetra: alimentação nutri-
ção e saude; 12(1); 249-274, 2017;
MARTINS, K. P. dos S.; SANTOS,
V. G. dos; LEANDRO, B. B. da
S.; et al Transição nutricional no
Brasil de 2000 a 2016, com ênfa-
se na desnutrição e obesidade.
Asklepion: Informação em Saúde,
Rio de Janeiro, RJ, v. 1, n. 2, p.
113–132, 2021,. MINISTÉRIO DA
SAÚDE Vigitel, Brasil 2021.
bre o processo de adoecimento
do trabalho doméstico, permitin-
do o acesso, a compreensão dos
direitos e da luta coletiva, além
de propiciar técnicas de cuidado
para melhorar as atividades de
vida diária e laboral.
CONCLUSÕES
A Política Nacional de Saúde do
Trabalhador e da Trabalhadora
(PNSTT) prevê a priorização de
ações para grupos em situação
de maior vulnerabilidade. A ação
desenvolvida pelo CRST Lapa
e a UBS Alto de Pinheiros vem
sendo uma estratégia de prote-
ção e apoio que visa enfrentar as
desigualdades sociais que per-
passam a realidade do trabalho
doméstico. Outro objetivo impor-
tante alcançado foi a melhora do
autocuidado e do aumento da im-
portância dada pelos trabalhado-
res para a própria saúde.
PALAVRAS-CHAVE
saúde do trabalhador, trabalho
doméstico, promoção
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
EXPERIÊNCIAS EXITOSAS NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR
TERAPÊUTICA DO SAE IST/AIDS SANTO AMARO
ÂNGELA YUMI SAMPE MATSUI, LILIAN MARI HENDO SAKAMOTO, MARIANNE KATO
HASUI, TANIA GONZALEZ
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A Assistência Domiciliar Tera-
pêutica (ADT) foi implantada no
Brasil a partir de 1995 para pa-
cientes portadores de HIV/AIDS
e consiste no atendimento aos
pacientes em situação clínica que
impeça seu acesso (temporária
ou permanente) aos serviços es-
pecializados e que necessitam
de atenção constante e cuidados
específicos. Os objetivos da ADT
são proporcionar assistência in-
tegral aos pacientes com infec-
ção pelo HIV/AIDS e seus familia-
res e/ou cuidadores, diretamente
em seus domicílios; promover a
melhoria da qualidade de vida
dos pacientes com infecção pelo
HIV/AIDS; promover o aumen-
to da adesão dos pacientes HIV/
AIDS ao tratamento; reduzir a de-
manda de internação hospitalar,
otimizando os leitos disponíveis;
reduzir a duração das interna-
ções hospitalares e propiciar a
redução das infecções nosoco-
miais; estabelecer mecanismos
de referência e contrarreferência
com Hospitais, HD, SAE e ambu-
latórios; desenvolver o “papel de
cuidador” e reforçar os vínculos
de familiares e amigos na assis-
tência e convivência com pacien-
tes HIV/AIDS; otimizar os recur-
sos disponíveis, no que tange à
saúde pública, promoção social
e participação comunitária; abor-
dagem dos cuidado paliativos;
orientar e assistir as famílias do
paciente matriculado na institui-
ção nas situações que se fizerem
necessárias após o óbito, além
de ofertar acolhimento e espaço
para escuta.
OBJETIVOS
Volume 10
Analisar a importância da equipe
multidisciplinar dentro da vivência
da ADT no tratamento das pesso-
as vivendo com HIV/AIDS com
doenças oportunistas ou distúr-
bios crônico-degenerativos veri-
ficando a atuação da equipe no
atendimento domiciliar visando o
processo de assistência integral
ao paciente acometido pelas do-
enças.
METODOLOGIA
Realizado estudo qualitativo dos
pacientes acompanhados pela
ADT do SAE IST/AIDS Santo Ama-
ro que iniciou-se em 18/08/2000,
sendo os critérios de inclusão: pa-
cientes matriculados no SAE IST/
AIDS Santo Amaro, residentes na
cidade de São Paulo, que possu-
am um cuidador responsável pelo
acompanhamento do paciente no
domicílio; que apresentem pato-
logias que limitem sua locomo-
ção/mobilidade e os coloque em
condição de semi-dependência
ou dependência, temporária ou
não, dificultando o acesso à uni-
dade de saúde; residir em local
no qual a equipe possa ter aces-
so e permanecer em segurança.
Foram utilizados os equipamen-
tos disponíveis na unidade (ma-
terial de curativo/equipamentos
fisioterápicos etc.) e uso de rede
de apoio da região de residência
(UBS/CER/CRAS) conforme a ne-
cessidade. Todos os pacientes
que foram atendidos pela equipe
de ADT composta por médico,
fisioterapeuta, terapeuta ocupa-
cional e psicóloga autorizaram o
atendimento em seus respectivos
domicílios. Atualmente estão sen-
do acompanhados pela equipe
da ADT 10 pacientes.
RESULTADOS
Verificamos desde o início do
atendimento da equipe da ADT
maior adesão dos pacientes ao
tratamento, através da orienta-
ção, esclarecimento e entendi-
mento da patologia, suas impli-
cações e a importância de um
acompanhamento adequado;
redução no número de interna-
ções e do uso de equipamentos
que onerem os serviços de saú-
de desnecessariamente, através
da realização de curativos, trata-
mento e prevenção de infecções
oportunistas; reabilitação realiza-
da pela fisioterapia, terapia ocu-
pacional, atendimento psicológi-
co, nutricional e do serviço social,
bem como o encaminhamento
aos serviços e especialidades ne-
cessárias (obtenção de insumos,
exames, especialidades médicas
e terapêuticas, benefícios, equi-
pamentos de tecnologia assistiva,
órteses etc.), prevenindo doenças
e contribuindo para a manuten-
ção e promoção da saúde. E em
muitos casos resgatando a possi-
bilidade de retorno deste pacien-
te ao atendimento ambulatorial
na unidade. A orientação para
melhor adequação da rotina, com
estratégias de facilitação dos cui-
dados gerais e organização do
dia a dia melhorando qualidade
de vida e estimulando uma maior
independência e autonomia dos
pacientes, minimizando a sobre-
carga aos cuidadores. O suporte
aos familiares e cuidadores, ser-
vindo como mediadores na reor-
ganização dos papéis e tarefas
cotidianas, auxilia no resgate de
relações e no fortalecimento de
laços afetivos que tornam o pro-
cesso de tratamento mais efetivo.
89

CONCLUSÕES
A oportunidade em levar a equi-
pe da ADT ao domicílio dos pa-
cientes portadores do vírus HIV
com sequelas e presenciar os
progressos dia a dia é muito gra-
tificante para a equipe mesmo
diante de muitas dificuldades.
Dentre os progressos estão fe-
ridas de alta complexidade que
conseguimos fechar sem neces-
sidade de intervenção cirúrgica,
casos de caquexia e acamados
devido perda de massa muscular
em decorrência a longos perío-
dos de internação que consegui-
ram voltar a deambular, pacientes
em falha de adesão conseguimos
SÃO PAULO
LIAN GONG: PROTAGONISMO DAS TÉCNICAS DE
ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO A SAÚDE
VANUZA BARBOSA MATOS, ELISABETE CRISTINA DOS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O trabalho mostra a trajetória do
Grupo de Lian Gong em 18 terapias
na UBS Real Parque/SP. A implan-
tação foi fundamentada na Política
Nacional de Práticas Integrativas
e Complementares (PNPIC), de
modo a garantir o direito universal e
integral à saúde, visando a preven-
ção, promoção e recuperação da
saúde. A PNPIC no SUS, foi apro-
vada pela Portaria nº 971 de 3 de
maio de 2006 e, no município de
SP, pela lei nº 14682 de 30/01/2008,
considera o Lian Gong como uma
das práticas integrativas da Medi-
cina Tradicional Chinesa. Técnica
do Lian Gong iniciado no Brasil em
1974 pelo Ortopedista Zuang Yuan
Ming, ele desenvolveu uma série
de exercícios sistematizados e de
ação abrangente, onde Lian sig-
nifica treinar e exercitar enquanto
Gong representa refinar ou aper-
feiçoar. Tradução chinesa descreve
Lian Gong como trabalho persis-
tente e prolongado com objetivo
90
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
gerar vínculos que nos possi-
bilitou adequar seu tratamento
para uma melhor adesão. Mes-
mo pacientes permanentemente
acamados oferecemos suporte e
criamos estratégias que facilitem
os cuidados diários, abordamos
as relações familiares visando
evitar sobrecarga dos cuidado-
res frente a uma situação crônica,
permanente e duradoura. Quanto
aos cuidados paliativos, compe-
te-nos orientar dos cuidados ne-
cessários ao paciente e familiares
e/ou cuidadores neste processo
de finitude, atenuando sintomas,
fortalecendo laços afetivos, di-
recionando para redes de apoio
de transformar o fraco em forte e
o doente em saudável. Comissão
de Prática Integrativa e Comple-
mentar composta por médico, en-
fermeiro, psicólogo, farmacêutica,
terapeuta ocupacional e técnicos
de enfermagem, todos com for-
mação em práticas integrativas e
complementares, incluindo Lian
Gong, Auriculoterapia, Acupuntura
Sistêmica e as demais técnicas da
Medicina Chinesa, Aromaterapia e
Terapia Comunitária. Definido fluxo
de encaminhamento compartilha-
do em reuniões geral para direcio-
namento via equipe multidisciplinar
para tratamento da dor, manejo da
ansiedade, promoção da saúde do
trabalhador e socialização.
OBJETIVOS
Relatar a experiência de implanta-
ção de atividade por meio do Lian
Gong, visando: 1. Ofertar técnicas
para manejo da ansiedade e alívio
da dor crônica proporcionando re-
dução dessa demanda no serviço
que possam auxiliá-los, criamos
vinculo com os cuidadores, e
mesmo após o óbito do pacien-
te oferecemos suporte para se
reorganizarem e retomarem suas
vidas.
PALAVRAS-CHAVE
Assistência Domiciliar Terapêuti-
ca, HIV/AIDS
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério da Saúde.
Rotinas de assistência domiciliar
terapêutica (ADT) em HIV/AIDS -
Brasília, 2006 (Série Manuais nº
70) ISBN 85-334-1081-6.
2. Garantir práticas inclusivas e in-
tegrativas para a comunidade 3.
Contribuir no cuidado com um mé-
todo não medicamentoso; 4. Favo-
recer a interação social, acolhimen-
to e desenvolvimento de vínculo de
usuários entre si de modo a incenti-
var o autocuidado e resgate de au-
toestima, resultando em qualidade
de vida 5. Aumentar a flexibilidade,
força, equilíbrio, capacidades mo-
toras e tônus muscular.
METODOLOGIA
O projeto foi iniciado em 2017 e
apresentado para os profissionais
e pelo fluxo organizado pela Co-
missão de Práticas Integrativas da
UBS. Os pacientes são encami-
nhados pela Estratégia Saúde da
Família e Indígena, e profissionais
de referência da área da UBS. Os
atendimentos são em grupos, ava-
liados através do SAU com entre-
vista junto aos pacientes e feedba-
cks em reuniões com equipe.
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
RESULTADOS
A UBS promove reuniões sema-
nais entre membros das equipes,
com propósito de favorecer diálogo
constante na busca de melhorias
dos fluxos e soluções para as difi-
culdades da unidade. Depoimen-
tos ilustram a percepção da equi-
pe multiprofissional em relação ao
Grupo Lian Gong. “(…) é um grupo
muito relevante para a unidade,
pois tem como objetivo um dos
princípios da Atenção Primária a
Saúde, que é a prevenção e promo-
ção a saúde, e traz muitos ganhos
para os terapeutas que o coorde-
nam e para os usuários que o prati-
cam, pois além de tratar e prevenir
dores no corpo, problemas osteo-
musculares e também proporciona
uma sinergia e um vínculo impor-
tante entre os coordenadores do
grupo e os participantes, pois além
de proporcionar bem-estar físico e
mental, também promove a sociali-
zação entre os participantes” (Thia-
go) A técnica foi divulgada pelos
SÃO PAULO
IMPLEMENTAÇÃO DO TRABALHO DE AGENTES DE RETENÇÃO
DAS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
YARA LOBO MACEDO, SHEILA RAMOS DE OLIVEIRA, MARIA CRISTINA ABBATE,
JOSELITA MARIA DE MAGALHÃES CARACIOLO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Segundo a UNAIDS (1), em 2021 o
Brasil atingiu a marca de 960 mil
pessoas convivendo com HIV, sen-
do que, parte do perfil demográ-
fico atingido pela de mortalidade
pelo vírus encontra-se dentro da
chamada população-chave que
constitui o público mais propenso
a infecção ao HIV, ou ainda, como
parte da população vulnerável (2),
que justamente devido ao precon-
ceito, ao estigma e a discriminação
que sofrem, possuem maiores di-
ficuldades e limitações para obter
acesso aos serviços de saúde e
sua capacidade de permanecer
sob tratamento e cuidados (3).
Volume 10
profissionais da UBS e pelo painel
de informes, instrumento de comu-
nicação da UBS. Extraídas as cita-
ções de pacientes pela avaliação
do SAU: “Ajudou controlar dor por
3 dias, junto com auriculoterapia.
Acho legal e que ajudou bastante
com a dor” (Pedro) “Acho legal a ini-
ciativa do posto com alongamento.
Muito bom e quero continuar parti-
cipando” (Francisca). Além desses
depoimentos, observa-se, no gru-
po, interação social, melhora da dor
e ansiedade, diminuição do uso de
medicamentos, pacientes indicam
a técnica para conhecidos e reco-
nhecem a contribuição do Grupo
no cuidado, resultando em benefí-
cios físicos e comportamentais.
CONCLUSÕES
A terapia escolhida é uma prática
corporal, com boa aceitação pela
comunidade e profissionais, que
segue fortalecendo o cuidando
como recurso de baixo custo, de-
monstra protagonismo das instru-
Dentre as formas de tratamento
utilizadas, encontra-se a Terapia
antirretroviral (TARV) como medi-
camento para prolongar o tempo
de sobrevida das pessoas vivendo
com HIV/Aids, o qual sofre uma má
adesão principalmente por parte
da população vulnerável e leva ao
abandono do tratamento, este que
também está associado ao tempo
entre o diagnóstico e a primeira
consulta (4). Diante desse cená-
rio, a Coordenadoria IST/Aids da
Secretaria Municipal de Saúde da
Prefeitura de São Paulo implemen-
tou um programa de Agentes de
Retenção para realizar uma busca
ativa dos pacientes em abandono
toras que fortalece as potencialida-
des dos técnicos de enfermagem
na promoção, prevenção e recu-
peração da saúde. Ressalta-se que
os dados apontados evidenciam os
benefícios oriundos da prática com
regularidade e identificou no grupo
a possibilidade de treinar com ale-
gria, alcançando movimento lento,
homogêneo e contínuo associado
a respiração.
PALAVRAS-CHAVE
lian gong, promoção à saúde,
pics
BIBLIOGRAFIA
Brasil. Ministério da Saúde. Secre-
taria de Atenção à Saúde. Departa-
mento de Atenção Básica. Práticas
integrativas e complementares:
plantas medicinais e fitoterapia na
Atenção Básica/Ministério da Saú-
de. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Bási-
ca. – Brasília: Ministério da Saúde,
2012.
de tratamento de HIV e aumentar a
retenção entre os usuários da Rede
Municipal Especializada
OBJETIVOS
Descrever qual a relevância e o
papel do agente de retenção den-
tro dos Serviços de Atendimen-
to Especializado em IST/Aids na
busca ativa do paciente em aban-
dono vivendo com HIV/AIDS
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo longitudinal,
no qual utilizou 10 unidades do Ser-
viço de Atendimento Especializado
(SAE) em IST/Aids do Município de
São Paulo, rastreando os usuários
91

em abandono de tratamento de HIV
por meio do contato telefônico de
um aparelho celular fornecido pela
Coordenadoria IST/Aids. A convo-
cação do indivíduo era realizada
através de ligações telefônicas ou
mensagens de texto via rede social
Whatsapp, o qual lhe chamava para
comparecer ao setor de aconse-
lhamento da unidade para saber o
motivo do abandono, os testes de
CD4 e Carga viral eram priorizados
para esses usuários, assim como, a
prescrição da ARV por um médico
do serviço e um acompanhamento
via mensagens de texto para pos-
sibilitar maior criação de vínculo
com o indivíduo. O programa com
os agentes de retenção faz parte de
um projeto maior chamado “Imple-
mentação do Sistema De Monitora-
mento Clínico das pessoas vivendo
com HIV/AIDS no Município de São
Paulo” com período de duração de
fevereiro de 2020 a dezembro de
2022, atualmente encontra-se em
pedido de prorrogação
RESULTADOS
Antes da implementação do proje-
to não havia um controle específico
da taxa de retenção do paciente
feito pelas unidades, porém, após
o trabalho dos agentes foi possível
observar um aumento ao longo dos
meses, com essa retenção varian-
do entre 43% e 62% do PVHIV que
abandonou e retornou ao serviço
após a busca ativa dos agentes de
SÃO PAULO
OFERTA DA PREP E TESTAGEM EM LOCAIS DE ATUAÇÃO DE
MULHERES CIS PROFISSIONAIS DO SEXO
JARDEL MACEDO SOARES, ESMERALDINA CARLOS DE FÁTIMA PEIXOTO NERI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Profissionais do sexo continu-
am enfrentando criminalização,
violência, discriminação e outras
formas de violações de direitos
humanos, o que contribui para um
92
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
retenção. Algumas unidades de-
monstram certa resistência e difi-
culdade de retorno dos indivíduos
devido a região em que se encon-
tram menos privilegiada e pobre
de recursos e serviços, com uma
população ainda mais vulnerável,
o que afeta diretamente a possibi-
lidade de vínculo e permanência no
serviço. O trabalho do agente de
retenção faz-se de grande impor-
tância nos serviços especializados,
sendo possível observar uma me-
lhora significativa na retenção nos
quais há atuação dos agentes de
retenção, estando em sua maioria
dentro do corte médio da RME, vis-
tas nas gráfico abaixo:
CONCLUSÕES
O trabalho dos agentes de reten-
ção com estratégias de busca ati-
va e convocação dos pacientes
em abandono de tratamento, pos-
sibilita a apresentação de todos
recursos de unidade (tratamento
farmacológico, acompanhamento
biopsicológico, social, etc) mos-
trou-se de grande eficácia, percep-
tível através da redução do número
de pacientes em abandono, maior
vinculação e retenção dos mes-
mos na unidade. Dessa maneira,
foi possível constatar os benefícios
do agente de retenção em campo
e recomenda-se a extensão do
programa para outros serviços de
atendimento especializado em IST/
Aids para além do Município de São
aumento no risco de adquirir o HIV.
A prevalência de HIV entre profis-
sionais do sexo é 10 vezes maior
do que na população em geral. ¹
A OMS (Organização Mundial de
Saúde) recomenda, desde 2012, a
oferta da PrEP (Profilaxia Pré Ex-
Paulo com intuito de melhorar a
adesão dos usuários ao tratamento
e reduzir a transmissão do HIV.
PALAVRAS-CHAVE
HIV/AIDS. TARV, monitoramento,
abandono
BIBLIOGRAFIA
UNAIDS. Brazil. Unaids.org. Dis-
ponível em: https://www.unaids.
org/en/regionscountries/coun-
tries/brazil. Acesso em: 27 jan.
2023. SAFFIER, Igor Pedrosa;
KAWA, Hélia ; HARLING, Guy. A
scoping review of prevalence, in-
cidence and risk factors for HIV
infection amongst young people
in Brazil. BMC Infectious Dise-
ases, v. 17, n. 1, 2017. NIELSEN,
René Clausen; LUENGO-OROZ,
Miguel; MELLO, Maeve B.; et al.
Social Media Monitoring of Discri-
mination and HIV Testing in Brazil,
2014-2015. AIDS and behavior, v.
21, n. Suppl 1, p. 114–120, 2017.
Disponível em: https://pubmed.
n c b i.nlm.nih.g ov/28 3 49 220/.
Acesso em: 2 mar. 2022.
SCHILKOWSKY, Louise Bastos;
PORTELA, Margareth Crisósto-
mo ; SÁ, Marilene de Castilho.
Fatores associados ao abandono
de acompanhamento ambulato-
rial em um serviço de assistência
especializada em HIV/aids na ci-
dade do Rio de Janeiro, RJ. Re-
vista Brasileira de Epidemiologia,
v. 14, n. 2, p. 187–197, 2011
posição) como uma das estraté-
gias para prevenir a aids. ² Desde
outubro de 2018 o CTA/IST-Aids
São Miguel vem aplicando os con-
ceitos de prevenção combinada e
iniciou dispensação de PrEP. Du-
rante todo esse período foi perce-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
bido uma baixa dispensação da
PrEP para trabalhadoras do sexo
por essa unidade de saúde assim
como a utilização dos serviços
disponibilizado pela unidade, prin-
cipalmente quando considerando
o quantitativo de locais mapeados
de atuação dessas trabalhadoras
na região de São Miguel Paulista.
Dado esse contexto e tentando
compreender esse fenômeno, o
CTA-IST/AIDS São Miguel desen-
volveu estratégias que possibili-
tou a acessar essas pessoas em
seus locais de trabalho através
de ações extramuros ofertando
in loco além da testagem rápida o
início oportuno da e dispensação
da PrEP.
OBJETIVOS
Ampliar o acesso a dispensação
da PrEP para mulheres cis traba-
lhadoras do sexo que atuam nes-
sa região.
METODOLOGIA
No segundo semestre de 2022 foi
iniciado a interlocução do serviço
junto aos locais de atuação das
profissionais do sexo. No início
a intervenção foi realizada pelos
agentes dos projetos de prevenção
de atuam entre pares, sendo rea-
lizadas visitas aos locais que são
frequentados pelas trabalhadoras
do sexo identificando as lideran-
ças. Em seguida iniciamos os di-
álogos com essas lideranças com
a finalidade de dar esclarecimen-
tos e efetivar as propostas para a
viabilização das ações nos locais.
Foi oportunizado duas ações ex-
tramuros em 2 locais de atuação
dessas profissionais nos meses
de agosto e setembro/2022, sen-
do executadas pela equipe do
CTA-IST/Aids São Miguel, que
contaram com uma equipe com-
posta por 1 médico, 1 enfermeiro,
02 auxiliares de enfermagem, 01
administrativo e 01 agente de pre-
venção e 01 motorista. Cada ação
transcorreu de forma a se adequar
Volume 10
aos fatores condicionantes e ca-
racterísticos dos locais acessa-
dos, sendo considerado os horá-
rios de funcionamento, estrutura
predial, horário de funcionamento,
regime de trabalho submetidos.
Cada ação durou em média de 02
horas e meia. Com a aplicação de
uma breve roda de conversa en-
tre as profissionais do sexo que
estavam disponíveis e que por ora
eram acometidas a rodizio con-
forme a dinâmica de atendimento
aos seus clientes. Foi abordado
por nossos profissionais a temá-
tica de prevenção combinada,
precedida de oferta de coleta e
testagem rápida, consulta médica
ou de enfermagem e cadastro e
dispensação PrEP.
RESULTADOS
O mapeamento dos locais de atu-
ação dessas trabalhadoras atuali-
zado da região aponta 14 locais de
atendimento diurnos, 03 locais de
atendimento noturno e 3 pontos
de concentração em vias públi-
cas, sendo números que se des-
tacaram como um contra ponto
pela baixa demanda de usuárias
que procuram espontaneamente
o serviço e também os tímidos
volumes de dispensação da PrEP
para pessoas com esse perfil. Du-
rante a execução dessas ações foi
possível abordadas um total de 31
trabalhadoras do sexo e 5 clien-
tes homens cis que frequentavam
os locais; totalizando 36(100%)
pessoas no momento das ações.
Desses, 11(30,5%) só participaram
das ações educativas como forma
preventiva de IST/AIDS; 25(78,1%)
realizaram testagens rápidas - TR
para HIV, Sífilis, Hepatites B e C.
Sendo que; entre os 25(100%) dos
TR realizados, 19(76%) tiveram
resultados negativos para HIV,
Hepatite B e Hepatite C; 6(24%)
tiveram resultados reagentes para
sífilis; esses receberam o trata-
mento de forma oportuna para sí-
filis e do total dos TRs realizados
15(60%) foi iniciado PrEP.
CONCLUSÕES
A ação nos locais de atuação das
profissionais do sexo promoveu
acessar de forma otimizada as
profissionais do sexo, permitindo
realizar intervenções de saúde em
momento oportuno, contornan-
do as dificuldades que implicam
em sua chegada até o serviço.
Disponibilizar a PrEP nesses lo-
cais demonstrou uma importante
estratégia por oferecer uma ex-
celente possibilidade de avançar
e superar os impeditivos e as di-
ficuldades de acesso a essa tec-
nologia, sendo conotado que nes-
ses locais predominam a falta de
conhecimento entre as pessoas
abordadas sobre a disponibilida-
de dessa estratégia nos serviços
da Rede Municipal Especializada.
Com a efetivação desse traba-
lho com uma equipe profissional,
dado os resultados das testagens
puderam realizar as prescrições
de tratamento para Sífilis e outras
suspeitas de IST`s. A capacidade,
habilidade, criatividade e o enga-
jamento da equipe ao elaborar e
executar essas ações extramuro
foi fundamental para o sucesso
da ação, considerando que em
ambiente externos e desconhe-
cido sempre exigem dinâmicas
de trabalho adaptativas conforme
as características diversificadas
apresentada no local, fato que
contribuiu para superar eventuais
empecilhos que poderiam ter im-
pactados para a realização das
ações.
PALAVRAS-CHAVE
Trabalhadoras do sexo, preven-
ção IST/HIV, PREP
BIBLIOGRAFIA
https://unaids.org.br/2017/06/
p r o te g e n d o - o s - d i r e i to s - d e -
-profissionais-do-sexo/ https://
agenciaaids.com.br/noticia/sai-
ba-como-a-prep-esta-mudando-
-habitos-sexuais-do-publico
93

