Inflamação Crônica

Prof. Dr. Pedro Omori Ribeiro de Mendonça

pedro.mendonca@uni9.pro.br
PFP1 - 2021
 Objetivos da Aula
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• Relembrar conceitos chaves no processo inflamatório;

• Definir e compreender os diferentes tipos de processos
inflamatórios crônicos;
 Onde estudar?
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Capítulo 3 Capítulo 4
 Inflamação – Aspectos Gerais

Migração de EVENTOS VASCULARES Estase sanguínea

leucócitos EVENTOS CELULARES Vasodilatação
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Fagocitose (mediadores químicos) ↑permeabilidade

vascular

AGUDA INFLAMAÇÃO CRÔNICA

 Inflamação – Aspectos Gerais
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 Inflamação – Aspectos Gerais
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Evolução da Inflamação
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O processo inflamatório crônico

 Etiologia
Agentes tóxicos
exógenos ou
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Infecções persistentes Doenças auto imunes endógenos Outros

Reação imunológica Exposição prolongada Doenças que

Patógenos que
exacerbada contra a agentes externos - apresentam um
desencadeiam
Ex: inalação da silica componente
reações de tecidos do pp.
inflamatório na sua
hipersensibilidade organismo- Ex: artrite (silicose) ou agentes
patogênese- Ex:
tardia - Ex: reumatóide; endógenos- Ex: doenças
tuberculose esclerose múltipla excesso de colesterol neurodegenerativas;
(aterosclerose) doenças metabólicas;
câncer
 A inflamação crônica é a inflamação de duração prolongada (semanas ou meses)
em que a inflamação, a lesão tecidual e as tentativas de reparo coexistem em
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variadas combinações.

Pode iniciar vagarosamente

como uma resposta de baixo
Pode suceder a grau e latente, sem nenhuma
inflamação aguda manifestação prévia de uma
reação aguda.
 Aspectos morfológicos

Infiltrado
mononuclear Macrófagos
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Induzidas pelo Linfócitos

agente Plasmócitos
agressor
persistente ou Inflamação
céls. crônica
Injúria Angiogênese
inflamatórias
tecidual Reparo Fibrose
 Inflamação crônica no tecido pulmonar

1
Destruição do
parênquima 2
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Alvéolos normais são

T.C. -> Fibrose
substituídos por
espaços revestidos
pelos epitélios
cuboides

3
coleção de
células
inflamatórias
T.C. -> Fibrose
crônicas
https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535255775
 Inflamação aguda no tecido pulmonar
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• Os neutrófilos
preenchem os
espaços alveolares,
e os vasos
sanguíneos são
congestos.
 Macrófagos
Funções
➣ Secreção de citocinas e fatores de crescimento para sinalização
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do processo inflamatório;
➣ Ativação de linfócitos T;
➣ Destruição de microorganismos por fagocitose (produção de
EROs);
➣ Angiogênese e reparo tecidual
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 Linfócitos

Funções
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➣ Ampliar e propagar a resposta inflamatória crônica;

➣Sua participação está associada a processos persistentes e de
difícil resolução;
➣ Importante participação na resposta inflamatória crônica
específica (granulomatosa).
 Função dos Linfócitos
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amplificação e
Microrganismos e propagação inflamação
ativam Linfócitos T e B
outros antígenos do (efetor e memória) crônica
ambiente Secretar citocinas
 TH1 produzem a citocina IFN-γ, a qual ativa os
macrófagos através da via clássica.
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TH2 secretam a IL-4, a IL-5 e a IL-13, TH17 secretam a IL-17 sendo

recrutam e ativam eosinófilos. São responsáveis pelo recrutamento de
responsáveis pela via alternativa da neutrófilos (e monócitos) para
ativação dos macrófagos. reação.
Subtipos de células T CD4+
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 Outras Células...
Eosinófilos
Abundantes nas reações imunológicas
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mediadas por IgE e em infecções parasitárias

Grânulos contendo a proteína básica

principal (major basic protein), tóxica para
parasitas e para as células epiteliais.
 Outras células...
Mastócitos
Distribuídos nos tecidos conjuntivos e
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participam de ambas as reações

inflamatórias, aguda e crônica.

