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Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL Patologia Geral – Profª Estela 1

VI- INFLAMAÇÃO

1. Conceito

Latim = inflamare
PEGAR FOGO!
Grego = phlogos

▪ Resposta orgânica dos tecidos vascularizados, frente a diferentes estímulos.


❑ Local
❑ Complexa
❑ Inespecífica
❑ Benéfica / maléfica

2. Agentes etiológicos
2.1 Endógenos:
▪ Derivados da necrose
▪ Alterações da resposta imune
▪ Produtos retidos no organismo (uréia)

2.2 Exógenos:
▪ Físicos:
▪ Temperatura, radiação, ultrassons e traumas mecânicos
▪ Químicos:
▪ Orgânicos: toxinas bacterianas e micotoxinas
▪ Inorgânicos: cáusticos e metais pesados
▪ Biológicos:
▪ Infecciosos: vírus, fungos, bactérias, protozoários
▪ Parasitários: helmintos e artrópodes

3. Patogênese
3.1 Fenômenos ou momentos da inflamação:
▪ Irritativos
▪ Agente flogógeno → liberação de mediadores químicos
▪ Vasculares
▪ Vaconstricção momentânea
▪ Vasodilatação - hiperemia
▪ Modificações hemodinâmicas
▪ Exsudativos
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▪ Plasmático: -  PH, POI, hidrofilia intersticial


-  drenagem linfática
▪ Celular:
▪ Marginação; Aderência; Diapedese; Quimiotaxia
▪ Extravasamento de hemácias
▪ Degenerativo- necróticos
▪ Produtivo-reparativos
▪ neoformação conjuntiva e vascular : reposição do tecido lesado

4. Células da inflamação

5. Mediadores químicos da inflamação


5.1 Tipos
▪ Gerados à partir do plasma:
▪ Sistema proteolítico de contato:
▪ Sistemas de coagulação e fibrinólise, gerador de cininas e complemento:
▪  permeabilidade vascular
▪ quimiotaxia (PMN e macrófagos) e opsonização
▪ Terminações nervosas:
▪ Substância P (taquicinina):
▪ vasodilatação =  permeabilidade vascular
▪ quimiotaxia (PMN e macrófagos)
▪ Produzidos e armazenados em células:
▪ mastócitos e basófilos  histamina = vasodilatação
▪ Liberados por células lesadas:
▪ catabólitos (ADP, AMP)
▪ autólise (peptídeos)
▪ vasodilatação =  permeabilidade vascular
▪ Originados à partir de lípides de membrana:
▪ prostaglandinas e leucotrienos:
▪ vasodilatação =  permeabilidade vascular
▪ quimiotaxia

6. Classificação da inflamação
▪ Quanto ao tempo de duração: Aguda x Crônica
▪ Quanto à distribuição: Focal X Difusa
▪ Quanto à intensidade: Leve X Moderada X Intensa
▪ Quanto ao tipo de resposta predominante
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▪ Exsudativa
▪ Serosa (bolha):exsudato aquoso, límpido, pobre em células
▪ Mucosa (catarral): exsudato viscoso, alto teor mucina
▪ Purulenta: exsudato amarelo, cremoso, rico PMN
▪ Fibrinosa: exsudato rico em fibrina
▪ Pseudomenbranosa: fibrinosa + crostas, placas
▪ Hemorrágica: exsudato rico em hemácias
▪ Mista
▪ Alterativa ou denenerativo-necrótica
▪ Erosiva: restrito ao epitélio de revestimento
▪ Ulcerativa: atinge também a submucosa
▪ Necrosante: por ação do agente ou da resposta inflamatória
▪ Gangrenosa
▪ Proliferativa
▪ Hipertrofiante ou hiperplasiante: mucosas
▪ Esclerosante: parênquima; produção excessiva de colágeno
▪ Granulomatosa: estruturas nodulares típicas

7. Inflamação aguda
7.1 Conceito: reação dos tecidos vascularizados frente a flogógenos, de curta duração,
caracterizada morfologicamente pela exsudação predominante de neutrófilos.