SÃO PAULO
PROJETO “VIVA BEM COM DIABETES”
LETICIA FERREIRA DE SOUSA, DIULIAN SILVA, IVAN MUNHOZ ARAÚJO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em consonância ao Ministé-
rio da Cidadania, através do
Programa de Promoção de
Consumo de Alimentos Ade-
quados e Saudáveis, as ações
do Sistema Nacional de Segu-
rança Alimentar e Nutricional
(SISAN) perpassam e devem
guiar uma gama variada de
programas e políticas de di-
versas esferas da federação
tais [...] como distribuição de
alimentos à população em si-
tuação de Insegurança Alimen-
tar e Nutricional [...] perdas e
desperdício de alimentos [...]
políticas de saúde com foco
no controle e prevenção das
doenças decorrentes da má
alimentação, entre outros. A
Promoção da Alimentação
Adequada e Saudável (PA AS)
corresponde a uma das dire-
trizes da Política Nacional de
Alimentação e Nutrição e inse-
re-se como eixo estratégico da
Política Nacional de Promoção
da Saúde. Nesse sentido, este
projeto visa realizar as ações
de promoção à saúde de for-
mas mais amplas na interven-
ção sobre os condicionantes
e determinantes sociais de
saúde, de forma intersetorial e
com participação popular, fa-
vorecendo escolhas saudáveis
por parte dos indivíduos e co-
letividades no território onde
vivem e trabalham, como en-
foque prioritário na realização
de um direito humano básico,
que proporcione a realização
de práticas alimentares apro-
priadas dos pontos de vista
biológico e sociocultural, bem
94
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
como o uso sustentável do
meio ambiente aos pacientes
que se enquadram no Progra-
ma de Automonitoramento da
Glicemia Capilar (PAMG), no
âmbito da Secretaria Munici-
pal da Saúde.
OBJETIVOS
Continuação do cuidado e
atenção à saúde por meio da
adesão ao PAMG pelas pes-
soas com diabetes mellitus
que se encontram em vulne-
rabilidade socioambiental e
insegurança alimentar, com o
apoio do Programa Ambientes
Verdes e Saudáveis (PAVS) e
equipe multidisciplinar da UBS
Flor de Maio.
METODOLOGIA
Palestras, Oficinas, Cartazes,
Banners.
RESULTADOS
Resultados quantitativos: Pes-
soas atendidas: 04 Número de
profissionais envolvidos: 14
Alimentos doados: 2.977 Kg
Atividades realizadas com o
grupo: 39 Construção de hor-
ta na UBS. Resultados quali-
tativos: Melhoria nos níveis
glicêmicos; Comprometimen-
to da equipe multidisciplinar;
Diminuição do desperdício de
alimentos; Garantia de pro-
moção à saúde e acompanha-
mento dos pacientes; Articula-
ção e encaminhamento a rede
socioassistencial.
CONCLUSÕES
Através dos encontros, os
pacientes receberam alimen-
tos adequados para sua dieta
(fornecidos pela mercearia do
território), bem como orienta-
ções sobre: armazenamento,
higienização, descarte, prepa-
ro e consumo adequado, em
paralelo as visitas domiciliares
acompanhadas por diferentes
profissionais da equipe multi-
disciplinar, permitindo a iden-
tificação de outras demandas
de saúde. O acompanhamento
regular dos pacientes apon-
tou a diminuição dos valores
glicêmicos, sendo verificado
que a alimentação não é fator
exclusivo para alteração da
diabetes, e sim, o contexto de
onde e como vivem: vulnera-
bilidade social, instabilidade
financeira, ambiente familiar,
condições de moradia, empre-
gabilidade, hábitos culturais,
relações interpessoais, aces-
so a políticas públicas e su-
porte da rede socioassisten-
cial. Deste modo, ocorreram
palestras e oficinas, encami-
nhamentos aos serviços da
assistência social e de saúde
mental, reuniões de matricia-
mentos e construção do Pro-
jeto Singular Terapêutico, ga-
rantindo o monitoramento e
planejamento de ações de cui-
dado e promoção à saúde na
sustentabilidade do projeto,
além de estimular a autonomia
para a alimentação saudável e
cuidado sobre a prevenção de
Doenças Crônicas não Trans-
missíveis.
PALAVRAS-CHAVE
DCNT, diabetes, atenção a saúde
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
APRIMORAMENTO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE INTEGRAL
DA POPULAÇÃO LGBTIA+ NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
TÂNIA REGINA CORRÊA DE SOUZA, MÁRCIA VALÉRIA PEREIRA, EMANUEL
APARECIDO JANUÁRIO, FLAVIA HELENA CICCONE, JULIANE GUINGO, MARINA
PEREIRA DOS SANTOS STAGNI, JULIA DE MOURA GODOY
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em 2021 na SMS a pasta da Área
Técnica da Saúde da Mulher res-
pondia pela população de Lésbi-
cas, Gays, Bissexuais, Travestis,
Mulheres Transexuais, Homens
Trans, pessoas Não-Gays, Inter-
sexo, Assexuais e outras pesso-
as com variabilidade de gênero
(LGBTIA+) do município de SP
(MSP). Cada Coordenadoria Re-
gional de Saúde (CRS), seis no
município, contava com uma in-
terlocutora responsável pelas
demandas dessa população. As
dificuldades de acesso da popu-
lação LGBTIA+ são legítimas e
podem ser decorrentes do estig-
ma e discriminação que surgem
de forma estrutural, institucional
e/ou individual. Era necessário
fortalecer o acesso e a qualida-
de do atendimento em saúde.
Essas pessoas precisavam ter
acolhimento adequado e atendi-
mento integral garantido. Sofriam
com desrespeito ao nome social
e ao pronome, era preciso am-
pliar a rede de serviços de hor-
monização em algumas regiões,
os sistemas de informação sem
campo de nome social/gênero/
orientação sexual precisavam ser
revistos, era necessidade inves-
tir na capacitação dos profissio-
nais de saúde para garantir uma
orientação segura, identificação
de demandas e a assistência com
qualidade nas Unidades de Saú-
de. Além dessas questões com a
população LGBTIA+ maior de 18
anos, as crianças e adolescentes
com variabilidade de gênero e
seus familiares não tinham refe-
rências da SMS para orientação
Volume 10
e encaminhamento. A população
era invisível nos programas go-
vernamentais e não havia uma
política pública de saúde clara
que garantisse seus direitos.
OBJETIVOS
Qualificar o acompanhamento de
pessoas LGBTIA+ nas unidades
de saúde do município de São
Paulo. Favorecer o acesso de
pessoas travestis, transexuais e
com vivências de variabilidade de
gênero, incluindo crianças e ado-
lescentes aos serviços de saúde
em todos os níveis de atenção.
Atualizar os profissionais com re-
lação às temáticas direcionadas
à saúde integral da população
LGBTIA+ e das crianças e ado-
lescentes com variabilidade de
gênero. Qualificar a rede de aten-
ção para o atendimento integral
dessa população considerando
acolhimento, acompanhamento
ambulatorial, procedimentos clí-
nicos e cirúrgicos.
METODOLOGIA
Em março de 2021, foi criada a
Área Técnica de Saúde Integral
da População LGBTIA+ (AT) com
o objetivo de promover políticas
públicas de saúde específicas,
prezando pela universalidade do
acesso e a equidade da oferta de
ações e serviços de saúde nos
campos da atenção à saúde inte-
gral, de promoção e vigilância em
saúde, da educação permanente
e educação popular, da informa-
ção e da pesquisa, no âmbito do
SUS. A linha de cuidado foi dese-
nhada para que toda a população
LGBTIA+ fosse acolhida, orienta-
da e assistida nas UBS, inclusi-
ve crianças e adolescentes com
variabilidade de gênero e seus
familiares, sem discriminação
e preconceito; com respeito ao
nome social; promovendo aten-
ção integral e longitudinal. A Rede
de Atenção à Saúde Integral de
Pessoas Travestis, Transexuais e
com Vivência de Variabilidade de
gênero – Rede SAMPA Trans foi
implementada para dar respostas
mais eficazes às demandas da
população transexual. Essa Rede
deve ofertar o cuidado centrado
na pessoa; dar orientações foca-
das no processo de transforma-
ção corporal (escuta de desejos
e angústias, estratégias sociais,
modificações corporais com uso
de hormônios e cirurgias, saúde
sexual e reprodutiva); dar segui-
mento de acordo com o Proto-
colo vigente no município de São
Paulo; encaminhar para cirurgia
de transformação corporal e re-
alizar cuidados pré e pós cirúr-
gicos. Além disso, investimos na
formação dos trabalhadores com
encontros mensais, capacitações
online e em EAD e reuniões téc-
nicas.
RESULTADOS
Com a inserção dessa temática
na Atenção Básica e a expansão
da Rede SAMPA Trans, amplia-
mos o acesso e o direito à saú-
de integral dessas pessoas. Im-
plementação de unidades nessa
Rede, de 28 unidades para 44 em
2022 e o Centro de Referência
de Saúde Integral para a Popu-
lação de Travestis e Transexuais
em 2023. Foi necessário fortale-
95

cer parcerias e elaborar capaci-
tações: • Integração com AT da
SMS e instituições parceiras. •
Cadastro das unidades da Rede
SAMPA Trans com CNES – “Aten-
ção Especializada no Processo
Transexualizador”. • Cartão SUS
e etiquetas térmicas com nome
social, sem identificação do sexo;
• GSS e laboratórios com aces-
so ao SIGA, para garantir o nome
social nos exames e receitas mé-
dicas. • 08 Capacitações “Aten-
dimento em Saúde para pessoas
Trans”. • Supervisão mensal para
as unidades que estão implan-
tando atendimento para crianças
e adolescentes com variabilida-
de de gênero. • Duas turmas do
EAD “Atualização sobre Atendi-
mento a Pessoas Transexuais,
Travestis e com Variabilidade de
Gênero”, com 20 vídeo aulas. •
Seminário “Nuances em Gineco-
logia e Saúde Reprodutiva para
pessoas LGBTIA+”. • 02 Capaci-
tações “Prevenção Combinada”
para profissionais da Rede SAM-
PA Trans. • Nº de pessoas trans
acompanhadas na Rede SAMPA
Trans (janeiro a julho/22): Total de
Pessoas em acompanhamento =
3.346 Total de Pessoas em uso
de hormônios = 2.329. A SMS
conta hoje com um modelo de
SÃO PAULO
GRUPO EDUCATIVOS DE SALA DE ESPERA NA UBS JAÇANÃ:
OPORTUNIZANDO A PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE
SILVIA MARA ALVES LIMA TARDIVO, IVONETE DE CASSIA BARBOSA, AGLACIENE
LOPES DA SILVA, LAÍS REBOUÇAS NEVES PEREIRA, DEBORA BARBOSA SECO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Os grupos educativos sempre fo-
ram importantes instrumentos da
Saúde Coletiva para a questão da
prevenção e promoção da saúde,
locais privilegiados de troca de
saber técnicos e populares, mas
também enfrentam dificuldades
para sua implantação, a falta de
96
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
rede de atenção à saúde integral
da população LGBTIA+ inédito no
Estado de São Paulo e no Brasil.
CONCLUSÕES
Vale a pena ressaltar que está
sendo escrito em conjunto com
o Comitê Técnico a Política Pú-
blica de Saúde Municipal. Além
disso, foi publicada a Portaria
nº 36/2023- SMS.G que consoli-
da a Rede SAMPA Trans e já foi
encaminhada a documentação
necessária para a habilitação dos
serviços pelo Ministério da Saú-
de. O projeto tem recursos orça-
mentários para garantir a susten-
tabilidade a longo prazo, pois os
novos serviços estão na provisão
orçamentária e, incluídos nos re-
cursos de natureza financeira e
contábil destinado à implantação,
consolidação e manutenção do
SUS na capital paulista, vincula-
do à SMS. Hoje essas ações são
vistas como uma Política de Saú-
de Municipal e os gestores reco-
nhecem a importância. Também
consta no Plano Municipal de
Saúde, diretrizes e metas descri-
tas até 2025, com ações previstas
anualmente nas Programações
Anuais de Saúde. Cada vez mais
a rede está fortalecida e os pro-
fissionais de saúde sensibilizados
espaço adequado para a realiza-
ção, a dificuldade de participação
do público trabalhador, mais jo-
vem, e a falta de tempo “referida
pela população, pois a valoriza-
ção inicial destes espaços pelos
usuários ainda é difícil. A UBS Ja-
çanã, buscando alternativas para
a realização das ações coletivas
e capacitados. Outra questão im-
portante é a participação ativa da
sociedade civil, defensores dos
direitos, que exerce papel funda-
mental para garantir a liberdade
e vida digna aos cidadãos, além
de lutar contra as desigualdades
sociais.
PALAVRAS-CHAVE
LGBTQAI+, SAUDE INTEGRAL
BIBLIOGRAFIA
No link abaixo, é possível ver fo-
tos de algumas UBS comemoran-
do datas do calendário LGBTIA+
e algumas publicações da AS-
COM com o objetivo de dar maior
visibilidade a essa população.
https://drive.google.com/drive/
folders/1buaJnlgC9cdCz8_4Ga-
7miqbVU8Jt1GPW?usp=sharing
Este é o link da área técnica no
site da SMS/SP. Aqui estão os en-
dereços da Rede SAMPA Trans,
Portarias e Decretos, Protocolo,
Comitê Técnico e outros docu-
mentos norteadores da Política
Pública de Saúde. https://www.
prefeitura.sp.gov.br/cidade/se-
cretarias/saude/atencao_basica/
index.php?p=291627
voltadas a educação em saúde
que sejam espaços de troca , op-
tou por oportunizar a ida do usu-
ário na UBS, foi verificado que em
média o usuário com um atendi-
mento agendada fica antes do
atendimento 30 minutos, o tem-
po pode chegar a uma hora para
um atendimento não agendado
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
(coleta de exame laboratorial,
atendimento do Programa Auto
monitoramento glicêmico, vaci-
na, acolhimento e outros) a fonte
dos dados foi o sistema de gera-
ção de senha da UBS. Então este
tempo de espera foi utilizado para
a realização de grupos de sala de
espera, que são grupos com te-
mas pontuais onde os assuntos
são iniciados e existe um espaço
para troca entre os praticantes e
sempre os temas são unificados
por semana usando os meses te-
máticos da Secretária Municipal
de Saúde e assuntos priorizados
pela equipe de saúde local. Tam-
bém é um espaço para divulgara
a carteira de serviço da UBS e re-
alizara busca ativa de vacinação
adulto e infantil.
OBJETIVOS
• Promover a educação em saú-
de de forma compartilhada com
os usuários • Oportunizara a visi-
ta do usuário na UBS oferecendo
um leque maior de possibilidades
• Informa todas as potencialida-
des dos serviços oferecidos na
UBS • Realizar busca ativa de
SÃO PAULO
PARTICIPAÇÃO EM SAÚDE E PRÁTICAS INTEGRATIVAS E
COMPLEMENTARES (PIC)
LUCAS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Conforme o censo 2019 realizado
pela Secretaria de Assistência So-
cial, a região central do município
de São Paulo possui cerca de 80%
das mais de 24.000 pessoas em
situação de rua na capital Paulis-
ta, das quais 11.044 estão abriga-
das nos equipamentos públicos,
tornando-se a região/referência na
construção de políticas públicas
voltadas à população em situação
de rua assegurando o acesso ao
atendimento em saúde e de de-
Volume 10
vacina atrasada • Realizar busca
ativa de sintomáticos de DCNT
(doenças crônicas não transmis-
síveis)
METODOLOGIA
Realização diária de grupo de
sala de espera em sistema de ro-
dizio pela equipe multiprofissional
(enfermeiras, técnicos e auxiliares
de enfermagem, psicólogo e as-
sistente social) Definição de te-
mas usados por todos com troca
semanal Uso dos temas de busca
ativa do Mês de referencia
RESULTADOS
Inicialmente os grupos foram re-
alizados semanalmente, e a partir
de novembro diariamente, foram
realizados 50 grupos com média
de 12 participantes. Foi observa-
do um aumento de procura sobre
os temas abordados: Tabagis-
mos; Alimentação saudável, hi-
pertensão arterial, Prevenção de
ISTs, prevenção de Câncer de
mama, prevenção de câncer de
colo de útero, prevenção do sui-
cido, prevenção das Hepatites
virais, sinais e sintomas da tu-
senvolvimento social na perspec-
tiva de fortalecimento de vínculos
que oportunizem a construção de
novos projetos de vida através das
Secretarias de Assistência Social e
Saúde. Neste contexto, destaca-se
um novo modelo de moradia que
se destina aos idosos albergados,
sendo o primeiro equipamento
adaptado para a finalidade de aten-
der pessoas autossuficientes, ou
seja, que possam se locomover, se
alimentar e cuidar de sua higiene. O
Centro de Acolhida Especial para
berculose e vacinação O nível de
satisfação dos profissionais com
a atividade também cresceu gra-
dativamente conforme foram sen-
do realizados as atividades, pois
não tinham mas o stress de local
e falta dos agendamentos para os
grupos.
CONCLUSÕES
A técnica de grupo de sala de
espera deve ser aperfeiçoada,
pois tratasse de um ambiente di-
nâmico a onde as pessoas estão
circulando e obter a atenção e
participação dos usuários requer
habilidade de comunicação e co-
nhecimentos do assunto tratado.
A oportunização da vindo do usu-
ário na UBS é uma maneira de as-
sociar a recuperação com a pro-
moção e prevenção de saúde tem
resultados efetivos na busca ativa
e na troca de conhecimento, po-
dendo ser usado como uma fer-
ramenta auxiliar nas ações coleti-
va na atenção primária em saúde.
PALAVRAS-CHAVE
prevenção, promoção a saúde,
grupos educativos
Idosos – CAEI Morada Nova Luz-,
tem o total de 100 idosos acolhi-
dos, cadastrados junto às equipes
de Consultório na Rua. Frente a
complexidade e os desafios do cui-
dado a esse público, faz necessário
ampliar a linha de cuidado para que
se efetive ações intersetoriais para
o cuidado integral, buscando res-
tabelecer os aspectos biopsicos-
sociais de cada indivíduo e da co-
letividade. Estes fatores somados
a outros aspectos representam um
desafio na efetivação de práticas
97

de promoção e prevenção à saúde
que contemplem essa complexida-
de de forma integral e intersetorial.
OBJETIVOS
O Projeto Arte na Morada Nova
Luz pretende promover um es-
paço de contato com a natureza,
integrado a práticas saudáveis.
Além de despertar a sociabilida-
de, desenvolver habilidades mo-
toras, ressignificar as relações
interpessoais, aquisição de no-
vos conhecimentos, melhora do
humor, autoestima e autoconhe-
cimento. Assim mitigar os impac-
tos sociais e promover a emanci-
pação social de cada indivíduo e
da coletividade.
METODOLOGIA
Definido um calendário de ativi-
dades semanais que ocorreram
sempre as quintas-feiras, no pe-
ríodo das 09h às 11h, as equipes
do Programa Ambientes Verdes e
Saudáveis (PAVS) da Supervisão
Técnica de Saúde Santa Cecília
(STS SC), do Consultório na Rua
da UBS Santa Cecília e de En-
fermagem do CAEI Morada Nova
Luz, propõe em conjunto com os
equipamentos SMADS, a cons-
trução e/ou a ampliação de espa-
ços verdes e saudáveis ofertando
aos acolhidos oficinas de arte e
SÃO PAULO
REVITALIZAÇÃO PRAÇA PEDRO LESSA: UMA
RECONFIGURAÇÃO DE USO
LUCAS NATÃ DOS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Vale do Anhangabaú um cartão
postal no centro de São Paulo pos-
sui significado em tupi “água do
mau espírito’’, historicamente foi
um local de plantação de chá, sen-
do o proprietário Barão de Itapeti-
ninga. A supressão de coberturas
vegetais é uma externalidade nega-
98
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
hortoterapia em grupo.
RESULTADOS
Foram o total de 28 oficinas, com
15 idosos assíduos participan-
tes, representando uma média
de 15% dos acolhidos no espa-
ço. De acordo com avaliação dos
próprios acolhidos, o projeto foi
reconhecido como uma poten-
te ferramenta, pois melhorava a
integração, principalmente en-
tre conviventes com histórico de
hostilidade entre si. Outra parcela
reduziu o uso de álcool ou outras
drogas especialmente antes e du-
rante as Oficinas, evidenciando
também o aspecto da Redução
de Danos como um dos resulta-
dos do trabalho.
CONCLUSÕES
O projeto superou as expecta-
tivas pois com uma única por-
posta, ampliou as atividades de
saúde ofertadas pela equipe de
enfermagem, intregralizando a
oferta do cuidado para os aco-
lhidos, assim como também es-
treitou laços entre as equipes
de saúde e do equipamento da
Assistencia Social. Resultados
como deste projeto evidênciam
o pontecial das atividades de
saúde ambiental proposta pelo
PAVS para o cuidado longitudinal
tiva da expansão das grandes me-
trópoles enquanto a infraestrutura
verde é composta por parques,
florestas, praças, e outras formas
de paisagens. Áreas verdes urba-
nas possuem importante função de
reduzir efeitos da poluição, ruídos
e agem na redução da temperatu-
ra e velocidade dos ventos, além
e integral de uma população em
situação de vulnerabilidade, as-
sim como também a necessida-
de do desenvolvimento de ações
intersecretarias, intersetoriais, as
quais exigem o continuo engaja-
mento dos profissionais e apoio
da gestão para o fortalecimento
das ações no território.
PALAVRAS-CHAVE
Idosos albergados, saúde am-
biental e PAVS
BIBLIOGRAFIA
Pesquisa Amostral do perfil socio-
econômico da população em situa-
ção de rua. https://app.powerbi.com/
view? r=eyJrIjoiZDZkOGM2OWQtZ-
mUyMS00MjU5LTljYzQtNTNjY2F-
mOTc2NDc3IiwidCI6ImE0ZTA2MD-
VjLWUzOTUtNDZlYS1iMmE4LThlN-
jE1NGM5MGUwNyJ9 Saúde Mental
das Pessoas em Situação de Rua
- conceitos e práticas para profis-
sionais da assistência social. https://
www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/
secretarias/upload/desenvolvimen-
to_urbano/saude_mental_ https://
politica.estadao.com.br/blogs/faus-
to-macedo/wp-content/uploads/
sites/41/2020/02/Relat%https://app.
box.com/s/0xgqni4hxlcxv7rqlzgtpuo-
6v8c3v2jf
de influenciarem o balanço hídrico
e poderem servir de abrigo para
muitos animais silvestres que vivem
nas cidades. Também combatem
o microclima urbano que, favore-
cido pelas estruturas e elementos
da cidade geram as “ilhas de ca-
lor”, responsáveis pelo aumento de
chuvas intensas e inundações. As
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
variações climáticas também de-
terminam a dinâmica das doenças,
principalmente de vias respiratórias
ou que atingem grupos mais sus-
cetíveis como idosos e crianças.
Com a nova configuração do proje-
to agora dá espaço para chafarizes,
luzes e quiosques, através da re-
moção das árvores. Apesar disto, a
área de concessão do Anhangabaú
faz parte da área de abrangência
da UBS República, sendo uma for-
te potencialidade em seu território.
A praça Pedro Lessa ou Praça do
correio também faz parte da con-
cessão do Novo Anhangabaú, que
era alvo do descarte irregular de re-
síduos, além ser um local com cena
de uso de drogas e entorpecentes.
OBJETIVOS
Objetivo Geral Acolher o colabora-
dor em seu primeiro dia de ativida-
des na AMA Sé com abordagem
direcionada a suas funções na
unidade. Objetivos Específico I –
Apresentar todas as unidades e os
serviços que compõem o Comple-
xo Sé, inserindo-os em uma rede
assistencial articulada; II – Promo-
ver missão, visão e valores institu-
cionais; III – Orientar sobre as ca-
racterísticas da unidade, no que diz
respeito a processos de trabalho e
pessoas atendidas; IV – Combater
a violência através do atendimento
equânime e humanizado à diver-
sidade e pessoas em situação de
vulnerabilidade; V - Ofertar ao cola-
borador subsídios para valorização
do profissional; IV – Fortalecer o
Sistema Único de Saúde (SUS) en-
quanto instituição formadora.
METODOLOGIA
Criação de um comitê pela percep-
ção do parceiro Novo Vale, com a
necessidade da sustentabilidade
local com questões sociais e am-
bientais do uso dos espaços de
interação com a sociedade. A for-
mação deste comitê surge pela
discussão de interesses com a Uni-
dade Básica de Saúde, assistência
social do Parceiro, sociedade civil e
Volume 10
a partir da participação de profis-
sionais para discutir de qual forma
realizaríamos a aproximação com
os moradores em situação de rua
que se encontram ocupando a pra-
ça e o interesse coletivo com suas
percepções para o uso do local.
Realizou-se doze encontros e reu-
niões previamente através deste
comitê para serem alinhadas as
principais necessidades da Pra-
ça Pedro Lessa, e posteriormente
ações com moradores em situa-
ção de rua, mão de obra, e duas
oficinas de plantio e viabilização de
mudas, para que posteriormente a
elaboração do cronograma de ati-
vidades fosse efetivada.
RESULTADOS
A comissão do Projeto Pedro Les-
sa promove a mudança nas áreas
com cobertura vegetal do territó-
rio em parceria com o Novo Vale,
Secretaria dos direitos humanos,
Consultório na Rua, PAVS, SMS,
STS e Movimento Nacional dos
Catadores de Recicláveis do Cen-
tro. O PAVS realizou as atividades
de plantio, oficinas de jardinagem,
campanhas de prevenção a resídu-
os e orientações para os munícipes
sobre roedores. Foram realizados
quatro encontros em julho/2022
com projeção de uma horta comu-
nitária educativa para possibilitar
uma infraestrutura e valorização do
espaço. Diante disto houve a realo-
cação de um morador em situação
de rua que vivia acima de uma arvo-
re há mais dez anos. Já em Agosto
utilizamos composto orgânico para
o plantio em um trecho da praça
através do estudo de intervenção, a
qual foi feita pela equipe de jardina-
gem do Novo Vale, e posteriormen-
te inserida uma trilha de passagem
na praça, melhorando a circulação
das pessoas em seu interior. Como
continuidade das atividades foi rea-
lizado café com moradores do en-
torno para apresentar as interven-
ções já feitas e aberto um espaço
de escuta e sugestões. A unidade
de vigilância em saúde realizou
a organização da intervenção de
desratização junto com a equipe de
jardinagem da praça e após as in-
tervenções iniciais na praça como
a inserção da trilha de passagem,
limpeza, coroamento das árvores
e preparação do solo, ocorreu o
primeiro evento enquanto equipe,
com participação da Secretaria de
Saúde, Coordenadoria e Supervi-
são Sé.
CONCLUSÕES
Dentre os principais resultados
obtidos durante a realização do
projeto houve efetivação da cons-
cientização e importância ecoló-
gica da vegetação no centro de
São Paulo, além da mobilização
social dos moradores do entorno
da praça, manifestando interes-
se em mantê-la limpa, advertindo
inclusive munícipes que deposita-
riam seus resíduos e realizariam a
triagem na praça. Com o aumento
dos encontros e reuniões, houve
fortalecimento e criação de vín-
culo Inter setorial entre serviços e
secretarias, para realização das
atividades, efetivando a apropria-
ção do espaço. Dentre os desafios
enfrentados podemos citar a reali-
zação da mobilização com a popu-
lação em situação de rua, através
da parceria com o Consultório na
Rua. O constante monitoramento
da Praça, visto que aos finais de
semana e período noturno não há o
desenvolvimento de grupos e ativi-
dades por parte da UBS República,
contando com monitoramento da
equipe de vigilância Novo Vale. Por
se tratar de uma área pública que já
recebeu intervenções por parte da
equipe Novo Anhangabaú, a reali-
zação deste projeto conta a princí-
pio com uma revitalização gradual
de médio a longo prazo, uma vez
que as alterações abruptas realiza-
das anteriormente não foram obti-
das resultados esperados.
PALAVRAS-CHAVE
Revitalização de espaços urba-
nos, sociabilização
99