Realizam a desgranulação e a liberação de

mediadores como histamina e
prostaglandinas. Esse tipo de resposta ocorre
durante:
- as reações alérgicas aos alimentos
- veneno de insetos
- fármacos
- choque anafilático
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(15)41781-7/fulltext
 Padrões morfológicos de inflamação crônica

INFLAMAÇÃO
CRÔNICA
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Específica Inespecífica
(Granulomatosa) (não granulomatosa)

Imunogênica Não imunogênica

Agentes Corpos
infecciosos estranhos
 INFLAMAÇÃO ESPECÍFICA OU GRANULOMATOSA
Padrão de inflamação crônica direcionada a:
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- Patógenos específicos (difícil degradação)

- Moléculas relativamente inertes não-degradáveis

Formação de granuloma → Isolar e eliminar agressor difícil

Tipos de granulomas

1. Granulomas de corpo estranho

2. Granulomas imunes
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 Os granulomas imunes são formados para eliminar microrganismos de difícil degradação
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Colar de linfócitos

Células gigantes
multinucleadas de Langhans
(originada da fusão de
macrófagos ativos)

Células epitelioides

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22517424/
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Macrófagos ativos Fusão entre as

células epitelióides
podem desenvolver um células Células gigantes
citoplasma abundante e
começar a se parecer com epitelioides multinucleares
células epiteliais
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(Robbins e Cotran, 2016, pg. 168)

 Caso clínico #1

L.T.S., sexo masculino, 34 anos de idade se apresenta ao médico da unidade básica de saúde com uma história de 7
semanas de tosse, a qual descreve como não produtiva. Ele tem apresentado inapetência durante esse tempo e
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observado que suas roupas estão largas. Ele tem se sentido febril às vezes, mas não tem medido a temperatura. Ele nega
dispneia ou hemoptise. Ela nega qualquer história de tuberculose ou de exposição à TB. O exame físico revela um
homem de aparência cansada e magra, porém, além disso, nada digno de nota. A cultura microbiológica foi positiva para
Mycobacterium tuberculosis. Portanto, o paciente foi diagnosticado com tuberculose.

1. Cite qual tipo e subtipo de inflamação formou-se no pulmão do paciente.

2. Conceitue e apresente as características de um granuloma.

3. O que e como são formadas as células epitelióides e de Langhans.

 Células gigantes
Necrose caseosa Langhans
Central
(hipóxia + EROs)
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https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535255775
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http://anatpat.unicamp.br/laminfl8.html
Células gigantes multinucleadas (dispostos na periferia em forma de ferradura)
 Granuloma na tuberculose
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 Considera-se que a célula
epitelioide é um constituinte
obrigatório dos granulomas
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http://anatpat.unicamp.br/laminfl8.html
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https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535255775
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 Os granulomas de corpos estranhos são formados por corpos estranhos relativamente inertes, na ausência de
respostas imunológicas mediadas por células T.
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Observa-se um nódulo de tecido

fibroso com fibras colágenas
espessas, ricamente vascularizado e
com células inflamatórias crônicas
esparsas.

http://anatpat.unicamp.br/laminfl8.html
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As células epitelióides e
as células gigantes são
depositadas na superfície
do corpo estranho.

Usualmente, o material
estranho pode ser
identificado no centro do
granuloma.

http://anatpat.unicamp.br/laminfl8.html
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Granulomas de corpo estranho (vegetal)

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Granuloma de corpo estranho (vegetal)

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Granuloma de corpo estranho (fio cirúrgico)

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Granuloma de corpo estranho (luz polarizada)

 Caso clínico #2

B.V.C., sexo feminino, 27 anos de idade se apresenta ao médico da UBS relatando que após ser submetido a
cirurgia para remoção de uma hérnia surgiu uma nodulação dolorosa no local da cirurgia. O exame físico
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mostrou-se sugestão de nodulação que pode ser produto da reação inflamatória aos pontos com fio
inabsorvível. O paciente foi encaminhado para procedimentos de remoção.

1. Cite qual tipo e subtipo de inflamação.

2. Descreva a morfologia microscópica desse tipo de alteração.
 INFLAMAÇÃO
CRÔNICA
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Específica Inespecífica
(Granulomatosa) (não granulomatosa)

Imunogênica Não imunogênica

Agentes Corpos
infecciosos estranhos
 A inflamação crônica inespecífica comporta-se:

▪ Sem a formação do granuloma, não havendo predominância de um tipo celular.

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▪ Nela há células mononucleadas de vários tipos, com variedade de proporções.

Assim como na primeira ela desenvolve-se ao longo de meses ou anos.

▪ Predomínio dos eventos proliferativos:

Fibroblastos e MEC
Angiogênese
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Meningite em organização: exemplo de inflamação

crônica inespecífica em fase de reparo
http://anatpat.unicamp.br/laminfl11.html