7.2 Características gerais


▪ Fenômenos predominantes
▪ Irritativos
▪ Vasculares
▪ Exsudativos: PMN

▪ Sinais cardinais (locais)


▪ Calor: hiperemia e  metabolismo
▪ Rubor: hiperemia
▪ Tumor: edema
▪ Dor: compressão e irritação química
▪ Alteração da função

▪ Sinais gerais
▪ Febre: pirógenos = IL, TNF
▪ Alterações hematológicas: leucocitose
▪ Reação dos órgãos linfóides
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▪ Degenerações

8. Inflamação crônica
8.1 Conceito: resposta de longa duração, caracterizada morfologicamente pela
exsudação predominante de células mononucleadas.

8.2 Causas gerais


▪ Falha da resposta inflamatória aguda em vencer o agente agressor persistente ou
fenômenos auto-imunes, que suscitam a resposta imune humoral ou mediada por
células.

8.3 Agentes flogógenos


▪ Microorganismo persistente: bactérias, fungos e protozoários
▪ Exposição prolongada a agentes inertes não degradáveis (sílica)
▪ Doenças auto-imunes: auto-antígenos desencadeando reação imune que se
perpetua (artrite reumatóide e Lupus eritematoso)

8.4 Características gerais da inflamação crônica


▪ Exsudação celular predominante de mononucleares:
▪ macrófagos  linfócitos e plasmócitos;
▪ podem ocorrer: eosinófilos, mastócitos e neutrófilos
▪ Destruição tecidual
▪ induzida pelo flogógeno e produtos das células inflamatórias;
▪ Tentativas de reparo
▪ necrose acompanhada de contínuo reparo por fibrose. Formação de tecido de
granulação caracterizado pela proliferação de vasos sanguíneos e de
fibroblastos.

 ausência de sinais cardinais:  hiperemia e da exsudação plasmática

8.5 Tipos de inflamação crônica


▪ Inespecífica:
▪ Exsudato celular difuso, rico em macrófagos que não se organizam e nem formam
células epiteliódes
▪ Predominam macrófagos e linfócitos T
▪ Plasmócitos, eosinófilos
▪ Necrose, sinais de reparo – tecido de granulação
▪ Fibrose
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▪ Específica ou granulomatosa:
▪ Macrófagos, células epitelióides, células gigantes
▪ Incapacidade de destruir o antígeno promove acúmulo de células do exsudato e
formação de granuloma
▪ Possível a identificação do agente

9. Inflamação granulomatosa
9.1 Conceito: tipo específico de inflamação crônica caracterizado pela formação de
estruturas nodulares denominadas granulomas.

 Granuloma: agregação de macrófagos que se transformam em células semelhantes às


epiteliais (epitelióides), cercada por leucócitos mononucleares, representados por linfócitos
e plasmócitos.

9.2 Agentes
▪ Bactérias: M.tuberculosis e leprae; Treponema pallidum
▪ Fungos: Cryptococus neoformans e Paracoccidiodes brasiliensis
▪ Helmintos: Schistosoma mansoni
▪ Metais e poeiras inorgânicas: silício

9.3 Tipos de granuloma


▪ Corpo estranho
▪ Gerado por agentes inertes, não imunogênicos
▪ Granulomas mais frouxos = células epiteliódes não formam estruturas em paliçada

▪ Imunogênico
▪ Presença de partículas de difícil digestão
▪ Bacilo da tuberculose
▪ Resposta imune frente ao agente, mediada por LT:
▪ Produção de IFN (interferon) = transformação de macrófagos em células
epitelióides e gigantes.

10. Reparo tecidual


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Penetração do antígeno

Persistência do antígeno

Acúmulo de LT, plasmócitos e Acúmulo de macrófagos


macrófagos 

Inflamação crônica Células epiteliódes
Inespecífica 
Células gigantes

Inflamação crônica Específica
(granulomatosa)

INFLAMAÇÃO

PENETRAÇÃO DO AGENTE

Inflamação aguda PERSISTÊNCIA

Acúmulo LT, macrófago e Acúmulo macrófago


REMOÇÃO plasmócito 
Células epiteliódes

Células gigantes

Não há estímulo para Inflamação crônica Inflamação crônica
acúmulo de células da inespecífica específica ou
resposta imune granulomatosa
especifica
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11. Reparação do processo:


Agressão

Inflamação

Destruição do Persistência do
invasor invasor
 
Pouca ou Necrose
nenhuma Células Células
necrose lábeis/estáveis permenentes

Reabsorção Organização do Destruição Arcabouço
do exsudato exsudato arcabouço intacto
   
Regeneração Cicatrização Cicatrização Regeneração Cicatrização

VII - DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO

VIII – DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR

1. Introdução
✓ Lesões, morte celular e deformações mecânicas podem estimular a proliferação celular;
✓ A replicação celular é finamente regulada por fatores químicos que estimulam ou inibem
a proliferação celular;
✓ Excesso de estimulantes ou deficiência de inibidores leva ao crescimento desordenado =
neoplasias.

2. Classificação:
2.1 Alterações do volume celular:
▪ Hipertrofia: gr.: hyper = excesso, além e trophos = nutrição, metabolismo
▪ estímulo excessivo, com  síntese dos constituintes básicos e de seu volume, e
 das funções celulares; forma de adaptação das células e dos órgãos frente à
maior exigência de trabalho.
▪ Fisiológica: musculatura uterina na gravidez
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▪ Patológica: musculatura cardíaca; musculatura lisa da parede de órgãos ocos;


hepatócitos
▪ Hipotrofia: gr.: hypo = pouco, sob e trophos = nutrição, metabolismo
▪ diminuição da nutrição, do metabolismo e da síntese necessária para renovação
dos constituintes celulares, com redução de seu volume.
▪ Fisiológica: senilidade:  geral das atividades metabólicas.
▪ Patológica:
▪ inanição; desuso
▪ compressão: tumores, cistos, aneurismas
▪ obstrução vascular:  lúmen com hipóxia
▪ tóxicos: bloqueio de sistemas enzimáticos com  ATP
▪ hormônios: deficiência de gonadotrofina = hipotrofia localizada (gônadas)
▪ inervação: perda da estimulação nervosa (poliomielite)

2.2 Alterações da taxa de divisão celular:


▪ Hiperplasia: gr.: plasis = formação
▪ Aumento da taxa de divisão celular acompanhado de diferenciação normal;
adaptação celular à sobrecarga de trabalho
▪ Fisiológica:
▪ Compensadora: rim após nefrectomia
▪ Secundária à estimulação hormonal: mama na lactação
▪ Patológica:
▪ Secundárias à hiperestimulação hormonal:
▪ hiperfunção da hipófise: hiperplasia das glândulas-alvo
▪ excesso de TSH: hiperplasia da tireóide
▪ excesso de estrógeno no homem: ginecomastia
▪ alterações hormonais: hiperplasia mama e endométrio
▪ Associadas à inflamação crônica:
▪ pele ou mucosas: hiperplasia de epitélio ou conjuntivo = lesões
papilomatosas ou poliposas
▪ Hipoplasia:
▪ Diminuição da taxa de proliferação celular
▪ embriogênese: defeito na formação de um órgão ou de parte dele
▪ após o nascimento: diminuição do ritmo de renovação celular, aumento da taxa de
destruição celular ou ambos.
▪ Fisiológica:
▪ involução do timo na puberdade
▪ involução das gônadas no climatério
▪ perda neuronal diária à partir da 4a década de vida
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▪ Patológica:
▪ hipoplasia da medula óssea por agentes tóxicos ou por infecções
▪ hipoplasia linfóide = destruição de linfócitos por corticóides

2.3 Alterações da diferenciação celular:


▪ Metaplasia: gr.: meta = variação, mudança.
▪ Modificação da diferenciação celular / mudança de um tipo de tecido adulto (epitelial
ou mesenquimal) em outro da mesma linhagem, por inativação de alguns genes e
desrepressão de outros
▪ processo adaptativo em resposta a estímulos agressores irritantes e persistentes que
resultam no surgimento de um tecido mais resistente
▪ Etiologia:
▪ agressões mecânicas repetitivas: próteses dentárias mal ajustadas no epitélio da
gengiva ou da bochecha
▪ irritação por calor prolongado:
▪ alimentos quentes no epitélio da boca ou do esôfago / canudo de cachimbo na boca
: epitélio pseudo-estratificado não queratinizado → queratinizado
▪ irritação química prolongada: fumo sobre mucosa respiratória: epitélio pseudo-
estratificado ciliado → estratificado pavimentoso, queratinizado ou não
▪ inflamações crônicas:
▪ colo uterino ou nas mucosas brônquica e gástrica:
▪ epitélio mucossecretor → estratificado pavimentoso, queratinizado ou não
▪ epitélio endocervical (mucíparo) →epitélio escamoso do tipo ectocervical
▪ Leucoplasia: gr.: leukós = branco
▪ Tipo de metaplasia que transforma epitélio escamoso não queratinizado em
queratinizado (várias camadas) / termo clínico para lesões em placas ou manchas
brancacentas, localizadas em mucosas (colo uterino, oral, esofágica, etc)