SÃO PAULO
COMO O GRUPO MULHERES POR SI MESMAS ESTÁ TECENDO
UM NOVO OLHAR SOBRE A SAÚDE DA MULHER EM PIRITUBA
MAYARA MOREIRA ROGÉRIO CARVALHO, PAULA OLIVEIRA VASCONCELOS,
VANESSA FARO CHAVES
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Em outubro de 2018, no planeja-
mento de ações para o Outubro
Rosa, percebemos a necessidade
de conciliar o tema da prevenção
do câncer de mama e do colo do
útero, com o cuidado em saúde
mental para as mulheres¹,². Neste
sentido, o grupo teve sua origem,
considerando a agenda anual da
saúde com os aspectos socio-
culturais predominantes, como: a
relação da mulher com o corpo,
com a autoestima e com a saúde
na sua forma integral². A parceria
da Biblioteca Brito Broca, junto aos
profissionais dos equipamentos
de saúde de Pirituba, possibilita às
usuárias, apropriarem-se de outros
espaços e formas de produção de
saúde. Na perspectiva sanitarista³,
temos centros na roda como norte
do tema a ser desenvolvido, bem
como, recursos audiovisuais, PI-
CSs e literatura, a qual a bibliotecá-
ria protagoniza, além disso também
divulga nas mídias sociais, possi-
bilitando outras vias de acesso ao
atendimento grupal. A potência de
tecer todos esses elementos, em
cada encontro, é o grande diferen-
cial desse grupo.
OBJETIVOS
Ampliar o cuidado em saúde e
acolhimento de mulheres do ter-
ritório; aproximar as mulheres aos
equipamentos públicos disponí-
veis no território como a Bibliote-
ca e os CECCOS que apoiam o
grupo; incentivar a leitura como
recurso terapêutico.
METODOLOGIA
100
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
O grupo é aberto para mulheres
acima de 16 anos e acontece uma
vez por mês com duração de 2
horas. Em outro momento, as co-
ordenadoras fazem uma reunião
para avaliação do grupo anterior
e planejamento do próximo en-
contro; a escolha do tema leva em
consideração agenda da saúde,
datas celebrativas e demandas
das participantes. Nos apoiamos
em recursos audiovisuais e Práti-
cas Integrativas e Complementares
em Saúde como facilitadores para
o início e encerramento do grupo.
Há também a presença marcante
dos centros, construídos de forma
a convidar as mulheres a refletir
sobre o tema escolhido. No mes-
mo espaço a bibliotecária faz um
levantamento de livros disponíveis
que venham de encontro com a te-
mática proposta.
RESULTADOS
Ao longo desses 4 anos foram reali-
zados 24 encontros, com participa-
ção flutuante entre usuárias enca-
minhadas pelos equipamentos de
saúde e frequentadoras da Biblio-
teca. Em 2020, com o fechamento
de serviços não essenciais e a sus-
pensão de grupos devido à pande-
mia de COVID 19, o grupo entrou
em um hiato, com alguns encon-
tros on-line via mídias sociais da
STS de Pirituba e Biblioteca Brito
Broca. Vale ressaltar que em 2019
ampliamos o grupo para a Biblio-
teca Érico Veríssimo, no território
do Jaraguá. Porém, na retomada
do grupo não foi possível manter a
parceria. O momento atual é de for-
talecimento do grupo que retomou
suas atividades em julho de 2021,
com alterações em seu quadro de
coordenadoras e novos desafios
após o retorno.
CONCLUSÕES
O grupo Mulheres Por Si Mesmas
nos permitiu unir ideias, recursos
e saberes com os diversos equi-
pamentos de saúde e biblioteca,
alcançando olhar integral à saúde
das mulheres participantes e esti-
mulando o intercâmbio dos servi-
ços ofertados pela saúde e cultura
da Prefeitura de São Paulo, possibi-
litando abordar temas como empo-
deramento feminino em um espaço
com mulheres de diversos níveis
socioeconômicos e culturais.
PALAVRAS-CHAVE
saúde da mulher, acolhimento
BIBLIOGRAFIA
1. SANTOS, Luciana da Silva; DI-
NIZ, Gláucia Ribeiro Starling. Saúde
mental de mulheres donas de casa:
um olhar feminista-fenomenológi-
co-existencial. Psicol. clin., Rio de
Janeiro, v. 30, n. 1, p. 37-59, 2018 .
Disponível em . acessos em 21 jan.
2023. http://dx.doi.org/10.33208/
PC1980-5438v0030n01A02.
Araújo, T., Pinho, P., & Almeida, M.
(2005). Prevalência de transtornos
mentais comuns em mulheres e
sua relação com as característi-
cas sócio-econômicas e o trabalho
doméstico. Revista Brasileira de
Saúde e Maternidade Infantil, 5(3).
Acessado em 21 jan. 2023. 3. Sani-
tarista: Profissão fundamental para
SUS. Disponivel em: https://www.
saude.rj.gov.br/noticias/2020/12/
sanitarista-profissao-fundamental-
-para-o-sus#:~:text
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SÃO PAULO
ENFRENTAMENTO AO RACISMO NAS UNIDADES DE SAÚDE DA
CRS CENTRO, MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ADRIANA LOPES MACHADO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO: a equidade racial nos serviços de reais para elaboração e implan-
A Interlocução de Saúde da Popu- saúde mapeando o território e in- tação de ações no território para
tegrando os usuários, conselhos a população negra, já as notifi-
lação Negra, da CRS Centro, vem
desenvolvendo ações de enfren- e movimentos sociais diante da cações de violência racial que
realidade racial local. eram invisibilizadas, por falta de
tamento ao racismo, baseadas no
sensibilidade dos profissionais,
Plano de Metas do Governo da
Cidade de São Paulo, seguindo os METODOLOGIA mudou no último ano, encerrando
A Interlocução de Saúde da Po- 1° semestre de 2022, com apenas
quatro eixos norteadores da SMS:
pulação Negra, propôs uma ação 3 casos notificados, e encerrando
combate ao racismo institucional,
integrada junto às demais áreas o ano com 10 notificações de vio-
coleta correta do quesito raça/cor,
da CRS Centro, Interlocução da lência racial.
promoção da equidade das doen-
Pessoa em Situação de Violência,
ças e agravos de maior prevalência
e participação popular. Sendo as-
Div. de Informações Epidemioló- CONCLUSÕES
gica, Vigilância Epidemiológica, O conjunto de Ações de Enfrenta-
sim, houve um grande investimento
Escola Municipal de Saúde Re- mento ao Racismo nas Unidades
na sensibilização dos profissionais
gional Centro e OSS Parceira, de Saúde da CRS Centro, utili-
para participar do curso sobre o
onde o Curso Quesito Raça/Cor, zando o campo raça/cor, as dis-
quesito raça/cor, discussões sobre
os encontros com os profissio- cussões sobre os diversos tipos
os dados de mortalidade da popu-
nais das Unidades sobre os tipos de violências raciais e as notifi-
lação negra durante o pico da covid
de violências raciais e o preen- cações no SINAN, nos possibilita
19, realização do Sambando com
chimento correto da ficha de no- identificar no território quais as
Saúde nas Escolas de Samba Vai tificação de violências - SINAN ações emergenciais e as sistêmi-
Vai e Camisa Verde e Branco, além
serve de instrumento base para cas para que possa ser identifi-
da implementação de um conjunto
efetivação do conjunto de ações cado o racismo estrutural, institu-
de ações de Enfrentamento ao Ra- de enfrentamento ao racismo. cional e o local, propondo ações
cismo. gerais para todas unidades,
RESULTADOS ações específicas para perfis de
OBJETIVOS As capacitações sobre o preen- profissionais e até mesmo isola-
Conscientizar e sensibilizar os chimento do Quesito Raça/Cor das para uma unidade ou equipe.
profissionais dos equipamentos deram um novo panorama so-
de saúde do território que o racis- bre o território, além da extinção PALAVRAS-CHAVE
mo é um Determinante Social em do item 99 (ignorado) no campo Enfrentamento ao Racismo Insti-
Saúde - DSS, e só alcançaremos raça/cor, nos dando números tucional, SINAM
2.
SÃO PAULO
USO DA AURICULOTERAPIA NO PÓS COVID-19 E OUTRAS
PATOLOGIAS E A HUMANIZAÇÃO AOS SERVIDORES MUNICIPAIS
SONIA MARIA RODRIGUES, ELISANGELA NUNES DE OLIVEIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO: prevenir e controlar as zoonoses, ece, admitimos que a vida não
A Divisão de Vigilância de Zoono- através da vigilância sanitária e se limita à situação adoecedora,
ses-DVZ é uma unidade de saúde epidemiológica. Partindo do prin- podemos tratar os sintomas e
pública que tem como atribuição cipio de que todo ser vivo ado- as causas da doença através da
Volume 10 101

disposição em transformar a si-
tuação, pois o individuo saudável
possui melhores relações inter-
pessoais melhorando a interação
entre todos. A prática humaniza-
dora é instituída quando entende-
mos e acolhemos o outro, sejam
eles trabalhadores ou usuários do
sistema SUS, tornando esta rela-
ção legítima, ao considerar a indi-
vidualidade nas diversas formas
de ser, saber, desejar e realizar.
O Setor de Saúde do Trabalhador
da DVZ realiza a monitorização
de saúde dos servidores através
da avaliação do desenvolvimento
de doenças relacionadas ao Tra-
balho ou em virtude do estilo de
vida. Esta avaliação é realizada
através dos exames médicos, la-
boratoriais, bem como realizando
ações de promoção à saúde e a
prevenção de doenças. A Política
Nacional de Práticas Integrati-
vas e Complementares no SUS-
-PNPIC são recursos terapêu-
ticos que buscam a prevenção
e a recuperação da saúde, com
ênfase na escuta acolhedora, no
desenvolvimento do vínculo te-
rapêutico e na integração do ser
humano com o meio ambiente e
a sociedade. Estas importantes
práticas integrativas são trans-
versais no SUS e podem estar
presentes em todos os pontos da
Rede de Atenção à Saúde.
OBJETIVOS
Evidenciar as experiências exi-
tosas e os excelentes resultados
obtidos através da Auriculoterapia
em meio a pandemia COVID-19,
humanizar o trabalho da Enfer-
magem do Trabalho na escuta te-
rapeutica humanizada e implantar
definitivamente o uso da auricu-
loterapia, como contribuição na
melhoria da saúde e qualidade
de vida de trabalhadores da DVZ
que tiveram sequelas após terem
adoecido de COVID-19 entre ou-
tras patologias, promovendo a
promoção e recuperação da saú-
de destes servidores Municipais.
102
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
METODOLOGIA
A presente ação iniciou em março
de 2020 em meio a pandemia de
COVID-19, onde passamos a re-
alizar o atendimento e orientação
aos trabalhadores frente ao surgi-
mento de sinais e sintomas com-
patíveis com Covid-19 bem como
outras patologias informadas. A
partir do retorno ao trabalho dos
servidores afastados, recebemos
muitos relatos dos que experien-
ciaram algum tipo de sintoma
após desenvolverem COVID-19.
Sabendo-se da sequelas, com
o intuito de promover a saúde e
qualidade de vida destes servido-
res, através dos conhecimentos
que dispomos em práticas inte-
grativas, definimos que os servi-
dores poderiam ser beneficiados
com a aplicação da auriculote-
rapia, sendo então divulgada a
intenção de implantação da prá-
tica, visando a manifestação de
interessados A prática integrati-
va Auriculoterapia foi escolhida
considerando o baixo custo dos
materiais, visto que foram recur-
sos próprios, a facilidade e o po-
tencial para contribuir no enfren-
tamento de situações físicas e
psicoemocionais dos servidores.
Dentre os casos, 2 casos sobres-
saíram: 1 servidora com queixa
severa de queda de cabelo, per-
da de memória e prisão de ven-
tre e outra servidora com parali-
sia de Bell V As servidoras foram
atendidas no setor de Saúde do
Trabalhador, onde foi realizada a
anamnese para entender as quei-
xas e a extensão das sequelas vi-
venciadas e após era aplicada a
auriculoterapia com a orientação
de retornos semanais para nova
consulta. Nesta oportunidade era
realizada a reavaliação da evolu-
ção do quadros clínicos
RESULTADOS
A atuação da equipe de Saúde
do Trabalhador utilizando-se das
Práticas Integrativas, possibilitou
uma experiência extremamen-
te exitosa, onde destacou-se o
atendimento mais rápido e hu-
manizado aos servidores, possi-
bilitando a redução das filas nas
UBS, considerando que os ser-
vidores tiveram acompanhamen-
to durante todo o processo das
ações de promoção, prevenção
e recuperação até o atendimento
assistencial, corroborando com
a total recuperação do quadro
inicial. Dentro deste contexto,
tivemos duas experiências que
sobressaíram, onde pudemos
observar efetivamente a evolução
do quadro e das queixas apre-
sentadas. A servidora 1, referiu
melhora substancial do quadro
inicial, visto que passou a eva-
cuar 2 vezes ao dia, notou o re-
estabelecimento da memória e a
diminuição da queda de cabelo.
A servidora 2, teve uma evolução
significativa da paralisia de Bell,
onde teve suas funções faciais re-
estabelecidas. Enfatizamos nes-
ses quadros apresentados, que
em nenhum momento houve uso
de qualquer tipo de medicação.
Ambas, autorizaram a divulgação
de seu quadro.
CONCLUSÕES
Concluímos que, este trabalho
evidencia que é possível huma-
nizar o atendimento prestado
aos servidores, através de uma
escuta de qualidade sendo pos-
sível oferecer acolhimento e auxi-
liar na qualidade de vida e saúde
dos servidores. As atribulações
da vida cotidiana e a descrença
na possibilidade de criação de
práticas diferentes das que co-
nhecemos nos impossibilitam de
ousar a mudança que desejamos
e neste contexto buscando le-
var aos servidores atendidos em
nosso serviço um atendimento
mais acolhedor e humanizado,
com a execução deste trabalho
nos deparamos com a relevância
de implantação das PICS, espe-
cialmente a auriculoterapia, e es-
tamos estudando a continuidade
do uso desta prática no cotidiano
do nosso trabalho. A auriculote-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
rapia tem efeito comprovado, os
materiais para sua realização são
de baixo custo e a aplicação da
técnica quando bem avaliada e
direcionada proporciona excelen-
tes resultados.
SÃO PAULO
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO CONTEXTO
DO CUIDADO À SAÚDE DO SERVIDOR DO MUNICÍPIO DE SP
ANA MARIA PEDROSO DE CAMPOS NETA, FERNANDA JULIO BARBOSA CAMPOS,
JULIANE CRISTINA BURGATTI, SOLANGE TREWIKOWSKI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As Práticas Integrativas e Com-
plementares em Saúde (PICS) es-
tão inseridas no Hospital do Ser-
vidor Público Municipal (HSPM)
desde 90, inspiradas pela Medi-
cina Tradicional Chinesa (MTC),
que impulsionou a compreensão
do processo de adoecimento,
abrindo perspectivas para a in-
clusão das PICS no arsenal te-
rapêutico do hospital. Estas fo-
ram incorporadas para trabalhar
questões subjetivas, que não ti-
nham visibilidade no atendimento
à saúde convencional, uma vez
que o modelo focado na doença
era a forma corrente de se pen-
sar a saúde. A primeira sala de
Meditação que se tem notícia em
um hospital público foi criada no
HSPM, inicialmente reservada
para as atividades meditativas,
visando concentração, atenção,
alegria, calma; elementos impor-
tantes para ajudar as pessoas a
enfrentar a dor, o estresse, e a
doença. Com o tempo percebeu-
-se que outras terapias poderiam
ser incluídas para o cuidado inte-
gral à saúde. Na Pandemia, quan-
do os impedimentos causados
pelo afastamento social, isolou a
maioria, os terapeutas do Mãos
sem Fronteiras (MSF) escolheram
continuar a cuidar dos pacientes,
oferecendo-se ainda, a capacita-
Volume 10
PALAVRAS-CHAVE
AURICULOTERAPIA, POS CO-
VID, HUMANIZAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
SANTOS F.M., Manual definitivo
ção do autocuidado com Estimu-
lação Neural (EN) que contribui
para recuperar o equilíbrio no de-
sempenho dos órgãos e a Terapia
Floral, distribuindo florais para
ajudar com os sintomas como:
ansiedade, depressão e medo.
Em 2022 pós COVID, retomou-
-se os trabalhos, prosseguindo
na inclusão de novas práticas e
abrindo novas perspectivas com
a consolidação do ambulatório
digital.
OBJETIVOS
O Objetivo principal da inser-
ção das PICS no ambulatório do
HSPM foi incluir a perspectiva
integral no atendimento a partir
da compreensão do processo de
adoecimento e assim, ampliar o
cuidado a contar das múltiplas
facetas do ser humano, conside-
rando o ser físico, emocional, es-
piritual, ambiental e de relaciona-
mento. Dessa forma, promover a
saúde dos pacientes focando na
visão sistêmica do indivíduo por
meio das PICS de modo a asso-
ciar o tratamento médico clássico
que acontece no HSPM às PICS,
buscando a integralidade.
METODOLOGIA
O trabalho se iniciou na década
de 90 sob a perspectiva da Me-
dicina Tradicional Chinesa (MTC),
de auriculoterapia chinesa, Ed:
Santos,2019 MINISTÉRIO DA
SAÚDE, Política Nacional de Prá-
ticas Integrativas e Complemen-
tares no SUS, disponível em: ht-
tps://aps.saude.gov.br/ape/pics,
acesso em: 01/03/2020
trazendo uma nova abordagem
para o binômio saúde – doença.
Os pacientes procuravam o am-
bulatório de Acupuntura por de-
manda espontânea ou por meio
de encaminhamentos das clínicas
do hospital, e além da Acupuntu-
ra, Fitoterapia e Dietoterapia eram
também encaminhados para fa-
zer as práticas físicas da MTC e
a Meditação. Nesse tempo eram
apenas médicos, servidores ou
voluntários que atendiam com a
MTC, a partir de 2000 foram in-
cluídos terapeutas não médicos.
Os pacientes passam por entre-
vista e atendimento com os pro-
fissionais voluntários que bus-
cam atender à sua queixa física
e compreender o estilo de vida,
os sentimentos e como podem
trazer o equilíbrio ao corpo. Para
desenvolver este trabalho e pro-
mover a saúde e sua integralida-
de são aplicadas as práticas, de
forma presencial e online: Medi-
tação presencial e online, Estimu-
lação Neural presencial e online,
Florais Alquímicos online, Barras
de Access, Constelação Sistêmi-
ca Presencial e online, Cura das
Atitudes, Hipnoterapia, Reflexo-
terapia, Reiki e Constelação Sis-
têmica, TFT – Terapia do Campo
do Pensamento e o TPA – Terapia
para o Autocuidado, ambas onli-
ne.
103

