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Olá! Sejam bem-vindos à nossa quarta e última aula do curso Microcorrentes aplicadas
à Estética.
Nós vimos, nas outras aulas, um pouco mais do que são as correntes elétricas para
entendermos, de fato, o que são as microcorrentes. Vimos um pouco da história de
como elas surgiram, o mecanismo de ação, como podemos utilizar as microcorrentes
na nossa prática clínica e obter efeitos benéficos em diferentes afecções estéticas.
Além disso, falamos sobre as contraindicações e vimos vários artigos que embasam o
uso dessa técnica.
Vimos, na nossa última aula, uma introdução à prática clínica, e hoje, nós vamos ver
como esse recurso funciona na prática. Já estamos com a paciente, e podemos notar
que ela tem um pouco de acne, então, podemos utilizar as microcorrentes para efeito
anti-inflamatório com objetivo bactericida. Como vimos na nossa aula teórica, temos
estudos que utilizam as microcorrentes para esse fim.
Podemos aplicar todos os dias? Sim. As microcorrentes podem ser aplicadas todos os
dias ou em dias alternados até um novo processo inflamatório. No entanto, a realidade
da clínica acaba ficando um pouco distante disso, então, normalmente aplicamos uma
vez por semana até promover um novo processo inflamatório.
Nós vimos nas aulas teóricas que os fibroblastos tendem a migrar para o polo negativo.
Então, o eletrodo positivo (vermelho) é o eletrodo dispersivo,e nós vamos conectar a
placa aqui e deixar acoplada no nosso paciente, sem fazer nenhum movimento. O
eletrodo negativo (preto) vai ser o eletrodo ativo, ou seja, de trabalho. Então, é com
esse que vamos realizar a técnica.
Como vimos que os fibroblastos migram para o polo negativo, nós deixamos
selecionado para que o eletrodo preto seja o de trabalho. Depois, nós selecionamos a
frequência. Nós vimos que as frequências até 10 Hz possuem efeitos benéficos. O
equipamento vai desde 0.1 até 1000 Hz. Nós vamos selecionar 10 Hz.
Depois, temos que selecionar o tempo. Existem estudos que apontam a aplicação
desde minutos até horas; eu vou deixar 30 minutos de aplicação, e vamos dividir 10
minutos por região: trabalhamos 10 minutos em cada hemiface, e mais 10 na região de
testa.
Depois, nós vamos selecionar a intensidade. Quando a corrente começar a ser emitida,
podemos selecionar a microamperagem. Nós vimos que, para efeito anti-inflamatório,
a maioria dos estudos traz 50 µA, e quando pensamos em estímulo de fibroblastos, os
estudos referem em torno de 100 a 200 µA.
Vou começar mostrando para vocês algumas opções de eletrodos que nós podemos
estar trabalhando. Nós temos os eletrodos de borracha, que podemos deixar fixos.
Mas, por conta da condução da corrente elétrica, a minha sugestão é optar pelos
eletrodos de metal. Nós temos o bastão acoplado em um rolinho, e temos, também, a
opção da esfera mais circular.
O que é importante na hora da aplicação? Fazer movimentos lentos para que a corrente
consiga chegar de forma efetiva no tecido.
Não temos um padrão de aplicação: pode ser feita de forma circular, de vaivém, e por aí
vai, o importante é que o eletrodo seja movimentado de forma lenta. Nós trabalhamos
nessa hemiface durante 10 minutos. É preciso ter cuidado para não deixar o eletrodo
parado para não correr o risco de gerar um queimadura. Quando vamos para outra
região, nós trocamos o local do eletrodo dispersivo, porque é importante deixarmos
sempre o mais próximo possível do local de aplicação para não ter risco de queimadura.
Então, colocamos o eletrodo, que vai ser o negativo, próximo da área de tratamento.
Diminuímos a intensidade do equipamento para 50 µA, que, de acordo com estudos,
promove efeito anti-inflamatório.
Espero que vocês tenham gostado, e que, a partir de agora, passem a usar as
microcorrentes na prática clínica de vocês. Te espero em um próximo curso. Obrigada,
e até a próxima!👋