2.4 Alterações do crescimento e da diferenciação celular


▪ Displasia: gr.: dys = imperfeito, irregular e plasis = formar, moldar
▪ Proliferação celular com redução ou ausência de diferenciação
▪ refere-se a distúrbios de crescimento (congênitos ou não)
▪ Lesão pré-maligna: evolui (estatística) para o câncer
▪ Desvios da diferenciação celular: incapacidade das células de se disporem segundo o
padrão arquitetural normal = tecido epitelial pavimentoso com estratificação alterada
ou totalmente subvertida
▪ Neoplasia: gr.: neo = novo.
▪ Proliferação celular autônoma, geralmente acompanhada de alterações da
diferenciação.
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IX – NEOPLASIA
1. Conceito: proliferação localizada de células com tendência à perda de diferenciação

2. Classificação
▪ neoplasia benigna X neoplasia maligna
▪ neoplasia benigna:
▪ células filhas semelhantes às normais, morfológica e funcionalmente; não são letais
e não causam sérios danos ao hospedeiro
▪ menor autonomia em relação aos mecanismos reguladores do crescimento e
diferenciação celular
▪ neoplasia maligna
▪ células filhas atípicas; aquisição de novas funções e/ou perda de funções originais,
com perturbações homeostáticas que levam à morte;
▪ maior autonomia em relação aos mecanismos reguladores do crescimento e
diferenciação celular
3. Nomenclatura
▪ Hipócrates (Grécia, 460-355 A.C.)
▪ Tumor: lesão expansiva ou entumescimento localizado
▪ Galeno (Grécia, 138-201 D.C.)
▪ Carcinoma = karkinoma (karkínos) = caranguejo = câncer

Tumor: lesão expansiva causada por proliferação celular


▪ Critério morfológico:
▪ Identificação da neoplasia pelo tecido ou célula que está proliferando
▪ Sufixo “oma” = denominação de neoplasias benignas ou malignas
▪ “Carcinoma” = tumor maligno que reproduz epitélio de revestimento
▪ “Sarcoma” = tumor maligno mesenquimal
▪ “Blastoma” = tumor que reproduz características embrionárias
▪ Nome da célula, tecido ou órgão reproduzido + “oma” ou “sarcoma”
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Características das neoplasias


Neoplasia Benigna Maligna
Diferenciação/Anaplasia Bem diferenciada Grau variado ou ausente
Pleomorfismo Ausente ou pouco expressivo Células muito grandes ou muito
pequenas;
Núcleos hipercromáticos;
Desproporção nuclear;
Forma nuclear variável, com
aglomeração da cromatina;
Nucléolos grandes;
Figuras bizarras de mitose;
Células gigantes
Taxa de crescimento Lento Rápido
Degeneração, necrose e Ausentes Frequentes
ulceração
Modo de crescimento (invasão Coesivo, delimitado, Invasivo, infiltrativo e destrutivo,
local) encapsulado, não-infiltrativo, sem plano de clivagem definido
compressivo, plano de clivagem
bem definido
Metástase Ausentes Frequentes, mais prováveis em
tumores maiores e mais
indiferenciados