RESULTADOS
No ano de 2022 foram atendidas
cerca de 5375 pessoas, seja de
forma presencial ou online com
aproximados 60 voluntários: Grá-
fico referente aos atendimentos
de 2022 a ser anexado. Gráfico
dos voluntários por terapia em
2022 a ser anexado. A Estimu-
lação Neural realizou 35,36%
dos atendimentos em PICS em
2022, seguida da Arte Mahikari,
com 14,5% e Reflexoterapia com
9,11%: Gráfico de PICS atendi-
das em 2022, apresentadas em
porcentagem a ser anexado. Nos
últimos 10 anos, uma média de
6742 pessoas foram atendidas
nas diversas terapias: Gráfico
com a série histórica dos aten-
dimentos PICS de 2013 a 2022 a
ser anexado. Neste último gráfi-
SÃO PAULO
PADRONIZAÇÃO DO PRONTUÁRIO DE AURICULOTERAPIA EM
UMA UNIDADE REFERÊNCIA EM PICS DA SMS-SP
FRANCINE JULIAN OLIVEIRA CAMPOS, FABIANA ZOCOLLER SENO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
As Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde
(PICS) exercem uma impor-
tante função na saúde públi-
ca da cidade de São Paulo1.
A possibilidade de oferecer
aos munícipes as diferentes
possibilidades terapêuticas
hoje compreendidas em nos-
sa cidade, sejam de atendi-
mento individual, tais como,
a Acupuntura, a Homeopatia
e Auriculoterapia; sejam de
atendimento coletivo com as
práticas corporais, como o Tai
Chi Pain Lin, Lian Gong, cons-
tituem normas municipais, es-
taduais e federais do cuida-
do da saúde, em especial, na
104
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
co identificamos que um elevado
número de pessoas foram aten-
didas na Instituição, desde 2013
com exceção do período de Pan-
demia (2020-2021), mostrando
que a procura pelas PICS é muito
significativa para a promoção em
saúde.
CONCLUSÕES
A instituição da MI representa a
procura de um modelo para os
sistemas de saúde nacionais que
afinem com a mudança do perfil
de morbimortalidade da popu-
lação e do aumento da sua ex-
pectativa de vida. A inserção das
PICS no serviço público, além de
quebrar paradigmas na forma de
pensar a saúde, trouxe uma mu-
dança de cultura organizacional,
que não estava prevista, pois, in-
cluía o bem estar, a qualidade de
esfera da sociabilização, bem
estar físico e mental, de acor-
do com os preceitos da Or-
ganização Mundial da Saúde
(OMS)1-3. A Auriculoterapia
é modalidade terapêutica in-
clusa na Política Nacional de
Práticas Integrativas e Com-
plementares (PNPIC) no Sis-
tema Único de Saúde (SUS)2
e constitui-se como terapia de
microssistemas validada pela
OMS com objetivo de auxiliar
no tratamento de dores crô-
nicas, distúrbios emocionais
e do sono, distúrbios digesti-
vos e outras queixas3-4. Seu
mecanismo de ação baseia-se
na neuroanatomia do pavilhão
auricular e na geração de res-
posta em núcleos de controle
vida e o olhar para o indivíduo tri-
dimensional, que abarca o físico,
o mental e o espiritual. O trabalho
desenvolvido no HSPM tem-se
mostrado de grande importância
diante das inúmeras manifesta-
ções de satisfação e bem estar
que recebemos, imprimindo ao
cuidado de forma sistêmica ao
ser humano uma elevada impor-
tância. A experiência na Institui-
ção mostra que as PICS já têm
uma cadeira cativa no cuidado a
saúde, por permitir um alto grau
de subjetividade, o que propicia
trazer valor ao atendimento em
saúde, com maior resolutividade
e compreensão cada vez maior
do homem e sua inserção no
mundo.
PALAVRAS-CHAVE
PICS, Hospital Municipal
de dor e homeostase do sis-
tema nervoso central através
dos estímulos nocioceptivos
em pontos específicos e tam-
bém nos fundamentos da MTC
(Medicina Tradicional Chine-
sa)3-6. Diversos trabalhos
científicos apontam para a
efetividade da auriculoterapia,
especialmente no tratamento
de síndromes álgicas, muitos
deles, realizados por pesqui-
sadores brasileiros5,6.
OBJETIVOS
Desenvolvimento de uma fer-
ramenta unificada de regis-
tro simplificado que orienta e
qualifica as dez sessões de
auriculoterapia normalmente
ofertadas aos usuários, com
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
o objetivo de agilizar e pa-
dronizar os atendimentos que
foi implementada em março
de 2018 na então Unidade de
Medicinas Tradicionais Centro
(UMT-C) da Supervisão Téc-
ninca de Saúde da Sé (STS-
-Sé); atualmente designada
CRPICS Sé (Centro de Refe-
rência em PICS da Sé).
METODOLOGIA
Como são mapeados mais de
200 pontos auriculares, uti-
lizados para diagnóstico e
tratamento de doenças que
atuam no âmbito físico, men-
tal, emocional para enfermi-
dades agudas e crônicas, é
de grande importância que o
profissional de saúde anote os
pontos utilizados nas sessões
pregressas e possa visualizar
com facilidade a evolução do
quadro clínico do paciente4,5.
O prontuário simplificado de
auriculoterapia contém os da-
dos de identificação do pa-
ciente, sua queixa principal,
breve história da doença, data
da primeira avaliação e nú-
mero de sessões planejadas.
Para cada sessão, há um es-
paço para que se anote a data
de sua realização e breve re-
lato do paciente quanto à sua
evolução no tratamento, além
de uma representação visual
do pavilhão auricular no qual
o profissional de saúde marca
os pontos aplicados no pa-
ciente. Na primeira e última
sessão, foi inserida uma es-
cala de sofrimento analógica-
-visual que possibilita ao tera-
peuta mensurar os resultados
obtidos ao final do ciclo do
tratamento. Importante relatar
que este prontuário simplifi-
cado não pretende, sob ne-
nhuma hipótese, substituir o
prontuário padronizado do pa-
ciente da unidade. Trata-se de
estratégia complementar que
Volume 10
faz parte do prontuário padrão
do paciente e é anexado ao
mesmo.
RESULTADOS
Mais de 300 pacientes foram
atendidos com o auxílio do
prontuário simplificado, ao
longo desse período. Vale res-
saltar que em nossa unidade,
os profissionais de saúde en-
volvidos no atendimento de
auriculoterapia são, majorita-
riamente residentes do Pro-
grama de Residência Multipro-
fissional em PICS da SMS-SP
(Secretaria Municipal de Saú-
de de São Paulo). Obtivemos,
até o momento, indícios de
boa aceitação e rápida assimi-
lação da ferramenta pelos re-
sidentes, de acordo como os
mesmo, o prontuário simplifi-
cado é visto como um facilita-
dor para o acompanhamento
dos pacientes.
CONCLUSÕES
Entendemos que o prontuário
simplificado de auriculotera-
pia, em apenas 1 folha de pa-
pel, contendo o histórico das
sessões e pontos utilizados,
pode ser um facilitador na
padronização do atendimen-
to, seguimento e poupador
de tempo ao reunir todos os
dados em apenas um instru-
mento, facilitando o acesso e
visualização. Potencialmente,
o prontuário simplificado pode
configurar-se um instrumen-
to de pesquisa científica por
conter os resultados compara-
tivos pré e pós ciclo de trata-
mento e estratégias mais utili-
zadas, permitindo uma análise
sistematizada da eficácia do
tratamento.
PALAVRAS-CHAVE
PICS, Processo de trabalho, Ges-
tão
BIBLIOGRAFIA
1. Prefeitura de São Paulo. Secre-
taria Municipal da Saúde. Centro
de Referência em Práticas Inte-
grativas e Complementares em
Saúde (CRPICS). Disponível em:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/
cidade/secretarias/saude/aten-
cao_basica/index.php?p=313958
acesso em 23jan2023. 1. Brasil.
Ministério da Saúde. Secretaria
de Atenção Primária à Saúde.
Política Nacional de Práticas In-
tegrativas e Complementares no
SUS. Disponível em: https://www.
gov.br/saude/pt-br/composicao/
saps/pics acesso em 23jan2023.
2. Declaração de Alma-Ata. In:
Conferência Internacional sobre
Cuidados Primários de Saúde.
1978 Set 6-12; Alma Ata, Caza-
quistão. 3. Secretaria de Saúde
do Distrito Federal. Disponível
em: https://www.saude.df.gov.
br/web/guest /w/auriculotera-
pia-%C3%A9-institu%C3%A-
Dda-no-programa-acesso em
23jan2023. 4. Working Group on
Auricular Acupuncture Nomen-
clature (?1990: Lyon, France)? &
World Health Organization. Tra-
ditional Medicine Unit. (?1991)?.
Report on the Working Group on
Auricular Acupuncture Nomencla-
ture, Lyon, France, 28-30 Novem-
ber 1990. World Health Organiza-
tion. Disponível em: https://apps.
who.int/iris/handle/10665/60870
acesso em 23jan2023. 5. Kore-
lo RIG, Moreira NB, Miguel BAC
et al. Effects of Auriculotherapy
on treatment of women with pre-
menstrual syndrome symptoms:
A randomized, placebo-control-
led clinical trial. Complement
Ther Med. 2022 Jun;66:102816. 6.
Artioli DA, Tavares ALF, Bertolini
GRF. Auriculoterapia: neurofisio-
logia, pontos de escolha, indica-
ções e resultados em condições
dolorosas musculoesqueléticas:
revisão sistemática de revisões.
BrJP, vol.2, n4, p.356-361, 2019.
105

SÃO PAULO
TRILHA SENSORIAL: DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA DA
RELAÇÃO DO AUTOCUIDADO E DA NATUREZA
LUCAS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
“ShinrinYoku” (“Banho de Flo-
resta”, em japonês), é o conceito
utilizado pelo governo japonês na
década de 1980, como extensão
da tradição milenar de incorporar
os princípios da natureza na vida
diária. O objetivo, então, era atuar
de forma preventiva e “tratar” os
altos níveis de estresse, essa prá-
tica poderá ser realizada em uma
floresta ou área verde, como par-
que ou jardim botânico. Segundo
estudos realizados pela FioCruz,
a prática, utiliza a Natureza como
método de promoção da saúde e
a possibilidade de sua integração
aos sistemas públicos de saú-
de podem implicar na redução
do “estado de estresse” e “tec-
noestresse” relatados nos dias
modernos. Considerando que as
equipes das Unidades Básica de
Saúde – UBS Bom Retiro, Bora-
cea e Santa Cecília desenvolve
atividades no Parque da Luz, que
foi originalmente criado como um
horto botânico, aberto em 1825,
onde é possível encontrar muitas
espécies de árvores, de pássa-
ros, peixes como carpas, tilápias
e acares que vivem no espelho
d’água. A região do Bom Retiro
está localizada na região central
da megalópole, paulista. De pon-
tos turísticos, históricos, culturais
á centros comerciais reconheci-
dos internacionalmente, circula
em suas rua e avenidas pessoas
da região metropolitana diaria-
mente, o que somado a velocida-
de dos “tempos modernos” e a
Pandemia do COVID19, potencia-
liza a fragilidade emocional das
mais de 33.892 pessoas (censo
2010) habitantes do bairro.
106
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
OBJETIVOS
Ofertar uma metodologia de cui-
dado com alto potencial de per-
formance, baixo custo e acessível
a todos os usuários interessados.
Assim como também despertar
olhar crítico, ao processo de ur-
banização da cidade e ampliar a
percepção dos sentidos.
METODOLOGIA
A equipe Programa Ambientes
Verdes e Saudáveis – PAVS ma-
peou 07 pontos estratégicos, com
potencial de despertar alguns
dos cinco principais sentidos hu-
mano, no Parque jardim da Luz. A
escolha foi criteriosa, alternando
nos diferentes pontos do parque,
com os diferentes tipos de senti-
mento despertado ao submeter o
grupo a experiência, que se deu
conforme passo a passo: Ao re-
ceber os usuários, a equipe re-
alizou as seguintes orientações
para melhor aproveitamento da
experiência: Silenciar ou desligar
Smartfone (evitar o uso); Evitar
conversar; Nas paradas: fechar
os olhos, sentir a respiração e
apreciar ao máximo possível. An-
tes de deslocar ao próximo ponto,
os participantes possuem tempo
para anotar quais foram as per-
cepções e sentimos despertados
Escolhidos propositalmente, pon-
tos de parada intercalou-se entre
espaços com características e
elementos naturais, (região cen-
tral do parque / gruta, lago...) com
outros próximo a elementos ur-
banos, (portões próximos ao Cor-
redor Norte/Sul, Creche). Após
o circuito que dura em torno de
1,2h. Com o apoio das anotações
o grupo é convidado a comparti-
lhar os sentimentos e sensações
despertadas, e naturalmente ini-
cia uma roda reflexiva sobre a im-
portância natureza para a saúde
e bem-estar humano.
RESULTADOS
A atividade, inicialmente pro-
jetada para celebrar a semana
do meio ambiente (de 06/06 à
10/06/2022), como ação pontual
junto aos profissionais de saúde
das Unidades Básica de Saúde
Bom Retiro, Boracea e Santa Ce-
cília e seus respectivos usuários.
Com êxito da atividade, e aten-
dendo a pedidos do público, a
ação foi incorporada ao Projeto
Ambientes Saudáveis no Siste-
ma Único de Saúde - (PASSUS),
implementado no Parque Jardim
da Luz. Somente no 2.º semes-
tre do ano de 2022, totalizou-se
sete edições, atendendo cento
e cinquenta e quatro participan-
tes, com a média de vinte e dois
usuários por edição. Através dos
relatos colhidos durante as ativi-
dades, notou-se o potencial da
proposta que despertou na maio-
ria dos participantes uma mistura
de sentimentos, entre eles: A nos-
talgia dos antigos moradores do
bairro que por algum motivo há
anos não acessava alguns espa-
ços do parque; o prazer propor-
cionado através do contato com
elementos naturais; a socializa-
ção; entre outros.
CONCLUSÕES
O projeto constatou na prática
os benefícios de ações que pro-
movem o contato humano com
a natureza, em especial aos que
morram em centros urbanos,
conforme proposto na prática ja-
ponesa banho de floresta, assim
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
como nos estudos desenvolvidos
pela Fio Cruz, e proposto como
objetivo no presente projeto. Esta
iniciativa superou as expectati-
vas, tendo como indicador, a ex-
ponencial adesão do público que,
além de fidelizar-se a proposta,
publicizou-se a atividade entre os
próprios usuários, conduzindo a
equipe a revisar a metodologia,
ampliando a oferta das ativida-
SÃO PAULO
MOBILIZAÇÃO, ACOLHIMENTO E INTEGRAÇÃO EM ATIVIDADES
DE SAÚDE, COMO MÉTODO ATIVO DE APLICAR EQUIDADE
LUCAS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Um dos pilares do Sistema Único
de Saúde (SUS), a Equidade, com
relação direta com os conceitos
de igualdade e de justiça. No âm-
bito do sistema nacional de saú-
de, evidencia-se, por exemplo, no
atendimento aos indivíduos de
acordo com suas necessidades,
oferecendo mais a quem mais
precisa e menos a quem requer
menos cuidados. Busca-se, com
este princípio, reconhecer as di-
ferenças nas condições de vida
e saúde e nas necessidades das
pessoas, considerando que o di-
reito à saúde passa pelas diferen-
ciações sociais e deve atender a
diversidade. Neste contexto o
projeto PASSUS é viabilizado e
estruturado entre outros pilares
na equidade desde sua concep-
ção, originando-se da participa-
ção popular a partir de discus-
sões no conselho gestor (UBS).
OBJETIVOS
Esta iniciativa pretende inserir in-
tervenções no território abordan-
do temáticas de saúde, sociais e
ambientais, buscando despertar
o pensamento crítico, reflexivo e
contextualizado, o fortalecimento
da participação social, do diálo-
Volume 10
des. Fatores como estes, soma-
dos ao baixo custo operacional e
alto aproveitamento, evidenciam
o potencial do projeto e a neces-
sidade de sua continuidade como
ferramenta de extensão do cui-
dado integral e longitudinal, nas
ações promovidos pelas UBS,
com apoio da equipe do Progra-
ma Ambientes Verdes e Saudá-
veis.
go e da problematização da rea-
lidade vivenciada tanto por esses
atores quanto pela população
desses territórios onde eles vi-
vem e atuam. Potencializar o uso
e ocupação de espaços públicos
por pessoas de todos os gêne-
ros, raça, nacionalidade ou con-
dição física/psicológica, assim
como também uma ferramenta
para germinar uma relação simbi-
ótica, de corresponsabilização do
munícipe para com autocuidado,
cuidado coletivo e manutenção
dos espaços públicos, potenciais
fatores para a promoção de saú-
de, equilíbrio social e ecológico
de quaisquer bairros e/ou cida-
des.
METODOLOGIA
Através do Projeto PASSUS, bus-
ca ampliar o cuidado promoven-
do atividades, práticas e espaços
para público com deficiência fí-
sica, intelectual e idosos. Além
do caráter educativo, formativo
e desenvolvimento, as ativida-
des foram elaboradas visando
integrar e socializar este público
aos demais usuários, como forma
de cuidado integral. Atividades
como: Vôlei adaptado em rede de
badmínton, brincadeiras antigas,
PALAVRAS-CHAVE
PICS, PAVS, Banho de Floresta
BIBLIOGRAFIA
ht tps://app.box.com /s /0xgq-
ni4hxlcxv7rqlzgtpuo6v8c3v2jf ht-
tps://portal.fiocruz.br/sites/portal.
fiocruz.br/files/documentos_2/
termo_de_referencia_banho_de
confecção de brinquedos com
materiais recicláveis, contação de
história, trilha sensorial são algu-
mas das propostas.
RESULTADOS
Estima-se que durante as 9 edi-
ções, dos 894 presentes, cerca
de 64% foram idosos e 12% de
pessoas com deficiência inte-
lectual atendidas pelo Programa
Acompanhante da Pessoa com
Deficiência - APD , distribuídas
em 135 atividades, das quais 119
são Práticas Integrativas e Com-
plementares em Saúde (PICS).
CONCLUSÕES
O projeto alcançou plenamente
os resultados previstos. Foi ex-
pressiva a entrega ao trabalho
dos profissionais através do olhar
sensível para mobilização, acolhi-
mento e integração do público no
projeto. Destaca-se que através
desse processo, além das equi-
pes multidisciplinares lotadas
nas UBS, firmou-se uma parce-
ria com as equipes de Centro de
Reabilitação e Programa Acom-
panhante da Pessoa com Defici-
ência - APD, evidenciando-se o
potencial das ações intersetoriais
, integradas , na perspectiva do
107

cuidado integral da população.
PALAVRAS-CHAVE
PAVS, PICS, APD, Idosos
BIBLIOGRAFIA
SÃO PAULO
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE,
INTEGRADAS E INTERLIGADAS NO ESPAÇO DE CUIDADO
LUCAS SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Segundo o Ministério da Saúde,
as Práticas Integrativas e Com-
plementares em Saúde (PICS)
são recursos terapêuticos que
buscam a prevenção de doenças
e a recuperação da saúde, com
ênfase na escuta acolhedora, no
desenvolvimento do vínculo te-
rapêutico e na integração do ser
humano com o meio ambiente e
a sociedade. Neste contexto as
PICS em seus múltiplos forma-
tos foram introduzidas estrate-
gicamente como um dos pilares
do projeto PASSUS, que surge a
partir de discussões no conselho
gestor (UBS) e propõe a Promo-
ção de intervenções no território
abordando temáticas de saúde,
sociais e ambientais buscando
despertar o pensamento críti-
co, reflexivo e contextualizado,
o fortalecimento da participação
social, do diálogo e da problema-
tização da realidade vivenciada
tanto por esses atores quanto
pela população desses territórios
onde eles vivem e atuam. Poten-
cializar o uso e ocupação de es-
paços públicos, como ferramenta
para germinar uma relação simbi-
ótica, de corresponsabilização do
munícipe para com autocuidado,
cuidado coletivo e manutenção
dos espaços públicos, potenciais
fatores para a promoção de saú-
de, equilíbrio social e ecológico
108
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
https://www.gov.br/saude/pt-br/
acesso-a-informacao/acoes-e-
-programas/humanizasus https://
aps.saude.gov.br/biblioteca/visu-
alizar/MTE4OA== https://www.
gov.br/saude/pt-br/acesso-a-in-
de quaisquer bairros e/ou cida-
des.
OBJETIVOS
A utilização das atividades da
PICS como método de atuação
no projeto PASSUS pretende:
transversalizar, potencializar, mo-
bilizar e integrar o usuário a uma
outra forma de cuidado à saú-
de, aplicando na prática ações e
abordagens com visão ampliada
do processo saúde/doença e da
promoção global do cuidado hu-
mano, especialmente do autocui-
dado.
METODOLOGIA
Através da análise do perfil epide-
miológico das UBS Bom Retiro,
Boracea e Santa Cecília,- região
central da Cidade de São Paulo,
somado a capacidade de oferta
das equipes de saúde, definiram-
-se as seguintes práticas a serem
implementadas no mesmo espa-
ço/tempo: 1. Dança Circular; 2.
Arteterapia; 3. Musicoterapia; 4.
Prática corporal/ atividade física;
5. Atividade educativa / orienta-
ção em grupo; 6. Alongamento 7.
LIAN GONG/ I QI GONG 8. Rela-
xamento
RESULTADOS
O projeto idealizado através da
equipe PAVS, junto as equipes de
formacao/acoes-e-programas/
humanizasus https://app.box.
com/s/0xgqni4hxlcxv7rqlzgtpuo-
6v8c3v2jf https://www.livelab.
org.br/jornada-x/ https://instituto-
elos.org/jogooasis/
saúde, realizou 9 edições, com
135 atividades, das quais 119,
são Práticas Integrativas e Com-
plementares em Saúde PICS,
média de 13 Práticas por edição
atendendo cerca de 894 usuá-
rios SUS, média de 99 / edição.
Com múltiplas práticas aplicadas
simultaneamente, destaca-se a
Dança Circular, prática aplicada
na abertura do evento, integrando
profissionais, usuários e estagiá-
rios em círculos de até 93 pesso-
as, sintonizadas aos movimentos,
a música e a ambiência; outra ati-
vidade é a prática corporal/alon-
gamento, aplicada para o grupo
maior (alongamento para todos),
e em grupos menores nas trilhas
e/ou atividades específicas de
alongamento, ou avaliação físi-
ca; outra prática são as ações de
orientações em saúde, espaço de
contato direto entre profissionais
e usuários, que conforme a temá-
tica, a equipe identificou e convi-
dou profissionais especialistas da
rede, para promover orientações
em rodas, palestras ou atividades
de acordo com perfil profissional
ou tema. Entre outros convidados
recebemos os interlocutores das
pastas de saúde na Coordenado-
ria Regional de Saúde - Centro:
PICS, PAVS, Centro de referência
de Dor Crônica, População Negra
e Imigrantes para palestrar e dia-
logar direto com a comunidade.
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
CONCLUSÕES
No decorrer do projeto, eviden-
ciou-se o aumento exponencial
da adesão de usuários, assim
como o desejo dos profissionais
(fora da escala) a participarem do
projeto. Fatores que favoreceram
a ampliação da oferta em quan-
tidade e diversidade de práticas
para atender as necessidades
dos usuários e dos profissio-
nais. Neste contexto salienta-se
o potencial da aplicação de múl-
tiplas PICS simultaneamente e/
ou seguida, como prática efetiva
SÃO PAULO
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COMO
PROMOÇÃO DE SAÚDE VOLTADA AO CUIDADO DA PESSOA IDOSA
LUCAS SEITI SENDAI, SOLANGE ALMEIDA DE CARVALHO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Programa Ambientes Verdes e
Saudáveis (PAVS) realiza ativida-
des no desenvolvimento de polí-
ticas de saúde e meio ambiente,
tornando possível a participa-
ção da comunidade, com base
nos determinantes do processo
saúde-doença com a Estrategia
Saude da Familia, dentro das
Unidades Básicas de Saúde com
a realidade local e enfoque no
planejamento de projetos socio-
ambientais. A população idosa
necessita de atenção e cuidado
especial, Pensando em fortalecer
a intersetorialidade na Atenção
Básica, com ações em equipa-
mentos dentro dos território das
UBS Sé e UBS Cambuci, fez-se
uma parceria com o Polo Cultu-
ral José Lewgoy, vinculado à Se-
cretaria dos Direitos Humanos,
trata-se de um local de convi-
vência voltado à pessoa idosa
onde oferece oficinas de lazer,
esporte, educação e saúde, além
de estimular o fortalecimento e
Volume 10
no cuidado, não somente pela
facilitação para a adesão do pú-
blico, expondo-os a práticas até
então desconhecidas, mas tam-
bém como matriciamento (teó-
rico / prático) entre os profissio-
nais, fortalecimento da equipe,
assim como a íntima relação do
Programa Ambientes Verdes e
Saudáveis com as PICS. Ações
e projetos como este mostram-
-se efetivos na contribuição das
ações de cuidado integral e longi-
tudinal para os usuários das UBS
Bom Retiro, Boracea e Santa Ce-
cília, tornando-se a manutenção
a integração social. Após longo
período de pandemia, onde o iso-
lamento social contribuiu para o
distanciamento no cuidado e nas
relações de convívio social, sur-
giram agravos em saúde como
quadros de dores, depressão e
sedentarismo. Então, faz-se ne-
cessário estabelecer e ampliar
novas estratégias de cuidado.
OBJETIVOS
Criar um espaço de convivência e
de saúde para os idosos do terri-
tório das UBS Sé e UBS Cambuci.
Promover saúde através das Prá-
ticas Integrativas e Complemen-
tares, promovendo o bem-estar
e melhor qualidade de vida da
pessoa idosa. Viabilizar o acesso
e aproximar essa população de
suas respectivas Unidades Bá-
sicas de Saúde, como também,
realizar ações de educação em
saúde com temas pertinentes ao
público-alvo.
METODOLOGIA
e/ou ampliação necessárias.
PALAVRAS-CHAVE
PICS
BIBLIOGRAFIA
https://www.gov.br/saude/pt-br/
acesso-a-informacao/acoes-e-
-programas/humanizasus https://
aps.saude.gov.br/biblioteca/visu-
alizar/MTE4OA== https://www.
gov.br/saude/pt-br/acesso-a-in-
formacao/acoes-e-programas/
humanizasus https://app.box.
com/s/0xgqni4hxlcxv7rqlzgtpuo-
6v8c3v2jf
Com a necessidade da amplia-
ção do cuidado com a população
idosa das UBS, com iniciativa do
Programa Ambientes Verdes e
Saudáveis, foram realizadas reu-
niões com as equipes da Estraté-
gia Saúde da Família, e equipes
multiprofissionais da Atenção
Básica, para discussão sobre a
implantação de um novo mode-
lo de cuidado com atividades de
promoção e prevenção em saú-
de. A equipe do PAVS apresentou
a proposta e articulou com a co-
ordenação do Polo Cultural José
Lewgoy, períodos disponíveis
para a realização das atividades
no equipamento. As ações foram
realizadas de forma semanal, no
formato de atividade coletiva ou
grupo, com ênfase nas Práticas
Integrativas e Complementares
em Saúde (PICS). As PICS atuam
na prevenção de agravos e re-
cuperação da saúde, ampliando
as ações e os serviços de toda a
rede de atenção do SUS. O obje-
tivo é oferecer possibilidades de
109

escolhas para ampliar o concei-
to de cuidado e de promoção à
saúde, com o emprego de tecno-
logias leves, efetivamente efica-
zes e sustentáveis. Entre outras
modalidades são consideradas
PICS: a Medicina Tradicional Chi-
nesa, Acupuntura, Fitoterapia,
práticas corporais e meditativas,
Dança Circular, Fitoterapia, Medi-
cina Antroposófica, entre outras).
A princípio foram realizadas as
práticas de Dança Circular e Tai
Chi Pai Lin, incluindo no decorrer
das atividades, ações de educa-
ção em saúde através de rodas
de conversa com temas pertinen-
tes ao público-alvo.
RESULTADOS
Esse modelo de atividade coleti-
va, teve uma adesão satisfatória
dos idosos do território de abran-
gência. Percebeu-se que ocorreu
uma aproximação do participante
com a equipe da UBS, com a am-
pliação do vínculo. Além disso,
foi possível identificar algumas
questões de saúde de determi-
nados participantes, que, poste-
riormente, foram direcionadas a
discussão em reuniões de equipe
da Estratégia Saúde Família ou
SOCORRO
“DESACELERA: PERCEBENDO A VIDA COM OUTRO RITMO” NA
ACADEMIA DA SAÚDE
RUBIA DE FATIMA REGINATO TAVARES, SILVIA HELENA GRANATO, JOÃO
FRANCISCO DE CAMARGO JUNIOR, RONE HENRIQUE RAMALHO FALCIROLI,
RODRIGO FERREIRA TORRES, JULIANA FERREIRA DIAS, PATRICIA MILENA DA
SILVA CLARO MONTI OSORIO, MARIA GISELLE ALONSO GONÇALEZ
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Ao observar o prolongamento da
pandemia e o aumento da de-
manda das unidades de saúde da
Atenção Primária à Saúde(APS)
em relação às queixas vincula-
das ao campo da Saúde Mental,
a Secretaria de Saúde optou pela
adesão do município ao Progra-
110
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
houve o encaminhamento a ou-
tros grupos da UBS com outros
profissionais de outras especiali-
dades. Outro aspecto percebido
está no processo de socialização,
fator que contribui para o bem-
-estar, a saúde mental e cognitiva
do indivíduo. Com isso, permite
desenvolver potencialmente suas
habilidades, autonomia e mobi-
lidade de forma a garantir sua
qualidade de vida. Como ações
exitosas, além das práticas inte-
grativas e complementares que
promovem o cuidado na saúde
física, mental e motora, foram re-
alizadas ações de educação em
saúde que abordaram diversos
temas como saúde ambiental,
saúde mental, saúde da mulher.
CONCLUSÕES
Atualmente, na atenção básica,
que consiste no conjunto de ações
no âmbito individual e coletivo,
percebe-se um direcionamento
maior na questão do diagnóstico,
do tratamento e da manutenção
da saúde no cuidado individual.
Porém, destaca-se a importância
da ampliação de ações coletivas,
na promoção de saúde com o
potencial de prevenir agravos e
ma Academia da Saúde em junho
de 2021 no intuito de contemplar
no escopo das ofertas de aten-
ção à saúde, atividades de práti-
cas integrativas e complementa-
res, para ampliar o acolhimento e
assistência ao sofrimento psíqui-
co e outras comorbidades desen-
volvidas ou agravadas durante a
impactar positivamente nas con-
dições de saúde de determina-
dos grupos. A saúde mental tem
sido um ponto muito discutido na
atualidade. Em meio a isso, onde
a população idosa necessita de
lazer e entretenimento para não
desenvolverem quadros reclusi-
vos e depressivos, torna-se fun-
damental a interação da terceira
idade na sociedade. Portanto, es-
tabelecer como prioridade um es-
paço de cuidado em saúde para
acolhimento desse público, pos-
sibilita ofertar atividades e conhe-
cimentos, principalmente, para
aqueles que vivem sozinhos ou
que a família não esteja presente
para dar a devida atenção na vida
cotidiana. A intersetorialidade
como prática de gestão na saúde
permitiu a articulação de espaços
compartilhados entre as áreas de
saúde e direitos humanos, que
aproximaram os serviços e per-
mitiu a promoção de ações de
saúde trazendo um impacto posi-
tivo sobre a população.
PALAVRAS-CHAVE
PICS, Saúde do idoso
pandemia. Segundo o “Mapa de
Evidências sobre as contribui-
ções das Medicinas Tradicionais,
Complementares e Integrativas
(MTCI) em tempos de COVID-19”,
uma revisão rápida que organiza
informações úteis para pesqui-
sadores e profissionais de saúde
devidamente habilitados na utili-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
zação de recursos integrativos no
manejo de sintomas em especial
na dimensão da Saúde Mental e
de sintomas leves, encontrou-se
na categoria de Saúde Mental os
seguintes achados que conver-
gem com as ações promovidas
pelo município, a saber: as práti-
cas corporais e yoga, as técnicas
de meditação e acupuntura são
recursos para o Transtorno de
Stress Pós-Traumático, relevan-
tes em uma situação de pandemia
e isolamento social; Evidencia-se
outros recursos promotores de
resiliência a partir de técnicas de
meditação mindfulness, com a
redução de sintomas afetivos ne-
gativos, bem como fatores como
stress , ansiedade e depressão;
Recursos da aromaterapia tam-
bém são descritos para a aplica-
ção em casos d
OBJETIVOS
Relatar a experiência de imple-
mentação das práticas integra-
tivas e complementares e seus
efeitos na perspetiva da Saúde
Mental e estado geral dos usuá-
rios do município participantes do
projeto integrante do Programa
Academia da Saúde, Desacelera:
percebendo a vida com outro rit-
mo”.
METODOLOGIA
O relato pertence à população
adscrita do ESF Jardim Araújo do
município de Socorro, que conta
com uma cobertura de APS de
92,94%, população estimada em
2021 de 41.690 habitantes(IBGE
2020). A partir de julho de 2021, os
agentes comunitários de saúde e
da unidade a equipe multidisci-
plinar participaram ativamente
da ação desenvolvida. Para con-
textualizar a experiência informa-
-se as atividades que ocorreram
nesse período, foram realizados
encontros em grupo com dura-
ção de uma hora, nos quais são
realizadas atividades de respi-
Volume 10
ração consciente, relaxamento,
meditação, dinâmicas, vivências,
roda de conversa, e intervenções
individuais com aplicação de au-
riculoterapia. O grupo Desace-
lera acontece as quartas-feiras,
as 8hs e 9hs. O grupo é aberto e
as atividades são realizadas com
psicóloga, assistente social, fisio-
terapeuta e agentes comunitários
de saúde do ESF correspondente
à área. Durante a realização dos
grupos observou-se que a maio-
ria da população participante
eram adultos e idosos.
RESULTADOS
A maioria dos participantes dos
grupos referiam como queixa
principal as dores articulares,
cefaléia, insônia, tristeza, pen-
samento acelerado e a piora de
doenças crônicas como hiperten-
são, diabetes, psoríase (acredita-
-se que a psoríase seja um pro-
blema do sistema imunológico,
e os gatilhos incluem infecções,
estresse e frio). Relata-se aqui
um caso de melhora significativa
do stress e remissão dos sinto-
mas(irritação da pele do cotove-
lo) em três semanas de uma pa-
ciente com psoríase que fez parte
de modo assíduo do grupo em
questão, este fato deixou a equi-
pe muito empolgada com o re-
torno rápido da intervenção, que
neste caso além da experiência
em grupo de relaxamento, contou
com a aplicação de auriculotera-
pia. De modo geral as devolutivas
dos usuários referem melhora da
qualidade do sono, das dores ar-
ticulares, da tristeza por eventos
familiares, uma vez que o grupo
é um lugar de cuidado de si e au-
mento da rede afetiva com pos-
sibilidade de compartilhar experi-
ências dolorosas, e ainda, com a
atividade de relaxamento nota-se
a mudança de percepção de si
e das situações difíceis do coti-
diano, fatores que beneficiam a
melhora de quadros de ansieda-
de e depressão. Outro fator que
demonstra a efetividade das prá-
ticas integrativas e complementa-
res é que os grupos inicialmente
eram realizados duas vezes na
semana, devido ao aumento de
participantes aumentou-se um
horário.
CONCLUSÕES
A avaliação positiva dessas ex-
periências reforçou a ideia do
fortalecimento de iniciativas se-
melhantes na zona rural do muni-
cípio com um terço da população
total, 13.340 habitantes (Censo
Demográfico 2010). Diante desta
experiência a equipe da gestão
e assistência da Secretaria de
Saúde de Socorro-SP considera
importante a intervenção realiza-
da com as práticas integrativas e
complementares que atua de for-
ma transversal no SUS, e percebe
seu grande potencial de atuação
na APS, pois considera o cuidado
humano em seus vários aspec-
tos: físico, psíquico, emocional e
social, dessa forma as equipes vi-
venciaram o aumento da resoluti-
vidade do modelo de atenção, ao
integrar racionalidades em saúde,
que integra e complementa diag-
nósticos e tratamento em benefí-
cio da população em sofrimento
psíquico com a permanência da
pandemia que assola o mundo.
PALAVRAS-CHAVE
Promoção em Saúde, PICs, Aca-
demia da Saúde
BIBLIOGRAFIA
Lipp, Marilda. O Stress está den-
tro de você. Editora Contexto; 8ª
edição. Cury, Augusto. Ansiedade
como enfrentar o mal do século.
Editora Benvirá; 1ª edição. Weber,
Lidia. Programa de qualidade na
interação familiar. Editora Juruá;
2ª edição. https://cabsin.org.
br/membros/wp-content/uplo-
ads/2020/08/Informe-resultados-
-mapa-de-COVID
111

SOROCABA
PROJETO CULTIVANDO SAÚDE: ALÉM DE PLANTAS CULTIVE
BEM ESTAR
JAQUELINE SIMÕES ROSA , MÁRCIA MARIA MARCONDES DE ALMEIDA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A história da humanidade se mis-
tura com a das plantas. A organi-
zação do cultivo marca o Neolítico
na divisão das eras, as especia-
rias estimularam as navegações e
ampliaram o mundo conhecido e
por conta de plantas já houveram
disputas e guerras. O uso de plan-
tas no cuidado a saúde também
remonta a tempos imemoriais. No
entanto ainda é um recurso muito
utilizado. A Organização Mundial
da Saúde (OMS) reconhece que
80% da população dos países em
desenvolvimento usa medicinas
tradicionais nos seus cuidados
básicos de saúde e destas 85%
utilizam os vegetais ou suas pre-
parações (BRASIL, 2006). O nos-
so município tem mais de 500.000
habitantes e tem mantido desde
2014 equipes multiprofissionais
que apoiam a Atenção Básica.
Algumas equipes se organiza-
ram como Núcleos Ampliados de
Saúde da Família (NASF), e são
compostas por funcionários mu-
nicipais e residentes do Programa
de Residência Multiprofissional
em Saúde da Família e Comuni-
dade. As diferentes e complexas
necessidades encontradas nos
territórios levou a busca de tec-
nologias leves que pudessem ser
utilizadas no cuidado. A ideia da
criação das hortas ou jardins te-
rapêuticos foi surgindo das trocas
com os profissionais de saúde e
com a comunidade. E o primeiro
plantio aconteceu em dezembro
de 2015. Com o tempo surgiram
as dificuldades na manutenção
destes espaços e o Projeto Cul-
tivando Saúde nasceu em abril
de 2018 propondo um novo olhar
para as práticas de saúde e as re-
lações entre os profissionais e a
112
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
comunidade.
OBJETIVOS
O objetivo geral proposto inicial-
mente foi fortalecer as hortas
como espaços de promoção de
saúde e participação social. Os
objetivos específicos elencados
foram: Sensibilizar mais profis-
sionais de saúde para a temática
das plantas para uso alimentar e
medicinal; articular ações intra e
intersetoriais para participação
social e continuidade das hortas;
destacar a potencialidade da hor-
ta como espaço promotor de saú-
de; disseminar informações sobre
os benefícios de plantas para uso
alimentar e medicinal. Ao longo
do desenvolvimento o objetivo
geral se consolidou e se ajustou
às condições de cada unidade de
saúde contempladas com o pro-
jeto. Os espaços das hortas são
diferentes e começamos a usar
o termo jardins terapêuticos para
abranger essas diferenças. O in-
centivo das Práticas Integrativas
e Complementares foi agregado
como objetivo, ao se identificar
a potencialidade do Cultivando
Saúde (CS) na contribuição para
promoção da integralidade e hu-
manização na atenção ao usuá-
rio.
METODOLOGIA
O projeto foi discutido com a nos-
sa gestão e a partir da aprovação
e apoio partimos para a execução
da proposta. Para a sensibiliza-
ção dos profissionais da Estra-
tégia de Saúde da Família (ESF)
para o CS trouxemos o tema para
discussão nas reuniões da equipe
Nasf em 2018 e criamos um gru-
po que ampliou a discussão para
as reuniões das equipes ESF e
reuniões de planejamento da uni-
dade, que periodicamente eram
realizadas com todos os colabo-
radores. Com a identificação dos
interessados foram criadas equi-
pes gestoras em cada uma das
quatro unidades de saúde par-
ticipantes. As equipes gestoras
foram conduzindo as ações em
cada unidade participante e as
mesmas foram se desenvolvendo
em ritmos diferentes. As equipes
de cada ESF realizam reuniões
periódicas de planejamento e
executam diferentes ações como
reuniões semanais em alguns
jardins para o cuidado dos can-
teiros, ações em sala de espera
com a oferta de materiais edu-
cativos, chás e mudas e oficinas
para a troca de saberes. Algumas
ESF começaram a utilizar o jardim
terapêutico como um recurso na
realização das ações coletivas
como os grupos para cuidado de
hipertensos e diabéticos, grupos
de apoio a tabagistas, grupo de
artesanato e de práticas corpo-
rais. Algumas parcerias foram
articuladas com as Universidades
locais que vem apoiando o pro-
jeto ao longo da sua realização.
Foram realizadas ações com al-
gumas escolas de ensino funda-
mental da região que culminaram
em eventos especiais chamados
“ Tem criança na horta!”.
RESULTADOS
Da interação entre profissionais
de saúde, comunidade e jardins
terapêuticos observamos sur-
preendentes resultados em pro-
moção de Saúde que podemos
dividir em dois eixos: um ligado a
estrutura física dos jardins e outro
ligado a Educação Permanente.
No cultivo das plantas observou-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
-se um benefício que vai além do
uso das qualidades terapêuticas
e alimentares das plantas cultiva-
das. A interação com a natureza
integrando atividades físicas e a
estimulação sensorial resulta na
melhora da saúde mental e auto-
estima, redução da ansiedade e
melhora na sensação de bem-es-
tar, relatadas pelos usuários. No
eixo da Educação Permanente
observamos que os Jardins Tera-
pêuticos foram disparadores de
reflexões tanto nos profissionais
de Saúde como na comunidade.
O uso das plantas medicinais e
fitoterápicos vistos por muitos
como prática incompatível com o
modelo de Saúde vigente tem se
tornado mais reconhecido e am-
pliado a discussão como práticas
que podem ser complementares
e integrativas. Importante ressal-
tar que neste espaço também se
promove o resgate do conheci-
mento popular aliado ao uso ra-
cional das plantas, descontruindo
a máxima de alguns que conside-
ram que “ porque é natural não
faz mal.” Cabe destacar ainda a
capacidade de integração social
que observamos nos jardins e a
participação das Agentes Co-
munitárias de Saúde no projeto,
sendo elas as responsáveis pelo
sucesso do Cultivando Saúde,
SOROCABA
GRUPO DE ARTESANATO: CONVIVÊNCIA E TROCA DE
EXPERIÊNCIA POR MEIO DA ARTE
LARISSA RAIZER MOREIRA, ISABELA REGINA DE OLIVEIRA, LUCELIA SOUZA
MARTINS, JHONATAN SALDANHA DO VALE, SILVIA LAYS STANCKER
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Grupo de artesanato da Uni-
dade de Saúde da Família (USF)
Paineiras se dá desde 2014 pela
equipe do Núcleo de Apoio da
Saúde da Família (NASF), pre-
ceptores e residentes, em par-
Volume 10
liderando a manutenção destes
espaços e vinculando a comu-
nidade no desenvolvimento das
ações.
CONCLUSÕES
O CS sobreviveu às restrições
impostas pela Pandemia de Co-
vid 19 que afastou a comunidade
e reorientou a atenção da equi-
pe de Saúde. Nestes cinco anos
muitas pessoas passaram por
esses jardins e foram afetadas
por eles, seja na construção de
um ambiente acolhedor, na hu-
manização do cuidado, no des-
pertar para procura de conheci-
mento mais fundamentado nas
29 práticas integrativas e comple-
mentares aprovadas para uso no
Sistema Único de Saúde (SUS).
Vários profissionais e membros
da comunidade buscaram cursos
e especializações na área e tem
compartilhado suas expertises
nesses espaços. Um dos jardins
terapêuticos foi construído com
10 moradores de um Serviço Re-
sidencial Terapêutico (RT), egres-
sos de um hospital psiquiátrico
que fechou na região. A RT se
localizava em frente a uma USF
em que havia um encontro se-
manal. O grupo da Horta foi um
facilitador na integração desses
ceria com os funcionários da
Unidade de Saúde. Foi criado
como um espaço de convivên-
cia e troca de experiência dos
indivíduos do território utilizan-
do como recurso as atividades
manuais, neste caso, o artesa-
moradores na comunidade e eles
foram disparadores de importan-
tes reflexões sobre as práticas do
cuidado. O slogan inicialmente
proposto para o grupo “Além de
plantas cultive bem estar” con-
tinua representando bem a pro-
posta de estímulo ao autocuida-
do e as atividades desenvolvidas
tem agregado dimensões e signi-
ficados de promoção a saúde ao
cotidiano das pessoas.
PALAVRAS-CHAVE
saúde, hortas, pics, atenção bá-
sica
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. M.S. Secretaria de Ci-
ência, Tecnologia e Insumos Es-
tratégicos. Departamento de As-
sistência Farmacêutica. Política
nacional de plantas medicinais e
fitoterápicos / Ministério da Saú-
de, Secretaria de Ciência, Tec-
nologia e Insumos Estratégicos,
Departamento de Assistência
Farmacêutica. – Brasília: Ministé-
rio da Saúde, 2006. 60 p. – (Série
B. Textos Básicos de Saúde) In:
https://agencia.sorocaba.sp.gov.
br/projeto-cultivando-saude-
-completa-um-mes-em-soroca-
ba/ In: https://www.gov.br/saude/
pt-br/composicao/saps/pics
nato, grupo aberto composto
por mulheres entre 40 - 80 anos.
A possibilidade de trabalhar em
grupo na USF garante a chance
de um número maior de usuá-
rios serem acolhidos e dignos
de um atendimento/tratamento
113

com um profissional da Atenção
Básica (AB), além de proporcio-
nar o sujeito encontrar no grupo
pessoas com a mesma/seme-
lhante demanda, possibilitando
troca de experiências, empa-
tia, possibilidade de mudanças
com vivências reais e palpáveis.
OBJETIVOS
O grupo de artesanato tem
como objetivo a produção de
um espaço de escuta qualifica-
da que favoreça aos sujeitos o
processo de autoconhecimen-
to, autocuidado, de criação,
autonomia e independência, o
desenvolvimento de novas ha-
bilidades (motoras/cognitivas/
sociais), a expressão através
das artes, o compartilhamento
de suas experiências de vida
ou adoecimento, as estratégias
que utilizaram para enfrentar
situações adversas, as formas
de agir no seu cotidiano, pos-
sibilitando assim a troca de vi-
vências, apoio e perspectivas
de novas maneiras de enfrentar
situações semelhantes, além do
fortalecimento da sua rede de
suporte. Também tem como ob-
jetivo o fortalecimento de víncu-
lo e pertencimento entre os par-
ticipantes e a Unidade, já que
os materiais produzidos são em
sua maioria utilizados nas deco-
rações de acordo com as ações
e eventos programados seguin-
do o Calendário da Saúde e da-
tas comemorativas anuais.
METODOLOGIA
O Grupo acontece todas às Se-
gundas-Feiras na Unidade de
Saúde da Família do Paineiras
da Zona Norte de Sorocaba, das
09h30min às 11h00min. Grupo
aberto composto por mulhe-
res entre 40 a 80 anos, tendo
como característica o acom-
panhamento ou não nas Redes
de Atenção à Saúde Mental do
município. Atualmente o grupo
conta com a participação mé-
114
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
dia de 7 a 10 participantes se-
manalmente. O grupo tem como
referência duas residentes, uma
da área de Fisioterapia e outra
de Terapia Ocupacional, assim
como um preceptor também de
Terapia Ocupacional. As ativi-
dades são planejadas com base
nos interesses dos participan-
tes, e também de acordo com
ações visando o Calendário da
Saúde e datas comemorativas
anuais. Os materiais utilizados
são na sua maioria (E.V.A, te-
cidos, cartolina, glitter, cola,
tesoura, fita, entre outros) com-
prados com verba disponibili-
zada pela unidade, assim como
arrecadação dos produtos pro-
duzidos pelos participantes que
são vendidos, eventualmente,
na Feirinha do Artesanato e ven-
da de rifas. Também é utilizado
uma parte da verba dos mate-
riais recicláveis arrecadados
pelos funcionários da unidade
em prol do Projeto Colorindo à
Saúde.
RESULTADOS
Os participantes do grupo con-
sideram o espaço como grande
potência para seu desenvolvi-
mento pessoal e social, com
relatos diários no dia do grupo
como “Gostaria de ficar aqui o
dia inteiro”, “O grupo deveria ser
todos os dias”, “Me sinto bem
aqui”, possibilitando a liberda-
de de expressão. Libermann
(2000), como citado em Cunha
(2010), relata alguns dos bene-
fícios do uso dos Grupos como
recurso terapêutico, sendo eles
facilitadores no suporte nos
processos de adoecimento e de
sofrimento no cotidiano do ter-
ritório, relacionamento mútuo,
o quanto afeta os outros assim
como é afetado, apoio e con-
fiança social. Os funcionários
da unidade também elogiaram
as ações realizadas em parce-
ria com os trabalhos produzidos
pelo grupo.
CONCLUSÕES
O grupo na Atenção Básica de
Saúde consiste na produção de
um espaço acolhedor, o qual
prioriza a autonomia dos sujei-
tos, o autocuidado, bem como
a liberdade de expressão e so-
cialização. Na USF Paineiras, as
ações terapêuticas multidisci-
plinares que privilegiam a pro-
moção, prevenção e reabilitação
na unidade são realizadas via
atendimentos e grupos, como
o Grupo de Artesanato, possi-
bilitando a criação e fortaleci-
mento de vínculo, convivência
e espaço para desenvolvimento
pessoal, garantindo a poten-
cialidade individual e coletiva.
Por fim, de acordo com o ma-
terial apresentado é perceptível
a riqueza dos grupos, possibi-
litando o desenvolvimento de
habilidades, compartilhamento
de mudanças de vida e hábitos,
facilitando assim o suporte nos
processos adoecimento e de
sofrimento no cotidiano do ter-
ritório.
PALAVRAS-CHAVE
grupo, artesanato, atenção pri-
maria a saúde
BIBLIOGRAFIA
CUNHA, A. C. F.; SANTOS, T. F.
dos. A UTILIZAÇÃO DO GRUPO
COMO RECURSO TERAPÊUTI-
CO NO PROCESSO DA TERAPIA
OCUPACIONAL COM CLIENTES
COM TRANSTORNOS PSICÓTI-
COS: APONTAMENTOS BIBLIO-
GRÁFICOS. Cadernos Brasileiros
de Terapia Ocupacional, [S. l.], v.
17, n. 2, 2010. Disponível em: ht-
tps://www.cadernosdeterapiao-
cupacional.ufscar.br/index.php/
cadernos/article/view /103. Aces-
so em: 30 ago. 2022. Liberman,
Flávia. Maximino, Viviane. Grupos
e Terapia Ocupacional: Forma-
ção, pesquisa e ações.São Pau-
lo:Summus, 2015.
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
SUMARÉ
PRATICAS INTEGRATIVAS COMPLEMENTARES – AURICULOTERAPIA
E ACUPUNTURA NO CUIDADOS DOS PACIENTES COM DO
RODNEY DE JESUS DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A medicina tradicional chinesa
(MTC) caracteriza-se por um sis-
tema médico integral originado há
milhares de anos na China. Utiliza
linguagem que retrata simbolica-
mente as leis da natureza e que
valoriza a inter-relação harmônica
entre as partes visando à integrida-
de. A acupuntura é uma tecnologia
de intervenção em saúde que abor-
da de modo integral e dinâmico o
processo saúde-doença no ser hu-
mano, podendo ser usada isolada
ou de forma integrada com outros
recursos terapêuticos.A acupuntu-
ra faz parte de um conjunto de co-
nhecimentos teórico-empíricos. No
Oriente, a acupuntura vem sendo
usada com finalidades preventiva
e terapêutica há vários milênios.Um
importante fundamento da MTC é
o conceito de microssistema. De
maneira geral, refere-se a uma par-
te do corpo que representa todo o
organismo. Tem significado refle-
xológico e ação neurofisiológica e
energética. Quando alguma parte
do corpo está enferma, podemos
encontrar indícios na aurícula, em
regiões específicas. O caminho re-
verso é o tratamento, ou seja, es-
timulando regiões específicas do
microssistema. Justifica-se o seu
uso pelas Inúmeras possibilidades
de aplicação. É útil em qualquer
doença,Diminuição do uso de me-
dicamentos. Simplicidade da ins-
trumentação necessária. Seguran-
ça no tratamento. Complementa as
lacunas da medicina moderna. É
método auxiliar no diagnóstico.
OBJETIVOS
Descrever o atendimento da prati-
ca integrativa complementar como
um instrumento na melhora na res-
Volume 10
posta da assistência ao usuário da
Rede Básica de Saúde em uma
equipe de PSF, nos usuário com
dores crônicas e queixas na área
de saúde mental. Com o objetivo
de trazer alivio as queixas crônicas
METODOLOGIA
Foram realizados atendimento de
auriculoterapia inicialmente indivi-
duais em consulta com escuta qua-
lificada, após a formação de acu-
puntura foi ampliado o atendimento
para agulhamento seguido de auri-
culoterapia ao final da sessão como
reforço da terapia de agulhamento.
O Tempo de tratamento ocorreu
entre 4 a 8 semanas a depender
da resposta orgânica de cada pa-
ciente ou se houver abandono do
tratamento em duas sessões era
dado alta do tratamento abrindo
vaga para o seguinte na demanda
reprimida. Houve um acumulo da
fila de espera de até 6 meses, além
do tempo de tratamento estipulado
havia ainda a restrição da covid-19
que impedia o atendimento em
grupo, após a queda das barrei-
ra sanitárias foi possível realizar o
tratamento em grupo em sala de
grupo de 4 a 6 pessoas, respeitan-
do todo o distanciamento e todas
as regras de higienização das mão
e do ambiente entre cada troca
de pessoas, mantendo técnica de
agulhamento e auriculoterapia ao
final da sessão sendo incorporado
também aromaterapia e musicote-
rapia. Ainda na evolução da terapia
foram separados os grupos que ti-
nham questões de saúde mental e
o grupo que tinham apenas queixas
de dores crônicas aonde não ha-
viam questões emocionais explici-
tamente declaradas, junto ao grupo
de saúde mental contou-se com o
apoio de uma psicóloga na terapia
em grupo.
RESULTADOS
Forma realizados um total de 521
sessões de atendimento entre acu-
puntura e auriculoterapia Num total
de 113 usuários, sendo 105 do sexo
feminino e 7 do sexo masculino,
faixa de idade entre 13 anos a 81
anos Entre os meses de fevereiro
e no final de junho antes, da últi-
ma semana os atendimento eram
realizados individuais na ocasião
foram um total de 100 atendimen-
tos a 46 usuários, a partir da última
semana de junho, os atendimento
passaram a serem realizados em
grupos de 04 a 06 pacientes de
acordo com a presença e ausência
dos participantes e foram um total
de 822 atendimentos a 87 usuários.
CONCLUSÕES
A pratica integrativa complemen-
tar tem crescido na assistência do
usuário da rede de atenção básica,
como alternativa complementar ao
tratamento convencional da medici-
na ocidental. O tratamento em gru-
po além da vantagem de extensão
do atendimento e diminuição da fila
de espera (demanda reprimida) traz
a vantagem do compartilhamento
de experiências entre os usuários
principalmente após a inserção de
um profissional da área de psico-
logia no grupos aonde existem as
questões de saúde mental (ansie-
dade, depressão) que pôde condu-
zir a terapia de roda de conversa de
forma mais dinâmica despertando
aos usuários para outras questões.
PALAVRAS-CHAVE
Acupuntura, prática integrativa
complementar
115