4. Características das neoplasias benignas e malignas


4.1 Aspectos morfológicos gerais
▪ macroscópicos
▪ císticos ou sólidos
▪ nodular: massa esférica
▪ tumores malignos e benignos em órgãos compactos
▪ vegetante: crescem em superfície (pele ou mucosa)
▪ tumores malignos e benignos, de crescimento exofítico dos tipos: poliposo,
papilomatoso ou em couve-flor
▪ infiltrativo
▪ exclusivo dos tumores malignos
▪ em órgãos anulares: estenose
▪ ulcerado
▪ tumores malignos
▪ microscópicos
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▪ parênquima tumoral
▪ pleomorfismo
▪ alterações nucleares
▪  relação núcleo/citoplasma
▪ variações no número e tamanho dos nucléolos
▪ cromatina: (compacta/hipercromada ou frouxa/hipocromada)
▪ figuras de mitose
▪ aneuploidia, poliploidia
▪ alterações citoplasmáticas:
▪ variações de tamanho e forma
▪ estroma conjuntivo-vascular
▪ fatores angiogênicos: FGF, TGF, EGF e TNF
▪ disposição arquitetural
▪ ilhotas, cordões, massas compactas
▪ quanto maior o grau de malignidade maior a atipia arquitetural
▪ nos carcinomas
▪ início: células neoplásicas restritas à camada epitelial, limitadas pela
membrana basal
▪ in situ (CIS) : sem invasão do estroma subjascente
▪ exemplos: colo uterino, mama, pele
▪ invasor: infiltração do estroma vizinho
▪ bioquímica
▪ “simplificação” funcional
▪ menor quantidade de aas e alta síntese proteica
▪ novos antígenos de membrana; formação de antígenos fetais
▪ síntese de proteínas da fase embrionária
▪ metabolismo
▪ dirigido para rápida obtenção de energia = divisão celular
▪ atividade glicolítica elevada = produção de ATP
▪ grande capacidade de captação de aas e síntese proteica = espoliação

▪ adesividade:
▪ células malignas: menor adesão entre sí
▪ modificações e irregularidades na membrana
▪ diminuição ou ausência de estruturas juncionais
▪ grande eletronegatividade na face externa da membrana = repulsão eletrostática
entre as células
▪  celular de Ca 2+, que neutralizariam as cargas negativas
▪ liberação de enzimas proteolíticas = alteração do glicocálice
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▪ irregularidades nas vilosidades =  contato entre as células


▪  fibronectina, que fixa as células ao interstício
▪  ácido siálico nas proteínas da membrana =  adesividade das células ao
colágeno e à fibronectina
▪ motilidade:
▪ células malignas:
▪ menor adesividade entre sí
▪ perda do fenômeno da inibição por contato
▪ desenvolvimento do citoesqueleto

4. Carcinogênese
▪ Física
▪ Química
▪ Biológica

6. Metástases: (gr.: metástasis = mudança de lugar, transferência) = formação de nova


lesão tumoral à partir de uma primeira, sem continuidade com a mesma.
▪ Vias de disseminação:
▪ Linfática: inicial nos carcinomas
▪ Sanguínea: capilares e vênulas
▪ Outras: canais, ductos ou cavidades naturais

7. Efeitos locais e sistêmicos das neoplasias:


6.1 Efeitos locais: dependem da sede e dimensão do tumor
▪ Dentro ou em proximidade de canais ou estruturas tubulares: -obstruções
▪ Fluxo de líquor por tumores intraventriculares: hidrocefalia
▪ Tubo digestivo: esrtenose pilórica ou esofágica
▪ Vias urinárias: hidronefrose

▪ Compressão e deslocamento de órgãos ou estruturas:


▪ Tumores intracranianos: hipertensão
▪ Infiltração de nervos sensitivos: dor
▪ Torção do pedículo de órgãos moles = infarto

6.2 Efeitos sistêmicos


▪ Produção de hormônios
▪ Redução: compressão/destruição do parênquima = hipofunção
▪ Aumento: hiperfunção (adenoma células  pancreáticas = hipoglicemia)
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▪ Caquexia
▪ Local do tumor: tubo digestivo
▪ Hipercatabolismo: caquectina (TNF-)
▪ Anorexia

▪ Síndromes paraneoplásicas:
▪ Manifestações endócrinas: síntese de hormônio (desrepressão de gens)
▪ Alterações hematológicas: anemia / hipercoagulabilidade
▪ Manifestações neuromusculares: demência / neuropatia periférica

▪ Outras:
▪ Dedo em baqueta de tambor = broncopulmonar
▪ Acantosis nigricans – hiperceratose/hiperpigmentação cutânea

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