SUZANO
CONFECÇÃO DE BONECAS DE PANO POR MEIO DE ABORDAGEM
TERAPÊUTICA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMILIA
VERÔNICA BARBOSA ARAÚJO COSTA, APARECIDA GAVILA DE LIMA DA SILVA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O cenário atual pós-pandemia do
coronavírus, em que o isolamen-
to social foi fator de prevenção
à doença, desvelou uma condi-
ção de manifestação de doenças
mentais. Essa situação foi desen-
cadeada pela mudança de rotina,
pela interrupção de tratamentos
crônicos de saúde e pelas medi-
das de distanciamento social que
diminuíram as relações afetivas.
O convívio prolongado em casa,
aumentou o risco de desajuste
da dinâmica familiar e a morte de
entes queridos sem a devida des-
pedida, dificultou a experiência
do luto. Afetou o bem-estar físi-
co, mental e social, da população
em geral, especialmente idosos
e adolescentes, ambos grupos
vulneráveis em suas questões
emocionais. As políticas públicas
do MS referendam a implementa-
ção de atendimentos por meio da
ESF que atuem por meio de es-
cuta, com o objetivo de oferecer
o cuidado integral à saúde men-
tal. Assim, a Rede de Saúde de
Suzano, criou, a partir do pano-
rama atual em consonância com
as diretrizes do SUS, grupos de
escuta qualificada que evidencia-
ram no contexto pós pandemia,
a necessidade de retorno à inte-
gração social e de comunicação,
que trouxesse conforto e apoio
emocional. A ideia seguiu na di-
reção da oferta de um espaço de
promoção de saúde em que fos-
se possível a reunião do público-
-alvo, para o fomento do convívio
social. As rodas de conversa mo-
tivaram a confecção de bonecas
de pano que promoveu de modo
genuíno a integração necessária
para melhorar a condição clínica,
emocional e social destes usuá-
116
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
rios.
OBJETIVOS
Promover a socialização de grupo
de usuários composto de idosas
e adolescentes identificados por
meio de escutas realizadas na
Unidade da Estratégia Saúde da
Família incorporando tecnologias
leves com dimensões lúdicas.
METODOLOGIA
A USF Recanto São José, refe-
rência de saúde, está localiza-
da em uma área rural de 3700
habitantes. Diversas demandas
foram identificadas pelos ACS,
durante a realização das visitas
de rotina nos domicílios dos usu-
ários - sintomas de depressão, de
desânimo, falta de apetite, perda
de renda em razão da queda da
economia no período pós-pan-
dêmico, dos desajustes emocio-
nais familiares e do luto por entes
queridos. Assim, a equipe optou
por encaminhar estes pacientes,
em sua maioria idosos e adoles-
centes, para escutas acolhedoras
buscando identificar a origem das
causas que levam alterações de
comportamento e das emoções,
com finalidade de aconselhamen-
to individual ou coletivo. Na maio-
ria dos casos não foi identificada
a necessidade de intervenção
medicamentosa, mas sim abor-
dagens terapêuticas propostas,
como rodas de conversa, apoio
mútuo, convivência intergeracio-
nal, troca de experiências, etc.
Nos encontros semanais, acom-
panhados por uma enfermeira e
uma psicóloga e com a partici-
pação predominante de idosos,
adolescentes foram sendo inseri-
das nas reuniões com o objetivo
de socializar, trocar experiências
e com isso, minimizar sintomas
de inadequação emocional. Para
a confecção das bonecas foram
recebidas doações das costurei-
ras da Comunidade e Comercian-
tes .No processo de montagem
das bonecas cada participante
executa uma fase (corpo, cabe-
lo e pintura do rosto) e em cada
em cada encontro suas memorias
afetivas são compartilhadas e ex-
pressadas no resultado final.
RESULTADOS
Os encontros intergeracionais
tem se mostrado benéficos para
as participantes. De um lado, as
idosas transmitem suas experi-
ências de vida e para as mais jo-
vens, e os adolescentes por sua
vez, oferecem sua energia e pers-
pectiva de futuro às mais velhas.
A troca traz vantagens para as
relações afetivas e para controle
das emoções, observados nos
acompanhamentos das rodas de
conversa em que os sintomas fí-
sicos, tem sido dirimido em razão
da melhora do equilíbrio emo-
cional. A ideia de confeccionar
bonecas de pano alcançou dois
resultados de forma lúdica. Os
encontros promovem rodas de
discussão de forma subliminar,
conversas fluem sem os estere-
ótipos mais comuns relacionados
ao sofrimento e a doença mental.
Outro é o processo de interação
inerente ao trabalho manual, que
ajudam a combater os problemas
de saúde mental que temos no
nosso dia a dia: o estresse e a
depressão. Isso ocorre justamen-
te por promoverem o relaxamen-
to e o bem-estar. Isto é notável
nas apresentações das bonecas
prontas produzidas pelas parti-
cipantes onde são expressivas
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
as emoções de cada uma. No
período de maio a dezembro de
2022, foram confeccionadas mais
de 100 bonecas de pano com 15
participantes. Vale também res-
saltar que as bonecas confeccio-
nadas são vendidas pelas partici-
pantes produzindo renda para os
próprios usuários.
Conclusões
A criação do grupo a promoção
e prevenção à saúde, apresen-
ta uma estratégia de educação
contínua e potente para criar es-
paços de aprendizado, compar-
tilhamento e acolhimento dentro
do serviço de Atenção Primária a
Saúde. À medida em que se po-
tencializa o autocuidado, estimu-
la-se a autonomia dos usuários,
reconstruindo sua autoestima,
proporcionando oportunidade
para uma mudança significativa
TABOÃO DA SERRA
A OFERTA E A INSERÇÃO HUMANIZADA DE DIU KYLEENA E
IMPLANON PARA AS ADOLESCENTES DA CASA DE TABOÃO
STANA HELENA GIORGI GROSSO, CARLA ALESSANDRA BORGES, SHERON FAYNER
BISPO MARTINS, GEIZA MASCARENHAS SANTOS, AGNALDO SANTOS DE SOUZA,
MARIA DOLORES FIGUEIREDO JACINTO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O programa Saúde do adolescen-
te vem sendo desenvolvido des-
de 2017, no município de Taboão
da Serra; em 2021 foi implantado
o Centro de Atenção à Saúde do
Adolescente (C.A.S.A), desde en-
tão vem articulando entre a Rede,
estratégias e meios de atuação
multidisciplinar e integral à Saúde.
Segundo o IBGE 2010 são mais
de 60 mil adolescentes emTaboão.
Atualmente estamos com 500 pron-
tuários ativos na CASA, sendo 270
de adolescentes meninas. Ao ana-
lisarmos a fecundidade específica
na adolescência, verificamos que
o país está acima da média mun-
dial: são 53 adolescentes grávidas
a cada mil, enquanto no mundo são
Volume 10
em sua qualidade de vida. Esse
processo tem demonstrado que
a inserção da equipe de saúde
da família na comunidade é de
fato um caminho de promoção
de saúde efetivo e que gera bons
frutos. Ao final dos 7 meses de
trabalho desenvolvido no grupo
confecção de bonecas de pano,
cuja ações voltadas para partici-
pantes (idosos e adolescentes)
nas rodas de conversa, foram
identificados plena participação
ativa destes usuários em cada en-
contro. Ao levantarmos reflexões
importantes sobre desiquilíbrio
emocional e seu enfrentamento,
sobre a vertente de dois olhares
distintos, que somados serviram
de apoio mútuo no enfrentamento
pó-pandemia, guiados por profis-
sionais de saúde sensibilizados
com a temática em questão . O
41, o que demonstra um “rejuve-
nescimento da fecundidade”. Qua-
se 8% dos bebês que nascem em
Taboão são de mães adolescentes.
Embora o Ministério da Saúde, indi-
casse a queda da taxa de gravidez
entre adolescentes, ainda sim, ela,
continua sendo um problema de
saúde pública. Uma gestação pre-
coce acarreta riscos tanto para a
mãe quanto para o bebê, como por
exemplo, risco de pré-eclâmpsia,
parto prematuro, bebê com baixo
peso ou subnutrido, complicações
no parto, alto risco de depressão
pós-parto e rejeição ao bebê, e
inúmeras questões sociais, como
bullying, violências, uso abusivo de
drogas, evasão escolar até mesmo
o suicídio. A ausência de informa-
grupo segue até hoje na Unidade
de Saúde da Família do Recanto
São José.
PALAVRAS-CHAVE
promoção de saúde, escuta,
construção, lúdica
BIBLIOGRAFIA
1. Política Nacional do Idoso
(PNI), Lei 8842 de 1994. 2. Política
de Envelhecimento Ativo. Organi-
zação Mundial de Saúde, 2005. 3.
Guia de saúde mental pós-pan-
demia no Brasil, AE Nardi, AGAA
Neto, C Abdo. biblioteca.cofen.
gov.br, 2020. 4. Saúde do idoso
no pós-pandemia. Estratégias de
enfrentamento. NAR Unicorisky,
C Moreschi. publicações.aben-
nacional.org.br, 2021.
ções sobre sexualidade e métodos
contraceptivos são fatores de risco
tanto para gestações não planeja-
das como para o aumento de infec-
ções sexualmente transmissíveis.
OBJETIVOS
Diminuir as diversas formas de vio-
lências e evasão escolar por conta
da gestação adolescente; Ampliar
o acesso da adolescente aos mé-
todos contraceptivos reversíveis de
longa permanência (LARCs); Am-
pliar o acesso às informações reais
e diminuir os preconceitos em rela-
ção ao uso dos LARCs; Diminuir a
taxa de abortos, abandono e insti-
tucionalização de recém-nascido
de mães adolescentes; Capacitar
profissionais da área, interessados
117

no cuidado da saúde dos adoles-
centes, para a OFERTA e inserção
HUMANIZADA dos LARCs.
METODOLOGIA
Levantamento e análise dados de
testes rápidos de gravidez feitos por
adolescentes nas unidades básicas
de saúde; Levantamento e análise
dados de acompanhamento de
pré-natal de adolescentes gestan-
tes nas unidades básicas de saúde;
Levantamento e análise dados de
partos de adolescentes gestantes
nas maternidades do município;
Reunião com os gestores da saú-
de e do executivo, no intuito de
sensibilizar e fomentar a aquisição
dos LARCs Kyleena e Implanon;
Construção coletiva do Protoco-
lo de prioridade e vulnerabilidade
para a inserção dos LARCs (CASA
do Adolescente, Saúde da mulher e
Assistência farmacêutica); Planeja-
mento Sexual e Reprodutivo, feito
pela ginecologista ou enfermagem;
Coleta de exame citológico; Enca-
minhamento para ultrassonografia
antes e pós inserção; Realização
de testes rápidos (sífilis, hepatites,
HIV e gravidez); Inserção é agen-
dada e feita com anestesia local,
a adolescente escolhe sua música
preferida, ligamos a caixa de som e
caso queira pode ter um acompa-
TABOÃO DA SERRA
“PROJETO INTEGRA TABOÃO – ESPORTE, SAÚDE, CULTURA E
INCLUSÃO” AMPLIANDO O CONCEITO DE CUIDAR
CAMILA BIAGIONI RIEPER
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O presente projeto, foi idealizado
pela necessidade de práticas de
intersetorialidade nas ações de
prevenção, promoção e educa-
ção em saúde no município de
Taboão da Serra. No ano de 2021,
diante a pandemia por COVID-19
e o redirecionamento de muníci-
118
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
nhante durante o processo; Busca
ativa em casos necessários.
RESULTADOS
No período de Janeiro 2021 a De-
zembro 2022, foram realizados 52
exames citológicos; Foram colo-
cados 50 LARCs (DIU KYLEENA
e IMPLANON). Distribuímos desde
janeiro de 2021 mais 12 mil preser-
vativos femininos e masculinos e
lubrificantes, estimulando a dupla
proteção; Apresentamos um caso
de NIC II em uma paciente de 15
anos que em 30 dias foi encami-
nhada para o Centro Especializa-
do através da comunicação com a
Regulação da secretaria de Saúde
do município; Diminuímos em 20%
os casos 1ª gestação nas adoles-
centes matriculadas na CASA; As
médicas hebiatras da CASA e os
residentes da faculdade UNICID
acompanharam a inserção dos
LARCS, em tentativa de multiplicar
saberes; Relato: Durante o aten-
dimento da Adolescente C. 14a,
através de uma intervenção entre
Conselho tutelar, CREAS e CASA,
constatamos a gravidade da situa-
ção, e mantivemos a adolescente
em acompanhamento sistemático.
Realizamos a visita domiciliar e a
colocação do LARC (Implanon) na
casa dela, um local de difícil aces-
pes que eram atendidos pela re-
ferência Estadual, observou-se o
aumento da demanda de encami-
nhamentos de usuários do Siste-
ma Único de Saúde (SUS) para o
Serviço Especializado em Reabi-
litação (SER). Diante desse desa-
fio, em Out/2021, como estraté-
gia de gestão pública, o “Projeto
Integra Taboão” foi implantado
so. Ao nos receber ela disse: “Esta-
va mesmo precisando da ajuda de
vocês.”
CONCLUSÕES
É desafiador, garantir políticas pú-
blicas voltadas a saúde dos ado-
lescentes, ainda mais no quesito
direito a sexualidade, no entanto,
garantir estes espaços de exercício
da cidadania é um compromisso
da CASA do Adolescente. A Hu-
manização da oferta e da inserção
começou ao logo do acolhimento,
durante a apresentação dos mé-
todos, momento em que a ado-
lescente esclareceu suas dúvidas
e anseios. Elaboramos um projeto
que transforma a CASA do Adoles-
cente e o Programa de Saúde do
Adolescente em LEI MUNICIPAL
assegurando a sua manutenção,
inclusive destacamos a necessida-
de e a importância da manutenção
da oferta dos LARC (DIU KYLEENA
e IMPLANON) e de toda a estrutu-
ra para sua inserção. Estamos em
processo de mudança e adequa-
ção do espaço, para melhor acolher
nossos adolescentes garantindo
um atendimento HUMANIZADO.
PALAVRAS-CHAVE
LARCS, adolescente, prevenção,
gravidez
no município de Taboão da Ser-
ra para o manejo da demanda de
usuários na condição de dor crô-
nica e daqueles com o objetivo
de melhora da qualidade de vida.
Durante o processo de implanta-
ção, observou-se a necessidade
de inserir ações de prevenção,
promoção, educação em saúde
e de práticas integrativas e inclu-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
sivas. Ocasião que proporcionou
a interface entre as secretarias
municipais de Saúde, Cultura e
Turismo, Esporte e Lazer e Assis-
tência Social , ampliando o olhar
interdisciplinar. Segundo o MS,
a promoção da saúde é: [...] uma
estratégia de articulação trans-
versal na qual se confere visibi-
lidade aos fatores que colocam
a saúde da população em risco
e às diferenças entre necessida-
des, territórios e culturas presen-
tes no nosso país, visando à cria-
ção de mecanismos que reduzam
as situações de vulnerabilidade,
defendam radicalmente a equida-
de e incorporem a participação e
o controle sociais na gestão das
políticas públicas.
OBJETIVOS
O Projeto Integra Taboão tem por
objetivos: Implantar ações e prá-
ticas de prevenção, promoção e
educação em saúde; descons-
truir o conceito de cuidar em saú-
de; socialização; descentralizar o
atendimento da atenção especia-
lizada de reabilitação física aos
usuários do Sistema Único de
Saúde (SUS) com queixa de dor
crônica; promover práticas inte-
grativas e inclusivas; criar uma
interface entre as secretarias mu-
nicipais de Taboão da Serra; am-
pliar o olhar interdisciplinar; forta-
lecimento de vínculos; autonomia
e empoderamento do cuidado.
METODOLOGIA
O projeto é coordenado pela fisio-
terapeuta responsável e, aplicado
em conjunto com um profissional
de educação física, favorecendo
a troca de saberes e a descons-
trução da sua percepção de es-
tado de condição de saúde, uma
vez inserido no projeto, o usuário
passa a ser denominado como
“aluno” e não mais “paciente”. A
fisioterapeuta, através da práti-
ca de ações educativas condi-
ciona o munícipe a mudança na
Volume 10
percepção do mesmo como um
indivíduo saudável e, não mais,
enfermo. O que favorece a ade-
rência às práticas de atividades
esportivas, culturais e sociais
nos equipamentos públicos do
município. Critérios de inclusão:
independência funcional, a com-
provação da imunização contra
COVID-19, idade mínima de 18a,
aptidão física e comorbidades
compensadas, caso as possuam.
São encaminhados e/ou indica-
dos por profissionais de saúde
da Atenção Especializada, Aten-
ção Básica e Saúde Mental e pela
demanda espontânea. O projeto
é aplicado no Centro de Convi-
vência do Idoso Maria Rosa, de
2ª a 5ª feira, nos períodos matu-
tino e vespertino. Respeitando as
recomendações sanitárias, conta
com 250 munícipes rotativos, di-
vididos entre os períodos citados
e subdivididos em 6 grupos, 2x
na semana. Proporciona-se uma
rotina de cuidados, desde a che-
gada do munícipe, onde lhe é
ofertado café da manhã. Seguido
de atividades físicas, culturais,
lúdicas, educativas e funcionais
que abrangem o indivíduo em seu
amplo aspecto biopsicossocial,
respeitando as limitações funcio-
nais de cada participante.
RESULTADOS
Após 01 ano 3 meses da inser-
ção do Projeto Integra Taboão,
foram relatados pelos usuários,
a percepção do pertencimento
ao meio, melhora da qualidade
de vida e das relações interpes-
soais, fortalecimento de víncu-
los, promoção de saúde mental,
espaçamento e/ou ausência de
crises álgicas, o empoderamen-
to do protagonismo do cuidar e a
redução e/ou ausência do uso de
medicações analgésicas. O pro-
jeto viabiliza a redução da reinci-
dência desses usuários à atenção
especializada, descentralização
do cuidar, ações de promoção
e prevenção em saúde, a cons-
trução de políticas públicas inte-
grativas, a intersetorialidade e a
atuação em regulação e rede. A
demanda aberta, propicia que os
participantes estimulem outros
munícipes à fazerem parte do
projeto, tornando-se um multipli-
cador em saúde em todo território
municipal. Ampliando as práticas
de saúde, desportivas, culturais
e sociais à comunidade. Facilita
o acesso do munícipe a rede de
cuidados à saúde e impacta po-
sitivamente, na descentralização
dos serviços da rede municipal.
O desenvolvimento das ativida-
des pertinentes ao projeto em
um espaço externo ao âmbito de
saúde, favorece a desconstrução
e a ampliação do conceito de cui-
dar em saúde.
CONCLUSÕES
Vale ressaltar a importância de
criações de políticas públicas
voltadas a pessoa idosa, a fim
de minimizar o impacto que o au-
mento da expectativa de vida e
de doenças e agravos não trans-
missíveis (DANT) podem gerar no
SUS. Segundo o Ministério da
Saúde, Portaria nº 399/GM, de
22 de fevereiro de 2006, uma das
diretrizes da Política Nacional de
Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI)
consiste em “recuperar, manter e
promover a autonomia e a inde-
pendência dos indivíduos idosos,
direcionando medidas coletivas
e individuais de saúde para esse
fim, em consonância com os
princípios e diretrizes do SUS”.
Visto isso, atualmente, estuda-se
a ampliação do serviço, inserir e
referenciar o projeto à Saúde do
Idoso e dos usuários com dor
crônica no Município de Taboão
da Serra.
PALAVRAS-CHAVE
Reabilitação, intersecretaria, fi-
sioterapia, dor
119

TABOÃO DA SERRA
NÚCLEO DE CUIDADO PARA PESSOAS TRANSEXUAIS E
TRAVESTIS (NUCPTT) UMA TRAJETÓRIA DE FORTALECIMENTO
BRUNA SOARES DO SANTOS
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Núcleo de Cuidado para Pes-
soas Transexuais e Travestis (NU-
CPTT), tem como objetivo dire-
cionar e acompanhar os usuários
neste processo da auto identi-
dade, se reconhecer diminuindo
os casos de saúde metal como
ansiedades, depressões e as mu-
tilações devido à incoerência de
gênero. As implementações de
politicas públicas voltadas a as-
sistência humanizada a este gru-
po vulnerável socialmente e me-
lhora o cuidado da saúde coletiva
LGBTQIAPN+ (Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Transexuais, Traves-
tis, Queer, Intersexo, Assexuais,
Pansexuais e Não Binários), for-
talece os vínculos de usuário e
equipamentos de saúde. A ca-
pacitação das equipes da rede
pública e privada, traz segurança
para o colaborador na tratativa,
respeitando o nome social e a
identidade de gênero do usuário,
sem constrangimentos por am-
bos, reforçando a individualidade,
implantando e implementando
protocolos baseados em docu-
mentos norteadores. O NUCPTT
traz representatividade para os
munícipes de Taboão da Serra,
com o espaço de atendimento
com equipe multiprofissional, ca-
pacitados e formados pelo Cen-
tro de Referência e Treinamento
DST/Aids-SP (CRT/DST/Aids).
Pensando na melhoria do aces-
so aos usuários LGBTQIAPN+, no
processo transexualizador a qual
é direito da pessoa trans e tra-
vesti adequar seu corpo e gênero
que se identifica, proporcionan-
do o bem-estar consigo mesmo
perante a sociedade com o ma-
chismo enraizado, o município
de Taboão da Serra organizou o
120
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
NUCPTT.
OBJETIVOS
Implantar, aperfeiçoar, adequar e
desenvolver atenção voltada ao
atendimento às pessoas LGBTI-
QIAPN+ e demais áreas, diante
da alta vulnerabilidade social des-
ta população. Realizar prescrição
de hormônios para as pessoas
que desejam a transformações
corporais, conhecida como tera-
pia hormonal ou hormonioterapia.
Desenvolver através da Atenção
Básica, a porta de entrada para
acesso à saúde, atenção integral,
longitudinalidade, da população
LGBTQIAPN+ desenvolvendo
e coordenando o cuidado, pro-
mover qualidade na assistência
desde a procura na Unidade Bá-
sica de Saúde que realizará sua
ficha de atendimento (cadastra-
mento) com as necessidades e
especificidade para encaminhar
ao NUCPTT. Incentivo dos recur-
sos componentes da mandala da
prevenção, em destaque a PrEP.
Promoção do cuidado humaniza-
do com acompanhamento psico-
lógico e quando necessário com
psiquiatra. Acompanhamento
endocrinológico e Ginecológico
para avaliação hormonal e enca-
minhamentos para processos ci-
rúrgicos.
METODOLOGIA
1. Criação de instrumentos de en-
trevista/dados, prontuários e ro-
tinas administrativas. 2. Ambien-
tação do local de atendimento; 3.
Discussão de fluxo básico de en-
trada para o serviço Após 2 anos
de acompanhamento com a equi-
pe multiprofissional: a Equipe de
Enfermagem, Assistente Social,
Psicólogos, Psiquiatra, Fonoaudi-
ólogo, Médico Endocrinologista e
Médico Ginecologista, o pacien-
te que se identificar com incoe-
rência de gênero e que deseja a
redesignação sexual/ afirmação
de gênero iniciará o processo e
acompanhamento com profissio-
nais do NUCPTT. Durante este
processo, outras áreas serão as-
sistidas, como: situação de vul-
nerabilidade social, econômica e
familiar. A Fonoaudiologia, traba-
lhará a modulação de sua voz, se
não houver mudança significativa
será encaminhado para cirurgia
de tireodioplastia. Já no acompa-
nhamento endocrinológico rece-
berá os cuidados no tratamento
hormonal, bem como, futuramen-
te, condução para realizar proce-
dimentos cirúrgicos. Em casos
de realização dos procedimen-
tos cirúrgicos o usuário retornará
continuará ao NUCPTT, de forma
esporádica ou até receber alta.
RESULTADOS
Procurar alcançar o maior núme-
ro da população LGBTQIA+, a ser
acolhido de forma humanizada,
capacitar os profissionais da rede
com atendimento de forma inte-
gral e imparcial, respeitando as
diferenças de cada indivíduo, tra-
zendo o bem-estar do usuário do
serviço que fará parte da sua eta-
pa de transição corporal e a saú-
de mental. Manter o vínculo de
paciente com as Ubs e os demais
serviços oferecidos na rede SUS.
Iniciamos os trabalhos em no-
vembro de 2021 com 35 usuários,
e possui atualmente 95 usuários
cadastrados recebendo medica-
ção pela DRS de Osasco, autori-
zado pela assistência farmacêu-
tica da coordenação Estadual.
Houve reduções de incidencia
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
das crises ansiedade de e qua-
dros depressivos com o grupo de
apoio, a conversa em grupo com
seus pares traz vivências pareci-
das e que o processo de transi-
ção de gênero e individual e varia
devido a genética de cada um. A
prendendo a lidar com a passabi-
lidade heterosexual que a socie-
dade exige. O grupo evita assim
as praticas de aplicações de si-
licone industrial, procedimentos
cirúrgicos clandestinos evitando
o risco da vida O NUCPTT rea-
lizou capacitações em diversos
grupos. Ao longo deste ano ca-
pacitamos médicos, enfermeiros,
psicólogos, assistentes sociais,
TABOÃO DA SERRA
A PSICÓLOGA DA CASA DO ADOLESCENTE COMO MEDIADORA
NO GRUPO DE TEATRO NO CECO
ROSANA ANGELO RIBEIRO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Adolescência, processo de transi-
ção que separa a infância da fase
adulta, com mudanças biopsicos-
sociais, fase de alterações na estru-
tura do pensamento, se estabelece
e se solidifica, momento de se lan-
çar a novas experiências. Durante
o processo da adolescência temos
maior dificuldade com suas habili-
dades na interação e compreensão
do outro, interferindo negativamen-
te em seus relacionamentos. Tal
processo por si só pode desenca-
dear situações de vulnerabilidades,
como exclusão social, discrimina-
ção, dificuldades de aprendizado,
comportamento de risco, poden-
do surgir os transtornos mentais,
como, depressão, deficit de aten-
ção, desafiador opositor, estresse,
oscilação de humor, ansiedade,
fobia social, compulsões (alimen-
tar, tecnológico, drogas, sexo) etc.
São múltiplos os fatores que de-
terminam a nossa saúde mental e
quando expostos a FATORES de
Volume 10
fonoaudiólogos, agentes comu-
nitários de saúde ACS e gestores
totalizado aproximadamente 140
profissionais.
CONCLUSÕES
O NUCPTT, tem como objetivo
avaliar os atendimentos para o for-
talecimento da linha de cuidado
para a população LGBTQIAPN+ ,
sendo a prioridade a construção
do cuidado voltado a grupo vul-
nerável com suas especificidades
individuais e coletiva, prevenido
assim índices de suicídio e muti-
lações. O fortalecimento familiar
é uma das ações que priorizamos
para impedir, exclusões, suicí-
RISCOS internos e externos, sur-
gem ameaças ao desenvolvimento
saudável, geralmente a partir da in-
teração social; como violência, dro-
gas, precocidade das experiências
sexuais, uso abusivo da tecnologia,
exposição ao álcool e etc. A aten-
ção a saúde do adolescente exer-
ceu impacto positivo na redução
dos danos causados por estes fa-
tores de riscos e são estes os ado-
lescentes encaminhados pelos vá-
rios equipamentos da REDE (Caps,
Ubs, escolas, assistência social,
conselho tutelar, ministério público
e CASA) para o Centro de Convi-
vência (CECO), como participantes
do grupo de teatro, com o suporte
técnico da psicóloga da CASA.
OBJETIVOS
Fornecer apoio emocional, para
que o adolescente fragilizado, en-
contre internamente ferramentas
que possam contribuir com sua
participação nas atividades pro-
postas; Proporcionar espaço de
dios, ansiedade e mutilações,
neste processo a qual o usuário
sente-se confuso e excluído, com
duvidas sobre si, podendo ate se
isolar. As politicas públicas sal-
vam vidas, qualificam o cuidado e
orientam a equipe. Neste primeiro
ano de NUCPTT avançamos mui-
to, porém sabemos que o fortale-
cimento da linha de cuidado para
a população LGBTQIAPN+ deve
ser constantemente trabalhada
cuidando deste grupo vulnerável.
PALAVRAS-CHAVE
LGBTQIAPN+, humanização,
acolhimento, núcleo
conforto para o adolescente redu-
zir suas angustias e gerenciar suas
emoções; Possibilitar processo de
autoconhecimento; Estabelecer
com o adolescente o sentido de se-
gurança e confiança, para continu-
ar no grupo; Intervir junto a equipe,
no aconselhamento e orientação
no manejo de casos específico, ou
situações de conflitos que venham
a surgir no decorrer do trabalho
teatral; Matriciar os adolescentes
entre CASA e CECO; Orientar os
acompanhantes dos adolescentes
sobre os processos da adolescên-
cia; Colher dados sobre a estrutura
e dinâmica familiar; Estabelece um
vínculo para que se sintam seguros
no processo de autonomia deste
adolescente.
METODOLOGIA
Articulação com a Rede (CECO,
CASA, e as secretarias de Cultura
e do Desenvolvimento Econômico);
Grupo aberto para adolescentes
de 12 a 18 anos; Construção do
121

contrato de convivência; Vivência
grupal pelo período de 02 horas;
Atividade por 5 etapas: 1ª Roda de
conversa, a diretora do CECO apre-
sentou o espaço e serviços oferta-
dos, conhecemos o adolescente e
estabelecemos vínculo, 2ª Aqueci-
mento corporal, professor de teatro
realizou este importante mecanis-
mo para estimular o movimento do
corpo, 3ª Vivência teatral, fortalece-
mos os vínculos entre os adoles-
centes, 4ª Apresentação, o grupo
se apresentou para seus acompa-
nhantes e em eventos abertos, 5ª
Convivência para fortalecer, am-
pliamos a interação social entre
eles, mesmo fora do ambiente te-
atral; A diretora do CECO forneceu
durante todo os encontros, lanche
neste momento os acompanhantes
são convidados a participar. Psicó-
loga acolheu os acompanhantes,
que optaram ou não em assistir o
grupo; Uso de elementos teatrais,
figurino, acessórios, música e tex-
tos e Uso das redes sociais.
RESULTADOS
Realizamos 80 atendimentos, no
período de julho de 2021 a dezem-
bro de 2022. Aumentou a assiduida-
de nas consultas das unidades de
saúde; Minimizou desconforto du-
rante as crises de ansiedade; Forta-
lecimento do autocontrole durante
as crises de agitação motora; Ob-
servamos durante os atendimentos
que os adolescentes conquistaram
TABOÃO DA SERRA
PENSAR E AGIR EM REDE - BUSCANDO OS ADOLESCENTES
NO TERRITÓRIO
CARLA ALESSANDRA BORGES, CAROLINE F DE MEO M DE ALMEIDA, GEIZA
MASCARENHAS SANTOS, ROSANA ANGELO RIBEIRO, SHERON FAYNER BISPO
MARTINS, STANA HELENA GIORGI GROSSO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O programa Saúde do adolescen-
te iniciou em 2017 no município
de Taboão da Serra, em 2020 foi
122
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
autonomia para se deslocarem de
transporte público: Contribuímos
com a melhora da autoestima, das
habilidades sociais; Realizamos 08
apresentações em espaços aber-
tos; Produzimos 04 peças de auto-
ria coletiva; Criamos um grupo de
WhatsApp. Relato Y. de 14a, limí-
trofe, encaminhada pela UBS em
processo de luto, após falecimento
de mãe, passou a apresentar crises
de ansiedade e agitação motora,
nos primeiros dias era acompa-
nhada por sua avó de 80 anos, não
desenvolvia falas coesas e sua ex-
pressão corporal era rígida. Y. era
acolhida pela psicóloga antes do
início das atividades. Estabelecida
a confiança e vínculo com a equipe
e sua avó, sua autonomia no deslo-
camento foi estabelecida, melhora
da linguagem e controle do corpo.
Numa representação teatral Y. se
emociona e começa a chorar em
cena, seus tremores aumentaram e
uma crise se instalou, a psicóloga
acolhe, abraça e menciona sobre
a representatividade da cena com
sua mãe falecida, o grupo realiza
um abraço coletivo, a partir deste
momento Y. foi acolhida de uma
maneira especial por todos, suas
conquistas pessoais se ampliaram,
realizou apresentações teatrais, re-
latou sua experiência no SARAU.
CONCLUSÕES
O manejo técnico adequado permi-
tiu atuar de modo individual ou em
implantado o Centro de Atenção à
Saúde do Adolescente (C.A.S.A),
desde então articulamos com a
Rede, estratégias e meios de atu-
grupo, dando ao adolescente um
amparo emocional, ele percebeu
a importância de sua participação
na melhora de sua saúde. O gru-
po de Teatro foi aberto, rotativo, os
adolescentes encaminhados pelos
equipamentos da REDE, a frequên-
cia foi estabelecida pela dinâmica
familiar, alguns moram distante, e
seus cuidadores eram inseguros
em relação a deixarem eles virem
sozinhos. A presença da psicóloga
neste grupo exerceu papel essen-
cial na mediação e confiança entre
os adolescentes e seus familiares,
iniciou o processo de autonomia
do adolescente. Os acompanhan-
tes foram acolhidos pela psicólo-
ga e puderam optar por assistir ou
aguardar na área verde externa.
Para os adolescentes que optaram
por não participar, apenas assistir,
essa decisão foi respeitada. Estes
receberam atenção da psicóloga,
que se posicionou ao lado deste
adolescente exercendo o papel de
suporte, utilizando técnicas de que-
bra-gelo para reduzir a ansiedade
do adolescente em relação ao gru-
po. A psicologia no teatro auxiliou
os adolescentes na ampliação de
suas possibilidades de atuação no
palco cênico e no palco da vida.
PALAVRAS-CHAVE
adolescente, teatro, acolhimento,
vinculo, cultura
ação multidisciplinar e integral à
Saúde. A parceria com a diretoria
de ensino, abriu as portas das 27
escolas estaduais, ter feito parte
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
do CMDCA como conselheiras,
nos deu oportunidade de conhe-
cer as inúmeras OSCs, (Organi-
zação da Sociedade Civil), possi-
bilitou o acesso ao nosso público
alvo. O município registrou mais
12 mil adolescentes matriculados
na rede pública de ensino esta-
dual, e outra grande parcela nas
redes privadas, segundo o IBGE
2010 em torno de 60 mil adoles-
centes moradores de Taboão.
O Pensar e Agir em REDE, pro-
porcionou conhecer o território,
integrar os profissionais da Saú-
de com os demais profissionais
do município e a comunidade.
Buscamos a construção coleti-
va do atendimento humanizado,
através das Rodas de Conversa,
consideramos as necessidades
apresentadas, as expectativas,
as crenças, o contexto social do
indivíduo e os demais serviços da
REDE. Compreendemos o ado-
lescente como um cidadão provi-
do de direitos e deve circular de
forma saudável e participativa em
seu território. Estas intervenções
foram realizadas no dia a dia no
território, respeitando as diferen-
ciações das comunidades e as
singularidades de cada Adoles-
cente.
OBJETIVOS
Desenvolver ações referentes à
saúde do adolescente com ên-
fase à prevenção e cuidado de
maneira que o adolescente sinta
a necessidade de ter e resguar-
dar sua saúde física e mental;
Fornecer ferramentas para que o
adolescente consiga em alguns
momentos silenciar seu mundo
interno, para poder ouvir o outro,
ser mais empático e assim aju-
dar aquele que traz em peque-
nas frases um pedido de ajuda;
Constituir espaços ampliados
para fomentar a reflexão e a dis-
cussão sobre a gestão do traba-
lho compartilhado multidisciplinar
que fortalece a responsabilização
da Rede de proteção socioassis-
tencial, facilitando o acesso dos
Volume 10
Adolescentes ao atendimento
humanizado e integral no terri-
tório; Possibilitar estratégias de
criação e fortalecimento de vín-
culos comunitários entre adoles-
centes das áreas da abrangência
das Unidades Básicas de Saúde
(UBS), Centro de Atenção Psicos-
social (CAPS), Centro de Assis-
tência Social (CRAS), Organiza-
ções da Sociedade Civil (OSCs)
e serviços da REDE de proteção.
METODOLOGIA
Mapeamento do território; Arti-
culação com a REDE de apoio;
Reuniões com os departamentos
de atenção básica e especiali-
zada da saúde e assistência so-
cial, com o núcleo Trans, com a
diretoria de ensino e equipes das
escolas estaduais, com a secre-
taria de cultura e coordenação da
diversidade e com os dirigentes
das OSCs; Construção coletiva
do cronograma do Pensar e Agir
em Rede, que durante 3 horas os
temas: MEU CORPO MINHA MO-
RADA (apresentação da C.A.S.A,
mudança do corpo, autocuidado,
FATORES de Risco e Proteção),
MINHA MENTE e CORAÇÃO
(conversamos sobre, saúde men-
tal, bullyng, valorização da vida e
redução de danos), SEXUALIDA-
DES (abordamos sobre planeja-
mento sexual e reprodutivo, ISTs,
afetividades e gêneros), NUTRIR
e AGIR (a importância de um
estilo de vida saudável através
do Programa Agita Galera); Uti-
lização das Rodas de Conversa,
como instrumentos de ressonân-
cia coletiva, espaços de diálogo,
organizadas através de agrupa-
mento dos adolescentes por fai-
xa etária e/ou série; Entrada de
forma rodiziada dos profissionais
(CASA e REDE) no intervalo de 20
a 30 minutos em cada sala; Uso
de músicas e materiais informati-
vos dobre saúde do adolescente.
RESULTADOS
O Pensar e Agir em REDE, atingiu
diretamente, no período de mar-
ço de 2021 a dezembro de 2022,
mais de 5000 adolescentes estu-
dantes do ensino médio, das es-
colas estaduais Zeyci, Maria Co-
mino, Pacheco, Wandik, Denoel,
Silvia Aparecida, Mignoni e ETEC.
Adolescentes inscritos no Serviço
de Convivência e Fortalecimento
de Vinculo (SCFV) da assistência
social nas OSCs Uirapuru e Se-
mentes do Amanhã, CREAS e os
adolescentes que participaram
do Impulsiona Taboão e aos ins-
titucionalizados no SAICA. Atra-
vés dos temas trabalhados no
PENSAR e Agir em REDE, iden-
tificamos a valorização e o em-
poderamento em momentos de
tomada de decisão de limites, as-
sim evitaram situações abusivas
e de conflito. Percebemos que o
adolescente não procura por uni-
dades de saúde para prevenção,
este processo é realizado somen-
te quando uma patologia está
instalada. Desenvolvemos ações
e observamos que a partir desta
intervenção fora dos muros das
unidades de saúde cativamos o
nosso público, que posteriormen-
te acessaram nossos canais de
redes sociais (Instagram e face-
book) e compareceram na CASA
do adolescente. Fortalecemos
os vínculos comunitários entre
os adolescentes, que na maioria
das vezes foram até a CASA com
os colegas de classe/turma e ini-
ciando ou dando continuidade
em seu processo de autocuidado
com os profissionais da CASA.
Ampliamos os espaços e fomen-
tamos a reflexão sobre gestão do
trabalho/cuidado compartilhado
multidisciplinar na REDE/Territó-
rio.
CONCLUSÕES
O PENSAR e AGIR em REDE é
uma BUSCA ATIVA, interativa e
dinâmica, que saiu dos muros
das unidades de saúde, e trouxe
os adolescentes do seu territó-
rio, seja na escola, nos Serviços
de Convivência e Fortalecimento
de Vínculos no contra turno es-
123

colar, ou nas vielas, em eventos
culturais e esportivos, propor-
cionamos momentos lúdicos de
integração, escuta e acolhimento
multidisciplinar e qualificado. O
acesso ao serviço de saúde para
o adolescente, precisa ser faci-
litado, menos burocrático com
integração em sociedade mais
saudável, garantindo sua auto-
nomia na marcação de consultas
ou agendamento de exames. O
território é vivo, não é estático,
o conhecimento e o trabalho em
REDE é fundamental. Envolver
outros atores nesta dinâmica
é rico, as unidades básicas de
TABOÃO DA SERRA
O CUIDADO INTEGRADO COM A NATUROLOGIA NA C.A.S.A DO
ADOLESCENTE DE TABOÃO DA SERRA
CARLA ALESSANDRA BORGES, MARINALVA FERNANDES LIMA VIEIRA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
A CASA do Adolescente, é um
equipamento que oferta atendi-
mento multidisciplinar, acolhimento
afetuoso e integral aos adolescen-
tes de 12 a 18 anos, garantindo o
que preconiza a Organização Mun-
dial de Saúde (OMS), considerando
a adolescência um período de tran-
sição entre a infância e a vida adul-
ta, caracterizado pelos impulsos
do desenvolvimento físico, mental,
emocional, sexual e social e pelos
esforços do indivíduo em alcançar
os objetivos relacionados às expec-
tativas culturais da sociedade em
que vive. Em contato com o setor
de Naturologia do Programa Saú-
de do Adolescente do Estado de
SP, tivemos acesso a naturóloga,
e após um convite, ela contribuiu
durante o mutirão da saúde, reali-
zado em maio de 2022, na CASA
do Adolescente em parceria com
os residentes de medicina da UNI-
CID. Por meio da Política Nacional
de Práticas Integrativas e Comple-
mentares no SUS (PNPIC), foram
instituídos estes recursos terapêu-
124
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
saúde tem a gestão do seu ter-
ritório de abrangência, e os de-
mais serviços os acessos, juntar
todos estes no PENSAR e AGIR
em REDE é garantir políticas pú-
blicas, principalmente em relação
a saúde do adolescente.
PALAVRAS-CHAVE
adolescente; casa do adolescen-
te, rede
BIBLIOGRAFIA
BRASIL, Lei 8.069, de 13 de julho
de 1990. Estatuto da Criança e do
Adolescente. Brasília, DF, 1990.
OMS, Ação Global Acelerada Pela
ticos, que preconiza o desenvolvi-
mento de políticas, observando os
requisitos de segurança, eficácia,
qualidade e acesso, os adolescen-
tes foram contemplados por este
cuidado integral e acolhedor.
OBJETIVOS
Prevenir doenças e recuperar a saú-
de, com ênfase na escuta acolhe-
dora, no desenvolvimento do vín-
culo terapêutico e na integração do
ser humano com o meio ambiente
e sociedade; Identificar os fatores
de RISCO e PROTEÇÃO que os en-
volvem e criar vínculo com o intera-
gente através da empatia e respeito.
Reduzir danos; Tratar o sofrimento
pela exposição às diversas vulne-
rabilidades, violências externas e
autoprovocadas, uso e abuso de
álcool e outras drogas, e o próprio
processo de adolescer em uma so-
ciedade opressora e individualista;
Promover e estabelecer a melhoria
das condições de vida e seu equi-
líbrio entre corpo, mente, relações
sociais, emocionais e ambientais;
Provocar mudanças de comporta-
Saúde do Adolescente, 2016 S P,
Governo do Estado, Lei 11.976, de
25 de agosto de 2005. Programa
de Saúde do Adolescente. Cam-
pos, G.V.S, Domitti, A.C, Apoio
matricial e equipe de referência,
uma metodologia para gestão do
trabalho interdisciplinar em saú-
de. Cad de Saúde Pública, 2007;
Adolescer, verbo de Transição.
Relato sobre o Programa de Saú-
de do Adolescente de SP Brasília,
DF: OPAS, 16; Constituição Fede-
ral 88 art.226 Lei Federal 8.069 –
FREIRE, Paulo. Educação como
prática da liberdade. São Paulo:
Paz e Terra, 34a edição, 2011.
mentos de risco nos adolescentes,
em sua família e comunidade; Cui-
dar do cuidador (familiar/acompa-
nhante) do adolescente; Cuidar do
cuidador (profissionais da CASA).
METODOLOGIA
Durante o acolhimento do adoles-
cente na CASA, a NATUROLOGIA
foi oferecida e aceita por eles, ou
foram encaminhados pelos de-
mais profissionais. Os adolescen-
tes queixaram-se de depressão,
ansiedade, violência doméstica,
relacionamentos abusivos, baixa
autoestima, sensação de não per-
tencimento ou invisibilidade. Os Fa-
miliares foram atendidos enquanto
aguardavam o adolescente que es-
tava em consulta ou em oficinas, e
as queixas foram: falta de diálogo,
não aceitação das escolhas, falta
de tempo para escuta e a não valo-
rização das qualidades individuais.
Os Cuidadores (profissionais da
CASA), foram atendidos em horá-
rios reservados e as queixas foram:
ansiedade, estresse, distúrbios do
sistema circulatório, respiratório e
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
digestivo, dores musculares e en-
xaqueca. Espaço preparado com
música ambiente, umidificador
com óleos essenciais relaxantes,
transformando a dimensão em um
momento de aconchego; Atendi-
mentos semanais com duração
de 1h; Anamnese, uma conversa
inicial sobre, Hábitos de vidas, ali-
mentação e atividade física; His-
tórico Familiar (doenças crônicas);
Relacionamentos; Vida estudantil
e profissional; Queixa principal que
norteou para saber o que mais in-
comoda no momento. Aplicação
assertiva das Práticas da Medici-
na Tradicional Chinesa, Medicina
Ayurvedica, Aromaterapia e Terapia
Floral de Bach, através das respos-
tas da anamnese.
RESULTADOS
Com a interface da Naturologia in-
tegrada às técnicas modernas da
medicina ocidental/convencional
no processo saúde-adoecimento
de forma sistêmica através da re-
lação de interagência, realizamos
mais de mil atendimentos entre
adolescentes, familiares e cuida-
dores. Aumentamos a resolutivi-
dade agindo de forma integrada e/
ou complementar no diagnóstico
na avaliação e no cuidado; Relatos
de melhoras gerais após o primeiro
atendimento; Melhorou os níveis de
ansiedade nos adolescentes já na
segunda semana de atendimento;
Melhorou o sono; Aumentou a har-
monia; Reduziu e/ou eliminou as
TARUMÃ
A EFICÁCIA DO EXERCÍCIO TERAPÊUTICO NA ATENÇÃO
BÁSICA PARA OS TRANSTORNOS ARTICULARES: BEM ESTAR
JOSEANE MARIA FERREIRA ROMANCINI, MILENA HENSCHEL
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Dentro do município de Tarumã
existem quatro estratégias saú-
de da família e uma equipe de
NASF-AB que realiza diversos
Volume 10
dores, Equilibrou o trato intestinal
e circulatório; Melhorou a autoesti-
ma, o convívio em família, tolerân-
cia com o outro e a valorização da
vida; Diminuiu o isolamento pois se
sentiram pertencentes e mais soci-
áveis, trazendo colegas e familiares
para fazer cadastro na CASA. Re-
lato: A.16 anos com crises de an-
siedade, situação de violência do-
méstica, evasão escolar, recebeu
auriculoterapia aplicada em trans-
torno de ansiedade e Reiki para
alinhamento dos Chakras (pontos
de energia do corpo). Na segunda
semana de atendimento, melhorou
o sono e retornou à escola. Com os
Cuidadores/funcionários da CASA
obtivemos além das melhoras ci-
tadas houve um fortalecimento da
equipe. Receberam Acupuntura,
Auriculoterapia, Reflexologia, Apli-
cação de ventosa e Terapia Floral.
No mutirão feitos 35 atendimentos,
acolhimento simples com Auriculo-
terapia (semente de mostarda) para
alívio de dores física, mental, emo-
cional e qual
CONCLUSÕES
Ampliar as práticas integrativas
e garantir espaços para que elas
aconteçam, assegurando uma po-
lítica inclusiva e humanizada, assim
como o Sistema Único de Saúde
preconiza, para tanto elaboramos o
projeto que transforma a CASA do
Adolescente e o Programa de Saú-
de do Adolescente em LEI MUNICI-
PAL garantindo a sua manutenção,
trabalhos voltados para promo-
ção prevenção e reabilitação da
saúde, dentre estes se destaca
um que é o projeto de melhoria
aos transtornos articulares e dor
crônica, realizados pela fisiote-
inclusive destacamos a necessida-
de e a importância da NATUROLO-
GIA compondo a equipe multidisci-
plinar. Atualmente contamos com
o serviço voluntário da Naturóloga
que realiza práticas da medicina
chinesa, tais como, auriculoterapia,
acupuntura, reflexologia podal com
Aromaterapia e óleos essenciais e
ventosas. Estamos em processo de
aquisição dos insumos utilizados
durante os atendimentos (agulha de
acupuntura, sementes e pontos au-
riculares, ventosas e outros). Con-
tinuamos com conversas entre a
gestão da pasta e o executivo para
abertura de concurso público para
criação e contratação dos Naturó-
logos, abrindo campos de estágio
e possibilitando que toda nossa
REDE de saúde possa contar com
este excelente suporte.
PALAVRAS-CHAVE
naturologia, adolescente, casa do
adolescente
BIBLIOGRAFIA
Lei Federal 8.069 – Estatuto da Crian-
ça e do Adolescente; Adolescer,
verbo de Transição. Relato sobre o
Programa de Saúde do Adolescente
de São Paulo e as CASAs do Ado-
lescente. Brasília, DF: OPAS, 2016;
Proteger e Cuidar da Saúde de Ado-
lescentes na Atenção Básica. MS
2ºEdição. https://www.gov.br/saude/
pt-br/composicao/saps/pics
rapeuta para todos os pacientes
que tem interesse e esta aptos
para participar. Meados de janei-
ro iniciou esse trabalho na acade-
mia da saúde após traçarmos al-
gumas estratégias para melhorar
125

a qualidade de vida e minimizar
as dores crônicas dos pacientes.
Para atender e diminuir a alta de-
manda que chegava no centro de
reabilitação do município iniciou
um dialogo com as equipes onde
diversas pactuações iniciaram.
Atualmente segue com os grupos
nas quartas feiras sendo que a
efetivação desse grupo se dará
com os resultados de diminuição
das dores, medicamentos anti-in-
flamatórios e melhora da qualida-
de de vida e longevidade.
OBJETIVOS
Construir na atenção primaria em
conjunto com o NASF um crono-
grama de divulgação do projeto
para melhora da saúde física e
motora na pessoa do fisiotera-
peuta Identificar e avaliar os pa-
cientes com queixas de dor na
coluna e articulares e as avalia-
ções serão realizadas pelo fisio-
terapeuta do NASF-AB Analisar
os encaminhamentos feitos pelos
profissionais da atenção primaria
para poderem participar do pro-
grama. Identificar após o perio-
do das atividades nos encontros
propostos quantos melhoraram
suas queixas
METODOLOGIA
A divulgação se deu da primeira
etapa através das unidades de
estratégia saúde da família para
todos os pacientes com queixas
de dor na coluna em seguida reu-
nião com todos os profissionais
de cada equipe para que se en-
volvessem nesse trabalho. Foram
levantados os pacientes dentro
da atenção primaria em saúde
que demandavam encaminha-
mentos para a especialidade de
ortopedia bem como pacientes
crônicos, idosos, e não crônicos
mas que apresentavam queixas
álgicas constantes. Após esse
processo foram pactuados com
as equipes o cronograma de ava-
liação de cada individuo. Em se-
126
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
guida foi proposto os encontros
temáticos que abrangesse as
necessidades de mudanças de
hábitos, postura e tivesse melhor
resultado na diminuição do uso
de medicação e da dor. Seguiu
a linha do numero de 15 pessoas
por grupos para que pudesse oti-
mizar o espaço e as informações
ofertadas.
RESULTADOS
O resultado que se espera al-
cançar é a diminuição do uso de
medicamentos, adesão de toda
população, assiduidade dos usu-
ários no programa, aumento da
qualidade de vida e diminuição
de morte precoce.
CONCLUSÕES
Portanto conclui-se que a reabi-
litação e a promoção da saúde
são ferramentas importantes so-
bre os problemas de saúde e o
que fazer para mudar ou melho-
rar a qualidade de vida. Assim o
trabalho desenvolvido na atenção
primaria contribui para diminui-
ção do uso exagerado de medi-
camentos bem como o somatório
de doenças musculoesqueleticas
recorrentes.
PALAVRAS-CHAVE
Dor, Paciente, Qualidade de Vida,
Reabilitação
BIBLIOGRAFIA
AVEIRO, M.C et al., Perspectivas
da participação do fisioterapeuta
no Programa Saú-de da Família
na atenção à saúde do idoso. Ci-
ência & Saúde Coletiva, 16(Supl.
1):1467-1478, 2011. BASTOS, A.
B.; BASTOS, I. A técnica de gru-
pos-operativos à luz de Pichon-
-Rivière e Henri Wallon.Psicólogo
Informação, São Paulo, v. 14, n.
14, p. 1-11, 2020 BISPO JÚNIOR,
J.P. Fisioterapia e saúde coletiva:
desafios e novas responsabilida-
des profissionais. Ciência & Saúde
Coletiva, vol 15, 2010. CRUZ, T.S.;
RODRIGUES, F.; BELETTINI, N.P.;
CERETTA, L.B.; COELHO, B.L.P.;
TUON, L. Diagnóstico de Saúde e
Atuação do Fisioterapeuta nas Uni-
dades Básicas de Saúde. Fisiotera-
pia Brasil, vol. 11, p. 439-444, 2010.
LOURES, Liliany Fontes; SILVA,
Maria Cecília de Souza. A interface
entre o trabalho do agente comuni-
tário de saúde e do fisioterapeuta
na atenção básica à saúde. Ciência
& saúde coletiva, Rio de Janeiro,
v. 15, n. 4, Jul. 2010. MACIEL, L.
F. de M. et al. Efeitos da estimula-
ção elétrica nervosa transcutânea
e da crioterapia sobre o limiar de
dor induzida por pressão. Fisiote-
rapia e Pesquisa, São Pau-lo, v. 21,
n. 3, p. 249-256, jul.-set. 2014. Doi:
10.590/1809-2950/65521032014.
MACIEL, R.V.; SILVA, P.T.G.; SAM-
PAIO, R.F.; DRUMMOND, A.F.
Teoria, prática e realidade social:
uma perspectiva integrada para o
ensino de Fisioterapia. Fisioterapia
em Movimento. Curitiba, v.18, n.1,
p.11-17, 2005. NAVES, Cristiane
Roberta; BRICK, Vanessa de Sou-
za. Análise quantitativa e qualitati-
-va do nível de conhecimento dos
alunos do curso de Fisioterapia
sobre a atuação do fisioterapeuta
em saúde pública. Ciência & Saú-
de Coletiva, Rio de Janeiro, v.16,
p. 1525-1534, 2011. NEVES, Laura
Maria Tomazi; ACIOLE, Giovanni
Gurgel. Desafios da integralidade:
revisitando as concepções sobre
o papel do fisioterapeuta na equi-
pe de Saúde da Fa-mília. Interface
(Botucatu), Botucatu, v.15, n. 37,
Jun. 2011. NOGUEIRA,A. L. G. et al.
Pistas para potencializar grupos na
Atenção Primária à Sa-úde.Revis-
ta Brasileira de Enfermagem, Bra-
sília, v. 69, n. 5, p. 964-971, 2016.
Doi: 10.1590/0034-7167-2015-0102
RAGASSON, C.A.P.; ALMEIDA,
D.C.S.; COMPARIN, K.; MISCHIATI,
M.F.; GOMES, J.T. Atribuições do
fisioterapeuta no programa de saú-
de da família: reflexões a partir da
prática profissional. Revista Olho
Mágico, v.13, n.2, p. 1-8, 2006.
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
VINHEDO
AURICULOTERAPIA COMO PORTA DE ENTRADA NA APS:
REPENSANDO ESTRATÉGIAS PARA AMPLIAÇÃO DA OFERTA DE PIC
JÚLIA RITEZ MARTIS, ANA PAULA YAMAKAWA GODOY MASSARELLA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Antes do período da Pandemia,
existiam grupos de PICs na rede
de atenção primária a saúde
(APS), voltados ao público adul-
to, onde eram realizadas algumas
atividades corporais baseadas
na medicina tradicional chinesa
como auriculoterapia e Chi Kung.
A inserção dos usuários para par-
ticiparem acontecia após uma
triagem e avaliação inicial e de
acordo com a necessidade e in-
teresse, contando em média com
a participação de 10 usuários em
cada encontro. Com o início da
pandemia e paralisação de to-
dos os atendimentos e grupos,
foram pensadas estratégias e no-
vos métodos para a retomada e
continuidade das atividades aten-
dendo. O grupo de Chi Kung, por
exemplo, se manteve em todo o
período de pandemia de forma
online, sendo mantidas a partici-
pação e vínculo com usuários e
também onde se observou a ne-
cessidade de ampliação da oferta
e de vagas de atendimento, in-
clusive aos profissionais da saú-
de, que se mostraram bastante
estressados e desgastados pelas
dinâmicas e dia a dia do traba-
lho. Assim, em consonância com
a Portaria nº2/GM/MS de 28 de
setembro de 2017, que atende às
diretrizes da OMS e visa avançar
na institucionalização das Práti-
cas Integrativas e Complementa-
res no âmbito do SUS, os atendi-
mentos em auriculoterapia foram
reiniciados e ampliados após le-
vantamento das demandas, con-
dições e estrutura nos territórios
para a adequação da prática à
nova realidade.
OBJETIVOS
Volume 10
Com aumento da demanda em
saúde mental do público infan-
tojuvenil diversificar as ofertas
de cuidado para acolher esta
demanda na Atenção Primária e
estabelecer novas parceria nos
diversos territórios para aproxi-
mação da comunidade e identifi-
car demandas e potencialidades
Ampliar assim, ações de saúde
que incluem o cuidado integral de
crianças, adolescente e adultos
através do acolhimento e utiliza-
ção da auriculoterapia, uma das
técnicas das PICs para a promo-
ção de saúde e tratamento de
modo a responder às demandas
dos usuários no momento em
que elas ocorrem ou encaminhar
para o serviço mais adequado.
METODOLOGIA
Inicialmente foram realizadas visi-
tas nos territórios para avaliação
dos espaços onde seria possível
ofertar os atendimentos e como
foram utilizados espaços abertos
nos territórios, tais como praças e
outros espaços públicos, salões
da igreja, etc, onde os usuários vi-
sualizavam facilmente os atendi-
mentos realizados, de forma bem
diferente do modelo convencio-
nal, de salas de atendimento clí-
nico com portas fechadas, houve
uma maior proximidade e acesso
para as pessoas que transitavam
pelos locais e o número de aten-
dimento começou a aumentar
expressivamente. Nos primeiros
dias eram cerca de 10 a 15 aten-
dimentos por encontro, sem ne-
cessidade de agendamento pré-
vio ou encaminhamento. Sendo
assim, na semana seguinte esse
número dobrou, chegando em
algumas semanas a contar com
centenas de pessoas atendidas
em cada dia, demonstrando a
enorme carência de acolhimento
e escuta e ações de cuidado. No
momento em que passavam pelo
acolhimento já se realizava a ava-
liação para aplicação dos pontos
da auriculoterapia, os usuários re-
latavam problemas e dificuldades
que vivenciavam no âmbito pes-
soal, familiar, social, econômico,
expressavam suas emoções; e
além do acolhimento e tratamen-
to com a PIC foi possível realizar
levantamento de demandas, es-
tudos e encaminhamentos para
outros setores e profissionais de
acordo com as dificuldades apre-
sentadas.
RESULTADOS
No período de 01/09/22 à 22/12/22
foram realizados 5274 atendimen-
tos. E as queixas principais foram
ansiedade, dor, depressão e insô-
nia. Foram entregues questioná-
rios para avaliação e recebemos
124 questionários respondidos.
Entre todos os usuários partici-
pantes, 68% apresentou altera-
ção no sono, 3,52% relatou que
não houve melhora, 29,41% pou-
ca melhora, 57,64% muita melho-
ra e 9,41% eliminação do sintoma
após auriculoterapia. Em relação
às dores físicas, 91,12% relatou
a vivência/sensação de algum
tipo de dor e 6,19% não apre-
sentou melhora, 27,43% pouca
melhora, 61,06% muita melhora
e 6,19% eliminação do sintoma
após auriculoterapia. A maioria
dos usuários relatou ansiedade,
totalizando 79,8% do número to-
tal. Destes, 4,04% não apresen-
tou melhora, 31,31% apresentou
pouca melhora, 58,58% apre-
sentou muita melhora e 4,04%
eliminação do sintoma após au-
127

riculoterapia. Se considerarmos a
somatória de todos os níveis de
melhora, teremos que mais de
90% obteve algum tipo de be-
nefício com a auriculoterapia por
relatarem algum tipo de melhora
nos referidos sintomas, sendo
96,46% nos sintomas de altera-
ção do sono, 94,68% em relação
à dores físicas e 93,93% em re-
lação à ansiedade. Observamos
ainda um número bastante ex-
pressivo de relatos de muita me-
lhora e eliminação total de sinto-
mas após auriculoterapia, sendo
67,05% em relação à alteração no
sono, 67,25% em relação à dores
físicas e 62,62% em relação à an-
siedade, ou seja, mais da metade
relatou muita melhora total dos
sintomas.
CONCLUSÕES
VISTA ALEGRE DO ALTO
PROJETO SORRINDO DE ORELHA A ORELHA, O SUS MERECE
ESSE CUIDADO
ERIKA DE CÁSSIA VENDITI ARAGÃO
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
Introdução e Justificativa O Minis-
tério da Saúde em 2006 deu iní-
cio a Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares
(PNPIC), visando incluir práticas
milenares nos atendimentos pres-
tados pelo Sistema Único de Saú-
de (SUS). Com isso, em julho de
2022 a prefeitura de Vista Alegre do
Alto, situada no interior do estado
de SP, apresentando, aproximada-
mente, 9.163 habitantes, implan-
tou a Auriculoterapia, como forma
de tratamento para pacientes com
queixas físicas e/ou emocionais e
que apresentassem indicação para
a técnica, no Centro de Fisioterapia
e Hidroterapia do município. A auri-
culoterapia é originaria da medicina
tradicional chinesa, que consiste na
estimulação do pavimento auricular
com agulhas, sementes de mostar-
128
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
Sair dos consultórios clínicos das
Unidades de Saúde durante a
Pandemia foi um grande diferen-
cial para o alcance a acesso da
população ao serviço, permitindo
uma outra relação entre usuários
e profissionais, com maior parti-
cipação da população tanto no
seguimento do tratamento, quan-
to no planejamento das estra-
tégias e métodos, por exemplo,
para escolha dos locais - durante
as visitas os usuários participa-
ram de consulta pública e tam-
bém responderam um primeiro
questionário sobre necessida-
des e interesses de práticas para
promoção e prevenção em Saú-
de Mental. O número expressivo
de atendimentos realizados e os
resultados acima apresentados
apontam que essa população
está bastante aberta e interessa-
da ou cristais em pontos específi-
cos, visando a promoção, manu-
tenção e recuperação da saúde. A
prática foi implantada com o intui-
to de proporcionar primeiramente
uma melhora na qualidade de vida
dos usuários, visto que nos últimos
tempos ocorreu um aumento signi-
ficativo na procura de atendimen-
tos fisioterapêuticos. Observou-se
também, que a partir da pandemia
mundial do novo Corona vírus, o
COVID-19, houve um acréscimo
nas queixas relacionadas a ansie-
dade e distúrbios emocionais. O
projeto, então, teve início em mea-
dos de julho de 2022 e segue em
evolução até a presente data. Vale
ressaltar que, para o SUS, a técni-
ca é de grande valia, pois com ela
o paciente é visto como um todo,
atuando na promoção, prevenção e
na recuperação da saúde.
da em tratamentos com as PICs
e que a técnica e métodos utili-
zados – com o uso da auriculo-
terapia juntamente com os aco-
lhimentos em diversos locais dos
territórios – revelou-se como um
recurso excelente, de baixo cus-
to e viável capaz de se adequar
às diferentes realidades duran-
te a pandemia, atendendo ainda
demandas reprimidas dos usuá-
rios de diferentes contextos e se
apresentando como um braço da
Atenção Básica que acolhe crian-
ças, adolescentes, pessoas com
deficiência, transtornos mentais e
de todos os gêneros, raça e clas-
ses sociais.
PALAVRAS-CHAVE
PIC, auriculoterapia, acolhimento,
APS
OBJETIVOS
Objetivos Objetivo Geral Proporcio-
nar, ao paciente do SUS, o uso da
técnica da Auriculoterapia como meio
de tratamento e promoção da saúde
e prevenção de agravos, sendo ela,
física e emocional. Objetivos Especí-
ficos: Reduzir o uso de medicamen-
tos; Diminuir a fila de espera de aten-
dimentos do Centro de Fisioterapia;
Viabilizar o atendimento, abrangendo
de forma ampla e eficaz toda a popu-
lação; Melhorar a qualidade de vida
dos pacientes.
METODOLOGIA
Metodologia O presente traba-
lho iniciou-se em julho de 2022 no
Centro de fisioterapia e hidrotera-
pia, com o aval e apoio da Secre-
taria Municipal de Saúde. A princí-
pio, uma profissional do dito centro
realizava os atendimentos de auri-
PROMOÇÃO DE SAÚDE
36º CONGRESSO DO COSEMS/SP
culoterapia, no qual os pacientes
atendidos eram pacientes já assis-
tidos pelo serviço de fisioterapia
ou hidroterapia. Ao longo de apro-
ximadamente 2 meses, houve um
aumento na procura, fazendo-se
necessário a divulgação da técni-
ca para os médicos e equipe mul-
tidisciplinar, sendo possível atingir
desta forma o município como um
todo. Atualmente o serviço conta
com duas profissionais responsá-
veis pelo procedimento. Os aten-
dimentos são realizados as sextas-
-feiras, de forma individual, onde
inicialmente é feita uma avaliação,
na qual os pacientes expõem suas
queixas principais. Sendo que, as
mais comuns são: dores musculo-
esqueléticas, menopausa, cefaleia,
dores crônicas, transtornos de an-
siedade e alterações do sono. Após
a avaliação, inicia-se a realização
do tratamento, com a aplicação de
agulhas nos pontos específicos de
cada paciente, permanecendo por
aproximadamente 30 minutos. Em
seguida, as agulhas são retiradas
e aplica-se os cristais ou semen-
tes, liberando o paciente para casa,
onde este permanece por 7 dias
com os estímulos auriculares. O
tratamento é realizado uma vez por
semana, no período de um mês,
em seguida o paciente recebe alta
ou em casos que se fazem neces-
sários, são encaminhados para re-
avaliação médica.
VISTA ALEGRE DO ALTO
ACOLHIMENTO AO PACIENTE COM TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUSTISTA (TEA)
MARILZA DE LOURDES CARDI, CAROLINE GUTIERREZ RUZA, NAYSA YARA DOS
SANTOS GHISI
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO:
O Ambulatório Médico de Espe-
cialidades de Votuporanga é um
Centro de Diagnóstico e Orienta-
Volume 10
RESULTADOS
Resultados A implementação da
Auriculoterapia no município de
Vista Alegre do Alto, obteve uma
excelente aprovação por parte dos
usuários e a busca destes pelo
atendimento, tem se tornado uma
das formas de qualificarmos a efi-
cácia da técnica, sendo também
o relato dos pacientes de grande
importância para o projeto. Obser-
vou-se também uma diminuição de
encaminhamentos ao serviço de
fisioterapia convencional, deixando
inexistente filas de espera e pelo
fato do atendimento ser realizado
somente uma vez na semana, foi
possível abranger maior parte da
população. Além de maior acessi-
bilidade dos usuários aos serviços
de especialidade de forma geral,
foram constatados alguns relatos
de cunho pessoal de pacientes as-
sistidos, como o de melhora nas
queixas álgicas, redução do quadro
de ansiedade, melhora da qualida-
de do sono e consequentemente
diminuição do uso de medicamen-
tos, proporcionando desta forma,
melhora da qualidade de vida.
CONCLUSÕES
Considerações Finais A Auriculote-
rapia, no dito município, trouxe inú-
meros benefícios tanto aos pacien-
tes, que obtiveram a possibilidade
de usufruir dessa técnica eficaz
para o tratamento da saúde como
um todo, quanto para os profissio-
ção de Conduta de alta resoluti-
vidade, que oferece consulta em
diversas especialidades médicas
e não médicas, exames de apoio
nais que a aplicam, justamente pelo
fato dos resultados aparecerem
logo após a primeira sessão. Tra-
zendo, ao dito trabalhador, motiva-
ção e satisfação no desempenho de
suas funções. A perspectiva que se
tem, com esta implantação, é a de
se conseguir a introdução de mais
tratamentos complementares, pro-
porcionando mais possibilidades
e intervenções para a melhoria da
saúde física e mental dos pacientes,
sendo que anteriormente estas téc-
nicas encontravam-se disponíveis
somente na rede privada e hoje con-
tamos com o privilégio de apresen-
tar e aplicar ao usuário do SUS.
PALAVRAS-CHAVE
Auriculoterapia, SUS, Terapias in-
tegrativas
BIBLIOGRAFIA
Referências Bibliográficas BRASIL.
Ministério da saúde. Secretaria de
atenção à saúde. Departamento de
atenção Básica. Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complemen-
tares no SUS : atitude de ampliação
de acesso / Ministério da saúde. Se-
cretaria de atenção à saúde. Depar-
tamento de atenção Básica. – 2. Ed.
– Brasília: Ministério da saúde, 2015.
96 p. : il. MORAIS, A. et al. Uso da
Auriculoterapia na Atenção Primária à
Saúde: relato de experiência. Revista
Interdisciplinar em Saúde, Cajazeiras,
7 (1): 2182-2195, 2020, ISSN: 2358-
7490. Nov, 2020
diagnóstico e procedimentos
cirúrgicos de pequeno porte, e
dispõe de mecanismos de articu-
lação adequados para referência
129

de pacientes a outros serviços de
saúde. A Missão do Ambulatório
está definida em “Cuidar da sua
saúde com o melhor de todos
nós”, visando “Ser referência na
assistência especializada, apri-
morar a integração e interação
com a Rede de Atenção à Saúde,
e manter a Excelência em quali-
dade de gestão”. A população
da área de abrangência do AME
é de aproximadamente 300.000
habitantes, correspondendo aos
Colegiados de Votuporanga e
Fernandópolis, totalizando 29
Municípios da Região. Reconhe-
cendo necessidades de grupos
específicos, assim como a plu-
ralidade no perfil dos usuários
que utilizam o Sistema Único de
Saúde, o AME-Votuporanga, no
ano de 2021, inicia treinamento
com colaboradores e reorganiza
o acesso e atendimento de pes-
soas com Transtorno do Espectro
Autista (TEA) e suas famílias, ten-
do como pressuposto a universa-
lidade do cuidado no SUS. Nesse
sentido o Ambulatório a partir de
maio de 2021, passa a treinar os
colaboradores a fim de sensibi-
lizar as equipes acerca das sin-
gularidades e necessidades da
pessoa com TEA e suas famílias,
promovendo treinamento interno
e temático com os colaborado-
res.
OBJETIVOS
Proporcionar aos colaboradores
subsídios para o atendimento
acolhedor e efetivo do pacien-
te com TEA, bem como de seu
acompanhante, por meio de no-
ções gerais sobre o espectro.
METODOLOGIA
Treinamento com os colaborado-
130
19ª MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DOS MUNICÍPIOS
res, totalizando carga horária de
10 horas. Os encontros aconte-
ceram de forma presencial com a
participação de aproximadamen-
te 140 pessoas. As facilitadoras
da ação expuseram conteúdo
que desmitificasse o autismo e
o acolhimento humanizado dos
pacientes e suas famílias. Após
realização do treinamento, foi
identificada a necessidade de
atualização do fluxo de atendi-
mento a prioridades, consideran-
do a demanda do Ambulatório e a
legislação pertinente. Dispomos
de placas orientativas sobre o
atendimento prioritário em locais
de maior fluxo de pacientes no
ambulatório, para envolvimento
dos pacientes e acompanhan-
tes no processo de identifica-
ção. Para assegurar que todos
os usuários sejam corretamen-
te identificados, o Ambulatório
disponibiliza pulseira de iden-
tificação TEA aos pacientes, e/
ou acompanhantes que solicita-
rem no atendimento de triagem
da recepção central. A pulseira
é personalizada com o símbolo
quebra-cabeça colorido. Após
identificação, paciente e acompa-
nhante são direcionados por um
colaborador até o guichê, com
senha preferencial, para cadastro
e recepção. Durante a recepção o
prontuário do usuário é sinalizado
com a prioridade - placas anexa-
das: Prioridade (vermelha) - TEA
- Transtorno do Espectro Autista,
paciente com o diagnóstico de
autismo. Recepcionado, paciente
e acompanhante são conduzidos
ao setor e/ou consultório para
atendimento.
RESULTADOS
Os resultados alcançados foram
a disseminação do conteúdo, por
intermédio do treinamento, apri-
moramento das Equipes e satis-
fação do cliente, esta última evi-
denciada por meio do registro de
manifestação de elogio no Servi-
ço de Atenção ao Usuário/SAU.
CONCLUSÕES
A partir da atualização do fluxo
de prioridade e a capacitação dos
colaboradores, se tornou possível
oferecer um atendimento inclusi-
vo, acessível e humanizado, pos-
sibilitando uma experiência satis-
fatória aos pacientes, famílias e
acompanhantes. Para assegurar
a continuidade do processo e o
direito do usuário e suas necessi-
dades, o Ambulatório realiza pe-
riodicamente revisão dos fluxos,
treinamento, rodas de conversas
e compartilhamento de informa-
ções internas e externas.
PALAVRAS-CHAVE
TEA, Acessibilidade, Inclusão,
SUS, Humanizado
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Lei nº. 12.764, 27 de de-
zembro de 2012. Institui a Política
Nacional de Proteção dos Direi-
tos da Pessoa com Transtorno
do Espectro Autista; BRASIL. Lei
nº. 13.146 de 06 de julho de 2015.
Institui a Lei Brasileira de Inclusão
da Pessoa com Deficiência (Esta-
tuto da Pessoa com Deficiência)
Estatuto da Pessoa com Deficiên-
cia. BRASIL. Decreto nº. 6.949 de
25 de agosto de 2009. Promulga
a Convenção Internacional sobre
os Direitos das Pessoas com De-
ficiência e seu Protocolo Faculta-
tivo, assinados em Nova York, em
30 de março de 2007.
PROMOÇÃO DE SAÚDE